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A lndistria Chapeleira Sobralense A Industria Chapeleira Sobralense’ Isorlanda Caracristi * RESUMO. O objetivo principal deste artigo € utilizar o tema “Industria Artesanal” para trabalhar a paisagem regional sobralense, mostrando o cotidiano das pessoas e seu espaco de vivencia, através de um enfoque dindmico, cujo contexto historico passado e atual revele os pro- cessos politico-econémicos e socioculturais responsaveis pela construcao desse espaco & sua cotidianeidade - a Paisagem Geogréfica, ABSTRACT This article has as major aim, the utilization of the theme "Handicraft Industry" to work with the regional Sobral’s landscape, showing people and their rooms trough a dynamic approach, whose the past and actual historical context reveals the political, economic, social and cultural processes liable to these space building and their quotidian - the Geo- graphical Setting. Asociedade moderna é essencialmente caracterizada pela industria e pela urbani- zago. A industrializacdo € 0 crescimento dos espagos urbanos, em detrimento do esvazi- amento dos espacos rurais, esto diretamente relacionados entre si e com o processo de desenvolvimento do sistema de produco capitalista. Com 0 declinio da sociedade feudal, forcado pelas articulacdes burguesas, a ativi- dade comercial expandiu-se pela Europa e com ela a necessidade emergente de um novo modo de producao, o qual respondesse pelas exigéncias da sociedade que se ins- taurava - a Sociedade Burguesa. Germinou assim, na Europa Ocidental, as bases da atividade industrial e os precei- tos do capitalismo: a produgao artesé familiar dava lugar & produgao manufatureira, posteriormente, com a Revolugao Industrial (séc. XVIII, na Inglaterra), & producéo em larga escala da industria moderna. Esse proceso ndo aconteceu indiferentemente em todos os lugares. Essa breve hist6ria diz respeito aos paises que hoje compdem o chamado Primeiro Mundo ou Paises Desenvolvidos, é a hist6ria da “industrializagao classica” ou “original”. Ora, 0 surgimento do capitalismo impés uma divisdo internacional do trabalho: as metropoles, centros industriais e de desenvolvimento tecnolégico, as colénias, fontes de “Texto desenvolvido para 0 projeto BEM-TE-VI da TVE/MEC, que subsidiow a produgao de um video e de uma apostila sobre a Industria Chapeleita Sobralense, sendo inseridos no Sistema Telensino. Geégrafa, Professora e Coordenadora do Curso de Geografia da UVA Revista da Casa da Geografia de Sobral, ano 1, n.1 (1999) 3s (CARACRISTT, sorlanda matérias-primas e consumidoras compulsorias da producao excedente das referidas me- tdpoles. Portanto, em funcdo da divisdo imposta, a industrializagao dos paises ex-coloni- as (jd no séc. XX), hoje denominados de Terceiro Mundo ou Subdesenvolvidos, ocorreu diversamente: foi resultado da prépria industrializagao do primeiro mundo, constituin- do-se numa atividade industrial dependente e “tardia”. O Brasil encontra-se nesse contexto, um pafs capitalista subdesenvolvido industria- lizado. Paradoxo? Nao, com uma producao voltada & exportagdo, aos interesses do capi- tal estrangeito (daf os ciclos econémicos: da monocultura canavieira, da pecudria, da mineracao, etc.), enfatizou-se o mercado externo, minimizando o crescimento do merca- do interno e todos os setores voltados aos beneficios sociais, como satide, educagao, habitagdo, saneamento basico, alimentagéo entre outros. O crescimento econémico em prejuizo do desenvolvimento social. E Sobral ? Qual sua insergao nesse contexto ? Vejamos, A cidade de Sobral faz parte da chamada Zona Norte do Estado do Ceara, o qual esta inserido na Regido Nordeste do nosso pais. A realidade que vivemos € dindmica e integrada, o dia-a-dia vivido hoje pelos sobralenses resulta de processos politico-econémicos e s6cio-culturais, que se inter-rela- cionam no tempo e no espago: o presente 6 o passado de amanha / a paisagem local é parte da paisagem global, uma influenciando a outra, em processo continuo de transfor: macao ao longo do tempo. Por isso mesmo, a industrializagao sobralense esta intimamente relacionada ao con- texto hist6rico nacional e internacional. Impulsionada pelo ritmo dos ciclos da economia nacional, a historia de Sobral configurou-se, basicamente, em quatro periodos ou ciclos econémicos: 0 do Gado, o do Comércio, o do Algodao e o da Industria. O inicio do povoamento se deu no século XVIII, com 0 avango da atividade pecu- ria ao longo do rio Acaraii, entao chamado Acaraca. Diante da paisagem semi-drida que caracterizava a maior parte da regiao, os cursos d’égua eram determinantes no esta- belecimento dos povoados. Na época, a Coroa Portuguesa, sob o dominio da Espanha dividiu o territério bra- sileiro em dois Estados: o Estado do Brasil e o do Maranhao, este titimo incluia a Capita- nia do Ceara Grande, que abrangia todo o vale do Acarati. Ali, no médio curso, ponto intermediario de translado de gado da Bahia e de Pernambuco para o Maranhao, insta- lou-se em 1742 a fazenda Caicara, de propriedade do Capitao Antonio Rodrigues Maga- Ihaes e sua esposa Quitéria Marques de Jesus, Surgindo um povoado que desempenhou importante papel regional na produgao de carne seca € couros, onde mais tarde foi enguida acidade de Sobral’, elevada a essa condigao em 1841, como nome original de Fidelissima Cidade de Januaria do Acarat, em homenagem a irma do imperador D. Pedro Il. Com a estiagem (seca) de 1777 caf a produgdo pecudria cearense, entrando em cena a produgao € 0 comércio algodoeiro, que com a desestabilizagéo da economia norte americana (Guerra da Independéncia) e francesa (Revolugao Francesa) maiores 36 Revista da Casa da Geografia de Sobral, ano 1,n.1 (1999) A Indtstria Chapeleira Sobralense concorrentes da época, tomnou-se a atividade mais rentavel, principalmente para os Esta- dos do Maranhao, Paré, Parafba e Pernambuco. Estes, tornaram-se Concessiondrios do Monopélio do Algodao, o que Ihes foi conferido oficialmente pelo Governo Portugués, através de seu Primeiro Ministro, Marqués de Pombal. O Ceard, no periodo inicial desse ciclo, beneficiou-se apenas indiretamente, assu- mindo uma posigao de destaque s6 nos anos de 1800, principalmente devido a consiru- cdo de estradas de ferro. A produgdo algodoeira pelas suas alternativas de beneficiamentos e necessidades de escoamento faz emergir um novo setor econémico, o Industrial. Foi assim, que em 1893, foi instalada a Ernesto & Ribeiro (mais tarde Fabrica Sobral), a pri- meira fabrica de Sobral, tendo como objetivo o beneficiamento do algodao. Nos primei- tos anos de 1900, Emesto Deocleciano* empreende pioneiramente uma fabrica de cha- péu de palha na tegiao, seguido pelos empresdrios Valdemar Lira, Comendador José Modesto, Francisco Arruda e Guilherme Menezes, estabelecendo assim, a Indistria Chapeleira Cearense. Sobral entra na era industrial, mas ainda sem grande expressdo. A ampliagdo das atividades industriais tornou-se mais significativa a partir de 1965 com os incentivos advindos da SUDENE, surgindo nesse perfodo, seis indiistrias ligadas aos ramos de mate- Tab.1 - Comércio Cearense - Estabelecimentos e Pessoal Ocupado - 1985 MUNICIPIOS ESTABELECIMENTOS PESSOAL OCUPADO Total - Cearé 25,030 97.465 Sobral, 595. 2.131 ‘Iplanice-1993 (modificada) Tab. 2 - Indiistria Cearense - Empresas Industriais Ativas, por tipo, segundo os municipios - 1991 EMPRESAS INDUSTRIAIS. MUNICIPIOS ‘Extrativa ‘Construcaéo Utilidade Transformacao Mineral Givil Publica Total - Ceara 84 706 od 6.076 Sobral 02. 07, = 155 Tplancs-1993 (mnodificada) rial de construgao, de laticfnios, de fruticultura e aos de produtos de palha. Apesar do investimento no setor industrial, 0 comércio e a prestagdo de servigos continuaram sendo as atividades de maior representacao na economia local, podendo ser observada nas tabelas abaixo: Esse ritmo de crescimento econémico evidenciou-se até meados dos anos 80, quan- do, em conseqiiéncia da conjuntura politica nacional e regional, Sobral entra em declinio, perdendo a posigao de 2" economia cearense (a I* é a de Fortaleza e sua Regiéo Metro- politana), passando posteriormente para a 4? posigao, ultrapassada por Juazeiro do Nor- Revista da Casa da Geografia de Sobral, ano 1, n.1 (1999) 37 CARACRIST, lsorlanda te e Crato, cidades da Regiao do Cariti, sul do Estado. Mesmo assim a “Princesa do Norte", ainda mantém um importante papel politico- econdmico ¢ cultural (aqui ressalte-se o papel da Universidade Estadual Vale do Acarati- UVA), polarizando atividades que influenciam mais de 50 municipios do Estado - os quais compéem a Zona Norte cearense - e de outros Estados como Piauf e Maranhao. O resumo histérico ora exposto, mostra-nos 0 contexto geral dos processos espect- ficos geradores da cotidianeidade atual dos que habitam Sobral e seus arredores. Sobral, éuma cidade média, com aproximadamente 108.704 habitantes. F sede do municfpio, o qual abrange 11 distritos, compondo uma populacdo total de 138.565 habitantes, sendo 22.682 rural ¢ 115.883 urbana. Ver tabelas a seguir: Apesar do predominio das atividades urbanas, as rurais est4o bastante presentes, mesclando-se de tal forma que @ apregoada dicotomia rural - urbano, campo - cidade, torna-se fragil. Tal fato pode ser evidenciado nas feiras, no mercado, no grande ntimero Tabela 3 - Populagao Cearense - Populacao Total segundo os municipios e distritos - 1997 Total - Ceara 6.809.794 ‘Sobral - Municipio 138.565 Sobral - Cidade 108.704 Aracatiagu 5.301, Bonfim 1.124 Caioca 948 Caracara 1.704 Jaibaras 5.405) Jordao 4.681 Patriarca 1.691 Rafael Arruda. 1.746 ‘S40 José do Torto 963, Taperuaba 6.298) ‘Aprazivel Es incuida na populagio da cidade de Sobral IBGE-1997 (modificada) Tabela 4 - Populagao Cearense - Densidade Demografica (Hab/Km?), Taxa Geométrica de Crescimento e Taxa de Urbanizacao, segundo os municipios — 1991/1996 a 5 to al Urb: a S 1091. ape" 199 46,50 135 2,50 =1,00 65,40 69,20 65,80 1,68 2,86 -2,25 8147 83,60 IBGE-1997 (modificada) de vacatias, no transito “confuso e difuso” de automéveis, motos, bicicletas, animais, carrogas ¢ “pau-de-arara” (caminhdo adaptado para o transporte humano), na religiosi- 38 Revista da Casa da Geografia de Sobral, ano 1, n.1 (1999) A Indiistria Chapeleita Sobrelense Revista da Casa da Geografia de Sobral, ano 1, n.1 (1999) CARACRISTI, Isorlanda Foto 1 - Aspectos do transito na Cidade de Sobral dade, nos preceitos morais, nos eventos culturais, nos processos politico-eleitorais, nas relagdes de trabalho, e até mesmo na produgdo industrial, principalmente na produgéo de chapéus e detivados do leite. Ao adentrarmos no proceso de producao e nas relagées de trabalho que envol- vem a fabricagdio de chapéus no sertdo norte cearense, é inevitével nao fazermos alguns pertinentes questionamentos, Essa atividade é tipicamente urbana ou rural ? Industrial ou 40 Revista da Casa da Geogratia de Sobral, ano 1, n.1 (1999) A Indistria Chapeleita Sobralense Foto 2 -Vista geral de um § camaubal artesanal ? A quem denominar “produtores de chapéu", as chapeleiras ou os proprietdrios dos meios de produgdo ? Qual a sua funcdo social ? Qual o seu papel na conjuntura da paisagem local e regional ? Acamatiba é uma das principais espécies extrativas do semi-drido nordestino, de- senvolvendo-se nas areas baixas citcundantes aos recursos hfdricos (varzeas € planicies de inundagao), constituindo as chamadas matas-galerias ou matas-ciliares. No Estado do Cearé a sua maior ocorréncia dé-se nos vales dos rios Coreati, Acarati, Jaguaribe e Cauipe. E um recurso natural renovavel de grande utilizagao pelos sertanejos, os quais aproveitam quase tudo: as rafzes, para remédios caseitos e condimentos; as estipes (tron- cos), para construgao de casas, pontes, currais; os frutos e o palmito® para o alimento dos Revista da Casa da Geografia de Sobral, ano 1, n.1 (1999) 4 CARACRISTI, Isorlanda animais e de si mesmos em épocas de seca; € as folhas, utilizadas para cobertura e pare- des das casas, para fabricacao de chapéus, esteiras, vassouras, espanadores, cestas, surrées Foto 4 - Feiteita em trabaiho de acebamento de chapéus (grandes sacos de palha) e para retirada do po produtor de cera. Por isso essa palmeira, foi chamada pelo naturalista alemao Humboldt, de “arvore-da-providéncia”. A sua utiliza- cao econdmica s6 comegou ocorrer no comego desse século com a industrializacdo da cera’ e do chapéu de palha. Do inter-relacionamento das caracteristicas naturais de semi-aridez* de dominio da vegetacao de caatinga® e dos fatores s6cio-econémicos que refletem numa estrutura fundidria de grandes concentracées de terra, é que é originada a paisagem regional que envolve 0 processo de produgao do chapéu de palha. processo é iniciado nos carnaubais que so arrendados por atravessadores, os quais arregimentam no perfodo de estiagem, que vai de setembro a dezembro, equipes de trabalhadores que se dividem por tarefas: 0 vareiro, que com uma vara de bambi com uma foice na ponta, extrai em torno de 500 folhas; estas séo transportadas até os palheiros onde terao os talos retitados pelos aparadores ¢ estendidas ao sol para secarem e se transformarem em palha’ que sera amarrada em molhos pelos enfiadores. ‘A segunda etapa ocorre aps o transporte para os aglomerados urbanos, onde as chapeleiras também conhecidas como feiteiras, compram a palha e em sistema familiar tecem as carapucas® (cada chapeleira confecciona em torno de oito carapucas por dia) entrando no citouito a figura do corretor, que é um intermediador entre as chapeleiras e 0 empresério proprietario da fabrica que fara o acabamento final (terceira etapa), resul- tando no chapéu propriamente dito, pronto para a comercializacdo. Esta, € a quarta e Revista da Casa da Geografia de Sobral, ano 1,n.1 (1999), A lnduisttia Chapeleira Sobralense iiltima etapa. A Indtistria de Chapéu de Palha, é a atividade que mais referencia 0 municipio de Sobral, o maior exportador de chapéu de palha do mundo, exportando para Espanha (maior demanda), Portugal, México, Estados Unidos, Italia entre outros. Antes da implantagao do Plano Real, eram produzidas 120 mil unidades de cha- péu por dia, englobando direta e indiretamente 50 mil pessoas de 19 municipios. Hoje caiu para 40 mil unidades/dia, com o envolvimento de 20 mil pessoas, sofrendo uma queda de quase 40%, refletindo bem a politica neo-liberal do Governo Federal: valoriza- do das grandes empresas e do capital estrangeiro em detrimento das pequenas e médias empresas nacionais. Apesar de sua posicdo no “ranking” mundial, como vimos, constitui-se numa indtis- tri tradicional, caracterizada pelo trabalho artesanal e pela manufatura, fugindo ao perfil da indstria contemporanea. A contraposigao classica industria-artesanato transforma-se, numa {ntima relagdo, em algo semelhante a fragil dicotomia cidade-campo existente nas cidades médias not- destinas, O cotidiano e o espago de vivencia das pessoas envolvidasna “Indiistria Artesanal” de chapéus de palha traduzem com muita eficdcia essa dialética. Nao podemos negar os beneficios propiciados em termos de geracéio de empregos, mas também nao podemos ocultar a concentracao de renda e os custos sociais dessa concentragao. A qualidade de vida dos latifundiarios e dos proprietarios das fabricas jamais serd equiparada ou superada pela dos trabalhadores dos carnaubais e chapeleiras. Estes, sdio expropriados dos meios de producao, vitimas da Idgica capitalista. Enquanto verdadeiros sujeitos da_produgdo de chapéus, recebem pouco ou quase nada pela sua forca de trabalho, tormando-se, pela estrutura de poder montada, um fornecedor com- pulsério e exclusivo dos empresarios? da indéstria chapeleira, que acumulam pratica- mente quase toda a riqueza gerada pela atividade. A segregacao s6cio-espacial que relega as chapeleiras aos bairros pobres periféri- cos, como os baitros de Alto Novo, Expectativa, Pantanal, Sumaré e Terrenos Novos, revela de forma concreta a dura realidade vivenciada por essas pessoas, que trazem no seu dia-a-dia o esforgo da subsisténcia, a rotina do trabalho e da miséria. Seré que os turistas que visitam a Espanha ou mesmo aqueles que nos visitam, sabem 0 “peso hist6rico” que carregam nas suas cabegas ? Nos leves e coloridos chapéus de palha ? Esperamos que um dia todos saibam, pois a visdo romAntica passada pelos meios de comunicagao de massa em nada contribui para o processo de melhoria dessa realidade. Sera que se a politica de desenvolvimento econémico tanto estadual como nacio- nal, valorizassem as atividades de producao local e regional, nao haveria uma redugdo significativa das desigualdades sociais? Se as atividades extrativistas como as derivativas da camatiba sdo a principio conservacionistas, onde a degradagao ambiental é minima Revista da Casa da Geogralia de Sobral, ano 1, .1 (1999) 6 (CARACRIST, lorlanda em relacdo a manutengao da paisagem regional, por que elas sfio completamente margi- nalizadas em relagdo as atividades industriais convencionais, poluidoras e degradadoras? Por que as pesquisas referentes a utilizacao econémica dos recursos naturais regionais renovaiveis nao receber o mesmo apoio daquelas relacionadas ao petroleo e outros? Essas e outras questoes podem servir para uma teflexao fecunda e conclusiva. Bibliografia consultada IBGE ~ Censo Demogrético, 1997; IPLANCE ~ Atlas Geogréfico, 1998; IPLANCE - Informagées Bésicas Municipais: Sobral - Fortaleza/Ce, 1993; IPLANCE - Anuério Estatistico do Ceard - 1993 - Fortaleza/Ce; POVO, Jornal - Cadero Especial “Edigio Historica 223 anos de Sobral’, 5 de julho de 1996, Fortaleza/Ce; ROCHA, Almino - Histéria Sécio-conémica de Sobral - Sobra/Ce; SILVA, Marlene Ma, da - © Norte Cearense - Série Estudos Regionais, Vol.t2, SUDENE, Recife/Pe, 1985; Pessoas entrevistadas: ‘+ Maria Ielda de Farias - Membr da Cooperativa de Micro-Empresas de Chapéus de Palha - COOPECHAS; ‘= Wellington Menezes - Proprietario da Casa Guilherme Menezes-Indiistria e Comércio de Chapéus; ‘+ Chapeleitas dos Baitros Pantanal, Sumaré e Terrenos Novos. Notas O nome Sobral vem de Sobro ou Sobreiro, uma éryore portuguesa, 2 Nesse momento, jé proprietirio da referida Fabrica Sobral, posteriormente, Cia de Fiaglo ¢ Tecidos Ernesto Deoeleciano. > Gome longo € macio retirado do eaule das palmeiras « A cere da carnasiba possui mais de 150 aplicagdes no setor industrial 5 Altas temperaturas chuvas escassas, concentradas nos meses de abril, maio e junho. © Termo origindsio do idioms Tupi, que significa mata (caa) clara, aberta (inga). 7 A palha 6 a folla da camatba apés ser aparada , riscada e seca. © Chhapéu bruto, sem acabamento, vendidos a um prego que varia de 12 a 15 centavos de reais. © A maior empresa local é a Casa Guilherme Menezes- Ind\istra e Comércio de Chapéus. Fsta trouxe, em 1956, a primeira maquina de beneficiamento e acabamento de cbapéus do Cearé. a Revista da Casa da Geografia de Sobral, ano 1, n.1 (1999)

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