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E-Book -Apostila 4 - Maquetes e modelos de representacao Patt er esti c) Maquetes e Esse arquivo é uma versio estatica. Para melhor experiéncia, acesse esse contetido pela midia interativa, Book -Apostila modelos de representacao Neste contetido, vamos preparar desenhos de representacio de projetos e modelos fisicos em cescala, Quando usados como parte integral do processo de projeto, os desenhos e as maquetes ‘conseguem gerar informagdes em curto tempo e oferecem métodos de exploracio poderosos. Os instrumentos, os materiais e as técnicas apresentadas neste contetido oferecem uma ampla gama de opsées. vamos explorar o trabalho manual nos desenhos e nas maquetes que materializam esbocos de projetos, que possam ser feitos com materials adequados ao uso caseiro, em ateliés de arquitetura ‘ou oficinas de design. As técnicas apresentadas aplicam-se & arquitetura e ao design industrial e também ao desenvolvimento de obras de arte tridimensionas Veja a tirinha a seguir e faca uma reflexio sobre as possibilidades e os beneficios de desenhos e modelos, como elaborado abaixo. Atirinha apresentada esté disponivel em um website com foco em corretores de iméveis. E-Book Apostila \Veja como uma maquete pode ajudar qualquer pessoa a compreender 0 projeto desenvolvido pelo arquiteto. 0a mesma forma que os desenhos de apresentacao e os modelos em escala do design, essas ferramentas de projete sdo muito importantes no s6 para ‘vender’ o projeto, mas para realizar estudos e testes durante 0 seu desenvolvimento. @ atencio Vale esclarecer, aqui, a nomenciatura que as vezes é diferente nas érea da arquitetura edo design. Na arquitetura, utilizam-se mais os termos ‘eroqui’ e ‘maquete’, enquanto no design, Ltilizam-se mais ‘esbogo' (ou ‘sketch’ ou 'rafe’)e ‘modelo’. Entretanto eles tém significados equivalentes e podem ser utilizados, com algumas ressalvas, em ambas Croqui ¢ esboco so desenhos & mao sem a exigéncia de preciso nos tragos. Eles so feitos para transmitir de forma répida e detalhada as ideias de um trabalho especifico. Maquete e modelo sio representagées volumétricas de um projeto. Eles transformam (08 desenhos bidimensionais em artefatos tridimensionais, mostrando suas formas em escala, Ao final deste contetido, vocé sera capaz de: + experimentar téenicas e materiais para esbocas,croquis e maquetes ‘como ferramenta de geracio de alternativas ¢ comunicagio de solucSes de prajetas com propésitosexplicaivas, de discussio e ce apresentacio Como veremos, esta unidade esté dividida em duas partes: Desenho de repr modelos. E-Book -Apostila Desenhos de representagao Neste t3pico, s30 apresentados os elementos mai perspectiva, propor¢do, luz e sombra e textura, importantes dos desenhos de representagi Recurso Externo curso é melhor visualizado no formato interativo Perspectiva Perspectiva & a técnica que permite ao desenhista criar uma ilusdo de profundidade em um desenho plano, ou seja, criar uma sensacao de tridimensionalidade em uma imagem bidimensional. Proporgio Para manter as corretas proporcdes dos objetos retratados em um desenho, fazemos comparaces, centre suas medidas. No desenho, comparamos, ou seja, analisamos a relagio entre as partes de um ‘objeto, entre as partes ¢ o todo e entre diferentes objetos. Podemos comparar também as distancias entre objetos, e assim teremos a proporcéo correta aplicada no desenho como um todo. Vale enfatizar que, como se trata de uma comparagio, a proporgdo define o tamanho relativo, ¢ nao ‘0 tamanho fisico, ou seja, define o tamanho de um objeto, ou de parte dele, em relago a outro ‘objeto ou parte. Uma técnica bastante conhecida é usar o lépis para estabelecer relagdes entre as medidas de um objeto, Nessa técnica, o desenhista segura o Idpis pela ponta do grafite e, com 0 braco esticado, Posiciona o lépis na posicic horizontal ou na vertical, diante do objeto que quer medir. Com um. ‘lho fechado, ele faz relacdes entre as medidas do ldpis e do objeto, conforme vemos a seguir. FIGURA 1 - Aplicagao da técnica do lapis na medida das Proporgoes de um objeto E-Book -Apostila Luz e sombra (0 uso da luz da sombra dé profundidade 20 desenho. 0 desenho de volume é a técnica de usar diferentes tons para delimitar areas claras e escuras e separar os planos do desenho. FIGURA 2 - Representagao de um cilindro em desenho linear e em desenho de volume Hé dois tipos de iluminac3o empregados no desenho: a luz direta e a luz refletida. A luz direta é aquela que incide diretamente sobre o objeto; é a drea que se representa em tons mais claros, 5-19 E-Book Apostila beirando o branco. Ja luz refletida € a que incide indiretamente sobre o objeto. Aluz reletida é aquela que rebate em um plano de fundo e ilumina, parcialmente, o lado em sombra do objeto. Ela menos intensa e s6 € percebida por uma leve variagio na érea de sombra ‘As reas de sombra ase representar em um desenho so de dois tipos: sombra prépria e sombra projetada, A sombra prépria representa a regido sombreada do préprio objeto, que fica a0 lado ‘posto & regisoiluminada. € representada pelo cinza escuro. A sombra projetada demarca a projeqio do objeto no plano de fundo e caracteriza a regido do fundo em que o objeto impediu a passagem de luz. £ representada por um cinza mais escuro, quase preto, Entre as reas luminadas «e sombreadas do objeto, existe uma faixa de transicSo, chamads de "meio-tom’ FIGURA 3 - Elementos do desenho de relevo Textura Arepresentacdo de texturas no desenho de observago é uma maneira de transmitir realism. ‘Somente com linhas um objeto que é representado com perfeicSo, mas que falha a0 retratar sua textura, pode dar a impressao de dureza a um objeto macio, por exemplo, comprometendo a ‘qualidade do desenho, E possivel fornecer textura a um desenho por meio de pequenos tracos repetidos, de formas. variadas, ou hachuras e sombreados. A figura a seguir mostra alguns exemplos que podem ser E-Book -Apostila praticados para a representagio de texturas. FIGURA 4 - Exercicios para treinar o desenho de texturas Estudo Guiado 7-19 E-Book -Apostila Leia da pagina 20 a 21 do livro 'Comunicagao grafica moderna’ GIESECKE, FE. Comunicagio gréfica moderna. Porto Alegre: Bookman, 2008. (E-book) Maquetes e modelos Hé diversas razées pelas quais as maquetes e os modelos devem ser parte de qualquer processo de projeto. Talvez a mais importante seja a possibilidade de se observar a forma e o espace fisico tridimensional concretamente. Essa presenca fisica permite ao projetista interagir diretamente com ‘esse artefato e obter feedback imediato, Outro beneficio inerente a maquetes e modelos, quando comparadas aos desenhos no computador, 0 seu relacionamento com as edificacées, a0 existirem no mundo das forcas dinamicas. Embora a correspondéncia no seja uma analogia direta, esses objetos podem ser usados para a previsio de comportamentos estruturais e funcionais, tdo usadas para tinels aerodinamicos, para projetos de embarcacées e para projetos de interfaces fisicas dos mais diferentes tipos. CTCL Ahistéria das maquetes. Nos tempos egipcio e greco-romano, as maquetes de arquitetura eram feitas, antes de tudo, come simbolos. Na Idade Média, com 0 advento das catedrais, os pedreiros deslocavam-se pelo interior, levando maquetes que ilustravam suas especializagdes, por exemplo, a construgio de arcos. Durante a Renascenca, as maquetes eram usadas como melo de obter patronos, como acorreu no caso da Catedral de Florenga, na télia, Amedida que a educagio em arquitetura passou a ser dominada por escolas de belas- artes, as maquetes passaram a ser substituidas, quase que completamente, por desenhos. ‘A arquitetura era, em grande parte, considerada o estudo de elevacdes e plantas balxas ¢ (05 meios tridimensionais tinham pouca relevancia, Contudo, no final do século XIX, arquitetos como Antoni Gaudi comegaram a usar as maquetes como meio para explorar ideias estruturais e desenvolver uma linguagem arquiteténica Nas décadas de 1920 e 1930, a Bauhaus e arquitetos como Le Corbusier elevaram 0 uso de maquetes 2o status de componente integral da educagao e prdtica em arquitetura Durante a década de 1950, o Modernismo deu corpo & forma por meio de projetos cextremamente minimalistas em um ou dois sélidos simples. Conforme o Modernismo foi perdendo sua hegemonia no fim da década de 1970, a exploracio espacial passou a seguir 8-29 E-Book -Apostila diversos novos caminhos e as maquetes retemaram suas posigées como poderosas ferramentas de exploracio. No inicio da década de 1990, o papel das maquetes foi desafiado por uma mudanca na tecnologia. Nesse momento, imaginau-se que as softwares de projeto (CAD) e de maquetes eletrénicas substituiriam, com simulagdes digitais, todas as experiéncias Embora muitas das vantagens oferecidas pela midia digital tenham comprovado seus benefic ios, 0 distanciamento fisico inerente 3 experiéncia virtual no conseguiu ser facilmente superado. ‘Todos os tipos de maquetes e modelos so considerados de estudo, inclusive aqueles usados para apresentagdes formais, Dessa forma, sua fungio é gerar ideias de projeto e servir de veiculos para aperfeicoamentos. Eles podem variar de modelos répidos e rudimentares a maquetes finalizadas. Independentemente de seu nivel de acabamento, o terme "de estudo” implica em possibilitarem rnovas investigages e aprimoramentos, STEMI Veja, a seguir, 0 video do arquiteto Igor Campos, para saber sobre as maquetes de estudo, E-Book Instrumentos e materiais naquetes necessérios qui so reunidos alguns dos instrumentos basicos e as defi reparar para a execuso de uma maquete ou um modelo. Embora tenha sido feito um esforco para © emprego de termos comuns, em razio da auséncia de padronizacio nesse setor, podem se encontradas definicdes alternadas ou que se confundem em diferentes ateliés e oficinas. *clique na imagem para ler 10 Book -Apostila © que levar em consideragio a0 escolher um material: ‘+ arapider de elaboracio necesséria para a maquete em questio; ‘+ ograu de modificagdes e de experimentagdo desejado; ‘+ shabilidade do material em manter sua forma ou vencer os vios necessérios 8 escala da maquete; ‘+ aespessura desejada dos componentes da maquete, em escale, A seco a seguir descreve os instrumentos e materiais bésicos usados para a maioria das maquetes. Muitas opcdes esto disponiveis no mercado; 0 foco principal est nos materials facilmente cencontrévels e trabalhdves 00 Instrumento Instrumentos de desenho ais Imagem: Fonte: institucional, 2022. 01 Instrumento Régua de aco O Instrumente indispensivel para cortes. A régua deve ter uma base de cortica ou outro ‘material que nao escorregue. Por razdes de economia, também se pode usar uma régua de madeira que tenha borda met as réguas de aluminio, jé que elas tiram 0 fio ica, Evite ddas laminas dos estiletes muito rapidamente. Imagem: Fonte: institucional, 2022. 02 Instrumento Estilete jook -Apostila Um conjunto de instrumentos de desenho ‘comuns usados para tragar as partes da maquete. Aferramenta de corte indispensdvel. Mantenha o estilete afiado trocando as az-is E-Book Apostila laminas com frequéncia. Imagem: Fonte: institucional, 2022. 03 Instrumento Tesoura Para uso em maquetes de estudo répidas e para cortes corretivos. Imagem: Fonte: institucional, 2022. 04 Instrumento Cola branca © adesivo bisico. Ao trabalhar, mantenha uma pequena quantidade de cola sobre um resto de papelio, para que o contato com 0 ar torne-a mais densa e melhore sua Viscosidade de trabalho, Use em 13-19 Book -Apostila ‘quantidades moderadas e aplique nas bordas dos materiais usando uma tira de papelio. Imagem: Fonte: institucional, 2022. 05 Instrumento Alfinetes Usados para unio das partes, enquanto a cola néo seca. Os alfinetes podem ser retirados,fiear como reforgos ou ser cortados com um alicate de corte lateral Imagem: Fonte: institucional, 2022. 06 Instrumento Pistola de cola quente Para montagens répidas e para materials de ‘olagem dificil, como o metal. Podem fazer muita sujeira e no sio ideals para acabamentos 14-19 Book -Apostila ‘ae Imagem: Fonte: institucional, 2022. 07 Material Fita adesiva ara montagens répidas e para materials de colagem dificil, como o metal. Podem fazer ‘muita sujeira e no sio ideais para acabamentos. Imagem: Fonte: institucional, 2022. 08 Instrumento Lixas 15-19 E-Book Apostila Lixas podem ser usadas para remover irregularidades nas superficies de cortes € rebarbas, Imagem: Fonte: institucional, 2022. 09 Material Papel Foam (pluma), papel e cartolina Papel Foam (pluma) Disponivel em diversas espessuras: 1,5 mm, 3mm, 4,5 mm, 1,25 em. ‘Aparenta superficies com acabamento. Adequado para escalas maiores. Pode ser usado de modo que sua espessura represente as espessuras dos materials, construtivos, em escala. Papelio simples Disponivel em folhas duplas ou qudruplas. Baixo cust. ‘Tem rigidez para vencer vlos razosveis. | [As folhas mais grossas so mais dificeis de cortar. ‘Acabamento mais éspero. Cartolina Disponivel em papelarias e em lojas de ‘materials para escritério. Superficies razoavelmente acabadas, 16-19 [—ruequau para naqueves peyuerias Dobra com muita faclidade e exige o uso de suportes. Imagem: Fonte: institucional, 2022. 10 Material Imagem: Fonte: Institucional, 2022. Laminas de pau-de-balsa (madeira balsa) XY Book -Apostila Laminas de pau-de-balsa podem ser tratadas de forma similar ao papelo grosso ‘¢a0 papel Foam Core. Assim como o papel Foam Core, as folhas de pau-de-balsa tendem a ficar com as bordas dsperas se as laminas nao forem substituldas regularmente. Para conhecer técnicas aplicadas em estudos de caso, realize o estudo guiado a seguir. PETRIE LL) 37-19 Book -Apostila Leia da pagina 114 & 124 do livro 'Projetando com maquetes: um guia de como fazer e usar maquetes de projeto de arquitetura’. HILLS, B.C, Projetando com maquetes: um guia de como fazer e usar maquetes de projeto de arquitetura. 2. e4. Porto Alegre: Bookman, 2007 (E-book. Recurso Externo Referéncias Bibliograficas 7 DICAS para produzir uma maquete fisica impecavel. [S. L:.n.],2020. 1 video (24 min). Publicado pelo canal In Residence. Disponivel em: https://www-youtube.com/watch?v=A-SuwkiV3al. Acesso ‘em: 11 fev. 2022. BREDA, G. Desenhe assistido por computador. Porto Alegre: SAGAH, 2017. (E-book). Dispontvel em: https://integrade.minhabiblioteca.com.bri#i/books/9788595021914. Acesso em: 26 jan. 2022. 18-19 E-Book Apostila CAVASSANI, G. SketchUp pro 2043: ensino pratico e didatico. Sao Paulo: Erica, 2014. (E-book) Disponivel em: https:/fintegrada.minhabiblioteca.com.br/s/books/9788536519548, Acesso em: 26 jan, 2022, CRUZ, M.D. da. Desenho técnico. Sdo Paulo: Erica, 2014. (E-book). Disponivel em: https://integrada,minhabiblioteca.com.br/s/books/9788536518343/. Acesso em: 26 jan, 2022, CURTIS, 8. Desenho de observaco. 2, ed. Porto Alegre: Bookman, 2035. GIESECKE, F. £. Comunicagdo gréfica moderna, Porto Alegre: Bookman, 2008, HALLAWELL, P.A mio livre: a linguagem e as técnicas do desenho. 4. ed, Sdo Paulo: Methoramentos, 2006, MILLS, 8. C. Projetando com maquetes: um guia de como fazer e usar maquetes de projeto de arquitetura. 2, ed. Porto Alegre: Bookman, 2007 MONTENEGRO, G. Desenho de projetes. So Paulo: Blucher, 2019. (E-book). 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