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Caio Felipe Silva Gomes - Medicina T29 - Controle da expresso génica em Procariotos. Livros: Fundamentos de Genética, Snustad; Genética Um Enfoque Conceitual, Pierce. (Crutvole dw MoMesiaer Geniew ve Escherichia coli * Mais estudada pois em 20 minutos ela se divide. © Utiliza principalmente glicose para gerar ATP, porém consegue usar outros acuicares, como: Lactose, Arabinose, Maltose e Xilose. (Mas se tiver glicose, usa apenas ela). * Se algum aminodcido esté ausente, produz enzimas necessérias para a producao desse aminodcido. (_ SSRRRCESTAINAecainS X Sequéncias que regulam a exressao de outras sequéncias > Genes estruturais: sao aqueles que fazem algumas enzimas, proteinas, que fazem algo importante para a célula, seja ela em quesito de estrutura ou metabolismo da célula. Eles esto ligados ou desligados em funcdio da necessidade da célula, Eles sao ligados ou desligados em virtude de produtos dos genes regulatérios. ~> Genes regulatérios: Genes em que seus produtos ligam ou desligam genes estruturais. —> Genes constitutivos: Nao estao sob controle, estao sempre ligados. Estao relacionados a algo que ndo pode parar nunca para o funcionamento da célula. > Elementos regulatorios: Apesar de serem sequéncias de DNA, eles nao sao transcritos! mas participam do controle da expressio génica de um gene estrutural por exemplo. [EB Um peron¢ um grupo de genes esuturas | | mais as sequencias que controlam a transcriclo. RNA : — polimerase — cane eS) - L __ want ED que pode se iar 20 sito “ie ] sopra ua regia | tants do mRNA mRNA =| : Tae Proteinas (enzimas) reguladora A 05 produtos do mRNA [tals races em | uma via bioguimica Via bioquimica @—-» recor” Product Profeo X —intermediarios Figura 16.3 Um éperon é uma unidade de transcrigo nica que inclui uma série de genes estruturais, um promotor ¢ um ‘operador. Operon 1A Helicegironneice 8 Dedosdezinco € Ziper de teucina NEI | OSL 8 he ie 1 LS saan ligagto a0 NA —_tigagdo a0 dimero eae! lon'zinco SPN Figura 16:2 As proteinas eras de DNA podem —> A maior parte da regulagao génica nas bactérias e nos eucariotos ¢ feita por proteinas que se ligam a sequéncias de DNA e afetam sua expressao. Essas proteinas reguladoras tém partes funcionais bem definidas, chamadas dominios, compostas por aminodcidos responsaveis pelo reconhecimento de nucleotideos da sequéncia de DNA. —> Esto presentes tanto em procariotos e eucariotos, essas proteinas sao fruto dos genes regulatérios, podendo ser separadas em dois mecanismos: © Controle positivo (proteina ativadora): ativa ou aumenta a expressao de um gene. * Controle negativo (proteina représsora): desativa ou inibe a expresso de um gene. ~> A organizagao do genoma em procariotos é feita em Operons, que nao existem em eucariotos. * Os genes estruturais de um Operon estdo sob o controle de um unico promotor. * Quseja, um promotor regula a transcrigaéo de mais de um gene estrutural, e esses genes estruturais sao transcritos juntos em um mesmo mRNA. Isso é bom para 0 procarioto pois ele consegue garantir que todas as proteinase enzimas necessérias para uma fungao celular sejam transcritas e traduzidas juntas. © Aregiéio operadora (elemento regulador) nao vai ser transcrita, porém é 0 local de ligagao de uma proteina reguladora que ativa ou desativa a expressdo dos genes estruturais do éperon. ~> Fora do éperon existe um gene regulador que transcreve e traduz proteinas reguladoras para o operon. -> Controle dos 6perons: © Controle positivo: a proteina reguladora é uma ativadora, que quando esta ativa liga a expressio do gene. © Controle negativo: a proteina reguladora é uma repressora, que quando esta ativa inibe a proteina. © Operons induziveis: A expressdo normalmente est desligada, é necessério ligar. © Operons repressiveis: Sua expressao normalmente esta ligada, e é necessario desligé-lo. mu . = —_ Sua transcrigao esta normalmente desligada, pois sua proteina reguladora repressora esta ativa. A ligagao dessa proteina ao operador bloqueia fisicamente a ligagdo da RNA polimerase ao promotor e impede a transcrigao. ~> Se a proteina reguladora repressora for desativada (por um precursor indutor), a inibigao que ela causa é desativada e a transcrigao é ativada. ¢ — Atranscrigao é ligada quando uma pequena molécula, um indutor, liga-se ao repressor. ~> Entao, um 6peron com controle induzivel negativo regula a sintese das enzimas de forma econémica: as enzimas sao sintetizadas apenas quando seu substrato (V) esta disponivel. Operon repressivel negativo + =m = oes pss Promotor Regular: = ' Pron regulars ase Proctor frostxo na ' = satinse 7 x Lesieten oko U ‘ — = ego Se H | ‘Sem wanserigo menses Oo ee aS] =e ~> Sua transcrig&o esta normalmente ligada, pois sua proteina reguladora repressora esta inativa, permitindo a transcrigao. @ Como nenhum repressor se liga ao operador, a RNA polimerase se liga com facilidade ao promotor e ocorre a transcrigado dos genes estruturais ~> O correpressor se acumula tanto na célula, que quando chega a niveis altos ira ativar a proteina reguladora repressora, inibindo a transcrigao. © Ocorrepressor é 0 produto final da via metabélica que aquele éperon expressa, € como a transcrigao esta normalmente sempre ativada, ele se acumula em altos niveis, e quando esse nivel chega a um limiar satisfatério, o proprio produto (correpressor) ativa a proteina reguladora repressora. ea" eo) Operon induzivel positivo 3 \gd0 =, oes - 2 -> Transcrigao est normalmente desligada, pois sua proteina reguladora ativadora esta inativa, nao permitindo a transcri¢ao. © Nos dperons de controle negativo, ocorre o bloqueio do sitio para a RNA polimerase. JA no éperon de controle positivo, as proteinas sao necessdrias para aumentar a afinidade da RNA polimerase. -> A ativagao da proteina reguladora ativadora ¢ feita por um elemento precursor (um precursor da via metabdlica expressa por aquele éperon chega e necessita ser degradado, por isso ele ativa a protéina ativadora, pois ela liga a transcrigdo que ird gerar os produtos que degradam esse elemento precursor). _ Operon repressivel positivo eo Ne i See ~> Transcrigdo esta normalmente ligada, pois sua proteina reguladora ativadora esté ativa, permitindo a transcrigao. —> 0 produto de sintese desse Operon se acumula, pois a transcrigdo esta sempre ativa, e os altos niveis desse produto inibem a proteina reguladora ativadora. ¢ Coma proteina reguladora ativadora sendo inibida, ela deixa de ativar 0 6peron, e com isso a transcrigao é desativada. ¢ Os 6perons induziveis controlam as proteinas que executam processos de ‘degrada¢ao — as proteinas que degradam moléculas. Para esses tipos de proteinas, o controle induzivel faz sentido porque as proteinas nao sao necessarias, a nao ser que haja substrato (que é degradado pelas proteinas). @ a-@-« A Induzivel © Induzivel negativo - ce pnmeraee Positive: >. legge | ee eee eae x Repressor & oe fae Ativador é 4 Transcricdo destigada a P 5 | ; ‘repressor. Substrato _Produto | _ |_oativador. 8 Reprimivel D_ Reprimivel negative positive stivador ative Lactose Apemenearspora) > AD esirseiuar Permease Membrana celular hi galactosidase =~ pounce 2: &. Pralactosidase Ee comers aoacore em ctor ec) oe —> Alactose é um dos principais carboidratos do leite e é metabolizada por E.coli. ~> Permease: proteina transmembrana que permite a entrada da lactose na célula ~> B-galactosidase: enzima que degrada a lactose em galactose+glicose. Mas algumas lactoses podem ser transformadas em alolactose (indutor). ~> Tiogalactosideo transacetilase é uma proteina que nao possui seu funcionamento bem esclarecido e por isso nao sera abordado. ~> 0 dperon da lactose é Induzivel Negativo. —> Aalolactose é que ira inativar a proteina reguladora repressora, permitindo assim a transcrigao. ~> Se a permease é um produto da transcrigdo do éperon da lactose, como a lactose entrou para ativar a via e expressar a permease? — Arepressao nunca desliga completamente a transcrigdo do éperon lac. Mesmo com © repressor ativo ligado ao operador, existe um nivel reduzido de transcrigado e sao sintetizadas algumas moléculas de B-galactosidase, permease e transacetilase. Quando a lactose aparece no meio, a permease existente transporta um pouco de lactose para a célula. As poucas moléculas de B-galactosidase encontradas convertem parte da lactose em alolactose, que induz a transcrigao. ¢ — Aexpressao do dperon nunca sera completamente desligado (porém nao sera constitutivo, pois constitutivo nao esta sob controle, e o da lactose esta sob controle, por isso é estrutural). * 0 6peron da lactose também possui o Controle positivo e repressao catabélica, ee _ ‘Operador 4 Eo cene polimerase 1962 Genes estruturas = a _ regulador (lac Wal ecY Tea | ——= ‘Transcricao_ ‘Sem transcric¢ao_ e traducao (EBNa ausércia de lactose, a proteina reguladora eed ee) ativa (repressora) erage fs na ’ om potmerase rae e traducao i \ mn Ge ED .. que entio seliga a | EA proteins reguladora | | EB ...e 05 genes estruturais reguladora ativa Proteina reguladora trata repressora) Encinas ao Galactosidase Permease Transacetilase Alolactose ‘ ~ @ sicose Br aiando sins, arte = = BB catactose convert em acse TOTSE Figura 16.8 © éperon lac regula o metabolismo da lactose, JacP (promotor) y | | Regio ~35 Regido ~10 Sitio de inicio © operador ligado (sequéncia consenso) (sequéncia consenso) de transcri¢do_ao repressor lac Figura 16.9 No éperon fac, 0 operador se sobrepde a0 promotor e & extremidade 5' do primeiro gene estrutural. Controle positivo e repressao catabélica. ~> S6 usa a lactose se n&o tiver glicose. ¢ — Se tiver glicose no meio, terao baixos niveis de cAMP. ¢ Com pouca glicose, existira altos niveis de cAMP. Esse sinalizador ira ativar uma proteina reguladora ativadora (CAP - proteina ativadora catabdlica), que se liga na regido operadora e permite a transcrigdo. COIrEr er) ‘Os nivel de cAMP esto reduzidose & "ANA polimerase no pode = menos provvel que cAMP se igue CAP. | ligar 20 DNA tio efcentemente.. v 5 om on on ‘Quando a glicose esta baixa (GB 0: niveis de cAMP esto elevados, cAMP se liga com facilidade 8 CAP, e 0 complexo CAP-cAMP se liga a0 DNA... = on oe / | ! _ ANA potimease ca 6g | Genes estruturais 1 Beooste | i BB etenso pode se x a ae @ tesaee Sarewe ngs ten Component: GD GD GD GD @® trata vepressor) Corismato ——» —S + —+@ Triptofano ramnoncn go” Ca) Tas inativa (repressora) oativa. desliga a transcrigso. Figura 16.15 0 éperon trp controla a biossintese do aminodcido triptofano na E. col ~> Sintetiza 0 aminoacido triptofano. —> Operon repressivel negativo. — Proteina repressora esta desativada e o 6peron esta normalmente ligado. ~> Genes estruturais transcrevem e traduzem componentes de enzimas que transformam corismato em triptofano. ~> O aumento da concentragao de triptofano liga a proteina reguladora repressora, que se liga na regiao operadora e desliga a transcrigdo. A Operon trp suTR Regides: | 2 3 4 copes - = = UCU = v Sitio dé Tigacao| codons ‘uuuuuuy do ribossomo wp 1B Sequéncia de 5’ UTR do mRNA Peptidi lider Met-tys- Ala le- Phe. Val-Leu-Lys-ly-Trp-Trp-Arg-Th- Ser- pasa The Gin Mets + 4 Final da S’ UTR ‘Atenuacao do Gene trpE sitio da transcrigao ~> Atenuag4o no operon trp da E. coli: Regido UTR antes dos genes codificadores: @ — Sequéncia 5’ UTR é subdividida em 4 regides importantes. @ — Regido UTR é traduzida em um polipeptideo super pequeno, mas essa regiao é importante para o controla da sintese do triptofano. @ — Regiao 1 tem dois cédons para o triptofano. ¢ — Apos a regiao 4 existe uma sequéncia de uracilas. Codons trp 2 GB quando o nivel de triptofano esta ato, EB quando o nivel de triptofano esta bao, ‘a regido 3 pareia com a regido 4, Essa ‘2 regido 2 pareia com a regido 3. Essa ‘estrutura termina a transcrgso. ‘estrutura no termina a transcrigao. uuUUUU] UuUUUT Estrutura secundaria Estrutura secundaria Vaz e344 243 Atenuacao ‘Antitérmino (termina a transcrigao) Figura 16.16 Duas estruturas secundérias diferentes podem ser formadas pela 5’ UTR do mRNA transcrito do éperon trp. Pode existir pareamento de bases entre a regido 1 e 2: automaticamente a regido 3 pareia com a regido 4. Forma-se dessa forma um grampo de cabelo seguido de uma cauda de uracilas (terminagao intrinseca), terminando assim a transcri¢do. © Pode existir 0 pareamento de bases entre a regiao 2 e 3: nado ocorre a formacao do hairpin, e com isso nao termina a transcrigao. mRNA ___ RNA polmerase A [ ARNA polimerase comeca a transcrever ‘DNA produtndo a regio 1 da 5 UTR, 8 ‘Um nibossomo se fia 8 extemidade 5° dda 5’ UTR etraduz a regido 1, enquanto 2 regito 2 esta sendo transcrita, c ( ribossomo para nos cédons trp na regi8o 1 porque o triptofano esta bao. Como o ribossomo esta parado, a regido 2 ndo ¢ coberta pelo ibossomo quando a regio 3 €transcrita. ‘Quando a regio 3 € transcita, ela pareia ‘coma regido 2. Quando a regido 4 & ‘ranscita, ela nBo pode parear com a regido 3 porque a regito 3a esta pareada * Quando o nivel de triptofano esta baixo, a regidio 1 é ocupado pelo ribossomo, e como tem pouco triptofano, tem pouco aminoacil-tRNA, e por isso 0 ribossomo fica travado, esperando o aminodcido para continuar, por isso existe o pareamente de 2 com 3. * Quando o nivel de triptofano esta elevado: Comer Pen ers E ‘mRNA "ARNA polimerase comeca a transcrever ‘DNA, produzindo a regiso 1 da 5" ‘Um ribossomo se fra 8 extremidade 5° {da 5’ UTR etraduz a regido 1, enquanto a regido 2 esta sendo transcrita. G ‘ARNA polimerase transcreve a regiso 3. ‘Oribossomo no para nos codons do rp [Porque o triptofano ¢ abundante. ‘© ribossomo cobre parte da regido 2, evitando ‘que ela pareie com a regso 3. A regido 4€ “transcritae pareia com a regido 3, produzindo 0 atenuador que termina a transcrgao.

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