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Bef ees occ cn se Dscunrodescragaco pe ner CO-8CV 10 BOs TOLT2018C8ETS ‘Tass les sends Apu dtr ran 6 ote 1176 1 SERIE —N® 45 «B. 0.» DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 6 DE JULHO DE 2018 Antigo 49° Entrada em vigor ‘A presente lei entra em vigor no 10.° dia a contar da sua publicagao. Aprovada em 27 de maio de 2010. 0 Presidente da Assembleia Nacional, em exercicio, Siilio Lopes Correia. Promulgada em, 4 de agosto de 2010, Publique-se. 0 Presidente da Replica, PEDRO VERONA RODRIGUES. PIRES, Assinada em 6 de agosto de 2010, © Prosidente da Assembleia Nacional, em exercicio, “iilio Lopes Correia Lei n° 36/1X/2018 de 6 de julho Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, ros termos da alinea ¢) do artigo 175.° da Constituigdo, oseguinte: Artigo 1 Objeto E concedida autorizagdo legislativa ao Governo para proceder a alteragao ao Cédigo das Empresas Comerciais, = aprovado pelo Decreto-legislativo n.” 3/99, de 29 de ™margo, bem como para proceder & aprovagdo do Cédigo das Sociedades Comerciais, Actigo 2° Sentido e extensio 1, No ambito da alteracao do Cédigo das Empresas Comerciais, a autorizacao conferida pelo artigo anterior tem o sentido e a extensdo seguintes: a) Proceder a alteragao do Cédigo de Empresas Comerciais,simplificando os controlos de natureza administrativa, climinando 08 atas e préticas registrais e notariais que ndo importem um valor acrescentado, incluindo a obrigatoriedade de cexisténcia dos livros da escrituragio mereantil nas ‘empresas e, correspondentemente, a imposigao da sun legalizarao nas conservatéras do regsto +) Atuar no dominio da autenticagio e do reconhecimento presencial de assinaturas em documentos, bem ‘como a admissibilidade de documento estrangeiro emitido na forma aceite no pais de origem; ©) Adotar, na legislagio comercial nacional, formas de representagao e mandato comercial mais flexiveis ¢ eficientes tendo em conta a nossa realidade insular, sem, no entanto, comprometer a seguranga juridica dos atos; 4) Bliminar, na pratica comercial, os atos e préticas que nfo acrescentem valor, reformulando Proowiments oerando condiea par a plena kiagio eapicagode sistemas informdtcoy, sempre com garantia da seguranga juridica ¢ da logalidade; mse bitps:/kiosk inev.cv ©) Modernizar as referéncias contabilisticas ¢ as Praticas de prestacdo de contas, em consonancia com as novas normas contabilisticas do pais, obedecendo ao principio de maior prudéncia na administracao das empresas; A Harmonizar 0 texto, a redagio e a sistematizagao dos artigos, bem como 0 contetide do proprio Cédigo das Empresas Comerciais com 0 do restante sistema juridico, incluindo disposigées pertinentes do Cédigo Civil, do Cédigo da Recuperacao e da Insolvéneia e de outras leis portinentes aprovadas posteiormente so Cédigo las Empresas Comerciais. 2. No ambito de aprovagio do Cédigo das Sociedades Comereiais, a autorizagao conferida pelo artigo anterior tem 0 sentido e a extonsio seguintes 4) Consubstanciar, num tinico diploma, legislagdes que regulam especificamente ae cociedades comerciais, ) Flexibilizar o montante de capital social minimo exigivel para estabelecimento das empresas por forma a adapta-lo as recomendagdes de melhores préticas internacionais, ©) Rever a matéria da dissolueao de entidades comerciais e modificar 0 regime da fusaie cisAo de sociedades, tornando-o mais simples, 4) Desenvolver o regime aplicével aos Consércios @ ‘Agrupamentos Complementares de Empresas; ©) Adotar as referéncias contabilisticas e as praticas de prestagao de contas, em consondncia com as novas normas contabilisticas do pais, obedecendo 40 principio de maior prudéncia na administragio las empresas; f) Modernizar as regras aplicaveis aos diferentes tipos de sociedade, inclusive reforgando a responsabilizacao da administracdo nos atos que Ihe competem, incluindo no processo de prestacao de contas, e flexibilizando as praticas que constituem um custo significativo e, em ‘muitos casos, incomportavel para alguns tipos de sociedades; 4) Restringir, por forma a salvaguardar as sociedades comerciais perante eventuais variagGes negativas da atividade social, a distribuicéo antecipada do ‘montante total distribuivel do lucro jé realizado zo exercicio em curso, assim permitindo que o jufzo sobre a existéncia de lucros distribuiveis tena por base a alividade desenvevida pela sociedade ao longo de um determinado periodo; +) Intzoduzir alguns novos conceitos, nomeadamente 0 das obrigapdes com direito de subscrigio de agdes, também designadas obrigagdes com warrants, que tém um direito inerente 4 subserigdo de ‘agdes, em principio destacdvel, cujo exereicio nao determina a extingio das obrigagdes; ®) Rever o regime de excerdo do Estado enquanto ‘acionista, eliminando a excluséo da aplicabilidade da limitagao de votos ao Estado; J Regular a, matéria dos conflitos de interesses societrios, cada vez mais, um dos aspetos mais, ‘importantes na prética empresarial, com refi na jurisprudéncia, no tratamento doutriné a nivel internacional e na intervengao legal: 255D32F2-8F00-4898-8232-28229F 9EECG4 Hel morons nemecnn 1 SERIE —N® 45 «B. O.» DA REPUBLICA DE CABO VERI 8) Regular o voto por correspondéncia, enquanto Jnstrumento juridico importante no incentive & participagao dos acionistas na vida da sociedac 2) Alterar, nas sociedades anénimas, algumas normas por forma a clarificar ou permitir maior eficiéncia e seguranca comercial, designadamente: i. Clarificar que a assembleia geral possa deliberar por maioria dos votos emitidos, ou seja, por maioria simples, como sucede na generalidade dos sistemas juridico-societdrios; ii, Introduzir uma nova regra destinada a flexibilizar deliberagao em segunda convocagao, de forma fa que a sociedade nao fique refém dos acionistas ausentes; ‘m) Atualizar a legislagdo societaria nacional aos desenvolvimentos ocorridos na temética da governanga das sociedades nos iltimos anos, de forma a adaptar os modelos societarios previstos no atual Cédigo das Empresas Comerciais; 1) Definir regras que regulam, com coguranca juridica, ‘© necessdrio aproveitamento das novas tecnologias da sociedade da informacao em beneficio do funcionamento dos érgaos sociais e dos mecanismos de comunicagao entre os s6cios ¢ as sociedades; «) Incluir as régios cooperativas, sociedades cooperativas de interesse puiblico, normalmente constituidas ou participadas pelo Bstado, enquanto importante instrumento de dinamizagao coonémica © de prossecupio do interesse publico; e ) Fortalecer a protesao de sécios minoritérios, com destaque para os seguintes aspetos: i, Maior responsabilizago dos administradores ‘membros dos corpos gerentes em prejuizo dos séeios minoritérios; fi, Maior divulgagao de informagio relevante aos s6cios minoritdrios do modo a criar transparéncia, protegao as partes relacionadas; iii, Aumento da obrigatoriedade de divulgagio de mages nos relatérios anuais e de realizagdo de auditoria externa, Antigo 8° Duragio A presente autorizacio legislativa tem a duragio de 180 (cento e oitenta) dias, Aigo 4° ‘Entrada em vigor A presente Lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicagao. Aprovada em 24 de maio de 2018, 0 Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro Mauricio dos Santos Promulgada em 27 de junho de 2018. Publique-se. © Presidente da Repiblica, JORGE CARLOS ALMEIDA. FONSECA Assinada em 3 de julho de 2018. Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro Mauricio dos Santos bttps:/fkiosk.incv.cv Orcupan descarga pier CO. BEV 08051) om 1097 2018081515 Ts: ects emg, Aca cuca ne wate pb 7 —6 DE JULHO DE 2018 CONSELHO DE MINISTROS Decreto-legislativo n° 4/2018 de 6 de jutho De acordo com 0 Programa do Governo, 0 ordenamento do ‘territorio constitui tarefa fundamental para estabelecimento de uma estratégia de desenvolvimento nacional, nomeadamente de cariz politica, econdmica, social e cultural. Em vista a definir tal estratégia de desenvolvimento deparow-se com a necessidade de alterar a Lei de Bases do Ordenamento do Territério e Planeamento Urbanistico, aprovada pelo Decreto-Legislativo n." 1/2006, de 13 de fovereiro, alterada pelo Decreto-Legislativo n.° 6/2010, de 21 de junho de 2010, no sentido dea agilizar e adequa-la, a realizacdo do objetivo em vista, particularmente a um desenvolvimento harmonioso e sustentavel Nesta conformidade, importa refers, no leque das alteragdes ao diploma legal acima referido, o8 aspetos, de maior alcance, quer em termos juridicos quer em termos de defini¢do de politica estratégica para o sector do Ordenamento do Territério. Desde logo, mene especial faz-se ao alargamento do mbito territorial do Esquema Regional do Ondenamento do Teritério, podendo ser, também, elaborado para um conjunto de municipios da’ mesma iiha. De igual modo, foi suprimida a figura do plano de desenvolvimento urbano, por forma a permitir maior racionalizagio e simplificacao do sistema de planeamento urbanistico, bem como a necessidade de ratificacdo governamental dos planos detalhados e das medidas Proventivas dos planos urbanistcos, uma vez que esté0 subordinados ao Plano Diretor Municipal, quando existir, que é ratificado pelo Governo, ou seja, o plano detalhado fica sujeito & ratificacao governamental apenas na auséncia do Plano Diretor Municipal ou quando o plano detalhado propée solugdes que contrariam. Por fim, para uma melhor clarificagao dos conceitos, instrumenio de ordenamento ¢ desenvolvimento territo e instrumento de planeamento territorial, anteriormente utilizados, procedeu-se a tnica designagio, qual seja, instrumento de gestao territorial. Foram ouvidos o Instituto Nacional de Gestio do ‘Territério e a Associa¢o Nacional dos Municipios de Cabo verde. estes termos, Aoabrigo da autorizacao legislativa concedida pela Lei n.? 28/1X/2018, de 6 de abril; e No uso da faculdade conferida pela alinea 8) do n.* 2, do artigo 204.° da Constituico, o Governo decreta o seguinte: ‘tiga 12 Objeto presente diploma procede & segunda alteragio ao Decreto-Legislativo n,° 1/2006, de 13 de fevereiro, alterado pelo Decreto-Legislativo n.° 6/2010, de 21 de junho, que aprova as Bases do Ordenamento do Territério ¢ Planeamento Urhanistieo, Astigo 2° Alteragio ‘Sao alteradas as Bases I, II, IL, V, VI, VIL, VIII IX, XVI, XVITL SOC Sk, SO SEE VTE OE SL SOT, XXIV, OXY, KV, XXXVI, XXXVI, XL, XLIV, XLVI, XLVIL e XLIX do Docroto-Legislativo n. 1/2006, de 13 de fevereiro, alterado pelo Decreto-Legislativo n.° 6/2010, de 21 de junho, que passam a ter a seguinte redaci 255D32F2-8F00-4898-B232-28229F 9EECE4

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