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200 4. 0 Governo promove a instalagao e 0 suporte logis- tico do Secretariado, solicitande, quando deles nao dis ponha, a outros érgacs do Estado e as empresas puibli- cas a disponibilizacio de locais, de bens duradouros ou nao e de servigos necessério ao normal funcionamento do mesmo. Antigo 6 (Comissies Concethias) 1. As Comissées Cu celhias tém a composicao que for estabelecida pelo Comissao Executiva, ouvidos os Governadores Civis e as Camaras Municipais. 2. Cada Comissio Concelhia é presidida: 4) Pelo Governador Civil, nos concelhos em que 0 ‘mesmo esteja instalado; 4) elo presidente da correspondente Camara ‘Municipal, nos demais cmcelhos, 3. Compete, especialmente, as Comissées Concel- a) Realizar a parte do Programa das Comemora- Ges que decorreré no respectivo Concelho, Promovendo ¢ realizando tudo quanto neces- sério ou conveniente for ao aludido fim; 8) Gerir os recursos finaneeiros que, para o efeito, The forem distribuidos pelo Secretariado ¢ Prostar as eorrespondentes contas; ©) O mais que thes for cometido pela Comisséo Executiva ou pelo Secretariado. Artigo 7 (Autonoma financeira) 1. 0 Seeretariado da OCAI-XXV goza de autonomia financeira, competindo, conjuntamente, ao presidente da Comissiio Executiva ¢ a0 Coordenador do secrete- riado ordenar as despesas. 2. Por portatia conjunta do membro do Governo pro- sidente da comissio Executiva e do membro do Go- verno responsével pela rea das Finangas é estabele- ido o regulamento financeiro da OCAI-XXV. Aaligo 6 : (ever de colaboracio) ‘Todos os servigos do Estado, dos municipios ¢ das empresas puiblices sao obrigados a colaborar, estreita- mento e nos limites das respectivas possibilidades, com as estruturas da OCAL-XXV. Antigo 9 (issolugao) A OCAL-XXV dissolvese, automaticaminte, apés a apresentacao de eontas, num prazo de noventa dias a contar da data da comemoracko. : Artigo 10° ‘Wesenvolvimento ¢ regulamentagao) 0 Governo pode desenvolver a presente lei, por de- creto-lei, e regulamenté-la por portatia do Primeiro Mi- nistro. ‘ SERIE — N° 8 — «B. O»’ DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 22 DE MARCO DE 1999 Antigo 11" (Entrada em vigor) A presente lei entra imediatamente em vigor. Aprovada em 24 de Fevereiro de 1999. © Presidente da Assembleia Nacional, Anténio do Espirito Santo Fonseca. Promulgada em 12 de Margo de 1999. Publique-se. © Presidente da Republica, ANTONIO MANUEL ‘MASCARENHAS GOMES MONTEIRO, Assinada em 15 de Margo de 1999. O Presidente da Assembleia Nacional, Anténio do Espirito Santo Fonseca. Lei‘n® 95/v/09 ‘de 22 de Margo o> Por mandato do Povo a Assembleia Nacional de- creta, nos termes da alinea b) do artigo 186° da Consti- . ‘tuicéo oseguinte: Antigo 1° E declarado feriado nacional o dia 13 de Janeiro, dia da «Liberdade e da Demoeracia». Antigo 2 A Bresente lei entra imediatamente em vigor. Aprovada em 25 de Fevereiro de 1999. © Presidente da Assembleia Nacional, Anténio do Espirito Santo Fonseca, Promulgada em 12 de Marco de 1999, Publique-se. © Presidente da Republica, ANTONIO MANUEL MASCARENHAS GOMES MONTEIRO. o Assinada em 15 de Marco de 1999. © Presidente da Assembleia Nacional, Andénio do Espirito Santo Fonseca. Lei n? s6/vio9 dle 22de Margo Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional de- creta, nos termos da alinea ) do artigo 186° da Consti- twigd0, o seguinte: Aigo (Objecto) A. presente Lei estabelece o regime juridico geral dos services autonomes, dos findos auténomos e dos insti- tutos publicos, Antigo 2 (Autonomiay ‘Para efeitos do presente diploma considera-se: 1_SERIE @ Autonomia administrativa - o poder atzibude ‘8 certos organiamos publicos de terem or- aos préprios de direceao e gestdo com capa- cidade para praticar actos administrativos definitivos ¢ executsrios, nao estande na de- pendéncia hierérquica directa do Governo; 2) Autonomia financeira - 0 poder atribuido a cer- tos organismos puiblicos de terem e cobrarem rreceitas préprias, aplicaveis, segundo o orca mento privativo as despesas inerentes. & prossecugao do seu objecto especieiro por ex- clusiva autoridade dos respectivos érgiios préprios de direcefo e gestao; ¢) Autonomia patrimonial - a existéncia de patri- ménio privativo constituido pela universali- dade dos bens, direitos e obrigagées afecta- dos a uma pessoa colectiva publica por lei ou ‘que a mesma adquira na e para a realizacéo das suas atribuigbes e que responde pelas di- vidas juridicamente imputaveis a essa pes- 800 colectiva. Atigo ® (Servigos auténomes) 1. Consideram-se servigos auténomos os servigos do Estado ou de outra pessoa colectiva publica dotados, nos termos da lei de autonomia administrativa ou fi- naneeira, mas nao de personalidade juridica propria, 2, A denominagdo dos servigos auténomos devem i cluir'a expressao sservigo aulnomo> ou ser seguida de uma sigla identificadora que exprima e publicite a sua natureza ¢ a pessoa colectiva em que se integre, nos termos que forem regulamentados pelo Governo, artigo (Fundos auténomes) 1. Consideram-se fundos auténomos os fundos do Bs- tado ou de outra pessoa colectiva publica, destinados a fins ospeciais,-sujeitos a um regime legal especifico de finaneiamento e dotados, nos termos da lei, de autono- mia administrativa e financeira, mas nao de personal dade juridica propria; 2. A denominacdo dos fundos auténomos devem in- cluir a expressao «fundo auténomo» ou ser seguide de uma sigla identificadora que exprima e publicite a sua natureza e a pessoa colectiva em que se integre, nos termos que forem regulamentados pelo Governo. Artigo 5° nstitutos puiblicos) 1, Consideram-se institutos ptiblicos os organismos dotados de personalidade colectiva publica e inerente autonomia administrativa financeira e patrimonial ceriadas para assegurar o desempenko de funcies adm nistrativas nao empresariais determinadas, pertencen- tes ao Estado ou a outra pessoa colectiva publica, 2. Os institutos ptiblicos classificam-se em servicos personalizados, fundagdes puiblicas e estabelecimentos publicos. 3, So servigos personalizados os servigos adminis- trativos a que seja atribuida, nos tormos da lei, perso- nalidade coleetiva publica. 4, S80 fundacdes puiblicas os patriménios dotados, nos termos da lei, de personalidade colectiva puiblica, afectados & prossecucao de fins ptiblicos especiais. ‘B_O» DA REPUBLICA DE. \B0_VERDE —- 22 DE MARCO. DE 1999 _201 5. Sio estabelecimentos puiblicos as instituigdes dota- das de personalidade colectiva publica, organizadas como servigos abertos ao puiblico e destinadas a efec- tuar prestagdes individuais de caracter formativo, cul- tural ow social & gencralidade dos eidadaos que delas carecam. | 6. O diploma de criacao de instituto publica deve en- quadré-lo muma das espécios indicadas no mimero 2. 7. A denominagio dos institutes piblicos deve inchuir 2 expressio «institutor ou conforme.couber, «servico personalizados, «fundagao pitblica» ou -estabelecimento piiblica» ou ainda ser seguida de uma sigla identifica. dora que exprime e publicite a sua naturoza ¢ ospécie, bei como a pessoa colectiva a que respeite, nos termos que forem regulamentados pelo Governo. Antigo (Competéncia ¢ pressuyostos para eriaglo de servigos ‘flindos auténomos e de institutos puiblicos) 1A competéncia para a oriagdo, modificagso ot ex- tinglio de servicos e fundos auténomos ¢ de institutos ppblicos do Estado, pertence ao Governo, por resolugdo, do Conselho de Ministros, sob proposta fundamentada do Membro do Governo responséval pela area em que 0 ‘organismo ee integra. Oa estatutos dos servigos e fun dos auténomos e dos institutos publicos do Estado sao aprovados e alterados por decreto regulamentar, 2. A competéncia para a criagio, modificagso ou ex- tingao de servigos e fundos autonomos e de institutos ptiblicoz do municipio, bem como para a aprovagaio ¢ al- teracio dos respectivos estatutos, pertence A respectiva Assembleia Municipal, sob proposta fundam« correspondente Camara Municipal e estao aprovacao tutelar. 3, Um fundo auténomo s6 poderd ser criade quando sejam, simultaneamente criados mecanismoa que s8- rantam o seu auto -financismento, 4. Um instituto piiblico ou umn servigo auténomo 86 poderd ser criado quando estudos de viabilidade finan- eoira domonstrem que a actividade administrativa a desenvolver gerard receitas correntes préprias equiva- lentes a pelo menos metade das suas despesas corren- tes dovendo tal cireunstancia ser obrigatoriamente re- ferida no preémbulo da resolucao. 5. O requisito estabelecido no numero 4 poderd ser dispensado ou reduzido para os estabelecimentos pu- biicos, por resolugéo do Conselho de Ministros, funda- mentada em motivos de interesse publico. 6, Por decreto-lei serdo regulados os pressupostos, a ‘competéncia e as condicées para a criacdo, modificagao ¢ extincio de servigos de fundos auténomos ¢ de insti- tutos publicos de outras pessoas colectivas piblicas, bem como para aprovacdo € alteracio dos respectivos estatutos. Axtigo (Grgios proprios de direogto e gostio) 1. Os érgaos proprios de direccao e gestao dos servigos ¢ fundos auténomos e dos institutos publicos compreen- dem 0 érgio deliberative colegial, que poder ineluir ele- mentos exteriores aos quadros do pessoal do servico, fundo ou instituto e um drgio executive singular, que pode ser o presidente do érgao deliberative eolegial. { 202 1 SERIE — N¢ 8 — «BO» DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 22 DE MARGO DE_ 1999 2. Ao érgao deliberative colegial ineumbers, nomea- damente, aprovar 0s projectos de instrumentos de ges- t8o previsional, de regulamentos internos ¢ de docu- mentos de prestagio de contas. 3. Ao Oma executive singular incumbers nomeada- mente, propor e executar os instrumentos de gesto previsional e os regulamenios internos, assegurar a zestdo do servico, fundo ou instituto e prestar contas. 4. Os servigos @ fun s auténomos @ os institutos pul- blicos poderao igualmente ter um érgéo consultivo, en- carregado, designadamente, de fancionar como 6rg20 de programac&o © acompanhamento de actividades © de coordenagio e de expressio dos diversos interesses, legitimos, publicos e privados que se manifestam e se interpenetram no Ambito das atribuigbes do servigo ou fundo autéaomo ou institute piblico 5. A determinagao dos érgios préprios de direccdo e gestio dos servicos ¢ fundos auténomos e de institutos piblicos, bem como as correspondentes competéncias Sao eatabelocidas nos respectivos estatutos a que se ro: fere 0 artigo 6. 6. Os titulares dos 6rgaos préprios de direcedo e ges- tao dos institutos publicos do Estado ou dos municipios regem-se pelo estatute de gestor piblica e sao providos, ‘em comissio de servico ou mediante contrato de gos: 80, conforme couber: 4) Por dospacho do Primeiro Minisiro sob pro- posta do membro do Governe que exerga su perintendéncia sobre o instituto ¢ por ele re- ferendado; 2) Por deliberagéo da Camara Municipal do Mu- nicipio a que o instituto respeite, sob pro- posta conjunta do respectivo presidente e do vereador do pelouro em cuja 4rea a aetivi- dade do instituto se desenrole, 7, Por decreto-lei sera regulado o provimento dos ti- tulares dos érgaos préprios da direcgio ¢ gestdo dos in- stitutos piblicos de outras pessoas colectivas pablicas. Antigo” ‘esponsabilidade civil) 1. © Estado @ as demais pessoas colectivas publicas respondem civilmente perante terceiros pelos actos ou omissdes dos érgaos proprios de direccdo e gestio dos respectivos servigos e fundos auténomos. 2. Os institutos puiblicos respondem civilmente per- ante terceiros pelos actos e omisades dos respectivos 6r- aos préprios de direccdo e gestio. Antigo (ervigos de apoio) 1, Os servigos auténomos ¢ os institutes priblicos dis- porko de esiruturas privativas de apoio, incluindo, ‘quando se justifiquem, estruturas periféricas, nos tor- mos estabelecidos nos respectivos estatutos. 2. Os fundos auténomos no disporao, em regra, de servigos privativos de apoio, recorrendo a outros depar- tamentos da pessoa colectiva em que se integram ou adquirindo os servigos de que earecam, nos termos es- tabelecidos nos respectivos estatutos. 3. Os gervicos e fundos autonomos e os institutos pui- blicos devem procurar realizar por via indirecta as ta- refas de’ execucio que Ihe incumbem, adquirindo bens e serviggs no mercado mediante contrato de direito pri- vative ou administrative desde que na area haja enti- dades idéneas e com capacidade para realizar com qua- idade © a custos aceitaveis 85 tarefas e fungoes necessézias e alcangar os resultados desejados pela ad- + ministracao, salvo se o interesse publico justificar solu- ‘cdo diverse. 4, Os servigos e fundos auténomos e os institutos pi- blicos deverdo, designadamente, promover, incentivar © privilogiar a aquisicao de bens ¢ servicos por contrato para 2 realizacio de obras piblicas, o forneci- mento continuo de hens e servigos, a prestagao de ser- vvigos auxiliares, de distribuigio de correspondéncia, de reprografia edpia de documentos bem como de sogu: ranga de instalagdes e edificios publicos © a prestacao de aseisténcia técnica. Artigo 10° ‘Cogime de functonamento o aetividade) 1. O funcionamento ¢ actividade dos servigos ¢ ing dos auténomos e dos institutes publicos regem-se pel direito administrative, salvo “disposiglo legal “em 2. A actividade dos servigos e fundos auténomos € dos institutos ptiblieos respeita o Programa do Governo © 0 Plano Nacional de Desenvolvimento, sendo-enqua- Grada e orientada pelos seguintes instramentos ce fos ‘tao previsional: a) Programas de actividades anual ¢ pluri-anual; b) Orcamento - programa privativo anual; ¢) Programa financeiro de desembolso. 8. Os projectos de inatramentos de gest previsio- nal veferidos no nimero 2 ¢ relativos a cada ano apro- vados pelo érgdo deliberativo colegial devem ser sub- molidos a apreciagao e decisio final, conforme couber, do Governo ou da Assembleia Municipal, neste caso através da Camara Municipal, nos termos € prazos que, © forem regulamentados. 4. Os modelos de instramentos de gestio previsional io estabelecidos por diploma regulamentar do Go- verno, Artigo 2° ‘Regime de pessoal) 1. 0 pessoal dos servigos ¢ fundos auténomos rexe-se polo estatuto da ftungao publica ¢ é provide, nos termos da lei, conforme couber: @) Peto membro do Governo que dirija superior mente o departamento governamental a que « servigo ot funclo auténome respeites 8) Pela cémara municipal do municipio a que © servigo ou fundo autGnomo respeite, sob pro- posta dos érgos proprios deste, competen- tes, nos termos dos respectivos Estatutos. 2, O pessoal dos institutes priblicos esté suijeito ao regime juridico geral das relagoes de trabalho e é re- crutado pelos érgdos proprios de direceao de gestéo dos mesinos, nos termos dos respectivos estatutos, 0» DA REPUBLICA DE Artigo 128 Regime financeiro) 1. A gestéo financeira dos servigos e fundos auténo- mos e dos institutos publicos regem-se, pelas leis da contabilidade publica. 2. Os servigos auténomos dotados de autonomia fi- nanceira, os fundos auténomos e os institutos publices tém orcamento privativo e receitas préprias para a rea- lizagho das suas despesas préprias. 3, Constituem designadamente, receitas préprias dos servicos ¢ fundos auténomos e dos institutos publicos previstos no niimero 2: @) O produto da venda dos bens e servigos que produzam; 6) Os rendimentos de bens prépries quando pos ‘suam patriménio privativo; ©) 0s donativos que Ihes sejam atribuidos por quaisquer entidades pttblicas ou privadas, nacionais, estrangeiras ou internacional @) Quaisquer outras receitas provenientes da sua actividade ou que por lei, pelos seus estatu- tos ou por contrato, Ihe devam pertencer. 4, Os institutos puiblicos podem, mediante autoriza- ¢80 superior contrair empréstimos a curto, médio e a longo prazo para a realizacio das suas atribuigées, 5. No ambito das suas atribuigées, podem os sorvi- gos-aiuténomos e os institutes publices vender bens servicos a outras entidades puiblicas ou privadas, pre- cedendo aiutorizacdo quando couber. 6. Os servigos e fundos auténomos ¢ os institutos put blicos do Estado ou dos municipios podem receber transferéneias, respectivamente, do Orgamento do Es- tado e dos orgamentos municipais. 7. Aa transferéncias do orgamento do Estado ¢ dos ‘orgamentos municipais para cada instituto publico, in- clufdas as destinadas a investimentos nao poderao ex- ‘coder metade das despesas correntes no ano econémico erior. Consoante os extos, os estabelecimentos Pu @iiicos poder ser exceptuados da limitagao imposta pela primeira parte do presente ntimero por delibera- cao fundamentada: Do Conselho de Ministros, sob proposta do membro do Governo responsiivel pela area das Finangas e do membro do Governo que exerga superintendéneia sobre o institute; a 6) Da Assembleia Municipal do municipio a que 0 instituto respeite sob proposta da correspon- dente Camara Municipal. 8. Constituem despesas prprias dos servigos com auto- nomia financeira, dos fundos auténomos dos institutos ppiblicos, os encargos com o seu furicionamento e 0s ii 2- entes & reslizaeio das suas atribuigses, bem como os custos de aquisicio, manutencio ¢ conservagao dus bens, ‘equtipamento de servico de que carega par: » efeit. 9. Os servigos e fundos auténomos e os institutos pi Dlicos esto suijcitos a fiscalizacdo dos Servicos de In- speccao de Finangas do Estado, podendo também ser submetidas a auditeria externa por intervencao do Go- verno ou da Camara Municipal do Municipio a que 0 ‘instituto respeite. DE CABO VERDE — 22 2 DE MARCO DE 1999 203 7 Antigo 13" (Prestagio de contas) 1. Os servicos e fundos auténomos ¢ os institutos pui- blicos devem apresentar os seguintes documentos de prestagai de contas: a) Relatério semestral e anual de actividades; }) Conta anual de geréncia; ©) Balancete trimestral. 2, Os documentos de prestagdo de contas relativos a cada ano, aprovados pelo érgao deliberativo colegial de- vemn ser Submetidos @ apreciagdo do Governo ou da As- sembleia Municipal, conforme couber, nos termos © prazos que forem regulamentados. 8, Os modelos de documentos de prestagao de contas sao estabelecidos por diploma regulamentar do Go- verno, Antigo 148 (Bujeigao a0 Tribunal de Contas) s servigos @ fundos auténomos e os institutos pttbli- cos esto stijeitos a fiscalizagio do Tribunal de Contes, Artigo 15° (Foro) 1. Os servigos ¢ fundos auténomos e institutos puibli- cos esto sujeitos, quando aos seus actos de gestio pie blica, & jurisdicéo dos tribunais com competéncia em matéria de contencioso administrativo. 2. Os institutos publicos esto sujeitos quando as re- lagdes de trabalho com o seu pessoal referido no ni- mero 2, do artigo 10° & jurisdicao dos tribunais com competéncia em matéria de trabalho. Artigo 16° irecsio ¢ superintendéneta) 1. Os sorvigos e fundos auténomos do Estado estio ‘sujeitos a direceao superior do Governo que pode trans- mitir ordens de cumprimento obrigatorio aos respecti- vos drgaos préprios de direcedo e gestao. 2. Os institutos publicos do Estado estiio sujeitos superintendéncia de Governo. 8. No exercicio dos poderes de interveneao abrangi- dos pelos mtimeros 1 e 2, compete a0 Governo relativa- ‘mente aos servigos e fundos atutOnomos © uos institutes publicos do estado: @) Prover os funciondrios e agentes de servigos © fundos auténomos; ) Designar os dirigentes dos institutos publics; ©) Fiscalizar e inspeccionar o funcionamento dos servicos e fundos auténomos e dos institutos iblicos ¢ a legalidade mérito da actuacao dos respectivos drgtios de direcgdo e gestdo; @) Solicitar ¢ obter as informagées necossérias ou convenientes sobre a execugto dos, Progra: mas ¢ or¢amentos dos servigos fundos ¢ in- stitutos e sobre a realizacio das respectivas atribuigdes ou misses; 204 __I_SERIE— N° ©) Orientar a actividade dos fundos servigos au- tonomos e dos institutos publicos, indicando- The metas, objectivos, estratégias e critérios de oportunidade politico- administrativa, en- ‘quadrando- os sectorial ¢ globalmente ne. ad. ministragao publica e no conjunto das activi dades ecsnémicas sociais ¢ culturais do pais € podendo dirigir-lhe instrugdes sobre a. forma de interpretar e aplicar a lei, ox- eluindo-se porém, a faculdade de the dar or- dens quanti. as decisées concretas a tomar para a realizagao das respectivas atribuigées ‘ou missdes; f) Substitui-se aos érgaos proprios dos servicos e fundos auténomos e dos institutes ptblicos em nome e no interesse deste, para suprir a omissao ou inéreia dos referidos Orgios, nos casos em que os mesmos estivessem juridica- mente vinculados a agir; 4) Autorizar, aprovar ou homologar os instramen- tox de gestao provisional, por documentos de prestagéio de contas, os regulamentos e os ac- tos de aquisicéo, oneragio e alienacdo de iméveis, de semoventes © de mévels suieitos ‘a rogisto, elaborados ou praticados pelos or 808 préprios dos servigos e fundos auténo- mos dos institutos puiblicos; fh) Autorizar a contracgao de empréstimos quando permitidos por lei; i) Autorizar a aceitagio de doagées, herangas e le- gados litigiosos ou sujeitos a encargos; JP Autorizar o estabelecimonto de servicos perifs- ricos; 5 1) Aprovar 0 quadro e o estatuto de pessoal, o Plano de cargos ¢ carreiras dos funcionérios ou agentes dos servigos, fundos e institutes, bem como a tabela salarial daqueles que nio estejam sujeitos ao regime da funcao publica; D. Autorizar, aprovar ou homologar outros actos dos érgaos préprios dos servicos e fundos au- ténomos e dos institutos pablicos indicados nos respectives estatutos; m) Suspender, revogar ¢ anular, nos termos da Tei os actos dos rgiios préprios dos servigos e fundos auténomos e dos institutos publicos que violem a lei ou sejam considerados ino- Portinos © inconvenigntes para 0 interesse 1 iblico; n) O mais que lhe for cometido por lei ou pelos es- tatutos don servigos, fundos ot instititos, 4, Compete ainda ao Governo, como 6rgao superior da Administracdo Publica, relativamente aos servicos fundos auténomos € aos institutos publicos dos munici- ios: a) Fiscalizar e inspeccionar o funcionamento dos servigos e fundos auténomos e dos institutos puiblicos e a legalidade da actuacio dos res- peetivos orgaos de direecao gestae; ) Enguadré-los sectorial e globalmente na adiii- nistragéo Pablica e no conjunto das activida- dea econémicas, sociais ¢ culturais do pais, .B. O» DA REPUBLICA DE CABO VERDE — 22 DE MARCO DE_1999 " podendo dirigir-the instruges sobre a forma \ ‘de interpretar e aplicar a lei, excluindo-se, porém a facukdade do hes dar ondens quanto hs deciséies coneretas # tomar pat 1 Tealizasao das respectivas atribuicgdes ou ©) sAprovar 0 estatuto de pessoal e o plano de car- F gos © earreiras dos funciondrios ou agentes, bem como a tabela'salarial daqueles que nao estejam sujeitos ao regime da Funcao Pu- blica; @) Suspender, revogar e anulér, nos termos da lei, 08 actos dos seus érgaos préprios que vio- lem a lei, 5. Relativamente aos servigos ¢ fundos auténomos € institutes publicos dos municipios aa competéncias Fe: feridas no mimero 3 sfo exercidas com as necessérias: adaptacées, pela cimara municipal do respectivo mu- nicipio. 6. Por decreto lei serdo regulados os poderes de in- tervengio nos servigos © fundos auténomos e nos insti tuto plies de outras posse colecivas pblicas. @ Aigo 17" (Regime substaisrioy Em tudo o que no seja expressamente regulada no presente diploma o no respectivos estatutos, aplicar fos servigos e fundos auténomos e aos institutos public cos 0 regime legal de direito publico aos servigos sim- ples da administraeao publica. Astigo 188 valiagao © ndaptagtoy 1. 0 Governo pracedera, até final de 1999, & avalia- io de todos os cervigos e fundos auténomos o de todos 0s institutos publicos existentes, com vista a decidir so- bre o interesse publico e a viabilidade da sua continua- eo e adaptacdo ao quadro estabelecido no presente di- ploma ou sobre a necessidade da sua’transformacao ou extingdo, 2. Os servigas-e fundos auténomos ¢ institutes publi cos que, no quadro do disposto no ntimero 1, devam continuar a existir, sao obrigados a adaptar 0 respec: {ivo estatutos ao disposto no presente diploma, dentro do prazo de quinze meses a contar da sua entrada em vigor. Artigo 194 (Transigno de pessou) 1.0 pessoal em exerefcio nos servigos e fundos auté- nomos ¢ nos institutos publicos, cujo o regime juridico de trabaiho nao deva mudar por forca do presente dic ploma mantém-se em fungdes na mesma categoria © ai- tuuagdo e sem perda dos direitos adquiridos. 2. O pessoal em éxercicio nos sorvicos ¢ findos auté- nomos € nos institutos publicos, cujo 0 resime juridico de trabalho deva mudar por forga do presente diploma pode: @) Optar, no prazo de 60 dias, pelo novo regime decorrente do presente diploma com conse- quente cessagao do vinculo anterior sem pre- juizo- de Ihe ser contada a totalidade de ‘tempo de aorvico até entio prestado; 1_SERIE b) Ser mandado regressar ao lugar de origem quando se encontre em comissao de servico on tenha sido requisitado ou destacado; ©) Ser transferido para outro servigo ou onga- nismo da Administracao Central ow para municipio em que se verifique a existéncia de vagas; 4) Ser colocado na situacio de disponibilidade, nos termos da lei; ©) Ser despedido mediante indemnizacao nos ter- mos da lei laboral, entendendo-se que o des- pedimento 6 feito por facto principe. 3. O pessoal dos servigos e fundos auténomos que'se- jam extintos tera um dos destinos preferidos na alinea 2) ad) do mimero 2. 4. O pessoal dos institutos puiblicos que sejam extin- _ terd um dos destinos previstos nas alineas 5), ¢) ee) jo mvimero 2. 5. A exting&o dos servigos ¢ fundos auténomes e dos institutos ptiblicos implica a eessagdo de vigdneia no prazo de 60 dias, de todos os respectivos contratos de prestagho de servigos, contratos administrativa de pro- yimento e contratos de trabalho a termo bem como a cessacdo por despedimento devido a facto de principe, de todos os respectivos contratos de trabalho por tempo indeterminado. 6. A competéncia para a prética dos actos a que se refere o mimero 2 a 5 pertence: a) Nos servigos ¢ fundos auténomos ¢ nos institu- tos piiblicos do Estado: conjuntamente, ao membro do Governo responsével pela coorde- nagao do sistema de gestao dos recursos hu- manos da administracao publica e ao mem- bro do Governo que exerga poderes de direegdo ou superintendéncia sobre o servigo, fandos ou institutos; 5) Nos servicos e fundos auténomos e dos isa tos ptiblicos dos municipios: A vespectiv 4- mara Municipal sobre proposta conjunta do seu presidente e do yereador d. érea em que a actividade do servico, fundo cu institute se enquadre; ¢) Nos servigos e fundos auténomes # nos institu- ‘os publicos de outras pessoas colectivas pa blicas: a quem for determinado por decreto lei 7, Bm caso de transformagdo de seryigos ou fundos auténomes ou de institutes pablicos, diplomas regula mentar especial regularé o destino das respectivas rela Ges de emprego ptiblico ou laborais nos termos da lei, ‘(Denominagio ilegitima) 1, Nao podem ter denominacio de instituto ou outra susceptivel de com ela confundir-se, os organismos pa- blicos de utilidade publica ou organismos privados que no correspondam A natureza e definigdo estabelecidas no artigo 5°, 2. Os organismos ja existentes abrangidos pelo dis- posto no'ntimero 1, fleam obrigados a promover a alte- ragdo das vespectivas denominagdes no prazo de 90 dias a cqntar da publicacao da presente lei sobre pena de coima. 3. O disposto no mimero 2 aplica-se designadamente a0 IFH, ao INPS, ao INERF e ao ICS. ! Artago 218 (Desenvolvimento) Governo desenvolverd e regulamentaré a presente lei, Z Aigo 22° (evogagio) E revogada toda a legislagao que contrarie o disposto no presente diploma, = Antigo 23° (Entrada om vigor) ‘Sem prejuszo do disposto no artigo 18° a presente let entra em vigor no prazo de 90 dias a contar da sua pu- blicagao. Aprovada em 26 de Fevereiro de 1999. © Presidente da Assembieia Nacional, Antonio do Espirito Santo Fonseca. Promulgada em 12 de Margo de 1999. Publique-se, © Presidente da Repdblica, ANTONIO MANUEL MASCARENHAS GOMES MONTEIRO. Assinada em 15 de Marco de 1999. © Presidente da Assembleia Nacional, Anténio do Bapirito Santo Fonseca. Lei n° 97/V/99 do 22 de Margo Por mandato do Pevo, a Assembleia Nacional de- creta, nos termos da» ea b) do artigo 186° da Consti- Sigao, o seguinte: Antigo 1 (Gestio privada de estabelecimentos piiblicos ‘de cnaino superior) 1. A gestio de estabelecimentos publicos de ensino superior pode ser submetida, por Resolugio do Go- verno, a regras do gestao empresaial e a lei pode per- iitir a realizagio de experiénelas inovadoras de gestRo Submetidas a regras por ela fixadaa, 2. A gestio de estabelecimentos pitblieos de énsino superior pade ser entregue a pessoas colectivas de di- reito privado idéneas mediante contrato de gestio. 3, Sem prejuizo de contratos de prestagao de servicos com terceiros, os estabelecimentos publicos de ensino superior gerides nos termos do numero anterior inte- gram-se no sistema educative, estando as entidades Bestoras obrigadas a assogurar 0 acess ao ensino su- perior nos termos dos demais estabelecimentos de ‘mesma natureza,

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