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No inicio do eapitule, vocé leu © conto maravi Ihoso “Os sete corvos", Como vimos, 08 contos ma~ ravilhosos existem hi muitos séculos e eam trans mitidos apenas oraimente, de geragao em geracao. Fol agsim até que eseritores, principalmente a par tir do século XVIl comegaram a coletar e registrar ‘essas histéras, publicando-as em forma de textos ‘escritos, Os lrmaos Grimm, na Alemanha do ¢éou- ® A lingua om foco Josimagene Linguagem: agao e interagio io xix registrarammuites devsos hietria e jude > Fs'a"sra: Seaver BNcC ram a fixar a forma como as conhecemos hoje. ‘datam de 17 mil a Competincias geais: 1.3, 4 (O desejo de contar ou ouvir histérias @ de fear sabendo de fatos do cotidiano & muito CO antigo a Pré-Histori, por exemplo, muito antes da invengao da escrits, os seres hum ee ne eaten hoa smprogavr Imagens» deverhes, como oe pletgranss come forme de regia care ere [Rsv alinguagom ~ sea da plava, sje. co dosent ou dapntura sea de outas cron eros eevrce spressio ~ sempre cumpriu um papel fundamental na construgao © na pr 10 dos habitos e da cultura de um povo Ir sobre isso, leiaa tira a seguir 3) Quem sie 0s personagens? b) O que 6 poscivel super da ctuapao retratada? 2. Observe o desenho feito ne pared, no segundo e no tercelra quadrinho. 2) Quem {ere derenho? b) Voed acha que a fala do tercero quadrinho raz # resposta eaperads pola personagem que 1. Aconatrugse do humor tir se basels no msl-entenalde causado {als do prmeire quadrinho, 19) De scordo coma situagse retratada, deduzs: A mse do garote ‘ontondeu que 0 desenho representava aimagem de um polio? 1b) Voe8 acreaite que o gato tenha entendide a pergunta ds mie? «@) Emoora etejam falando © mesme ima. hi um vido na ‘comunicagio entre os personagent. Levante hipéteses: Por que isso aconteceu 4) Roescrova fala do primeiro quadrinho come se am fazendo uma afrmacde, explictande areal intencde dela Er Na tira que vocé leu, o gatote © a mie, usando a lingua portu- _guesa, referem-se a um desenho feito por ele na parede da sala, ‘Todas as formas de expresso que @ mae @ 0 garoto usar na 5) ‘tuagao — as palauras, 0s gestos, o desenho, aescrita, ete.~ si lin- _guagem Tanto 0 que falamos quanto nossos gestos, desenhos e ‘escrita so linquagem, Por meio da inguagem as pessoas interagem, isto &,entendem- “te, desentendem-se, dio ordens, fazem pedidos, convencem Lumas as outras, 80 menos ou mais simpsticas, etc. S¥o a8 lingua- _gens que nos permite manifestar e comunicer nossas experién- ‘las de vida e nosto conhecimento, agsim como entrar em contato ‘com as experiénciae de outras pessoas e com seus saberes. | y D LINGUAGEM VERBAL, LINGUAGE WAO VERBAL E TEXTOS MULTIMODAIS Na linguagem verbal, a unidade basiea 6a palavra falada ou es- cerita. Em linguagens néo verbais, como a pintura, a musica, a dan- = cédigo Morse, 0 cédigo de transito, as unidades sao de our 0, como 08 traGOE © a8 Cores, a nota musical, o movimento, a imagem, etc. H8 textos aue com- binam diferentes inguagens © #80 denominados textos mul timodsis ou mukissemisticos, ‘como 6 0 caso da tra lida, que presenta imagens e palavras. ‘Atualmente, como desenvol- vivant Su nove oon tenrtetenbsm stoping gia ae, wlendose oe oon Riel ncneon ponte stoer wane mae Nee saris Une ss omar > INTERLOGUTORES Na tira lida, 08 personagens se inter-relacionam @ interagem por meio da linguagem. Mesmo falando 0 mesmo idioma, o por ‘ugués, ha diterengas na forma como os personagens interpreta ‘que 6 expresso, o que pode acontecer em qualquer situagao de interagéo entre duaé ou mais pessoas. Percebemos, portant, que ‘a comunicagao nem sempre & construida de forma solidaria pelos ‘ueitos, os chamados interlocutores no processo comunicativo Interlocutores sio 0s participantes da interlocucae, que 6 6 pro~ costo de interagio que £0 d& por meio da Inguagem. Os interlocutores que participam de uma situagao comunica~ ‘iva ge influenciam mutuamente, Um interlocutor age sobre © ou- ‘ro por meio da linguagem, ou seja fala, interprets, pinta, compae, ‘ete. Em todas as interagées de que particivamos, estamos sem pre influenciando aqueles com quem estamos em interagzo e ‘endo influenciados por eles. Em goral, quando participamos de uma conversa, tentamas ser ‘solidérios com nossos iterlocutores, mas ha casos em que alguns fatores ~ falta de familaridade com a situagdo, desconhecimento de alguma caracteristica ou dos textos ai presentes, divergancia de ponto de vista com nossos interlocutores, etc, — interferem ¢, or is¢0, nfo coneeguimos estabelecer uma comunicagao eficien- te ounio temos a intencao de faze ‘© modo como os interlocutores interagem depende, por exer plo, de quem sdo eles, da imagem que tém um do outro, do con texto em que a comunicagéo acontece, entre outros fatores que: constroem a situagae comunicativa Dafa importincia de ampliarmos nossas experiéncias com alin- ‘guagem em situagses sociais, pols essa ampliago pode nos aju- dara ter mais conseiéncia om relacio a essas passibilidades. > Lineva Ao ler a tra reproduzida no inicio desta seco, vimos que dite rentes inguagens podem ser combinadlas para construir sentidos. ‘Quando utlizames qualquer linguagem em uma interlocugao, fa~ ‘zemos Uso de conhecimentes construides ao longo do tempo por pessoas que viver em sociedade. Para isso, aprendiemos 08 sig nificados que nosta sociedade atribu a gestos, simbolos, cores fe sons, Entre esses aprendizados, esté o conhecimento da(e) in ‘gua(s) utizada(s) pelas pessoas com quem conviveros. {is linguas variam de acardo com cada povo e cada cultura, Na tira, por exemplo, 08 personagens falam portuguss, a= > It Un est eam te, Lingua or se tatar de uma discusséo complex, optamos por uma defin- 80 mais abrangente do concede lingua. 0 propSsito dessa escolha 6 chamar a atengio dos alunos para 0 fato de que a Ungua faz parte deles como indiiduos, nao & algo que esta fora, distante, como um conheciren- ‘to pouso acessivel que eles precisam busear e aprender. Nesse sentdo, 2 lingua € um fenémeno social cors- ‘tudo pelos indidus na interag, a0 mesmo tempo que também & um os fatores que consi a(s)Ident- dase(s)¢ fs) realdade(s, por meo da iteragdo social Tata-se de uma concepgde anunciatho-dscusiva, que se fundamenta nos estudos do Ciculo de Baki, especialmente deservl- vida na obra Mantsmo e flosoia de linguagem, de Vléchinox, publcada em 1928, portugués ‘Se considerarconveriente,comente que a imposgdo de uma Ingua dnica ‘ocomeu apenas com ali do Maraués 4e Pombal, -Diretiao dot inde, de 1787-1758. tes dss, a lingua por ‘uguesa comiveu com mutas ouras, Inclushe com a Lingua Geral cua for rma modema estérelaconada com 0 reengatu, 62 Amaznia Mais informagoes sobre © Grupo e'Tabalho da Diversidad Lngustioa do Brasl (GIDL) estio dsponteis fom: hit://orund nel fles/gupe-de -trabalho-da-dvesidade linguistics -o-brasi-eatoi pl (acesso em: 16 mar. 2022), ‘As linguas do Brasil e o portugués no mundo 0 portuguss fl trazide para © Brasil pelos portugueses na Spoee da colonizagao, XV Ae lenge do tempo, vieram para.eé portugueses de diversas regibes de Port {fous diferentes ainlotoe pacenram 4 convivor com ae mae de mi inguas inaigense ent80 {alasaeno terstorio, Eslima-se que eo fladas no Sra atualmente, adm do portugués brasileira (com euse Variedaeslingisticas), 190 Iinguas inaigenas e também Inguas trazidas por migrants. ‘Samo italiano, o espanol, oalomse, 0 japonés. Pera registrar documentar elegitimartodes eesasIngusefsladas om territrie nacional {i eriado, em 2006 0 Grupo de Trabelho da Diversidade Linguistics do Srasi (TDL) A {inaidade prine/pal deste grupo divulgarevalorizar a variedade linguistca brasileira, Evora ee felem muites inguss no Brasil 0 portugues & considered ingus ofc! do pals. £ ensinado obrigatoriamente nas escolas e€' Ingue em que es lela sta redgides, por ‘xemele imposigde ce ums lingua unica cornegou no periodo da colonizacso srategia para crar uma identidade nacional e garaniro dominio dos, portuguesec sobre o extenso terrtéro breil ‘Outros paises colonizados por Portugal, como Magambique, Angola, S¥0 Tomé e Prince, ‘Cabo Verde e Guiné-Biseau na Arica, pascaram por procecsos semolhantoe e {6m atualmente © portugués come lingua oica, oes ja sabe que a linguagem verbal 6 a que use a palavra ‘como base, Entao, para saber falar uma lingua, o que & neces ‘sirio? Serd que basta conhecer um conjunto de palavras e sous signiticados? As regras de combinacao dessas palavras s40 tam~ bem importantes? ‘Observe este poema vis 1 de Arnaldo Antunes saris Une ss omar Assim como outros textos que voct jé estudou nesta serio, (0s poornas visuals criam sentidos nao 66 com o texto verbal, mas também com efeitos visuais goradios pelo formato e pela distr ‘bulgde das palavras e das letras na pagina, como 6 0 caso do pox ma de Arnaldo Antun Observe que podem ser lidas no poems as palavras gen(e), ET © gente. A palavra gente pode tor © sentido de “humanidade", “habitantes do planeta Terra’, opondo-se diretamente 3 ET, abre— viagho de “extraterrestre", que tem o sentido de “algo que existe fora da Terra’. Anda, © sentido da palavra gene, de unidade fur- damental da hereditariedade, esta ligado a origem das pesos dda "gente" que habite o planeta, No poema, essas trés palavras ~ gen(e), ET © gente ~ po- dem fazer referéne'a tanto a uma ideia de igualdade entre todos 5 possivels habitantes dos planetas que comosem 0 univers ‘como a um estranhamento que pode existir entre algumas pes ‘3088, uma vez que a inversao das letras da ditima silaba perm/- te entender que, entre esa gente, pode haver uma parte qu sinta ET, isto 6, diferente. Ou, ainda, @ ideia de que nem todos po- dem ser chamados de "gente" de verdade, pois nio se compar tam como ta. ‘Agora observe 0 modo como as ts palavras foram escritas, ‘Segundo a convencao do portugués eserite, as palavras costu- ‘mam ser eseritas da esquerds para a direita, de cima para baixe + Qual das palavras no fo! scrita de acordo com essa convonco? No peema, essa quebrana convengéo fol intencionale pode ter versas intencionalidades: criar sentidos, causar certo estranha- ‘mento no leitor © despertar sua reflexie sobre as possivels rola~ (g6es entre as palavras. ‘Com base na anilise do poema de Arnaldo Antunes, voc® per= ‘cebeu que, para compreendermas um texto em todas as suas possibilidacies, nlo basta ter dominio do vocabulério @ das regras. de combinagao das palavras. Enecessério também estar atento as situagdes de comunicagao em que 0s textos S80 produzidos e cir- ‘culam, as possiveis finalidades dos textos e as intengdes de quem fala ou escreve. Alm disso, ele fol produzido em uma lingua que vor’ compreende. Nossa lingua faz parte de quem somos, nao esté fora de nos, ‘mas conslitui nossa identidade e possibllita que sejamos capazes de ineragir socialmente. Para um falante se apropriar de uma lingua, ele precisa dominar ‘lo apenas 0 léxico (conjunte de palavras), mas também suas leis, ‘combinatérias. Os usos @ as leis de uma lingua passam por uma ‘evolugae continua, sem interrupgdes, e por isso a lingua apenas pode ser compreendida de fato se considerada a situagso de co— ‘municagao em que ela ocorre. a= It une eam te, > A LINGUAGEM E SUAS GARAGTERISTICAS Pevopecs pejé peinpevenpetou pi erepoto? ‘Se vocé conseguiu entender o que essa frase quer dizer, é porque conhece a lingua do p&. Se nao conseguiy, veja como ¢ facil se comunicar nesea lingua: basta pér pé antes de cada sflaba das palavras. Assim, para produzir ou com~ preender um texte na lingua do pé, voeé precisa, além de saber sus funco & 80s possiveis utos, conhecer ag caracteristicas ¢ a forma de organizagao tipi cas dessa lingua. Qualquer que soja a linguagem que utiizamos para interagir com alguém, ‘a comunicagio 66 serd possivel s0 os interlocutores conhecerem as caracte- risticas dos elementos de sentido que comp3em essa linguagem e a forma como eles devem ser organizados entre si Cada linguagem pode se valer de diferentes elementos de sentido consti~ tuintes (cores, desenhos, simbolos, palavras, etc), ¢ em cada uma delas esses elementos devern ¢e combinar de acordo com regras prépriss, para poderem, ‘construir 08 significados e permitir a comunicag30. Lola a seguir, texto de uma campanha contra o trabalho infant Ipegum pecépedi 190 pesepe: saris Une ss omar N Moma nites? 11 Aimagem ¢ visuaimente dviida em duas partes por ums faa branca 2) O que ratrata cada uma das partes da imagers? 'b) As duas partes da imagem aprosentam mesmo Que consri(s) seo) esses)? onsrio ou cenéros difle ©) Otexto que exténo ato do andncio também eeté vido pel sia branca ern ‘duas portes, coma a mager Ou seo trocho Félae de verso ost na primera parte’ otrecho eam trabalho infantil na segunda Para vore, cada echo express ‘que ests sondo mostrado em cad parte da imagem? Justiique sua roxposts Rolelaotoxto verbal da part inferior. "Rejote produtos vensis por ciangas © adolescentes, Qenuncleo trabalho infant. Diaque 100! 18) Deduza: A quaisinterlocutores esse texto se diige drotamente? 1) Na lima frase, que efeto de sentido & construde pelo uso do negrita e do ponto de exclamagto? Ese anuncio foilangado pelo Ministério Pablica do Trabalho (MTP), um éxgo do ‘governo federal Refita: Na ua opiniga, por que considerado neceaséro fazer uma (Observe este cartaz de un curso oferecide pela Bibiotece Publica de Parand, em 2018. Depois,responda ss questoes a7 Os Contadores 4, © quo. cartaz divulga © a que pablico ole so digo? 5, Além de nome do curso ede pubice a quem ele ests diracionad, que out informagos importantes sobre o curso aparecem no eartaz? 6, Observe aimagem inserida na cartar 2) Oqueclaretrata? B) Exolaue erlacko enire eesa imagem e 0 texto ernst a0 carte 7. Troque ideias com 08 cologas &o professor: Esse cartaz pode ser considerado um texto multimodal? Por qué? Galil=l| SEMAWTIGA E DISCURSO contin a 4 Conti ret ge Os cartes a seguirfarem pate de uma campanhs intl "Focano Lnguagee: 3 transito’ Leia-os, Compete especiea de Ungua Portuguese: 3 Haviidaes:EreaLro2, er6sL705, ere7P08 1 Observe o texto verbal om pretosituado na canto superior dos cartazes. Com base nessa observecdo,entifiaue quem rodusil os carlazes 2, 08 cartazes fazem parte da mesma campanha Releia toda parte verbal dees ededuza 12) Qual 60 nome da campanna qual abjetve dele? 1b) Por que na texto.em proto do canto superior 8x palavras estSo oseritas sem espacamente? © que signficam os simbolos # e @nesse ‘3, Embora facam parte da mesma campanha. 0s cartazes so ciferontes. Em que especto da campanna eade um delee ee concentra? 1A, Considere 0 tule da campanha, efulo da campanha io neeee ceso? Justiique cus 2) Qual 60 laoladsmente? A quem 0 resposta com base nos objetivos do cartaz 1b) Que nove sentido o terme fees ganha quando 6 associado a0 texto ‘bo verbaldo cataz? A quem ele se refere,nesse exs0? Justilique sua reaposta com base nos elementos nfo verba's do texto Jodo termo foes quando 5. Reto estantormagae: ¥A% dos acidentes com mor fans humans” s30 causados por 18) De que modo essa informagao 6: grstce representa? by Identitique nesee texto ums expresso que & enfatizeds por exes forms de aoresentacéo Justifiaue cua resposta ntada? © que esse recurso N= ees

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