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PESQUISA QUALITATIVA E A PERSPECTIVA FENOMENOLOGICA: FUNDAMENTOS QUE NORTEIAM SUA TRAJETORIA LINVESTIGACION CUALITATIVA V LA PRESPECTIVA FENOMENOLOGICA PUNDAMENTOS QUE NORTEAN SU TRAVECTORIA "lzabeth Mendes das Gracas’ ResuMo [Aproposta deste estuse 6 dscomer sobre a pesquisa quaktativa, que tem como referncial a sbordagem fenomanclégica. Tomando a andlise do fené- meno situado como una das modalidades desse ipo de investigate, discutem-se os momentos fundamentais da rajtéia proposta ao pescuisador, sei, a descrigio, a redusio © a compreensio fenomenolégica. Comentam-se ainda alguns recursos bésios a serem ulizados na construeio da Pesquisa que busca, na metodologia compresnsiva da fonomenologa, deserever os fenémonos huranos como experiéncia vivid. Palawas-chaves: Pesquisa: Metodoioga Compreersa Abordagem Fencmencgica ‘A Escolha da Abordagem Fenomenologica, Dy over onion cena a ay goes aS SRE RAMISaN RS cirenspapat peepee om om _ Tee a ‘sic, cit toning ae nn a ee ene een 2k aS ane curses snes pa ‘Logo, a fenomenologia visa basicamente estudar ‘a apari- oe SAc ata ‘usa consiserada come recurso metodoiaice, prope-2e invostigar de forma dra as vvéncias humanas e compreendé- las, som so pronder a explcagdos causals ou a goneralzagdes. Para tal sla abcica, quanto posse, de pressupostos, hinote- 2s ou leotas exncalvas, para “i-a-cisa-mesima’, quer ze, buscar a experéncia conscionte do inviue, que @ vida de mado chico, possoal Experéncia esta, cota no mundo sub Jstvo de cada ser human & que so se pods conheosr atrauss| 140 que 6 revelado quando sobre ela s2 intrtoga, Tatas, ‘entze, de um movimento em dregao a comproansao @ inter pretagao do fanemano desotio # nao a ava explcagzo Andlise Qualitativa do Fenémeno Situado ‘A mosaliade de pesaquea fonorenoligica que procixo ‘vata nesto trabalho 6 a andlise qualtatva do fonémono situa 100, segundo Marin & Bicudo.! ‘Ao oe esocther essa treetria, no 88 pare de um "probe mat, mas do uma intonogapdo sobre diwidas advindas da regao de inqusto onde se situa 0 fenémeno. Deve-se, por ‘consequits, do hicio,stuar 0 enémeno, sto 8, dave haver un ‘tito que descrova su vwérica em uma detorminada stu ‘40. no dscurso deste sulto sobre sua expenéncia vend ‘que se busca uma aprexsmagdo com a esséncia cu esrutra co xref omer Pra et ae © care st. et are 9, nse, 2009 PESQUISA QUALITATIVA E A PERSPECTIVA FENOMENOLOGICA: FUNDAMENTOS QUE NORTEIAM SUA TRAJETORIA fengmeno. Na experiinia do suato, portanto, 0 fentmeno sa mostra como essénca vinculada a existéncia, ‘Assim, a regio de inquéito a ser deliitada para realizar a astiqagde & 0 prGpria Contexta em qua o fanomena sa real 23, atavés da experBncia de aguém, do “lebenswst™- refer ‘880 mundo-vida de cada um de nds, pré-efiexho, pré-objet- vo. Esta stuacionadade faz com que a regio val do espa 9 fisico, geoaraico, «so caractezo, também, por um contax. to existencial,ontot6gco, onde se encontrao que se quer nau 1, Dessa forma, na gio de inquest, a apropriagao do fend meno pelo pesquisador se dé através dos dscursos que entun- ‘Gam as experigncis vvidas por aqueles que al so encontrar. [Nas doscrgtes dessos sujaltos ¢ quo so busca alucider a Indagago sobre aquio quo se quer aprccndar, extraindo las os signitcados que levarso &estruura @ & compreansao | 140 anameno. Para al chegar, tera do ser porcoridos is momentos tan- \damentais na trajstoria proposta ao pesauisador: a descigdo, a redugo @a compreensio fenomenckigica, Apesar de desertos| en partes, lais momentos ndo deve ser visuaizados como _seqUenciais, pois 03 mods de proceder do imestigador esto “lange df ser indvuaimante saparados como se fossem” pass0s estanques, mas superpéer-se em uma combine (Ho sincrética, ou soja. om uma fusd0 que se reala no ‘memento da pesquisa.” Martins & Bicudo! A Doscricao Fenomenolégica ‘A descrgdo fenomenctogica, para Merieau-Ponty envata {nds erent: 11 A percepeao, que toma para sia primazia no processo de rofexio Isto considerando aus: "a experiéncia da peroepr40 mos pde em presenca do ‘momento 6m que se constiuem para nds as coisas, a8 ve dries, 08 bens; que a percepgio nos ci um logos em estado nascente, quo nos ensina, fora do todo dogma ‘mo, as verdadaias condipbes da prépria objected: quo ‘fa nos recorda as trates do conhacmento © da ago." Meiea-Ponty pas. pla prcancto qe as cias co mundo eer clam a.um et, & Un mado de ace8s 0 das Cas. 2, Acersciica ae v die para 0 mundo, corso do crpo vi, qin & acorn cubic a rabid ‘ker se afar com sso ae es procesos concertos soo teeing um deconemante ka ao 02 alge meara da concn & 0 moveneto am reg 29 mun, A concen ewoNda cae prise se. emreagto ao unde, ava na suoetiecce era nr subjenicocenumare (prt-objetvo. = 8.0 supto com possibidada de experiancar 0 compo vide 1, através da conscinca, © Sendo capaz de dalogar com os | cuttos & com 0 mundo. a percepeao que funda o ato do connecmento, uma vez ‘que, por melo da conscéncia, a pessoa descobre 0 contato do ‘221 proprio ser com o ser do mundo. Mostrando, com a af rmagio, quo 6 om sua subjethidade comperiicada quo 0 Fhomem sa toma um sor consclente das coisas, do outro © 06 ‘i mesmo. Num movimento intencional que se abre 60 mundo (© 208 outros: a consciéncia corpdrea nao 86 opera na subg ‘dado, mas, também, na intersubjolivdads quando ha cklogo ‘ante as naive. Este @ 0 mundo fenomenoiégico que ervahe a pacepcao 22 consciéncia do sujsio, e dele se pode dizer que "(J 6 no 0 do ser pur, mas 0 sentido que transcende & Intercessio de minhas experiéncis © a intercessao de minha experiéncias com as do out, pela angrenagem de mas sobre as outras, alo 6, Pols insoparavel da subjti- ado 0 da intorsubjetvidade que fazam sua unidade pola retomada das mas expenéncies pessadas em minhes ‘exparioncias presentes, da expenancia do outro na minha.” Meraau-Ponty Em se tomande o frend fanomenalogia na trae rmelodolégica & partnente afar que 0s cbjles so intencio- rnados pela consciéncia de um sue percebedor que vive & Interoga as coisas do mundo, E & na expetincia desse corpo \vido, po seu enconiro com 0 mundo que ee val buscar a des ‘ego onde co ressatara, am sua esséncia, 0 fenémeno quo so stud, Através do rolato do sujato 6 qu so pretondo dosco- bor como este se percebe como um ser no mundo, 0 sentido ue ole da as stuagoas em quo so encontra erwalvido. sua ‘exprosst 6 0 camino escolhide para descrever a naturaza da ‘xpatencia por 6 vada. apartieda subjetvidade do discus, rabalhando com as ‘=xpargncias do pansar & do ag dos sistos, que se procira cchegar 8 objetvitade desertiva, na crenga de que tudo que é objetivo agora, fol antes pensado €, portanto, subjetvo. Subjethidade recosheckla como importante © descjada a abotdagom fenomencidgica ce pasquisar porque 6 ola, actes- conta Fini, que parrite acancar a cbjtvidade. © peaqusadar va, antao, a0 encentio das depormentos Inginuas do suoto, do sou falar eepontaneo, sem interprota- (9oes ou rflerdes prévias do que este passa ester viendo no seu "nundonida’, na sua "erperincia nostca’, Para isso, 08 Lepoimentos néo dever part de rotercs cu parguntas deta, mas de ura questao absrta, geval, que sea capa de nore sem, contudo, resting a exposigao dos suettos sobre 0 tera irvestigado. Uma questéo que abra possibiidade para um fue le do rlato, pomitindo ao fandmeno so mostrar tal come 6, ‘a sa propria inguagem, sem so drecionar polos pressupos- tos do pesquisador. Devando a0 exposior “sero autor, 0 det rider do sun prepa realdade.” Ole ‘A descrgo, refrgam Martins & Bicudo 39 andes, 2000 © PETIE - Rev. Min, Ent, 4/2) PESQUISA QUALITATIVA E A PERSPECTIVA FENOMENOLOGICA: FUNDAMENTOS QUE NORTEIAM SUA TRAJETORIA “sar to mehr quanto mas facto lator ou 0 ouvinte, «a reconhcer 0 objeto dscrito, O seu mito princinal no sempre a extio ou 0 relato dos pormrenores do obje- to descrito, mas & capacidade de cir, pare 0 ouvnte (ou aa 0 later) uma reprocuco to clara, quanto possiva (40 mesma.” A elagao dalégica, onde o sujeto formula 0 seu discuxso, 20 relatar a sua oxparncia 20 pesquisador, 6 consicerada, fenlao, um dos momantos da metedoaia, A Redugao ‘Como foi comentado, a proposta fenomenoiigica tem coma fraldads mostrar © nice essencial do fendman, # para que isso acontaga, de acordo com Hussar, & necessario recor & Redugio Fenomenckigica ou "Epoch", que 6a colo- cagdo do mundo exteror entre parénteses para quo a investiga (0 0 d apenas com as oparacces realzadas pola conscin. a. eso, entetarto, nao dave sar entra coma negagao ou Jmitagao do mundo, mas um modo de suspender qualquer |zo a sou respato para poder conhoct-1o a part do sua cf gem, intuindo a sua essenci. ‘A proposta husseriana, para Fibo'ro Ji, @ um procedt- mento de investigagao que, por itermécio da rela intuatva, itera, parte passar do objeto esséncia do mest, fran éo-0 em sua itenclonalidade, ‘Ao abordar a redunia Tenamencégiea, Meriaau Ponty sallnia que as esséncia trazem consigo todas as relagdes ‘yves da experincia & consendeniterenie, eso vinculadas & festéncia. Comenta ainda que chegar a esséncia do mundo no 6 apraximar-se daqulo que elo 6 om idéa, mas chogar _aqulo quo do flo oo 6 para nbs antes de qualquer tematiza co. A reducdo sda - coralato a eidos, referee & essin- Cia, conforme descreve, “6 a resaliclo do fazer 0 mundo apsrscer tal como ala & antas de qualquer refomo sobve nds mossnos, 6a ambicao de iguaar a refaxao a vide iret da conscience.” © autor cz mais: “Quando pero a reduya0 fonemenottgica [.] tonto fazer parecer @ explctar am mim asta forte pura de todas as sigifcagdes que em toro de mim consti o mundo, & {que constituem meu eu amie.” Flo exposto, vése que, para elevar a reduao, & preciso ‘adotar uma attude em que 80 permitacoloca 0 fandmeno em ceridéncia aim de que tena possblidade de maniesta-se por 1 mesmo, ascumino uma postura quo facite a ruptura do nossa tamilaridace com eo para que passa actarar-so sozinho. ta operacae, conaiderada como stuacao de pesquisa, tem como principal objotvo a ientiicario pelo pesquisador os sioifcados contidos nos relatos que exoressam a percep: (0 do sujeto sobre os eventos por ele vverciads, sem emia- ‘ar-se er categoria detidas a prior, Tala-sa do encontrar no ] rene ta nn nt falar espontanco do sujoito as dias fundamontas quo suston- tam o seu discurso, evocandoo fenémeno em su fonte prima fia. © que ndo cond afrmar que 0 pesquisador deva descon- ‘Siderar as suas experéncias anteriores, uma vez que, © pre telaxivo dalas advindo val se vanstormando naturaimanto em ‘um conta reflrvo ao longo da ivestigac0, A medida que ‘ fendmeno vai se revelando, \Vsa-32,entaio, seleciorer no dscurso 0 que pode ser con- ‘Sidorado ossoncial © quo constitu mementos da exparncia do ‘stiso. nstante em que se drecicna a conscircia para coisas, pessoas, amoetes, enfin, tudo que compoe a expenncia num [porscrutar cuidadoso, porquanto “omosta-so ou expor-so 2, sem obscuridad, no ocor- rm em um prinaro oar 0 fenomena, mas pauistnamente, 8-so na busca atenta © rigors do sys que itaroga gus procara ver arn de aparece, insistndo na procura do caractoistca,basica, essoncial do fonémeno,* Bleudo "Nesta atapa, 0 pesqusador utlza-so da retexdo 2, como recure0 metodologco, tentavatar maginativamente os const- tuintos da expenéncia, com © objetivo do constatar so suas ‘ceorréncias, nas mais duersas crcunstancia, poderiam aterar a ostratura do que ge investiga. Tentando focar-s na percep ‘0 do experenciator 6, adotando como referéncia 0 contetco| ‘de sua dessiedo, passa a maninar Corn o susto vive as se [goes que menciona e o que pretende oer quando se expres a, cventado por uma “atiude cialooal @ de acothimento do outro em suss obi ides Bias @ sentiments, rocurande colocar-st a pers- ppectva do outa pare compreendere ver como 0 out v8, ‘santa ou pensa,* Capaibot"? Por intermécio da variacéo imaginative, pode-se fazer & ‘consciancia do pesguisador 0 que nao ¢ detamente peroapt- vel e que est conto no discurso, Essa atitude fenemenclégi- ‘ca pormite romper com a visio comum © buscar novas poss! blidadas de varacso daqulo que se apresenta de inci. E a hora em que se destacarn partes da experincia nas quais se credit encontrar signifcados cognitvos, aftivos @ expressi- vos, passando a imaginar cada parto como prosente ou auson- ‘we naquele contexte. Com esse ato comparatno e com a sini ‘naga do qua nao se tornou expresso, segundo a comprean- ‘40 do pescuisador, sera posse reduzi 0 discurso 80 que ‘parece cesencial para olucidar 0 fenéeneno, ‘A.Comproonsio Pra que a compreensdo 99 apresente,afttna Martins? & rociso quo aja algo cu aiguim potanto és que estoja quoron- 0 comunicarse, sja verbamente, por melo da escrta ou na manera prépria da so mostrar sotetando um signiicado, BBaseando-se no referencial fonomanclogico heideagerano, a ‘compreensdo se defniia como um estado constante de prole- ‘920;no sentido das nameras possibiidades que despertam das ‘entidaios modida quo 0 homem se daft com 0 mundo & PESQUISA QUALITATIVA E A PERSPECTIVA FENOMENOLOGICA: FUNDAMENTOS QUE NORTEIAM SUA TRAJETORIA Co interoga. Projego como movimento para lanar-se rete, pro-etar-se em deca a possibklades das quals = pensa ser cepaz de apropria-se. ‘Nasla acapgdo, santa Esposito", com-prsend, para Heddagger no & nada que se possua, ‘mas, antes, & um modo 01 elemento do sa-no-mundo. , po onfologicarents fa menial @ antenor a quater ato do axsténca'. Refloxio quo caloca a comproonsao nao mais como um modo de conhscr. mas de se, uma vez que, "et fod compreensdo de mundo, & fextencia também esti comproonaica @ vice-versa." Heidegger ‘A.compreansdo 6 0 mado de Ser onde 0 "sera sa faz pre- ‘sencs che de possibiades para const projtos. Ea nao lum alrbuto, mas um elemento constitutive do "sara", um estas {do essencial que a ceracteriza no émbito do poder-se. Logo, {oda compreenstio do mundo enwove a compreenséo da pro fa istic, a autocompreensto, Cada pessoa tem um hor zonte parteuar onde a comproonsao se roalza, desta forma ‘cempraendo-se 0 mundo © os ouros sab uma perspectva ind ‘dual, um ponto de vista exctisno. Da compreenso, pose-se ‘zor tambem que esta sempre atrolada a nterpretagdo: 80 Inferpretamas o que prevamenta ft comproaneido, sendo ain ‘quagem responsivel para tena expla, ‘Ao referisse & compreenséo do fenémeno humane, Merieau-Fonty acentua que néo se tala de acrediar no que © outro diz, “nem de rec suas experncias ds mines, nem de col ice. com ele, nem de storme a0 meu panto de vista, mas explotar minha expanéncia © sua axpenéncia tal como fa so indica na minha |.) ata-se de comprosnder uma peta uta Como orentagio motodeidgica para ase do fandmeno, 2 comreensao do “ato hunano” numa experiencia vida por ‘guém, chama atencéo Canalbo"Y, requer a compreanséo da lente de sua sigrifcacéo em evidencar a tolalidade das suas conettes e das suas inter-elagées, enfin, em studio na ‘otatcade de su experiénca, “Alitude* fenomenciogica que se inicis durante a recugio fenomenoigica através do envolimento axstoncia © do atas- tamento relexvo entre © posqusador © 0 pesqusado, como ‘corrobora Forghier, EnvaMmanto exstancil aqui corsa do como 0 retomo do pasquzador as vvincas prb-eoxvas| ‘olatadas por alguém, estabelocondo com las uma profunda| ‘icra. @ ponto de penarélas = consol. E 0 alastarnento| reflaivo como © distanciar-se para refer © anaisar essas ‘vercias, na lentatva de enunciar © seu signiicado,subsilar- {do-32 no que se captou do enconro com aquele que as expe riencou. Sao momanios inler-elacionados @ reverses, Vato ‘que © primato se corwarte no segundo © esta novamnonte no | jprmetto, asim, sucessivamento, ato que 0 pesqusadcr so db or satisfeto com os connecimentos obtidos. (Cosarva-so, entdo, quo a comproonsso surge quando o peaqulander aoelta 0 resultado da reduigdo coma Um conjunto| do assergSos signicathas que evidancia, em sua totadade, a expatigncia consciente do suite investigado, 'Na modalidade de pesquisa do fenémeno stuado, 0 cari- ‘ho da refledio para construr a “sinteso" da comprecnsio| Interpretatha so conereiza com a arise ideogatia, podend| fslerderse ou rao @ anise nomotitica, conforms sugetem Martins & Bicudot, Na anise ideogrfca, 0 avo ¢ a apreersto da Heologa que subjaz nos relates do cada suyalto pesauisada: na andise nomotitica, & a apreansda garal do que s@ mostra nos ‘casos indivi, Com esta compresnsao intrgretatvaelabora-so a construe (fo final dos resuitados, objtivando apropriar-so daquilo que ‘Se eats em sua inlengao total ‘Momentos de Constructo da Pesquisa Para conocer & compreender a expeiéncia vida pelos ‘pessoas a serem investigadas, 0 pesauisador deve propor thes Uma questa sutcentemente cara a de paderem entender (0 que dalas 90 pretends 9, ao masmo tempo, bastante ampla ara se exoressarem iverente sobre o fendmeno insrogado. Com 0 propésilo de garantr 20 mavimo a tberdade dos epoentes,¢ preciso atentar-se para que nao haja condtucgo €| em interrunco dos relatos que sb devem ee ancerrar quando ‘os mesmos deiarem claro que nada mais t&m a dizer em rel (0 pergunta noriadora ‘Segundo sugere essa modaldade de pesquisa, 0 nimero do paripantes do estudo fica coneicionado & comprecnsto| {Jo fenémeno investigado, Assim send, © pesquisador $6 4 finalvar a coleta dos depoimenios quando os dados cbiidos se rmostrarem sufcientes para etucdar o fenémeno, 0 que fcaré ‘evidento no instante om quo os discusos comecarem a sa repair © no surge mais descrigses que tragam roves con- {aidos Sgiicaivos para o seu dasvelam=nto. ‘Como traeteria metodalégica, essa procura se efetva, ink calmento, slaconando-sa, em cada lato, techs que pare- ‘com conduir a0 essencial da experoncia do dopoonto. Para Isso, 0 pesquisador precisa realizar luras sucessivas do ds curso aléinitar-se do seu context, mantendo 0 olharsenst- vol para aqull que possa contorsignficagtes enistnclas do fentmeno quo procura comproandot. Aos pouces, ole vaidon- tiicando partes que, na rlacao com 0 todo, trazem sentido 20 ‘04 rurcto vida; surgindo, dal, de forma esponténea, as unida- dos de signticado quo rovelao pensar da pessoa posquisada sobre a axpontneia vida. Comeca-se, ent a redueao fono- rmeneloga, tendo sorrpre como rterencal a questao nortan ora da iveetiongo, 'As unicads do significado solecionadias, ainda na ingua- ‘gem coloquial do suleto, as vezes, requerem transfermagoes, ‘com objetvo do tomar caro su contatda 6 até mostrar as estruuras que, a primeira vista, parecam ocutas, Els podem também ser agrupadas, de acordo com as semelnancas de seus temas, interpretadas e, se necesséro,sintetizadas, Deste ‘modo, ednam-20, em cada disourse, a8 aseargbee conver PEPE - Rev. Mi, Ent, 411/2:20-9, Jando. 2000 @ PESQUISA QUALITATIVA E A PERSPECTIVA FENOMENOLOGICA: FUNDAMENTOS QUE NORTEIAM SUA TRAJETORIA gontes, som, no entanto, desconsiderar as uridades de sign ‘cado tas como unitrias por telarem de ego no releciona- 0 potas demas 'No decotar da interprotagao fenemenokigica, © pasqusa- or tenia compreender os signieados expressos nas falas © traduchles conforme a sua peroepréo, mantendo-se, porém, fil sides do depoimento como um todo. Deve assumir es PPonsablidada para com 0 pasqsado, de manera que 0 rlato a exparéncia vida por este ro seia amaacado. Na tuncao ce doador de sgnicado, © investigader precisa atertar para que nao hajasubttulgdo do sont insarido no iscurso. ‘Com os procedimentos mencionados, sara possivel ter uma concepa da esinatura individual do enmena # comple- mmentar a endliseideogréfica ou anise psicokgica individual. E ‘momento am que so de o oncontro das intrsubjothidads do pescuisadr-pesquisado, © que se caracteriza como a sinese das proposignes em cada discurso capaz de retatar 0 essen- cla do fenémero como estutua individual Na traetria metodologica em questén, depois da andlise ldeogrétiea, pode-se optar anda para a elaboracao da andlise nomotética, com a fafdade de compreender 0 conjunto de Proposites extras do todos os rolatos 0 const 0s res ads, endo uma visao ampla do fendmeno. ‘Se fosse considerada a crigem grega da palawra nomatéti- a, essa andlisoostaria igada a formutagdo do rogras © lls pro- vorientas ou bascadas em fatos empiicos © contingntes. Enratanto, davdo as caracterstioas dos dados nao factuals obtidos na pesquisa quatatva, tal teinologia 6 estabelecda apenas para desionar a aco rfesiva do posqulsador na trans posicao dos achados indivduais para uma proposican geral Pela anise nomotétca, realza-se, pos, a passagem da veo Indu, ou da estutura pecolégica individual, para aestutu "a peicolégea goral, quo so manifosta a partr do estudo, om coniunto, dos varios dscursos. Pra dliear a eatrutra ou esséncia gerd, € necessirio. ue, apds raver as pronosigdes rveladoras de todos os depot ments, 0 pesqusador estabelace comparactes entre eas, Procurando descobrir as convergentes, as divergentes, bem como as iciossincrasas, ou sia, aqusas que ndo se repetem nom fazom oposigées 2 demais, apesar da rolaeao quo, por ‘yez0s, conserva ao abordarem temas comune, Nesse eon. tonto, ¢ possivel agar as uridades 2 forma as categorias a sofem refticas na construcdo dos resultados. Aqui a atongao cleve-sevotar para aspectos que, masmo ndo estando retern- ados expictamente nos depomentos, apresentam-se em 2s conteuss de forms imi, E precisa cestacar que as categeras encontradas sao reconhecidas como “abeas’ por parmitram interpretagoos

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