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A DINGMICG) ACTOINCUSITIC! Clo Ceniro-Oesie MINISTERIO DO PLANEJAMENTO E ORCAMENTO a DEA Instituto de Pesquisa Econémica Aplicada O IPEA é uma fundagao publica vinculada ao Ministério do Planejamento e Orgamento, cujas finalidades so: auxiliar o Ministro do Planejamento e Orgamento na elaboragao e no acompanhamento da politica econdémica e prover atividades de pesquisa econémica aplicada nas areas fiscais, financeiras, externa e de desenvolvimento setorial. As publicagdes do IPEA podem ser adquiridas pelo reembolso postal: SERVICO EDITORIAL Brasilia, DF SBS Q. 1 BI. J, Ed. BNDES — 10° andar Cep: 70.076-900 Rio de Janeiro, RJ Av. Presidente Antonio Carlos, 51 — 14° andar Cep: 20.020 Presidente ‘ Andrea Sandro Calabi Diretor Executivo Fernando Rezende Diretor de Administragao Luis Antonio de Souza Cordeiro Diretor do Centro de Treinamento para o Desenvolvimento Econémico e Social - CENDEC Adroaldo Quintela Santos Diretor de Pesquisa Claudio Monteiro Considera Diretor de Politicas Publicas Luis Fernando Tironi EDIGAO Coordenagéo Liliana Simées Pinheiro Diagramagao e Editoragao Eletrénica Iranilde Régo Revisdo Equipe de revisores do Servigo Editorial — Brasilia A Dinamica Agroindustrial do Centro-Oeste Ana Célia Castro Maria da Graca D. Fonseca Este documento foi elaborado com o apoio financeiro do Projeto PNUD/BRA/91/014 (“Apoio ao Desenvolvimento de Pesquisas em Politica Agricola”), ao qual teve como diretores Adelina Teixeira Baéna Paiva, Murilo Lébo e Luis Fernando Tironi, e coordenagao técnica de Maria Helena Fagundes. © Instituto de Pesquisa Econd a Aplicada — IPEA CASTRO, Ana Célia A dinamica agroindusti da Graca D. Fonseca. — Bra la do Centro-Oeste/Ana Cel PEA, 1995. Castro e Maria 220 p. — (Série IPEA; n. 148) 1. Agricultura — Brasil — Centro-Oeste. 2.Politica Agricola — Brasi Fonseca, Maria da Graga D. lI. Titulo. lll. Série. O CDD 338.1 CDU 631.116 Sumario Apresentacao Resumo Executivo Metodologia da pesquisa. Fontes de Dados. Limitagdes Encontradas Procedimentos da Pesquisa Capitulo 1 Caracteristicas da Agroindistria Regional — Estruturas de Mercado e Fluxos de Investimento 1.1. Perfil Agroindustrial dos Estados da Regido Centro-Oeste e sua Evolugao Recente 1.2. Agroindustria no Centro-Oeste: Estruturas de Mercado e Estratégias dos Grandes Grupos 1.3. Padrio de Concorréncia da Agroindistria e Especificidades dos Produtos 1.4. As Estratégias de Localizagio e a Logistica de Abastecimento 1.5. Os Investimentos na Agroindistria 1.6. Breve Analise da Situagao Econémica e Financeira da Industria de Alimentos e da Agroindistria Integrada a0 Final da Década de 80 1.7. Cooperativas Agroindustriais do Centro-Oeste 43 51 84 87 101 lll 123 128 Capitulo 2 Desempenho Agropecudrio e Adequaciio da Politica Agricola 2.1. Desempenho da Agricultura e Adequacao da Politica Agricola 2.2. Desempenho Agropecuério 2.3. Financiamento as Atividades Agropecuarias. O Sistema Nacional de Crédito Rural 2.4. A Politica de Garantia de Pregos Minimos: Uma Avaliagao para a Regitio Centro-Oeste Bibliografia Anexo Estatistico Tabela A.1: Produgao/Area/Produtividade Grafico A.1: Quantidade de Algodao Produzida no Brasil e Regiao Centro-Oeste Grafico A.1: Quantidade de Arroz Produzida no Brasil e Regiao Centro-Oeste Grdfico A.1: Quantidade de Cana-de-Agicar Produzida no Brasil e Regiao Centro-Oeste Grafico A.1: Quantidade de Milho Produzida no Brasil e Regido Centro-Oeste Grafico A.1: Quantidade de Soja Produzida no Brasil e Regiao Centro-Oeste Grafico A.2: Area de Algodao Colhida no Brasil e Regiao Centro-Oeste ii 143 144 149 151 163 165 166 169 170 171 172 173 174 Grdafico A.2: Area de Arroz Colhida no Brasil e Regiao Centro-Oeste 175 Grdfico A.2: Area de Cana-de-Agiicar Colhida no Brasil e Regido Centro-Oeste 176 Grafico A.2: Area de Milho Colhida no Brasil e Regio Centro-Oeste 177 Grafico A.2: Area de Soja Colhida no Brasil e Regi&o Centro-Oeste 178 Grafico A.3: Produtividade do Algodao no Brasil e Regiao Centro-Oeste 179 Grdfico A.3: Produtividade do Arroz no Brasil e Regiao Centro-Oeste 180 Grdfico A.3: Produtividade da Cana-de-Agucar no Brasil e Regido Centro-Oeste 181 Grafico A.3: Produtividade do Milho no Brasil e Regiao Centro-Oeste 182 Grafico A.3: Produtividade da Soja no Brasil ¢ Regiao Centro-Oeste 183 Quadro A.1: Tipo de Empresa, segundo a Origem do Capital, por Estado (Arrecadagao de ICMS) 184 Quadro A.2: Empresas por Tipo de Produto, por Estado (Arrecadagao de ICMS) 195 Quadro A.3: Quadro-Resumo (Arrecadago de ICMS) 204 Quadro A.4: Tipo de Empresa segundo a Origem do Capital (Valor da Produg&o — Censo de 1985) 208 Quadro A.5: Empresa por Tipo de Produto, por Estado (Valor da Produgdo — Censo de 1985) 212 Quadro A.6: Quadro-Resumo (Censo de 1985) 214 Quadro A.7: Nota Técnica 217 RRR EEE EEE APRESENTACAO. ste trabalho tem como objetivo avaliar o dinamismo da agroindistria na regio Centro-Oeste e sua capacidade de atrair capitais. A pesquisa divide-se em duas partes. Na primeira, buscou- se tragar o perfil agroindustrial dos estados da regifio Centro- Oeste, analisar as estruturas de mercado ¢ o padr&o de concorrén- cia dos setores agroindustriais, bem como avaliar os fluxos de in- vestimentos agroindustriais para ai dirigidos. Na caracterizacao das empresas, sio enfatizadas suas diferentes estratégias e a estru- tura setorial da agroindistria regional. O predominio das cadeias de grdos € cares, responsavel pelo dinamismo da regido, ¢ a ex- pressiva presenga de suas empresas lideres conduzem ao estudo das estruturas de mercado e do padrao de concorréncia que lhes ¢ é caracteristico. Uma avaliagao ¢ dos fluxos de capitais paraa regio dos pelas empresas, semundo dados do Banco Nacional de Desen- volvimento Econémico e Social (BNDES), da Superitendéncia de Desenvolvimento da Amazénia (Sudam), entre outros. O passo seguinte consiste em analisar, do ponto de vista de suas estratégias e de sua capacidade financeira, as empresas lideres das cadeias de gros e cames, incluindo as cooperativas agroindustriais da tegido. Na segunda parte, pretendeu-se avaliar em que medida a atividade agropecudria regional respaldou o desenvolvimento agroindustrial, ou, alternativamente, em que medida o desenvolvi- 1 mento da agroindistria verificado é capaz de explicar o notavel desempenho agropecuario da regiao Centro-Oeste na década de 80 e de que forma as politicas voltadas para o setor mostraram-se adequadas ao crescimento regional. Especial atenc4o foi dada as politicas de crédito rural ¢ a Politica de Garantia de Pregos Mini- mos (PGPM), buscando resgatar a discussio acerca de sua (dis)funcionalidade. Resumo Executivo O processo de ocupagdo agroindustrial do Centro-Oeste pode ser dividido em trés fases. O movimento se inicia com a adaptagdo de espécies de soja ao cerrado, ainda na década de 70; ja ent&o se verifica a ocorréncia de atividades de beneficiamento de graos, especialmente em Goids. Na segunda fase, ocorre a ex- pansdo da soja (¢ do milho) para areas mais distantes do Mato Grosso e do cerrado baiano, caracterizadas pela maior deficiéncia de infra-estrutura (energia elétrica ¢ estradas), onde a sojicultura revela uma excelente produtividade. Esta expansio foi acompa- nhada pela entrada de empresas que atuam como fradings junto ao mercado de commodities. E, finalmente, verifica-se, na segunda metade dos anos 80, um deslocamento de grandes conglomerados industriais que para 14 transferem fabricas de beneficiamento de graos ¢ atividades integradas de criagdo e abate de pequenos ani- mais. A regido Centro-Oeste caracterizou-se, assim, nos anos 80, por ser um pdlo de atrac4o de capitais do Centro-Sul, especial- mente das chamadas empresas lideres do complexo agroindustrial, que tenderam a ocupar posig6es estratégicas. Desempenho Agropecuario A consolidag4o do complexo graos-cames, durante a déca- quase simulténea ao aumento da capacidade de implantacZo de infra-estrutura agroindustrial. O arroz, tradicional produto de abertura de fronteira, cedeu lugar ao milho e & soja. Enquanto, no caso do arroz, a participa- 2 EER a ¢4o do produto regional no total nacional passou de 32% em 1980 a 13% em 1991, a produgSo regional de soja, que era de 12,5% do total no inicio da década, atinge 43,7% da produgao nacional em 1991. O milho produzido na regio, por sua vez, representando 10% da produgo do pais em 1980, chegou a atingir 19% deste total em 1989 — nos dois anos subseqiientes, porém, as adversi- dades da conjuntura fizeram a participagdo regional retroceder aos niveis do inicio da década (Tabela 1). A produgao agricola da regiio Centro-Oeste cresceu muito a frente da produgio agropecudria nacional. Enquanto a taxa geométrica de crescimento da produgao de milho no pais foi, em média, de 2,7% ao ano, entre 1980 e 1989, a taxa média de crescimento do produto na regio Centro-Oeste foi de 9,41% ao ano no mesmo periodo. O crescimento da soja no Centro-Oeste foi ainda mais expressivo: sua taxa média de crescimento foi de 16,54% ao ano na década, enquanto se observou um crescimento déncia oposta, sendo negativa para o Centro-Oeste, mas crescendo a 1,2% em média para o Brasil na década de 80. A vigorosa expansao agricola do Centro-Oeste sustentou-se nos expressivos ganhos de produtividade (rendimento médio) veri- ficados para quase todos os produtos, com exce¢fo do arroz de transporte. Os ganhos de produtividade obtidos na atividade agri- cola podem, pelo menos por enquanto, ser associados a rendimen- tos crescentes (Tabela 2). TABELA 1 Evolugao da Produgao Agricola — Brasil e Centro-Oeste (1980=100) Ano iho Scie amroz cow: |coute] eas [coe [coe] ones | con 1980 100, 100,¢ 10,23 100,00 100,00 12,58 100,00 100,00 32,19 981 891 10378 sa02 1320 73.98 8417 23.30 1982 104,18 107,22 1152 19078 e409 1045 87,57 60.40 28.34 1983 95 1218 16478 98.21 2487 7430 70.20 30,24 1964 11058 103,80 10.89 207,28 10254 2548 00.88 02384 20,51 1985 x 11,08 296,67 120,60 30,98 62,61 92,32 (21,84 1986 1823 28740 8785 © 9824 77.48 10812 2381 1987 18AT 90531 111,96 16.68 9220 10858 27.85 1988 1748 35417 11910 37.45 04,64 12088 23,78 1989 24808 19052 19,80 46210 15070 36,67 57.40 112,09 10,40 1990 14908 104,73 1457 597.46 13162 3220 28.74 ©7802 12.17 1001-21957 110.98 10.25 344,52 98,20 43,78 38,00 00,80 13,50 Fonte: Deagro/IBGE - Elaboragdo prépria. TABELA 2 Produtividade Média Centro-Oeste/Brasil (4) Ano Algoda Cana Milho Soja 1980 160,7 95,97 T1754 o78 1981 152,63 84,01 103,33 93,31 1982 145,05 83,67 119.2 116,29 1983 151.9 95,9 116,97 108,48 1984 159,7 101,22 117,73 102,85 1985 139,7 101,27 116,13 109,17 1986 151,14 106,59 147,78 125,89 1987 126,61 105,58 129,22 110,55 1988 120,61 105,15 137,92 119,01 1989 141,48 113,59 151,21 110,55 1990 120,62 112,91 132,81 97,35 1991 11497 121,95 163,95 136,28 Fonte: Deagro/IBGE - Elaboragao propria. 4 ee LL LLL A produtividade do milho na regio superou a média brasi- leira em 1980 em 17,5%. Em 1991, ano excepcional para o produ- to na regido, o rendimento superou em cerca de 64% a média na- cional. Obteve-se ao longo da década um rendimento, em média, 50% superior ao resto do pais. Quanto 4 soja, pode-se observar um rendimento na regido entre 10 e 20% superior 4 média nacio- nal, principalmente a partir de meados da década. Trata-se aqui de um caso diferente do milho, cuja produgo no pais se caracteriza ainda por ampla diversidade de padrdes tecnolégicos. No caso da soja, a média do rendimento para o conjunto do pais iguala os ni- veis internacionais. Isto significa que este mesmo padrao tecnolé- Estruturas de Mercado e Fluxos de Investimento A instalagdo de empresas agroindustriais no Centro-Oeste ndo é um processo recente, especialmente em se tratando de ope- rages de beneficiamento superficial de produtos como arroz, abate de animais, madeiras, fuba de milho, etc. O que é relativa- mente novo na regido é a presenca de empresas agroindustriais de grande porte que estendem as suas operagdes ao mercado de commodities, de um lado, e ao mercado interno, de outro, inte- grando em nivel regional duas cadeias produtivas, gros e carnes, com resultados extremamente dindmicos para a regiao. O resultado da investigagao de campo com as empresas li- deres do complexo soja ¢ came brasileira mostra que estas empre- sas tém mantido um certo esforgo de investimento mesmo durante a recesso. Esses investimentos em nova capacidade produtiva ocorreram basicamente na regido de cerrado do Centro-Oeste ¢ Bahia ¢ tiveram 0 objetivo de assegurar 0 seu acesso privilegiado as fontes de matérias-primas (soja) e¢ a mercados regionais de crescente importancia (carne de frango). A caracteristica da concorréncia do setor de esmagamento de soja revela praticas de oligopélio competitive, embora os as- pectos decisivos da competicao dependam da caracteristica de seu produto final (dleo degomado ou refinado). No caso do leo bruto, 5 Os pregos s&o formados em nivel internacional e as margens de lu- cro dependem de economias de escalas obtidas na planta e nas compras de matéria-prima. No caso do éleo refinado, manifestam- se economias de diferenciago de produto associadas ao esforgo de vendas e de fixagdo de marcas. A integracio de atividades que usam a soja, em uma ponta, © a came, em outra, mostra-se compativel com estratégias de di- versificag4o dessas firmas de forma coerente com sua base técni- co-produtiva e com os ativo: /os que possuem na regio. Abatedour TOS Sul. Embora possuidoras de grandes redes de silos ¢ armazéns, as plantas de esmagamento dos grandes grupos econédmicos sé sur- gem na regido na segunda metade da década de 80. As grandes empresas multinacionais do sctor de esmaga- mento, com forte atuag4o no mercado de commodities, no acom- panharam 0 movimento de deslocamento de capacidade produtiva Para a regiao, com exceg&o da Cargill, que possui um complexo as portas do cerrado goiano, ainda em Minas Gerais, tendo com- prado uma planta perto de Brasilia. Apesar disso, possuem silos ¢ armazéns nas principais areas produt toras de soja. As chamadas empresas regionais, apesar do seu limitado Tecursos produtivos ¢ organizar mercados locais. As mais bem- sucedidas, como é notoriamente o caso da Arisco, ultrapassaram cs‘eatctioa mecoadce Tegionais, vindo a competir com as grandes empresas nacionais ¢ a adotar padrées de comportamento similares. © importante segmento das cooperativas agroindustriais com uma légica propria, na qual hd de discernir entre os padrées de relacionamento interno dos cooperados ¢ as atividades de busca ¢ selegdo de oportunidade lucrativas de investimento, nas quais 6 ——————————————————————————————————————————— pouco se diferenciam das empresas. A mais importante diferenga entre as cooperativas ¢ as empresas lideres do complexo grdos- cames ¢ a forma como tende a dar-se a diversificagao produtiva. Os investimentos agroindustriais seguem, em geral, uma determi- nada coeréncia técnico-produtiva, aproveitando sinergias tecnolé- gicas ¢ comerciais. As cooperativas agroindustriais nao se limitam A estrita coeréncia industrial, mas buscam verticalizar a partir da ampla gama de matérias-primas agropecuarias produzidas Pe cooperados. Como resultante, seus investimentos tendem a s mais diversificados ¢ a inserir-se, portanto, em diferentes estruto- ras de mercado, o que, em principio, aumenta as resisténcias as flutuagdes da conjuntura. A proximidade com as regiées produtoras traz vantagens competitivas de localizagao as empresas, ao diminuir os custos de movimentagio de carga, associados operacao industrial (entre a fabrica e a drea de produgSo), pela aproximagao as areas de cul- tivo. Esta proximidade permite que as compras de graos sejam efetuadas em condigdes vantajosas junto aos produtores agricolas. Observe-se que a estratégia de localizagao das agroindistri- as constitui uma das principais formas de assegurar uma posi¢ao de lideranga nos mercados em que atua. No caso do Centro-Oeste, isso permite que, adicionalmente, obtenham-se ganhos de pregos pela manuten¢4o da qualidade dos graos obtidos na regio, quali- dade que se estende aos produtos derivados — dleos ¢ farelos. O mercado nacional de proteina animal (frango) passou por uma fase fortemente competitiva nos anos recentes, ¢ as empresas procuraram atuar de forma a garantir a maior parcela possivel das vendas em um mercado em expanso. A regio, que basicamente de obtengo da ragdo a baixo custo, EERE A instalagdo de uma planta de esmagamento de soja de porte médio/grande mobiliza recursos da ordem de US$ 40 mi- IhGes divididos entre terrenos, obras civis, etc. Desde 1986, oito novas plantas industriais foram instaladas na regidio de cerrado do Centro-Oeste e Bahia, ¢ trés esto em fase de obras. Uma avaliacao dos investimentos realizados por intermédio do apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econémico ¢ Social (BNDES) entre 1987 e 1991 revela terem sido comprome- tidos cerca de US$ 175 milhdes em programas de apoio a agroindustria em regides do cerrado novo. O valor total aproxi- mado destes investimentos no periodo pode ter ficado entre US$ 350 milhdes e US$ 400 milhdes, embora seja muito dificil estimar o volume de recursos investidos a partir dos dados de financia- mento. Além dos financiamentos do BNDES, as empresas obtive- tam recursos oriundos de incentivos fiscais e puderam langar mio de dedugdes de ICMS. A quantificagio desses recursos é problematica, embora nao tenha sido pequena. No caso dos in- centivos da Sudam, as estimativas apresentadas esto evidente- mente superestimadas, porque, corrigidas em délar no momento da liberag4o, no corresponderam aos cruzeiros liberados, uma vez que estes no eram corrigidos ou indexados quando o empreendi- mento sofria atrasos. Caracterizagado da Agroindustria Regional A ocupagao de Goias antecede a dos demais estados da re- gido e apresenta caracteristicas proprias. A importancia das gran- des empresas internacionais é significativamente superior no esta- do de Goias em relagdo aos demais estados. Como resultado da maior presenga das empresas internacionais, a distribuicao das firmas da amostra, segundo a origem dos capitais, é a seguinte: 20% correspondem a empresas de capital internacional, 20% a capitais do Centro-Sul, 25% as cooperativas e 35% as firmas de origem regional. Quanto & distribuig3o das empresas por setores, frigorifi- cos, laticinios ¢ derivados de soja somam aproximadamente 73% do total da amostra (cada um dos setores respectivamente com 23%, 23% e 27%), deixando aos demais setores da agroindistria os restantes 27%. Como conseqiiéncia da maior dispersao relativa das atividades, a cadeia agroindustrial de gréos ¢ cares (somatério Carole) atinge 85% do total. Abrigando hoje a maior e mais diversificada agroindustria da regio Centro-Oeste, o estado de Goids no parece constituir, na década de 90, o maior pélo de atragdo de novos capitais do Centro-Sul. A implantagdo da sua agroindistria se deu em um momento anterior, quando os incenti- vos estaduais e a localizagao da capital federal constituiam fatores de atratividade de grande importancia. Por outro lado, as empre- sas lideres do complexo gréos-cames no haviam consolidado 0 recente padrao de integragfio que exige amplas escalas de produ- ao e uma fronteira agricola em expansao. Ja 0 estado de Mato Grosso, Por contraste com o estado de contra 20% em Goids; as empresas intemacionais foram respon- saveis por 9%; as cooperativas por 11%; ¢ as empresas de origem regional, pelos 20% restantes. ‘A forte atracdo de capitais do Cen- tro-Sul que os dados sugerem e¢ que outras fontes comprovam deve-se, em grande medida, a existéncia de incentivos fiscais na regio, mas deriva também da avaliagdo prospectiva das empre- sas, 4 espera de uma situag3o de estabilizagao da inflagdo e de tetomada do crescimento. Outros fatores que devem ser tomados em considerago so 0 alto padrao tecnolégico ea elevada escala dro préprio de relacionamento fornecedor- indistria. Quanto 4 distribuigao setorial, cerca de 55% das empresas da amostra pro- duzem derivados de soja, 30% correspondem a produgo de came 9 — Te | bovina, restringido-se as demais atividades 4 proporgdo de apenas 15%. O complexo graos-cames, assim, corresponde a 91% do total. Em uma situagao intermediaria, encontra-se o estado do Mato Grosso do Sul, beneficiado pela melhor localizago geogra- fica (proximidade dos mercados de Sao Paulo, Parana, Triangulo Mineiro, da prépria regiéio Centro-Oeste e dos vizinhos paises la- tino-americanos Paraguai ¢ Bolivia), pela melhor rede de transpor- tes intermodais e pela inegavel vocago natural para a produgo de cames e gréos. O Mato Grosso do Sul, detentor do maior reba- nho bovino de corte, ainda mantém uma caracteristica acentuada- mente pecudria, combinando-a com a expansdo da sojicultura, contrastando-se com Goids, que apresenta uma forte caracteristica de diversificagao das atividades agricolas e agroindustriais. ‘No Mato Grosso do Sul, as empresas nacionais da amostra respondem por 51% do total, as empresas regionais por 36%, as cooperativas respondem por 7%, as empresas internacionais por apenas 4% ¢ os capitais nordestinos pelos restantes 2%. No que diz respeito 4 composigao setorial da agroindustria, came (que, sem divida, esta subestimada) e couros somam 47%, enquanto os derivados de soja contabilizam 33% do total. Os 20% restantes distribuem-se entre os demais setores, em uma posi¢o intermedi- aria entre GO e MT. Desta forma, o complexo graos-cames tota- liza cerca de 90% da amostra. Andlise da Politica Agricola Ocorreu, na década de 80, como se sabe, uma sensivel re- dugo dos recursos destinados ao financiamento agropecuario no pais: o montante de crédito rural concedido atingiu 0 seu maximo em 1980 e, a partir dai, caiu continuamente em valores reais (Tabelas 3 ¢ 4). Ao longo da década, alterou-se a participagao do setor piiblico e do setor privado na oferta do crédito agropecuario. Em 1985, o Tesouro Nacional financiou 92% do total do crédito e 89,6% do de custeio — percentuais que declinaram rapidamente chegando a 29,7% e 25,6% em 1989. Os recursos de cadernetas turais representaram 18% do crédito total e 15% do de custeio em 10 1987, saltando para 54% do total em 1989. A participagdo de re- cursos complementares ao Banco do Brasil (BB) repassados a uma taxa de juros mais elevada pela rede de bancos privados ten- deu a aumentar, deslocando a participagio oficial e ampliando a taxa de juros média incidente sobre o crédito 4 produgao ¢ a co- mercializagao agropecuaria. A elevagao dos juros dos Emprésti- mos do Governo Federal (EGFs) tornaram quase proibitiva a ati- vidade de estocagem privada, forgando 0 governo a fazer aquisi- gGes, via Aquisigdes do Governo Federal (AGFs). Na realidade, na safra de 1989/90, os altos custos dos empréstimos e a escassez de oferta de dinheiro influiram na redugdo da area plantada e da produtividade. TABELA 3 Evolugo dos Financiamentos Concedidos pelo Sistema Nacional de Crédito Rural & Agricultura, segundo as Grandes Regides (1980=100) Regido 1980 1081 1082 1983 1984 1985 1985 None 710000 Nordeste 100,00 1 Sudeste 100,00 Sul 100,00 1% Centro-Ceste 100,00 Brasil 300,00 4 Fonte: Anudrio Este rico do Brasil/Sistema Recor/Bacen. Reelaboragdo a partir da tabela da CPA/IPEA. Obs.: n.d. - informagées nfo disponiveis. TABELA 4 Evolugdo dos Financiamentos Concedidos pelo Sistema Nacional de Crédito Rural & Pecuaria, segundo as Grandes Regides (1980=100) Regio 1980 1981 1962 1969 1964 1985 1086 1987 Norte z 7350 16907 Nordeste Sudeste tabela da CPA/PEA. Obs.: n.d. - informagées ndo disponiveis. Somados, os recursos destinados a agricultura e pecuaria atingiram, em 1990, apenas 30,43% do montante do ano de 1980. O crédito a agricultura, por sua vez, atinge, em 1990, 34.32% do seu montante em 1980, e o crédito a pecuaria, em 1989, havia sido igual a apenas 8,35% do seu valor no ponto inicial da série. A re- gido Centro-Oeste manteve, basicamente, constante sua participa- go nos recursos financeiros concedidos a agricultura, 4 diferenca das regides Nordeste (até 1987) ¢ Sul (principalmente nos ultimos anos), que ampliaram suas participagdes relativas ao longo da dé- cada. Se no inicio da década o Centro-Oeste respondia por cerca de 5,85% do total, a média dos dez anos para os quais os dados foram considerados atinge 5,99%, sendo que a participagdo do Centro-Oeste na oferta nacional de produtos como o milho ¢ a soja elevou-se consideravelmente ao longo da década (Tabelas 5 ¢ 6). Alguns autores chamaram a atengdo para as distorgdes de- rivadas da equiparago dos precos unicos, introduzida a partir de 1981, para as areas agricolas mais longinquas. Esta igualagdo desconsideraria os “elementos materiais” que diferenciam os pre- gos ao produtor, alterando as condigdes mercantis de distribuigao regional de produgio e de regionalizagio [Delgado (1990)] ¢ transformando-se em subsidios 4 produgao agricola na fronteira. A hipotese implicita é a de que, sem o desvirtuamento das regras mercantis, ndo haveria deslocamento da produgdo agropecuaria para a fronteira do Centro-Oeste do pais. TABELA 5 Participagao das Regides no Total dos Financiamentos Concedidos 4 Agricultura, em % sobre o Total Anual Brasil (1980=100) Regio 1980 1901 1982 1083 1964 1085 1086 1987 1988 1000 None 315-340 293 212 108 nd Nordeste 2587 33,73 25,71 93.07 41,05 nd. Sudeste 30,90 24,90 27,00 20,04 17,47 nd. Sul 3483 3255 9847 99.35 39,89 3551 41,76 3416 nd Ceonto-Oeste 5,85 542 588 542 583 544 582 560 nd 100,00 106,35 100,95 103,96 66,58 98.860 128.66 117.65 nd. 36.26 34,32 Anudrio Estatistico do Brasil/Sistema Recor/Bacen. Reelaboragao a partir ela da CPA/IPEA. : n.d. - informagGes nao disponiveis. EE EREREREEEEEEEEEEEEEE EEE EE eee TABELA 6 Evolugdo dos Financiamentos Concedidos a Pecuéria e Participago da Regido Centro-Oeste no Total Brasil (1980=100) 1980 1081 1982 1983 1984 1985 1986 1967 1988 1989 1900 COfrast 01 1085 1311 10.90 O64 585 1250 9.90 nd 907 879 Bros 100,00 69,80 85,60 55,12 35,85 4050 6288 41,25 nd 835 1820 Fonte: Anudrio Estatfstico do Brasil/Sistema Recor/Bacen. Reelaboragdo a partir da tabela da CPA/IPEA.. Obs.: n.d. - informages nfo disponiveis, Constata-se também que o prego recebido pelo produtor, na fronteira, difere do prego das regides produtoras mais proximas, devido ao fator distancia, que afeta principalmente o custo do transporte. Se os pregos minimos so fixados sem levar em conta esse dado, o governo, ao realizar uma compra na fronteira, arcaria com o custo total de transferéncia do produto [Silva (1989)]. A concepgdo que esta por tras destes trabalhos é a de que a explora- ¢4o econémica agricola na regiéo Centro-Oeste ¢ resultante dos subsidios implicitos e dependente, em ultima instancia, da subtra- go dos custos de transporte aos pregos de referéncia (minimos). A competitividade da agricultura, segundo esta visdo, dependeria basicamente de fatores naturais e da distancia aos centros de con- sumo. O custo do transporte seria o elemento diferenciador do custo total e do prego do produto que explicaria a existéncia de renda diferencial e sobrelucro entre regiGes. Desta forma, os argumentos que sustentam que a expansio da agricultura no Centro-Oeste tém a sua principal explicagao no artificialismo da politicas de pregos minimos uniformes tenderam a ignorar importantes elementos, a seguir apontados: 1. As andlises nfio levam em consideragao nem a dindmica populacional na regido Centro-Oeste (0 deslocamento populacional € anterior 4 politica agricola), nem © progresso tecnoldgico obtido na pesquisa de Produtos como a soja, o milho e o'algodo, que tornou viavel 13 5 . jlocacoe loggoodl a agricultura na regio e acarretou a elevacdo da parti- Bloecosccd Bleccoced cipagdo do Centro-Oeste na oferta agricola. 2 = 2. Boa parte dos textos nfo tem suficientemente em conta geccand| alessceq| os baixos pregos da terra ¢ a possibilidade de praticar iz 2 2 agricultura de grande escala na regido do cerrado. 9 joocccal wjecececal 3. Estas andlises terminam por reafirmar o argumento, de i Bjrrcece gicccoos rigida inspiragao ricardiana, de que o diferencial (de 3 - “ pregos) explica-se basicamente pelos custos de transpor- lIooooo°) rjececedl te, deixando de considerar a possibilidade de os custos ‘3 gieoooce gjeerees de produgdo serem mais baixos. 5 ~ | 3 in oooer lIoaaeo8 4. Omite-se, também, 0 fato de que o arroz tem sido um 8 gisdada Blososos produto tipico de abertura de areas, 0 que no ocorre 3 ~ |" apenas no Centro-Oeste, ajudando a “amansar” o cerra- 3 w2Z2e2reo B | j2crosal do, permitindo um retorno do investimento em formagao z = sle°R Sage 2 SIO S5aa) de 4rea agriculturavel. A participagao deste produto no 33/3 |" oe ary conjunto das aquisigdes ja foi bastante elevada, perden- realli yjenness| 8 Or ooo do importéncia no Centro-Oeste no periodo mais recen- a {g 3 ZISeosse z goocess te. QeS| Bl | Feels eeccd| § logooad 5. A politica de pregos minimos teve o inequivoco propési- 2E<|6 Birvnsoce 5 glosocce to de substituir a grande oferta de crédito rural = os s|7 4 agricultura, que constituiu um dos principais tragos da $ law noon! loamoong| politica agricola na década de 70, funcionando como é glesacoo /Binowece uma compensagao. A partir de 1987/88, estes recursos g a “ foram extremamente reduzidos, como veremos mais adi- s INnencool Inenooal ait. z a gieecess Procederemos, com base na sistematizago de dados pri- 6 oe So eeee mirios de quantidade e valores EGFs ¢ das AGFs para o conjunto 3 glocecsa Bleccccd dos estados brasileiros, 4 andlise da PGPM. Os dados em valor & 2 2 foram inflacionados pelo IPA-Agricola/Oferta Global (pregos = médios de 1990). Partiu-se da avalia¢3o do comportamento dos 7 3 ‘a 8 2 pregos minimos e dos pregos de mercado ao longo da década, cuja é Z| a 3 proximidade ja foi apontada por outros autores (Tabelas 7 a 20). a 8 2¢ a_ 2 22 seSese3| aS3585 IM ZZAHnHO Ima ZZHRnHO Fonte: CONAB — Deflator: IPA Agricola/Oferta Global. a Li a TABELA 8 ‘olitic: i i ‘a de Garantia de Precos Minimos — Aquisigdes do Governo Federal - AGF Algodio Pluma Quantidade (1000 t) Brasil/Regiti ela se leat ee Iges 19841985 _1986 1987 198819891950 Norte 00 «(04 02 352 120 34,8 1600 Nordeste 00 133 445 175 24 127 42 op pe oo a0 Sal 00 00 20 of 05 1004 240 ea 90 oo ob udeste 00 00 103 03 00 503 : : i : } Centro-Oeste : 3 , 32 41 21,4 13 0,0 Oo 00 28 23 00 275 37 11 29 00 00 Valor (Cr$ milhées de 1990) Brasil/Regitio ppsivRenido__1980_1981_1982_1983_1984__1985__1986 19871988 1989 1980 00 42,7 1546 22,5. + 5,4 2514. 46,1 Norte 00 90 oo 00 00 00 00 oo oo oo wo Nordeste 00 447 wo 192 tse oy O80 Sul oo oo ae ae eB? , 26 00 00 Sudeste oo ook hy«S CO B2 MSH 309 33 60 oo Centro-Oeste oo 00 = 56 29 i Pi 20 15,5 01 00 nt —__5.6 00 21,1 S105 70000 Fonte: CONAB — Deflator: IPA Agricola/Oferta Global.. TABELA 9 Politica de Garantia de Pregos Minimos — Aquisigées do Governo Federal - AGF Arroz Quantidade (1000 t) Brasi/Regiéo 1980 1981 19821983 1984__1985_1986_1987__1988_1989_1990 Brasil 21,8 800,17 733,3 501, 6645 1.513, 1.7746 3.676,1 2.388,2 851.3 943 Norte 167 523 344 64 925 71,5 1056 643 868 254 23 Nordeste 00 415 «6386 )06=— 79479 «30,4 75,1 1.0218 1635 41,6 «0,2 Sul 368 182 00 02 984 3883 2187 3655 350,7 35,1 1,9 Sudeste O01 75 18 44 1,2 1063 1431 2907 1620 134 22 Centro-Oeste 168.2 7207 6585 482.8 424.6 9084 1.232,2 2.133,9 1.635,2 735.8 _ 87,6. Valor (Cr$ milhdes de 1990) BrasivRegiéo 1980 1981 198219831984 1985_1986__1987_1988__1989_1990 Brasil 97,8 2142 2344 88,9 133,1 373,4 4732 5675 2334 716 143 Norte 59 136 104 1,1 186 170 265 94 103 30 18 Nordeste 00 «404 «(141 «4905 104 95 175 1410 214 42 0,0 sul 322 55 00 00 206 1038 556 728 168 26 04 Sudeste 00 19 #405 OF 02 29 339 423 160 10 05 Centro-Ocste 59,6 1928 2094 865 834 217.3 3397 291,9 168.9 60,9 _11,9 Fonte: CONAB — Deflator: IPA Agricola/Oferta Global.. 8 6L TABELA 10 Politica de Garantia de Pregos Minimos — Aquisigées do Governo Federal - AGF Feijao Quantidade (1000 t) BrasilfRegido _1980_1981__1982__ 19831984 1985_—«1986 19871988 ~—«1980 1990 Brasil 0,0 185 1.050,1 1614 1168 6792 623 434 1126 01 0,9 Norte 00 00 272 02 00 65 06 00 141 00 00 Nordeste 00 00 977 35 51 743 02 OO 512 00 00 Sul 0,0 16,1 724,2 147,5 75,3 417,9 51,1 43,0 43,1 0,0 0,9 Sudeste 00 24 1148 83 367 446 O04 Of 05 00 00 Centro-Oeste 0,0 0,0 86,1 19 06 35,9 0,0 02 3,8 0,0 0,0 Valor (Cr$ milhdes de 1990) Brasil/Regiao 1980 1981 1982 1983 1984 1985 19861987 1988 1989 1990 Brasil 0,0 20,6 832,2 64,3 80,2 181,9 21,2 11,7 23,7 0,0 47,9 Norte 0,0 0,0 22,8 0,1 0,0 9,9 0,3 0,0 4,9 0,0 0,0 Nordeste 0,0 0,0 80,3 0,9 2,0 33,1 0,1 0,0 11,2 0,0 0,0 Sul 0,0 18,0 559,3 58,7 44,8 93,3 20,7 11,6 6,1 0,0 47,6 Sudeste 0,0 2.6 95,4 3,9 32,8 23,7 0,2 0,0 0,1 0,0 0,0 Centro-Oeste 0,0 0,0 74,5 0,7 06 21,8 0,0. 0,0 1,4 00 03 Fonte: CONAB ~ Deflator: IPA Agricola/Oferta Global. TABELA 11 Politica de Garantia de Pregos Minimos — Aquisigées do Governo Federal - AGF Milho Quantidade (1000 t) BrasilRogi 1980 ___1981__—t982_—toa3 tog 1985 1986 19871988 tego 1990 Brasil 04 644 3.4506 1.3768 470,1 3.9833 7.6430 8762 4308 Norte 04 11,7 444 40 90 39 596 29,4 09 Nordeste 0.0 00 42.3 160 2912 1646 «= 3325 420, 64,1 19 on sul 00 80 61.5606 593.6 645 12742 1.1449 3.2773 105.3 12 12 Sudeste 0.0 00 ©6181-3209 526 7422 «7641 1.384,8 (185.9 84 22 Contro-Oeste O39 447 1.185,3 4428 528 10380 1.7379 2.7447 1.2280 8355 427.2 Valor (Cr$ milhées de 1990) BrasivRegiso 4980 1981_—1982_—=—1983_——1984 19851986 198719881989 1990 00 1.8264 20.474,7 _7.879,9 51.5634 95.790,0 36.055.9 45.6273 14500,1 34421 6135 Norte 00 18180 8.719,7 —415,5 885,0 2.5035 4775 2.165,2 5.820,9 3.2906 09 Nordeste 00 0.0 11.0978 7.293,3 50.653,3 92.687,7 34.3433 43.0798 8.5800 182,7._—«—104,0 sul 00 1329280938 113 1661 192.8 233,86 56 ot 13 Sudeste 00 oot 332 85 233.7 = 120.2 1350 124 06 4 Contro-Oeste 0.0 7228, 444 63 1390 2220 2136 81,2 282 S078 Fonte: CONAB - Deflator: IPA Agricola/Oferta Global. 07 IZ TABELA 12 Politica de Garantia de Pregos Minimos — Aquisigées do Governo Federal — AGF Soja Quantidade (1000 t) Brasil/Regiéo 1980 1981 1982 198319841985 19861987 1988 1989 1990 Brasil 14,5 0,2 1,8 0,1 0,0 2.090,5 1.129,3 852,4 0,0 1,1 0,0 Norte 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 06 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Nordeste 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,7 9,8 0,2 0,0 08 0,0 ‘Sul 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 94,8 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 Sudeste 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 128,0 56,1 13,6 0,0 0,0 0,0 Centro-Oeste 14,5 0,2 1,6 014 0,0 1.863,5 1.062,9 838,5 0,0 0,3 0,0 Valor (Cr$ milhdes de 1990) Brasi/Regiéo__1980__1981 1962 198319841985 1986_—s 19871988 ~— 19891990 Brasil 45. 01 06 00 00 4141 2162 784 00 01 0,0 Norte 00 «400 00 00 OO Of 00 00 00 00 00 Nordeste 00 #00 OO 00 oO o8 19 00 Of o1 09 Sul 00 00 00 00 00 189 01 Of 00 of 00 Sudeste 00 00 00 00 00 257 108 141 00 00 00 Centro-Oeste 45 01 06 00 00 3686 2034 773 00 00 00 Fonte: CONAB — Deflator: IPA Agricola/Oferta Global. TABELA 13 Politica de Garantia de Pregos Minimos — Empréstimos do Governo Federal — EGF Algodo Carogo Quantidade (1000 t) Brasil/Regiéo 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988, 1989 1990 Brasil 338,0 3430 4028 3746 4215 267.0 7295 4639 6683 1140 92,5 Norte 0,0 0,0 0,4 2,8 0,7 0,3 0,0 0,0 3.6 0,0 0,0 Nordeste 224,6 165,4 1759 1441 1042 107.4 181.4 101,8 260,1 7,3 4,2 Sul 48,9 52,8 58,2 51,4 59,5 18,4 192,1 74,9 91,7 32,9 52,0 Sudeste 62,8 101,14 162,0 166,1 2509 1264 273,0 241.4 2033 31,8 11,2 Centro-Oeste 16 23,7 6,3 10,2 61 14,4 83,0 45,9 109,6 42,1 25,0 Valor (Cr$ milhdes de 1990) Brasi/Regiéo__1980__1984 19821983 1984 1985 ~—s1986__—s 198719881989 _—-1990 Brasil 249.4 2633 377,9 153,0 84,4 133.4 3520 1386 1888 25,6 918,1 Norte 0,0 0,0 0,5 1,7 0,4 0,2 0,0 0,0 2) 0,0 0,0 Nordeste 150,5 137,2 160,5 61,8 41,9 57,7 72,4 28,0 va 08 0,1 Sul 70,9 76,3 116,1 47,1 23,1 24,2 135,7 54,6 59,3 12,6 747,6 Sudeste 27,1 45,6 96,9 39,7 14,3 46,2 109,8 47,2 32,5 3,3 170,0 Centro-Oeste 09 42 3,9 28 46 5,1 34,1 88 17,6 9,0 0,4 Fonte: CONAB — Deflator: IPA Agricola/Oferta Global... £% TABELA 14 Politica de Garantia de Pregos Minimos — Empréstimos do Governo Federal - EGE Algodao Pluma Quantidade (1000 t) Brasil/Regiao 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 Brasil 865,4 235,9 253.2 219,2 129.6 928 36,7 319,9 1656 172,1 36,1 Norte 00 04 02 00 00 00 90 00 00 00 o0 Nordeste 50,9 49,6 46,2 446 10,0 288 174 195 268 699 12 Sul 6610 63,3 73,7 64,1 628 © 18,8 1094 1921 749 917 3a'8 Sudeste 148.6 113.0 125,7 106.0 166 431 1674 422 46 65 09 Centro-Oeste 49 968 73 44 402 21 225 661 9.24002 Valor (Cr$ milhdes de 1990) BrasivRegido _1980_1981 1982 19831984 1985 +1986 1987 1988 1989 1900 Brasil 4417 386,0 859.2 2273 76,0 97,1 2570 1162 122,1 43,7 ait Norte 00 43 04 00 00 00 00 00 90 00 oO Nordeste 115.2 1178 140.0 52.3 144 155 245 «21.4 314-259 11.2 Sul 96,7 92,0 148.9 60,1 258 250 1357 546 593 126 299 Sudeste 23,8 1610 2670 *10,2 330 53,7 67,1 247 265 26 390 Centro-Oexe 6.9 13,9 1239'S 46 31286 155 5081110 Fonte: CONAB ~ Deflator: IPA Agricola/Oferta Global. TAPELA 15 Politica de Garantia de Pregos Minimos — Empréstimos do Governo Federal — EGF Arroz Quantidade (1000 t) ee 1989_ 1990 SrasiiRegiao 1980 oe Ter 108 a test aa aaa aoez 7.917 310 Brasil Tet 1.3 : ! . ; i 1 102 43 61 14,2 0, Norte "7 103 195 «119 «655, , : a0 29,9 14,0 16,2 11,8 4 Nordeste 488 318 529 199 50 96 29, ' Su 8180 2865 1.2202 1244.7 7454 16785 2060 241.1 2.1261 1409.1 2004 Sudeste 11,2 -87,3 132,5 191, : : , , i 848 Centro-Oeste 526.4 _255,2 3226 4005 1360 96,6 2557 1585 362.0 466,914, Valor (Cr$ milhdes de 1990) 1990 BrasiRegiéo 1980_1981_1982_1983 1e84__1985-_1986 iar fee 1 06 Brasil 456 372 505 Noite eer wy 3 2t 88 ot oe sa met 2786 4200 mes 92T zs 48,0 33,1 3447 147.2 167.7 ul : : : . 2 2660 «14108614 206 Sudeste 31,1 21,3 37,9 33,7 67 14,2 A he iy 3 Centro-Oeste 120,762,369 73,2 228 227 «67,5 227_—A10_—30,8__—O7, Fonte: CONAB ~ Deflator: IPA Agricola/Oferta Globo. ve St TABELA 16 Politica de Garantia de Pregos Minimos — Empréstimos do Governo Federal - EGF Feijao Quantidade (1000 t) Brasil/Regio _1980__1981__1982__1983__1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 Brasil 26,2 1304 2880 73,8 —*918 128.6 1356 512,1 1697 1766 673 Norte 0.0 0.2 07 Of 006 00 00 Of o1 00 00 Nordeste 06 02 75 Ol 14 07 O04 02 21 688 22 Sul 21,0 117.1 2524 70,6 87,5. 1246 133,35 5115 1642 389 644 Sudeste 15° 62 187 «19° «200-2528 Centro-Oeste 30 68 87 120908 0S 0320s Valor (Cr$ milhdes de 1990) Brasil/Regido 19801981 198219831984 1985-1986 —«1987—«1988 1989 1990 Brasil 15,7 1018 2104 28,1 44,5 51,5 43,9 26,8 28,6 Norte 00 01 07 00 00 00 00 oo 00 Ge a0 Nordeste 02 01 64 00 126 0o4 O11 O1 05 00 00 Sul 13,2 92,5 1818 26,8 297 493 430 265 266 15 3942 Sudeste 0.7 48 148 07 13 13 06 00 06 oo 42 Centro-Oeste 1S 42670508 05 02 Ol 00307 Fonte: CONAB — Deflator: IPA Agricola/Oferta Global. TABELA 17 Politica de Garantia de Precos Minimos — Empréstimos do Governo Federal - EGF Milho Quantidade (1000 t) BrasilRegiéo 1980 1981 198219831984 «1985 ~—«1986~—« 1987 «1988 ~—« 1989 ~—*1990 Brasil 1,532,8 3.744,5 3.441,5 2.5038 1.748,2 1.626,3 1.675,0 1.839,7 4.871,2 3.659,1 454.6 Norte 0,0 1,4 112 2,6 08 06 05 06 1,6 1,7 0,0 Nordeste 119,7 85,0 64,4 45,2 25,4 41,0 13,7 5,2 14,5 1,4 0,0 Sul 634,6 2.1672 1.6192 1.1834 998.3 1.0256 9866 8261 1.4035 984.8 275,9 Sudeste 596,5 1.058,3 1.0088 806.2 5866 4391 548.9 494.4 797.2 522.1 49,9 Centro-Oeste 182,0 432,7_ 737.8 466.2 137.1 1199 125.2 513,3 2.654,5 21491 128.8 Valor (Cr$ milh5es de 1990) Brasil/Regiao 1980 1981 1982 1983 198419851986 — 1987 1988 1989 ~—- 1990 Brasil 220,8 5235 621,8 229,1 1160 2136 1759 1156 263,0 180,9 969,3 Norte 0,0 0,2 2,0 0,3 0,1 0,1 0,0 0,1 0,1 01 0,0 Nordeste 16,3 13,0 15,5 5,4 43 7,8 1,6 0,4 1,5 0,2 0,0 Sul 77,9 310.1 287.4 110,8 72,1 1324 106,8 68,0 92,4 §2,1 78,4 Sudeste 104,0 139,3 178.8 72,7 26,6 57,3 82,5 42,4 58,0 29,7 262,5 Centro-Oeste 22,5 60,9 138.1 39,9 13,0 16,1 14,9 48 1141 988 6284 Fonte: CONAB — Deflator: IPA Agricola/Oferta Global. 9% L@ TABELA 18 Politica de Garantia de Pregos Minimos — Empréstimos do Governo Federal - EGF Soja Quantidade (1000 t) BrasiRegiéo _1980_1981 _1982 __1983 19841985 1986 1987 1988 1080 1900 Brasil 5:124,3 §.330,3 6.684,7 6.652,7 3.005,7 3.0304 3.1553 4.2734 21165 937.6 421.8 Norte 00 00 00 00 00 00 of 03 o4 11 00 Nordeste 00 90 116 116 307 535 80,4 619 196 101 03 Sul 4.987,2 4.812,3 4.8932 4.8578 2.223,3 2.162,5 1.368,2 2578 1.4286 1825 365'5 Sudeste 426.8 455,5 1.351,9 1.4003 6364 589.1 941,8 756,1 1446 1059 13:4 Centro-Oeste _310,3 __62,6 _488,0 38311153 225.3 764.8 877.3 5223 6381 427 Valor (Cr$ milhdes de 1990) BrasivRegido _1980_1981 _1982 198319841985 1986 1987 1988 1980 1900 Brasil 1.028,3 046,4°1.434,7673,0_177,6 5287 _667,2 395,1156,6 40,4 S16,1 Norte 00 060 00 00 00 90 00 06 a1 of oo Nordeste 00 00 27 145 23 55 154 81 24 of 25 Sul 899,3 853.4 1.000,2 4550 126.9 376.9 260,9 2292 90 98 2197 Sudeste 88,0 81,4 3155 172.2 385 103.1 1383 721 96 27 137 Centro-Oeste 41,0 116 1163 442 9.9 4121526 85.8 «45,5 278 _279'2 Fonte: CONAB - Deflator: IPA Agricola/Oferta Global. TABELA 19 Participagao das Regides nas AGFs — Valor (%) ‘Ano Norte Nordeste Sul Sudeste C.08ste Brasil 6 100,0 1980 5,77 9,0 31.5 Oe £2, 5.35 15.0 8.6 1,5 69,4 100,0 1981 ; a a ae 272 400,0 1982 2,20 12, ; o 3 0,45 7.8 42,9 10,7 37,9 100, 198 ots ne 26:1 140 30,2 100,0 ies 41137 60 33,1 22,0 374 od 1986 2,06 44 22,6 12,7 58,0 a0 d i 100, 1987 0,91 14,3 25,0 14,0 45,5 a0 8,7 141 63,8 100, 1988 5,30 11,0 , o 25 16 85,5 100, 1989 5,96 43 : os 89,1 100,0 1990 3,14 9,0 &e 2 4 Fonte: CONAB - Elabora¢&o propria. Bee E"_ OOOO ne ee As séries de pregos minimos e de pregos recebidos pelo gisssssssssss produtor revelam que estes foram declinantes, a partir de 1983, &|S8sssssssss para a maioria dos produtos da PGPM (algodio, feijéo, milho see eee soja) ¢ que ambos ficaram muito proximos (Grafico 1). Como apontou o CEA/Ibre, tormando-se 0 ano de 1980 como base, os pregos recebidos (corrigidos) passaram do indice de 100 para 93, flonrgoveenen em 1985, para 70, em 1989, 54, em 1990. O declinio dos pregos glsccocuderes agricolas ao longo da década de 80 acompanhou a tendéncia a es- S “ee oe tagnagiio das cotagdes internacionais das principais commodities agricolas. No caso da soja, os anos de 1985, 1986 e 1987 foram = de forte redugo de pregos, tendo importantes conseqiiéncias sobre 5 lslaoxcmone os volumes de AGFs e EGFs bancados pelo governo. Sendo as- = |8 SSeSeessees sim, as AGFs e os EGFs em valor crescem significtivamente me- 1 Ft ei =?e nos do que os dados em quantidades. A composigo dos produtos £ financiados e comprados pelo governo a cada ano (bem com seus 3 respectivos patamares de pregos) interfere também nos montantes gs 8 globais de AGFs ¢ EGFs: produtos de maior valor, como 0 algo- © Jelee@n@e@rsoored dio e a soja, coeteris paribus, apresentam participagao relativa, i g a x S $ 3 & g S = z g g em valor, superior as suas participagdes em quantidades. ree? O crescimento das AGFs em quantidade pode ser conside- g tado explosivo a meados da década: tomando-se 1981=100, em . a 1985 0 indice atingiria 393, em 1986, 325, em 1987, 590 e em Ps $lse2en 8382958 1988, 195. A partir deste ano, as AGFs caem verticalmente, atin- & |8lacosderdoes gindo quantidades inferiores as do inicio da década (81 ¢ 26 em 2 = 1989 e 1990). Entretanto, medidas em valor, as AGFs entre 1985 rd e 1988 so, respectivamente, 282, 174, 168 e 52, o que constitui a um resultado bastante surpreendente. A partir deste ano, caem ” 3 mais abruptamente, apresentando, nos anos de 1989 5 BrRagseseags 5 ¢ 1990, indice de 14 ¢ 7,5% do que haviam sido no inicio da déca- ee da. Os anos de crescimento das AGFs sao efetivamente 1985, 3 1986 © 1987. A partir dai, perdem significativa importincia § (Tabelas 21 ¢ 22). elesagzeenegels As aquisigdes de arroz e o milho lideraram, em geral, £/3338883388 3/8 a pauta de produtos, chegando a somar uma participagdo superior vee a 80% do total apés o ano de 1987, Em 1985, no entanto, as e 29 0c € Grdfico 1: Evolugao dos Precos Minimos e dos Precos Recebidos Pelo Produtor Algoddo em Pluma (a pregos de nov./91) 982 | 1983 | ise | 1985 | i906 | ise7 | isee | ies | 19901 1901 jul jul jul. fuk jul jul jul. ul. ul —— Prego Min—*—Produtor (continua ) Grafico 1 ( continuagdo ) Arroz Sequeiro (a precos de nov./9!) 280 260 240 220 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 T 1985! 1966! 1987.| 968! I969.' 1990.! 1991 18 ei ee Se” ju, eta eu 9? jut wee —— Prego Min.—*—Produtor ( continua ) we Grafico { ( continuagdo ) Feijdo Cores (a precosde nov./9!) 1962 ‘963 1904! 1986] 1986 | 1967 | i98e | ise9! i990! 1991 jul jul jul jul juk juju. jul. jul ——Pre¢o Min. _x—Produtor ( continua ) Grafico 1 ( continuacdo) Milho (a precos de nov. /9!) 1982 1983 1984 1985 986" 1987 1988 1989 1990 1991 wl ul jul ul uta ul ul —— Preco Min —*— Produtor ( continua } ff ve se Grafico 1 (continuagdo ) Soja 60 , (a pregos de ney 791) TTT TTT 40 30 | 20 \ 982 ' 19e3 | i9¢4 T i965! 1986 | 1967 | i988! 19691 1950 | 1901 jul ju jul ju jue jul uk ul jul ——Pre¢o Min» — Produtor TABELA 21 Evolugao das AGFs (Quantidade) na Década de 1980" Participagao dos Produtos no Total (%) Ano Algod&o Carogo = Allg. Pluma/ Arroz/ Feijao/ Milho/ Soja/ Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil 1980 0,00 0,00 93,72 0,00 0,17 6,12 _ 1981 0,02 1,53 89,19 2,06 7,18 0,02 100,00 1982 0,06 1,13 13,84 19,82 65,12 0,03 247,11 1983 0,14 0,98 24,30 7,82 66,75 0,01 96,20 1984 0,06 0,22 52,95 9,31 37,46 0,00 58,53 1985 9,66 2,37 17,95 6,87 38,37 24,78 393,40 1986 0,00 0,50 25,44 0,75 57,12 16,19 325,27 1987 0,00 0,10 30,66 0,34 62,16 6,74 589,56 1988 0,09 0,83 57,11 2,69 39,28 0,00 195,04 1989 0,00 0,09 49,20 0,00 0,65 0,06 80,69 1990 0,00 0,00 16,96 0,16 82,88 0,00 25,93 Fonte: CONAB- Elaboragao propria. * Base 1981= 1980+1981 +1982 +3 = 100

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