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Métodos de Investigação

Geotécnica
Prof. Me. Talles Mello
www.tallesmello.com.br
NBR 6122: 2010: Projeto e Execução de
Fundações
Profundidade dos ensaios
Recalque
Ensaio Padronizado de
Penetração (SPT)
Definição SPT
“Sondagem a percussão é um método de investigação de solo cujo avanço da perfuração por meio de trado
ou de lavagem, sendo utilizada a cravação de um amostrador para a medida de índices de resistência à
penetração, obtenção de amostras, determinação do nível d'água e execução de vários ensaios in situ. É
possível, ainda, no final do ensaio à penetração, medir o torque para ruptura da amostra.”

Vantagens Desvantagens
O Capazes de ultrapassar e posicionar o nivel O Não ultrapassam matacões e blocos de rocha;
d'agua; O Podem ser detidas por pedregulhos ou solos muito
O Determina o tipo de solo em suas profundidades O compactos;
de ocorrência e atravessa solos mais resistentes; O Obtenção de amostras deformadas.
O Mede a resistência a penetração do solo;
O Variação da energia de cravação (altura do martelo)
O Baixo custo e fácil execução;
O Má limpeza do equipamento de perfuração
O Pode ser realizado em locais de difícil acesso.
O Erro na contagem do número de golpes
SPT
 Quantidade de furos de sondagem (NBR 8036)
 Conforme área de projeção em planta:

Área de projeção (m²) Quantidade de furos


< 1200 1 a cada 200 m²
Entre 1200 e 2400 1 a cada 400 m² que excederem 1200 m²
> 2400 De acordo com o plano da obra

 Quantidade mínima:
 Área de projeção < 200 m²: 2 sondagens
 200 m² < Área de projeção < 400 m²: 3 sondagens
SPT
 Processo executivo
 Locação dos furos de sondagem
 Marcado com a cravação de um piquete de madeira
 Anotar coordenadas e cota (amarração com RN)

https://www.youtube.com/watch?v=xcNlDdcF8Hc
https://www.youtube.com/watch?v=Fml7LWA809U
SPT

 Processo executivo
 Escavação do 1º metro com
trado concha ou cavadeira
manual
 Colher material
 Instalação do primeiro
seguimento do tubo de
revestimento

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SPT
 Processo executivo
 Montagem da composição no fundo
do furo (amostrador, hastes e
cabeça de bater)
 Apoiar o martelo sem bater
 Anotar penetração

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SPT
 Processo executivo
 Iniciar a cravação do
amostrador padrão
 Ergue-se o peso padrão (65kg) e
o deixa cair livremente de uma
altura de 75cm
 Anotar nº de golpes para a cravação
de 3 sequências de 15cm
SPT

 Processo executivo
 Retira-se o amostrador e colhe-se a
amostra de solo para classificação
tátil- visual

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SPT

 Processo executivo
 Avanço da perfuração com
trado helicoidal ou processo
de circulação de água com
trépano de lavagem

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SPT
 Processo executivo
 Atingido o 2º metro, repete-se o
ensaio SPT

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SPT
O Se encontrar o nivel d'agua a sondagem e realizada
com a utilização do processo de perfuração por
circulação d’agua.
O A agua e injetada na haste que leva na extremidade
o trepano que possui orifícios laterias e injeta agua
no solo. A pressão da agua e movimentos de rotação
e percussão imprimidos fazem com que o trepano
rompa a estrutura do solo.
O O solo misturado com agua volta a superfície e é
despejado na caixa d'agua.
SPT
 Processo executivo
 O processo continua até se atingir um solo muito resistente (impenetrável ao SPT) ou até se
alcançar a cota estabelecida pelo cliente
 Mede-se o nível d’água após 30 min do término do ensaio e repete-se a medição 24 horas
depois da perfuração
 As amostras são analisadas em laboratório
 Confecciona-se o Laudo de Sondagem

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SPT
 Interrupção do ensaio antes dos 45cm
(NBR 6484)
a) Em qualquer dos três seguimentos de 15cm, o
número de golpes ultrapassar 30
b) Um total de 50 golpes tiver sido aplicado durante toda a cravação
c) Não se observar avanço do amostrador durante a aplicação de 5
golpes sucessivos do martelo

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SPT

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SPT
O 1902 – Charles R. Gow – início da coleta de  NSPT – Índice de resistência à
amostra “seca”, com tubo cravado; penetração:
O 1927 – Raymond Concrete Pile Company,  Número de golpes correspondente à
amostrador de 3 partes (cabeça, corpo e sapata);
cravação de 30 cm de amostrador
O 1944 – IPT no Brasil, início do uso sistemático;
padrão, após a cravação inicial de
O 1958 – Primeira Norma ASTM Designation D
1586-58T – atual D 1586-99
15cm, utilizando-se corda de sisal para
O 1977 – Primeira Norma da ABNT
levantamento do martelo padronizado
de 65 kg e deixando-o cair livremente
O 2001 – Norma atual ABNT NBR – 6484 de fev.
de 2001 de uma altura de 75 cm.
SPT: Locação do Furo
NSPT
Ensaio de Conepenetrometria
Quasi-Estática (CPT)
NORMA ABNT – NBR 12069

O Holanda – Barentsen - 1932 – cria o sistema;


O Holanda – Begemann – 1950 – consolida o uso e
cria a luva de atrito lateral;
O Brasil - Estacas Franki – inicia o uso no final da
década de 1950;
O Noruega – Janbu – 1974 – cria o piezocone
CPTu – ensaio com medidas de pressões
neutras;
O Brasil – ABNT – 1991 – Solo – Ensaio de
Penetração de cone “in-situ”CPT – não
menciona leitura de pressões neutras
CPT
“O ensaio consiste basicamente na cravação a velocidade lenta e constante de uma haste com ponta
cônica, medindo-se a resistência encontrada na ponta e a resistência por atrito lateral.”
● Dados fornecidos: resistência de ponta, atrito lateral e poro pressão;
● Ábacos → A razão entre o atrito lateral e a resistência de ponta pode ser usada para determinar o
tipo de solo atravessado;
● Associado a investigação para melhor caracterização do solo atravessado.

Vantagens Desvantagens
O Cravação quase estática; O Falta de experiencia dos profissionais.
O Precisão – Confiabilidade do resultado; O Geralmente, e necessário que o terreno tenha
O Medição da poro pressão; condições de acessibilidade para receber o
O Rapidez de execução e agilidade dos equipamento que pode estar montado sobre um
resultados. caminhão. Dentro da equipe que acompanha
esse procedimento e necessário que haja algum
engenheiro geotécnico

https://www.youtube.com/watch?v=SPyZvY4OZAE
CPT: Método de Execução
O Consiste na cravação estática lenta de um cone mecânico ou elétrico que
armazena em um computador os dados a cada 2 cm.
O O cone alocado nesta bomba hidráulica e penetrado no terreno a uma
velocidade de 2 cm por segundo.
O O próprio equipamento, por ser hidráulico, crava o cone no terreno e
funciona como uma prensa.
O Apos cravado ele adquire os dados de forma automática e o próprio sistema
captura os índices e faz o registro continuo dos mesmos ao longo da
profundidade.
O O equipamento do cone apresenta um conjunto de celulas de carga junto a
ponta conica, que permite a medida da resistencia de ponta (qc), uma luva
de atrito para determinacao do atrito lateral do solo e transdutores de pressao
capazes de medir a poro pressao do solo.
CPT: Dados Obtidos
CPT: Dados Obtidos
O Além dos dados lidos em tempo real durante o ensaio (qc, fs e u), podem-se
obter através de correlações as seguintes propriedades:
O Estratigrafia
O Perfil geotécnico
O Coeficiente de adensamento (Ch e Cv)
O Densidade relativa (Dr)
O Resistencia nao drenada (Su)
O Angulo de atrito efetivo de areias (Φ)
O Historia de tensoes (tensao de pre-adensamento, OCR)
O Coeficiente de permeabilidade (K)
Equipamentos de cravação
Dilatômetro de Marchetti
DMT
Dilatômetro de Marchetti
Não tem norma da ABNT, mas tem da ASTM e Eurocode (ASTM “Standard Test Method for Performing the Flat Plate
Dilatometer Test” - D6635-01 - Eurocode 7 - Geotechnical Design - Part 3 - “Design assisted by field testing” - Section 9 - “Flat
Dilatometer Test (DMT)”)
Desenvolvido pelo Prof. Silvano Marchetti (Itália) em 1975 – Hoje utilizado em 40 países

Ensaio
•Cravação da lâmina com membrana
•Medida da pressão em repouso (P0)
•Expansão da membrana
•Medida da pressão (P1)

Pena, Damasco. Notas de aula FESP, 2015.


Dilatômetro de Marchetti: Ensaio
O O teste consiste na cravação de ponteira metálica,
com interrupções desta cravação a cada 20 cm.
O Nestas interrupções, e introduzido gas nitrogênio
que expande a membrana metalica da ponteira
contra o terreno.
O Dessa expansão, registram-se em manômetro de
precisão duas leituras: a primeira quando a
dilatação da membrana “vence” o esforço de
compressao do terreno, e a segunda quando esta
deforma o solo de 1,1mm.

https://www.youtube.com/watch?v=xJXS2kyklnw https://www.youtube.com/watch?v=E8hq-dLN1Fo
DMT: Determinação de Índices
• Índice do Material (Id)
• Módulo Dilatométrico (Ed)
• Índice de Tensão Horizontal (Kd)
Pena, Damasco. Notas de aula FESP, 2015.

Aplicações para estimar:


• Recalque de edifícios, aterros, tanques
• Resistência das argilas saturadas (Su)
• Ângulo de atrito efetivo das areias
• Estratigrafia (perfil do terreno)
• Controle de compactação de aterros
• Coeficiente de empuxo em repouso (K0)
Pena, Damasco. Notas de aula FESP, 2015.
Ensaios Pressiométricos (PMT)
PMT
PMT: Ensaio
O Consiste na medição da pressão necessária à
expansão de uma câmara sonda cilíndrica
introduzida no terreno, dentro de perfurações.
O Este ensaio tem como objetivo determinar as
características de pressão x variação volumétrica do
material.
O Consiste na inserção em um prefuro de sonda
pressiometrica e deformação radial de membrana
por meio de inserção de gás nitrogênio.
O As medidas de deformação são através do painel de
controle, que mede variações de pressões e volumes
ocorridos com a deformação do solo. Instalação da sonda de Realização de série de ensaios com
44mm no nível de ensaio expansão do cilindro
Ensaio Pressiométrico (PMT)
Normas da ASTM e Eurocode
Ensaio desenvolvido na França pelo Eng. Louis Menard em 1955

Rotineiro na França, introduzido no Brasil em 1974 pelo IPT

• Baseado na teoria da expansão de cavidade cilíndrica.

• Introdução de uma sonda com membrana para expansão radial.

• Deformação medida pela variação do volume de água injetada


Resultados do Ensaio PMT

Características do ensaio PMT:

• Aplicável em qualquer solo, até residual


• Curva permite estimar uma série de parâmetros
geotécnicos

Pena, Damasco. Notas de aula FESP, 2015.


Ensaio Pressiométrico (PMT)
O É obtida curva de tensão x deformação do solo prospectado, fornecendo as seguintes
informações:
O Módulo pressiométrico de Ménard
O Pressão limite de Ménard;
O Pressão residual.
O Estes resultados permitem avaliar através de correlações os seguintes parâmetros:
O Módulo de elasticidade do solo (E);
O Resistência não drenada dos solos argilosos saturados (Su);
O Resistência drenada dos solos arenosos (ø);
O Capacidade de carga e recalques em fundações rasas e profundas.
O O ensaio é normalizado pela ASTM D4719 -Standard Test Method for Prebored
Pressuremeter Testing in Soils e Eurocode 7
Ensaio de Palheta (“Vane - Test”)
VST
NORMA ABNT – MB - 3122
VST

“O ensaio de palheta é tradicionalmente empregado na determinação da


resistência ao cisalhamento não drenado, Su, das argilas moles.”

Vantagens Desvantagens
O Equipamento simples; O Extremamente lento;
O Repetibilidade; O A resistência nao-drenada e um
O Interpretação; tópico complexo.
O Medida de uma grandeza física. O Recomenda-se também ensaios de
laboratório.
Execução do Ensaio
O Consiste na rotação a uma
velocidade de rotação patrão de
uma palheta cruciforme em
profundidades pré-definidas. A
medida do torque T versus a
rotação permite determinação da
resistência não drenada do solo.

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