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Sistema Cardiovascular

para o
Envelhecimento
Objetivo da aula

Discutir o envelhecimento patológico

Entender a função cardiovascular;

Doenças associadas

Prevalência de fatores de risco


Sistema Cardiovascular e Envelhecimento

Transição demográfica e epidemiológica;

Doenças infecciosas x doenças crônicas

Complicações que implicam em décadas de utilização dos


serviços de saúde:

• Insuficiência cardíaca e doença pulmonar;

• Sequelas do acidente vascular cerebral,

• Fraturas após quedas e as amputações;

• Cegueira provocadas pelo diabetes

(KALACHE et
• Doença de Alzheimer al.,1987)
Sistema Cardiovascular e Envelhecimento

• A incidência de doenças cardiovasculares exprime relação com o aumento da idade.

• Doença Arterial Coronária (DAC) causa de 70 a 80% de mortes e a Insuficiência


Cardíaca mais comum causa de internação hospitalar.

• A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – umas das DCNT mais prevalente.

• O envelhecimento produz ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS e CARDÍACAS e exerce quatro


influências básicas:

1. aumento da VULNERABILIDADE,

2. promove COMPORTAMENTOS PECULIARES,


3. impõe uma AVALIAÇÃO DIFERENCIADA

4. recomenda INTERVENÇÕES INDIVIDUALIZADAS OMS (2010)


Sistema Cardiovascular e Envelhecimento

1996
Idosos (65- 95 anos)

93% sedentarismo
74% HAS
53% Dislipidemias
33% Obesidade
30%Diabetes Mellitus
13% Tabagismo

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Sistema Cardiovascular e Envelhecimento
DATASUS, 2010
.
Entendendo o coração...

• O coração é um músculo estriado.


• 2/3 lado esquerdo e 1/3 lado direito
• Revestido pela membrana pericárdica
• Pontos de referência:
• Mediastino anterior: externo
• Mediastino médio: saco pericárdico
• Mediastino posterior: costelas
• Átrios: cavidades superiores que recebe sangue ao coração
pelas veias.
• Ventrículos: impelem sangue para interior das artérias.
• Veia: por onde o sangue chega (cava superior: sangue da
cabeça; cava inferior: sangue dos MMII, caixa torácica,
abdominal e pélvica) – sangue podre em O2 e rico em CO2.
• Artéria: por onde o sangue sai (rico em O2 e pobre em
CO2).
Teorias do Envelhecimento Cardiovascular

Alterações estruturais

Alterações cardíacas: vasculares


Alterações estruturais no coração idoso

Pericárdio: espessamento, aumento de


gordura;

Miocárdio: acúmulo de gordura, amiloide,


cálcio, fibrose intersticial, hipertrofia

Endocárdio: espessamento, substituição de


tecido muscular por conectivo, infiltração
gordurosa;

Coronárias: perda de fibras elásticas, aumento do


colágeno e cálcio, dilatação e tortuosidade.

Valvar: calcificação e depósito amiloide


Alterações Cardíacas
Espessamento e calcificação
miocárdica

Perdas progressivas de miócitos

Acúmulo de tecido fibroso e gordura

PA
Aumento da rigidez ventricular

Aumento do volume do átrio


esquerdo

Diminuição da elasticidade da parede


das artérias
Ateroscleros
e
Aterogênese: formação de ateroma “Atherós/scleros”: endurecimento
“Ose”: cheio de
Ateroma: placas compostas de lipídios e tecido
fibroso que se formam nas paredes dos vasos.

Vulnerabilidade arterial à hipóxia!


Ateroscleros
e
Ateroscleros
e
• Formação de placas de gordura na parede das
artérias do coração/Enrijecimento arterial

• A vasodilatação dependente do endotélio diminui


progressivamente com a idade

• Maior número de placas eleva a probabilidade de


eventos coronários.

• Agentes injuriantes: mecânico, tóxico (CO),


metabólico (lipídeos), endócrino (catecolaminas) e
genético.

• Consequências clínicas: AVC, infarto, trombose.....

Adesividade plaquetária - microtrombo – depósito lipídico –


aumento da permeabilidade – edema – placa de ateroma
Trombose

Formação de um coágulo sanguíneo


(tromba) numa veia sanguínea.

Por infecção ou trauma

As consequências clínicas de um embolismo


depende de onde ele ocorrer. Se ocorrer na
artéria coronária (artéria do coração), pode
ocorre um ataque cardíaco.

Fatores de risco: obesidade, varizes, caráter


recorrente, caráter genético, problemas de
coagulação, aumento da idade
Implicações Clínicas

1 Aumento da Pressão Arterial Sistólica

2 Aumento da Prevalência de Arritmias

3 Infarto

4 Aumento da Prevalência Insuficiência Cardíaca e


Doença Arterial Coronária
Aumento da Pressão Arterial Sistólica

Idade Hereditariedade?

O que é???
≥ 140 mmHg para pressão
A diminuição da elasticidade da parede sistólica e ≥ 90 mmHg para
das artérias, associadas ao processo de pressão diastólica.
calcificação.
Força que o sangue exerce contra a
parede vascular Contração (sístole)
Relaxamento (diástole)
Aumento da Pressão Arterial Sistólica

Fatores: hereditariedade, sexo, idade e raça;


tabagismo, sedentarismo, obesidade, estresse,
dislipidemia e dieta.

Relação com o acidente vascular encefálico, a


doença coronariana, a insuficiência cardíaca
congestiva e a insuficiência renal crônica

Qual a relação com a menopausa?

O sistema nervoso autônomo que controla os


batimentos cardíacos e a pressão arterial
torna- se menos eficiente.
Aumento da Pressão Arterial Sistólica
Considerar 3 aspectos importantes:

• maior frequência de hiato auscultatório. Tal achado Decisão pelo tratamento anti-hipertensivo
pode subestimar a verdadeira pressão sistólica ou
superestimar a pressão diastólica;

• pseudo-hipertensão: nível de pressão arterial


As medidas dietéticas mudanças de hábitos de
superestimado em decorrência do enrijecimento da
vida
parede arterial. Pode ser detectada pela manobra de Osler
(inflação do manguito no braço até o desaparecimento
do pulso radial). Se a artéria for palpável após esse
procedimento, sugerindo enrijecimento, o paciente é
considerado Osler positivo;

• “hipertensão do avental branco” também é mais


frequente no idoso.
Arritmias
Como o coração estabelece o ritmo cardíaco adequado?

• sistema elétrico do coração

• estímulo do nó sinusal para atingir as câmaras


atrioventriculares e do nó atrioventricular

O que provoca as arritmias?


• Distúrbios na formação do impulso elétrico

Que sintomas provoca?


Dependem da inadequação da frequência cardíaca
Tontura
Diminuição do nível de consciência e desmaio
Sensação de batimento inadequado do coração
Parada cardíaca.
Arritmias
As arritmias são provocadas por distúrbios na formação do
impulso elétrico que, em vez de formar-se no nó sinusial, tem
origem em outras estruturas do coração, e por distúrbios na
condução do impulso elétrico através das câmaras cardíacas.

A fibrilação atrial (FA) é a arritmia sustentada mais comum em


idosos.

Miocardiopatias: lesões de caráter inflamatório nas paredes


dos vasos bloqueiam a condução do estímulo elétrico

Ocorrem principalmente devido às bradiarritmias.


Arritmias
Exames

Bradicardia: distúrbio na formação ou na Eletrocardiograma


condução do impulso elétrico, de tal forma
que a frequência cardíaca é sempre
inapropriadamente baixa. Ecocardiograma

Holter-24horas
Taquicardia: ocorrência de “curtos-
circuitos” no coração, o que aumenta o
número de batimentos (influência das
miocardites).
Infarto

• Doença multifatorial, conhecida como ataque


cardíaco

• Ocorrem cerca de 300 mil infartos por ano, Sintomas: clássica dor violenta
provocando cerca de 80 mil mortes anualmente. (sensação de morte iminente), pressão
torácica, na altura do esterno,
• Obstrução (completa) de uma artéria coronária por sufocação, suor frio, atordoamento e
um coágulo de sangue sobre a placa de gordura profundo mal-estar
(trombo) que estava em sua parede. As
consequências dependem importância e extensão
da musculatura cardíaca que deixou de ser
irrigada.

• Pode levar à morte celular e necrose; morte súbita


ou à insuficiência cardíaca

Assintomática!
Infarto

Grupos de risco:

Fumantes, hipertensos, Tratamento Farmacológico:


diabéticos, pessoas com
níveis altos de
colesterol, ou com Aspirina
antecedentes de
familiares próximos que Estatina
tenham sofrido infarto
antes dos 55 anos.
Insuficiência Cardíaca (IC)

É uma doença crônica de longo prazo. e pode atingir


ambos os lados do coração.

Limites da hipertrofia muscular versus vencer resistência


do sistema de bombear sangue para o corpo

O músculo cardíaco não consegue bombear ou ejetar o


sangue para fora do coração adequadamente
(insuficiência cardíaca sistólica).

Os músculos do coração ficam rígidos e não se enchem de Pacientes acima de 80 anos, a incidência possa chegar a 42
casos/1.000 idosos/ano.
sangue facilmente (insuficiência cardíaca diastólica).
A insuficiência cardíaca (IC) afeta mais de 5% da população na
faixa etária de 65 a 75 anos e 10% a 20% acima dos 80 anos e é a
principal causa de hospitalização entre os idosos
Insuficiência Cardíaca (IC)

Cardiomiopatia (uma infecção enfraquece o músculo


cardíaco), ataque cardíaco, arritmias, valvopatias.

Causa mais comum: Doença Arterial Coronárias (DAC),


um estreitamento dos pequenos vasos sanguíneos
que fornecem sangue e oxigênio ao coração.

Diagnóstico: Dispneia, fadiga e intolerância ao exercício são


• O risco de desenvolver DAC sintomática durante a as manifestações mais comuns. anemia;
vida é estimado em 1:3 para homens e 1:4 para • depressão; doenças pulmonares.
mulheres. • Obs.: sedentarismo dificulta a apresentação de sintomas!

• Aos 80 anos de idade, a frequência de doença . Tratamento não farmacológico Restrição de sódio,
arterial coronariana sintomática se equipara em atividade física moderada e cessação de tabagismo.
ambos os sexos

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