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Chama-se Ano Litúrgico o tempo em

que a Igreja celebra todos os feitos


salvíficos operados por Deus em Jesus
Cristo.
“Através do ciclo anual, a Igreja
comemora o mistério de Cristo, desde
a Encarnação ao dia de Pentecostes e à
espera da vinda do Senhor" (NUALC
nº 43 e SC nº 102).
Quando se inicia o Ano
Litúrgico
 Diferente do ano civil, não contrário a ele, o Ano Litúrgico
não tem data fixa de início e de término. Sempre se inicia no
primeiro Domingo do Advento, encerrando-se no sábado da
34ª semana do Tempo Comum, antes das vésperas do
domingo, após a Solenidade de Cristo Rei do Universo.
 Mesmo sem uma data fixa de início, qualquer pessoa pode
saber quando vai ter início o Ano Litúrgico, pois ele se inicia
sempre no domingo mais próximo de 30 de novembro. Na
prática, o domingo que cai entre os dias 27 de novembro e 3
de dezembro.
 O ano Litúrgico não apenas recorda
as ações de Cristo, nem somente
renova a lembrança de ações
passadas, mas sua celebração tem
força sacramental e especial eficácia
para alimentar a vida cristã; e torna-
se um caminho pedagógico-espiritual
nos ritmos do tempo.
 A liturgia se utiliza de 3 ritmos
diferentes: Ritmo Diário, Ritmo
Semanal e Ritmo Anual
1 - Ritmo Diário
 Acompanha o caminho do Sol, que é o símbolo
de Cristo, o povo de Deus faz memória de
Jesus Cristo, nas horas do dia, pela celebração
do Ofício Divino – Daí o nome Liturgia das
Horas.
 De tarde o Sol poente evoca o mistério da
morte. De manhã, o sol nascente evoca
mistério da ressurreição. De noite, nas vigílias
em especial no sábado, celebramos em espera
vigilante o mistério da volta do Senhor.
 Os fiéis leigos também são convidados a
celebrá-la , individual ou comunitariamente,
seguindo um roteiro simples através do Oficio
Divino das Comunidades, que conserva a
teologia e a estrutura da Liturgia das Horas.
 O dia litúrgico se estende da meia-noite à meia-
noite. A Celebração do Domingo e das
solenidades começa, porém, com as Vésperas
do dia precedente. (NUALC nº3)
2 - Ritmo Semanal
 È marcado pelo Domingo, o dia em que o Senhor se
manifestou ressuscitado (Mc 16,2: Lc 24,1 : Mt
28,1 : Jo 20,1) O dia de Pentecoste também
aconteceu no domingo (At 2,1-11)
 As outra celebrações não lhe sejam antepostas, a
não ser as de máxima importância, porque o
Domingo é o fundamento e o núcleo do ano litúrgico
(SC 106)
 “Por causa da sua especial importância o Domingo só
cede sua celebração às solenidades e festas do Senhor.
Os Domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa
gozam de precedência sobre todas as festas do Senhor e
todas as solenidades. As que ocorrerem nestes domingos
sejam antecipadas para o sábado”.(NUALC 5)
 O Domingo exclui, por sua natureza própria a fixação
definitiva de qualquer outra celebração.
 São exceções: Festa da Sagrada Família, Batismo do
Senhor, Santíssima Trindade, Cristo Rei; E no Brasil,
São Pedro e São Paulo, Assunção de Nossa Senhora e
Todos os Santos.
ObS: A festa da Imaculada Conceição dia 08/12 quando cai num Domingo do Advento,
permanece no Domingo, concessão feita pela Santa Sé a igreja do Brasil.
3 - Ritmo Anual

 O tempo litúrgico compreende 2 tempos fortes:


a) O Ciclo Pascal - tendo como centro o Tríduo
Pascal, a Quaresma como preparação e o Tempo
Pascal como prolongamento).
b) O Ciclo do Natal – com sua preparação no
advento e o seu prolongamento até a festa do
Batismo do Senhor. Além destes o Tempo
Comum.
O Ano Litúrgico passa por três ciclos, também
chamado de anos A, B, C.
A cada ano tem uma sequência de leituras próprias,
ou seja, leituras para o ano A, ano B e para o ano C.
Para saber de que ciclo é um determinado ano,
parte-se deste princípio: o ano que é múltiplo de 3 é
do ciclo C.
Para saber se um número é múltiplo de 3, basta somar todos os algarismos, e se o
resultado for múltiplo de 3, o número também o é.
 Exemplo:
 1998 é 1+9+9+8 = 27 (é múltiplo de três) logo é ano C
 1999 é 1 + 9 + 9 + 9 = 28 (27+1) = ano A
 2000 é 2+0+0+0 = 2 = ano B
 2001 é 2+0+0+1 = 3 = ano C
 2002 é 2+0+0+2 = 4 (3+1) = Ano A
AS CORES DO ANO LITÚRGICO
Como a liturgia é ação simbólica, também as
cores nela exercem um papel de vital
importância.

BRANCO VERMEL VERDE


HO

ROXO ROS AZUL


A
ROXO
 No Tempo do Advento e da
Quaresma até a Quinta-feira
Santa pela manhã.

Missa de Defuntos ( também


se pode usar paramentos de cor
preta).
BRANCO
 Tempo Pascal e Natal.
 Festas e memórias do Senhor (exceto no
Domingo de Ramos e a Exaltação da Santa Cruz).
 Festas e memórias de Nossa Senhora, dos Anjos e
dos Santos não mártires.
 Festa de Todos os Santos (1 de Nov), do
nascimento de S. João Batista (24 de Jun),de S. João
Evangelista (27 de Dez), da Cadeira de S. Pedro (22
de Fev) e da Conversão de S. Paulo (25 de Jan).
VERMELHO

 Domingo de Ramos
 Sexta-feira Santa
 Domingo de Pentecostes.
Exaltação da Santa Cruz.
Festas de Apóstolos e Evangelistas.
Festas e Memórias dos Santos Mártires
ROSA
Podem usar-se nos domingos
Gaudete - (III do Advento) e
Laetare - ( IV da Quaresma).
Esses dois domingos são
classificados, na liturgia, de
"domingos da alegria", por causa
do tom jubiloso de seus textos.
VERDE

Em todo o Tempo Comum.

Nota explicativa: Se uma festa ou solenidade


tomar o lugar da celebração do tempo litúrgico,
usa-se então a cor litúrgica da festa ou
solenidade.
AZUL
Desde o século passado que era a cor da
Solenidade da Imaculada Conceição.
A IGMR não refere esta cor.
a)Tempo do Advento
 Das primeiras vésperas do domingo que cai no dia 30 de novembro ou no domingo
que lhe fica mais próximo.
 O ano litúrgico, inicia-se com este tempo.
 Ele possui duas características:
 preparação para o Natal, em que se comemora a 1ª vinda do Cristo.
 E também onde nossos corações se voltam com expectativa para a sua 2ª vinda no
fim dos tempos.
b)Tempo do Natal

 Das primeiras vésperas do Natal até a festa do Batismo do Senhor.


 A oitavo do natal esta organizada do seguinte modo:
- No domingo dentro da oitava, ou, em falta dele, no dia 30 de dezembro celebra-se a
festa da Sagrada Família.
 No dia 26 de dezembro a festa de Santo Estevão.
b)Tempo do Natal
 No dia 27 de dezembro a festa de São João Apóstolo e
Evangelista.
 No dia 28 de dezembro a festa dos Santo Inocentes.
 os dias 29, 30 e 31 são dias dentro da oitava.
 No dia 1º de janeiro, no oitavo dia, celebra-se a solenidade
de Santa Maria,Mãe de Deus.
 A Epifania é celebrada no dia 6 de janeiro, a não ser que
seja transferida para o domingo entre os dia 2 e 8 de janeiro.
Nela celebramos a manifestação de Jesus Cristo, Filho de
Deus, luz para iluminar todos os povos no caminho da
salvação.
 No domingo depois da Epifania celebra-se a festa do
batismo do Senhor
c)Tempo da Quaresma
 Da 4ª feira de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive.
 Do início da Quaresma até a Vigília Pascal não se canta o Glória e muito menos o
Aleluia.
 O 6º domingo com o qual se inicia a Semana Santa é chamado “Domingo de
Ramos e da paixão do Senhor ”.
 A semana Santa visa recordar a Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em
Jerusalém.
d) Tríduo Pascal
 Começa na quinta-feira da Semana Santa com a missa
vespertina na Ceia do Senhor.
 Na sexta-feira Santa a Igreja não celebra a Eucaristia.
Recorda a Morte de Cristo por uma celebração da Palavra de
Deus, constando de leituras bíblicas, de preces solenes,
adoração da cruz e comunhão sacramental.
 A noite do Sábado Santo é a "mãe de todas as vigílias", a
celebração central de nossa fé, nela a Igreja espera, velando,
a ressurreição de Cristo, e a celebra nos sacramentos.
Portanto, toda a celebração deste dia deve realizar-se a noite
de modo que comece depois do anoitecer.
e) Tempo Pascal

 Os 50 dias entre o domingo de ressurreição e o domingo de


Pentecostes. São dias de Páscoa e não após a Páscoa. Os oito
primeiros dias são celebrados como solenidades do Senhor.
 No 40º dia da Páscoa, celebra-se a Ascensão do Senhor, porém
aqui no Brasil este festa é transferida para o 7º domingo da
Páscoa.
 A semana seguinte até Pentecostes. Em sintonia com outras
igrejas cristãs, no Brasil, realizamos a Semana de “Oração pela
União dos Cristãos”
f) Tempo Comum
 Além dos tempos que tem características próprias
restam no ciclo anual 33 ou 34 semanas nas quais não
se celebram nenhum aspecto especial do mistério de
Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de
Cristo em sua plenitude, principalmente aos
domingos.
 Começa no dia seguinte à celebração da festa do
Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma, inclusive. Recomeça na segunda-feira
depois do domingo de Pentecostes e termina antes das
vésperas do 1º Domingo de Advento (NUALC nº44).
Solenidade, Festa ou Memória?

 O que é uma solenidade litúrgica?


 A Igreja vive o anúncio Pascal de Cristo, de maneira especial na liturgia.
Você já deve ter percebido que, mesmo num determinado tempo litúrgico,
onde a Igreja se reveste de roxo, por exemplo, em alguns momentos dá
espaço para o branco e o vermelho. Por quê? Isso acontece porque
também se celebra outras comemorações de importância, e assim se muda
o paramento litúrgico. As celebrações litúrgicas são comemoradas em três
graus: Solenidade, Festa e Memória.
 A “Solenidade” é uma grande comemoração como o Natal do Senhor, a
Páscoa, também outras comemorações da Mãe de Deus como Imaculada,
Santa Mãe de Deus e, ainda, alguns santos importantes como o precursor
do Senhor São João Batista e São Pedro e São Paulo. Enfim,
a Igreja celebra esta data, de maneira vibrante, intensa e solene, por se
tratar de um grande acontecimento.
Solenidade, Festa ou Memória?

 Um exemplo é o Natal, uma solenidade, porque comemoramos a


Encarnação de Deus. Temos de celebrar, alegremente, esse evento, que é
um dos principais de nossa fé. Deus se fez homem para nos salvar. Da
mesma forma, na Páscoa do Senhor, devemos comemorar o solene triunfo
de Jesus sobre o mal em obediência ao Pai, e assim nos alegramos: Ele
ressuscitou e venceu o pecado. A solenidade contém três leituras, canta-se
ou reza-se o Glória, canta-se ou reza-se a Profissão de Fé.
 Solenidades gerais
 Existem as solenidades “gerais”, quando toda a Igreja celebra como tal; e
existem as solenidades “particulares”. Por exemplo: uma diocese,
normalmente, eleva seu padroeiro a uma comemoração solene,
comemora-se de maneira solene seu patrocínio, sua vida, e pede-se a
bênção para sua diocese. Da mesma forma, alguns institutos e
congregações comemoram seus fundadores de forma solene, enquanto o
restante da Igreja comemora como memória.
Solenidade, Festa ou Memória?
 Festa
 Depois, temos a celebração vivida como “Festa”, que também tem um grande valor, porém,
inferior ao grau de solenidade. A celebração de festa é reservada aos apóstolos, alguns santos
especiais e mártires. Esses santos têm seu grau de importância para toda Igreja devido ao seu
testemunho em Jesus Cristo, sua doação ao próximo pela fé perseverante. Assim como
acontece nas solenidades, alguns santos podem, numa determinada diocese ou congregação,
ter o grau festivo, enquanto no restante da Igreja se comemora como memória. Na celebração
festiva, normalmente, canta-se ou recita-se o Glória e há leituras próprias para aquele dia.
 Memória
 Por fim, temos a comemoração da “Memória”, que é inferior à solenidade e à festa, porém,
são aquelas comemorações de alguns títulos de Jesus, de Nossa Senhora ou de algum santo.
Celebra-se o mistério do sacrifício de Jesus nos alegrando com aquele título de relevância
para fé ou se faz memória daquele santo que viveu uma vida conforme o Evangelho pode ser
ou não mártir.
 Há algumas memórias para as quais há leituras próprias, mas a maioria proclama as leituras
feriais (leituras do dia). Dentro das comemorações das “memórias”, algumas podem ser
facultativas, ou seja, pode ou não as celebrar, também aqui vai do grau de importância para
aquela congregação, instituto ou paróquia.
 Assim vemos quanta riqueza há em nossa liturgia, além do tempo comum, da Quaresma,
Advento, Natal e Igreja celebra, até mesmo dentro desses tempos, outras comemorações que
enriquecem a fé e motivam o povo de Deus a viver o Mistério Pascal com solenidades, festas

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