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EXAME

FISICO #3
TÓRAX
EXAME FISICO DO TÓRAX
EXAME FISICO DO TÓRAX
Inclui o exame da pele, das estruturas músculo-esqueléticas, das mamas,
do sistema respiratório e do sistema cardiovascular.
O tórax é a parte superior do tronco que se estende da base do pescoço
até o diafragma.
Pode ser dividido em parede torácica, corresponde a pele, as estruturas
ósseas e estruturas musculares; e cavidade torácica, contém a maior parte
do sistema respiratório, o espaço pleural, o coração e os grandes vasos.
EXAME FISICO DO TÓRAX
Para o exame do tórax anterior o paciente deve estar em decúbito dorsal e para
exame do tórax posterior, sentado. O exame físico do tórax é comparativa, pois
baseia-se na comparação com as regiões semelhantes do hemitórax oposto.
 O exame é realizado por inspeção, palpação, percussão e ausculta. Este exame
começa com a inspeção da pele, na face anterior e dorsal do tórax, e com a
palpação das estruturas osteoarticulares do tórax, e com a percussão da coluna
torácica. 
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Posição: paciente sentado, com simetria dos membros superiores, estando as sobre o assento,

sobre as coxas ou na cintura.

OBS. O leito hospitalar não é adequado, assim como colchões muito maleáveis (falsas

assimétrias)

Exposição do tórax: tronco totalmente desnudo. Nas mulheres as mamas devem ser cobertas.
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Inspeção estática:

Investiga-se alterações da pele e do subcutâneo, como errupções, fístulas, cicatrizes e circulação

colateral. Pesquisa-se tipos patológicos e deformidades, massas, protrusões e retrações do tórax.

Formas do tórax:

Normalmente, o tórax mantém uma relação entre os diâmetros ântero-posterior e lateral de 1:2,

ou seja, diâmetro lateral é duas vezes maior que o ântero posterior.


INSPEÇÃO DO TÓRAX
TIPOS DE TÓRAX

TÓRAX CHATO: É o tórax normal, ou seja, o diâmetro latero-lateral (de um

lado ao outro) é duas vezes maior que o diâmetro ântero-posterior (da parte

anterior para posterior)

TÓRAX EM TONEL: É um tórax enfisematoso, ou seja, de uma pessoa que

tem enfisema pulmonar. Nesse tórax, o diâmetro ântero-posterior é maior que o

latero-lateral
INSPEÇÃO DO TÓRAX
TÓRAX CIFÓTICO: Tem a presença de Cifose, essa curvatura na coluna que

forma uma corcunda, e pode ser de origem congênita (ao nascimento), por

problema postural ou outras patologias.

TÓRAX INFUNDIBILIFORME: Tem uma depressão na parte inferior do osso

esterno e da região epigástrica, que é essa região na parte superior do abdômen,

em cima do estômago. Normalmente esse tórax é de natureza congênita ou pode

estar associada ao raquitismo).

TÓRAS CARINIFORME: Possui o esterno proeminente, e também pode ter

origem congênita ou estar associado ao raquitismo.


INSPEÇÃO DO
TÓRAX
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Cifoescoliose torácica: anormalidade da curvatura da coluna torácica pode ser

predominantemente lateral (escoliose), posterior (cifose) ou em combinação de ambas

(cifoescoliose).

Em 85% dos casos a cifoescoliose é de natureza idiopática, pode estar associada a algumas

doenças congênitas, como a neurofibromatose, distrofia muscular e ainda ser secundária a

poliomielite. Predomina no sexo feminino


CIFOESCOLIOS
E
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Simetria do tórax

A simetria da forma está em íntima relação com o volume pulmonar de cada lado. Esse volume

é modificado pelo distúrbios que ocorrem nos próprios pulmões, e os efeitos indiretos

provocados por alterações da coluna e caixa torácica, da pleura e diafragma.

Volume pulmonar e posição do mediastino: o volume dos pulmões de cada lado é que vai dar a

maior contribuição ao volume de cada hemitórax e é responsável pela manutenção do

mediastino na posição mediana.


INSPEÇÃO DO TÓRAX
Atelectasia: perda de volume do pulmão comprometido devida a retirada do ar dos

alvéolos. O hemitórax lesado fica retraído em relação ao hemitórax normal. Mediastino

desvia para o lado lesado a fim de compensar a perda volumétrica

Fibrose cicatricial: volume pulmonar reduz se, devido a rigidez do pulmão, dificultando

sua distensão. A rigidez é devido a substituição do tecido intersticial fisiológico por

tecido fibroso de cicatrização. Tem-se então o desvio do mediastino e retração do

hemitórax comprometido.
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Derrame pleural ou pneumotórax: espaço pleural torna-se de volume aumentado. Pressão
intrapleural no hemitórax lesado torna-se maior e o mediastino desvia para o lado oposto do
derrame.

Hérnia diafragmática: invasão do conteúdo abdominal para a cavidade torácica. Existe

desvio do mediastino para o lado oposto ao hemitórax comprometido.

Enfisema: hiperinsuflação pulmonar generalizada. Tórax torna-se globoso, mas de

maneira simétrica
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Inspeção dinâmica

Movimentos respiratórios:

Tipo respiratório: em pessoas saudáveis, na posição em pé ou sentada, predomina a respiração

torácica ou costal, caracterizada pela movimentação predominantemente da caixa torácica.

Em decúbito dorsal a respiração é predominantemente diafragmática, prevalecendo a


movimentação da metade inferior do tórax e do andar superior do abdome
INSPEÇÃO DO TÓRAX
A observação do tipo respiratório tem importância no diagnóstico da fadiga e da
paralisia Diafragmática;
Nessas condições, a parede abdominal tende a se retrair na inspiração, ao
contrário do que ocorre na respiração diafragmática normal. Podem haver
alternância da respiração torácica e da abdominal, e os músculos da caixa
torácica passam a ser recrutados devido a fraqueza do diafragma ou ao aumento
anormal do trabalho respiratório por alguma doença que dificulta a respiração
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Frequência dos movimentos: frequência respiratória é importante na classificação da gravidade

da insuficiência respiratória.

Pacientes com insuficiência respiratória pode apresentar FR de 35 rpm/min. Na pneumonia grave


a FR fica igual ou superior a 30 rpm.

Taquipnéia: aumento da frequência ventilatória. Maior que 24 incursões/min

Bradipnéia: redução da frequência ventilatória. Menor que 8 incursões/min

Apnéia: parada total da ventilação

Eupnéia: frequência respiratória normal, entre 12 e 20 incursões/min


INSPEÇÃO DO TÓRAX
Intensidade dos movimentos:
Inspiração e expiração: os pulmões tendem ao colapso e a caixa torácica a
expansão, assim,
ambas as estruturas comportam-se de forma elástica de tendências opostas.
A inspiração necessitará de músculos, sendo o principal o diafragma.
A expiração é passiva, realizada graças a força elástica e retrátil dos pulmões.
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Padrões respiratórios anormais:

Expiração prolongada: devido a limitação do fluxo aéreo, a expiração depende de esforço, e o ar

demora mais do que o habitual a ser expirado

Respiração frenolabial: pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo. Inpiração ocorre com o

fechamento parcial dos lábios, o que por meio de mudanças na dinâmica das pressões das vias

respiratórias, leva a redução da sensação de dispneia.


INSPEÇÃO DO TÓRAX
Uso da musculatura acessória para respiração: contração de músculos que
normalmente não participam da respiração. Os músculo esternocleidomastóideo
e os escalenos são os acessórios envolvidos. Em casos mais graves pode envolver
outros músculos e ter batimento das asas dos nariz.
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Tiragem: durante a inspiração, os espaços intercostais, fossas supraclaviculares ou
fúrcula
esternal deprimem-se ligeiramente. Em crianças com tórax muito delgado não é
patológico.
Sua presença indica esforço respiratório aumentado.
Se ocorrer obstrução, o parênquima correspondente aquele brônquio entra em colapso
e a pressão negativa daquela área torna-se ainda maior, provocando assim a retração
dos espaços intercostais. Pode ser difusa ou localizada, isto é, supraclavicular,
infraclavicular, intercostal ou epigástrica.
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Respiração paradoxal: durante a inspiração, o tórax se expande e o abdome se retrai, ao passo

que na expiração ocorre o oposto. Indica fadiga do músculo diafragma e agrava na posição

Supina.

Tórax instável: ocorre quando há inúmeras fraturas de arcos costais, caracterizando-se pela

retração inspiratória da região dos arcos costais fraturados e pelo movimento oposto na

expiração
INSPEÇÃO DO TÓRAX
Assimetria dos movimentos:

Patologia acometendo unilateralmente a caixa torácica, sua musculatura, o diafragma, a pleura

ou o pulmão poderá ser precocemente percebida por uma assimetria dos movimentos

ventilatórios entre os dois hemitórax. Torna-se evidente quando o paciente faz uma inspiração

profunda. Independente da estrutura lesada, o hemitórax comprometido move-se menos. Nas

doenças bilaterais, a expansibilidade dos dois hemitórax pode estar simetricamente reduzida
INSPEÇÃO DO TÓRAX
No enfisema o tórax é globoso, de pouca expansibilidade e se move em bloco
Ritmos dos movimentos:
A inspiração dura quase o mesmo tempo que a expiração, sucedendo-se os dois
movimentos
com a mesma amplitude, intercalando por leve pausa de 1:2.
Quando uma dessas características se modifica, surgem os ritmos respiratórios
anormais, caracterizando as arritmias ventilatórias.

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