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RUDOLF STEINER

Aula Psicopedagogia Curativa


◦ Filosofo austríaco

21-10-2023
A antroposofia[1] ou antropossofia ("antrop(o)", "homem" + "sof(o)", "sábio" + "ia",
"qualidade, estado, profissão") é uma doutrina filosófica e mística fundada pelo
filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925).

Segundo Steiner, a antroposofia é a "ciência espiritual


". Ele a apresenta como um caminho em busca da
verdade que preenche o abismo historicamente criado
desde a escolástica entre fé e ciência.
Na visão de Steiner, a realidade é essencialmente espiritual: ele queria
ajudar as pessoas a superar o mundo material e entender o
mundo espiritual através do eu espiritual, de nível superior. Segundo
Steiner, há um tipo de percepção espiritual que opera de forma
independente do corpo e dos sentidos corporais.
A aplicação da antroposofia em áreas como medicina, biologia e
agricultura biodinâmica tem sido classificada como pseudociência.

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Para o artista, todo o lado externo de sua obra tem de
expressar o interior; no caso dos objetos da natureza o interior
não coincide com a forma externa, e o gênio humano tem de
investigá-lo para chegar à sua cognição. E assim as leis que o
artista segue não são outras senão as leis eternas da natureza,
no entanto puras e não influenciadas por qualquer obstrução.
Para as criações da arte não importa o que é, e sim o que
poderia ser, não o real, e sim o possível.
É necessário não deixarmos, de modo algum, que o elemento
artístico de nossa cultura continue sendo visto como um artigo
de luxo ao lado da vida séria, como uma distração supérflua à
qual nos voltamos, mesmo que saibamos levar uma vida
espiritual; temos de considerar que o elemento artístico
permeia tudo, permeia o mundo e o ser humano como uma lei
divino-espiritual.
Fonte: GA 308, palestra de 10/4/1924, p. 56.

A imagem artística é mais espiritual do que o conceito 21-10-2023


racional. É também mais vívida, e não sufoca o espiritual na
alma, como o faz o intelectualismo.
◦ Rompe-se a conexão com o espírito,
◦ Se ele não for mantido por meio do belo.
◦ A beleza une o “Eu” com o corpo.

◦ A sombra do espírito projetada no espaço


◦ É o belo;
◦ A sombra torna-se ser vivente
◦ Por meio do espírito plasmador do artista.

◦ Des Geistes Schattenwurf im Räume

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◦ Autodesenvolvimento
◦ Nego-me a submeter-me ao medo,
◦ Que me tira a alegria de minha liberdade,
◦ Que não me deixa arriscar nada,
◦ Que me torna pequeno e mesquinho,
◦ Que me amarra,
◦ Que não me deixa ser direto e franco,
◦ Que me persegue,
◦ Que ocupa negativamente a minha imaginação,
◦ Que sempre pinta visões sombrias.
◦ No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo,
◦ Eu quero viver, não quero encerrar-me.
◦ Não quero ser amigável por medo de ser sincero.
◦ Quero pisar firme porque estou seguro,
◦ E não para encobrir o medo.
◦ E quando me calo, quero fazê-lo por amor
◦ E não por temer as consequências de minhas palavras.

◦ Fonte: Arte Médica Ampliada – revista da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica. Ano XXX, No. 1 (outono, 2010), p.
41.

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◦ Não quero acreditar em algo só por medo de não acreditar.
◦ Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto.
◦ Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.
◦ Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim.
◦ Por medo de errar não quero me tornar inativo.
◦ Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não me sentir seguro no novo.
◦ Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de ser ignorado.
◦ Por convicção e amor quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer.
◦ Do medo quero arrancar o domínio de dá-lo ao amor.
◦ E quero crer no reino que existe em mim.
◦ Fonte: Arte Médica Ampliada – revista da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica. Ano XXX, No. 1 (outono, 2010), p.
41.
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Rudolf Steiner, o criador da antroposofia, em foto de aproximadamente 1905

Descrição
Steiner coloca que, ao se pensar sobre o pensar, começamos a ter
acesso a uma consciência diferente da cotidiana. A primeira experiência
que podemos ter de um conceito que não encontra correspondente nas
percepções do mundo é a vivência do próprio Eu. É a primeira instância
de uma experiência no puro pensar. A partir daí, muito mais pode ser
vivenciado no puro pensar, como vários conceitos que não encontram
correspondentes em percepções físicas. Mas, para isso, Steiner diz ser
necessário ampliar a capacidade de nossa consciência e apresenta
exercícios para tal. A base epistemológica da antroposofia está contida
na obra A Filosofia da Liberdade, assim como em sua tese de doutorado
, Verdade e ciência. Estes e vários outros livros de Steiner anteciparam
a gradual superação do idealismo cartesiano e do subjetivismo kantiano
da filosofia do século XX. Assim como Edmund Husserl e
Ortega y Gasset, Steiner foi profundamente influenciado pelos trabalhos
de Franz Brentano, e havia lido Wilhelm Dilthey em detalhe. Por meio de
seus primeiros livros, de cunho epistemológico e filosófico, Steiner
tornou-se um dos primeiros filósofos europeus a superar a ruptura
entre sujeito e objeto que Descartes, a física clássica, e várias forças
históricas complexas gravaram na mente humana ao longo de vários
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séculos.[carece de fontes]
Rudolf Steiner, o criador da antroposofia, em foto de aproximadamente 1905

Descrição
Artes
•Para o artista, todo o lado externo de sua obra tem de
expressar o interior; no caso dos objetos da natureza o
interior não coincide com a forma externa, e o gênio humano
tem de investigá-lo para chegar à sua cognição. E assim as
leis que o artista segue não são outras senão as leis eternas
da natureza, no entanto puras e não influenciadas por
qualquer obstrução. Para as criações da arte não importa o
que é, e sim o que poderia ser, não o real, e sim o possível.
Fonte: GA 30, palestra de 9/11/1888, pp. 29-30. Col. JC.

•É necessário não deixarmos, de modo algum, que o elemento


artístico de nossa cultura continue sendo visto como um
artigo de luxo ao lado da vida séria, como uma distração
supérflua à qual nos voltamos, mesmo que saibamos levar
uma vida espiritual; temos de considerar que o elemento
artístico permeia tudo, permeia o mundo e o ser humano
como uma lei divino-espiritual. 21-10-2023
Rudolf Steiner, o criador da antroposofia, em foto de aproximadamente 1905

Descrição

A base epistemológica da antroposofia está contida na obra A Filosofia da


Liberdade, assim como em sua tese de doutorado, Verdade e ciência. Estes
e vários outros livros de Steiner anteciparam a gradual superação do
idealismo cartesiano e do subjetivismo kantiano da filosofia do século XX.
Assim como Edmund Husserl e Ortega y Gasset, Steiner foi profundamente
influenciado pelos trabalhos de Franz Brentano, e havia lido Wilhelm Dilthey
em detalhe. Por meio de seus primeiros livros, de cunho epistemológico e
filosófico, Steiner tornou-se um dos primeiros filósofos europeus a superar a
ruptura entre sujeito e objeto que Descartes, a física clássica, e várias forças
históricas complexas gravaram na mente humana ao longo de vários séculos.
[carece de fontes]

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Rudolf Steiner, o criador da antroposofia, em foto de aproximadamente 1905

História da humanidade
Segundo Steiner, a humanidade habita o planeta Terra desde sua
criação, existindo sob a forma de espíritos e assumindo diversas
formas. Atualmente, estaríamos vivendo no Período Pós-Atlântida,
que começou com o afundamento da Atlântida em 7227 a.C. O
período Pós-Atlântida se divide em sete épocas, sendo a atual a
época Euro-Americana, que durará até o ano de 3573. Após esta
era, os homens vão recuperar os poderes de clarividência que
tinham no período anterior aos gregos antigos.[3]

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Após terminar sua tese de doutorado na Universidade de Rostock, sobre a teoria do conhecimento
de Fichte, a partir de 1883 dedicou-se a editar as obras científicas de Johann Wolfgang von Goethe.

◦ Tornou-se um profundo conhecedor da obra de Goethe, escrevendo numerosas obras sobre este e
dedicando-se à explicação do pensamento do autor alemão. Ao mesmo tempo escrevia sobre
assuntos filosóficos.
◦ Após um período de vivência em Berlim, em que sobrevivia como escritor de uma revista literária,
Steiner ininterruptamente aderiu a uma trajetória de conferencista e escritor, desenvolvendo a
ciência espiritual antroposófica, ou antroposofia.
◦ Entre 1902 e 1912, foi o líder da Sociedade Teosófica na Alemanha, mas romeu com esta e fundou a
Sociedade Antroposófica.

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O In
Pedagogia Curativa

A educação terapêutica e terapia social abrange os campos da pedagogia, da


psicologia e da medicina. Ela observa o desenvolvimento cronológico da criança e os
métodos necessários nas diversas idades, mas confronta-se igualmente com as
imperfeições físicas, psíquicas e espirituais da pessoa que precisa dos cuidados
especiais, ajudando na superação da discrepância entre a individualidade e o seu
instrumento corpóreo.
Cada pessoa é uma individualidade preciosa, tendo sua própria tarefa e evolução na
terra. Assim, na educação terapêutica e terapia social não se trata de “encaixar” a
pessoa dentro dos esquemas psiquiátricos, sociopolíticos, econômico-produtivos,
etc., que tanto inibem o desenvolvimento específico da personalidade, porém trata-
se de fomentar justamente a capacidade de poder viver e vivenciar o que é mais
verdadeiro no próprio ser. Neste sentido podemos dizer com as palavras de J.W.
Goethe: “Se amamos aos homens meramente como são, degradamo-los; se os
tratamos como se fossem o que deveriam ser, levamo-los aonde devem ser levados.”
Na educação terapêutica e terapia social olhamos para a deficiência ou anormalidade
de desenvolvimento não como um mal em si, mas como uma forma extrema de algo
natural que reside em cada um de nós. Trata-se de um desequilíbrio, o qual pode
tender para um ou outro lado. Por exemplo: um processo pode adquirir elementos
aceleradores ou inibidores, pode manifestar-se exageradamente para dentro do
âmbito neuro-sensorial ou para o âmbito metabólico-motor, etc.
O In
Consequentemente, a terapêutica visará menos as terapias artificiais e elaboradas
intelectualmente, e sim aquelas que se seguem à observação exata dos fenômenos para
direcioná-los para o equilíbrio. Isso, obviamente, sempre respeitando a singularidade e
dignidade da criança a ser ajudada. Enquanto o pedagogo concentra-se mais sobre a
harmonia das três grandes áreas (pensamento, sentimento e vontade), o pedagogo
curativo dirige-se mais para as polaridades em desequilíbrio.

Como também na Pedagogia Waldorf, porém de modo mais acentuado, os elementos do


ritmo e da forma, da arte e da criatividade, assim como da ação e praticidade no ensino
são fundamentais. O currículo escolar é o mesmo da escola normal, mas adaptado nesse
sentido. Outros elementos eminentemente terapêuticos são um invólucro social ético-
religioso e o convívio natural com essas crianças, no qual não impera a atenção sobre o
imperfeito e subdesenvolvido mas sobre o valioso e singular deste pequeno ser humano.

Nos países europeus a educação terapêutica e terapia social é denominada de “pedagogia


curativa” (por exemplo, Heilpädagogik em alemão, curative education em inglês) e teve
sua origem dentro do contexto da Antroposofia, na qual foi inaugurada em 1924 por
meio de um curso de conferências do Dr. Rudolf Steiner como uma Pedagogia Curativa
Antroposófica, sendo que daí difundiu-se para a pedagogia convencional. A
profissionalização nessa área é adquirida em um estudo de nível superior de 4 anos, o
qual corresponde ao que no Brasil se chama de psicopedagogia. Só que na Europa ele é
um curso em si e não uma pós-graduação.
.

O Instituto Visa atualmente

Fortalecer a Antroposofia através da divulgação de seus conceitos e aplicações voltadas ao


desenvolvimento Humano e Social com Missão inerente.
A associação constituída em 09 de agosto/2003, que compõe-se de pessoas físicas, comprometidas
com a Antroposofia, ciência espiritual desenvolvida por Rudolf Steiner, através de ações orientadas
para a divulgação dos princípios antroposóficos e da formação, educação, saúde e bem-estar de
crianças, jovens, adultos e idosos.

O Instituto Rudolf Steiner surgiu a partir da percepção da necessidade de se criar uma instituição que
integrasse e apoiasse as várias iniciativas antroposóficas já consolidadas na região de Curitiba.
Ser uma Sociedade mais humanizada e espiritualizada.
VEJA NOSSO ESTATUTO
SEJA UM ASSOCIADO

Criar condições para a renovação do caminho de ação dos seres humanos, impulsionando a
humanidade para o futuro.
.
A Terapia Social
• Quando se trata de assistir a pessoas já adultas que
precisam de cuidados, falamos de “terapia social” ou de
“terapia de convívio”. Em 1939 o Dr. Karl König fundou, por
meio das chamadas Comunidades Camphill, diversos centros
residenciais e aldeias para pessoas com e sem problemas,
criando assim uma forma de sociedade, na qual não haveria
discriminação e sim uma verdadeira sociabilidade e integração
de todos. Isso tornou-se, no “primeiro mundo”,
particularmente para os adultos especiais, uma alternativa
digna às instituições terapêuticas, nas quais eles eram tratados
como doentes ou deficientes.
• Na terapia social não se educa mais o outro, visto
que todos são adultos, mesmo que uns sejam mais inteligentes
do que outros. A terapia ocorre por meio do ajustamento
mútuo, orgânico e respeitoso. Hoje a terapia social é vivida
tanto em comunidades de convívio como em centros de
atendimento diurno com oficinas e artes.

A terapia social libera a pessoa especial do rótulo de


“coitadinho” e incapaz, dando-lhe não somente auto-estima,
mas uma verdadeira e valiosa função no mundo.
Trabalho Educacional e Oficinas Terapêuticas

Por causa de sua desvinculação social e humana, o termo trabalho hoje em dia
tem uma conotação negativa, de exploração e atividade necessárias para se
sobreviver. Na Terapia Social vivemos o outro lado do trabalho: a alegria de
poder servir o outro, o gosto de poder fornecer ao outro o que ele precisa e de
receber esse serviço de maneira recíproca. Nesse sentido o trabalho não é uma
ocupação, e as oficinas não são lugares de terapia ocupacional num sentido
restrito e literal.

• É basicamente por isso que as oficinas, chamadas também de Oficinas


Terapêuticas geralmente são oficinas de artesanatos básicos: marcenaria,
tecelagem, olaria, agricultura, costura, jardinagem, culinária, etc. A pessoa que
trabalha nelas compreende o sentido do seu trabalho em dupla maneira: ele
entende o que está fazendo praticamente e vê o resultado no âmbito social.

Informações obtidas no site da Sociedade Antroposófica no Brasil. Acesse a


página em:
http://www.sab.org.br/portal/ped-curativa-e-terapia-social/131-educacao-
terapeutica-e-terapia-social-com-base-na-antroposofia
- Adoro-vos

◦ Aula Psicopedagogia Curativa

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