Professional Documents
Culture Documents
TRATAMENTO DA PROSTITUIÇÃO
“O termo prostituta não é usado para referir um grupo ocupacional que ganha a vida
fornecendo serviços sexuais. É usado como descrevendo uma categoria de mulheres que
ameaça a saúde pública, a moral, a estabilidade social e cívica... Encontramo-nos assim a ser
alvo de impulsos moralistas dos grupos sociais dominantes, através de missões de limpeza e
saneamento, tanto materiais como simbólicas”.
Grupo:
Adriana Gomes de Proença
Catherine Fanizzi
Eduardo Calmon de Almeida Cezar
Reinaldo Gonçalves de Toledo
INTRODUÇÃO
Proibicionista;
Regulador;
Abolicionista;
Neo-abolicionista;
Legalizador;
MODELO PROIBICIONISTA
• Islândia;
• Noruega;
• Estados Unidos;
• China.
Críticas ao modelo:
Características do sistema:
Formas de regulação:
Histórico:
Críticas:
Casa de prostituição
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que
ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do
proprietário ou gerente:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Brasil: “no Brasil, temos um sistema misto, pois não se pune a prostituta,
nem o cliente, mas todos os que favorecerem, auxiliarem ou obtiverem lucro
dessa atividade. Não se reconhece a prostituição como atividade laboral em
lei, mas isso é feito em ato administrativo do Ministério do Trabalho. Em
suma, nem está regulamentada, nem se está buscando, autenticamente, a sua
abolição” (NUCCI, 2014).
Críticas:
Resultados positivos:
Posições abolicionistas:
• A prostituição não é uma escolha individual
(liberdade condicionada pela pobreza e
marginalização), mas um sistema que garante
o acesso dos homens ao corpo das mulheres;
• A prostituição, como sistema, está organizada
para e pelos homens;
• Corpos e sexualidade como mercadoria, a
partir de uma dupla moral (homens viris,
mulheres passivas).
PROSTITUIÇÃO E FEMINISMO
Posições reguladoras/legalizadoras:
• A prostituição é um trabalho digno;
• Deve ser respeitada a liberdade de escolha
das mulheres sobre seu trabalho e seu corpo;
• É necessária a concessão de direitos sociais
(garantias trabalhistas), a fim de serem
combatidas a precarização do trabalho e a
violência contra a prostituta;
• A regulamentação removeria o trabalho
sexual da clandestinidade, acabando com o
estigma sobre a prostituta.
BIBLIOGRAFIA
ABEL, Gillian, FITZGERALD, Lisa, HEALY, Catherine (editores), Taking the Crime out of Sex
Work: New Zealand Sex Worker´s Fight for Decriminalisation. Policy Press, 2010.
ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Soberania patriarcal: o sistema de justiça criminal no
tratamento da violência sexual contra a mulher. Revista Brasileira de Ciências Criminais. n. 48.
mai/jun, 2004, pp. 260-290.
BARRY, Kathleen. Carta aberta às nações unidas: a organização das nações unidas está
promovendo a prostituição?. 2013.
BEAUVOIR, Simone de. Le Deuxième Sexe. L’expérience vécue. Paris: Gallimard, 1966.
BRASIL. Código Penal. Vade mecum. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
CAPEZ, Fernado. A objetividade jurídica nos crimes contra a dignidade sexual. Disponível em:
<http://capez.taisei.com.br/capezfinal/index.php?secao=27&subsecao=0&con_id=56 47>.
Acessado em: 07 de abr de 2018.
BIBLIOGRAFIA
RAYMOND, Janice. Ten reasons for not legalizing prostitution and a legal response to the
demand for prostitution. Disponível em <http://www.catwinternational.org//Content/>.
RODRIGUES, Renato Mori. 2010. Prostituição e construção de carreira: um estudo sobre o
trabalho de prostitutas do centro de Salvador. São Paulo: Dissertação de Mestrado em Psicologia
Social e do Trabalho, USP, 2010.
SCOULAR, Jane. The Subject of Prostitution: Sex Work, Law and Social Theory, Routledge,
2017.
SHETTY, Salil. Global movement votes to adopt policy to protect human rights of sex workers.
Disponível em <https://www.amnesty.org/en/latest/news/2015/08/global-movement-votes-to-
adopt-policy-to-protect-human-rights-of-sex-workers/>
SILVA, Fernanda Priscila Alves da. Prostituição, vivências e mercantilização de corpos.
Seminário internacional enlaçando sexualidades direito, relações etnorraciais, educação,
trabalho, reprodução, diversidade sexual, comunicação e cultura. Salvador/BA, 2011.
BIBLIOGRAFIA