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DO TRABALHO
AULA – 01
PROF. FABIANA SANTANA SILVA
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO:
• Aa Negociação Coletiva é obrigatória por força de lei: art. 616 da CLT - “Os sindicatos
representativos de categorias econômicas ou profissionais e as empresas, inclusive as que
não tenham representação sindical, quando provocados, não podem recusar-se à
negociação coletiva”.
• Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre
outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Exemplos:
• Jornada de trabalho
• Banco de horas anual;
• Intervalo intrajornada, respeitando 30 minutos
• Adesão ao programa de seguro-desemprego
ART. 611 – B
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a
supressão ou a redução dos seguintes direitos: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Exemplos:
• Salário mínimo;
• Valor nominal do 13°
• Normas de identificação e anotação na CTPS
• Valor dos depósitos mensais e indenização do FGTS
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO:
• O artigo 611 da CLT, “Como o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais
sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de
trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de
trabalho”.
ACORDO COLETIVO:
• Acordo Coletivo, como o próprio nome já diz, é um acordo também de caráter normativo
(gera obrigações entre as partes), assinado entre o Sindicato dos Trabalhadores
(empregados) e uma ou mais empresas individualizadas.
• At. 611 § 1º da CLT define “É o acordo que estipula condições de trabalho aplicáveis,
no âmbito da empresa ou empresas acordantes, às respectivas relações de trabalho. A
celebração dos acordos coletivos de trabalho é facultado aos sindicatos representativos
das categorias profissionais”
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA CRIAÇÃO DE ACT E CCT
• Após três dias da data de entrega do instrumento ao órgão competente, os recursos entram
em vigor.
CASO CONCRETO
• A empresa ABC Ltda. e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo firmaram Acordo
Coletivo de Trabalho prevendo o elastecimento da jornada de trabalho realizada em turnos
ininterruptos de revezamento de 6 (seis) para 8 (oito) horas diárias, conforme autoriza o art.
7º, inciso XIV, da Constituição Federal de 1988.
• Ocorre que o Acordo Coletivo de Trabalho, embora assinado pelas partes, não foi registrado
no Ministério do Trabalho.
• O representante legal da empresa ABC Ltda. procura você para saber se o instrumento de
negociação coletiva tem validade jurídica mesmo sem o registro no Ministério do Trabalho.
Art. 614 da CLT - Os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes promoverão, conjunta ou
separadamente, dentro de 8 (oito) dias da assinatura da Convenção ou Acordo, o depósito de uma via
do mesmo, para fins de registro e arquivo, no Departamento Nacional do Trabalho, em se tratando de
instrumento de caráter nacional ou interestadual, ou nos órgãos regionais do Ministério do Trabalho e
Previdência Social, nos demais casos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 1º As Convenções e os Acordos entrarão em vigor 3 (três) dias após a data da entrega dos mesmos no
órgão referido neste artigo. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 2º Cópias autênticas das Convenções e dos Acordos deverão ser afixados de modo visível, pelos
Sindicatos convenentes, nas respectivas sedes e nos estabelecimentos das empresas compreendidas no
seu campo de aplicação, dentro de 5 (cinco) dias da data do depósito previsto neste artigo. (Redação
dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 3º Não será permitido estipular duração de Convenção ou Acordo superior a 2 (dois) anos. (Redação
dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Não há menção, por exemplo, de que a validade jurídica do Acordo ou Convenção Coletiva está condicionada
ao registro.
Assim não o faz em razão da liberdade que as partes têm em negociar coletivamente, devendo o Estado
somente intervir para garantir a observância das normas de ordem pública.
Ademais, o art. 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal de 1988, prevê o “reconhecimento das convenções e
acordos coletivos de trabalho”, sem condicioná-lo ao registro.
O registro no Ministério do Trabalho, portanto, não é condição essencial à validade e eficácia dos
instrumentos coletivos, uma vez que se trata de mero ato administrativo vinculado.
Os instrumentos de negociação coletiva começam a surtir efeitos a partir de sua assinatura (se assim
previstos), independentemente de registro.
Dessa forma, é plenamente válido o Acordo Coletivo de Trabalho firmado pela empresa ABC Ltda.
RECUSA À NEGOCIAÇÃO COLETIVA?
RECUSA POR QUALQUER DAS PARTES À
NEGOCIAÇÃO COLETIVA:
• Havendo recusa à Negociação Coletiva, cabe aos Sindicatos ou empresas interessadas,
informarem ao órgão competente para que haja a convocação compulsória de quem se
recusou.
• Se persistir a recusa, pelo desentendimento às convocações, é facultada ao Sindicato ou
empresa interessada a instauração do dissídio coletivo, art. 616, § 2º CCLT.
• No caso de dissídio de natureza econômica, este só poderá ser instaurado após se
esgotarem as medidas relativas à formalização da Convenção ou Acordo correspondente.
RECUSA POR QUALQUER DAS PARTES À
NEGOCIAÇÃO COLETIVA:
• CF, art. 114, § 2º: “Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à
arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de
natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas
anteriormente”
• Trata-se de instrumento jurídico, de natureza coletiva, que emana da negociação coletiva de trabalho
infrutífera, com previsão nos arts. 856 e seguintes da CLT, bem como assento constitucional, consoante
art. 114, § 2º, da Constituição Federal de 1988.
O § 2º do art. 114 da Constituição Federal de 1988 atribuiu novos limites ao poder normativo dos tribunais,
ao estabelecer:
“§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de
comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o
conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas
anteriormente.”
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA:
DISSÍDIO COLETIVO
DISSÍDIO COLETIVO DISSÍDIO COLETIVO DE
NATUREZA
NATUREZA JURÍDICA GREVE
ECONÔMICA
São aqueles em que os São aqueles em que têm São aqueles em que há
trabalhadores reivindicam finalidade a interpretação paralisação do trabalho;
melhores condições de de determinada norma pode ser instaurado pelo
trabalho jurídica MPT
CLASSIFICAÇÃO:
• Dissídio coletivo de natureza econômica: são aqueles nos quais o pedido refere-se a normas e
condições de trabalho. Ressalta-se que a sentença proferida produzirá efeitos para todos os
trabalhadores das empresas representadas pelos sindicatos litigantes, filiados ou não ao sindicato.
• De acordo com a lei da greve (Lei n. 7.783/89), existem serviços considerados essenciais (art. 10: saúde,
energia elétrica, transporte coletivo etc.). Em relação a tais serviços, o dissídio coletivo poderá ser
ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho, conforme previsão do § 3º, do art. 114, da CF:
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o
conflito.
DE QUEM É A COMPETÊNCIA PARA JULGAR
UM DISSÍDIO?
• A competência originária para processar e julgar o dissídio coletivo é dos Tribunais
Regionais do Trabalho (TRTs) (Vara do Trabalho não julga dissídio coletivo).
II. Assim que for ajuizado, o TRT deverá designar audiência de conciliação no prazo de 10 dias (Art. 860
da CLT). (ATENÇÃO: a audiência é apenas para tentativa de conciliação e é presidida pelo Presidente do
TRT.
Trata-se de uma única audiência e com o intuito exclusivo de tentar uma conciliação entre as partes). O réu
será notificado para comparecer à audiência e apresentar defesa.
Aberta a audiência, segue-se o já citado art. 862 da CLT: Art. 862 - Na audiência designada, comparecendo
ambas as partes ou seus representantes, o Presidente do Tribunal as convidará para se pronunciarem sobre
as bases da conciliação. Caso não sejam aceitas as bases propostas, o Presidente submeterá aos interessados
a solução que lhe pareça capaz de resolver o dissídio
PROCEDIMENTO:
III - De acordo com o art. 863 da CLT, se houver acordo durante a audiência de conciliação,
o Presidente submeterá esse acordo ao Tribunal para homologação na primeira sessão.
IV - Se não houver acordo (seja por ausência de uma das partes, seja por não terem chegado
a um consenso) o processo será julgado, após a oitiva do MPT.
Responda: O grupo de empresas, são parte legitima para propor dissídio coletivo de natureza
econômica?
PROFER
NO E CABE
TRT RECURSO
ORDINARI
O NO TST
DISSIDIO SENTENÇA
COLETIVO NORMATIV
SINDICATOS A
EMBAARGOS
TST INFRIGENTES
NO
AJUIZA CABE
PROFERE
SINDICATOS
AULA 04
PROF. FABIANA SANTANA SILVA
ORGANIZAÇÃO: ESTRUTURA E UNICIDADE
Art. 8º (...)
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em
qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica,
na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou
empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um
Município
SINDICATOS: DEFINIÇÃO
• Um vigilante que trabalha em uma farmácia não estará vinculado ao sindicato que abrange os
trabalhadores que prestam serviços em um comércio varejista de medicamentos, como se pode
imaginar por conta da regra geral. Na verdade, o que acontece é que, mesmo que trabalhe em
uma farmácia, estará associado a outro sindicato, o de vigilância.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL: