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Diagrama tensão-deformação

Quando um corpo de prova é submetido a um ensaio de tração, a


máquina de ensaio fornece um gráfico que mostra as relações entre a
força aplicada e as deformações ocorridas durante o ensaio. Dividindo-se
esta força pela área temos a Tensão.

Este gráfico é conhecido por diagrama tensão-deformação. A Figura 1


mostra um gráfico comum para o ensaio de tração de aços.

Figura 1 – Diagrama Tensão-Deformação comum para aços.


Fazendo uma interpretação deste gráfico temos.

Limite elástico: O ponto A, marcado no final da parte reta do


gráfico da Figura 2 representa o limite elástico. Se o ensaio for
interrompido antes deste ponto e a força de tração for retirada, o corpo
volta à sua forma original, como faz um elástico.

Figura 2 – O ponto representa o limite elástico e define a fase


elástica.
Na fase elástica os metais obedecem à lei de Hooke. Suas deformações
são diretamente proporcionais às tensões aplicadas.
Tensão (σ)

T = E. ε

Módulo de Deformação (δ)


Elasticidade

O módulo de elasticidade é a medida da rigidez do material. Quanto maior


for o módulo, menor será a deformação elástica resultante da aplicação
de uma tensão e mais rígido será o material. Esta propriedade é muito
importante na seleção de materiais para fabricação de molas.

Limite de proporcionalidade
A lei de Hooke só vale até um determinado valor de tensão, denominado
limite de proporcionalidade, que é o ponto representado no gráfico a seguir
por A, a partir do qual a deformação deixa de ser proporcional à carga
aplicada. Na prática, considera-se que o limite de proporcionalidade e o
limite de elasticidade são coincidentes.
Figura 3 – O limite elástico (A) e o de proporcionalidade (A’) na prática
são coincidentes

Escoamento
No início da fase plástica ocorre um fenômeno chamado escoamento. O
escoamento caracteriza-se por uma deformação permanente do
material sem que haja aumento de carga, mas com aumento da
velocidade de deformação. Durante o escoamento a carga oscila entre
valores muito próximos uns dos outros, Figura 4.
Figura 4 – Região de escoamento. Fenômeno que marca o início da
fase plástica

Limite de resistência
Após o escoamento ocorre o encruamento, que é um endurecimento
causado pela quebra dos grãos que compõem o material quando
deformados a frio. O material resiste cada vez mais à tração externa,
exigindo uma tensão cada vez maior para se deformar. Nessa fase, a
tensão recomeça a subir, até atingir um valor máximo num ponto
chamado de limite de resistência (B), Figura 5.
Limite de Resistência (B)

Figura 5 – Limite de resistência.

Para calcular o valor do limite de resistência (LR), basta aplicar a fórmula:

Força máxima

Área da seção transversal


Limite de ruptura
Continuando a tração, chega-se à ruptura do material, que ocorre num
ponto chamado limite de ruptura (C). Note que a tensão no limite de
ruptura é menor que no limite de resistência, devido à diminuição da área
que ocorre no corpo de prova depois que se atinge a carga máxima.

Limite de Ruptura (C)

Figura 6 – Limite de Ruptura.


RESUMO DOS PONTOS E REGIÕES NO GRÁFICO:
TENSÃO (T) x DEFORMAÇÃO (ε)

Figura 7 – Pontos e regiões no gráfico T x ε.


Estricção
É a redução percentual da área da seção transversal do corpo de
prova
na região onde vai se localizar a ruptura. A estricção determina a
ductilidade do material. Quanto maior for a porcentagem de estricção,
mais dúctil será o material.

Figura 8 – Corpo de prova antes do ensaio e após o ensaio de tração


mostrando a região de estricção.

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