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INSITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO SOL NASCENTE

ANEURISMAS ARTERIAIS

HUAMBO/2023
CONCEITO

Do grego aneurisma-aneurisnein, e citado pela primeira vez por


Rufo de Éfeso no siglo I d.C., esse termo significa ampliar, dilatar.
Portanto, um aneurisma é qualquer dilatação permanente e
localizada de uma artéria, causada pela fraqueza de sua parede.
Dilatações difusas são conhecidas como arteriomegalia ou
dolicomegaartérias; e quando localizados, mas menores que o
aneurisma, se denominam ectasias arteriais.
CLASSIFICAÇÃO

1. De acordo com sua morfologia:

a) Fusiforme: Com crescimento alargado, que atinge uniformemente toda a


luz da artéria.

b) Sacular: Quando o crescimento está mais próximo dos lados (estes últimos
têm maior risco de ruptura).

2. Quanto a sua localização:

a) Seio de Valsalva.

b) Aorta torácica:
• Ascendente: 10 %.
• Arco aórtico: 5 %.
• Descendente: 7 %.
c) Toraco-abdominais: 5 %.
d) Aorta abdominal:
• Suprarrenal: 0,5 %.
• Infrarrenais: 75 %
e) Aneurismas arteriais viscerais (Os dos ramos aórticos):2%.
f) Aneurismas arteriais periféricos. Localizações mais frequentes:
• Aneurisma poplíteo: 70 % (a bilateralidade existe em 70 %).
• Aneurisma femoral: 15%
• Aneurisma ilíaco: 5%.
• Aneurisma da subclávia: 5%.
• Aneurisma carotídeo: 3%

3. De acordo com sua etiologia (em ordem de frequência):


a) Doença degenerativa arteriosclerótica;
b) Infecciosa;
c) Formas raras: doenças arteríticas, traumáticas, dissecantes, conjuntivas e
inflamatórias do tecido.
d) Síndrome de Marfan.
e) Necrose cística da média.
4. Dependendo da estrutura da parede, diferentes formas foram distinguidas
nelas:
a) Aneurismas verdadeiros: Acomete as três camadas originais do vaso (íntima,
média e adventícia).

b) Seudoaneurisma ou falso aneurisma: São aqueles que não se fixam na parede


arterial que faz parte de sua estrutura. Se originada (traumática ou iatrogênica)
na lesão de uma artéria, quando após romper a parede do vaso, o
extravasamento de sangue chegou a desenvolver o hematoma pulsátil. Uma
pequena quantidade desse hematoma é protegida por uma fina camada de
adventícia. Com o tempo, fortalece-se com o desenvolvimento de uma cápsula
de tecido conjuntivo adjacente à parede do falso aneurisma, que permite, com
maior ou menor afetação, o funcionamento do vaso
PATOGENIA

Os fatores de risco de aterosclerose, a hipertensão arterial e o tabaquismo


foram os primeiros relacionados estreitamente com o desenvolvimento de
aneurismas e seu maior risco de ruptura, sobre todos os de localização na
aorta abdominal. Na atualidade, foi demonstrado que esses fatores de risco
não estão presentes em todos os pacientes com aneurismas e que na gênese
aneurismática participam alterações bioquímicas e genéticas. Assim se
demonstrou uma diminuição quantitativa de elastina e colágeno nas paredes
dos vasos aneurismáticos e uma alteração no metabolismo do cobre capaz de
produzir colágeno anormal. Por isso, os câmbios ateroscleróticos são
considerados agora secundários, e não primários nesta doença.
ANEURISMA DA AORTA

Conceito

O aneurisma da aorta é uma dilatação anormal, circunscrita,


concêntrica ou excêntrica e permanente, que afeta a uma ou mais
das capas que conformam a parede do vaso, de causa variável,
em comunicação com a luz e cujo interior se encontra sangre o
trombos.
ANATOMIA PATOLÓGICA
A anatomia patológica dos aneurismas aórticos depende da
causa que os originou. São de tamanho variável, desde os
pequenos de origem micóticas até os gigantes de origem sifilítico
ou aterosclerótico, e saculares ou fusiformes; são estes os mais
frequentes. Os aneurismas de origem sifilítica são tipicamente da
porção proximal, e são constituídos por um saco de tecido
fibroso, com engrossamento dos vasos sanguíneos e infiltração
linfocítica perivascular, e as paredes adjacentes lesões próprias
da sífilis aortica.
A aterosclerose é hoje a causa mais frequente de aneurisma da aorta,
sobretudo nas pessoas maiores de 50 anos de idade, e se veêm em
qualquer segmento aórtico, assetam mais nas porções distais da aorta
descendente. Na aorta encontram-se lesões típicas das chamadas estrias
graxas e placas fibrosas; muito destas últimas ulceradas e calcificadas,
penetram na capa média subjacente e dão lugar a cicatrizes e atrofias que
propiciam a formação de um aneurisma. No saco aneurismático produz-se
pelo geral um depósito progressivo de capas de fibrina contra a parede
vascular chamadas líneas de Zahn, que tende a fortalecê-la, mas em
ocasiões pode levar a obliterar o saco
QUADRO CLÍNICO
O quadro clínico dos aneurismas da aorta é muito variável, dependendo da
sua localização, tamanho, repercussão sobre os órgãos e estruturas das
veias, e a presença de complicações como a trombose, com ou sem
fenômenos embólicos e fissuras ou ruptura. O aneurisma pode ser
assintomático e detectado em um estúdio casual ou motivado por outra
causa, ou chegar a uma ocorrência visível ou palpável como uma massa
tumoral que chama a atenção do enfermo; em algumas ocasiões, debuta
com ruptura em um quadro sem dor, com colapso circulatório e morte em
poucos minutos, mas também pode dar manifestações mais ou menos
típicas em relação a suas características.
A dor é um sintoma comum e suas características são muitas
variáveis, desde surdo, profundo e persistente, sem
manifestações acompanhantes, até um pungente, intenso,
taladrante, que chega a tornar-se intolerável e acompanhado
de palidez, frialdade, sudoração e desfalecimento,
geralmente referido com a fissura ou ruptura do saco
aneurismático; quando o fissuramento é lento, dura dias se
acompanha de febre. Como as relações da aorta no tórax são
diferentes das do abdomem, as manifestações clínicas dos
aneurismas desses segmentos aórticos serão explicadas
separadamente.
ANEURISMA DA AORTA TORÁCICA
Geralmente são assintomáticos se tiverem menos de 4 cm de diâmetro; em
idosos, a dor é o sintoma mais frequente e serve para determinar sua localização,
pois os pacientes geralmente referem-se ao hemitórax direito na aorta
ascendente, enquanto os pacientes referem-se ao hemitórax direito e à aorta
descendente esquerda. Quando o aneurisma compromete a origem das artérias
coronárias, às vezes ocorre uma dor típica do tipo anginosa. A dispneia é outro
sintoma frequente, devido à compressão da massa aneurismática nas estruturas
do aparelho respiratório; quase é sempre constante e aumenta com os esforços.
Ao comprimir um brônquio principal, produz tosse, que é metálico e acompanhado
de sibilância. A disfagia, porém regular, só aparece nos grandes aneurismas do
cajado e na porção inicial da aorta descendente.
A inspeção do tórax pode evidenciar um latido anormal no
precórdio que não guarda relação com o latido da ponta, e a
auscultação demonstrar a existência de um sopro diastólico
de pouca intensidade, produzido por turbulências que sofrem
a corrente sanguínea no saco aneurismático . Este interfere
em ocasiões na propagação da onda do pulso e da diferença
na sua intensidade e assincronia em regiões anatômicas
simétricas
O pulso laríngeo ou signo de Oliver-Cardarelli pode reverberar nos
grandes aneurismas do cajado, que em cada latido deslocamento para
baixo o brônquio esquerdo, que a sua vez transmite o movimento para a
traqueia e laringe. A compressão pela massa aneurismática de diferentes
estruturas da lugar a diversas síndromes, como o de Horner, por
compressão do cervical simpático, ou de atelectasia pulmonar, por
compressão brônquica, que a sua vez pode dar lugar a um abscesso
pulmonar. A compressão da veia cava superior pode originar a síndrome
de Stokes, caracterizada por uma grande ingurgitação jugular e tumefação
da porção inferior do pescoço.
A trombose do aneurisma às vezes causa um sopro sistólico e o
desprendimento do trombo causa um quadro de isquemia periférica aguda,
com dor intensa, palidez e enfraquecimento do membro afetado, ou um
quadro de acidente vascular encefálico que afeta o território cerebral. O
estalido do saco aneurismático em um brônquio dá origem a um quadro de
tosse intensa e persistente, com expectoração hemoptóica que pode durar
vários dias; se a ruptura for completa, surge hemoptise maciça com morte
súbita do paciente. Também é capaz de fissurar-se na pleura e causar um
hemotórax, ou no pericárdio e produzir um taponamento cardíaco. Se o
aneurisma for muito grande, vai erodir o esterno, as costelas e até as
vértebras e se exteriorizar como uma massa tumoral, pulsátil e
estremecedora, onde se ouve um sopro sistólico.
ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL
A maioria desses aneurismas permanece assintomática por vários anos.
Quando produzem sintomas, pode-se notar uma perda de peso progressiva, e
dor lombar inespecífica em pacientes sem problemas de coluna. Também
nesses pacientes, a dor é o sintoma mais frequente, com características
semelhantes às presentes na aorta torácica. Mas a localização é nas regiões
inferiores das costas e glúteos, na parte inferior do abdómen fixa, ou com
irradiação até aos músculos. Ocasionalmente, o paciente refere que
determinadas posições aliviam ou causam dor; essa dor abdominal ou lombar
com irradiação para a região inguinogenital é sintoma de expansão ou
ameaça de ruptura da parede do aneurisma
O meteorismo é frequente e às vezes causa náuseas, sobre tudo pós-
prandiais, que podem causar vômito. Não são excepcionais as diarreias
por irritação das porções baixas do trato digestivo, mas estas moléstias
digestivas e a obstrução duodenal só estarão presentes nos grandes
aneurismas. Cada vez que se palpe a massa pulsátil por baixo do
apêndice xifoide, o aneurisma será sempre infrarrenal (signo de De
Bakey), enquanto que quando se apalpe por baixo do umbigo, tanto faz à
esquerda como à direita, se pensa em invasão das artérias ilíacas. Esta
massa palpável é acompanhada de um sopro abdominal à ausculta. A
presença de uma aorta calcificada e tortuosa pode confundir o diagnóstico.
Quando o aneurisma se rompe no trato digestivo, surge um
quadro de sangramento digestivo, geralmente melena; mas
se a ruptura for completa, ocorre hematoquecia maciça
(enterorragia) com morte súbita. A fissura de um aneurisma
da aorta abdominal também pode levar a um quadro de
hemorragia retro ou intraperitoneal
EXAMES COMPLEMENTARES

 Hemograma completo: É normal, mostra anemia e leucocitose


quando o aneurisma é rompido.

 Eletrocardiograma: Só mostrará as repercussões que teve no


coração a doença que condicionou ou predispôs a formação do
aneurisma, ou as alterações hemodinâmicas que produziram ao
provocar insuficiência da válvula aórtica, uma fístula
arteriovenosa por fissura em um vaso ou cardinal cavidades
cardíacas direitas etc.
 Estudos de imagem: São os mais importantes e seguros para o
diagnóstico de um aneurisma aórtico.

 Estudos radiográficos simples: Não são muito úteis nos de


localização abdominal, a não ser que existam calcificações na
parede arterial, facilitam o diagnóstico. Se o aneurisma for
torácico, se houver um enxame da silueta, enxame mediastínico,
massa adjacente ou superposta à aorta, deslocamento traqueal
ou sinais indiretos como erosão ou deslocamento do órgãos
vizinhos (traquéia, brônquios e pulmão)
Grande dilatação da aorta ascendente produzida por um aneurisma.
 Aortografia (por técnicas percutâneas ou por sustração digital): É útil
para precisar o tamanho, estado da luz arterial e da circulação e relação
com os vasos renais e mesentéricos, comprometendo o fluxo sanguíneo e
o estado da circulação no segmento iliofemoral; estes elementos são de
grande importância para estabelecer um prognóstico e avaliar o
tratamento cirúrgico.

 Angio-tomografia axial computadorizada (angio-TAC): De escolha por


sua maior resolução, fornece informações sobre o local da rotura, a
relação com os demais ramos, aneurismas em outras localizações e a
possibilidade de um tratamento intravascular
 RMN: Também é muito precisa no diagnóstico de um aneurisma aórtico;
define o tamanho e o comprometimento que poderia existir no segmento
ilio-femoral, mas não precisa bem se existe oclusão da mesentérica e das
renais.

 Estudos ultrassonográficos: Por sua acessibilidade, não são invasivos,


são facilmente repetíveis (permitem avaliar a evolução) e possuem uma
sensibilidade elevada para o diagnóstico de aneurismas, são os estúdios
ideais para esta idade. Tem o inconveniente de não precisar bem do
tamanho e das relações com as estruturas das veias, e com as artérias
mesentéricas e renais, ou quando se encontram ubicados de forma muito
cefálica ou na pelve.
 Ecocardiografia transesofágica: Melhorou muito a definição
das características dos aneurismas torácicos, e é
especialmente útil quando não se pode realizar a Angio-TAC
por instabilidade hemodinâmica do paciente. Oferece
informações pontuais sobre a extensão do aneurisma e o
estado das ramas aórticas.
COMPLICAÇÕES
As complicações dos aneurismas da aorta são variadas:

1. Embolização: Devido ao descolamento de um trombo mural que produz


macroembolias com sinais clínicos de isquemia aguda ou microembolias
que acometem pequenos vasos distais, surge um quadro clínico com
pulsos distais preservados e dedos cianóticos e doloridos (síndrome do
dedo azul).

2. Trombose: É uma entidade clínica muito rara que cursa com clínica de
isquemia aguda no hemisfério inferior com mortalidade elevada e deve ser
tratada como urgência vital.
3. Fistulização a estruturas adjacentes: As mais frequentes são a fístula
aorto-cava que pode levar a uma insuficiência cardíaca congestiva grave, e a
fístula aorto-duodenal que ocasiona uma hemorragia digestiva alta de elevada
mortalidade.

4. Ruptura: Esta é a complicação mais dramática, que faz com que um grande
número de pacientes falhe antes de dar entrada no hospital. Inicia-se com dor
intensa e súbita e irradiação dorsal acompanhada de hipotensão progressiva,
choque hipovolêmico e insuficiência cardíaca. Geralmente a ruptura é na
pleura e causa um hemotórax maciço; invade as vias aéreas e produz
hemoptise fulminante; afeta o sistema digestivo e causa hematêmese violenta,
seja no espaço retroperitoneal, intraperitoneal ou ambos
TRATAMENTO

O tratamento do aneurisma da aorta é cirúrgico. No caso das


saculares, pode-se tentar a ressecção do saco aneurismático
com a reparação da parede aórtica, mas se o orifício que se
comunica com a luz arterial for muito grande, assim como nos
fusiformes, há ressecção do fio aórtico danificado com
reparação termo-terminal se for possível ou com injeção de
prótese se for necessário
A decisão do tratamento cirúrgico depende de vários fatores
entre os quais se encontram: a localização do aneurisma; a
presença de sintomas, como dor intensa, hemoptise ou
hematêmese ou arritmias no caso de aneurismas do seio de
Valsalva; a presença de sinais de expansão; do mesmo modo
deve se avaliar a causa destes, por exemplo, os de origem
infecciosa como micóticos e os traumáticos devem ser
priorizados, e por último, o tamanho. No caso de abdominais,
um diâmetro maior que 5 cm é uma indicação de cirurgia
programada enquanto que se maior que 7 cm é uma indicação
semi-urgente.
ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL QUEBRADO

Reparação urgente da rotura: No caso de suspeita de aneurisma abdominal


roto, deve-se colocar acesso venoso de calibre grosseiro e infusão de
cristaloides, evitando ou corrigindo a situação de choque inicial (relacionado
diretamente com a morbilidade e mortalidade). Mantenha a tensão arterial
sistólica entre 80-100 mmHg, realize a canalização da via arterial e sondagem
urinária que permita medir o fluxo urinário como parâmetro confiável de
perfusão.

A mortalidade depende do estado hemodinâmico no momento da intervenção. A


taxa de mortalidade é de 30-70%.
Foram sugeridos fatores de risco pré-operatórios que poderiam
prever a taxa de mortalidade:

 Idade maior de 76 anos,

 Creatinina superior a 190 mmol/L,

 Concentração de hemoglobina superior a 9 g/dL,

 Perda de conhecimento

 Sinais de isquemia no ECG.

Considere que a taxa de mortalidade pode chegar a 100% quando o


paciente apresentar três fatores de risco ou mais.
DISSECÇÃO DA AORTA

Conceito

A dissecção aórtica é a saída do sangue do lúmen arterial através de


um rasgo da íntima em direção às camadas externas (média e
adventícia), que forma um falso lúmen arterial. Não se sabe bem se o
processo inicial é uma ruptura primária da íntima com dissecção
secundária da média ou um sangramento da média que disseca a
íntima e a rompe.
ETIOLOGIA

Qualquer lesão primária da capa média arterial que facilite a


dissecção desta pelo sangue ao romper a íntima vascular e
produza uma hemorragia dos vasos sanguíneos, pode dar
lugar a um aneurisma dissecante da aorta. Há alguns anos se
plantava que a necrose quística da mídia era a causa
principal, mas nesses momentos se sabe que esta
praticamente só se encontra associada com a síndrome de
Marfan
CLASSIFICAÇÃO DA DISSECÇÃO AORTICA
1-Classificação de Stanford: Baseado em critérios terapêuticos:

 Tipo A (dissecção proximal): Afeta a aorta ascendente,


independentemente do seu local de origem e da sua extensão.
Corresponde aos tipos I e II de De Bakey.

 Tipo B (dissecção distal): afeta a aorta descendente. Corresponde aos


tipos I e II de De Bakey.
2-Classificação de De Bakey:

 Tipo I: Origina-se na aorta ascendente proximal e estende-se à


aorta ascendente, arco e em longitude variável à aorta torácica
descendente e abdominal.

 Tipo II: Se limita na aorta ascendentes.

 Tipo III: Afeta a aorta descendente.


EXAMES COMPLEMENTARES
Eletrocardiograma: Pode mostrar a repercussão no coração de afeições
anteriores a dissecção aguda, mas esta em si não tem representação
eletrocardiográfica, e é um estudo muito importante para descartar um IMA,
sobre tudo quando se dispõe de terapia trombolítica, não deve ser
esquecido que a dissecção do tipo A é capaz de comprometer um ou ambos
os orifícios coronarianos e causar uma verdadeira IMA como complicação.
Radiografia simples do tórax: o estreitamento do mediastino ou do botão
aórtico com deslocamento da traqueia; a silhueta aórtica lobulada ou em
forma de dente de serra; o aperto da parede arterial maior que 8 mm, que
pode ser necessário quando há calcificações na íntima.
RMN: Suas imagens têm uma definição muito boa e são muito úteis quando há
doença aórtica prévia. Não pode ser usado em pacientes com marcações
permanentes, suturas metálicas, próteses valvulares mecânicas, nem em
pacientes intubados ou com necessidade de suporte intravenoso, além de não
definir tomada de fios ou insuficiência valvular aórtica.

Ecocardiograma: O registro de um duplo eco aórtico, um nódulo ondulado


dentro da aorta, enxame sistólico final da aorta maior que 42 mm,
espessamento da parede anterior maior que 20 mm ou achado de parede
dupla anterior ou posterior da aorta, determina o diagnóstico. Também permite
o diagnóstico de insuficiência da válvula aórtica e se tiver a função Doppler,
mas se for a cores, pode precisar de comprometer os ramos colaterais
TRATAMENTO
Medicamentoso

A dor deve ser aliviada com opiáceos, meperidina 100-150 mg ou morfina 10-30 mg i.m.
ou i.v. Se a pressão arterial estiver elevada, como na maioria das doenças, pode-se usar
nitroprusiato sódico em infusão i.v., na razão de 0,5-8 µg/kg/min, ou na prática
dissolvendo 50 mg em 500 mL de dextrose a 5 %. Para diminuir a frequência cardíaca e
a força e velocidade de contração do músculo cardíaco, use betabloqueadores; você
pode usar propanolol na dose de 1 mg i.v. a cada 3-5 min, até que a frequência cardíaca
caia para 60 lat./min, ou administrando um total de 0,15 mg/kg de peso corporal, e
oferece manutenção de 2-4 mg i.v. cada 4-6 h. Também se usa atenolol, 5 mg i.v. No se
debe utilizar hidralazina, diazóxido ni minoxidilo, por la estimulación refleja que
produzem no ventrículo esquerdo, com taquicardia e aumento da contractilidade.
CIRÚRGICO

Recomenda-se executar o tratamento cirúrgico urgente em


todas as direções proximais; em qualquer tipo de dissecção
se ocorrer em paciente com síndrome de Marfan, e nas
distais se houver elementos de progressão da dissecção ou
ameaça de ruptura.
ANEURISMA ARTERIAIS VISCERAIS

Etiologia

Os aneurismas viscerais compartilham causas com os da aorta e outros


vasos, por isso que a origem aterosclerótica é comum a todos eles.

No entanto existem particularidades, como o facto de o aneurisma


esplénico estar relacionado com situações como a displasia fibromuscular,
a hipertensão portal, a arterite localizada e o embaraço, principalmente a
multiparidade, o que o torna mais frequente nas mulheres, pelo que o
diagnóstico acostuma realizar durante a gestação.
Diagnóstico

Em todos esses casos, a ultrassonografia, o TAC e a


arteriografia são os métodos fundamentais para confirmar o
diagnóstico.

Em alguns casos, como nas artérias esplénicas, o diagnóstico


por exames complementares pode ser acidental quando na
radiografia simples do abdômen, se mostra como um círculo
calcificado no quadrante superior esquerdo do abdômen.
Tratamento

O tratamento é cirúrgico e está indicado para aneurismas esplênicos


sintomáticos, aneurismas assintomáticos maiores que 3 cm de
diâmetro e aqueles que apresentam crescimento. Em mulheres férteis,
é aconselhável a cirurgia de qualquer aneurisma, independentemente
do seu diâmetro e sintomatologia. A ressecção do aneurisma nos
aneurismas proximais, podendo ser seguida de esplenectomia nos
distais, é a abordagem cirúrgica nesses casos. Se o paciente for
idoso, de alto risco ou quando houver complicação por hemorragia
digestiva, pode-se realizar a embolização terapêutica do aneurisma.
ANEURISMAS ARTERIAIS PERIFÉRICOS

Etiologia

Com relação à etiologia, compartilham os mesmos processos


dos aneurismas da aorta, embora no caso dos aneurismas da
carótida, a sífilis e o uso de drogas sejam mais frequentes.
DIAGNÓSTICO

A ultrassonografia, angio-ressonância ou tomografia computadorizada


confirmam o diagnóstico, estabelecem a localização, extensão, tamanho e
presença de trombos. A arteriografia do arco aórtico e da artéria carótida
seletiva ajuda a definir o estado dos vasos remanescentes e da circulação
intracraniana no caso dos aneurismas carotídeos, assim como nos femorais;
no caso dos aneurismas da artéria poplítea, a arteriografia permite definir a
circulação distal ao aneurisma, principalmente das artérias tibiais.
TRATAMENTO

Cirúrgico

O tratamento cirúrgico é um programa para aneurismas


arteriais das pernas. É indicada quando as artérias têm o
dobro do tamanho normal ou quando o paciente é
sintomático. No entanto, devido ao risco de complicações
graves, o reparo cirúrgico é realizado para todos os pacientes
com aneurismas de artéria do braço. O aneurisma é
ressecado e substituído por uma prótese de dacron.
TERMINAMOS!

GRATOS PELA ATENÇÃO.

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