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I1-during the months preceding Angola’s independence in November 1975, the Brazilian diplomat Ovidio de
Melo unpacked his bags. Sensing the tension and uncertainty, he asked the Brazilian foreign ministry
(commonly known as Itamaraty) to let him buy a cistern, a power generator, and a car.

p.2 OvÍdio and Ivony de Melo completed a circle of Brazilian encounters with Africa that began when the
Brazilian writer Gilberto Freyre, who traveled to Angola in 1951 as a guest of Portuguese colonial officials, raised
his glass in celebration of the “future Brazils” he believed Portuguese colonists were creating. This book is called
Hotel Tr—pico because the hotel was the site of one of the most incongruous acts of Brazilian foreign policy.
when Brazil’s right-wing military dictatorship became the first government to recognize Angolan independence
under the Popular Movement for the Liberation of Angola (mpla). Hotels also connote transience, and this
book analyzes the ways diplomats and intellectuals sojourning in African countries processed the meanings of
Brazilian cultural and racial mixture. It explores a way of thinking that some of the Brazilians drawn to Africa
embraced and others rejected: that there existed something called “lusotropicalism.” The term, coined by
Freyre, suggested that the Portuguese had a special way of being in the tropics characterized by race mixture
and affinity for dark-skinned peoples, and that Brazil was the best example of the lusotropical ideal.

p.I2: The experiences and reflections of Brazilians who traveled to Africa in the 1960s and 1970s reveal mid-
twentieth-century elements of Brazilian racial and ethnic identity. They illustrate ways by which the idea that
Brazil was uniquely racially mixed and harmonious—that the country was a “racial democracy”—gave
meaning to state policy, defined a global role for Brazil, and propelled a generation of diplomats, intellectuals,
and artists across the Atlantic. The notion that Brazil might be a racial democracy has been rejected as a myth
by scholars of race relations: all data indicate a deeply unequal distribution of economic, educational, and
political resources, which remain overwhelmingly concentrated in the hands of Brazilians of European descent.
The myth masks inequality and discrimination, in contrast to visible symbols of discrimination and segregation in
societies like the United States and South Africa. In that sense the myth reinforces discrimination, both by
helping to conceal it behind a positive national self-image and by making it more difficult for its victims to
mobilize.

-Diplomatas brasileiros conciliavam a crença na democracia racial como reconhecimento da desigualdade


racial, através da comparação com outros países em relação ao grau de mestiçagem e ao reconhecimento
e a extensão da influência da cultura africana no Brasil.

-Anani: contradições gritantes entre o interesse renovado do Brasil em África e sua incapacidade de incluir
afro-brasileiros na própria operação desse interesse.

-Na verdade não tem contradição, uma vez que não havia negros no Itamaraty, e, portanto, não estavam
nos processos decisórios.

-Os diplomatas brasileiros são mais próximos dos Europeus que dos brasileiros (minha leitura)

-p.I3: These diplomats and intellectuals are at the center of this book. They were often juxtaposed against
competing political groups, and were often invested with a sense of mission that made them see connections
with Africa as helping to realize Brazil’s national destiny as a racially mixed world power.

-This book explores the opposite: the freedom that white Brazilians felt to assert their blackness and Africanness.
(EITA!!)

- A descolonização reforçou o processo de assunção de uma “herança africana” dos diplomatas brasileiros. A
atenção do mundo estava voltada para a África.

-shaped the Brazilian state’s responses to the cold war, creating room for Brazilian diplomats to propose an
alternative to the logic of an “iron curtain” dividing East and West. As the former foreign minister Afonso Arinos
de Mello Franco proposed in 1965, Brazil was on the moral side of a “racial curtain”: it was a natural leader of
the developing world because its racial democracy was a positive response to Jim Crow and colonialism.
Brazilian leaders used relations with Africa to assert autonomy from the United States and stake a claim as an
emerging world power.

-p.Ia e 5: a política externa para o continente africano modelaria a política internacional do Brasil para os
próximos 30 anos.

p.I5: O Brasil, ao lado de Cuba, era único entre os países da América Latina em busca de relações com os
países africanos. Como Piero Gleijeses e Carlos Moore ilustram, a África era um espaço para afirmar a
influência política e a autonomia de Cuba, e um lugar para projetar os significados da Revolução. A
experiência cubana foi particularmente dramática: culminou na implantação de dezenas de milhares de
tropas para Angola e combate armado com os militares sul-africanos. Embora para grande parte do período
deste estudo o Brasil tenha sido governado por uma ditadura militar de direita, A política brasileira na África,
particularmente em Angola, frequentemente se encaixava com a revolucionária de Cuba.

-p. 15 e 16: os antigos laços entre Brasil e Angola... aquele caso da revolta em benguela para se unificarem
ao recém independente Brasil de D. Pedro I.

-p.i6: As relações de ir e vir pelo Atlântico: Os agudás do benin e outros grupos.

-Aumento de delegações na ONU: os “novos” países africanos.

-p.i7: Nkrumah => o futuro da África deveria ser o pan-africanismo socialista. Ligação África e as lutas dos afro-
americanos.

-Senghor (Senegal): política econômica + liberal. O que marcou sua trajetória foi a defesa da “negritud”
enquanto projeto político-cultural que celebrava a africanidade e seus laços com os descendentes de
africanos por todo o mundo.

-Novos países enfrentavam legados do colonialismo, instabilidade política, rivalidades internas.

-Uma causa unificava a maioria dos “novos” países africanos: a libertação das colônias lusófonas e o fim do
colonialismo na Mamíbia, Rhodésia e África do Sul. Já o Brasil permanecia em uma política de “laços
sentimentais” com Portugal.

-Procurar o “espelho triangular” do DziDzinenio

-p.i7: What Brazil?

-Diplomatas começam a desenhar uma política externa que coloque o Br como um Player significativo na
política internacional e isso passa por que posição adotará em relação ao continente africano.

-Para o diplomata Bezerra de Menezes “a arma secreta” era a tolerância racial. Para este, o BR deveria ter
uma postura anti-soviética mas ao mesmo tempo se distanciar dos EUA ensejando uma política própria.

-Using our main political and diplomatic weapon—the almost perfect racial and social equality that exists in
Brazil.

-Achar que o BR tinha como arma a “tolerância racial” era respaldar a mesma visão que baseava o
lusotropicalismo. Ou seja, (leitura minha) uma política externa que queria consolidar o BR como um Player
importante e ao mesmo tempo se colocava ao lado do discurso lusitano era uma contradição fadada ao
fracasso.

-Depois, Bezerra de Menezes reescreve seu livro saudando Jânio Quadros por seguir estas ideias de política
externa autônoma. E critica o colonialismo PT (o que na minha leitura é uma contradição).

-p.i10: The character and intensity of Portuguese resistance to decolonization posed a dilemma for Brazilians:
Which side of their heritage should they support—the Portuguese or the African one? And what mattered
more: the sentimental connection to Portugal, or the developmental aspiration to make Brazil an industrializing
leader of the third world?

-Afonso Arinos: escreveu discursos/escreveu sobre a pretendida “comunidade atlântica” de Jânio Quadros.

-p.i11: o quadro de Ovídio representando a derrubada da estátua de Luís de Camões.

-i12: Freyre’s writing underpinned the Brazilian understanding of Africa and its significance to Brazil. By casting
Brazil as the dialectical synthesis of Portuguese and African elements, Freyre created a framework within which
both those who supported Portugal and those who pursued ties with Africa would operate.

-Dois grupos em oposição ( e ambos eram influenciados por Freyre:

. Um que era pró-lusitano e era composto da comunidade portuguesa no rio e seus laços com o Itamaraty.
.Outro que era composto de jovens diplomatas, pela esquerda universitária e por acadêmicos dos CEAs
(esses viam na valorização da herança africana o motivo para estabelecer laços com as novas nações
africanas). Esta corrente ganhou o apoio de Jânio Quadros.

-Outro ponto: o Brasil dos 30, 40 e 50 era tinham um viés nacionalista, se via culturalmente mais “avançado”
que EUA e Europa e precisava passar de nação agrária pra industrial, combinando iniciativa privada e forte
intervenção do Estado.

-pi14: discorre sobre a visão de Freyre: o feito dos portugueses foi “criar a civilização dos trópicos”.

-Para Freyre a lascívia do homem branco tem a ver com o clima dos trópicos.

-Freyre é visto de várias formas. Alguns intelectuais separam sua trajetória intelectual das suas ricas
proposições de início de carreira da posterior “defesa” do colonialismo PT.

-pi15: Supporters of Portugal in Brazil invoked Freyre. Opponents of Portugal did too. And even the small
number of black Brazilian militants and exiled radicals who went to African countries would engage in a
dialogue with Freyre’s ideas.

-Freyre, Portugal, and Lusotropicalism

-Descreve o Estado Novo no Brazil e em Portugal.

-Nos anos 50, Angola atraía muitos colonos portugueses pelo seu “boom” de café, diamantes e petróleo.

- Portugal dos anos 60 seria um triunvirato entre Vasco da Gama, Príncipe Henrique o Navegador e Salazar
(pra dizer que PT ainda estava vivendo no passado, no tempo dos Impérios e reinados modernos, na ideia de
“o fardo do homem branco” de civilizar a África).

-p.18: “Apesar de Freyre ter explorado criativamente as recentes ciências sociais americanas para um projeto
de criação de uma visão da sociedade tradicional, não há dúvidas sobre seus próprios preconceitos. Embora
profundamente "moderno" em sua formação e em sua experiência de antíteses pessoais e sociais, ele não
conseguiu verdadeiramente manter o equilíbrio e ansiava pela segurança do passado. . . Sua distância crítica
é dominada em seu trabalho pelo abraço do patriarcado.” (dizendo porquê Freyre se aliou ao Salazarismo).

-Nos anos 1940 foi convidado pelos PT a dar palestras, o que culminou com na obra “o mundo que o
português criou”.

-p. 18: "the good understanding among men shaped by the same traditions and guided by the same
democratic aspirations. I mean to say human, essential, social democracy; political democracy little concerns
me.”(é o próprio Freyre falando).

-Nos anos 50 Freyre excursionou pelas colônias PT custeado pelo gov. salazarista(Manoel Sarmiento
Rodrigues).

18/19 -Brazilians, as the descendants and continuers of the Portuguese, have achieved in America. And these
two efforts . . . are animated by a common spirit characterized mainly by the feeling and by the practice
of an—I wouldn’t say perfect—but substantially advanced social and ethnic democracy.”

-“Um brasileiro em terras portuguesas” sintetiza algumas das palestras que deu em instituições de pesquisa das
colônias.

-em entrevistas Freyre disse que a ele pouco importava se em Portugal não havia um regime democrático.

-Para Costa e Silva, Freyre era prisioneiro de seu próprio sonho. E também que a miscigenação (pelo menos
para o índico) deve-se pouco ao PT e mais a “encontros” com árabes, persas, indianos, etc

-Críticas de Mário de Andrade a Freyre: o lusotropicalismo é “um método de colonização”.

-19/20: Mário de Andrade (angolano): “What harmonious and cordial participation in this cultural ideal could
exist in Africa under Portuguese domination, where native cultures are systematically destroyed by a fierce
policy of assimilation? Men are detribalized and whole populations are reduced to forced labor.

-Seeing Africa through Portugal


Of course I committed incest with my half-sister when I was eight. She taught me. Even that. Even sex.”31 She
was the mulatta daughter his father had borne with his black maid. This was uncannily true to the spirit of
Freyre, who wrote in The Masters and the Slaves: “It is even possible that in some cases, the white son and
mulatta daughter of the same father would love each other.”

21/22: falando sobre os entrevistados e como o momento (o presente) em que vive interfere em como se
lembra do passado (os processos de memória).

22/23: descreve a formação dos CEAAs no Brasil e seus precursores, Mourão, Z.M. Pereira Nunes, Cândido
Mendes. José H. Rodrigues que ensinava no Itamaraty e formou parte dos diplomatas pró autodeterminação
africana.

23/24: Brazilian Presidents and the Affinity for Portugal

O “lobby” português.

-[as associações portuguesas] Homenageavam Chanceleres brasileiros, empregaram o irmão de Getúlio


Vargas, etc.

-26: Freyre entregou a Vargas um presente de Salazar: uma cópia incrustada de joias de “Os Lusíadas”,
assumindo um papel de mediador e de “lobista” pró-lusitano.

-26/27: o tratado de aliança e amizade que na verdade subordinava o BR.

-Café Filho (que assumiu após o suicídio de Vargas) também era pró PT.

-JK: O “sentimentalismo” da relação com Portugal até cresceu.

Challenging Portugal

-Vozes dissidentes e críticas ao salazarismo começam a surgir no estadão e no DN.

- O caso do Vasco da Gama que foi convidado a excursionar por Angola e Moçambique e África do Sul, mas
sem levar jogadores “de cor”. O vasco declinou da proposta.

- 29: O vasco excursionou por Gana e Costa do Marfim, mas a contragosto de parte da diretoria que queria
vetar porque são países críticos ao colonialismo lusitano.

-30: Alvaro Lins, embaixador em PT de JK era crítico ao tratado de Amizade e Aliança.

-JK: depois de muita “sedução” da diplomacia PT substitui Lins por Negrão de Lima que declara: “Com PT não
tenho política. Pt é família.

-JK aponta um chanceler que é Judeu. O que desagradou Negrão de Lima.

Parei na p. 32

-Uma pequena manifestação ocorreu no porto do RJ contra o colonialismo português e foi “detonada” pela
visita de Sarmiento Rodrigues (do Conselho Ultramarino).

-p.33: The Independent Foreign Policy

-Jânio Quadros inicia uma política externa independente.

-Um evento o coloca em rota de colisão com Portugal: quando garante asilo a um navio que havia sido
sequestrado por dissidentes do salazarismo.

-Jânio visitou vários países do chamado “terceiro mundo”: Iugoslávia, Índia.

-JQ em 1 artigo para a revista “Foreign Affairs”: “Tornamo-nos, assim, o exemplo mais bem-sucedido de
coexistência e integração racial conhecido na história.”
Escreveu ainda que o Brasil, por essas características deveria ser a ponte entre “o Ocidente e a África” já que
é extremamente conectado a estes dois países.
-Afonso Arinos de mello Franco era o mentor da política externa de JQ.

-Curiosamente, antes de criar a lei anti racismo, A. Arinos escreveu artigos anti semitas.

-p.36: A visão de Arinos e Quadros sobre as relações raciais do Brasil e seu lugar em
o mundo era comum no início dos anos 1960, e foi muitas vezes enquadrado por
comparação com os Estados Unidos. A visão freyremana da harmonia racial
contrastou visceralmente com as imagens de confronto, violência e degradação
no sul segregado dos Estados Unidos. De fato, quando casos
de racismo no Brasil foram relatados, eles foram frequentemente relatos de racistas
atos de estrangeiros sobre os brasileiros, ou atos de racismo por parte dos brasileiros
Afro-americanos. A Lei Afonso Arinos foi aprovada em reação ao
a experiência da bailarina Katherine Dunham, a quem foi negado um hotel
quarto em São Paulo.

p.36 Looking Ahead

-Quadros abriu embaixadas em Ghana, Nigeria, and Senegal

-Jango seguiu essa política.

-Castelo Branco voltou atrás em tudo.

-Durante a Era Médici, os tempos do “Milagre, Mário Gibson Barboza viajou para 8 nações africanas a fim de
abrir mercado para os produtos brasileiros.

-Houve um embargo de se vender petróleo para os EUA e países associados a ele. Brasil escapou por pouco.

-Geisel era mais pragmático.

-p.37 Ansioso por restaurar a credibilidade do Brasil na África, Geisel fez do Brasil
primeiro país a reconhecer o governo independente de Angola, mesmo
embora fosse um regime marxista. Essa decisão foi parte de um novo estrangeiro
política que o regime denominou "Pragmatismo Responsável".

-Já nos anos 80, os mercados africanos não se mostravam tão promissores.

-Cap.2:

Lendo lateralmente e rapidamente. Basicamente, fala da política para a África: os embaraços de Souza
Dantas e o muito idealismo e o pouco pragmatismo.

Parei na p.54.

Pulei a parte sobre a embaixada de Ademar Ferreira na Nigéria.

p.91: 4 War in Angola, Crisis in Brazil

Embaixador brasileiro na ONU reclama da posição que ele é obrigado a defender: o apoio a Portugal.

Everyone at the United Nations knows that Portugal uses forced labor in
Angola, divides Angolans into first and second class citizens (“assimilated”
and “not assimilated”) and practices racial discrimination against
the blacks who are 97 per cent of its population. Everyone also knows that
after five centuries of Portuguese rule, 99 per cent of the black population of
Angola is illiterate. Finally, everyone knows that in Angola there are violations
of human rights and individual liberties. Portugal denies this, but it
refuses to admit any kind of international observers . . . To invoke a bilateral
agreement with Portugal to justify Brazil’s vote means admitting that Brazil
has specifically committed itself to supporting Portugal’s policies in Angola,
which would be disastrous for our standing at the United Nations . . .
In the end, Brazil’s abstention in the vote would be a needless sacrifice of
our prestige, both because the proposed resolution is going to be approved
overwhelmingly, and because the dismantling of the Portuguese empire in
Africa is inevitable and will probably happen in short order.

p.92 “the Portuguese theory that their colonies are ‘overseas provinces’
is a legal fiction. These are typical colonies, in terms of the physical and
cultural character and their social order.”

-A posição do BR representa um “recuo” de Jânio, que antes procurava romper com PT. Jango também
tentou, mas acabou recuando também.

-p.103: Costa e Silva era vigiado pela PIDE. Era visto como um “anti-português”.

-p.109 Gilberto Freyre used the term “racial democracy” for the first time, declaring,
“My thanks go to those who participated by being present at the
commemorations of Camões Day in Rio de Janeiro this year, and came to
hear the words of someone who, as a disciple of Camões . . . is as opposed
to the mystique of ‘negritude’ as to ‘whiteness’: two sectarian extremes
that are contrary to the very Brazilian practice of racial democracy through
mestiçagem: a practice that imposes special duties of solidarity with other
mixed-race peoples . . . Especially with those of black and mestiço o Africans
marked by the Portuguese presence.”51 Until then Freyre had always
used the terms “ethnic democracy” and “social democracy,” which meant
the same thing but were more compatible with a culturalist interpretation
of peoples. Since Freyre cast himself as a pioneer of that approach,
he shunned the use of the word “race.” But when he spoke passionately
about Portugal in Africa he used more direct and political language.

-Ao longo dos anos 60, Freyre vai continuar defendendo o colonialismo PT.

-Diplomatas PT sempre convidavam deputados brasileiros a visitar as praias de Luanda e Moçambique com
tudo pago pra ganhar apoiadores.

P.141 Gibson Barboza’s Trip “Brazil [Re]discovers Africa”

Parei na p.140

Brazil’s Economic Miracle

-O Brasil do milagre crescia bastante e exportava bastante.

-Em uma “tour à África”, Gibson Barboza assinou diversos acordos de cooperação técnica como os de
construção ( e nessa época a Odebrecth e Pão de açúcar lá chegaram).

-Jornais Angolanos elogiavam o crescimento econômico do Brasil como a dizer que, como resultado da
colonização portuguesa, um dia Angola chegaria nesse patamar.

-Finalmente o Itamaraty muda pro DF amenizando o lobby português.

-Barboza tencionava negociar a relação PT x Mov de Ind

-Iniciou uma série de “afagos” a Portugal. 2. Excursionou por 9 países africanos assinando acordos; 3
demonstrou intenção de mediar a independência de maneira negociada.

-PT tenta enredar Delfim Neto oferecendo vantagens comerciais com Angola e Moçambique, mas Gibzon
Barboza vence o embate ao oferecer sua renúncia caso Delfim prevalecesse. E ainda: confrontou
diretamente o embaixador PT para que ele parasse com o lobby na mídia.

- A viagem de Gibson Barbosa foi um sucesso.

-Começou (estrategicamente) por 9 países da África ocidental que não eram comunistas. Seus objetivos
eram apresentar o Brazil aos líderes africanos e ao mesmo tempo apresentar a África a opnião pública
brasileira.
-Brazil era visto como um possível “pacificador” das relações com Portugal.

- A visita também foi planejada para alternar países q tivessem uma posição mais moderada com uma mais
dura em relação ao Brasil e Portugal.

-Sinais trocados:

Eu sustentei uma linha crítica durante a viagem. eu pensei


no momento em que estávamos dependendo muito de elementos simbólicos - elementos
como o apelo ao passado, à história, à etnia, aos brasileiros
que retornaram e formaram comunidades na África. Tudo isso era verdade e
permanece verdadeiro hoje, mas foi ambivalente. Afinal, era tudo relacionado a
escravidão. Então, não foi justamente um passado glorioso, um papel que tinha sido positivo
para o Brasil, tanto que em alguns países isso causou desconforto
reações. Nem todo país viu essa memória cultural de forma positiva, especialmente
aqueles que buscavam modernizar e ocidentalizar. Eles encontraram
nada atraente nesse discurso brasileiro sobre o candomblé e assim por diante,
porque para eles isso era algo sobre o passado que eles queriam
seguir em frente.

-As visitas ao Togo e Benin foram mais “tranquilas”. O discurso das “raízes africanas” presentes em todos os
brasileiros teve mais “eco”. E nesses países há comunidades de “retornados”.

-Passou por camarões e zaire.

-Na Nigéria recebeu críticas do governo, mas foi bem recebido nas cerimônias com os “agudás”.

-A última etapa na viagem foi ao Senegal de Senghor, quando Gibson e o presidente Leopold puderam
traçar estratégias conjuntas de negociar com Portugal.

- Ao mesmo tempo, Roberto Carlos excursionava por Luanda (uma ação psicossocial?).

-p.201: decolonization.

-171: o pragmatismo responsável vira nossa política de RI (negócios em primeiro lugar, em detrimento de
alinhamentos).

-A revolução dos Cravos poe o BR em um dilema: se afastar do novo PT socialista e provar para as nações
africanas que têm realmente uma nova política pra África, a despeito de seu passado de aliado de PT.

-p.175: In his newspaper column Gilberto Freyre quoted Sp’nola’s reference


to him and discussed “the practically new Brazils that are Guinea, Angola
and Mozambique.” Since they shared the Portuguese language, “that
common language characterizes a Portuguese world unified by ways of
life . . . One of these ways of life is the tendency to be a racial democracy
in contrast to a world so divided by race hatred.”17 The idea that the Portuguese
language itself was a bearer of culture that sustained miscegenation
and racial equality perhaps tempered the immediate psychological impact
of decolonization for Portuguese tied to the old regime, like Spínola. But
Freyre and his lusotropicalism were anathema to the new generation of
political leaders emerging in Portugal after 1974.

-Após a revolução dos Cravos, líderes como Mário Soares rejeitaram o lusotropicalismo:

‘Temos um preconceito real contra Gilberto Freyre.’ Para Soares O Mundo o Português Criou é um admirável
livro. Mas ‘a teoria de que o colonialismo português era único era essencial para o moinho das políticas do
ditador Salazar e sua resistência ao inevitável descolonização.’

-A revolução dos cravos cria um dilema para a política externa brasileira, pois, aos olhos dos líderes africanos,
o fato de o Brasil romper com Portugal não transpareceria como uma mudança concreta da política de RI do
Brasil em relação à África, mas uma resposta ao fato de PT ter se tornado um país em que partidos socialistas
e movimentos sociais tinham protagonismo. Para responder à isso e “compensar o tempo perdido” BR é o
primeiro país a reconhecer a independência de Angola.
-Médici nomeia um desafeto para a embaixada pt, mas isso causa novos embaraços a relação Brx Pt pq este
era o ex diretor do SNI, que era chamada pelos militantes portugueses de a PIDE BRASILEIRA.

p.188: Em meados de 1974, José Maria Pereira viajou para a Guiné-Bissau


Bissau como diretor do Centro acadêmico de Estudos Africanos e Orientais
(ceao) para ver em primeira mão as condições enfrentadas pela primeira
colônia para ter ganho independência. Ele conheceu lá com membros do
paigc, um dos quais lhe disse: “A ideia de lusotropicalismo de Gilberto Freyre
matou mais pessoas que o G3 [fuzil de assalto usado pelos portugueses
exército]. ”65 A nova liderança da Guiné-Bissau, que viu o apoio do Brasil
para o colonialismo português, agora viu a lentidão do seu governo
na ampliação do reconhecimento.

-Moçambique recusou a ajuda e o reconhecimento do Brasil. Um dado a mais que reforçou a opção por
reconhecer rapidamente a independência de Angola.

-p.190 The Special Representation in Angola, 1975

-From the perspective of the cold war these actions are contradictory: an authoritarian regime that violently
repressed even moderate opposition at home openly supported a revolutionary Marxist movement overseas.
But the recognition of Angola responded to a different logic.

-A presença brasileira dentro da independência de Angola foi complexa. Angola teve vários significados para
o Brasil; e o Brasil realizou vários significados para Angola. Para o governo brasileiro, Angola era o porta de
entrada para a África: o rápido reconhecimento de Angola poderia superar a danos que vieram de apoiar
Portugal, e assim poderia abrir diplomática e portas comerciais para outras partes da África. O Brasil
acreditava que Angola se tornaria uma fonte de petróleo e um mercado de exportação.

-Para angolanos na capital, Luanda, muitos dos quais eram membros do MPLA, Brasil simbolizava o tipo de
fascismo capitalista contra o qual haviam lutado na guerra pela independência contra Portugal.

-p.191 Ambos os grupos se equiparavam em suas visões sobre o Brasil quanto ao capitalismo, o regime militar
e a imaginação da democracia racial que era tão reconfortante para os brancos nas sociedades coloniais: a
ideia de que todos compartilhava uma identidade e que os não-brancos eram felizes em seu lugar.

-A imprensa brasileira reagiu ao Geisel e sua “nova politica” para Angola.

-p.193: O novo Jornal de Angola alterou o tom das suas reportagens sobre o Brasil, agora um símbolo do que
o MPLA se opunha: terror de direita e racismo produzido pelo capitalismo internacional. Uma história e seu
posicionamento ilustram o que o Brasil agora simbolizava. Sob o título "Esquadrão da Morte"Strikes Again ”, a
edição de 14 de agosto relatou as ações de um “esquadrão da morte”que como atuava vigilantes em um
bairro pobre do Rio de Janeiro, torturando e matando dezenas de pessoas durante os chamados Massacres
da Semana Santa. Havia uma foto de um Klansman ao lado da história, com uma legenda provocativa: “Este
membro da Ku-Klux-Klan deixou-se fotografar limpando uma baioneta. O Grande Mago da organização
declarou que são eles que mantêm os Estados Unidos em andamento.Naturalmente, os objetivos da Ku-Klux-
Klan são diferentes daqueles dos “esquadrões da morte” brasileiros. " O significado evidente: violência racista
nos Estados Unidos e o vigilantismo dos esquadrões da morte que agiram com imunidade sob a ditadura do
Brasil eram a mesma coisa.

p.194: Manchete de um jornal Luandense: “O Brasil se torna um inferno”: “Nos países fascistas, as prisões estão
sempre cheias. . . É assim no Brasil, onde o governo Geisel oferece o ópio do futebol e do samba com uma
mão enquanto na outra segura a horrível coleira de cachorro. Está se tornando comum morrer violentamente
ou desaparecer no Brasil ”.

-Clima de tensão e incerteza durante os primeiros dias da representação especial em Angola.

-Moçambique recusou relações com Brasil pelo ressentimento de nada terem feito pela causa da
independência. Já o MPLA precisava da legitimidade que a representação especial conferia.

-Unita e FNLA pretendiam controlar Luanda para declarar a independência. UNITA ganhou o apoio de tropas
sul-africanas. Pouco depois Cuba manda tropas para apoiar o MPLA. Pelo nordeste de Luanda se aproximava
a FNLA com o apoio de tropas do zaire.
-204 [O Itamaraty] Entendia que as outras antigas colônias portuguesas iriam reconhecer o governo do MPLA,
que o MPLA tinha as melhores e mais organizadas forças armadas, o maior apoio popular e a maior
quantidade de território, e que o MPLA era a coisa mais próxima que Angola tinha de um governo nacional.
Eles ignoraram o marxismo do MPLA: independentemente de sua ideologia, o governo angolano precisaria
de apoio diplomático e contatos comerciais com o Ocidente, e estes poderiam impulsionar sua relação com
o Brasil. Finalmente, o Itamaraty reconheceu pragmaticamente que o governo não tinha os meios - militares
ou logísticos - para mudar o equilíbrio de poder em Angola. Ao mesmo tempo, o Itamaraty estava ciente de
que o Brasil agiria sozinho entre os países ocidentais, e que haveria uma reação doméstica.

-O Staff brasileiro não tinha dados completos sobre a situação militar em Angola: sabiam da presença
cubana, mas não sabiam de um grande número de tropas cubanas.

-A repercussão do reconhecimento da independência foi negativa na imprensa doméstica e entre os


militares mais conservadores.

p.211: a representação só vira embaixada em março de 1976. Continua a guerra civil

-Exilados: Daniel Aarão foi pra Moçambique e uns 15 foram pra Angola.

-Alguns exilados pensavam que Angola seria mais “aberto” e Moçambique mais extremista.

-212: Osava, descendente de japoneses, e Brito, descendente de portugueses e autodeclarados como


racialmente misturados, sentiram uma afinidade por Cabo Verde e Angola porque eles perceberam que suas
sociedades eram racialmente misturadas como as do Brasil.Embora defendessem uma crítica radical da
sociedade brasileira e suas desigualdades ,eles fizeram escolhas sobre como e onde continuar seu ativismo no
exílio com base em sua interpretação do significado da mistura racial.Para Osava e Brito, Angola foi
revolucionária e miscigenada.Eles ainda se preocupavam em ser vítimas do racismo, mas descobriram que os
angolanos diferenciaram seus acentos daqueles do português metropolitano.Não houve racismo “porque
éramos brasileiros”, lembrou Brito, “eu era branco, mas brasileiro. Tudo que eu tive que fazer foi abrir minha
boca e meu sotaque não era português. Isso resolveu qualquer problema. O medo que eu tive foi sobre ser
discriminado por ser branco, eu sou excessivamente branco, mesmo. Mais do que deveria ser, eu acho. Mas
nós não encontramos racismo lá,porque éramos brasileiros. ”

Como brasileiros, para não mencionar exilados e revolucionários,eles eram bem vistos. Brito lembrou que
havia uma "simpatia especial"em relação aos brasileiros, e que o Brasil era especialmente visível através do
futebol.Essa boa vontade era essencial, porque havia poucas lojas funcionando e pouca mercadoria, e a
família praticamente não tinha dinheiro. A eles foi dado um apartamento em um edifício moderno que
abrigava as famílias de funcionários do governo e assessores cubanos.

-este país é mais português do que africano ou indígena, por suas estruturas políticas, pela estrutura de suas
relações sociais. A influência cultural dos índios e negros é enorme, mas isso não alcança o sistema de
organização social. O lado da organização social do Brasil é Portuguese e portuguese atrasado. ”Osava
ecoou este sentimento: “O que a gente viu é que a cultura brasileira tem muita influência africana para isso,
mas há muito pouco na cultura dominante ”. Para eles, a influência africana foi principalmente a
capacidade de sobreviver à pobreza e exclusão através de relações interpessoais. O marxismo
revolucionário de Osava ideologia rendeu a uma crítica do sistema de valores culturais disseminado pelos
portugueses.

- Para Brito e Osava, o que o Brasil herdou de Portugal foi a sociedade elitista e hierarquizada.

-Parei na p.216 em 15/03/19 as 16:50

- p.217 Esta presença foi, no entanto, sustentada por uma Linha de crédito de US $ 50 milhões emitida pelo
Banco do Brasil para compras angolanas de bens brasileiros (como o sabonete “burguês” usado para limpar
o porco no romance de Manuel Rui); pelo comércio de petróleo, outros bens e serviços entre a petrolífera
angolana Sonangol e a Petrobras; e pela Programação televisiva brasileira transmitida pela Televisão Popular
angolana(TPA). Angola eliminou grande parte da imaginação sentimental que detinha para os brasileiros.

- 217/218 Programação de televisão brasileira, especialmente programação maior rede, a TV Globo, ganhou
um papel duradouro não só em Angola, mas nos outros novos países africanos cuja língua colonial havia sido
Português. Em um acordo em 1978 facilitado pelo Itamaraty, o Partido Popular Angolano Televisão comprou
direitos de sindicação para a novela da Rede Globo Gabriela. A novela serializou o romance Gabriela, cravo
e canela
do autor baiano Jorge Amado, cujas obras foram proibidas em Portugal e suas colônias até 1974. Gabriela
examinou os conflitos de classe causados pela modernização do início do século XX na região de cultivo de
cacau na Bahia.

- Assim como a África serviu de espelho para os brasileiros, os angolanos também A televisão brasileira
interpreta sua sociedade e seu passado.

-Baniram sítio do Pica Pau Amarelo pelo seu conteúdo racial.

-Programas desenvolvidos pelo MEC e pela TV Globo tinham uma forma meio “revolucionária” (pedagogia
Paulo Freire). O que chamou a atenção do centro de inteligência da Marinha.

-Brasil, por um lado uma ditadura de direita fundada num discurso anti-comunista, “”por outro o governo
adotou um curso de autonomia política e econômica em relação Estados Unidos e apoiaram as lutas das
nações do terceiro mundo contra pobreza e exclusão.

-Visita do ministro brasileiro Jorge de Morais vista por um jornal Br e um Ang como estreitamento dos laços e
cooperação entre nações do terceiro mundo

-As páginas seguintes falam sobre as relações comerciais Brasil x Nigéria, resistências de chuveiro, Pelé como
garoto propaganda, exílio de Abdias, etc.

-P.225: Freyre

Algumas das jovens repúblicas da África e do Oriente ainda estão confusas


e inseguro, então eles são anti-europeus e até mesmo fazem negritude em um
ideologia racista perigosa. Estas e outras nações podem desenhar lucrativamente
da experiência brasileira de mais de um século de independência e
por séculos de desenvolvimento. . . como uma civilização que é etnicamente democrática
e por causa disso, metaracial nos trópicos. ”

-Ministro da Nigéria veio ao Br ver a produção de gado

p.232: Challenging Racial Democracy: festac

O Festival de Artes e Cultura Africana (festac), realizado em Lagos em 1977,


foi uma oportunidade para o governo nigeriano evocar uma imagem de
Liderança africana sustentada pelos lucros do petróleo. Para o governo brasileiro
festac foi uma oportunidade para promover a africanidade do Brasil e
apoiar o crescente número de bens de consumo e serviços técnicos
sendo vendido na Nigéria. O festival, que decorreu de meados de janeiro a meados
Fevereiro, atraiu milhares de artistas, intelectuais e ativistas para uma série
de eventos de desempenho e um seminário acadêmico que destacou o
presença cultural no mundo. Maior e mais elaborado que o
festival realizado em Dakar em 1966, festac foi menos uma expressão da negritude
defendido por L´opold Senghor e mais uma celebração da cultura negra
na sombra do movimento Black Power no exterior e na Nigéria, a
ascendência econômica sobre a África.

-Abdias estava como prof. visitante em Ifé. Procurou o seminário para apresentar seu paper sobre Br: Mistura
ou Massacre. Chegou a entram em conflito com a delegação brasileira. Abdias tinha informantes no
Itamaraty e soube das trocas confidenciais de correspondência. Publicou um livro chamado “cercado em
Lagos”.

-AN foi em todas as sessões de debate denunciar o racismo no Brasil. Tendo, inclusive recebido uma resposta
evasiva do Fernando Mourão. AN pretendia incluir no relatório do FESTAC que havia discriminação racial no
Brasil. Delegados do USA ficaram ao lado de Abdias.
- O relatório sai com uma recomendação para que se investigue as RRaciais no Br.

-A nigeriana via com reservas a aproximação BR x NIG.

-Atuação da TAMA: produtos manufaturados do Brazil sendo vendidos na Nigéria: “tropical tecnology.

-A iniciativa fracassou pq subiu o preço do petróleo e outras situações


p.249: Que o conceito da “diáspora africana” era incompatível com as leis brasileiras
a sociedade é curiosa, mas significativa. Embora diplomatas brasileiros em
A África havia elogiado as conexões do Brasil com o continente, o termo "Africano
diáspora ”implicava uma conexão entre os povos de origem africana
países das Américas, sugerindo que eles compartilham uma experiência que transcende
fronteiras nacionais. Aqui estava a crítica de Silveira, já que ele e
outros diplomatas brasileiros, intelectuais e até mesmo Geisel, quando ele se recusou
pedido dos Estados Unidos para “sargentos negros”, insistiu que os africanos
foram racial e culturalmente integrados na sociedade brasileira. Neste sentido
não havia negros no Brasil que não fossem os primeiros brasileiros, e lá
Não havia brasileiros que não fossem negros.

249-250
-Gilberto Freyre in 1963, when he declared that “‘Africanists’ . . .
pretend even to create in Brazil a figure that does not sociologically exist:
From Hotel Trópico by Dávila, Jerry. DOI: 10.1215/9780822393443
Duke University Press, 2010. All rights reserved. Downloaded 19 Aug 2016 20:44 at 131.111.164.128
250 Epilogue
the black Brazilian. A black that is substantially black and only adjectively
Brazilian.”24

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