You are on page 1of 52

boletín de ARTELEKU-kO boletina 33 primavera 1997 udaberria

DOSSIER

Obra de Arte y Reproductibilidad Técnica


z e h a r 33

Argitaratzailea
GIPUZKOAKO FORU ALDUNDIA
KULTURA E T AE U S K A R A DEPARTAMENTUA
DIPUTACIÓN FORAL DE GIPUZKOA
DEPARTAMENTO DE CULTURA Y EUSKARA
Edita

D i p u t a t u Nagusia
ROMAN SUDUPE OLAIZOLA
Diputado General

Kultura eta Euskara D e p a r t a m e n t u k o Diputatua


KORUKO AIZARNA REMENTERIA
Diputada del Departamento de Cultura y Euskara

Kultura Zuzendari Nagusia


LUIS MARIA OYARBIDE ARIZMENDI
Director General de Cultura

A r t e l e k u k o Zuzendaria
SANTIAGO ERASO BELOKI
Director de Arteleku

Publikazioaren Zuzenketa eta Koordinaketa


MIREN ERASO ITURRIOZ / K 6KULTUR GESTIOA
Dirección y Coordinación de la Publicación

Koordinazioaren Laguntzailea
GORETTI ARRILLAGA / K6KULTUR GESTIOA
Ayudante de Coordinación

© Testuenak, kolaboratzaileak
EUGENI BONET
JOSÉ LUIS BREA
DOUGLAS DAVIS
ARANTXA ITURBE
JOXEAN MUÑOZ
PEREJAUME
MAR VILLAESPESA
GABRIEL VILLOTA

© de los textos, los colaboradores

Itzulpenak
GIPUZKOAKO FORU ALDUNDIA,
EUSKARAREN NORMALKUNTZAKO ZUZENDARITZA
CARLOS VITALE
Traducciones

A r t e Garaikideko Hiztegiaren euskarako itzulpena


EUSKALTERM-UZEI
Traducción del Diccionario del Arte Contemporáneo

Diseinua
LAUREN H A M M O N D / BASE 2 DESIGN ASSOCIATES
Diseño

Inprimaketa
ANTZA
Impresión

Aurreinpresioa
AIAGRAF
Pre-impresión

Lege gordailua
SS. 1 . 1 0 4 / 8 9
Depósito legal

ISSN 1133-844 X

© Argitalpenarena
GIPUZKOAKO FORU ALDUNDIA
DIPUTACIÓN FORAL DE GIPUZKOA
A Z A L E A N Jeff Wall-en 1993ko Restoration obraren xehetasun bat erreproduzitzen
© de la Edición
dugu. Argazki hau Londreseko Tate Galleryko kolekziokoa da. Artistaren kortesia.

A r t Bibliographies M o d e r n - e k indizatua
Indizada por Art Bibliographies Modern EN L A PORTADA r e p r o d u c i m o s u n d e t a l l e d e la o b r a Restoration d e Jeff Wall,
r e a l i z a d a e n 1993. Esta fotografía p e r t e n e c e a la c o l e c c i ó n d e la T a t e Gallery d e
L o n d r e s . Cortesía del artista.

,
/w ow4e£¡& ree¿¿¿áea/ ¿/rececéar(

zeharek ez d u derrigorrez bat egiten kolaboratzaileen iritziekin. {Eskatu e z diren jatorrizko idazlanetaz ez da
korrespondentziarik mantenduko). z e h a r n o comparte necesariamente las opiniones d e sus colaboradores,
(no se mantendrá correspondencia sobre los originales n o solicitados).
primavera 1997 udaberria

Página 21 EL A R T E E N L A E R A D E

LA R E P R O D U C C I Ó N D I G I T A L
D O S S I E R
A N A L I Z A D O P O R D O U G L A S D A V I S ,
obra de arte y r e p r o d u c t i b i l i d a d t é c n i c a
A R T I S T A P I O N E R O E N A R T E

T E L E M Á T I C O arte obra eta e r r e p r o d u k z i o g a r r i t a s u n


teknikoa

M I R E N E R A S O

Entrevista: Cuatro Preguntas sobre


La Reproducción Gráfica a
Don Herbert, Pepe Albacete y
Mitsuo Miura 4

JOSÉ L U I S BREA

Algunos Pensamientos Sueltos


Acerca de Arte y Técnica 8

M A R V I L L A E S P E S A

Além da Água 16
Página 34 A N Á L I S I S H I S T Ó R I C O -

C R Í T I C O D E L A R E L A C I Ó N

E N T R E L A T E L E V I S I Ó N Y E L V Í D E O D O U G L A S D A V I S

El Trabajo Artístico en la
Era de la Reproducción Digital 21

J O X E A N M U Ñ O Z

Benjamin eta Kyoko 27

i r i t z i a
o p i n i ó n

A R A N T X A I T U R B E

Erretratoak Koldo Mitxelenan 31

E U G E N I B O N E T

TV or Not TV? 34

G A B R I E L V I L L O T A

Una PICCA en la SEAC 39

P E R E J A U M E
Página 4 4
LA P I N T U R A SE'LS N ' H A A N A T
Nivell Freàtic 44
ALS P I N T O R S D E L E S M A N S
Nivel Freático 47

o h i z k o a k
i n f o r m a c i ó n

Erreferentzi Bibliografikoak
Referencias Bibliográficas 49

Artelekuko Egutegia
Calendario d e Arteleku 50

Arte Garaikideko Hiztegia 51

Página 2 7 W A L T E R B E N J A M I N E N

A U R A E T A E R R E P R O D U K Z I O T E K N I K O A R E N

K O N T Z E P T U E N I N G U R U A N Z E N B A I T B U R U T A Z I O

TEL:943.45 3 6 6 2 FAX:943.46 2 25 6 ARTELEKU KRISTOBALDEGI, 1 4 L O I O L A A U Z O A 2 0 0 1 4 D O N O S T I A


M I R E N E R A S O

Cuatro Preguntas Sobre la


Reproducción Gráfica
En e s t e n ú m e r o d e d i c a d o a l a o b r a d e a r t e y l a r e p r o d u c t i b i l i d a d t é c n i c a

hemos querido entrevistar a tres profesores-invitados,

que e n diferentes m o m e n t o s h a n trabajado e n los talleres d e A r t e l e k u .

Ellos nos c u e n t a n sus e x p e r e n c i a s y r e f l e x i o n e s

sobre distintos temas relacionados c o n la obra gráfica.

LA DIFUSIÓN SOCIAL
DE L A REPRODUCCIÓN GRÁFICA

Entrevista con Don Herbert


M E A finales del siglo XVIII u n a serie d e D H C o m o b i e n h a s d i c h o la litografía
coincidencias fortuitas ligadas a la capaci- d u r a n t e el siglo XIX estuvo b á s i c a m e n t e
d a d d e observación d e su inventor Alois r e l a c i o n a d a con la ilustración literaria y el
Senefelder, d i e r o n c o m o resultado el cartel. Hasta ese m o m e n t o n o r m a l m e n t e
n a c i m i e n t o d e la litografía. Esta técnica el trabajo d e estampación n o e r a realizado
d e e s t a m p a c i ó n r e p r o d u c e el dibujo d e p o r el artista sino p o r el a r t e s a n o . U n
f o r m a m á s precisa q u e las a n t e r i o r e s técni- ejemplo ilustrativo es el d e D u r e r o ; él fue
cas d e r e p r o d u c c i ó n gráfica p o r q u e p e r m i t e u n gran grabador, trabajaba el c o n c e p t o
dibujar d i r e c t a m e n t e sobre la p i e d r a o la p e r o el g r a b a d o se lo realizaba u n a r t e s a n o .
O t r a a n é c d o t a curiosa q u e contextualiza el
p l a n c h a . L a litografía, d e s d e sus inicios, está
u s o d e la litografía p o r p a r t e d e los artistas
r e l a c i o n a d a con la ilustración literaria y c o n
es la d e las litografías d e Goya; el h e c h o es
ésta consigue, c o m o dice Walter Benjamin,
q u e Goya se d e d i c a b a a g r a b a r c u a n d o n o
q u e el dibujo a c o m p a ñ e e ilustre la vida
t e n í a c o n d i c i o n e s climatológicas p a r a pintar,
cotidiana. ¿Qué relación se establece e n t r e
e n las frías n o c h e s d e Madrid, y e n este caso
esta técnica d e r e p r o d u c c i ó n gráfica y su
las razones del uso d e la litografía, p o r simples
difusión social?

z33a
4
q u e parezcan, e r a n d e carácter físico; la
e s t a m p a c i ó n , c u a n d o las t e m p e r a t u r a s son
bajas, es t é c n i c a m e n t e más simple q u e la
p i n t u r a al óleo p o r q u e n o tiene q u e esperar,
c o m o e n el caso del óleo, a q u e éste se seque.

Será a p a r t i r del siglo XIX c u a n d o la


litografía a d q u i e r a u n a finalidad comercial,
a u n q u e todavía d e m a n e r a restringida y se
v e n d a e n tiendas d e libros d o n d e t a m b i é n
h a b í a c u a d r o s . La difusión d e la litografía
n o se dio e n la galería d e a r t e comercial q u e
hoy c o n o c e m o s ; ésta es u n invento g e r m a n o -
francés relativamente r e c i e n t e .

H o y e n d í a t o d o el m u n d o c o n o c e la o b r a
d e Toulouse-Lautrec p e r o p o c a g e n t e sabe
q u e el 90% d e sus litografías t e n í a n u n a
salida comercial. Toulouse-Lautrec trabajó,
p o r convencimiento p r o p i o , e n la realización
d e obras gráficas originales q u e p l a s m ó e n
diferentes soportes: carteles, ilustración d e
periódicos y d e libros. Sus c u a d r o s y sus
dibujos fueron m u c h a s veces estudios
p r e p a r a t o r i o s d e su o b r a gráfica; serán la
crítica del arte y la m u s e o l o g í a las q u e
inviertan esta característica y c o n c e d a n a la
o b r a gráfica d e Toulouse-Lautrec el r a n g o
d e p r o d u c c i ó n secundaria.

M E Walter Benjamin, e n su c o n o c i d o texto famosos q u e tuvieron éxito comercial. Los


La obra de arte en la era de la reproductibilidad m u s e o s h a n h e c h o el resto.
técnica, destaca la i m p o r t a n c i a social d e las
técnicas reproductivas q u e p e r m i t e n la difu- M E La r e p r o d u c c i ó n gráfica p e r m i t e la mul-
sión d e la o b r a d e a r t e . Elogia e n definitiva tiplicación d e u n a i m a g e n matriz al t i e m p o
la socialización del arte y su secularización. q u e cada u n a d e las copias preserva el origi-
nal. P e r o t a m b i é n es v e r d a d q u e cada u n a
D H C o m o ya h e d i c h o antes, la r e p r o d u c - d e las técnicas d e g r a b a d o tiene diferentes
ción artística h a estado ligada a la ilus- características e n c u a n t o a estampación y
tración d e libros. Y es a partir d e la s e g u n d a c o n t r o l d e la tirada. ¿Podrías explicarnos e n DE LA S E R I A C I Ó N A L O B J E T O
mitad d e l siglo XIX c u a n d o a u m e n t a el q u é consisten estas diferencias? ARTÍSTICO AUTÓNOMO
n ú m e r o d e lectores y c o m o c o n s e c u e n c i a
los potenciales c o m p r a d o r e s . S i e m p r e hay
excepciones, p e r o la r e p r o d u c c i ó n gráfica
n o r m a l m e n t e h a estado muy ligada a la
D H C a d a copia n u m e r a d a es original,
n i n g u n a tiene más valor q u e la otra, a u n q u e
t e n e m o s q u e decir q u e u n a matriz es más
Entrevista con Pepe Albacete
difusión. Las postales artísticas del siglo XIX c o n t r o l a b l e c u a n d o la tirada tiene n ú m e r o s M E ¿ Q u é relación estableces e n t r e la idea
y los carteles d e finales d e l XIX son u n b u e n bajos. La n u m e r a c i ó n viene r e g u l a d a p o r b e n j a m i n i a n a d e las posibilidades técnicas
ejemplo d e ello. leyes comerciales y n o p o r las posibilidades d e la r e p r o d u c c i ó n y tus inicios e n la
técnicas q u e e n principio son ilimitadas. Se serigrafía?
M E T ú provienes d e EEUU, país d o n d e la p u e d e n h a c e r hasta 300 copias litográficas
gráfica tuvo u n a gran e x p a n s i ó n e n los a ñ o s m a n u a l e s , n o hay n i n g ú n p r o b l e m a técnico PA Te c o n t a r é mi e x p e r i e n c i a personal
60, sobre t o d o a p a r t i r d e la utilización d e la p a r a ello; p o r ejemplo e n el caso d e Picasso c o m o serígrafo. E n u n a p r i m e r a e t a p a m e
serigrafía p o r artistas c o m o A n d y Warhol. la decisión d e l n ú m e r o d e copias d e sus interesó la serigrafía p o r q u e esta técnica m e
¿Qué r e p e r c u s i o n e s tuvo este f e n ó m e n o e n g r a b a d o s , e n u n 80%, estaba e n m a n o s d e su p e r m i t í a e l a b o r a r textos e i m á g e n e s c o n
la práctica artística y e n su difusión? estampador, d e Morleau. m u y p o c o s m e d i o s y d e m a n e r a directa, y
r e p r o d u c i r l o s e n c a n t i d a d suficiente p a r a
D H Q u i e r o destacar q u e ya e n los a ñ o s 30, H o y e n día la r e p r o d u c c i ó n gráfica está lanzar a la calle mensajes d e reivindicación y
u n artista californiano c o n o c i d o c o m o Guy mejor considerada p o r el artista, los galeristas l u c h a política. La infraestructura técnica
Mackoy hacía serigrafía artística. Éste es u n son más inteligentes, h a c e n m e n o s copias, y q u e t e n í a m o s era m í n i m a y desde la cocina
h e c h o i m p o r t a n t e p o r q u e a n t e r i o r m e n t e la c o m o resultado el precio d e venta sube. d e casa, sin r u i d o s ni m á q u i n a s especiales,
serigrafía h a b í a estado restringida al sector p o d í a m o s e x p r e s a r ideas (en aquella é p o c a
d e la industria textil. Él desarrolló esta Las seriaciones altas n o r m a l m e n t e van perseguidas) q u e influyeran e n el e n t o r n o .
técnica e n su estudio e hizo u n a b u e n a labor u n i d a s a la idea d e libro. Se h a n realizado A p a r t i r d e principios d e los 80 m e p l a n t e o
profesional, p e r o n o llegó a ser famoso m u c h o s libros d e colaboración e n t r e la serigrafía más p r o f e s i o n a l m e n t e e n el
c o m o Warhol, q u i e n hizo u n desarrollo artís- escritores y artistas. A veces salen proyectos c a m p o d e la p r o d u c c i ó n artística. En 1982
tico d e la serigrafía p e r o n o u n desarrollo bonitos. A mí p e r s o n a l m e n t e m e p a r e c e n edité u n a carpeta q u e se llamaba Murcia de
técnico. Andy Warhol fue u n artista i n q u i e t o . más interesantes los proyectos e n t r e artistas nuevo. C o n ella i n t e n t a b a mostrar u n a p a r t e
Estudió e n C a r n e g i e , Pittsburgh y allí trabajó y escritores vivos. Hay u n a distancia cultural y d e lo q u e p a r a m í tenía interés y se estaba
c o n técnicas industriales y c o n d i s e ñ a d o r e s t e m p o r a l d e m a s i a d o g r a n d e e n t r e Proust y p r o d u c i e n d o a nivel artístico e n Murcia. La
d e p r i m e r a clase; más t a r d e tuvo u n a impor- yo c o m o p a r a q u e m e i n t e r e s e trabajar c o n carpeta incluía el trabajo d e seis pintores,
tante e x p e r i e n c i a expositiva y comercial: u n texto suyo. P r o u s t tiene su c o n t e x t o y yo d o s arquitectos, u n p o e t a y u n d i s e ñ a d o r
d i s e ñ ó zapatos y baterias d e cocina, estuvo m e siento incapaz d e ilustrarlo; m e p a r e c e gráfico. C o n esta carpeta trabajé la o b r a
muy bien c o n e c t a d o con el m e r c a d o artístico más i n t e r e s a n t e u n proyecto c o n u n p o e t a original seriada sobre p a p e l c o n la idea d e
e hizo ediciones gráficas d e retratos d e vivo, y si es a m i g o , m u c h o mejor. • h a c e r asequible otra m a n e r a d e h a c e r a r t e .

a33z 5
D O S S I E R

U n o s a ñ o s más t a r d e c o m e n c é a d a r cursos M E ¿Cómo ves la situación d e la p r o d u c c i ó n


aquí, e n Arteleku; los p r i m e r o s fueron d e d e o b r a gráfica e n E s p a ñ a ?
iniciación, luego e m p e z a r o n los d e experi-
m e n t a c i ó n , y es e n esta s e g u n d a e t a p a e n la PA C r e o q u e todavía está lejos d e ser b u e n a .
que, utilizando los mismos medios q u e antes, Y n o p o r la cuestión técnica, q u e creo q u e
voy a b a n d o n a n d o la idea d e la seriación y está suficientemente avanzada, sino p o r la
dirijo mi trabajo hacia la o b r a ú n i c a n o seria- consideración, q u e afecta a todos los sec-
d a (ya antes h a b í a h e c h o algunos proyectos tores implicados, y q u e a ú n está d e m a s i a d o
e n esta dirección c o n Alfonso Albacete y e x t e n d i d a , d e q u e la o b r a gráfica es u n a r t e
Cristina Iglesias). En ese m o m e n t o , la m e n o r . C r e o q u e este p l a n t e a m i e n t o es bas-
serigrafía se convierte más e n o t r o m e d i o d e tante a b s u r d o a estas alturas y n o p e r m i t e
creación artístico q u e e n u n m e r o sistema establecer la diferenciación e n t r e lo q u e es
d e r e p r o d u c c i ó n , y m e p l a n t e o proyectos obra original y m e r a r e p r o d u c c i ó n . El trabajo
q u e otros sistemas d e impresión n o abarcan; e n o b r a gráfica e n g e n e r a l y e n serigrafía
d e h e c h o e n los cursos d e e x p e r i m e n t a c i ó n artística e n particular es u n p r o c e s o abierto,
se trabajan estas ideas a p l i c a n d o la serigrafía q u e va t o m a n d o f o r m a p o c o a p o c o y q u e
a t o d o tipo d e soportes (telas, a l u m i n i o , m u c h a s veces cambia a lo largo d e su desa-
plástico, m a d e r a , etc.), y se busca más la rrollo. U n a misma idea p u e d e t e n e r múl-
f o r m a d e resolver la pieza d e a r t e q u e la tiples soluciones; p a r a q u e el resultado final
posibilidad d e r e p r o d u c i r l a . Estas son, se a t e n g a a la idea d e su c r e a d o r es impres-
resumidas, las tres etapas q u e yo h e vivido cindible q u e el artista c o n t r o l e y t o m e las
c o n la serigrafía. posibilidades q u e se le ofrecen; sin e m b a r g o ,
d e m a s i a d a s veces el artista se d e s p r e o c u p a
M E Estas soluciones técnicas d e s o p o r t e q u e d e su o b r a a u n q u e luego la firme. P o r otra
c o m e n t a s , ¿se h a n a m p l i a d o a m e d i d a q u e p a r t e , y t a m b i é n demasiadas veces, al q u e
has ido trabajando c o n ellas? c o n t r a t a el trabajo, g e n e r a l m e n t e la galería
d e arte, le suele p r e o c u p a r más la cuestión
PA Sí, la serigrafía te p e r m i t e resolver e c o n ó m i c a q u e la d i g n i d a d d e la obra, lo
m u c h a s cosas. La base d e la impresión es q u e m u c h a s veces implica q u e n o se le
s i e m p r e la misma, la pantalla y la tinta, y p u e d a d e d i c a r el t i e m p o necesario a e n c o n -
ésta es la característica f u n d a m e n t a l d e la trar la mejor m a n e r a d e resolver el proyecto.
técnica, p e r o c u a n d o yo m e sitúo a n t e u n En mis a ñ o s d e trabajo c o m o serígrafo,
LA SERIGRAFÍA SE C O N V I E R T E M Á S m u c h a s veces, h e t e n i d o q u e t o m a r deci-
n u e v o s o p o r t e t e n g o q u e a d a p t a r esa base
EN o t r o m e d i o d e c r e a c i ó n al proyecto q u e el artista q u i e r e realizar. Se siones q u e n o m e c o r r e s p o n d í a n , a n t e la
necesita traducir el proyecto, aplicarlo al falta d e interés d e los s u p u e s t a m e n t e intere-
ARTÍSTICO Q U E EN U N MERO SISTEMA sados: el artista (es su obra) y el galerista (es
n u e v o m e d i o y e x p e r i m e n t a r c o n él. E n
DE R E P R O D U C C I Ó N Y ME PLANTEO definitiva, se trata d e traducir la idea q u e su n e g o c i o ) . Eso sí, c u a n d o esa o b r a sale al
el artista te h a d a d o y trasladarla a la estam- m e r c a d o firmada, multiplica su valor e n t r e
PROYECTOS Q U E OTROS SISTEMAS
p a c i ó n final e n serigrafía. 20 y 50 veces el costo d e p r o d u c c i ó n . T o d o
DE i m p r e s i ó n N O ABARCAN; DE esto y la misma consideración d e a r t e m e n o r
d e m u c h o s d e los q u e c o m p r a n e invierten
HECHO EN LOS CURSOS DE M E La serigrafía es la técnica artística q u e e n arte, hace q u e la valoración d e la o b r a
e x p e r i m e n t a c i ó n SE TRABAJAN ofrece u n mayor n ú m e r o d e soluciones téc- gráfica original avance m u y l e n t a m e n t e ,
nicas y q u e más se h a a d a p t a d o a las posibili- t a n t o en lo q u e respecta a su m e r c a d o c o m o
ESTAS IDEAS APLICANDO LA
dades q u e le ofrecía el desarrollo tecnológico. al c o n c e p t o d é o b r a artística original. •
SERIGRAFÍA A T O D O TIPO DE ¿Podrías a p u n t a r n o s el a b a n i c o d e posibili-
SOPORTES Y SE B U S C A M Á S LA FORMA
d a d e s q u e ofrece hoy e n día la serigrafía?

DE RESOLVER la p i e z a d e a r t e
PA La serigrafía es d e todas las técnicas d e
QUE LA P O S I B I L I D A D DE REPRODUCIRLA. r e p r o d u c c i ó n gráfica la más pictórica,
p o r q u e se trabaja con capas d e color, u n
p o c o c o m o se trabaja e n p i n t u r a . Los artistas
del l l a m a d o pop-art la utilizaron m u c h o
p o r q u e les p e r m i t í a r e p r o d u c i r colores
planos y consistentes q u e se a d a p t a b a n per- EDICIÓN Y COMERCIALIZACIÓN
f e c t a m e n t e a su m a n e r a d e hacer. Desde DE LA O B R A GRÁFICA
e n t o n c e s el desarrollo técnico d e la seri-
grafía h a sido c o n s t a n t e y su aplicación a la
p r o d u c c i ó n artística se h a ido e x t e n d i e n d o .
La g r a n ventaja d e la serigrafía es q u e ,
Entrevista con Mitsuo Miura
d e b i d o a sus aplicaciones industriales a g r a n M E En los gabinetes d e estampas r e p r o d u c i -
escala, se h a n c o n s e g u i d o fabricar emul- dos p o r H o n o r é D a u m i e r convivían las pin-
siones c a d a vez más precisas y tintas p a r a turas c o n las estampas, es decir, la o b r a origi-
casi t o d o tipo d e materiales conocidos. Por nal con la múltiple; a p a r t i r d e m e d i a d o s del
o t r o lado, esta técnica t a m p o c o está limitada siglo XX esta convivencia se m a n t i e n e , p e r o
a la i m p r e s i ó n sobre p a p e l ni a formas la r e p r o d u c c i ó n gráfica a d q u i e r e u n estatus
planas, c o m o es el caso d e otras técnicas d e comercial más i m p o r t a n t e al separarse d e la
r e p r o d u c i ó n gráfica, y esta característica le idea d e seriación y a d q u i r i r i m p o r t a n c i a
d a m u c h a s posibilidades a la h o r a d e c o m o o b r a a u t ó n o m a . ¿Cómo r e p e r c u t e este
afrontar diferentes proyectos artísticos. c a m b i o e n la p r o d u c c i ó n d e o b r a gráfica?

Su limitación más clara con r e s p e c t o a otros M M La i d e n t i d a d d e la o b r a gráfica c a m b i ó


sistemas d e r e p r o d u c c i ó n sigue siendo su t o t a l m e n t e c o n el p o p art n o r t e a m e r i c a n o y
m e n o r c a p a c i d a d p a r a i m p r i m i r tramas m u y yo creo q u e a p a r t i r d e ese m o m e n t o la o b r a
finas. gráfica, e s p e c i a l m e n t e la serigrafía, o b t i e n e

6 z33a
D O S S I E R

su independencia y es considerada como propia identidad. Me gustaría destacar que M M En España, en general, la obra incluso
obra original. A pesar del cambio la obra es dentro de este arte experimental en el de artistas jóvenes se está vendiendo excesi-
múltiple se mantiene, pero se transforma su que nosotros trabajamos. vamente cara. Nosotros trabajamos con
funcionamiento y su comprensión, cada ediciones de 35 a 75 ejemplares y tardamos
copia es original aunque existan cien más. Por otro lado quiero decir que resulta muy varios años en venderlas; esto quiere decir
Yo creo que esta cuestión es muy impor- difícil para nosotros mantener la obra que durante estos años hay que conservar
tante. Esa idea fue trasladada a otros paises gráfica y vivir de ella, sobre todo cuando ese material, con lo que esto implica... Pero,
europeos, pero me parece que comercial¬ contemplamos la obra gráfica como obra en cambio, existen otros mercados en los
mente no funcionó porque, como en el caso única en diferentes soportes. que la venta es más inmediata, y yo creo que
español, no tenían la misma capacidad en estos casos el precio se podría ajustar
comercial para mantener ese tipo de M E ¿Qué diferencias podrían establecerse más. No se trata solamente del precio de
empresas y por ello esa idea fracasó. De entre las diferentes galerías que se dedican estampación; pienso que el mercado tam-
hecho, yo creo que todavía la gráfica tiene a la obra gráfica en España? bién debe tener en cuenta todos los años de
dificultades. trabajo que conlleva realizar una obra, y
M M Hay diversos estilos de galerías que debe ir considerando estos aspectos poco a
M E Mitsuo Miura es conocido principal- responden a diferentes criterios de dirección. poco. El verdadero problema es que no hay
mente como pintor pero en esta entrevista Hay galerías que siguen trabajando con el suficiente mercado como para vender la
lo que nos interesa destacar es su faceta grabado en su sentido más tradicional, obra gráfica a un precio razonable. •
de editor y galerista de obra gráfica. Eres reproduciendo de la escultura o del dibujo,
parte activa de la Galería Ginkgo, una de las y siguen considerando esta técnica como la
galerías españolas que trabaja con obra más importante. Me resulta difícil establecer
gráfica, estampador, editor y profesor de diferencias..., una de ellas está basada en la DON H E R B E R T ha trabajado como litógrafo desde
grabado y serigrafía en la Facultad de Bellas relación que la galería establece con el su juventud y ha impartido clases en distintas
Artes de Madrid. ¿Qué labor realiza vuestra artista y la mayor o menor libertad que ésta universidades y centros de arte. Durante los meses
galería? le da para presentar su trabajo. Hay muy de junio y julio dirigirá en Arteleku dos talleres de
pocas galerías que se dediquen a la edición litografía.
M M Nosotros trabajamos con artistas más o propia, y la mayoría de ellas trabajan con
menos de mi generación como: Eva Lootz, obras de artistas ya editadas por ellos mis- PEPE ALBACETE ha colaborado con diferentes
Manolo Quejido, Alfonso Albacete, Schlosser, mos. A mí, como editor me gusta discutir artistas en proyectos de experimentación en
Nacho Criado, etc., que tienen unas ideas con los artistas, y de esta relación salen serigrafía y también se ha dedicado a la docencia.
consistentes y compactas sobre su trabajo; proyectos. Hay veces que te implicas dema- Del 5 de mayo al 18 de julio coordinará en
y al mismo tiempo también trabajamos con siado y vas llevando al artista a tu terreno, Arteleku un curso de experimentación y realización
artistas jóvenes. Yo creo que la gente que pero, por otra parte, me gusta seleccionar de proyectos.
ahora tiene treinta años ha estado mejor la obra. No se trata solamente de decir es
informada que las generaciones anteriores un buen artista y punto; se trata más bien MITSUO M I U R A es pintor, editor y promotor de
y esto se nota; por otro lado también creo de embarcarse en un proyecto común. la Galería Ginkgo de Madrid. También trabaja
que la educación ha cambiado bastante: como profesor de grabado y serigrafía en la
ellos han recibido otra formación, buscan M E ¿Cómo ves el mercado de la obra gráfica? Facultad de Bellas Artes de la Universidad
otro tipo de imagen, una nueva imagen más ¿Crees que la relación oferta-demanda se Complutense de Madrid. En varias ocasiones
universal, aunque cada uno mantenga su adecua al precio de venta final? ha estado como artista-invitado en Arteleku.

a33z 7
J O S É L U I S B R E A

Algunos Pensamientos Sueltos


Acerca de Arte y Técnica

"Al apagarse las luces d e l t e a t r o u n a l u z brillante a p a r e c e e n e l lado izquierdo d e la p a n t a l l a .

La p a n t a l l a s e i l u m i n a .

Ser nadie... En la p a n t a l l a a p a r e c e la s o m b r a d e una escalera y u n s o l d a d o incinerado p o r la

explosión d e Hiroshima.

Ser t o d o e l mundo... M u c h e d u m b r e s , disturbios, pánicos callejeros.

S e r y o . . . U n a b e l l a m u c h a c h a y u n a t r a c t i v o j o v e n s e s e ñ a l a n a sí m i s m o s .

Ser tú... Señalan a la audiencia"


— William Burroughs, La revolución electrónica
Podría decirse q u e t o d a técnica es epocal, lleva en la frente escrito el n o m b r e de su t i e m p o .
P e r o sería m á s exacto p e n s a r l o al c o n t r a r i o : q u e es la técnica la q u e h a c e a su época, la q u e la
escribe. La é p o c a d e los trenes q u e cruzan E u r o p a , la d e la pólvora, la del comediscos, la del
sextante, la del teléfono portátil — c o m o en tiempos se dijo la Edad del H i e r r o o la del B r o n c e .
Son los hallazgos técnicos los q u e escriben las líneas del t i e m p o q u e r e c o r r e la historia d e la
humanidad.

I m a g i n e m o s u n m u n d o en q u e los objetos se h a b l a n e n t r e sí, c o m o si fueran e l e m e n t o s o


engranajes d e u n a m á q u i n a global. El i d i o m a en q u e se h a b l a n es la técnica —justamente
aquello q u e se exigen m u t u a m e n t e d e fidelidad a u n código d e i n t e r c a m b i o . La técnica c o m o
e s p e r a n t o del sistema d e los objetos.

La tecnología, definitivamente, es el destino.


¿Y c ó m o p o d r í a serlo, si n o , el sexo? (Al fin y al cabo, ¿no es t a m b i é n él sexo u n a tecnología?)

Me gusta pensar la técnica como u n lenguaje, c o m o el lenguaje q u e hablan entre sí los artefactos.
U n a b r i d o r m o r d i e n d o milimétricamente la c h a p a d e u n a botella d e cocacola, el dibujo d e u n a
r u e d a frenada con ABS aferrándose implacable a u n nuevo tipo d e asfalto desarrollado p a r a las
autopistas d e alta velocidad, la-curva de u n a m i c r o a n t e n a q u e recoge las invisibles o n d a s q u e
p u e b l a n el aire infinitamente c r u z a d o d e u n a c i u d a d m o d e r n a . . . Hay c o m o u n j u e g o d e con-
cavidades y convexidades constante — e s t r i c t a m e n t e sexual, d e s d e l u e g o — en el q u e todos los

* U n a p r i m e r a v e r s i ó n d e este texto se p u b l i c ó c o m o i n t r o d u c c i ó n a l c a t á l o g o d e l a e x p o s i c i ó n d e M o n t s e S o t o e n l a F u n d a c i ó n La C a i x a , e n
1 9 9 6 . La v e r s i ó n a c t u a l , c o r r e g i d a y a u m e n t a d a , i n c o r p o r a tres " s u b d o c u m e n t o s " — t i t u l a d a s s u c e s i v a m e n t e " L a e s t e t i z a c i ó n d i f u s a d e l a s
s o c i e d a d e s a c t u a l e s y la m u e r t e t e c n o l ó g i c a d e l a r t e " ; " S o b r e la r e d " ; y " N u e v a s t e c - n o l o g í a s / n u e v a s n a r r a t i v a s " . A esos tres
s u b d o c u m e n t o s s ó l o p u e d e a c c e d e r s e a t r a v é s d e I n t e r n e t , e n l a s l o c a l i z a c i o n e s q u e e n e l p r o p i o t e x t o s e i n d i c a n . La l e c t u r a c o m p l e t a d e l
artículo, q u e se e x p a n d e e n u n a estuctura a r b o r e s c e n t e o r i z o m á t i c a , e x i g e p o r t a n t o u n c i e r t o g r a d o d e " n a v e g a c i ó n " — a l q u e e l lector es
aquí insidiosamente invitado.

z33a
8
objetos se arrojan m u t u a l i d a d . Esa m u t u a l i d a d del m u n d o d e los artificios, p e n s a d a é p o c a a
época, instante a instante, se llama: técnica. PODRÍA DECIRSE Q U E TODA

t é c n i c a ES E P O C A L , LLEVA
El p e n s a m i e n t o más intolerable — e n relación a la "cuestión d e la técnica": imaginarla n e u t r a l .
Es preciso saberla culpable, juzgarla siempre con implacabilidad. Ella nos trae el m u n d o q u e EN LA FRENTE ESCRITO
tenemos.
EL NOMBRE DE SU t i e m p o .

La p r e g u n t a es: ¿está e n nuestras m a n o s decidir la f o r m a y la estructura q u e d e b a a d o p t a r la PERO SERÍA M Á S EXACTO

d e t e r m i n a c i ó n técnica? Es esto lo q u e quienes la p r o c l a m a n neutral p r e t e n d e n h a c e r n o s c r e e r PENSARLO AL C O N T R A R I O :


— q u e la responsabilidad p o r lo q u e h a g a m o s q u e la técnica nos d é c o m o destino estaría e n
QUE ES L A T É C N I C A LA
nosotros, y n o en su p r o p i a dinamicidad. Esto es u n e n g a ñ o : e n c u b r e q u e nosotros mismos, y
a ú n n u e s t r a capacidad d e c o n o c e r y d e querer, somos el resultado d e la p r o p i a eficacia d e la QUE HACE A SU é p o c a , LA
técnica — e l yo, c o m o p r o d u c t o d e u n a cierta ingeniería d e la conciencia.
QUE LA ESCRIBE.

El yo, d e s d e luego, es u n a tecnología. P e r o t a m b i é n los universos d e la conciencia y la v o l u n t a d


— s o p o r t a n la m e d i a c i ó n d e u n a tecnología. La c o n s t r u c c i ó n lingüística del m u n d o d e los
artefactos, la ley q u e rige el sistema d e los objetos, ¿cómo p o d r í a n o proyectarse y d e t e r m i n a r
i m p l a c a b l e m e n t e la esfera d e la conciencia — c u a n d o en realidad ella es j u s t a m e n t e la escritura
q u e ésta, p o r su p a r t e , d i s p o n e sobre el m u n d o real, objetivo?

Es h e r m o s o el e m p e ñ o h e i d e g g e r i a n o e n invitarnos a c o n t e m p l a r en la técnica el espectáculo


g r a n d i o s o d e n u e s t r o p a p e l e n relación con el ser, el d e custodiar su desocultación.
Q u e ese desocultar p u e d a ser p r e s e n t a d o c o m o p r e c i s a m e n t e el objeto d e la técnica — b i e n
e n t e n d i d a , digamos: c o m o poética, c o m o tecné: c o m o u n traer al m u n d o aquello q u e vibra p o r
aparecer— n o d e b e sin e m b a r g o c o n f u n d i r n o s . Somos libres d e configurar el m u n d o , y técnica
es el n o m b r e d e aquello q u e nos p e r m i t e —y nos destina— efectuar la forma q u e q u e r a m o s
decidirle. P e r o s u p o n e r q u e d i s p o n e m o s del t i e m p o abstracto q u e n o s permitiría p o r u n
m o m e n t o habitar otro espacio q u e el d e la p r o p i a técnica —y r e c o n d u c i r l a así antes a u n
desocultar poético q u e a u n explotar provocante, es u n p e n s a m i e n t o demasiado piadoso,
demasiado complaciente y consolador. En esta cuestión, e m p e ñ a r s e e n dibujar el h o r i z o n t e
d e u n happy end resulta, siempre, d e m a s i a d o i n s o p o r t a b l e m e n t e "moralista".

Jeff Wall ASudden Gust of Wind (after Hokusai) 1993

a33z 9
DOSSIER

Hiroshi Sugimoto Goshen, Ohio 1980

Me gusta saborear este p e n s a m i e n t o , en cambio: q u e n o es posible transformación del


m u n d o -—que n o sea técnica. N o hay revolución q u e n o sea técnica. Es i m p e n s a b l e n o ya u n
C O M O ASEGURABA EL H E R M O S O
m u n d o mejor, sino cualquier "otro m u n d o posible", fuera de la eficacia d e la técnica. Sólo el
POEMA CITADO POR H e i d e g g e r — t e n e r el p o d e r d e la técnica convierte al h o m b r e en "ser político", capaz d e "acción revolu-
"ALLÍ D O N D E HABITA EL PELIGRO,
cionaria". E n el fondo, n u n c a el p e n s a m i e n t o h e i d e g g e r i a n o estuvo tan cerca d e la revolu-
cionaria ontología marxista d e la m e r c a n c í a — c o m o c u a n d o profundizó en la naturaleza d e
CRECE TAMBIÉN LO SALVADOR". la técnica. Lo q u e eso demuestra: q u e incluso u n p r o f u n d o reaccionario p u e d e transfigurarse
tocado p o r la i m p o n d e r a b l e magia d e la técnica.

Démosle la vuelta. Si "no hay revolución q u e n o sea técnica", ¿podría t a m b i é n decirse: "no
hay hallazgo técnico q u e n o sea revolucionario?"
Probablemente.

N o nos equivoquemos, sin e m b a r g o . La naturaleza revolucionaria d e la técnica n o asegura


su carácter liberador, su virtualidad emancipatoria. T o d o lo contrario: la ambivalencia del
hallazgo técnico, d e t e r m i n a n d o s i m u l t á n e a m e n t e siempre u n a posibilidad emancipatoria y
otra despotizadora — e s irrevocable. Y, cuidado, eso está bien lejos de p r e s u p o n e r l e algún
carácter neutral. La n e u t r a l i d a d estaría en u n p u n t o m e d i o , a m b i g u o . D o n d e se sitúa el
carácter ambivalente de la técnica es j u s t o en el p u n t o e x t r e m o , allí d o n d e las dos posibili-
d a d e s se aseguran a la vez — e s p e r a n z a d o r a y t e r r i b l e m e n t e .
C o m o aseguraba el h e r m o s o p o e m a citado p o r H e i d e g g e r —"allí d o n d e habita el peligro,
crece t a m b i é n lo salvador". Por supuesto, él t a m b i é n h a b l a b a de la técnica.

El célebre texto d e Benjamin s u c u m b í a al pavor q u e semejante ambivalencia n o p u e d e dejar


de provocar. C o n u n a intuición exquisita, Benjamin sospechaba c u á n t o a la vez de salvación y
c o n d e n a late en el h e c h o — q u e él veía ya e n t o n c e s c o m o irrevocable— d e q u e lo técnico se
constituya en destino. Q u e i n t e n t a r a p e n s a r positivamente —y enfatizar el efecto revolu-
cionario q u e la transformación técnica estaba p o r d e t e r m i n a r — n o logra e n c u b r i r u n indu-
dable terror, q u e p u e d e r e c o n o c e r s e e n t r e líneas. N o ya la escalofriante alternativa — e n t r e
fascismo y p r o p a g a n d i s m o c o m u n i s t a — q u e sentenciaba, a su m o d o de ver, el necesario
devenir político del arte. Sino la c e r t i d u m b r e de q u e su a b a n d o n a r los r e p u d i a d o s t e r r e n o s
de la religión — s ó l o se c u m p l i r á p a r a q u e d a r en m a n o s d e la institución q u e a partir de

10 z33
DOSSIER

e n t o n c e s gestionaría su irrevocable f o r m a c o n t e m p o r á n e a : la q u e h a b r í a d e a d o p t a r en el seno


d e u n a industria d e la cultura.

En esto, Benjamin m e n t í a m e n o s q u e Heidegger. H e i d e g g e r lo p i n t a b a c o m o si el elegir e n t r e


técnica-como-explotar-provocante, y técnica-como-desocultar-poético —y p o r tanto el elegir
e n t r e u n destino a l i e n a d o o el d e o c u p a r n u e s t r o lugar e n m e d i o del ser— fuera cosa exclusiva-
m e n t e nuestra. Benjamin, e n c a m b i o , sabe p e r f e c t a m e n t e q u e lo q u e h a de decidir aquí —es
la d e t e r m i n a c i ó n q u e en la historia del h o m b r e escribe la f o r m a d e su relación social. El
capitalismo.
Q u e el capitalismo decide la f o r m a d e darse la técnica es algo tan obvio p a r a Benjamin
— c o m o p u e d e serlo e n t o n c e s q u e ésta i n d u d a b l e m e n t e t e n d e r á siempre a darse c o m o u n
explotar provocante. A salvo d e la acción revolucionaria, d e s d e luego, q u e lograra su inversión,
su transformación al m e n o s .
H e a q u í u n a reflexión q u e h a r í a d e la ecología algo m á s q u e u n lacrimoso b i e n p e n s a r
burgués.

• "La estetización difusa de las sociedades actuales y la muerte tecnológica del arte"

P e r o Benjamin t a m b i é n se consiente, e n esto, u n p e n s a m i e n t o piadoso — a u n q u e e n realidad


es m e n o s u n p e n s a m i e n t o suyo q u e u n p e n s a m i e n t o adoptivo, de época. Ese iluso, el más iluso,
confiar en q u e sus contradicciones internas — h a b r í a n d e d e t e r m i n a r su superación.
Hoy, q u e en c a m b i o sabemos q u e d e la p r o f u n d i d a d y tensión d e esas contradicciones es
p r e c i s a m e n t e d e lo q u e el capitalismo vive y se sobrevive, c ó m o p o d r í a m o s todavía a d o p t a r
aquél p r o g r a m a — q u e sabe q u e el destino revolucionario d e la técnica sólo p u e d e obrarse allí
d o n d e se consiga revolverla c o n t r a el signo calculador del capitalismo.
¿Cómo —hoy? Es ésta la mejor d e las p r e g u n t a s , la más difícil de responder, la más necesaria
d e sopesar. Es necesario hacérsela —y sin la c o b a r d í a q u e tan a m e n u d o hoy paraliza, i n t e n t a r
responderla.

E n última instancia, la p r e g u n t a d e la técnica s u c u m b e hoy a u n inescapable "círculo d e tiza


caucasiano". La técnica misma es el i n s t r u m e n t o d e inscripción en el sistema de la realidad d e
los movimientos d e la conciencia — p e r o estos movimientos, ¿acaso están d e t e r m i n a d o s p o r
algo otro q u e la misma presión "técnica" q u e organiza las m e d i a c i o n e s del espíritu objetivo
— e s e pavoroso d e s c u b r i m i e n t o q u e , en escalofriante o x í m o r o n , h e m o s l l a m a d o "industria d e
la conciencia"?

Bien leído, el análisis de Benjamin sabe q u e tiene aquí su n u d o g o r d i a n o . La p r e s i ó n técnica


e m p u j a al arte a u n devenir secularizado, desauratizado, desplazado d e su significación ritual
—incluso es ella misma la q u e g e n e r a u n a f o r m a más d e m o c r a t i z a d a d e distribución social.
P e r o es t a m b i é n esa misma presión la q u e sanciona su destino irrevocable en u n a f o r m a indus-
trializada —cuya calculabilidad viene e n t o d o caso d e c i d i d a p o r la m i s m a naturaleza d e la
f o r m a técnica d e su distribución pública, d e su "reproductibilidad".
Q u e a partir d e ello al arte n o le q u e d a históricamente sino ser "industria d e masas" —y n o
digo m e r a m e n t e arte d e masas: sino "industria d e masas" (es decir, literalmente, "fábrica d e
masas")—, p a r e c e algo tan terrorífico c o m o irrevocable. Benjamin, a q u i e n esto se le a p a r e c e
m e r i d i a n a m e n t e claro, n o d u d a q u e , a partir d e ese m o m e n t o histórico, sólo queda, en relación
al arte, la decisión de quién, o q u é programa, le i n s t r u m e n t a . Fascismo o c o m u n i s m o , p l a n t e a
él. Sin c e r r a r t a n t o el a b a n i c o — a d o s formas d e "ingeniería social" i g u a l m e n t e periclitadas
h o y — el p r o b l e m a subyace: ¿significa eso q u e del arte, ya, sólo p u e d e esperarse q u e sirva a la
"producción d e masa", a la "organización d e c o n s e n s o " —y d e s d e luego p a r e c e obvio q u e si
t a n t o políticos c o m o m e d i o s d e masas c o i n c i d e n en interesarse t a n t o en el arte es exclusiva-
http://www.lb.ehu.es/articulos/estetica.html

m e n t e p o r esto?

Y si el arte a c e p t a r a q u e su destino histórico se resuelve en el seno d e u n a "industria d e la


conciencia" — q u e d e t e r m i n a su forma c o m o u n a d e "cultura d e masas", gracias a la m e d i a c i ó n
técnica q u e posibilita su "distribución" e x p a n d i d a a
g r a n d e s superficies del tejido social—, e n t o n c e s q u é
p o d e r le restaría p a r a resistir, p a r a ejercer la fuerza
d e aquella "acción revolucionaria" — q u e le p e r m i -
tiría trastornar el resolverse de lo técnico c o m o
explotación y calculabilidad (resolverse q u e es
seguro en el seno d e u n o r d e n del espíritu "industria-
lizado") .
N i n g u n o — n i n g ú n poder, n i n g u n a fuerza.

O, d i c h o d e otra m a n e r a : ¿qué distinguiría e n t o n c e s


al arte d e cualquier "industria del e n t r e t e n i m i e n t o " ,
q u é impediría q u e la lógica de su recepción social se
sustrajera a la ley — p o r ejemplo a las leyes de m o d a s
y m e r c a d o s — q u e d e c i d e su significación pública
c o m o "espectáculo"?
Nada. A b s o l u t a m e n t e n a d a . WalterBenjamin

a33z 11
Así: q u e d o n d e se s u p o n e reside la mayor fuerza revolucionaria d e la técnica — e n la extensión
d e la r e c e p c i ó n pública d e las obras d e a r t e — es j u s t a m e n t e d o n d e se efectúa su más siniestro
efecto alienador. . „
C o m o en tantas otras cosas, es preciso liberar al arte "tecnológicamente d e m o c r a t i z a d o "
d e sus b i e n i n t e n c i o n a d o s p r e d i c a d o r e s . Cualquier alabanza d e la técnica e n relación al a r t e
—realizada d e s d e el fervor de la ampliación del r e c e p t o r q u e p r o c u r a — es p u r a d e m a g o g i a
populista.
Y, sabido es: n o hay fascismo — q u e n o b r o t e d e u n p o p u l i s m o .

P e o r todavía: c u a n d o les d a p o r d e f e n d e r — a los b i e n i n t e n c i o n a d o s , d i g o — q u e la fuerza


revolucionaria d e lo técnico en el arte reside "en la interactividad" d e u n a o b r a q u e posibilita
al r e c e p t o r n o ser p u r a m e n t e "pasivo". El a r g u m e n t o es tan simple, tan jesuítico, q u e n o
m e r e c e la p e n a ni esforzarse en refutarlo.
P r o b a b l e m e n t e , pocas obras h a h a b i d o tan idiotas —y a ú n idiotizantes— c o m o esas q u e
r e c l a m a n u n e s p e c t a d o r m o v i e n d o palancas o t o c a n d o botoncitos. A ú n c u a n d o sólo fuera
La t e c n o l o g í a p o r e x c e l e n c i a DE, p o r q u e , a reverso, p r e t e n d e dejar n e g a d o q u e la lectura —y la c o n t e m p l a c i ó n — siempre h a sido
u n proceso activo, productivo, incluso alucinatorio, es preciso precaverse t a m b i é n c o n t r a esta
NUESTRO TIEMPO - E S LA DEL
forma de santurronería.
PENSAMIENTO, LA D E L C Á L C U L O , LA DE C o m o sugiriera Paul d e Man —y tantas veces se h a r e p e t i d o : "la dificultad d e la lectura
la i n f o r m a c i ó n . A SU PASO, EL n u n c a d e b e ser menospreciada".

"PENSAR" M I S M O SE H A C O N V E R T I D O EN

T E C N O L Ó G I C O . A SALVO DE AQUELLA
• "Sobre la red"
RETIRADA Q U E JÜNGER D E N O M I N A B A

"EMBOSCADURA", C Ó M O PODRÍA H O Y

PENSARSE " n o t é c n i c a m e n t e " . En tanto s e ñ o r e a el universo d e las formaciones d e la conciencia p a r a articularlas c o n f o r m e a


los intereses d e u n a industria d e la cultura, la técnica sólo sirve al propósito a l i e n a d o r d e u n a u
otra ingeniería d e masas — r e d u c i e n d o e n ellas el p o d e r del arte al p a p e l d e actor s e c u n d a r i o
d e las industrias del e n t r e t e n i m i e n t o .
Sólo en t a n t o e n c u e n t r e el m o d o d e resistir a esa s e r v i d u m b r e liberará la técnica su e n e r g í a
emancipatoria.

C u a n d o , sin e m b a r g o , logra hacerlo, la e n e r g í a q u e se libera e n el hallazgo técnico es d e u n a


p o t e n c i a t r e m e n d a , m o n s t r u o s a , casi ilimitada. Es la p o t e n c i a d e lo q u e al advenir allí d o n d e
antes n o estaba, obliga a cada partícula del universo e n t e r o a resituarse — u n a reacción a ú n
más fuerte q u e t o d a la d e fisión j u n t a : u n auténtico big bang del universo e x p a n d i é n d o s e en
efecto mariposa.

La p o t e n c i a d e su i m p a c t o en el sistema d e los objetos es instantánea: c o m o u n a oleada en


todas direcciones —la técnica modifica y trastorna a cada instante el m o d o de darse el universo
d e los objetos, transfigurado en u n a sucesión infinita d e fantasmagorías cuyo asentarse decide
el status q u o d e cada t i e m p o , d e cada época.
E n los ó r d e n e s d e la conciencia, sin e m b a r g o , el efecto parece más lento. Pero esa lentitud
es sólo apariencia —es sólo la lentitud a p a r e n t e q u e lo i n s t a n t á n e o tiene p a r a percibirse a sí
m i s m o . O, digamos, la l e n t i t u d d e lo q u e inevitablemente o c u r r e — u n instante más tarde,
siempre en diferido.

12 z33a
Jeff Wall Restoration 1993

En t o d o caso, hay u n a p r i m e r a m e m b r a n a porosa p o r la q u e el hallazgo técnico se h a c e deter­


m i n a c i ó n d e los ó r d e n e s d e la conciencia: en u n a era en q u e éstos se hallan sometidos a la
estructuración masiva d e los m e d i o s d e masas — h e c h a posible p o r su definición técnica, pre­
c i s a m e n t e — el pulso de ésta se escribe c o m o "contrafirma" del destinatario, del receptor. T o d a
formación discursiva o práctica significante lleva e n su frente el m a r c h a m o de su transportista,
d e su distribuidor, d e su "comunicador". Antes d e d e c i r n o s "éste es mi mensaje", o acaso "éste
es mi autor", nos avisa: "por éste canal vengo, a éste r e c e p t o r busco, éste i m p a c t o genero..."
Los pocos rastros q u e en el m u n d o alcanzan los ó r d e n e s discursivos a dejar d e p e n d e n ,
obviamente y en p r i m e r a instancia, d e la p o t e n c i a del i n s t r u m e n t o y la m e d i a c i ó n técnica q u e
a él les trae ...

Hasta aquí, en t o d o caso, la calculabilidad d e su efecto sobre el m u n d o histórico —la del efecto
d e lo técnico sobre las formaciones discursivas— p e r t e n e c e todavía al o r d e n d e u n a e c o n o m í a
industrializada: esperar d e ellos algún efecto e m a n c i p a t o r i o resultaría p o r tanto ilusorio. Es
sólo a dejar las cosas c o m o están a lo q u e esa gestión mediática d e los ó r d e n e s discursivos sirve.
Pero, eso sí, con u n a lección q u e el universo técnico d e las ingenierías sociales tiene ya b i e n
a p r e n d i d o : "es preciso q u e t o d o cambie, p a r a q u e t o d o siga igual" —es su astuta divisa.
Y el p e r i o d i s m o cultural su indisputable —y m e d i o c r e — i m p e r i o .

Es p o r esto q u e el p r e t e n d i d o "pensar n o t é c n i c a m e n t e la técnica", el pensarla "en su esencia",

htt.p://www.distrito.com/mestizo/artetecnica/sobrelared.html
es u n a p u r a ilusión. Pues el mayor efecto c o n t e m p o r á n e o d e la técnica n o se p r o d u c e sobre el
sistema d e los objetos —sino p r e c i s a m e n t e sobre el del p e n s a m i e n t o . N o es la n u e s t r a t a n t o
é p o c a d e altas tecnologías en el universo d e los artefactos — c u a n t o e n el d e las industrias d e la
conciencia. La tecnología p o r excelencia d e n u e s t r o t i e m p o —es la del p e n s a m i e n t o , la del
cálculo, la d e la información. A su paso, el "pensar" m i s m o se h a convertido en tecnológico. A
salvo d e aquella retirada q u e J ü n g e r d e n o m i n a b a "emboscadura", c ó m o p o d r í a hoy pensarse
"no técnicamente". Esto es: fuera d e u n espacio d e la expresión pública definido p o r la inter­
vención d e u n o s m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n d e masas —ellos sí irrevocablemente constituidos en
u n o r d e n "altamente tecnologizado".

O c u r r e q u e , e n t o d o caso, el espacio de lo técnico a q u e se refiere ese universo industrializado


d e la d i m e n s i ó n pública del p e n s a m i e n t o — e s , precisamente, el d e los objetos.
O d i c h o d e otra m a n e r a : q u e el o r d e n d e cosas a q u e sirve la disposición pública del p e n ­
samiento regulada p o r la industria d e la conciencia es, p r e c i s a m e n t e eso: u n o r d e n d e cosas
—el estado d e cosas p r e s e n t e m e n t e existente.
Es p o r esto q u e t o d a tecnologización del p e n s a m i e n t o es ideológica: n o p o r q u e s u p o n g a
s e r v i d u m b r e a u n a r e p r e s e n t a c i ó n interesada d e las ideas —sino p o r q u e s u p o n e s e r v i d u m b r e a
u n a r e p r e s e n t a c i ó n interesada del o r d e n d e las cosas —la d e éstas, "tal y c o m o son".

La ideología d e u n p e n s a m i e n t o tecnologizado n o p u e d e n u n c a ser otra q u e ésta: el realismo.


A partir d e hacerse evidente ello, i m p o r t a p o c o ya decidir si la tecnologización d e los universos
de la conciencia p e r m i t e r e p r e s e n t a r el m u n d o tal y c o m o es "en realidad", o, más bien,
p r o d u c i r l o c o m o realidad segunda, inducida, g e n e r a d a — a m b a s cosas son, en realidad, u n a
y la misma.

a33z 13
D O S S I E R

Lo ideológico d e u n p e n s a m i e n t o h a b i t a n t e d e su f o r m a tecnológica —esto es, residente en


el espacio d o m i n a d o p o r u n a industria d e la conciencia— es e x a c t a m e n t e esto. N o q u e ofrezca
u n a visión d e f o r m a d a d e lo real —sino q u e asume p o r e n t e r o el e n c a r g o d e p r o d u c i r (o confun-
d i r n o s respecto a) la ú n i c a f o r m a en q u e lo real p u e d e a partir d e e n t o n c e s darse: la q u e hay.
Q u e el o r d e n d e las cosas repite el o r d e n d e las ideas es hipótesis q u e se verifica escalofriante-
m e n t e c u a n d o éste (el d e las ideas) se c u m p l e , p r e c i s a m e n t e , e n u n universo técnico. E n la
técnica, e n efecto, el p e n s a m i e n t o se r e d o n d e a c o m o u n i n d u c t o r d e realidad — p e r o el o r d e n
d e las cosas a q u e esa i n d u c c i ó n d e realidad deja lugar es, exclusivamente, el de lo ya real y
p r e s e n t e m e n t e existente. U n p e n s a m i e n t o técnico es e n t o n c e s , p o r necesidad, ú n i c a m e n t e el
afloramiento (en u n o r d e n d e lenguaje) d e u n o r d e n d e cosas c u m p l i d o , c e r r a d o .
En el pensamiento sometido a gestión técnica el m u n d o se dice e n t o n c e s c o m o lo q u e ya es,
c o m o p r e s e n t e — p a s a d o , sin la m í n i m a h o l g u r a cronológica q u e h u b i e r a p e r m i t i d o abrir u n
EL C A N T O Q U E E N T O N A EL j u e g o d e transformación, i n t r o d u c i r la hipótesis d e u n j u e g o d e escritura d e la voluntad del
PENSAMIENTO ATRAÍDO A ESE h o m b r e en la historia.
Este es el carácter p r o f u n d a m e n t e reaccionario con q u e lo técnico tiñe al p e n s a m i e n t o
su p r o p i o v é r t i g o — E N LO
c u a n d o lo s o m e t e al d o m i n i o de su f o r m a orgánica pública, industrial: q u e a su paso éste se
T É C N I C O — DICE: NUEVO RELATO, convierte en m e r o testigo, o b l i g a d a m e n t e cómplice, d e lo q u e hay.
NUEVO MITO, POTENCIA
La técnica es, sí, esa l e n g u a m u d a d e los objetos. C u a n d o h a b l a d e s d e ella, t a m b i é n el pensa-
INAUGURAL DE O T R O ABSOLUTO m i e n t o se a n u l a a sí m i s m o en la p u r a expresión d e su implacable ley — s o m e t i d o él mismo
o r d e n d e l d i s c u r s o , DE OTRA a cálculo, a f o n d o explotable.
RADICALMENTE DISTINTA
La técnica sentencia esta e x p r o p i a c i ó n del t i e m p o heurístico del p e n s a m i e n t o (su capacidad
POSIBILIDAD DE DARSE EL M U N D O , d e especular sobre u n otrosí, sobre u n alibi — p a s a d o o anticipatorio).
DE OTRO COMPLETO ORDEN
Es éste el d o m i n i o e n q u e lo técnico se apropia, e n "tiempo real", de lo i m a g i n a r i a m e n t e
real d e la totalidad del t i e m p o c o m o t i e m p o vacío d e la historia, c o m o a h o r a p a u t a d o p o r la
DE CIVILIDAD, DE
e n e r g í a técnica.
o t r a e c o n o m í a d e l s e r , ...
Sustraído, sin e m b a r g o , a la formalización técnica q u e sentencia su devenir en el seno de u n a
industria d e masas, el p e n s a m i e n t o q u e se a p r o x i m a a la tensión q u e e n la forma inscribe
la d e t e r m i n a c i ó n técnica se convierte e n fuerza subversiva — d e h e c h o se constituye c o m o lo
subversivo m i s m o en su esencia.
N o a b a n d o n á n d o s e a la sumisión q u e d e t e r m i n a su f o r m a tecnológica c o m o forma depo¬
tenciada d e expresión d e u n o r d e n d e cosas m u e r t o —es decir: en el c o r r e r el riesgo del ten¬
samiento t é c n i c o — el p e n s a m i e n t o se revela en su v e r d a d e r a naturaleza alumbratoria, vidente.
Se constituye e n fuerza d e tracción al m u n d o d e auténtica n o v e d a d , n a r r a c i ó n inaugural,
p o t e n c i a d e m i t o inagotada.

C u a n d o el p e n s a m i e n t o se relaciona con la técnica bajo este r é g i m e n d e "insumisión", su


resultado se llama: arte.

• "Nuevas tecnologías / nuevas narrativas"

Es así q u e si el p e n s a m i e n t o t o m a p o r asalto a lo técnico y, c o n f r o n t á n d o l o , se i m p o n e resolver


la tensión inédita — e n la "forma"— q u e ello i m p o n e a la relación e n t r e el o r d e n de las cosas y
el del discurso q u e lo regula, e n t o n c e s el p e n s a m i e n t o alcanza la ocasión d e expresarse con
t o d a su fuerza, c o m o p o t e n c i a d e a p e r t u r a d e m u n d o s , c o m o poética desocultación d e aquello
q u e vibra p o r advenir, c o m o la capacidad d e u n atraer al m u n d o lo q u e a ú n n o es, c o m o expre-
sión m á x i m a e n t o n c e s del d o m i n i o q u e la conciencia, ejercida c o m o voluntad d e poder, posee
sobre el m u n d o , sobre el paisaje a n o n a d a d o del ser.

Es p o r esto q u e u n p e n s a m i e n t o q u e se inscribe en el espacio d e lo i n e s p e r a d o técnico l o g r a n d o


ejercer el control d e sí mismo — e n t r e g a d o sólo a su p r o p i o vértigo— c o r o n a u n t r e m e n d o
p o d e r d e subversión — e s , d e h e c h o , expresión d e la esencia misma d e lo subversivo.

La naturaleza ambigua d e lo técnico —su ser constelación escalofriante de dos p o d e r e s d e


dirección contraria: lo m á x i m a m e n t e a l i e n a d o r y lo m á x i m a m e n t e e m a n c i p a t o r i o — se pro-
yecta d o n d e q u i e r a lo técnico tiene incidencia sobre los órdenes del pensamiento: sea al nivel d e
su p r o d u c c i ó n , sea al d e su distribución, sea al d e su recepción.
Al d e su recepción: p r o m u e v e u n a secularización del ritual en q u e ésta se p r o d u c e — p e r o
c o n t r a r i a m e n t e : u n e m p o b r e c i m i e n t o y desintensificación de la experiencia.
Al d e su distribución: d e t e r m i n a u n a amplificación vertiginosa d e las redes —-pero contra-
r i a m e n t e : descualifica los c o n t e n i d o s d e la información, banaliza su c o n t e n i d o , rebaja los
niveles d e definición d e los p r o d u c t o s q u e a c c e d e n a circular e n ellas.
Q u e d a p o r p e n s a r todavía — p u e s es nítida la intuición d e lo catastrófico del efecto q u e a los
niveles d e su p r o d u c c i ó n tiene lo técnico sobre la del p e n s a m i e n t o — d ó n d e se sitúa lo positivo
del i m p a c t o q u e sobre la p r o d u c c i ó n del p e n s a m i e n t o p o s e e todavía lo técnico. ¿Qué es lo q u e
fuerza q u e éste haya d e ser, a propósito d e u n a reflexión sobre lo técnico, precisamente el último
pensamiento?

Lo reaccionario del p e n s a m i e n t o se da allí d o n d e u n o r d e n del discurso se aplica a estabilizar


u n o r d e n d e las cosas —allí d o n d e asienta u n a j e r a r q u i z a c i ó n d a d a del espacio d e la r e p r e ¬

14 z33a
D O S S I E R

sentación. Allí d o n d e su forma de darse es ratificación y expresión p u r a d e u n o r d e n estable­


cido, tensión estática d e u n a forma generalizada d e organización despótica de los m u n d o s d e
vida q u e asienta su imperialismo, m e r c e d a la m e d i a c i ó n de las formaciones del espíritu
objetivo, e n t o d o o r d e n h u m a n o .
El p e n s a m i e n t o q u e , t e n t a d o p o r el abismo d e lo técnico, acierta a c o n t e n e r el vértigo, logra
mirar d e frente al lugar en q u e ese castillo d e naipes asienta su p i e d r a angular. Y si se aban­
d o n a e n t o n c e s a su e x t r e m o potencial, consigue lanzar su suave soplo p r e c i s a m e n t e allí sobre
ese lugar d o n d e el espejismo, c o m o m u r o d e J e r i c ó , se d e r r u m b a al paso d e su e s t r e m e c e d o r
c a n t o triunfal.

Lo técnico le dice e n t o n c e s al p e n s a m i e n t o : j u s t o a q u í — n o llegabas. Y el p e n s a m i e n t o se lanza


a su p r o p i o abismo, s u s u r r á n d o l e al m u n d o : sígueme.

Sobre la f o r m a q u e expresa u n a cierta organización del discurso —y ésta u n a s e n t a m i e n t o


epocal d e u n o r d e n d e las cosas— la presión q u e lo técnico ejerce efectúa u n efecto subversivo:
él trastorna ese o r d e n y le revela p u r a arbitrariedad c o n t i n g e n t e . O t r o m u n d o posible reclama
e n esa tensión llegar —y t o d a la e c o n o m í a d e la r e p r e s e n t a c i ó n se revela e n su inconsistencia,
en su e x t r e m a inestabilidad.

El c a n t o q u e e n t o n a el p e n s a m i e n t o atraído a ese su p r o p i o vértigo — e n lo técnico— dice:


nuevo relato, nuevo mito, p o t e n c i a inaugural d e otro absoluto o r d e n del discurso, d e otra
r a d i c a l m e n t e distinta posibilidad d e darse el m u n d o , d e o t r o c o m p l e t o o r d e n d e civilidad,
d e otra e c o n o m í a del ser, ...
E x t r e m o — a u n q u e a p e n a s instantáneo, del o r d e n d e la fulminación— p o d e r simbólico
del p e n s a m i e n t o liberado a la fuerza de su potencial p u r o —allí d o n d e se resiste a la sumisión
del o r d e n p r e s e n t e m e n t e existente. Allí d o n d e se e n t r e g a al c u m p l i m i e n t o d e su más alto y
terrible destino —el n u e s t r o . •

JOSÉ LUIS BREAes profesor de Estética y Teoría del arte contemporáneo en la Facultad de Bellas Artes de
Cuenca. Vive en Madrid.

http://aleph-arts.org/principal/artetecnica/tecnarr.html

Stan Douglas Hors-champs 1992

a33z 15
M A R V I L L A E S P E S A

Além da Água

m e n t e la p r i m e r a p r e g u n t a fue: ¿cómo
este e l e m e n t o p o d r í a ser t r a t a d o d e s d e la
perspectiva d e u n proyecto d e arte? Al con-
siderar q u e "el a g u a " es u n e l e m e n t o tan
específico c o m o metafórico, p e n s é q u e se
d e b í a desarrollar u n proyecto cuyo proceso
a b a r c a r a t a n t o aspectos políticos, a n t r o p o -
lógicos o m e d i o a m b i e n t a l e s c o m o artísticos
y q u e el a g u a p o d r í a ser la g r a n metáfora del
arte —del fluir— e n t e n d i e n d o éste como vehí-
culo d e c o n o c i m i e n t o y transmisión d e ideas.
Nace d e u n viaje del Alentejo a Andalucía
El proyecto d e b í a ir más allá n o sólo del
—el primero d emuchos— emprendido por agua (y n o p o r h a c e r gala al título portugués)
sino más allá del c o n c e p t o d e site-specific y
1
Jorge Castanho , e n e l v e r a n o d e l 94, del Arte Público. E m b a r c a r m e e n u n m e r o
proyecto d e a r t e p ú b l i c o lo e n c o n t r a b a
con la oferta d edesarrollar un proyecto p r o b l e m á t i c o p u e s éste n o se d e b e convertir
e n u n t e m a d e g é n e r o — c o m o antes lo h a
transfronterizo España=Portugal bajo e l sido la p i n t u r a o d e s p u é s lo h a p o d i d o ser la
instalación— p o r lo q u e s u p o n d r í a d e bana¬
t í t u l o A l é m d a Água. lización del a r t e público, a d e m á s d e su insti¬
tucionalización. P e r o estaba claro q u e el
T í t u l o motivado p o r el d e b a t e sobre la proyecto partiría d e ideas q u e el arte público,
posible c o n s t r u c c i ó n d e u n a p r e s a — l a d e y antes la escultura site-specific, propició,
Alqueba, q u e se r e m o n t a a la é p o c a d e c o m o son las ideas d e especificidad, expan-
Salazar— e n esa r e g i ó n alentejana. La futu¬ sión, participación, colectividad, relación d e
rible presa, a d e m á s d e b o r r a r del m a p a (lo la o b r a c o n la audiencia y el e n t o r n o , diálogo
q u e s u p o n e c o n d e n a r a u n a población a e n t r e el lenguaje d e la o b r a y el p r o p i o
n o t e n e r n o c i ó n d e futuro) aldeas c o m o la lenguaje del espacio d o n d e se ubica.
d e Luz, implica cuestiones d e diversa í n d o l e :
e c o n ó m i c a , ecológica, sociológica, e t c . ; A L É M DA Á G U A :
a d e m á s d e las d e carácter político c o m o son UN M U S E O ITINERANTE
las relaciones e n t r e E s p a ñ a y P o r t u g a l e n lo Después d e c o n s i d e r a r todos estos aspectos,
q u e a t a ñ e a los planes hidrológicos d e los inicié, j u n t o a u n e q u i p o d e p r o d u c c i ó n 2

g o b i e r n o s d e a m b o s estados. u n viaje d e vuelta, d e A n d a l u c í a al Alentejo,


— t a m b i é n el p r i m e r o d e m u c h í s i m o s —
La oferta era o b v i a m e n t e más q u e intere- c o n u n a contraoferta: la d e trabajar e n u n
sante c o m o lo era el c o n t e x t o e n el q u e se proyecto " m a d r e " y "global" Além da Água,
d e b í a h a c e r el trabajo d e c a m p o : la r e g i ó n q u e n o diferenciara la participación d e
del Alentejo fronteriza c o n las r e g i o n e s d e artistas p o r t u g u e s e s y españoles p e r o q u e ,
E x t r e m a d u r a y Andalucía, c o n historias a pesar del afán d e globalidad, c o n t e m p l a r a
—"imperiales"— c o m p a r t i d a s e n u n p a s a d o lo específico y lo diverso d e cada u n a d e las,
y ríos —el G u a d i a n a — c o m u n e s e n u n p r e - posibles, múltiples participaciones, q u e
sente, p l e n o d e e n c u e n t r o s y d e s e n c u e n t r o s . t a m b i é n p o d r í a n e x t e n d e r s e más allá del
á m b i t o artístico, p o r q u e las c o m u n i d a d e s
El t e m a específico c o n el q u e d e b e r í a m o s q u e viven e n el e n t o r n o del río p o d í a n ser
t a m b i é n , e n ú l t i m o t é r m i n o , a u t o r e s del
trabajar era "el agua", p o r lo q u e obvia-

16 z33a
D O S S I E R

proyecto. Para ello p e d í al colectivo Agencia d e obras se c o n s t r u í a n c o m o mosaicos d e


d e Viaje u n a p r o p u e s t a , lo cual se tradujo en textos ajenos... T o d o transformismo, t o d a
Além da Água: un museo itinerante. parodia, t o d a palabra utilizada con ironía,
puesta e n t r e comillas, indirecta, es u n
Planteamos realizarlo en el v e r a n o del 95. híbrido intencionado" . 4

Antes e r a necesario "navegar" p o r las aguas La "deriva" p o r la geografía d e las ideas nos
del río G u a d i a n a y " d e a m b u l a r " p o r áreas acercó a trabajar con el río tanto c o m o
específicas d e sus dos orillas en la p r o p i a espacio transfronterizo c o m o h í b r i d o , por­
b ú s q u e d a y desarrollo del proyecto, b a s a d o t a d o r d e los rasgos d e i d e n t i d a d cultural d e
en el principio d e transformación y combi­ las zonas q u e r e c o r r e ; nos llevó a r e c o g e r
nación d e los e l e m e n t o s ; y más allá d e la objetos q u e r e p r e s e n t a r a n u n microcosmos
c o m b i n a c i ó n "natural", t a m b i é n e n la q u e del m a c r o c o s m o s q u e refleja el río c o m o
p r o c u r a la e m e r g e n c i a d e nuevas condi­ sistema d e c o m u n i c a c i ó n y a d i s e m i n a r
ciones tecnológicas, las cuales, c o m o algunos información m i e n t r a s r e m o n t á b a m o s su
teóricos h a n analizado, "una vez más h a c e n curso; a e x a m i n a r la naturaleza dinámica
del plagiarismo q u e n o sólo sea aceptable de las fronteras tal c o m o son dibujadas p o r
sino q u e sea u n a estrategia crucial p a r a la el lenguaje, los territorios geopolíticos y la
p r o d u c c i ó n textual. Esta es la é p o c a de la p r o p i e d a d intelectual.
recombinación: cuerpos recombinados,
g é n e r o r e c o m b i n a d o , textos r e c o m b i n a d o s . Viajamos a veces p o r lugares, otras p o r las
U n o p u e d e arguir q u e r e c o m b i n a r h a sido líneas y colores de los m a p a s . Marcamos
siempre clave en el desarrollo del significado nuestros t o p o c r o n o s y c r o n o t o p o s :
3
y la invención" . N o e n vano, Mijail Bajtin,
Ayamonte, Vila Real d e Santo A n t o n i o ,
e n sus estudios d e teoría literaria, afirma
Alcoutim, Sánlucar del Guadiana, Mértola,
q u e en la e d a d m e d i a n o e r a m e n o s com­ EL PROYECTO DEBÍA IR M Á S
Mérida, Aldea d e Luz, P a n t a n o d e
pleja y a m b i g u a la actitud frente a la palabra
Proserpina, J u r o m e n h a , Olivenza, Beja, etc. ALLÁ n o s ó l o d e l agua
ajena: "el rol d e la palabra ajena, d e la cita
expresa y r e s p e t u o s a m e n t e subrayada, semi¬ (Y N O POR HACER GALA AL TÍTULO
Iniciamos la navegación y la estela c o m o
encubierta, semiinconsciente, i n t e n c i o n a d a ,
i m a g e n d e algo c a m b i a n t e y metáfora d e la PORTUGUÉS) s i n o m á s a l l á
h a sido grandioso... Las fronteras e n t r e el
disolución de fronteras. Imaginamos, e n el DEL CONCEPTO DE SITE-SPECIFIC
habla ajena y la p r o p i a e r a n inestables,
espacio d e u n a balsa q u e fuera c o m o u n a
ambiguas y con frecuencia intencionada­ Y d e l A r t e P ú b l i c o .
isla itinerante, o c o m o u n chiringuito-centro
m e n t e sinuosas y confusas. Algunos tipos
de d o c u m e n t a c i ó n - l u g a r d e e n c u e n t r o y d e

Puente de Ajuda. Badajoz

a33z 17
D O S S I E R

ExposiciónAlém da Água: Copiacabana. Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo. Badajoz, 1996

emisión-espacio d e proyección: Radio- m i e m b r o s del colectivo iniciaron u n a serie


POR MEDIO DE f o t o c o p i a d o r a s actividades (emisoras d e radio r e c o g i e n d o d e actividades e n las q u e fueron p l a n t e a n d o
el sonido ambiental y su retransmisión, y d e s a r r o l l a n d o aspectos del mismo. E n t r e
Y REPRODUCTORES DE A U D I O Y VÍDEO, ellas: La Isla del Copyright (Portugalete, ría
edición d e u n "CD" con dicho sonido,
6
A DISPOSICIÓN DEL PÚBLICO, colaboración con las emisoras locales de de N e r v i ó n ) , exposición flotante q u e
ambas orillas); Flotoescenas (conciertos, p r e s e n t a b a las obras en p e q u e ñ o f o r m a t o
el v i s i t a n t e ESTABA INVITADO A
diaporamas, audiovisuales y exposiciones —dibujos, p o e m a s , fotografías, vídeos, casse-
AÑADIR MATERIALES AL PROYECTO Y / O d e obras d e artistas invitados); Performances ttes, esculturas, etc.— d e u n g r a n n ú m e r o
y Reacciones (divulgación d e pasaportes, d e artistas y colectivos q u e r e s p o n d i e r o n a
A LLEVARSE A CASA U N A COPIA
i n t e r c a m b i o d e territorio luso-español); u n a carta p o r la q u e se les invitaba a explorar
PERSONALIZADA DE LA EXPOSICIÓN. Expediciones (visita a la mayor o b r a de El la n o c i ó n d e copyright, la p r o p i e d a d privada
Plan Badajoz, festival gastronómico d e las d e las ideas y los límites legales d e la cultura
d o s orillas, excursiones a los yacimientos popular. El copyright —invención del siglo
neolíticos d o n d e se e n c o n t r a r o n las estelas XVII— se desarrolló n o con el objetivo d e
conocidas c o m o "Escritura del suroeste"); p r o t e g e r a los creadores d e obras literarias
Talleres para niños (concursos d e invención sino p a r a reducir la c o m p e t e n c i a e n t r e las
d e artefactos p a r a circular l i b r e m e n t e p o r editoriales, r e s e r v a n d o p a r a los editores,
el agua, labores d e reciclaje d e basura del a p e r p e t u i d a d , el d e r e c h o exclusivo p a r a
río, relectura de la m e m o r i a histórica); imprimir ciertos libros. La justificación era,
Proyecciones de cine ("El Atalante", "Apocalypse p o r supuesto, q u e al c o n f o r m a r u n a o b r a
Now", "Muerte e n los p a n t a n o s " , "Moby literaria, el lenguaje q u e d a b a i m p r e g n a d o
Dick", "Río abajo", "Eaux d'artifice", p o r la personalidad d e su autor, convirtiéndo-
"Aguirre"); Clausuras (construcción d e u n se p o r tanto en p r o p i e d a d privada. Bajo esta
p u e n t e d e fuego e n la n o c h e d e San J u a n , mitología, las leyes d e p r o p i e d a d intelectual
la balsa c o m o p r i m e r pabellón d e la Feria h a n florecido en el capitalismo tardío,
I n t e r n a c i o n a l d e Lisboa '98). s e n t a n d o el p r e c e d e n t e legal para privatizar
cualquier e l e m e n t o d e la p r o d u c c i ó n cul-
tural, sean palabras, i m á g e n e s o sonidos;
El proyecto, c o m o los ríos, se n u t r í a d e u n a premisa q u e las prácticas artísticas y
m u c h a s fuentes; la más r e m o t a , allá p o r el literarias, al igual q u e la proliferación d e
5
92, es la Cápsula de Tiempo Córdoba (Sevilla) . tecnologías digitales, están c u e s t i o n a n d o
Y c ó m o el proceso, p o r otra p a r t e , c o m o en la actualidad. D u r a n t e u n a semana, en
c o r r e s p o n d e a la misma c o n c e p c i ó n pro¬ La Isla del Copyright, se abolieron las leyes d e
cesual y a la m e t o d o l o g í a d e este tipo d e p r o p i e d a d intelectual y sus c o n t e n i d o s se
proyectos, se iba alargando, los artistas

18 z33a
D O S S I E R

r e p r o d u j e r o n y circularon p o r m e d i o d e
fotocopiadoras y o t r o s a p a r a t o s r e p r o d u c -
tores, puestos a disposición del público. En
7
Legal Limits of Popular Culture (Nueva York)
ya se h a b í a n p l a n t e a d o estos temas, y e n
8
La Mónada Nómada (Barcelona) , se siguió
h a b l a n d o e n t o r n o a ello y al loro c o m o
9
r e p r o d u c t o r . En Coser el río ( C u e n c a ) ,
se c o n e c t a r o n experiencias privadas a u n a
e x p e r i e n c i a colectiva. Y finalmente e n
10
Guaideanas ( C u e n c a ) , e n t r e otras activi-
d a d e s , se reescribieron consignas situacio¬
nistas p r o v e n i e n t e s del espíritu del Mayo 68:
"No vaya a Grecia este v e r a n o , q u é d e s e e n el
Guadiana". En cada u n a d e estas fuentes,
a n t e c e d e n t e s o p a r a d a s , Além da Água: un
museo itinerante se t r a n s f o r m ó e n Além da
Água: Copiacabana, y el colectivo Agencia d e
Viaje pasó a d e n o m i n a r s e Gratis.

ALÉM DA ÁGUA: COPIACABANA


Y t a m b i é n , claro, se fue n u t r i e n d o d e
discusiones y f e n ó m e n o s c o n t e m p o r á n e o s
q u e n o s r o d e a n , fascinan, a t o r m e n t a n ,
a p a s i o n a n o agobian; e n t r e otros, la a c u m u -
lación d e la b a s u r a y los vertederos, la crisis
del sujeto y d e la a u t o r i d a d (y c o n ello d e la
a u t o r í a ) , las emigraciones, las autopistas d e
la i n f o r m a c i ó n , la difusión y m a n i p u l a c i ó n
del c o n o c i m i e n t o p o r m e d i o d e la electró-
nica, las utopías piratas, la r e p r o d u c t i v i d a d
del original (hoy d e n u e v o tan actual c o m o
el ensayo d e Walter Benjamin tras presen-
tarse e n sociedad los ú l t i m o s avances d e la
i n g e n i e r í a genética: la oveja clónica Dolly),
o la fragilidad d e la línea divisoria e n t r e
realidad y ficción c o m o h a n p u e s t o e n
evidencia los m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n .

Son m u c h a s las imágenes, noticias y docu-


m e n t o s q u e fuimos a c u m u l a n d o e n el p r o -
ceso: la botella q u e c o n t i e n e el b a r c o más
g r a n d e — m a q u e t a del q u e p e r t e n e c i ó a
M i t e r r a n d — ; la disputa greco-turca p o r u n
islote d e s h a b i t a d o , e n el m a r E g e o , d o n d e
d o s b a n d e r a s se a p r o p i a n d e u n territorio
tan p e q u e ñ o q u e casi n o c a b e n los dos
mástiles q u e sostienen los trapos; el secues-
tro del transatlántico Santa María ( p a r e c e
ser q u e F r a n c o y Salazar t e n í a n acciones e n Além da Água. La bellota navegando por el río Guadiana. 16 noviembre 1996
d i c h o barco) p r o t a g o n i z a d o p o r tres piratas
11
revolucionarios p o r t u g u e s e s ; algunas d e
las o b r a s d e artistas q u e h a n trabajado c o n negociación c o n las instituciones , p o r 12
geopolíticos, la linearidad histórica, las con-
el t e m a del agua, e n t r e ellos Alighiero e anteproyectos y m e m o r i a s , p o r recortes y venciones socioculturales, los m e d i a o la
Boetti Los ríos más largos del mundo, R o b e r t r e m o d e l a c i o n e s , y p o r t o d o tipo d e p r o p i e d a d intelectual: u n i m a g i n a r i o c o n el
Smithson Spiral Jetty, Chris B u r d e n La Pinta, s e n d e r o s ; p e r o si las limitaciones n o p e r m i - q u e d e c o n s t r u i r significados p r e c o n c e b i d o s
La Niña, La Santa María, Kcho Balseros, tieron viajar p o r m u c h a s d e las bifurcaciones p o r los q u e se i m p o n e el p o d e r d e m a n e r a
Kabakov El barco de mi vida, Gary Hill y afluentes, n o a b a n d o n a m o s el cauce q u e arbitraria. P o r m e d i o d e fotocopiadoras y
Circular Breathing, Luis Camnitzer El canal n o s p e r m i t i ó llevar a c a b o la idea originaria r e p r o d u c t o r e s d e a u d i o y vídeo, a disposi-
de Panamá, Alison Knowles El pan y el agua, (que n o original). Finalmente, y tras diversas ción d e l público, el visitante estaba invitado
P e t e r F e n d Ocean Earth. C o m o son m u c h a s variantes y transformaciones, el proyecto a a ñ a d i r materiales al proyecto y / o a llevarse
las islas q u e n o s vinieron a la cabeza, d e s d e 13
se materializó e n el MEIAC , e n u n a Exposi- a casa u n a copia personalizada d e la exposi-
la Personal Island d e Vito Acconci a La isla c i ó n / T a l l e r — c o m o u n a Wünderkammer o ción. Si e n los 70 el uso d e las fotocopias
del tesoro d e R.L.Stevenson, o La Balsa de la g a b i n e t e d e curiosidades— d o n d e se expuso c o n t e m p l a b a la desmaterialización del obje-
Medusa d e Géricault, q u e según c u e n t a la u n a escultura polisemántica — u n a bellota to artístico, e n los 90 p a r t e d e esos p r e -
leyenda fue p i n t a d a tras u n o s sucesos d e 14
gigante d e c o r c h o — q u e o p e r a b a t a n t o supuestos y d e la crisis d e la a u t o r í a y d e la
antropofagia o c u r r i d o s frente a las costas c o m o c o n c e p t o o c o m o mascota (por cómico r e p r e s e n t a c i ó n desvelada p o r el post-
d e Mauritania. q u e p a r e z c a ) , a d e m á s d e convertirse en el m o d e r n i s m o . La escultura, p a r a el acto d e
tablón d e a n u n c i o s flotante q u e d i s e m i n a b a clausura, se convirtió e n b u q u e insignia
A d e m á s d e t o d o esto, Além da Água: un la semilla del proyecto, y las más d e 300 q u e tuvo su b o t a d u r a y breve singladura (ya
museo itinerante hasta convertirse e n Além da colaboraciones m u l t i m e d i a d e participantes q u e n o navegó 24 horas sino sólo 4), carto¬
1 5

Água: Copiacabana, y p r e s e n t a r l o e n el o t o ñ o d e diversas p a r t e s del m u n d o , q u e versaban grafiando u n a l í n e a d e fuga e n su estela,


del 96, navegó p o r frágiles espacios d e sobre las fronteras q u e definen los territorios p o r el simbólico t r a m o fronterizo del río

a33z 19
D O S S I E R

ALGUNAS DE L A S O B R A S R E F E R E N C I A S
G u a d i a n a e n t r e la población, hoy e x t r e m e ñ a
p e r o hasta el siglo XVIII p o r t u g u e s a , d e CREADAS PARA
1 Entonces director artístico de la Galería Municipal Escudeiros,
Olivenza y la alentejana d e J u r o m e n h a ; A L É M DA ÁGUA: COPIACABANA en Beja.
zonas q u e , allá p o r el siglo XVI estuvieron 2 BNV/CARTA DE AJUSTE: Miguel Benlloch, Alicia Pinteño,
PEDRO SARAIVA y MARIA J O A O G A M I T O : edición d e postales
u n i d a s p o r la i m p o n e n t e o b r a d e i n g e n i e r í a vendiendo el agua del río G u a d i a n a . Esther Regueira, Joaquín Vázquez; previo a la producción
16
d e l P u e n t e A j u d a , volado, siglos m á s t a r d e , gestionan la financiación.
JOSÉ TOIRAC: fax de tres metros con los retratos de un grupo d e
e n la G u e r r a d e Sucesión e n t r e E s p a ñ a y "balseros" cubanos que fueron tragados por el mar en un intento 3 Critical A r t Ensemble. The Electronic Disturbance.
Portugal: u n o d e los históricos desencuentros, d e salir de la isla en 1 9 9 4 cuando su barca fue hundida por la Autonomedia.
guardia costera.
j u n t o a la G u e r r a d e las Naranjas. A u n q u e , 4 M i j a i l Bajtin. Teoría y estética d e la novela. Taurus
c a d a u n a d e las orillas, d e este t r a m o , del río LAWRENCE WEINER: dibujo de un faro y un texto: "Si la frontera Humanidades.
puede verse, a menudo puede cruzarse".
se c o n s i d e r a n u n a territorio p o r t u g u é s y la 5 O b r a realizada por el colectivo Agencia de Viaje, formado
o t r a español, a u n está p e n d i e n t e la d e m a r - M O N M O N T O Y A : acuarela con la bandera "Rojo, bellota y por Victoria G i l , Federico G u z m á n , Robín Khan, Kirby G o o k i n ,
gualda". , para el proyecto Plus Ultra, Pabellón Andalucía E x p o ' 9 2 .
cación oficial d e la l í n e a fronteriza; d e
h e c h o e n los m a p a s n o está r e p r e s e n t a d a . JAVIER A N D R A D A : fotografía que muestra los restos, en la playa,
ó O b r a d e F. Guzmán en el marco del proyecto Puente d e
d e una chilaba d e los inmigrantes marroquíes que cruzan el
Pasaje, oct. 9 5 , o r g a n i z a d o por Carta Blanca.
Estrecho en las pateras.
H e m o s traspasado m u c h a s veces las líneas LAWRENCE FERLINGHETTI: diseño de uno de los banderines que 7 Taller impartido por K. G o o k i n , Parson's School of Design,
ondean en la exposición con imágenes sobre el museo, el río y la N e w York sep. 9 5 .
fronterizas, t a n t o e n u n sentido literal y
frontera sin ley.
físico c o m o e n u n o más metafísico, e n u n 8 Taller impartido por F. G u z m á n , Q U A M / F a c u l t a d d e Bellas
LOURDES MURILLO: dibujo de una bellota conducida por el agua Artes de Barcelona, en. 9 6 .
i n t e n t o d e subvertir esa imperativa realidad
con hilo de cobre.
física; h e m o s discutido s o b r e la e l i m i n a c i ó n 9 Taller impartido por V. G i l , Facultad d e Bellas Artes d e
JUDITE DOS SANTOS: intervención sobre un mapa del entorno Cuenca, nov. 9 5 .
d e las fronteras nacionales o sobre las Extremadura-Alentejo.
actuales consignas, emitidas p o r TV, d e p r o - 1 0 Taller impartido por el colectivo Gratis, Facultad d e Bellas
17 MIGUEL BENLLOCH: performance sobre la idea d e lo reversible Artes de Cuenca, mayo 9 6 , que culminó en una excursión o
hibición d e fotocopiar los libros ; h e m o s que permite tanto recorrer un trayecto como disfrazarse, intento fallido de encontrar los orígenes -los Ojos- del
p l a n t e a d o u n m o d o geofísico d e ver el provocando un desplazamiento de sentido. Guadiana.
m u n d o , e n vez d e u n o geopolítico, q u e posi- M A U R A SHEEHAN: dibujo de M r . M a u r a sobre el cruce d e
1 1 Anxo Rabuñal, artista y profesor dé Sociología del Arte en
bilite g e n e r a r c o m u n i d a d e s creativas. P e r o , fronteras de género.
Barcelona, está investigando sobre el caso.
a u n así, t o d o d e s e m b o c ó e n d o s partes: Las editoras d e los "Femzines" Reacción (Bilbao)/Drum Core
la p o r t u g u e s a y la española, Além da Água ( N e w York)/ Non-Grata (Madrid): los últimos números d e sus 12 Gabinete d e Iniciativas Transfronterizas-Consejería d e
publicaciones. Presidencia-Consejería de M e d i o Ambiente, Urbanismo y
y Além da Água: Copiacabana. Y a h o r a q u e ya Turismo-Consejería de Cultura y Patrimonio, Junta d e
h e m o s c e l e b r a d o diversas p r e s e n t a c i o n e s , FRANCESC TORRES: esfera de cristal que refleja el microcosmos Extremadura.
del Museo y un texto en el que cuestiona la utopía d e "un mundo
eventos e i n a u g u r a c i o n e s e n u n o y o t r o sin barreras". 1 3 Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo,
territorio, d e n u e v o , p r ó x i m a m e n t e , n o s Badajoz.
RICHARD KOSTALENETZ: poema visual d e letras sobre un mapa.
r e u n i r e m o s las p a r t e s a u n q u e , d e nuevo, 14 Extremadura y Alentejo son grandes productores d e este
estaremos s e p a r a d o s , esta vez p o r las frágiles C A R M E N SIGLER: vídeo que recorre el mapa d e un cuerpo.
material.
fronteras q u e son las hojas d e p a p e l d e u n MAITE M U R C I A N O : un barquito d e papel que contiene una isla
18 viajera. 15 Se envió una carta a un amplio mailing invitando a colaborar
libro . P e r o e n este m o m e n t o , n o s q u e d a , en el proyecto.
a d e m á s d e u n a travesía y e x p e r i e n c i a com- Taller de artes plásticas La Va (Cárcel M o d e l o de Barcelona):
dibujos y esculturas en cerámica en los que se lee "ni se os ocurra l ó Según el director de la biblioteca Oliventína no tenía ningún
partida d e casi tres años, el h a b e r c o n s t r u i d o encerrar el a g u a " / " e l agua está viva, deja que corra su curso" sentido que este puente se construyera, y menos que el
espacios c o m u n e s y zonas t e m p o r a l m e n t e ciudadano de la época tributara para ello, y a que el paso
BERN PORTER: (científico nuclear y en la actualidad artista postal): natural se realizaba a través de la línea Badajoz-Elvas, por lo
a u t ó n o m a s ( p o r utilizar el t é r m i n o a c u ñ a d o mensaje al Guadiana con las palabras iniciales de Joyce en que el único motivo tuvo que ser político, es decir tener un pie
19
p o r H a k i m B e y , el p o e t a n e o y o r k i n o d e l Finnegan's W a k e : "Corre río, corre...". metido en uno d e los costados d e la inmensa barriga del reino
a n a r q u i s m o o n t o l ó g i c o y p a d r e teórico d e de Castilla.
A N T O N I O G Ó M E Z : elementos para recrear infinitamente una d e
Além da Água: Copiacabana, p o r sus escritos sus obras en el río, "Poema para ser lanzado". 17 El vídeo de Além d a Água: C o p i a c a b a n a , realizado por Teté
sobre las u t o p í a s piratas). T a m b i é n n o s G O Y O RUBIO: maqueta de un barco con fotografías en las velas Alvarez, está concebido c o m o documento-obra y parte d e
que narran su experiencia d e navegación por el río G u a d i a n a . estas consignas de "prohibición".
q u e d a el c o n s u e l o d e u n e n u n c i a d o teórico
e n d o n d e la globalización y la fragmentación R A I M O N D CHAVES: hamaca de fibra de plantas del Amazonas, 1 8 La publicación, concebida como un vehículo de documentación
invitando a reorientar el ocio. del proceso y d e las obras, visualiza, narra y analiza Além d a
coexisten. C o m o a p u n t a n algunas d e las Água, desde puntos de vista sociológicos, económicos,
voces d e l discurso y la teoría cultural m á s G L E N N BRANCA: el libro amarillo, una recopilación pirata d e históricos, filosóficos y estéticos. Editada por
relevante: "la cultura n o d e b e ser global" literatura ciberpunk. MEIAC/Associaçao de Municipios d o Distrísto de Beja,
Programa IIterreg d e las Comunidades Europeas.
(José S a r a m a g o ) o (Sami Naïr) "la civiliza- PEDRO G . ROMERO: mapa gigante del recorrido en miniatura d e
vertidos tóxicos España-Portugal en el río Tajo.
ción occidental se h a h e c h o m u n d i a l , las 19 Hakim Bey. T.A.Z. The Temporary Autonomous Zone.
INES SCHABER: instrumental para recorrer " l a línea d e precisión Traducido por Guadalupe Sordo, Talasa ediciones/Carta d e
culturas, d e a h o r a e n a d e l a n t e , son locales...
de la frontera" en el río G u a d i a n a . Ajuste/La marca.
el p r o c e s o d e globalización necesita c o m o
e l e m e n t o f u n d a m e n t a l la diversificación
y la fragmentación".

Além da Água: Copiacabana, es el r e s u l t a d o d e


u n a colaboración d e artistas, críticos, p r o -
ductores, ingenieros, matemáticos, surfistas,
filósofos, técnicos, escritores, sociólogos,
geográfos, mecánicos, historiadores, estu-
diantes, c o n u n a visión d e la n a t u r a l e z a y d e l
m e d i o a m b i e n t e , t a m b i é n del arte, c o m o
e l e m e n t o s creativos e n p e r p e t u o devenir.
C o m o declara el p r e m i o n o b e l d e q u í m i c a
Ylya Prigogine: "la naturaleza es u n a narra-
ción, u n a novela imaginativa q u e se va escri-
b i e n d o progresivamente, u n a c o n s t r u c c i ó n
e n la q u e p a r t i c i p a m o s todos". •

MAR VILLAESPESA es crítica de arte y comisaria


de exposiciones independiente. Vive en Sevilla y
Tarifa. Puente de Ajuda visto desde La bellota.

z33a
20
D O U G L A S D A V I S

El Trabajo Artístico en la
Era de la Reproducción Digital
vida, e n la sagrada línea d e separación q u e
Existe u n a policía q u e es b r u t a l y " f í s i c a m e n t e " represiva ( a u n q u e los policías n u n c a existe e n t r e "original" y "falso". Muy a
m e n u d o , el falsificador—de R e m b r a n d t ,
Vermeer, del griego clásico y del a r t e
son p u r a m e n t e físicos) y existen o t r a s policías m á s sofisticadas q u e s o n m á s culturales o
r o m a n o — defiende q u e la realización d e
su trabajó le a p o r t a t a n t o placer c o m o
espirituales, m á s nobles. Pero t o d a institución dedicada a aplicar la ley es policía. al m a e s t r o c o p i a d o . U n a galería d e Nueva
York, l l a m a d a T r u e Fakes*, Ltd., a b o g a
a b i e r t a m e n t e p o r esta tesis. A otro nivel, todo
—Jacques Derrida, AíterWord
el a r t e post-Dada p a r e c e h a b e r desafiado la
santidad del original. U n a artista r e a l m e n t e
provocativa c o m o Elaine Sturtevant, cuyos
Warhols y R a u s c h e n b e r g s suelen mejorar el
"original", r e p r e s e n t a el o t r o e x t r e m o d e
El t r a b a j o a r t í s t i c o e n la era d e la r e p r o d u c - este espectro, c o m o t o d a la teoría crítica
ción digital es física y f o r m a l m e n t e c o m o u n q u e enfatiza la m e n t e e n lugar d e la materia
c a m a l e ó n . E n la actualidad, n o existe u n a (o p r o d u c t o ) .
diferencia c o n c e p t u a l clara e n t r e el original
y la r e p r o d u c c i ó n e n p r á c t i c a m e n t e n i n g ú n El acto m i s m o d e la d e s c o n s t r u c c i ó n implica
m e d i o b a s a d o e n la cinematografía, la elec- q u e la separación y r e o r d e n a c i ó n d e los
t r ó n i c a o las t e l e c o m u n i c a c i o n e s . Y c o n e l e m e n t o s básicos del arte, o d e u n a frase,
r e s p e c t o a las bellas artes, la distinción está tiene su p r o p i o valor singular. La r e o r d e n a -
erosionada, si n o t o t a l m e n t e colapsada. Las ción del texto d e D e r r i d a es sólo u n o d e
ficciones d e "original" y "copia" se e n c u e n - m u c h o s ejemplos obvios. O t r o , lo sería la
tran h o y e n d í a tan entrelazadas e n t r e sí, q u e m o d a d o m i n a n t e e n la a r q u i t e c t u r a d e la
resulta imposible decir d ó n d e c o m i e n z a u n a ú l t i m a d é c a d a , d o n d e se u n e n ó r d e n e s dis-
y d ó n d e t e r m i n a la otra. En u n sentido, la pares t o m a d o s d e siglos discordantes, c o m o
p r o c l a m a d e Walter Benjamin sobre el desti- e n la p r o p u e s t a d e Michael Graves d e revisar
n o del a u r a d e la originalidad, p r e s e n t a d a a y a u m e n t a r el M u s e o Whitney. U n tercer
principios d e este siglo, se h a visto final- e j e m p l o es la r e o r g a n i z a c i ó n digital d e la
m e n t e c o n f i r m a d a p o r estos acontecimien- realidad fotográfica utilizando u n simple
1
tos. E n o t r o sentido, el aura, sutil y elástica, p r o g r a m a d e software c o m o el A d o b e P h o t o -
se h a e x p a n d i d o m u c h o más allá d e las s h o p , hoy m o n e d a c o m ú n e n t r e casi todos
fronteras d e la profecía d e Benjamin, alcan- los estudiantes d e a r t e d e u n a e d a d inferior
z a n d o el rico r e i n o d e la r e p r o d u c c i ó n e n a los 25 a ñ o s . Tal y c o m o señala William
sí misma. Aquí, e n este r e i n o , a m e n u d o Mitchell e n su reciente libro, The Reconfigured
mal c o n c e p t u a d o c o m o virtual (de h e c h o se Eye: Digital Images and Photographii Truth**,
trata d e u n a r e a l i d a d más real, u n a RR), e n los p r i m e r o s a ñ o s d e esta d é c a d a m a r c a r o n
lugar d e traicionarse, se realza la originali- el m o m e n t o e n el q u e la a p a r e n t e m e n t e
d a d y la v e r d a d tradicional (simbolizada p o r v e r d a d e r a e m u l s i ó n fotográfica c o n base d e
el h e c h o fotográfico sin a d o r n o s ) . plata dio lugar a la a p a r e n t e m e n t e decepcio-
n a n t e i m a g e n p r o c e s a d a p o r m e d i o s infor-
2

V I S I Ó N Y R E V I S I Ó N
máticos. El Proyecto Shakespeare d e L a r r y
Sin e m b a r g o , hay m u c h o más e n j u e g o q u e F r i e d m a n e n Stanford, q u e revisa escenas
la simple r e p r o d u c c i ó n o copia del a r t e filmadas o grabadas, sonidos y líneas e n
m a n u a l . T a m b i é n está e n j u e g o la m e n t e , m o v i m i e n t o ( c o m o soldados digitales) d e
e n particular e n las p e r c e p c i o n e s q u e inexo- u n p a r d e labios a o t r o , es u n a c o n s e c u e n c i a
r a b l e m e n t e a p o r t a r á t a n t o al arte c o m o a la d e este m o m e n t o , c o m o lo es, t a m b i é n , el

a33z 21
D O S S I E R

Douglas Davis Studies In Myself 1973

disco compacto recientemente lanzado al primer plano filmado, incluso después de


mercado del Mesías de Haendel, que nos da haber sido transferido varias veces entre la
En l a s p e l í c u l a s EN Q U I C K T I M E
no menos de nueve versiones "originales" de cámara y el reproductor de vídeo. En Nueva
ENVIADAS A TRAVÉS DE LAS REDES la obra, disponiendo al momento de cada York, el Grupo Blue Man, un conjunto que
I N F O R M Á T I C A S Y E N EL F E N Ó M E N O
una de las pistas de sonido, mientras sigue ha convertido la interpretación artística en
sonando la segunda pista. teatro accesible, juega constantemente con
DE LAS v í d e o c o n f e r e n c i a s , la ambigüedad que existe entre el "directo"
VEMOS UN ENTRELAZADO A Ú N Al encontrar la manera de transferir mis y lo "filmado" a través del uso de una cámara
primeras obras en vídeo de medios analógi- portátil y una pantalla gigante, de tamaño
MAYOR ENTRE EL A H O R A Y
cos a digitales, puedo contemplar revisiones mural, ubicada en el borde del escenario.
EL ENTONCES, EL A Q U Í Y EL ALLÍ, en mi ordenador que me permitirán cam- Cuando los miembros del grupo desaparecen
biar de opinión, dos décadas más tarde, del escenario, el público nunca puede estar
lo r e a l y lo a r t i f i c i a l ,
sobre puntos en los que erré hace mucho seguro de si sus payasadas tras las cortinas,
LO ORIGINAL Y LO M A N I P U L A D O . tiempo. Esto me permite producir un "origi- consideradas "en vivo" sobre la pantalla, son
nal post-original". No hace mucho, utilizando de hecho en directo o en diferido.
el software VideoFusion, revisé los últimos
segundos de The Last Nine Minutes***, la En las películas en QuickTime enviadas a
conclusión a la primera transmisión vía través de las redes informáticas y en el fenó-
satélite de un artista, que coproduje e inter- meno de las vídeoconferencias, vemos un
preté con Joseph Beuys y Nam June Paik entrelazado aún mayor entre el ahora y el
para la inauguración de Documenta 6 en entonces, el aquí y el allí, lo real y lo
1977. En la revisión choco a través de la pan- artificial, lo original y lo manipulado. Por
talla de televisión, para acabar aterrizando ejemplo, el acto de digitalizar señales de
en las manos de los espectadores en una vídeo de larga distancia en vivo enviadas
multiplicidad de colores. desde Pekín a Los Angeles nos permite el
lujo (o decepción) de distorsionar, combi-
El vídeo digital, equivalente a la cinta de nar y expandir los mensajes verbales y
audio digital o DAT, desdibuja los límites visuales al archivarlos y almacenarlos en la
3

que existen entre las imágenes en directo y terminal informática . El trabajo de un


en diferido. Con una cámara Sony de 8 mm, importante realizador cinematográfico,
es imposible ver la diferencia entre un como Dziga Vertov podría ser recibido,
primer plano en directo de una cara, o un descompuesto y reorganizado, y entonces

22 z33a
D O S S I E R

archivado; más tarde, si así lo quisiera, la P E R S I S T E N C I A Y AURA


señal original p o d r í a ser r e p r e s e n t a d a e n el Yo n o vaticino q u e n u e s t r a cultura vaya a
estado elegido al principio. abrazar t o t a l m e n t e el significado p u r a m e n t e
tecnocrático del m u n d o digital. El g r a n
La c o n d e n s a c i ó n d e la señal d e vídeo antes e r r o r d e los antiguos teóricos consistió e n
d e su transmisión n o s p e r m i t e e n la actuali- i g n o r a r las características h u m a n a s d e
d a d u n a señal incluso más p u r a y limpia q u e resistencia, contradicción, locura inspirada y
el envío a través d e u n a l í n e a telefónica d e - fastidio p r i m a r i o . Walter Benjamin anticipó
dicada q u e p u e d e ser transmitida vía satélite c o n precisión las implicaciones lógicas d e la
o relé analógico. Esta señal digitalizada r e p r o d u c c i ó n mecánica. I g n o r ó la antilógica.
p u e d e ser a l m a c e n a d a o m o s t r a d a directa- E r r ó al asumir q u e el m u n d o h a r í a reveren-
m e n t e e n grandes pantallas d e alta definición cias a la lógica, q u e la infinita r e p r o d u c c i ó n
a u n a clase o auditorio c o m p l e t o , incluyendo d e u n a p i n t u r a o fotografía r e d u c i r í a lo q u e
u n acceso visual muy s u p e r i o r a la escala d e él l l a m a b a el a u r a d e l original. Tal y c o m o LA D I S T I N C I Ó N E N T R E L O S

la t e r m i n a l informática misma. N o lejos d e señaló u n a vez Sidney Tillim e n Artforum, n o


p r o c e s o s c a u s a l e s D E
m i estudio, e n el S o h o n e o y o r q u i n o , desde 5
h a o c u r r i d o n a d a p a r e c i d o . Seguimos ofer-
el C e n t r o Artístico Here†, p u e d o "llamar" a t a n d o salvajemente e n subastas d e a r t e y LA C Á M A R A Y L O S P R O C E S O S

mis colegas moscovitas a través del sistema e m p l e a m o s v e r d a d e r o s ejércitos d e e r u d i t o s i n t e n c i o n a l e s d e l a r t i s t a


d e teleconferencias PictureTel; la señal p a r a e n c o n t r a r la o b r a maestra "original", la
YA N O P U E D E N E S T A B L E C E R S E
pasará a través d e u n estudio d e la Universidad "auténtica". C a d a o t o ñ o , legiones d e artistas,
Brown, e n Providence, R h o d e Island, q u e críticos y coleccionistas fluyen e n u n a h a m - C O N T A N T A C O N F I D E N C I A
está conectada a u n satélite Sputnik, y recibida b r i e n t a m a n a d a a las galerías y m u s e o s e n
Y T A N C A T E G Ó R I C A M E N T E . . .
e n Moscú, e n el Instituto d e Investigación p e r s e c u c i ó n d e lo n u e v o , o p o r lo m e n o s
Espacial. C u a n d o mis amigos moscovitas c o n la ilusión d e q u e hay algo diferente q u e
r e s p o n d a n , la señal seguirá el curso con- está a p u n t o d e ocurrir. Al a u m e n t a r esas
trario, l l e g a n d o a H e r e p o r u n a s u m a m o n e - legiones, espoleadas p o r u n a e d u c a c i ó n uni-
taria m í n i m a . E n t o n c e s , Allí se convierte e n versal, y al conectarse a terminales infor-
Aquí, es decir, Allí es Aquí. máticas, d o n d e la i n f o r m a c i ó n d e sus redes
p e r m i t e u n c o n t a c t o c o n exposiciones y
voces a miles d e kilómetros d e distancia, la
La descripción d e William Mitchell d e las
b ú s q u e d a se convierte e n universal, m i n a n -
implicaciones d e la fotografía digital se apli-
d o las líneas d e separación q u e existen e n t r e
ca a todos los m e d i o s t r a n s f o r m a d o s d e esa
el este y el oeste, e n t r e el n o r t e y el sur.
m a n e r a : "La distinción e n t r e los procesos
causales d e la c á m a r a y los procesos inten-
cionales del artista ya n o p u e d e n estable- E n su libro The Cultural Politics of Everyday
cerse c o n t a n t a confidencia y tan categórica- Life: Social Constructionism, Rhetoric, and
m e n t e . . . La tradicional narrativa d e o r i g e n Knowing of the Third Kind††, J o h n Shotter
p o r la q u e a u t o m á t i c a m e n t e capturamos... defiende q u e la i d e n t i d a d , "una ú n i c a
i m á g e n e s h e c h a s p a r a p a r e c e r objetos p r i m e r a p e r s o n a , 'Yo'", sólo p u e d e definirse
causales d e la naturaleza... recitada... p o r 6
e n t é r m i n o s d e i n t e r a c c i ó n social . En u n
Bazin, Barthes y Berger, Sontag y S c r u t o n — m o m e n t o e n q u e el discurso, la amistad, el
ya n o tiene el p o d e r d e c o n v e n c e r n o s . La a m o r y la lujuria a larga distancia se con-
4
referencia se h a venido abajo". vierten e n algo más sencillo d e lo q u e era

Douglas Davis, NamJunePaik, Charlotte Moorman and Peter Iden Documenta 6 Satellite Telecast 1977

a33z 23
D O S S I E R

realizar u n a llamada telefónica en mi juven- m o m e n t o en q u e a m a n e c e la e r a digital.


t u d ( m e refiero, p o r supuesto, a las líneas Sin e m b a r g o , son d e u n a i m p o r t a n c i a tal,
d e charla d e I n t e r n e t , públicas y privadas), c o m o p a r a garantizar el riesgo d e u n a conje-
a u m e n t a el potencial del estatus d e la tura, f o r m a d a s i m u l t á n e a m e n t e p o r la cul-
7
p r i m e r a p e r s o n a . Mi Reina del T a c t o p o d r í a tura d e élite, p o r las analogías vulgares d e la
h a b e r llegado a m í d e s d e Nueva Zelanda o cultura p o p u l a r y p o r la demografía del
d e s d e Nueva G u i n e a con tanta facilidad siglo q u e a h o r a está llegando a su fin. Si las
c o m o d e s d e Brooklyn. A nivel superficial, bridas d e las tendencias q u e h a n sido
Shotter p a r e c e estar d e a c u e r d o con los descritas e n t é r m i n o s tan variados c o m o
Construccionistas Sociales, d e d i c a d o s a "postestructuralismo", " p o s t m o d e r n i s m o " ,
establecer el m a r c o d e u n a p o s t u r a ideo- "postavant-garde"y "apropiación" (junto con
lógica tan rígida c o m o la q u e solía t e n e r el u n a gran gama de tendencias "post-pictóricas"
d e t e r m i n i s m o marxista o c o m o la d e la con el prefijo "neo") tienen u n solo hilo
e c o n o m í a d e la oferta y la d e m a n d a e n la c o n d u c t o r y unificador es el p o d e r discor-
d é c a d a d e los o c h e n t a . P e r o el h e c h o es d a n t e d e u n a ú n i c a i n t e r p r e t a c i ó n o rein-
q u e considera q u e esta situación—de terpretación. C u a n d o d e s c o m p o n g o u n
INCLUSO H O Y , EN U N A ERA EN Q U E
discurso global—tiene u n final abierto, al significado, lo recreo d e n t r o d e u n c o n t e x t o
la c o p i a es a r t e DE ALTO NIVEL, b o r d e del tercer r e i n o del c o n o c i m i e n t o . subjetivo q u e es inevitablemente ú n i c o , sin
N i n g u n o d e nosotros p u e d e decir d ó n d e i m p o r t a r lo o r d e n a d o o p r e d e s t i n a d o q u e
C U A N D O LA SIMPLE DISPONIBILIDAD
acabarán estos enlaces sin p r e c e d e n t e , o a sea. U n a n o c h e , p o c o d e s p u é s de h a b e r m e
FÍSICA DE LAS OBRAS MAESTRAS d ó n d e nos llevarán. s e n t a d o e n el Teatro Astor Place, e n Nueva
CLÁSICAS ESTÁ M E N G U A N D O , C U A N D O
York, d o n d e coincidía p o r tercera vez con
el espectáculo Tubes del G r u p o Blue Man,
las t e o r í a s p o s t m o d e r n a s DE LA Mientras yo trabajaba p a r a crear u n aula recibí u n saludo a mi n o m b r e en la pantalla
global d e d i c a d a al arte, al teatro y a otros d e mensajes electrónicos q u e p a r p a d e a b a en
RECOPILACIÓN Y DEL COLLAGE D A N
m e d i o s a larga distancia, c o n e c t a n d o el c e n t r o del escenario del p r o s c e n i o . Más
FORMA A NUESTRA SENSIBILIDAD, s i m u l t á n e a m e n t e estudiantes d e Polonia, tarde descubrí q u e u n p r o g r a m a informáti-
el c o n c e p t o d e a u r a (SI N O DE SU
Rusia y los Estados U n i d o s , todos los impli- co m e h a b í a r e c o n o c i d o p o r el uso d e mi
cados i n t e n t a b a n crear u n m a r c o d e metas tarjeta d e crédito.
REALIZACIÓN MATERIAL) PERSISTE. flexibles. Es sencillamente imposible con-
cebirlo basándose e n los papeles, diálogos e
i n t e r p r e t a c i o n e s conjuntas q u e serán el Estoy de a c u e r d o q u e se trata d e la individua-
resultado d e la u n i ó n d e esas sociedades tan lización e m p l e a d a c o m o i n g e n i o o c o m o
dispares, en particular hoy en día, c u a n d o el fantasía. P e r o s e g u r a m e n t e p o d e m o s e n c o n -
r á p i d o avance del c o r r e o electrónico p a r e c e trar en el Astor Place u n a obstinada resisten-
d e s t i n a d o a incluir muy p r o n t o la capacidad cia a la supuesta fatal d e s h u m a n i z a c i ó n d e la
de transmitir tanto h i p e r t e x t o c o m o inter- tecnología. N o m u c h o m á s tarde, participé
pretaciones exactas d e manuscritos clásicos. e n u n p a n e l d e realidad virtual en la Galería
C o n t o d a seguridad, a c a b a r e m o s t e n i e n d o Jack Tilton d e Nueva York. En n i n g ú n
metáforas d e u n a riqueza, asimetría y con- m o m e n t o d e t e c t é e n n i n g u n o d e los artista
tradicción sin p r e c e d e n t e s . Sin e m b a r g o es presentes o —lo q u e es más significativo—
sólo a través d e esas figuras q u e c o m e n z a r e - en el público, ni u n g r a m o de insensibilidad
m o s a refutar la enraizada convicción d e q u e hacia el peligro f e n o m e n o l ó g i c o p r e s e n t a d o
la m e n t e m u n d i a l es u n a sola m e n t e . p o r la inmersión en u n m u n d o creado. Cuan-
d o vaticiné, d u r a n t e la sesión d e preguntas,
y respuestas, q u e p r o n t o observaríamos u n a
H a c e veinticinco años, e n u n profético
d e m a n d a e n las escuelas d e a r t e d e cursos
ensayo, A. Michael Noll, u n i n g e n i e r o q u e
sobre "realidad real" p a r a c o n t r a r r e s t a r los
en aquel e n t o n c e s llevaba a cabo u n a investi-
dictados impuestos p o r la realidad virtual, el
gación teórica p a r a los Laboratorios
público m e sorprendió m o s t r a n d o su a c u e r d o
Telefónicos Bell, percibió las contradictorias
a gritos. P e r o n o d e b e r í a h a b e r m e sorpren-
implicaciones del o r d e n a d o r digital; su
dido, ni a usted t a m p o c o . Mi deseo, el deseo
p r o p i a dexteridad, predijo, nos liberaría a
de todas las personas, es e n c o n t r a r la m a n e r a
m u c h o s d e nosotros, p e r m i t i é n d o n o s m o d e -
d e a u m e n t a r el p o d e r d e n u e s t r a presencia
los en espiral, de facetas múltiples e incluso
8 subjetiva en la otra realidad, p r e c i s a m e n t e
caóticos, y n o simple o r d e n o r e p r o d u c c i ó n .
tal y c o m o el p i n t o r organiza y o r d e n a su
A h o r a hay p r u e b a s claras d e este c a m b i o
c a m p o . J e n n y H o l z e r habla d i r e c t a m e n t e a
de dirección, q u e h a t e n i d o lugar tras la
favor d e ese impulso contradictorio: "todavía
refutación del m u n d o d e Benjamin. Quizá,
n o h e conseguido averiguar q u é aspecto ten-
al final, r e c h a c e m o s cada m o d o o estilo
d r á n los m u n d o s q u e voy a crear", escribe
d o m i n a n t e . Incluso hoy, e n u n a e r a en q u e
acerca del potencial d e la realidad virtual.
la copia es arte d e alto nivel, c u a n d o la sim-
"Una cosa q u e sí q u i e r o explorar es lo q u e
ple disponibilidad física d e las obras maes- 9
o c u r r e c u a n d o se vuela a través del suelo" .
tras clásicas está m e n g u a n d o , c u a n d o las
teorías p o s t m o d e r n a s d e la recopilación y
del collage d a n f o r m a a n u e s t r a sensibilidad, Aquellos q u e transmiten el significado e n
el c o n c e p t o d e a u r a (si n o d e su realización cada u n o d e esos casos n o i m p o r t a n tanto
material) persiste. C o n t o d a seguridad, c o m o los significados, o la línea cómica del
d e b e r á a h o r a transformarse más, simple- chiste, q u e es a m p l i a m e n t e c o m p a r t i d a p o r
m e n t e p a r a sobrevivir al asalto tecnológico n u e s t r o nuevo público. Esta élite e d u c a d a
p r o d u c i d o p o r la e r a digital. P e r o , transfor- ( a u n q u e d e m o c r a t i z a d a ) , q u e mezcla todas
marse, ¿en qué? ¿En u n a idea desmateriali- las clases, credos y colores, se e n c u e n t r a
zada? ¿Un símbolo? ¿Una presencia? a h o r a i n m e r s a tanto en el Este c o m o en el
Oeste. La revolucionaria perestroika d e
Por supuesto, resulta imposible d a r u n a G o r b a c h o v llevaba a cuestas u n h e c h o social
respuesta definitiva a esas p r e g u n t a s , en u n i n c o n t e n i b l e e i g n o r a d o p o r nuestros

z33a
24
DOSSIER

m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n y p o r nuestros
estrategas políticos. Sin d u d a , los artistas, el
público y el editor d e cada u n o d e los inci-
d e n t e s a r r i b a descritos a b r a z a r o n la m a r c a
individualizadora, n o la desaparición d e la
presencia q u e a c o m p a ñ a a la réplica (la
"copia"). T e n g o la impresión d e q u e e n c o n -
trar u n a tecnología digital tan a d e l a n t a d a
q u e p u e d a aportar la marca individualizadora
es lo o p u e s t o a Benjamin y Orwell. El soft-
ware VideoFusion m e p e r m i t e variaciones
exquisitas en la copia d e videos: ahora, cada
n ú m e r o d e The Last Nine Minutes p u e d e
sutilmente r e m o d e l a r el r i t m o , intensidad
e incluso los tonos del rojo, azul, verde y
blanco. Y n o sólo se trata del lector-usuario
visualizado p o r Peter Lyman q u e tiene la
capacidad d e alterar los libros impresos en
los o r d e n a d o r e s d e las bibliotecas. Los
propietarios d e los m a n u a l e s Newtons y
S h a r p Wizard p r o n t o p o d r á n consultar
vídeos y películas completos, así c o m o libros,
en sus pantallas m a n u a l e s . Editarán dicha
información sin n i n g ú n esfuerzo y transmi-
tirán los resultados, p r o b a b l e m e n t e vía u n a
Red inalámbrica, a sus amigos y colegas en
Douglas Davis The Austrian Tapes 1974
diferentes ciudades y naciones, del m u n d o .

Lo q u e está e m p e z a n d o a surgir en la
p r i m e r a d é c a d a digital es u n a sensibilidad
refinada p a r a con las cualidades únicas d e
cada copia, incluyendo la fotografía procesa-
d a digitalmente. H a c e c u a t r o años, en Rusia,
e n c o n t r é u n a n t i g u o libro e n el q u e u n
propietario anterior había p e g a d o seis copias
d e la fotografía d e u n a mujer. N i n g u n a d e
las copias se parecía a las demás, e x c e p t o en
q u e c o m p a r t í a n u n ú n i c o origen olvidado.
Su trabajo m e inspiró p a r a seguir c o p i a n d o ,
en su libro, d e u n sin fin d e m a n e r a s distin-
tas, i m á g e n e s d e mujeres rusas, polacas y
americanas q u e m e h u b i e r a n c o n m o v i d o ,
utilizando faxes, impresoras láser e impreso-
ras Stylewriter II c o m o medios d e r e p r o d u c -
ción. De la misma m a n e r a , Lucio Pozzi h a
d e d i c a d o los últimos años a i n t e r p r e t a r sus
originales actuaciones en Nueva York con
ayuda d e la F u n d a c i ó n Dia, e n t r e otras
fuentes, sin c o n c e d e r n u n c a la más ligera
indicación al público d e q u e se trataba
d e versiones antiguas o revisadas de u n
ori-ginal s u p u e s t a m e n t e superior. Cada vez Douglas Davis Double Entendre 1981
q u e actúa, el trabajo es i n h e r e n t e a aquellos
q u e se e n c u e n t r a n en situación d e verlo.
Los n ú m e r o s r o m a n o s colocados al lado d e
usted leyendo, h e m o s sido testigos d e u n
tantas d e nuestras películas p o p u l a r e s
crecimiento m e t e ó r i c o en el uso tanto
(Regreso al Futuro II) son vulgares ejemplos
d e I n t e r n e t c o m o del World W i d e Web.
d e lo q u e estoy i n t e n t a d o expresar: la copia
A u n q u e se desarrolló o r i g i n a l m e n t e en
repetitiva está m u e r t a , n o la original. N o se
Estados U n i d o s y en E u r o p a con objetivos
p u e d e separar la u n a d e la otra.
específicamente militares, al Web se h a n
u n i d o artistas, escritores, filósofos, inven-
Mi ú l t i m o ejemplo es más difícil d e explicar, tores, comerciales y a m a n t e s d e t o d o el
p e r o clave p a r a mi hipótesis. En 1971, sin m u n d o . Lo q u e p a r e c e cada vez más obvio—
saber e x a c t a m e n t e q u é q u e r í a decir, presen- a u n q u e era algo t o t a l m e n t e i m p r e d e c i b l e
té u n manifiesto a favor d e i n t r o d u c i r p r o n - en épocas tan recientes c o m o 1992—es q u e
to p r o g r a m a s interactivos en televisión el m o m e n t o en q u e finalmente t o d o el
( d o n d e los espectadores c a n t a b a n y gritaban m u n d o hable con t o d o el m u n d o será
estrofas p o r teléfono, creando así u n a "música" el m o m e n t o en q u e se libere, en lugar de
q u e participara en nuestras acciones): e n c a d e n a r s e , el yo interior.
A b r a m o s u n Canal a Cada Mente... Dejemos
q u e Cada M e n t e C o m u n i q u e con las Demás Liberarse, ¿con q u é objetivo? O t r a vez repito
10
M e n t e s . En los pocos años q u e h a n trans- q u e n o soy capaz d e vaticinarlo. En u n a o b r a
c u r r i d o d e s d e q u e p u b l i q u é p o r p r i m e r a vez de o p i n i ó n publicada en 1994 en el Rocky
las ideas incluidas en este ensayo q u e está Mountain News, supliqué al C o n g r e s o d e

a33z 25
DOSSIER

Estados Unidos, que estaba estudiando la Este artículo es un fragmento del texto The Work
legislación para apresurar la construcción ofArt in the Age ofDigital Reproduction (An
11
de Internet, que nos dejara en paz . Dejemos Evolving Thesis: 1991-1995) publicado en inglés
que reine la anarquía. Dejemos que nuestras en la revista Leonardo 28:5 (October, 1995), pp.
voces se liberen del control, para que, en su 381-386 por The International Society for the Arts,
interacción las unas con las otras, puedan Sciences and Technology (ISAST).
darse nuevos modos de pensamiento, de
creación artística y de profundo roce perso- También consultable en inglés en:
nal. Cité otro elemento del mensaje enviado http://www.awa.com/artnetweb/views/davis/da
en mitad de la noche por La Reina del Tacto vis.html#back1
en una línea de charla: "Quizá seas el Rey de
las Palabras, pero yo soy La Reina del Tacto.
12
Aquí está mi mano... aprieta tus dedos" .
Un s u s p i r o , POR EJEMPLO, NOTAS DE LA T R A D U C C I Ó N
una p a u s a EN UNA CONVERSACIÓN, En una época tan reciente como 1984, nadie * Auténticos Falsos

INCLUSO EL G R A N O RETORCIDO
podía haber imaginado que este caprichoso
* * El O j o Reconfigurado: Imágenes Digitales y Verdad
intercambio personal tuviera lugar a través Fotográfica.
DE UNA FOTOGRAFÍA FOTOCOPIADA del autoritario ordenador; una época en
* * * Los Nueve Últimos Minutos
O UNA CINTA DE V Í D E O . AHÍ ES que, según recuerdo, se alzaban innumera-
bles voces contra la consolidación del poder † Here significa aquí
DONDE r e s i d e el a u r a — N O EN E L
policía-estado en manos tecnocráticas. Ni
†† La Política Cultural de la Vida Cotidiana: Construccionismo
OBJETO COMO TAL, SINO EN podían haber vaticinado que las estrofas Social, Retórica y el Conocimiento del Tercer Tipo

la originalidad d e l m o m e n t o
pudieran ser tan móviles como las descritas
por Jon Katz, crítico de la revista Rolling
CUANDO LO VEMOS, ESCUCHAMOS, Stone, en el New York Times. Katz y muchos
LEEMOS, REPETIMOS, REVISAMOS. otros, han descubierto en Internet una mayor R E F E R E N C I A S Y N O T A S
profundidad en los intercambios personales. 1 BENJAMIN, W . "The Work of Art in the Age of Mechanical
Separadas entre sí por el espacio y el tiempo, Reproduction" in Illuminations N e w York : Harcourt, Brace &
las personas se descubren capaces de decir lo World, 1 9 6 8

que a menudo no pueden decir cara a cara. 2 MITCHELL, W . The Reconfigured Eye: Digital Images and
La muerte se encuentra siempre entre esos Photographic Truth. Cambridge, Masachusset: The MIT Press,
1 9 9 2 p. 18
temas inmencionables, según descubrió
Katz una noche a principios de 1994, cuando 3 Tres Culturas en Juego, una teleconferencia o clase global
él y otros recibieron el siguiente mensaje a planificada en 1 9 9 6 , empleará dichos métodos. Gestionada
por el Centro de Arte y Cultura a Larga Distancia, en la
través de una línea de charla: "Mi hija tiene Galería de la Escuela de Arte Lehman, también implicará al
cáncer. Como algunos de vosotros sabéis, Museo Guggenheim, Nueva York; a la Galería Treryakov,
Moscú; a la Universidad Estatal Rusa de Humanidades; al
tiene 8 años. Jamás en mi vida podría haber Centro de Arte Contemporáneo y Universidad de Varsovia; a
imaginado toda la pena que iba a sentir al la Universidad Lodz y al Museo Szruki de Lodz, Polonia; y a
enterarme de ello, todo el horror que experi- universidades seleccionadas de Escandinavia y de los países
Bálticos. Sus principales apoyos y asesores incluyen a Takeshi
mento al verla sufrir tan estoicamente, prue- Utsumi, G a r y W e l z , Peter Knight, Sun Microsystems, Apple
ba tras prueba. No hay muchas esperanzas, Computer y a la Agencia de Información de los Estados
Unidos.
simplemente muchas medicinas. Nos esta-
mos preparando para lo peor... He decidido 4 MITCHELL O p . Cit p. 3 0 .
escribir un diario todos los días para aquellos
5 TILLIM, S. Benjamin Rediscovered : The Work of Art After the
de vosotros que seáis capaces de leerlo. Res- Age of Mechanical Reproduction. Artforum 2 1 , nº 5, mayo
ponded con toda libertad, ofreced vuestro 1 9 8 3 pp. 6 5 - 7 3
pésame, ánimo o lo que estéis sintiendo. Por 6 SHOTTER, J. Constructionísm, The Cultural Politics of Everyday
favor, frenadme con toda libertad si siento Life: Social Rhetoríc, and Knowing of the Third Kind. Toronto,
demasiada pena por mí mismo o por ella" . 13
Canadá : University of Toronto Press, 1 9 9 3 p. 2 6 0

7 La Reina del Tacto, mensaje en línea, America OnLine, 15 de


diciembre de 1 9 9 4
Por ésta y otras muchas razones, los poderes
8 NOLL, A . M . The Digital Computer as a Creative Médium,
supuestamente indómitos de una colectivi- IEEE Spectrum 4 , N o . 1 0 , October 1 9 6 7 pp. 89-95
zación y reproducción sin sentido, amenaza-
dos durante este siglo, no parecen encon- 9 HOLZER, J. Activity Can Be Overrated, in Through the
Looking Glass: Artist First Encounters with Virtual Reality. J.
trarse, en su ocaso, sino en alza. En lugar de Cirincione y B. D'Amato, eds. N e w York : Softworlds, 1 9 9 2
ello, respondemos de manera opuesta, lo pp. 2 5 - 2 9
que presenta sus propios dilemas. Buscamos 10 The Electronic Hokkadím, conjuntamente patrocinado por la
en el campo electrónico de la comodidad el Galería Corcoran y WTOP-TV en Washington D.C., fundado
cojín que nos acoja como el fluido amnióti¬ con una pequeña beca otorgada por la Donación Nacional
para las Artes. El término Hokkadim deriva de la antigua
co, en ese campo que nos permita ordenar, palabra africana Hochet, que describe un ritual de música
reformar y transmitir casi cualquier sonido, participativa.
idea, o palabra hacia lo que está más allá, 11 DAVIS, D. The Net Works in Rocky Mountaiun News, 8 de
hacia lo efímero e inefable—un suspiro, por mayo de 1 9 9 4
ejemplo, una pausa en una conversación,
12 La Reina del Tacto O p . Cit.
incluso el grano retorcido de una fotografía
fotocopiada o una cinta de vídeo. Ahí es 13 KATZ, J. Los Cuentos que me Cuentan en el Ciberespacio son
una Historia Totalmente Diferente, N e w York Times, 2 3 de
donde reside el aura—no en el objeto como enero de 1 9 9 4
tal, sino en la originalidad del momento
cuando lo vemos, escuchamos, leemos,
repetimos, revisamos. •

DOUGLAS DAVIS es artista, profesor y escritor.


Vive en Nueva York.

26 z33a
J O X E A N M U Ñ O Z

Benjamin eta Kyoko

Baldin begiari edukitzen ezpazaika begia kalte handiak gerthatuko dira —Axular

M a l e t a g a l d u z u e n g i z o n bati buruz idazteko


eskatu didate. Elurretan ikusten dut, maleta
beltza nekez garraiatzen. Narruzkoa da,
bulegariek erabili ohi dituztenen tankera¬
koa, astuna Pirineotan gora, arriskutsua
Guardia Zibilaren hatzaparretan. Frantzian
barna dakar, fazisten hatzaparretatik ihesi.
Kataluniako mugako ostatu batean bere
maletaren bidea ziurtatzen saiatu ondoren
egingo du, etsita, bere buruaz beste. Walter
Benjamin, Port-Bou, 1940. Aspaldiko kontuak?

Maleta zahar hartan zekartzan lanak galdu Claude Cahun Autoerretratoa 1927
egin dira, galdu betirako. Hainbat aldiz
agindutako Passagen-Werk huraxe izan zite¬
keela uste dute adituek, bere ordurarteko 2
legez" . Argazkia eta zinema daude Walter
lan zatikatu, fragmentatuen argibide eta Benjaminen pentsamenduaren muinean.
burutzapen izan behar zukeena. Zati errari¬
ak dira beraz, Benjaminengandik jaso ahal Bere garaiari estu-estu lotua dago Benjaminen
izan ditugunak; are gehiago, zatikatutako gogoeta: lehenago ezin zitekeen burutu,
zatiak. Fragmentoetan oinarritutako metodo produkzio harreman berrien ondorioz, kul¬
berri bat eraiki beharrean aurkitu zen, bere turaren arlo guztietan gertatutako aldakuntzak
gaiari, bere garaiari, egokitzekb: begiaren indarrean jar zitezen, ukaezin eta nabarmen,
logika erabili nahi izan zuen, montaje (edo mende t'erdi baino gehiago behar izan
"osaketa") zinematografikoan oinarriturik, zelako. "Gaur arte ezin izan da nola gertatu
konzeptuak iruditan eraikitzen saiatuz. 3
zen atzeman" . "Gaur" hori gurea bera al da?
"Logika bisuala behar zen, eta ez lineala; Geure aro honetaz ari al da, oraindik,
konzeptuek irudietan eraikiak behar zuten, Benjaminen testua?
1
montajearen eredu kognoszitiboen arauera" .
Irudiak montajean bihurtzen dira ideia,
Arte obra bere erreprodukzio teknikoaren aroan
beste irudiekin topo egitean; irudiak argaz¬
1936an argitaratua da. Bost urte lehenagokoa
kiak baidiran sortzen dira, argitara ekarriz,
du Argazkiaren historia laburra, eta urte bete
errebelatuz. "Bere lana intuizio ezagutzailee¬
beranduagokoa, narradoreari buruzko
tan oinarritzen da, zeinak errebelatu egiten
gogoeta. Gero, heriotzarekin zita egingo
diren, argazki plaka errebelatzen den
zuen urtearen bezperan helduko zen,

a33z 27
D O S S I E R

metodoaren eraikuntzan maila bat gehiago marratzen du. Izatez, hau da, materialez,
igoz, Baudelaire-i buruzko azterketa. Ez denboraren arazoa era berri batean azaltzen
dakit, —ez naiz galderak zirriborratzera dute. Haien nongo eta noizkotasuna arazo
beste ezertara ausartuko—, ez ote daukagun izaten da, eta sintoma moduan erreparatzen
guk Benjaminekiko, hark Baudelairekiko dio errestaurazioari, "zaharberritze preben¬
zuen distantzia berbera. tiboari", obra garaikideen iraupen ezinezkoa
(pipiak jango dituen fieltroak, matxuratu
Orain Baudelaireren aroari modernoa esaten egingo diren motorrak, puskatu egingo
diogu, baina iada ez garaikidea. Badirudi diren lanparak, usteldu egingo diren materia
hesi bat ari dela bien artean sortzen. organikoak, bazkatu egin beharko diren
Museotan gertatutako fenomenoa dela dio abereak...) gordin-gordinean bizi duen
Catherine Millet-ek, orain gutxi argitaratu arloari. Nola errestauratu, adibidez,
4
duen galdeketan . "Museoaren baitan bereiz¬ Supermarket Lady, (Duane Hanson, 1970)
kuntza berri bat azaldu da, arte modernoa hamar urteren buruan? Emakume arrunt
eta arte garaikidea desberdintzen dituena. baten figura, supermerkatuko gurditxoarekin,
Museoetako kontserbadoreen ahotik jakin egilearen ustez, gurditxoa egungo produkto
izan dut aurrenekoz, honen berri". Nice-ko komertzialez bete eta emakumea hamar
museotik xehetasun gehiago eskaintzen urtez zahartzeko birmargotuz zaharberritu
diote:"Modernitatearen erresuma, bi gerren beharko litzateke. Zein da, zer da, orduan,
arteko garaian sortu ziren aurrelariak kontu¬ originala?
tan hartuta ere, ez zen erabat nagusituko
1945a ostera arte. Litekeena da 21. mendea Originaltasuna, benetazkotasuna, bakanta¬
1960an hasi izana (Pop, minimalismoa, suna, artetasuna, auzitan jarriak ditu arte
mediak). 21. mendeko ezaugarriak behintzat garaikideak. Arazo horien muina Benjaminek
orduan erneak dira". aura deitu zion horretan datza. Ez da erraza
definitzen, hain zuzen ere, aura "gauzetan
Galdeketaren emaitzak gainbegiratzerakoan, dagoen tasun adieraztezin hori" bait da.
Catherine Milletek obra garaikideon leku "Gauzei begiratzeko ahalmena dutela aitortzea
eta denborarekiko auzi nabarmena azpi¬ da zerbaiten auraz jabetzea", inor begira

Luis Buñuel Le Chien Andalou 1928

28 z33a
D O S S I E R

d u g u l a nabaritzerakoan begiak jasotzen r e n ametsak bezalatsu, Benjaminen susmoak.


d i t u g u n e a n bezala. "Begiak berez espero d u Begi zorrotzez j a r r i zion a r r e t a zinemak
begiz j o d u e n a r e n g a n d i k saria. Irrika h o r i eskatzen d u e n antzespen motari, antzesleak
asetu egiten bada, begiak bete-betean z i n e m a n pairatzen d u e n aldakuntzari. H a r e n
5
ezagutuko d u a u r a r e n esperientzia" . O b r a ildotik esistitu b e h a r r i k ez d a u k a n antzeslea
garaikideek a u r a h o r i ez d u t e ziurtatua, h e l d u k o da, tresna h u t s bat, i r u d i e t a r a k o
auzitan baizik, kolokan. Nekez dira a r t e irudi bat. L e h e n d i k ere, publikoaren erantzu-
obrak, m u s e o a r e n babesik gabe ezin izango nik gabe, tresna b a t e n a u r r e a n antzestera,
zuketen ziurtatu b e r e b e n e t a z k o tasuna. b e r a e r e tresna bilakatzera k o n d e n a t u a
(Objetu antsiosoak, esaten die G r e e n b e r g e k ) . z e g o e n antzeslea. L a n a e t e n k a egiten du,
arik eta m o d u a p a l e n e a n , gainera. Z i n e m a n
"Arte o b r a r e n e r r e p r o d u k z i o teknikoaren aktuazioa urritzera j o b e h a r izaten da, ez d a
a r o a n h a r e n a u r a d a atrofiatzen d e n a . (...) gehiegi aktuatzea k o m e n i izaten. "Aurreneko
Eta aldi b e r e a n , informazioaren poderioz, aldiz aurkitzen d a gizakia antzespen l a n e a n
esperientziaren trasmisioa ari d a auzitan b e r e b u r u a oso-osorik e m a t e r a bultzatua,
j a r t z e n , narratzailearen izaera bera, narra- b a i n a b e r e aurari u k o eginaz. Zeren a u r a
ziorako a h a l m e n zaharra". Gero eta sarriago b e r e h e m e n g o t a s u n a r i eta oraingotasunari
10
a t z e m a t e n d a tertulietan inork narrazio b a t bait d a g o lotua" . Badaki azken finean
e n t z u t e k o gogoa jakinarazteak eragiten publiko bati b u r u z ari d e n a , b a i n a h a r e n -
d u e n u r d u r i t a s u n a . Dirudienez, g a b e t u egin g a n a tresneriaren epaia, bahea, aukeraketa GERO ETA S A R R I A G O ATZEMATEN DA
gaituzte ustez geure-geurea g e n u e n a h a l m e n (lanpostuetarako bezala) gainditu o n d o r e n t e r t u l i e t a n INORK NARRAZIO
batez, ziurretan ziurrenaz, esperientziak h e l d u ahal izango du. Makinaren logikan
trukatzeko a h a l m e n a z . Eta gero, kezkaturik: funtzionatzeko, tresnari atsegin izateko BAT ENTZUTEKO G O G O A JAKINARAZTEAK

" M u n d u G e r r a r e k i n hasi zen n a b a r m e n t z e n gaitasuna premiazkoa b i h u r t u k o zaio antzes¬ ERAGITEN DUEN u r d u r i t a s u n a .


oraindik b u r u t u ez d e n prozesua. Ez al zen leari, baita eta politikoari e r e . "Tresnaren
DIRUDIENEZ, GABETU EGIN GAITUZTE
b a d a n a b a r m e n a j e n d e a m u t u t u r i k itzultzen bahetik garaile irteten d i r e n a k d i k t a d o r e a
zela g u d u zelaietatik?" . 6
eta z i n e m a k o izarra dira". USTEZ GEURE-GEUREA GENUEN A H A L M E N

BATEZ, ZIURRETAN ZIURRENAZ,


Urrats bat gehiago e m a n dugu mututasunean. Zine estudioen b a r r u a n a u r a ezabatzearen e s p e r i e n t z i a k TRUKATZEKO A H A L M E N A Z .
I r u d i e n ozenak m u t u t z e n gaitu, h a i e n abi¬ o r d a i n e t a n , z i n e m a k izaera berezi b a t
adak paralizatzen gaitu, h a i e n ziztadek lantzen dio antzesleari estudiotik k a n p o -
anestesiatzen. Z i n e m a r e n e r r e p r o d u k z i o a k rako: "Izarraren" n o r t a s u n h a n p a t u a . G u r e
e t e n egiten d u n a r r a z i o a tradizioaren garaiotan o r d e a , u r r a t s b a t g e h i a g o e m a n
alorretik. Ezinezkoa b i h u r t u du. Santos d u g u a u r a r e n desagerketan. H e m e n d i k
Z u n z u n e g i r e k i n esateko,"telebistari esker, a u r r e r a , g u r e aro h o n e t a n , antzeslea b e r a
inoiz b a i n o film g e h i a g o ikusteko (edota, hutsik i r u d i b a t izango da. Ez p e r t s o n a bat,
soilik, begiratzeko) a u k e r a d u g u l a egia pertsonaia baizik. Fikzio b a t b e r a ere.
izanik ere, ea ordaina ez ote zaigun garestiegia Hurbil-hurbila eta aldiberean, erabat u r r u n a .
gertatu galdetu b e h a r genioke g e u r e buruari. H o r i o t e d a 21. m e n d e a k eskainiko d i g u n
G o d a r d e k zioen, ironiaz, telebistan film bat auraren eredua?
ikusten d u g u n e a n ez d u g u l a film bat ikusten
7
baizik eta film b a t e n erreprodukzioa" .
Kyokok k o n t r a t u a sinatu b e r r i d u H o n - P r o
e n p r e s a r e k i n , h a i e n filmetan antzesle iza¬
Arte o b r a r e n e r r e p r o d u k z i o a k o b r a r e n a u r a teko. 16 u r t e ditu, eta gurasoekin bizi da,
bezala, z i n e m a r e n e r r e p r o d u k z i o a r e n aroak Tokyotik gertu. Bere m e t r o eta h i r u r o g e i t a
narrazioa j a r r i du auzitan. "Egun, p r o g r a m a k h i r u z e n t r i m e t r o r e k i n , 43 kilo ditu, eta
eta telefilmak bi j o e r a kontrajarri adierazten argaltzeko j o e r a . Ez d u mutil-lagunik.
saiatzen dira aldi b e r e a n ; inoiz ez bukatzeko M i o p e a da. Baina Kyokoren ezaugarririk
grina eta zati txikitan l e h e r t u b e h a r r a . (...) n a b a r m e n e n a zera da: ez d a esistitzen . 11

Errelatoa ez d a ibili b e h a r r e k o b i d e b a t e n H o n - P r o k diseinatu d u e n izar b e r r i a da.


m o d u a n eraikitzen, (...) Telefilma, aurre¬ Duane Hanson-en supermerkatuko anderea
rantzean, e r r e l a t o a n a u r r e r a egitea ezinezko bezala, Kyokok a u r r e r a egingo d u e d a d e a n .
b i h u r t z e n d u t e n zartada ia subliminalen Beti izango da g u r e garaikoa, hain zuzen
multzoa bilakatuko da (...) Errelatoa, xede¬ ez d e l a k o inoizkoa. B u r u t u d a Benjaminek
rik ezean, ez dabil, ibili; i n o r a ez dijoan aitzinatu z u e n susmoa: antzeslea tresna huts
h e i n e a n zoroago antzinatzen da, h e l b u r u a b i h u r t z e n da, e n p r e s a r i e n p o z e r a k o .
8
e z t a n d a b a k o i t z e a n duelako, (...)" . Yoshitaka Osawa mintzo da, Hon-Pro etxearen
bozeramailea: "Kyokorekin ez d u g u d r o g a
Gero eta bizkorrago, g e r o eta l a b u r r a g o , arazorik izango, ez sexu eskandalorik, ez
g e r o eta x e h e a g o izan b e h a r r e z , telebistak, ekoizlearekin liskarrik... Kyoko beti izango
e d o zehazkiago, neotelebistak, — U m b e r t o d a liluragarri, sekula ez d u b e t o n d o r i k ez
Eco-rekin telebista tradizionala e t a n e o - ajerik izango, ez dizkigu baldintza ekono¬
telebista bereizteko, (telebista m o d e r n o a mikoak eztabaidan j a r r i k o , ez d u protesta
eta garaikidea?)— d e n b o r a b i h u r r i t u egin e g i n g o lana gehiegizkoa dela eta...
d u : "NeoTBaren t e m p o a elastikoa Zoragarria da!".
bilakatzen da, u r r a d u r a k , azelerazioak eta
g e l d i u n e a k d i t u e n a (...) N o r k b e r e e r r i t m o a Kyoko izan daiteke "zinemaren errepro¬
sor lezake (...) telebistak arratsetan ez dukzio telebisualaren a r o a k " d a k a r k i g u n
dizkigu istorio osoak kontatzen: guztia da izar t a n k e r a berria. Zabaltzera d a t o r r e n
iradokizuna, guztia trailer bat, 'laister m u n d u a ahaztuta dago narrazioari, narrazio
z u e k i n . . . ' e t e n g a b e a . Zera, a b a n g u a r d i a filmikoari zor zaion d e n b o r a z . Videocliparen
9
historikoen ametsa" . abiadurak zinema ikusteko a h a l m e n a z
gabetzen gaitu, poliki poliki. Wim Wenders-en
M o d u ironikoan egiaztatu dira, a b a n g u a r d i a ¬ etsipena oso adierazgarria da: "Penagarria

a33z
29
D O S S I E R

BENJAMINEK IRAGARRITA

UTZI ZUEN:"KONTATZEAREN

a r t e a BERE AZKENETAN

DAGO, EGIAREN ALDERDI

EPIKOA, HAU DA, j a k i n d u r i a

DESAGERTZEAR DAGOELAKO"

Robert Frank Mabou Winter Footage 1977

d a e g u n New Yorken film bat ikustea. R E F E R E N C I A S


J e n d e a k ez d u patxadarik. Ez b a d a bi minu¬
turo pantailan zerbait gertatzen, zutitu egiten 1 BUCK-MORSS, S. Dialectica de la mirada. M o d r i d : Visor,1995
2 BUCK-MORSS, S. Estética y anestésica. Una revisión del
dira, hizketan hasten dira, zalapartan, jola¬ ensayo de W . Benjamin sobre la obra de arte. M a d r i d : La
sean... Ez d u t e irudiak begiratzeko pazien¬ balsa de la Medusa, nº 2 5 , 1 9 9 3
tziarik, ez d u t e antzesle hitzontzi b a t e n 3 BENJAMIN, W . La obra de arte en la época de su
l e h e n p l a n o a k besterik n a h i , eta akziozko reproductibilidad técnica. M a d r i d : Taurus, 1 9 7 3
eszenak. Nigargarria d a istorioak p a t x a d a n 4 MILLET, C. Qu'est-ce que l'art contemporain? (enquete). Paris :
s
Art Press International, n 2 2 2 , Mars 1 9 9 7
k o n t a t z e n dituzten filmak ikusteko o h i t u r a
galdu izana" . 12
5 BENJAMIN, W . Sobre algunos temas en Baudelaire in Angelus
Novus. Barcelona : Edhasa, 1 9 7 1
6 BENJAMIN, W . El narrador (1936) in Para una crítica de la
Benjaminek iragarrita utzi zuen: "Kontatze¬ violencia y otros ensayos. M a d r i d : Taurus, 1 9 9 1
a r e n artea b e r e azkenetan d a g o , egiaren 7 Z U N Z U N E G U I , S. En el curso del tiempo in El Cine: de la
alderdi epikoa, h a u da, j a k i n d u r i a desager¬ barraca de feria al audiovisual M a d r i d : Archipiélago, nº 2 2 ,
13 1995
tzear dagoelako" . Baina hori, eta "fazismoak
sekula erabili ahal izango etzituen tesiak" 8 SANCHEZ BIOSCA, V. En alas de la d a n z a : M i a m i Vice y el
relato terminal in El relato electrónico. Valencia : Filmoteca
lantzeko Benjaminen ahalegina bera, maleta de la Generalitat, 1 9 8 9
kuartel ziztrin b a t e a n galdu izana, guzti h a u , 9 ECO, U. TY: la transparencia perdida in La estrategia d e la
tamalez, Kyoko gazteari bost axola izango ilusión. Barcelona : Lumen, 1 9 9 3
10 BENJAMIN, W . O p . C i t .
11 ALCARAZ, A . Kyoko. N a c i d a de un chip. M a d r i d : El País de
las Tentaciones, 3 0 agosto 1 9 9 6
12 WENDERS, W . Emotion pictures.
JOXEAN MUÑOZ gidoilaria da. Donostian bizi da. 13 BENJAMIN, W . O p . C i t .

30 z33a
A R A N T X A I T U R B E

Erretratoak Koldo Mitxelenan

zen nire asmoa, besteen garunetan inolako


Argazkiei begira zeudenei begira baimenik gabe sartzea, alegia. (Artean ez
nekien zeinen lan zaila izango zen). Emaku¬
meek ez zidaten ezer erantzun, ez baietz, ez
ezetz, baina nire ideia ez zutela oso gustoko
esango nuke. Ez zidaten begirik kentzen eta
" D e b e r í a f o r m a r p a r t e del interés público el benetan niri begira ez zeudela jakin arren
facilitar lo más posible su tarea al escritor". (Roland Fisher zeukaten aurrean, ez ni),
Ez da alferrik idazlea Pedro Ugarte. deseroso sentitu nintzen begiratzeko asmotan
Horregatik ulertzen ditu hain ondo gure joan eta begiratua sentitu nintzenean.
beharrak. "El Ministerio de Cultura (o
quizás mejor el de Interior, que siempre se Ordubete beranduago iritsi zen nire
hace respetar) debería expedir todo tipo de lehenengo biktima. Argazkia atera nion
visados para los escritores, magicos salvocon¬ argazkigintzaren helbururik oinarrizkoena
ductos que les permitieran tomar gratis los betetzeko, hau da, aurrerantzean gogoan
autobuses, atravesar sin dilacion todas las hartzeko: 60 urte ondo paseak, ilea erabat
fronteras, revisar los documentos secretos y urdindua, painueloa lepoan, eta liburuak,
hollar el cuévano de las vaginas más inacce¬ hiru, eskutan. Hasieran ez zen konturatu
sibles". Y leer en las miradas de quienes berari begira nengoenik. Nahikoa lan
miran, jarraituko nuke nik. Izan ere, bere bazuen ikustearekin, ikusten ere pixkanaka
eskaeren zerrenda labur geratzen da nere ikasi beharra baitago. Ondorengo guztiek
buruarentzat hartu nuen lana egiteko: begira bezala, begiratu ere egin gabe, aurrez
dagoenaren begietan irakurtzeko baimena markatuta zirudien norabidea jarraitu zuen.
behar nuen nik. Derrigorrezkoa da idazle- Erakusketa sei gela eta bi patiotan banatua
espioi ona izateko eta baimen hori lortzea zegoen. Gela guztiak bi patioren bueltan,
benetan da zaila, begira dagoenaren begiak sarrerako atea erdi-erdian, patio bat eskuine¬
ez diotelako begira daukanari begiratzen, tara, bestea ezkerretara eta denak —neska
eta kasualitatez begiratu eta begira daukana nahiz mutil, gazte eta zahar, bakarti ala
ikusten badute, arestian ikusi dutena bikotekide—, denak, eskuinetik abiatzen
irakurtzeko baimenik ez dutelako ematen. ziren erakusketa ikustera. Inor ez ezkerretik.
Begiak ihiztari handiak omen, Axularren Bazen, sarrerako atean geratu eta bi aldetara
hitzetan. Argazki erakusketa batean erretra¬ begiratzen zuenik ere, nondik hasi pentsatuz
toak banan bana harrapatuko dituzte baina bezala, baina geratu ala ez geratu, denak,
nireei —begiei— ehizaren emaitzen berri eskuin aldetik abiatzen ziren. Honek berez
jakiteko baimenik eman gabe. ez du ezer esan nahi baina bitxia iruditu
zitzaidan egun osoan norabidea hautsiko
zuen inor ez sartzea. (Batekin itxaropentsu
Goizeko hamarterdietan hasi zen nire espi¬
jarri nintzen ezker alderako imintzioa egin
oitza lana. Koldo Mitxelenan. "Pusketak.
zuelako baina hura sarreran ikusgai zeuden
Egungo argazkigintzaren bilduma baterako
katalogoetara joan zen zuzenean: ez zuen
proposamena. Rafael Tous-en bilduma".
lehendabiziko bisita eta han barruan ikusi
Haruntza sartzen zirenen begiek zer ikusten
beharreko guztia ikusia zeukan).
zuten jakiteko nire lehendabiziko betebe¬
harra erakusketa neure begiez ikustea zela
iruditu zitzaidan eta han abiatu nintzen, Lehendabiziko bisitariari jarraitzerakoan
gelaz gela, beti ere kanpoko atea begi bista¬ emozioz gainezka nengoen. Katua eta xagua
tik galdu gabe. Hiru emakume niri begira bezala ibili ginen erakusketa ikusten pasa
zeuden gelan —Roland Fisherren emakumeak zituen hamazazpi minutuetan. Hasieran ni
hirurak— pasa zitzaidan burutik zilegi ote katu, bera xagu, geroxeago ni xagu, bera

a33z 31
katu. Bera lehendabiziko gelara, ni atzetik. bisitariaren argazkia. Oso k o n z e n t r a t u t a ibili
Bigarrenera bera, ni e r e bai. L a u g a r r e n zen erakusketan batetik bestera eta ikusi
gelarako pixka b a t lotsatzen hasita n e n g o e n , batera, orain e r r e t r a t o a b e g i r a t u t a e m a t e n
batez ere b e r e begirada zorrotzak antzematen d u ez zela k o n t u r a t u e r e egin atzetik berari
hasita n e n g o e l a k o : d e s b e r d i n begiratzen begira nenbilenik. K o n t u r a t u bazen e r e
zien berari begira z e u d e n e r r e t r a t o e i eta o n d o disimulatu z u e n . Argazkientzat beste
niri. Bazirudien argazkietatik begiratzeak ez inorentzat ez zuen begirik, k o n t u r a t u bazen
ziola axola b a i n a l e p o n d o a n b e g i r a d a arrotz e r e besteen oin arrastoen gainetik ibiltzen
b a t sentitzeak m i n egiten ziola. Boskarren d e n a k ez d u e l a arrastorik u z t e n p e n t s a t u k o
gelara b e r e aurretik j o a t e a erabaki n u e n balu bezala.
(bera, gelen o r d e n a r i jarraituz, atzetik
e t o r r i k o z e l a k o a n ) . H a l a x e etorri zen. Eta H a m a s e i lagun pasa ziren guztira goiz
gehiago gustatu zitzaiola esango n u k e . Ez p a r t e a n eta hamasei aldiz egin n u e n bide
zen gela hartatik m u g i t u ni h u r r e n g o r a j o a n bera. Behin bakarrik e n t z u n n u e n b a r r e
nintzen arte. Egia da d o b l e k o l a n a h a r t u algara bat. Neska-mutilak ziren, gazteak, eta
zuela nirekin: b e r e lehendabiziko asmoa o n d o k o gelatik e n t z u n n u e n h a i e n b a r r e a .
argazkiak ikustekoa izango zen eta ustekabean Ikusi zutenagatik e d o ikusitakoak g o g o r a t u
argazkiez gain bazeukan artearekin zeriku¬ zienagatik egingo z u t e n b a r r e . Ez zidaten
sirik ez z u e n ikusi b e h a r r e k o beste zerbait: ikertzeko aukerarik e m a n . Beraien atzetik
ni n e u . Ez d a g a u r goizekoa norbaiti jarrai¬ sartzen nintzen m o m e n t u a n isildu eta seriotu
tzean n o r b a i t gidatzean b a i n o p a u s o sendo¬ egiten ziren, begira d a g o e n a k begira d a g o e n
agoa izaten dela idatzi zuen gizona. Bazekien bitartean zentzu guztiak h o r r e t a r a k o baka-
hark zerbait norbaiti edo norbaitek jarraitzeaz. rrik b e h a r balitu eta begiratzearekin b a t e r a
b a r r e egitea sakrilejioa balitz bezala.
Biktima guztiekin egin n u e n e s p e r i m e n t u
bera. Bikote gazte bat bakarrik ausartu zen Arratsaldeko esperientzia oso antzekoa izan
o r d e n lojikoa hautsi eta beste gela b a t e r a zen. J e n d e gehiago etorri zen erakusketara.
Donostiako Koldo Mitxelena erakusketa aretoa ihes egiten atzetik beraiei begira o t e nen¬ Bakarka gutxiago eta bi familia standar ere
bilen susmoa hartuta. N e r o n e k , aurretik bai (hamar-hamabi u r t e k o seme-alabekin
j o a n n i n t z e n e t a n frogatu n u e n a g a t i k ziurta gurasoak). I r u d i t u zitzaidan goizeko
dezaket ez d e l a b a t e r e atsegina erakusketa ikusleak e r a k u s k e t a r e n g a n a k o interes gehi¬
b a t ikusten ari zaren bitartean n o r b a i t agoz i n g u r a t u zirela arratsaldekoak b a i n o .
atzetik duzula iruditzea. Gainera, i r u d i p e n Irteterakoan misterio gehiago irakur zite¬
h o r i egia ala g e z u r r a izateak ez d u garran¬ k e e n a r r a t s a l d e k o e n begietan goizekoene¬
tziarik; deserosotasuna i r u d i p e n a k berak tan b a i n o . Ikusitakoaz oroitzapen gehiago
sortzen baitu, gerora frogatu ahal izan nuenez. zeramatela esango n u k e goizeko bisitariez.

Ilea m o t o t s e a n bilduta, motxila bizkarrean, Begi gutxik utzi zidaten ehizatu z u t e n a


bakarrik, mutila, gaztea. H a r a h o r b i g a r r e n irakurtzeko baimena. Besteak beste, ikuslearen

Roland Fischer I / G Los Angeles Portrails seriekoa, Ini, 1989

z33a
32
begiekin a u r r e z a u r r e t o p o egitea lan zaila
zelako. Nik ezin n u e n n a h i t a e r e argazkiaren
tokian j a r r i . Inbiria ere sentitu n u e n b e h i n
b a i n o g e h i a g o t a n argazkietako b a t ni ez
izateaz. Norbaitek nirea h a n j a r r i izan balu
s e g u n d o batzuz ikuslearen atentzio guztia
nigan j a r r i t a t o p a t u k o n u e n . Baina ikusleak
argazkiari begiratzen zion, argazkiak berari,
eta ni elementu arrotz bat besterik ez nintzen,
ikuslearen p a r e a n jarrita, n e r o n i e r e argaz¬
kiari begira. Sobran d a g o e n argazkilaria
sentitu n i n t z e n u n e askotan. Biren arteko
k o m u n i k a z i o a r e n a r t e a n k a m a r a indiskretoa
sartu n a h i d u e n argazkilaria bezala.

Zenbait argazkirekin b o r r o k a n e r e s o m a t u
n u e n b a k a r r e n bat. Begiraden arteko borro¬
ka eginez esan n a h i dut. Txikitan gustoko
n u e n mutilarekin aritzen n i n t z e n e k o a gogo¬
ra-arazi zidaten: "ea n o r k eusten dion gehia¬
g o begiradari! Ezetz begirik itxi gabe niri
begira egon!". Irabazleren bat izen¬
datzekotan argazkiak i z e n d a t u k o nituzke
irabazle, ez zirelako inoiz aspertzen p a r e a n
zegoenari begiratzeaz. Ez aspertu, ez n e k a t u
eta ez k e i n u a egiteko imintziorik egin ere.

Zin egingo n u k e argazki bati begira bi minu¬


tu b a i n o gehiago egiten zituenak a z k e n e a n
n o r b a i t e n antza h a r t z e n ziola begira zeuka¬
nari. H o r i irakurri uste izan n u e n zenbait
irribarre labur bezain b a k a n e t a n .

Ikusle bakoitzak bataz beste h a m a b o s t minu¬


tu egin zituen erakusketan. Ez da komeni¬
garria askoz gehiago egitea. Nik ia zortzi
o r d u egin n i t u e n . Eta m o m e n t u j a k i n
batean, argazki guztiak niri begira zeudela
iruditu zitzaidan m o m e n t u a n , ihes egin
b e h a r r a sentitu n u e n . Begi gehiegi zegoen
h a n n i r e e t a n irakurri n a h i a n .

G e r o r a k o n t u r a t u naiz alferrik ihes egin


nuela. Nirekin e r a m a n n i t u e n b e g i r a d a
haiek erakusketatik. Begirada galduak, ede¬
rrak, hotzak, dizdiratsuak, hilak, ironikoak,
b a r r u r a begira z e u d e n begiak, argi ikusten
ez zirenak, n o r a e z e r a begira z e u d e n a k , lau¬
sotuak, argiak, artifizialak, naturalak... d e n a k
e r a m a n n i t u e n nirekin. Eta d e n a g e z u r r a
zen. Ez z e u d e n niri begira. D e n a k beste his¬
toria b a t e n lekuko ziren. P a r e a n askotan
j a r r i a r r e n ez n i n d u t e n ni ikusten, begira
zeuden m o m e n t u a n parean zeukatena
baizik: argazkilaria. Eta h a r k bazekien segun¬
d o batez jasotzen z u e n b e g i r a d a r e n p a r e a n
beste asko j a r r i k o zirela s e g u n d o h u r a bere¬
Laurie Simmons Water Ballet 1981
ganatu n a h i a n . Ez alferrik. E h u n d a k a pertso¬
n a pasako zen h a i e n aurretik eta haiek
p e r t s o n a b a k a r r a r e n t z a t zituzten begiak.

Seguro n a g o e g u n h a r t a n Koldo
Mitxelenatik pasa ziren guztiek u n e batez
m o m e n t u h a r e n j a b e sentituko zirela.
E n g a i n a t u t a z e u d e n . Nireak ziren beraien¬
gain zeuzkaten begi bakarrak. Baina ni ez
naiz argazkilaria. Akaso h o r r e g a t i k sentituko
ziren h a i n deseroso. H o r r e g a t i k edo-ta begi
h a i e t a n nik irakurtzen j a k i n ez n u e n zerbait
irakurtzeko gai izan zirelako. •

ARANTXA ITURBE idazlea da. Tolosan (Gipuzkoa)


bizi da.

a33z 33
E U G E N I B O N E T

T V or not TV?

ción del t e m a e n t e r o . E n cualquier caso,


antes d e proseguir, creo p o d e r ampliar la
V i d e o c r a s h , D e a t h T V & Post T V premisa a r g u y e n d o q u e n o se trata exclusiva-
m e n t e d e u n a s u n t o d e o r d e n i n t e r n o del
vídeo, o d e c o n s a n g u í n e a p r o m i s c u i d a d
P R E T E X T O Algunas referencias transpa- audiovisual, sino q u e p u e d e e x t e n d e r s e a la
rentes u opacas en el título, y e n d o d e u n Bill presencia — m á s b i e n minúscula, c u a n d o n o
a otro; del cisne d e Avon (creo q u e fue N a m es cuasi ausencia— del arte c o n t e m p o r á n e o
J u n e Paik q u i e n a c u ñ ó la chistosa alitera- e n la TV. Del arte e n t e n d i d o e n su vastedad,
ción) a B u r r o u g h s y c o m p i n c h e s : "So W h o a u n q u e c o n esos c o m p o n e n t e s , más b i e n
Owns Death TV?", u n texto c o m p u e s t o (cut- i m p o p u l a r e s , d e riesgo y desconcierto q u e a
up!) a varias m a n o s y citado e n e x e r g o d e m e n u d o c o n n o t a aquel epíteto d e contem-
u n r e m o t o artículo del crítico y artista p o r a n e i d a d u otros d e equivalentes.
Douglas Davis, "The E n d of Video: White
Vapor" (1978). O t r o título q u e a h o r a m i s m o En este sentido, el rol del vídeo fuera el d e
c o b r a u n a resonancia acaso imprevista en su u n figurante más, e x c e p t o q u e d e algún
fecha, p u e s es t a n t o d e la m u e r t e d e la TV m o d o h a b r í a c o n d e n s a d o el í m p e t u de u n a
c o m o del final del vídeo — p a r a a m b o s casos, aspiración tan i n o c e n t e m e n t e radical c o m o
con signos d e interrogación o a d m i r a c i ó n si i m p r o b a b l e , t r a t a n d o d e constituirse en su
se prefiere— d e lo q u e p r e t e n d e tratar este avanzadilla; sin embargo pacifista. (¿Inocente-
texto (y, en p a r t e , i n t e r t e x t o ) . La p r o p i a m e n t e , h e escrito? El adverbio tal vez lo
televisión se h a o c u p a d o ya d e lo p r i m e r o : la i n t r o d u c e la distancia y las i m á g e n e s q u e
televisión se o c u p a a m e n u d o d e sí misma, amarillean, p o r electrónicas q u e fuesen). Es
incluso d e su p r e s u n t a agonía, q u e así decir, con el vídeo n o sólo se h a p r e t e n d i d o
digiere las maledicencias d e los intelectuales g e n e r a r u n arte e n sí m i s m o (y circunstan¬
retorcidos. N o sé si es tempestivo tratar d e cialmente ensimismado), sino q u e se r e g e n e -
lo s e g u n d o (Videocrash), y n o solamente en r a r o n las hipótesis simbióticas; se propiciaron
c o n e x i ó n con lo p r i m e r o (Death TV), sino las intertextualidades más diversas; y se h a
en relación a d e m á s a u n o s nuevos vaticinios p r o b a d o d e a b o r d a r los g r a n d e s y p e q u e ñ o s
p a r a la transubstanciación del t u b o televisivo temas d e siempre, d e a h o r a o d e su e n t o n c e s
(Post TV). — e n el arte y la cultura, e n la vida y la a r e n a
política...—, r e h u y e n d o la r u t i n a d e la
r e s e ñ a o el reportaje sin alma, p a r a t e n d e r al
N o voy a insistir d e m a s i a d o sobre los
ensayo o el testimonio con c u e r p o e identi-
o r í g e n e s d e u n a querella tan espinosa, pelia-
d a d . P e r o (o p o r tanto) el vídeo n o es u n
guda, vetusta, c o m o la q u e enzarza al vídeo
e n t e h o m o g é n e o , sino t o d o lo c o n t r a r i o , y el
con la televisión (VT/TV). Cualquier
"(a)salto a la televisión" constituye a p e n a s
breviario sobre la historia y peripecias del
u n a de las subtramas en las q u e se h a m e t i d o
vídeo — d e l vídeo del q u e se habla, c u a n d o
o e n t r o m e t i d o , a u n q u e n o sea u n a s u n t o
se habla, e n las revistas d e arte; y s u p o n g o
menor.
q u e n o es necesario e n u m e r a r u n a vez m á s
los m u c h o s n o m b r e s d e (este) cristo—
p e r m i t e r e m o n t a r n o s hasta aquel catecismo En Estados U n i d o s , g r a n p a r t e d e la prosa-
(y sus evoluciones / discusiones posteriores) pia generativa del vídeo está e s t r e c h a m e n t e
d e si "el vídeo n o es televisión" (VT is n o t vinculada a la televisión. Desde 1967 y hasta
TV), el " v í d e o es televisión" (tal vez c o n el el c o m i e n z o d e los o c h e n t a , existieron varios
interrogante que proponía Muntadas en centros de e x p e r i m e n t a c i ó n o laboratorios
u n a d e sus intrusiones televisivas), TV o r n o t d e TV, p r o g r a m a s d e residencia y emisiones
TV..., y hasta la actual o a p a r e n t e volatiliza- p u n t u a l e s o periódicas e n algunas estaciones

z33a
34
afiliadas a la red pública (PBS), siempre 1988, del Independent Television Service
con el respaldo de fundaciones privadas e (ITVS), un ente dedicado a promover la
instituciones públicas. De ahí salieron, y por producción independiente y la vivacidad de
ahí pasaron, un gran número de obras y de la televisión pública, parece que ha favorecido
artistas que hoy figuran entre los "clásicos esencialmente el documentalismo y la ficción
del videoarte": Paik, Campus, Davis, en detrimento de otras prácticas vistas con
Emshwiller, los Vasulkas, Downey, Viola, Hill, recelo por los programadores y los audimetros.
Joñas, Atlas, Sanborn... Y, por otro lado, el
concepto de TV ha de ser interpretado en En general, las televisiones europeas —pri¬
un sentido o ideal de pluralidad y abundan- mordialmente de titularidad pública y en
cia, compendiando múltiples iniciativas, régimen de monopolio estatal (salvo en el
ensayos y quimeras: televisión de guerrilla, caso británico) hasta el advenimiento de los
comunitaria, de baja potencia, por cable y canales privados— siempre se han mantenido
de acceso público, por satélite, de explora- menos abiertas a las tentativas de infiltración
ción lenta (slow scan), interactiva, de artistas, de videastas, artistas e independientes en
etc. Otro aspecto significativo, y que tendría general. Sin embargo, el historial VT/TV ...EL C O N C E P T O DE TV H A DE S E R
una notoria proyección en los 80, concierne tiene también sus leyendas e hitos gloriosos I N T E R P R E T A D O E N U N S E N T I D O O
a los planteamientos de irradiación televisiva desde los felices 60 a los prodigiosos 80:
que acariciaron o acometieron diversos Fernsehgallerie, Das kleine Fernsehspiel, i d e a l d e p l u r a l i d a d Y A B U N D A N C I A ,

museos o centros de arte, espacios alterna- Vidéographie, Ghosts in the Machine..., C O M P E N D I A N D O M Ú L T I P L E S


tivos y colectivos de artistas y activistas; más las expectativas que en su momento
I N I C I A T I V A S , E N S A Y O S Y Q U I M E R A S :
planteamientos que alcanzarían su cenit suscitaron ciertos canales televisivos de nuevo
con la puesta en marcha de proyectos como cuño, como Channel Four o La Sept (éste t e l e v i s i ó n d e g u e r r i l l a ,
The Artists Televisión Network (1976-1984) o último fusionado posteriormente en el con- C O M U N I T A R I A , DE B A J A P O T E N C I A ,
The CAT Fund (CAT por Contemporary Art glomerado franco-alemán de ARTE), o la TV
Televisión, 1983-1990), así como de diversas por cable en determinados contextos. Al P O R C A B L E Y DE A C C E S O P Ú B L I C O ,

emisiones regulares en canales públicos y de parecer, en los 90 todavía pueden hallarse P O R S A T É L I T E , DE e x p l o r a c i ó n l e n t a


cable, incluyendo la iniciativa contrainfor¬ algunos islotes ocasionales, o incluso resistentes
mativa, y todavía en activo, de Paper Tiger y en buena forma. Por otro lado, son varias ( S L O W S C A N ) , I N T E R A C T I V A , DE

Televisión y su prolongación por satélite, las radiotelevisiones europeas que han man- A R T I S T A S , E T C .
Deep Dish TV. La creación más reciente, en tenido —y en algún caso hasta mimado—

Samuel Beckett ...but the clouds... (A play for televisión) 1976 (primera emisión televisiva: BBC 2, 17-2-1977)

a33z 35
la figura y función d e u n o s d e p a r t a m e n t o s Expósito/Hergueta, Montero, Ortuño...;
de e x p e r i m e n t a c i ó n , r e c h e r c h e , ricerca..., p e r o es significativo — a d e m á s de descora¬
a m p a r a n d o las pesquisas y propuestas "rompe¬ z o n a d o r — el c o m p r o b a r q u e m u c h a s d e
m o l d e s " d e cineastas, d r a m a t u r g o s , músicos, ellas j a m á s se h a n e m i t i d o p o r los cauces
profesionales d e la TV y c r e a d o r e s multidis- q u e las motivaron y hasta p r o p i c i a r o n .
ciplinares. (Unos cuantos nombres: Rossellini, Contradicciones y absurdos d e este tipo
Renoir, Fassbinder, G o d a r d , Gregoretti, i m p i d e n , e n mi o p i n i ó n , q u e p u e d a darse
Watkins, Reitz, Kieslowski, Greenaway, p o r zanjada la querella (a) simétrica VT/TV,
Kluge, Beckett, Kagel, Potter, B e n e , Averty, p o r m u y consabida y cansina q u e s u e n e .
Montes-Baquer, Schippers, Toti, D r u p s t e e n ,
Decostere, Sólyom, C i p r ì & Maresco). I N T E R T E X T O Me p a r e c í a o p o r t u n o
volver sobre esos tópicos, y a b o r d a r o intro-
¿Y e n E s p a ñ a y n u e s t r o estado d e las auto- d u c i r d e paso otras u t o p í a s recientes
nomías? Nuestras televisiones —públicas, —ciertos cánticos d e alabanza actuales, q u e
...La t e l e v i s i ó n HA DEVENIDO
privadas, a u t o n ó m i c a s , p a g a n t e s y locales— se dirían u n t a n t o precipitados, e n t o r n o a
ACTUALMENTE CAJERO ELECTRÓNICO, la m u e r t e d e la TV y los pronósticos p a r a su
son tan p o c o plurales q u e cuesta hallar sus
M O N I T O R DE SEGURIDAD, lagunas m á s a u d a c e s o s i m p l e m e n t e dignas, provechoso r e e m p l a z o y superación p o r
incluso si se barajan los criterios más a n c h o s otras redes e infopistas—, e n u n m o m e n t o
TERMINAL DE I N F O R M A C I Ó N , d e creciente d e g e n e r a c i ó n d e las televisiones,
d e creatividad, cultura y comparativo riesgo.
i n t e r f a z d e o r d e n a d o r . Las hay todavía (o, p o r lo m e n o s , c u b r e n el a n t e t o d o las llamadas públicas, c o m o
e x p e d i e n t e ) , p e r o son las m e n o s , y el c o n ¬ librándose m á s y m á s d e u n a s fastidiosas

Hank Bull/Anttmi Muntadas Cross-Cultural Television 1987

c e p t o d e " p r o g r a m a c i ó n cultural" raya a responsabilidades d e iluminación cultural,


m e n u d o en lo patético. P o r lo d e m á s , el s o p o r t e a la creación e investigación audiovi-
historial d e u n a televisión "de vanguardia" sual y a t e n c i ó n a las expresiones minori-
— o , en su defecto, "modernilla"— lo inte- tarias, siendo temas sobre los q u e , sin
g r a n , m e r e c i d a m e n t e o n o , algunas series y e m b a r g o , n o h a cesado d e hablarse a lo
emisiones singulares, dignas d e figurar en largo de varias décadas (quizá e n f r e n t a n d o
cualquier caso e n u n e x p e d i e n t e X d e la tele el diálogo c o n t r a u n m u r o ) . Y, p o r o t r o
en España. La incidencia del vídeo d e lado, cada vez se va h a c i e n d o más difícil el
creación se agota e n esos ecos y asimila- introducir n o ú n i c a m e n t e el vídeo d e
ciones ( a u n q u e n o siempre admitidas), y e n creación o i n d e p e n d i e n t e e n TV, sino e n
u n o s resquicios circunstanciales y q u e pare- general un tratamiento contemporáneo de
cen m á s y más o b t u r a d o s (Metrópolis/TVE, los temas artísticos, culturales y alternativos
Piezas/Canal Plus, y p o c o m á s ) . A través d e en su más a n c h o alcance.
algunas exhibiciones o p r o g r a m a c i o n e s d e
vídeo, h a h a b i d o ocasión d e c o n o c e r ciertas Partía en principio d e ciertas premisas y
incursiones pro-televisivas (o p r o y c o n t r a al observaciones. P o r ejemplo, se h a p r o d u c i d o
u n í s o n o ) d e autores c o m o Muntadas, u n relativo a b a n d o n o del f o r m a t o m o n o -
Torres, Alvarez, Codesal, Rodríguez, canal e n p r o v e c h o del f o r m a t o e x p a n d i d o

z33a
36
de la instalación o de otros medios y multi¬ carencia de actualización que sentía la he a Post Television Culture. (En la primera y
medios; y, por tanto, de un posible cauce suplido parcialmente gracias a la correspon- anterior edición, anterior en diez años:
televisivo (que antaño parecía un objetivó dencia electrónica que he mantenido con Theory and Practice for a New Television
apremiante) hacia las estancias del arte, y diversas personas a las que me he dirigido Aesthetics. Una de las diferencias que se
sus puertas que se abren y cierran no menos para buscar un intercambio de puntos de aprecian, por cierto, es el menor peso ahora
caprichosamente; puedo mencionar algunos vista, opiniones y datos. concedido al vídeo en tanto que práctica
nombres bien conocidos: Paik, Viola, Hill, artística autónoma). En su prólogo, escriben
vom Bruch, Muntadas (aunque algunas de Algunas que se habían distinguido por su D Agostino y David Tafler, co-editor de esta
las últimas realizaciones monocanales de los atención a estas cuestiones, como Kathy nueva versión: "En una cultura postelevisiva,
nombrados hayan sido motivadas precisa- Huffman o John Wyver, se manifiestan ahora televisión ya no significa televisión. [...] La
mente por ocasionales demandas televisivas), distanciadas de las mismas y más volcadas a televisión ha devenido actualmente cajero
y podrían añadirse los de diversos artistas las posibilidades de la cibernáutica (aunque electrónico, monitor de seguridad, terminal
emergentes y ya preeminentes. Mientras Wyver y sus asociados en la empresa de información, interfaz de ordenador."
que, en cuanto al vídeo monotubo se refiere, Illuminations siguen desempeñando una
pueden constatarse ciertas variaciones de intensa actividad productiva en diversas Entre las respuestas recibidas, he constatado
rumbo. En primer lugar, de la pieza "sobre¬ modalidades de la imagen en movimiento: en general un cierto desencanto —aunque
producida" favorecida por los años dorados televisión, productos interactivos, cine, no necesariamente melancólico— respecto
del vídeo es TV, al uso de otros medios más animación). En este sentido, es significativa a las expectativas que habían generado en
pobres, domésticos o comparativamente la opinión de K. Huffman, según la cual otro tiempo el vídeo y la TV alternativa. Para
rudimentarios, como en un retorno a ciertos el VT, lo mismo que la TV, "ya no es tan eso, ciertamente, no hace falta acudir a la
orígenes del vídeo: a lo íntimo, lo procesual, importante como un medio para descubrir red; basta con estar un poco introducido en
lo escueto... Y, así mismo, desde las imágenes nuevas situaciones o nuevas ideas". la actualidad de las artes tecnomediales.
ensimismadas, fabuladoras o pirotécnicas Pero también he recogido algunas visiones
hacia el verismo y la comunicación inmediata; ¿VT = TV? ¿VT ≠TV?: Las viejas ecuaciones pragmáticas y sopesadoras de los extremos:
por ejemplo, en la nueva efervescencia del siguen sin resolverse, como el enigma del entre el culto a la novedad —que, como
documentalismo y el activismo social. sexo de los ángeles. No voy a recoger las viene a decir Marshall Reese, también diera
diversas opiniones o matizaciones recibidas, ímpetu al vídeo en su momento— y el
Por otra parte, al decidirme a abordar tales pero sí la sugerencia que plantea Juan interés que señala Muntadas por explorar
cuestiones, sabía que no estaba muy al día Crego al preguntarse por la pluralidad de otras direcciones, tecnologías y formatos.
sobre su realidad o irrealidad, vigencia o conceptos, intenciones, modelos, formatos, Reese observa igualmente que la televisión,
indigencia más allá del escaso telecondumio etc. que esconde la unitariedad aparente, y y el vídeo mismo, se habrían hoy convertido
que suelo ingerir diariamente (público o aparentemente emparentada, de ambas en algo tan habitual, anodino y previsible,
privado, estatal o autonómico, y apenas siglas. Puede ser grosero añadir que no todo que el interés de muchos jóvenes artistas y
ahora enriquecido parabólicamente); entre el vídeo es apto o está dispuesto a pasar por 'agentes culturales se decantaría por otras
otras cosas, porque, tal como he sugerido, el mismo tubo, ya que hasta los tubos se vertientes (ya sean novedosas o retomadas
no es un tema sobre el que se haya hablado/ diversifican. Peter D'Agostino, por su parte, de un pretérito más anterior, añadiría yo).
escrito demasiado últimamente (que yo sepa, se remite al replanteamiento introducido
al menos), y también porque la televisión es para la reedición, en 1995, de su compendio Quizá aquella impresión de desencanto
algo tan fugaz, etéreo y atomizado. Pero esa Transmission, ahora con el subtítulo Toward responda a la circunstancia de estar hurgan-
do en una herida, o en la memoria y el
inconsciente colectivo de una serie de hitos
y fracasos, logros y reveses —acaso exagera-
dos de tamaño en ambos casos—, desde la
perspectiva y expectativas de la escena del
vídeo o, más ampliamente, de una "cultura
independiente de la imagen" (Wyver, 1995).
Lo cierto es que, si lo que yo pretendía en
parte era proseguir el historial sintetizado
más arriba y pulsar el estado de la cuestión
ahora mismo, los datos más o menos concre-
tos que he recogido diríase que invitan a
contemplar efectivamente otras vías (postele¬
visivas). Muntadas sugiere que otras estrate-
gias brotarán espontáneamente, y opina que
éstas habrán de prescindir de las complici-
dades contranatura con entes comerciales u
oficiales. Wyver me remite elegantemente a
cierta controversia mantenida con Michael
O'Pray, referente al doing away with —la
abolición de— el arte del vídeo como ente
segregado y con el reloj adelantado respecto
de las leyes de la oferta y la demanda en el
libre mercado mediático / audiovisual. Y, a
su vez, la réplica de O'Pray nos conduciría a
otras cogitaciones sobre los grados de "sub-
versión" y "autenticidad" —y de transgre-
sión, crítica, oposición, resistencia— que
pueden seguir alcanzándose en los predios
del arte y la independencia, y frente al "flujo
general de las imágenes" (O'Pray, 1996).

Por último, algunos persisten en reivindicar


el potencial negligido de la televisión y
Aldo Tambellini "This is what's going on in video in America" 1977 del vídeo, e incluso el reto que suponen

a33z 37
..."LAS e x p e r i e n c i a s

R E A L I Z A D A S C O N L O S N U E V O S

M E D I O S N O S E H A L L A N A L

M I S M O N I V E L d e p r o v o c a c i ó n

y d e r a d i c a l i d a d Q U E L A S

E X P E R I E N C I A S D E P A I K ,

V A S U L K A , HILL O L A R C H E R " .

Jaime Davidovich/The Artists Television Network The Live! Show 1979-84 (emisión regular en vivo, conducida por "Dr. Videovich": Manhattan Cable TV

determinadas y consabidas restricciones. Mi agradecimiento a todos los corresponsales


Muntadas, Caterina Borelli o Arlindo electrónicos que se avinieron a dialogar sobre el
Machado desconfían de las sentencias de tema (y mis disculpas si alguno pudiera sentirse
muerte o las palabras fúnebres. Machado traicionado debido a mi posible torpeza a la hora
señala la importancia del debate teórico y de de condensar e hilvanar sus diversas
la exploración de las ultimísimas tecnologías, aportaciones): John Wyver (Londres), Muntadas
pero opina que "las experiencias realizadas (Nueva York - Barcelona), Marshall Reese
con los nuevos medios no se hallan al (Nueva York), Caterina Borelli (Nueva York),
mismo nivel de provocación y de radicalidad Arlindo Machado (São Paulo), Juan Crego
que las experiencias de Paik, Vasulka, Hill o (Bilbao), Peter D'Agostino (Filadelfia), Kathy
Larcher". Y, para regresar aún al meollo Huffman (Viena).
primero del VT/TV y del arte-en-TV, quiero
concluir reproduciendo (sin tendenciosa
premeditación) otras de las líneas recibidas
de Arlindo Machado: R E F E R E N C I A S

D ' A G O S T I N O , P. (ed.j Transmision. Theory a n d Practice for a


"Creo que la televisión es un medio muy mal N e w Televisión Aesthetics. Nueva York : Tanam Press, 1 9 8 5
conocido. Los teóricos nos acostumbraron a D ' A G O S T I N O , P.r / TAFLER, David (eds.) Transmision. Toward a
encarar la televisión como un medio popu- Post Television Culture. Thousand Oaks, California : Sage
lachero, de masas en el peor sentido del Publications, 1 9 9 5
término, y durante mucho tiempo nos impi-
DAVIS, D. "The End of Video: W h i t e Vapor", en N e w Artists
dieron prestar atención hacia unas experien- Video. A Critical Anthology (ed. Gregory Battcock). Nueva York :
cias poderosas, singulares y fundamentales E.P. Dutton, 1 9 7 8
para definir el estatuto del arte en este final
de siglo. El personal del videoarte también H U F F M A N , K.R. "Video Art: What's TV G o t To Do W i t h It?", en
llluminating Video. A n Essential Guide to Video Art (eds. Doug
ha tenido cierta responsabilidad en la mala Hall / Sally Jo fifer). Nueva York : Aperture, 1 9 9 0
comprensión de la televisión como expe-
riencia cultural y radical. [...] Creo que una H U F F M A N , K.R. / M I G N O T , Dorine (eds.) The Arts for Television.
pesquisa seria y exhaustiva podría conllevar Los Angeles: The Museum of Contemporary Art / Amsterdam :
Stedelijk Museum, 1 9 8 7
una sorpresa, porque la televisión tiene un
repertorio dé obras creativas mucho mayor M I G N O T , D. (ed.) Revision. Art Programmes of European
de lo que se supone normalmente; un Television Stations. Amsterdam : Stedelijk Museum, 1 9 8 7
repertorio suficientemente amplio y denso
M U N T A D A S , A . Video is Television? (vídeo, 4') 1 9 8 9
como para incluirla entre los medios cul-
turales más importantes de nuestro tiempo. O'PRAY, M . "The Impossibility of Doing A w a y with Video Art", en
Multimedia, redes e infografía tendrán que Diverse Practices: A Critical Reader on British Video Art (ed. Julia
esperar aún varias décadas hasta que puedan Knight). The Arts Council of England / University of Luton Press,
1996
constituir un acervo de la misma dimensión
e importancia que el de la televisión y el ROSS, D. " A Provisional Overview of Artists' Television in the US",
vídeo." • en N e w Artists Video... (op.cit.)

WYVER, J. Ensayo introductorio del catálogo W h a t You See is


W h a t You Get. The Third ICA Biennial of Independent film &
Video. Londres : Institute of Contemporary Arts, 1 9 9 5

E U G E N l B O N E T es escritor y curador transmedia. WYVER, J. "The Necessity of Doing A w a y with Video Art", en
Vive en Barcelona. Díverse Practices... (op.cit.)

38 z33a
G A B R I E L V I L L O T A

Una PICCA en la SEAC

Mission, el vídeo"—1994—), y posterior-


Primer Intento d e Catalogación mente convertido en un documento impres-
cindible para cualquier estudioso o aficio-
nado en general que quiera acercarse a la
2
obra de "La Sele" .
Comentada Asistemática c o m o genealogía

Poco tiempo después este vídeo sería


presentado en una fiesta en la que se cele-
conceptual a partir d e algunos recorridos braría, de forma simbólica y efectiva, la
firma del "convenio de colaboración" entre
UN O R I G E N QUE RECORRE los representantes del IMA y la RDZ. La
EL E S P A C I O URBANO singladura estaba en marcha.
Coinciden casi todas las crónicas de la época,
en situar como origen de la actividad de la MÁS ALLÁ (O, S I M P L E M E N T E :
Selección de Euskadi de Arte de Concepto ANTES) DEL ORIGEN
(SEAC) un complejo acto multidisciplinar Sin embargo habremos de retrotraernos
que, según consta en los anales, tendría lugar unas décadas para encontrar las raíces que
el mes de marzo del año 1994 en la ciudad nutrirían el posterior nacimiento de esta
alavesa de Vitoria-Gasteiz (capital, no en insólita experiencia artística. Y es que el País
vano, de la Comunidad Autónoma Vasca); Vasco ya había conocido anteriormente la
parece ser que por diversas circunstancias existencia de colectivos de artistas que,
desconocidas coincidieron durante aquellas aunando los diversos y variados talentos
fechas los esfuerzos de los miembros de los individuales, encararan de forma colectiva
dos colectivos artísticos que en su fusión determinadas cuestiones insoslayables en
darían lugar al nacimiento de la Selección la esfera social y política (Adelantemos aquí
(citada en diversos documentos internos y ese grito —"social, social"—, desgarrado,
1
entrevistas como "La Sele" ); claro está que casi inhumano, al que se enfrentaba Terrón,
nos referimos aquí al International Mola Art personaje clave en la carrera de La Sele, y
(IMA) y a la Fundación Rodríguez (RDZ). al que después haremos referencia, en el
contexto de la instalación "Sé verla al
Aquel acto llamado "X-Ray Mission" (y con- revés"): así nacieron en la década de los
siderado por buena parte de la crítica como años sesenta grupos como Gaur (Gipuzkoa),
una suerte de derive situacionista), se Emen (Bizkaia), Orain (Alava), y Danok
3

basaría fundamentalmente en un largo y (Navarra) . Sin embargo ninguno tuvo la


lúdico recorrido por diversas calles de la ambición de constituirse en Selección de
parte antigua del casco urbano, con paradas Euskadi, y prefirieron circunscribirse a su
en cada unos de los estudios de sus organi- ámbito provincial respectivo (de otro carác-
zadores, y en el que todas las personas parti- ter son las diversas experiencias asociativas
cipantes terminarían coreando al unísono de artistas vascos habidas ya en los años diez
como lema unitario la palabra "comuni- en Bilbao, luego a principios de los ochenta
cación". En los estudios se presentaban varias también en Bilbao, y actualmente alrededor
instalaciones y performances, que dentro de la asociación mediaZ).
del ánimo didáctico que ya desde este primer
momento acompañara al colectivo, serían Otros intentos asociativos, no exactamente
oportunamente explicadas al masivo público desde el arte, se dieron en él mundo
asistente. Inaugurando lo que desde entonces académico de la antropología en años remo-
se convertiría en habitual proceder, todo el tos, con Barandiaran, Aranzadi y Eguren,
evento fue registrado en vídeo ("The X-Ray también conocidos como los "tres tristes

a33z 35
trogloditas", o t a m b i é n e n el á m b i t o d e la ejercicios d e p r e c a l e n t a m i e n t o incluidos, se
l u c h a a r m a d a : e n c u a l q u i e r caso, n o sabe- desarrollaría e n este caso frente a (y e n t r e )
mos q u é relación p u d i e r a h a b e r e n t r e todos conocidas obras d e Oteiza o Ibarrola.
ellos y el n a c i m i e n t o d e La Selección (aun-
q u e t a n t o los u n o s c o m o los otros fueran, R E C O R R I D O S ( T A M B I É N ) P O R EL
c o m o vascos, grandes andarines: sin e m b a r g o L E N G U A J E Y LA G A S T R O N O M Í A
los r e c o r r i d o s d e aquellos p a r e c í a n circuns- Estos recorridos q u e la SEAC realizara p o r
cribirse m á s al á m b i t o rural, y e n c o n c r e t o a el Arte Vasco ( m o d e r n o y p o s t m o d e r n o )
los m o n t e s del País, m i e n t r a s q u e la SEAC, fueron, p o r tanto, c o m o la p r o p i a derive
c o m o se h a visto, nació d e u n r e c o r r i d o antes m e n c i o n a d a , r e c o r r i d o s literales,
eminentemente urbano). bien e n rigurosa formación bien d e f o r m a
d e s o r d e n a d a , q u e e n relación a su declara-
PRIMEROS RECORRIDOS POR d o p l a n t e a m i e n t o c o n c e p t u a l trataban d e
ESPACIOS ARTÍSTICOS devolver a algunas palabras su c o n t e n i d o
Algunas i n t e r v e n c i o n e s q u e los artistas d e la preciso; n i más ni m e n o s .
SEAC realizaron e n el transcurso d e l a ñ o
siguiente —1995— p r e f i g u r a r o n p o r "un lado M u c h a s obras d e la SEAC surgirían d e h e c h o
su i m a g e n ( u n i f o r m e rojo, b l a n c o y verde, d e esa p r e o c u p a c i ó n p o r el lenguaje, o
d e u n diseño m u y p r ó x i m o al d e la selección m e j o r d i c h o : p o r la p é r d i d a d e s e n t i d o d e l
vasca d e fútbol), p e r o t a m b i é n su actitud: lenguaje, e s p e c i a l m e n t e e n el m u n d o d e l
irreverente, desenfadada, sarcástica y mili- arte, p o n i e n d o d e manifiesto e n varios tra-
t a n t e , a u n q u e s i e m p r e simpática. N o olvi- bajos, c o m o es el caso d e las proyecciones
d e m o s c ó m o ellos se describían a sí m i s m o s d e p a l í n d r o m o s , la r u p t u r a d e la c a d e n a sin¬

CABE DESTACAR PRECISAMENTE

EL HECHO DE Q U E ,EN SU RECITADO,

LA SEAC e v i t a r a s e l e c c i o n a r BAJO

N I N G Ú N CONCEPTO (BIEN LOCALISTA,

BIEN DE GUSTOS PERSONALES) LOS

PLATOS C A N T A D O S , E V I D E N C I A N D O ASÍ

su e s p í r i t u i n t e g r a d o r TANTO EN

LO N A C I O N A L C O M O EN LO CULTURAL...

SEAC 1995

tagmática: "Reconocer-se es ser tres".


más o m e n o s e n semejantes t é r m i n o s e n P o d r í a m o s c o n s i d e r a r a q u í c o m o trabajo
varios d o c u m e n t o s , c o m o "Expresión d e u n p a r a d i g m á t i c o d e este p r o c e d e r la o b r a titu-
d e s e o j o v e n " (1995) o e n su p á g i n a Web, lada " M e n u d o M e n ú " (1995), e n la q u e los
q u e llegaba a incluir d e h e c h o u n a breve c u a t r o artistas-activistas recitaban a r i t m o d e
semblanza biográfico-afectiva d e c a d a u n o r a p u n listado exhaustivo d e t o d o tipo d e
4
d e los c o m p o n e n t e s del e q u i p o . platos representativos d e la cocina vasca,
o r d e n a d a m e n t e clasificados p o r especiali-
I m a g e n , actitud, y lo q u e e r a la esencia d e dades. Cabe destacar p r e c i s a m e n t e el h e c h o
su trabajo hasta e n t o n c e s , a saber: el físico d e q u e , e n su r e c i t a d o , la SEAC evitara selec-
c i o n a r bajo n i n g ú n c o n c e p t o (bien localista,
http://www.jet.es/kitto/seac.html

transitar. D e n t r o d e esta l í n e a d e acción


destacan las visitas realizadas (y c o m o siempre b i e n d e gustos personales) los platos canta-
e n la SEAC, p r o f u s a m e n t e d o c u m e n t a d a s dos, e v i d e n c i a n d o así su espíritu i n t e g r a d o r
c o n fotografías) e n t r e los a ñ o s 1994 y 1995 t a n t o e n lo nacional c o m o e n lo cultural,
a diversos m u s e o s y c e n t r o s d e a r t e d e la p u e s la diferencia c o n otros ámbitos conoci-
C o m u n i d a d A u t ó n o m a Vasca, c o m o el dos d e la cultura vasca se hacía esta vez
M u s e o d e Bellas Artes d e Bilbao, la Sala c l a r a m e n t e tangible: n a d i e p o d r í a i m a g i n a r
Rekalde, el M u s e o G u g g e n h e i m ( e n este u n a Selección Vasca d e Cocineros e n la q u e
caso su m a q u e t a ) y p a r t i c u l a r m e n t e el Arzak, A r g i ñ a n o , Subijana y S a n t x o t e n a
Museo d e Bellas Artes d e Alava, especializado ( p o r ejemplo) r e n u n c i a r a n a sus egos
t a m b i é n e n su Colección-Selección d e A r t e p e r s o n a l e s y se dispusieran a trabajar e n
Vasco C o n t e m p o r á n e o . La actividad e q u i p o , seleccionar sus recetas y ofrecer su
p e r f o r m á t i c a d e los m i e m b r o s d e La Sele, m e n ú personal p o r encima de todo.

40 z33a
Por o t r o lado " M e n u d o M e n ú " venía a ofre- C o n el m i s m o título ("Atardecer d e u n a
cer d e f o r m a m á s evidente q u e n u n c a el jirafa") la SEAC p r e s e n t a b a t a m b i é n allí u n
significante vacío, c o n su significado — l a cuadro de origen desconocido (aparece
c o m i d a — c o n v e n i e n t e m e n t e evacuado, y f i r m a d o p o r u n a n ó n i m o A g e n t e 22) y q u e
c o n v e r t i d o e n p u r o s o n i q u e t e musical. era, s e g ú n ellos mismos c o n t a b a n en el
dosier d e p r e n s a , "objeto d e culto e n t r e los
RECORRIENDO LAS coleccionistas d e expresionismo abstracto".
INSTALACIONES (ALGUNAS) La referencia a este c u a d r o p r o c e d e d e u n
La instalación s i e m p r e h a sido c o n s i d e r a d a capítulo d e la serie televisiva "Super-Agente
c o m o u n a práctica artística q u e p r e c i s a m e n t e 86" ( G e t Smart, e n la versión original), e n la
se caracteriza p o r p r o p i c i a r el r e c o r r i d o q u e su p r e s e n c i a d a b a p i e a u n a serie d e
d e l / l a espectador=, q u i e n p u e d e así crear su reflexiones banales sobre el a r t e m o d e r n o ,
p r o p i a lectura — m á s o m e n o s interactiva e q u e los seleccionados n o quisieron d e s p e r d i -
i n t e r t e x t u a l — d e la obra. Este e r a u n for- ciar: i n c o r p o r á n d o l a s a la p e r f o r m a n c e
m a t o p o r t a n t o q u e , obviamente, acabaría interactiva "El c u e r p o del delito", p r i m e r o
i n t e r e s a n d o a la SEAC t a r d e o t e m p r a n o . e n la Facultad d e Bellas Artes d e la
Universidad d e l País Vasco (curso 94-95) y ...SE SUSCITARÍA u n c u r i o s o d e b a t e

Por f o r t u n a fue m á s b i e n t e m p r a n o q u e d e s p u é s e n la citada sala zarauztarra (1995), EN T O R N O AL HECHO M I S M O DE


t a r d e , p u e s ya e n el m i s m o a ñ o d e su fun- se suscitaría u n curioso d e b a t e e n t o r n o al
LA CREACIÓN ARTÍSTICA Q U E
dación p r e s e n t a r o n e n el Hall del a n t i g u o h e c h o m i s m o d e la creación artística q u e d e
cine Gasteiz la instalación "Expresión d e u n n u e v o p l a n t e a b a , e n definitiva, el sentido de n u e v o p l a n t e a b a , EN DEFINITIVA,
d e s e o j o v e n " (Marzo 1994), y posterior- ú l t i m o d e l n o m b r e d e las cosas: ¿ Q u é es sus-
EL SENTIDO ÚLTIMO DEL NOMBRE
m e n t e c o n t i n u a r í a n d e s a r r o l l a n d o este tipo ceptible d e s e r c o n s i d e r a d o Arte? ¿ Q u é es
d e trabajo c o n frecuencia. u n j u e g o y q u é u n j u g u e t e ? ¿Quién es m á s DE LASCOSAS: ¿QUÉ ES S U S C E P T I B L E
vasco, Chillida u Oteiza?
DE s e r c o n s i d e r a d o A r t e ?
P e r o quisiera e n c o n c r e t o h a c e r referencia
¿QUÉ ES U N J U E G O Y Q U É U N
e n este PICCA a otros d o s trabajos. El . F i n a l m e n t e la i n t e r v e n c i ó n e n Zarautz se
p r i m e r o es "Atardecer d e u n a jirafa" (1995) , 5
c o m p l e t a b a c o n "Cultural T r i b u t e to JUGUETE? ¿ Q u i é n e s m á s v a s c o ,
e n o r m e proyecto c r e a d o p a r a la sala Sanz- Zarautz" (1995), p e r f o r m a n c e d e la SEAC CHILLIDA U OTEIZA?
E n e a d e Zarautz e n el q u e a d e m á s d e la fotografiada p o r G e r t Voor I n t ´ H o l t (cola-
acción "El c u e r p o d e l delito" (a la q u e e n b o r a d o r habitual, a veces fotógrafo oficial
seguida h a r e m o s referencia) los selecciona- d e La Sele), e n la q u e los artistas volvían a
dos p r e s e n t a r o n d e nuevo u n recorrido: j u n t a r d o s referentes a los q u e h e m o s aludi-
transitaba éste p o r los diferentes espacios d o c o n a n t e r i o r i d a d , a saber, el e l e m e n t o
d e la sala, p e r o esta vez e n f o r m a d e r e p r e - verbal y el g a s t r o n ó m i c o , p o r m e d i o d e u n a
sentación a escala, p u e s se trataba d e u n f ó r m u l a consistente e n decir c a d a u n o d e
complejo montaje d e Scalextric c a r g a d o d e ellos, c o n la b o c a llena d e cacao e n polvo, el
irónicas referencias a las vanguardias (cuyos n o m b r e d e la localidad h o m e n a j e a d a .
textos, p o r cierto, publicados e n f o r m a d e
catálogos y revistas, servían d e h e c h o p a r a La s e g u n d a instalación a la q u e n o s referire-
p e r a l t a r las diversas curvas d e u n p o r o t r o mos es "Sé verla al revés" (1996). Presentada
l a d o s u m a m e n t e a r r i e s g a d o trazado q u e en la sala La Fundición d e Bilbao, este trabajo
t e r m i n a b a e n u n a m o n t a ñ a d e colacao, sobre ofrecía u n a n o v e d a d f u n d a m e n t a l : La Sele
la q u e los c o c h e s a c a b a b a n p r e c i p i t á n d o s e contaba con u n nuevo componente, creado
u n o tras o t r o i r r e m i s i b l e m e n t e ) . ex-profeso p a r a la ocasión, y q u e d e h e c h o

SEAC Sé verla al revés 1996

a33z 41
SMC Atardecer de una jirafa 1995

protagonizaría silenciosamente el evento. de distinto signo en aulas, escenarios, ferias, (influencia original muy importante en su
Terrón —éste era su nombre— representa simposiums y bares varios. Señalaremos aquí trabajo, y más en concreto la corriente que
en sí mismo una reflexión sentida sobre el algunas de las más destacadas, pues conside- podríamos denominar Hard Rock, o en
propio trabajo artístico, así como muestra ramos que se trata de un tipo de trabajo español Rock Duro, a la que no hemos
una incuestionable preocupación por la intrínsecamente relacionado con los puntos hecho referencia aquí y que sin duda mere-
problemática de la inadaptación social. En de partida conceptuales de la Selección. cería tratamiento específico aparte, en otro
la exposición se nos enseñaba la difícil artículo: veánse tan sólo referencias a gru-
situación pública del personaje, sometido a Con motivo de las jornadas de Talleres pos como Slayer o Deep Purple en algunos
diversas situaciones cotidianas supuesta- Abiertos celebradas en el espacio En Canal trabajos). Así, cabe destacar el arrebato
mente intrascendentes (tanto con fotografías de Bilbao en el año 1996, la SEAC dispuso hardcore-punk (batería, bajo y pregrabados
"documentales" como con una pequeña un pequeño estand comercial ("Están") en incluidos) que con el título de "Del arte del
ficción animada por ordenador); el croquis el que además de vender su habitual mer¬ objeto al arte de concepto" fuera proferido
mismo con el que el personaje fue conce- chandising gráfico, etc. elaboraban cuadros desde la mesa de la sala de conferencias de
bido; una caseta metálica, como hogar del según el estilo artístico del gusto del/la con- Arteleku en el marco del seminario sobre
que el personaje se mantiene apartado (de sumidora Ya antes (Enero 1995) habían par- música y performance "Siempre pasa algo"
ella sale en forma de estruendo insoportable ticipado en ese mismo espacio alternativo (Donostia, 1996), o "Fumando en el báter"
7
la palabra "social, social") y finalmente el con motivo de la fiesta Invierno Otra Vez (IOV), (1996) , acción sonora (unida a la proyec-
propio Terrón, alienado, aunque impasible organizada por el colectivo Las Palmeras ción del vídeo "15 Actions as a Performance"
en apariencia. Hemos de interpretar eviden- Salvajes (LPS), en la que realizaron una proyec- —1996—) en la que los miembros de la
temente esta obra como un momento de ción de diapositivas, formato en absoluto selección tomaban todo tipo de instrumentos
tránsito en el trabajo de la SEAC, desde su inusual en las intervenciones SEAC (En las (musicales o no) sobre el escenario y los
preocupación original por el lenguaje hacia jornadas sobre Folklore non Liñal habidas hacían sonar amplificados, tomando como
un tono abiertamente poético, así como en Vigo en 1996, por ejemplo, incluían tam- base ora un loop de Deep Purple (versión
paralelamente podemos ver que el recorrido, bién un diaporama, y en el pub bilbaino para el Kafe Antzokia, en Bilbao, en el mes
hasta entonces decididamente abierto, Kongreso realizaron en 1995 también una de octubre, dentro del marco del simposium
6
se hacía aquí más dubitativo y circular . compleja proyección de diapositivas dentro sobre arte electrónico Ciberria 96) ora de
Momentos de melancolía. del proyecto "GDB Salomón no molas"). los Ramones (versión para la sala Artsaia,
en Pamplona, en el mes de diciembre y en
el marco de los Encuentros de Video de
OTROS RECORRIDOS Habituados ya al ruido de los watios en Pamplona y del Festival de Vídeo de Navarra).
(NON LlÑALES) situaciones como las anteriores, el equipo
Pero la SEAC nunca se circunscribió exclusi- de la SEAC dejaría en parte el recorrer y
vamente a este tipo de trabajos y contextos accedería durante el año 1996 a varios En esta familia de acontecimientos (¿Events?)
más o menos artísticos, sino que antes y escenarios desde los que sus intervenciones podrían incluirse también las diversas inter-
después realizó numerosas intervenciones llegarían a acercarse a la estética del Rock venciones realizadas en bares, donde La

42 z33a
S I N D U D A S E P O D R Í A A F I R M A R Q U E N O S

E N C O N T R A M O S A N T E U N O DE L O S

h i t o s d e l a r t e v a s c o DE T O D O S L O S

T I E M P O S , R A Z Ó N P O R LA Q U E D E S D E

A Q U Í I N S T O A LA C R Í T I C A , G A L E R I S T A S ,

M U S E O S E i n s t i t u c i o n e s v a r i a s

A C O N S I D E R A R S U I N C O R P O R A C I Ó N

D E F I N I T I V A , S I N C O M P L E J O S , AL

c i r c u i t o o f i c i a l D E L ARTE.

SEAC 15 Actíons as a Performance 1996

Selección gustó de practicar principalmente Sin duda se podría afirmar que nos encon-
la "Elevación de futbolín" (p.ej. Bar Abuelo, tramos ante uno de los hitos del arte vasco
Vitoria-Gasteiz, 1996), acción que fue a su de todos los tiempos, razón por la que desde
vez convertida en objeto artístico en la aquí insto a la crítica, galeristas, museos e
exposición posterior para el espacio Arriola instituciones varias a considerar su incorpo-
(Aula de Cultura de Elorrio, enero 1997). ración definitiva, sin complejos, al circuito
oficial del arte. Sea. (c). •
Por último no me gustaría dejar de citar
aquí otro tipo de trabajo característico de
la SEAC en todas sus etapas, y que muestra
su especial preocupación por el rigor del GABRIEL VILLOTA es artista y escritor. Vive en
lenguaje y la práctica conceptual del arte: Bilbao.
me refiero a las diversas publicaciones, en la
mayoría de los casos autoeditadas por el El autor quiere agradecer las ideas aportadas
colectivo, con las que fueron dando a cono- por Asier Pérez-González para la elaboración d
cer sus puntos de vista, trabajos recientes, este artículo.
iniciaron la catalogación de su propia obra,
e incluso llegaron a plantear cierto proseli¬
tismo artístico (véase la aparición de diversos NOTAS
clubs de fans de la SEAC, especialmente en 1 Véase, por ejemplo, " G a z t e g i n " (31 de mayo 1 9 9 6 ) .
Estados Unidos), amén de establecer incluso
una política propia de apoyo y promoción 2 Esta documentación incluía además de la cinta un pequeño
y lujoso catálogo, que tiene como curiosidad no estar firmado
del arte joven ("SEAC y mecenazgo" aún por La Selección, sino por IMA y RDZ.
Facultad de Bellas Artes, Leioa curso 95-96).
3 Ver Miguel Pelay O r o z c o : "Oteiza: su vida, su obra, su
Destacarían aquí los sucesivos boletines pensamiento, su p a l a b r a " (Ed. La Gran Enciclopedia Vasca,
informativos del colectivo, posters, catálo- Bilbao 1978) p g . 5 8 7
gos, colaboraciones para otros colectivos 4 Recordemos aquel bello y perverso texto: " I M A y RDZ son
(edición de postales con Erreakzioa- jóvenes que hablan a media v o z (gritan cuando es necesario),
Reacción en un número sobre antimilita- tiñen su pelo (si se requiere}, son alegría que rebosan y
8 vitalidad; son colores en sus rostros denotando salud. Intelecto
rismo ) , intervenciones en otros medios tallado en cortos aunque durísimos años de bagaje perversor,
9 10
(ver HIKA nº67 , Resiste nº21 ), artículos y devastador de inocencias utópicas, semilla d e la prudencia".
"Expresión de un deseo joven" (edición especial Bilbao,
entrevistas en la prensa diaria (El Mundo, 1994).
El Correo, Egin, La Voz de Vitoria-Gasteiz) o
en la prensa especializada (MA, Tmeo). 5 Ver catálogo y poster editados para la ocasión.

6 Se puede ver alguna imagen de esta instalación en el Boletín


nº2 publicado con motivo de la exposición que la SEAC
FIN DE RECORRIDO realizó en Elorrio en enero de 1 9 9 7 .
Hasta aquí este PICCA que un servidor quiso
7 Ver publicación editada para la ocasión.
hacerles llegar siendo sobradamente cons-
ciente de lo limitado del intento en tanto 8 Ver Erreakzioa "¿Quién es libre de elegir?" (Bilbao-Hernani,
Enero 1 9 9 6 ) .
compleja y difícil es la obra de la SEAC, y por
ello merecedora de un más detallado, sis- 9 "Arte en versalitas", HIKA nº67 (Bilbao, M a y o 1 9 9 6 ) .
temático y profundo estudio que el que este
10 "Cuadro 1 . Historia del Arte y nuevas tendencias del siglo XX,
modesto trabajo trataba de alcanzar. según SEAC", Resiste nº21 (Vitoria, Agosto 1 9 9 6 ) .

a33z 43
P E R E J A U M E

Nivell Freàtic

S'hi afigura un camp enorme voltat d'una de brises, roques i fullatges, el seu poder per
tanca i, a fora, d'altres camps amb arbres captar-nos l'atenció amb acolorides inimita-
H e m vist una pintura d e V a n Gogh q u e
fruiters, boscos, una casa apartada i un fons bles, en una fruita, en un rostre, en un fons
de muntanyes. Per damunt de tot això, la de bardisses... Cada còpia d'aquell pinta¬
pluja cau a grans traços, amb pinzellades ment amb el nostre ha estat un tribut d'ad-
e s t i t u l a P l u j a . És u n a p i n t u r a f e t a l ' a n y miració, un esguard de tornada, a través del
llargues de diversos colors: grises, marrons,
d'un blau intens, d'un blau més pàl.lid... Són qual, però, pel fet d'haver-lo exercit tan
com unes gotes pesants, virolades, com uns copiosament, la natura ha començat a mani¬
1898 des d e la finestra d e la seva petits dolls de pintura que ragessin del cel i festar-se'ns prèviament quadrejada pels
anessin assadollant aquelles terres de pin¬ mateixos quadres que n'havíem fet: ens
tatge, d'empastaments, de virolaines i qualls. mostra, ella, el que n'hem vist, tota enterbo-
cambra, quan V a n Gogh estava reclòs lida de la nostra humana activitat... Passa,
Es cosa del nostre ofici que els pintors ens aleshores, un fet intrigant: en posar-nos-hi a
valguem de quadres i més quadres per tribu- pintar, la pintura toca el propi fons, com si
a l'asil d e S a n t R o m i è g . tar a la natura l'admiració de què és digne el no hi hagués natura pel mig, i s'hi enllardissa.
seu vigorós estil, el seu pintós instrumental És, en darrer terme, un gran amagament el

Vincent Van Gogh Pluja 1898

z33a
44
espais naturals avui ens manifesten el que
els perd i extenua, i es dóna el cas que
veiem el cabirol i la font de Llorà o el
Puigmal i el cel daurat del capvestre com
adreçant-se, ells mateixos, en la seva excep¬
cionalitat, vers alguna institució museal que
els aculli... Qui hauria dit mai que els
museus serien, un dia, els llocs mateixos, i
les coses, representacions de les coses, tal-
ment com si ens n'haguéssim anat als esce-
naris a viure, com si els escenaris s'haguessin
desbarrat!... La pintura, com veieu, no sem-
pre és opaca i cobrent; molt sovint els llocs
són d'una imatge nítida i decantada i la pin-
tura va de la mà del qui hi mira. De la pintu-
ra, aleshores, no en sabem res, ni la seva
Perejaume La pintura cobrint la terra 1995 forma, ni la seva existència, ni la seva absèn-
cia..., però ens fa tothora costat i no ens fuig
que s'ha esdevingut davant nostre, a través ferida profundament i du una existència de la vista, mostrant-nos, amb inquietud,
del qual la natura pren uns pigments de ven- manifestament exposada sota formes aquells paisatges i com els hem llevat, a l'oli,
jança, i defensa, amb pigments, el que, amb d'ocultació. Sigui allà on sigui, la realitat les forces.
pigments, li havíem provat de manllevar. Ací contemporània és esmunyedissa, fràgil,
teniu com, tot i que de sempre la natura peremptòria..., i ha acumulat un particular La pintura cobrent, en canvi, la gran forra
hagi semblat viure d'ocultar-se'ns, és d'allò domini de la prestidigitació. de pigments que ha cobert en molts punts
mateix que n'hem fet que es mostra ara tota quadres i models, és més fàcil de constatar.
enterbolida, i burla l'escomesa dels pintors És, aquesta, una realitat on el sentit de la L'abstracció és una bona imatge d'aquest
rebotint-ne el pintament als qui l'esguarden. presència ha anat afeblint-se d'una manera embassament natural dels olis. La manera
notòria. Poques coses conserven aquella com pintaven els tardoimpressionistes no
Ens vaga prou d'observar com, en segons plenitud oberta, ferma, aquella seguretat era sinó un anunci d'aquest empastament
quins indrets, un embalbiment de la vida hi gairebé completa d'un indret que se sap definitiu: la pintura com un llard, els paisat-
és apercebut només d'arribar-nos-hi. Les d'acord amb ell mateix. No cal dir com les ges engreixats, engreixinats, l'obesitat d'una
coses s'hi succeeixen sense arribar-nos a formes d'extraterritorialitat, de lleure, les civilització del lleure...
afectar del tot, com si una plàstica recober¬ ràpides mutacions... fonamenten als llocs la
tura ens en protegís. Diríeu que aquells impresència, la futilitat, la separació...: res El paisatge té una prodigiosa facultat d'en¬
paratges ja han consumit totes les seves no hi deixa cap sediment emocional que ja goliment. A partir d'aquell quadre de Van
aspreses màgiques, totes les seves decisions l'ha esgarriat una nova contrada, un nou ús, Gogh, la pintura gotejava a través dels
intempestives i, cas que aquestes es pro- un nou punt d'atenció... Hem deixat de núvols fins que cada color va formar algunes
dueixin, ho fan preses d'una inesquivablc dependre massa del nostre entorn immen¬ basses i, més tard, rials per escampar-se. La
afectació. diat perquè la vida en els indrets, la vida a terra primer absorbia aquesta pintura, la
expenses dels indrets, faci els indrets més tolerava, però nous pintors provaven de
Certament, són ben difícils de mirar alguns reals que no mirats. La idea tradicional de moure a sentiment el bosc, la vinya i la ribera
indrets sense escenografiar-los immediata- realitat que, només fa uns anys, pagesos, vila- amb successius efectes de contrast i tècniques
ment. El que fa que les coses semblin reals i tans i ramaders tenien respecte dels punts gairebé de relleu.
el que les irrealitza no és cosa fàcil de on habitaven és del tot exhaurida.
definir. És més, segurament que és el mateix A partir d'aleshores algunes terrenys van
concepte de realitat el que està capgirant-se Tampoc el sentit de veneració no estalvia començar a esdevenir grassos i apegalosos,
en tot això, i la mateixa pintura no sap ja en als indrets de caure en pintament. Moltes semblants a grans formats pintats a la valen-
quina banda ha de posar-se. La terra ha estat vegades és aquesta mateixa sagrera que els ta sota aquella pluja del quadre de Van

a33z 45
G o g h q u e , a b u n d o s a i persistent, n o deixava a n a n t p e r les asprors d ' a q u e s t a museïtat c o m el m ó n tritura les deixalles tal com als
de caure. La pluja n o h a p a r a t d'aquell general q u e els pintors veuen com és avui p i n t o r s clàssics trituraven ells mateixos els
q u a d r e ençà, ni h a p a r a t d e pujar el nivell d'avorrible, segons com, o n i q u a n , exercir seus colors?
de p i n t u r a sobre el terra, ni la línia d e el seu ofici davant p i n t u r e s q u e j a h o són o
flotació del m ó n , q u e és més i més alta a b é h o s e m b l e n massa. Si és el m ó n exterior M à q u i n a d e la c o n t í n u a readympció, la pin-
cada n o u p i n t a m e n t i li surt la p i n t u r a p e r el q u e o p e r a c o m u n llenguatge pervers i tura, i l'art e n general, d ó n a i p r e n realitat:
la boca dels pous. D'altra b a n d a , en m é s de ficció q u è hi h a n d ' a n a r a afegir ells d e la realitat va cap a les seves o b r e s i s'hi
d ' u n a ocasió, la mateixa pintura, aprimant- pintoria! Q u è si, a través d'aquells m u r a d a l s redreça, reboteix cap als m o d e l s des d e les
se, passava a l'aire o al vent i, espesseint-se, de q u a d r e s d e tanta llanesa q u e el m ó n o b r e s i així, i n a c a b a b l e m e n t , va proveint-se
formava terrenys q u e semblaven d e d e b ò amotllura a r r e u , és j a com si el m ó n sentís d'accessoris p e r girar, a m b u n a e n e r g i a
p e r ò q u e podia, i m m e d i a t a t m e n t , dissoldre q u e el m ó n li falla a sota! invadent, vacil·lant, suspicaç. C a d a p u n t ,
p e r t o r n a r al m a r i a la pluja... cada p i g m e n t , s'erigeix entrellaçat a m b e l ,
I, tanmateix, aquesta és la n a t u r a q u e atreu i sentit total d e la creació i la dissolució... La
reclama el plenairista d'ara: u n enigmàtic voracitat insaciable d e l'espècie h u m a n a n o
Del t o m b a n t d e segle ençà, des d'aquell
relleu postpictòric, en qualsevol rial del és, e n efecte, aliena als creadors, el m o t
q u a d r e d e Van Gogh o n es veu p l o u r e n o h a
qual, ens és fàcil d'obtenir, p e r residu i "artitzar" r e u n e i x e x a c t a m e n t aquest d o b l e
parat la p i n t u r a d'embassar-se, de pujar
decantació, p i g m e n t s de gruix divers i estil sentit d e d o n a r i p r e n d r e : el 'sentit d ' a n i m a r
d'alçada fins a negar-ho tot, fins q u e als
marcat. Molt sovint, la mateixa m a g n i t u d del u n a matèria inerta i dotar-la de vida i,
quadres els paisatges se'ls h a n enfonsat del
p i n t a m e n t d e s c o n c e r t a els plenairistes, els t a m b é , el sentit d e desertitzar u n territori,
tot sota la p i n t u r a i j a n o els q u e d a a p e n e s
p e r d com u n rocatge, com u n a selva o c o m d'accentuar-ne l'aridesa.
res q u e p i n t u r a n o sigui. T a l m e n t els
m o n o c r o m s , el c o n r e u dels m o n o c r o m s q u e , u n a ciutat... El p i n t a m e n t és, al capdavall,
al capdavall, n o són sinó les imatges finals u n a f o r m a altra d e n a t u r a ensalvatgida, per- En ple m o n o c r o m veiem, ara, u n plenairista
d'aquest diluvi pintarós, definitiu, q u e aquell t o r b a d o r a , sorna. P i n t u r a i d e s p i n t u r a esde- q u e s'esquitlla e m b o s q u i t e n t r e u n paisatge
q u a d r e d e Van Gogh tot j u s t augurava. v e n e n així imatge i semblança d ' u n mateix desèrtic, e r m , i u n altre d ' i n u n d a t , oliós i
fet amagadís... Lluny, doncs, d ' e x h a u r i r sadoll. •
C e r t a m e n t , la p i n t u r a se'ls n ' h a anat als pin- noves possiblitats d e creació, aquest pinta-
m e n t general més aviat les planteja i les
tors d e les m a n s . En segons quines b a n d e s ,
d e m a n a . N o és al cap i a l'últim, i ara en u n
la p i n t u r a és c o b r e n t i vistosa, en segons
abast b e n quotidià, u n a solució pictòrica el PEREJAUME és artista. Viu en Sant Pol de Mar
quines altres, travessa les coses a m b u n curs
q u e h e m previst p e r a les deixalles, la m a n e r a (Barcelona).
amagat. Res d'això n o té p r e c e d e n t s , i és tot

Perejaume Compostatge d'una pintura amb marc i vidre 1994

46 z33a
P E R E J A U M E

Nivel Freático

nos a pintar, la p i n t u r a toca su p r o p i o


Hemos visto una pintura d e Van Gogh fondo, c o m o si n o h u b i e r a naturaleza d e p o r
m e d i o , y se pringa.

Es, en último término, u n gran escondimiento


q u e s e t i t u l a L l u v i a . Es u n a p i n t u r a h e c h a
el q u e se h a p r o d u c i d o d e l a n t e n u e s t r o , a
través del cual la naturaleza t o m a u n o s pig-
m e n t o s d e venganza, y defiende, c o n pig-
e n e l a ñ o 1 8 9 8 d e s d e l a v e n t a n a d e su m e n t o s , aquello d e lo q u e , con p i g m e n t o s ,
h a b í a m o s i n t e n t a d o a p r o p i a r n o s . Así tenéis
c ó m o , a pesar d e q u e d e s d e siempre la natu-
cuarto, cuando Van Gogh estaba recluido raleza haya p a r e c i d o vivir d e ocultársenos,
es d e aquello m i s m o q u e h e m o s h e c h o q u e
se m u e s t r a a h o r a turbia, y se b u r l a d e la
acometida d e los pintores r e b o t a n d o la pinta-
e n e l asilo d e Sant Remy.
d u r a d e los q u e la m i r a n .

En e l l a se r e p r e s e n t a u n e n o r m e campo En según q u é sitios p o d e m o s percibir en


r o d e a d o p o r u n a valla y, afuera, otros campos c u a n t o a r r i b a m o s u n a p e r d i d a d e viveza.
con árboles frutales, bosques, u n a casa Las cosas se s u c e d e n sin llegarnos a afectar
apartada y u n fondo de montañas. Por encima del t o d o , c o m o si u n plástico r e c u b r i m i e n t o
d e t o d o esto la lluvia cae a g r a n d e s trazos, las protegiera. Diría q u e esos parajes ya h a n
con pinceladas largas d e distintos colores: c o n s u m i d o todas sus asperezas mágicas,
grises, m a r r o n e s , de u n azul intenso, d e u n todas sus decisiones intempestivas y, en caso
azul m á s pálido... Son c o m o u n a s gotas d e q u e éstas se p r o d u j e r a n , lo h a c e n presas
pesadas, estridentes, c o m o u n o s p e q u e ñ o s d e u n a inesquivable afectación.
c h o r r o s d e p i n t u r a q u e m a n a r a n del cielo y
fueran saciando de empastes, colorines y C i e r t a m e n t e , algunos sitios son muy difíciles
cuajos aquellas tierras d e estampación. d e m i r a r sin escenografiarlos inmediata-
m e n t e . Lo q u e hace q u e las cosas parezcan
Es cosa d e n u e s t r o oficio q u e los p i n t o r e s reales y lo q u e las irrealiza n o es algo fácil
n o s valgamos d e cuadros y más cuadros p a r a d e definir. Es más, s e g u r a m e n t e es el m i s m o
tributar a la naturaleza la admiración d e q u e c o n c e p t o d e realidad el q u e está invirtiéndo¬
es d i g n a p o r su vigoroso estilo, su pintoso se en t o d o esto y la misma p i n t u r a ya n o sabe
i n s t r u m e n t a l d e brisas, rocas y follajes, su d e q u é lado h a d e p o n e r s e . La tierra h a sido
p o d e r p a r a captar n u e s t r a atención con h e r i d a p r o f u n d a m e n t e y lleva u n a existencia
coloridos inimitables, en u n a fruta, e n u n manifiestamente expuesta bajo formas d e
rostro, e n u n f o n d o d e zarzales... C a d a copia ocultación. Sea d o n d e sea, la realidad con-
d e aquella p i n t a d u r a con la n u e s t r a h a sido t e m p o r á n e a es escurridiza, frágil, p e r e n t o -
u n tributo d e admiración, u n a m i r a d a d e ria..., y h a a c u m u l a d o u n particular d o m i n i o
vuelta, a través d e la cual, sin e m b a r g o , p o r d e la prestidigitación.
el h e c h o d e h a b e r l a ejercido tan copiosa-
m e n t e , la naturaleza h a c o m e n z a d o a mani- Ésta es u n a realidad d o n d e el sentido de la
festársenos p r e v i a m e n t e c u a d r a d a p o r los presencia h a ido debilitándose d e u n a ma-
mismos cuadros q u e h a b í a m o s h e c h o d e n e r a notoria. Pocas cosas conservan aquella
ella: nos muestra, ella, lo q u e h a b í a m o s visto, p l e n i t u d abierta, firme, aquella seguridad
t u r b a d a p o r n u e s t r a h u m a n a actividad... casi c o m p l e t a d e u n sitio q u e se sabe d e
O c u r r e , entonces, algo intrigante: al poner- a c u e r d o consigo mismo. N o es necesario

a33z 47
decir c ó m o las formas d e extraterritorialidad,
d e ocio, d e rápidas mutaciones... funda-
m e n t a n en los lugares la impresencia, la
futilidad, la separación...: n a d a deja en ellos
n i n g ú n s e d i m e n t o e m o c i o n a l q u e ya lo h a
r o t o u n a nueva situación, u n nuevo uso, u n
nuevo p u n t o d e atención... H e m o s dejado
de depender demasiado de nuestro entorno
i n m e d i a t o p a r a q u e la vida en los sitios, la
vida a expensas d e los sitios, h a g a los sitios
más reales q u e mirados. La idea tradicional
de realidad q u e , hace pocos años, ciudadanos
y campesinos t e n í a n respecto d e los p u n t o s
d o n d e h a b i t a b a n se h a a g o t a d o t o t a l m e n t e .

T a m p o c o el sentido d e veneración salva a


los sitios d e caer en p i n t a d u r a . Muchas veces
es esta misma sacralidad q u e los espacios
naturales hoy nos manifiestan la q u e los
pierde y extenúa, y se da el caso de q u e vemos
el corzo y la fuente d e Llorà o el Puigmal y
el cielo d o r a d o del a t a r d e c e r c o m o dirigién-
dose, ellos mismos, en su excepcionalidad,
hacia alguna institución museística q u e los
acoja... ¡Quién h a b r í a d i c h o q u e los museos
serían, u n día, los lugares mismos, y las
cosas, r e p r e s e n t a c i o n e s d e las cosas! ¡Tal
c o m o si nos h u b i é r a m o s ido a los escenarios Perejaume Cal paraire 1993
a vivir, c o m o si los escenarios se h u b i e r a n
desquiciado!... La p i n t u r a , c o m o veis, n o
siempre es opaca y cubriente; muy a m e n u d o
los lugares son d e u n a imagen nítida y dis-
espesándose f o r m a b a t e r r e n o s q u e parecían c o m o u n a s rocas, c o m o u n a selva o c o m o
tanciada y la p i n t u r a va d e la m a n o del q u e
d e verdad y q u e p o d í a , i n m e d i a t a m e n t e , u n a ciudad... La p i n t a d u r a es, al fin y al
mira. De la pintura, e n t o n c e s , n o sabemos
disolver p a r a volver al m a r y a la lluvia... cabo, otra f o r m a de naturaleza asilvestrada,
n a d a , ni su forma, ni su existencia, ni su
p e r t u r b a d o r a y r e m o l o n a . P i n t u r a y despin-
ausencia... p e r o nos a c o m p a ñ a siempre y n o
Desde finales d e siglo, d e s d e aquel c u a d r o tura se convierten así en imagen y semejanza
se nos a p a r t a d e la vista, m o s t r á n d o n o s , con
de Van Gogh d o n d e se ve llover la p i n t u r a d e u n m i s m o h e c h o ocultadizo... Lejos,
inquietud, aquellos parajes y c o m o les h e m o s
n o h a p a r a d o d e embalsarse, d e a u m e n t a r pues, d e agotar nuevas posibilidades d e
quitado, al óleo, las fuerzas.
d e altura hasta negarlo t o d o , hasta q u e creación esta p i n t a d u r a g e n e r a l más bien las
en los cuadros los paisajes se h a n h u n d i d o plantea, las exige. ¿No es, d e s p u é s d e t o d o ,
La p i n t u r a c u b r i e n t e , en cambio, el g r a n del t o d o bajo la p i n t u r a y ya n o les q u e d a y a h o r a e n u n alcance b i e n cotidiano, u n a
forro d e p i g m e n t o s q u e h a cubierto e n a p e n a s n a d a q u e n o sea p i n t u r a . Igual q u e solución pictórica lo q u e h e m o s previsto
m u c h o s p u n t o s cuadros y modelos, es más los m o n o c r o m o s , el cultivo d e los m o n o - p a r a los desperdicios? ¿La m a n e r a c ó m o el
fácil de constatar. La abstracción es u n a b u e n a c r o m o s q u e , al fin y al cabo, n o son sino las m u n d o tritura los desperdicios tal c o m o los
imagen d e este embalse natural d e los óleos. i m á g e n e s finales d e este diluvio p i n t u r o s o , pintores clásicos trituraban ellos mismos
La m a n e r a c o m o p i n t a b a n los impresionistas definitivo, q u e aquel c u a d r o d e Van G o g h sus colores?
tardíos n o e r a sino u n a n u n c i o d e este sólo a u g u r a b a .
e m p a s t e definitivo: la p i n t u r a c o m o u n a M á q u i n a d e la c o n t i n u a readympción, la pin-
grasa, los paisajes e n g o r d a d o s , engrasados, C i e r t a m e n t e la p i n t u r a se les h a ido a los tura, y el arte e n g e n e r a l , d a y t o m a realidad:
la obesidad d e u n a civilización del ocio... pintores d e las m a n o s . En según q u é partes, la realidad va hacia sus obras y se endereza,
la p i n t u r a es c u b r i e n t e y vistosa, e n según r e b o t a hacia los m o d e l o s d e s d e las obras y
El paisaje tiene u n a prodigiosa facultad d e q u é otras, atraviesa las cosas con u n curso así, i n a c a b a b l e m e n t e , va proveyéndose d e
e n g u l l i m i e n t o . A partir d e aquel c u a d r o d e e s c o n d i d o . N a d a de esto tiene p r e c e d e n t e s , accesorios p a r a girar, con u n a e n e r g í a inva¬
Van Gogh, la p i n t u r a g o t e a b a a través d e las y sólo y e n d o p o r las asperezas de esta musei¬ sora, vacilante y suspicaz. Cada p u n t o , cada
n u b e s hasta q u e cada color f o r m ó algunos d a d general los pintores ven q u é aborrecible pigmento, se erige entrelazado con el sentido
estanques y, más tarde, t o r r e n t e s p a r a es hoy ejercitar según c ó m o , d ó n d e y c u á n d o total d e la creación y la disolución... L a
e x t e n d e r s e . La tierra p r i m e r o absorbía esta su oficio d e l a n t e de pinturas q u e ya lo son o voracidad insaciable d e la especie h u m a n a
p i n t u r a , la toleraba, p e r o nuevos pintores b i e n lo p a r e c e n d e m a s i a d o . Si es el m u n d o n o es, en efecto, ajena a los creadores. La
i n t e n t a b a n d e s p e r t a r el s e n t i m i e n t o del exterior el q u e o p e r a c o m o u n lenguaje palabra «artizar» r e ú n e e x a c t a m e n t e este
bosque, la viña y la ribera con sucesivos efec- perverso y d e ficción, ¡qué tienen q u e añadir d o b l e sentido d e d a r y tomar: el sentido
tos d e contraste y técnicas casi d e relieve. ellos d e pintosidad! ¡Qué si, a través d e d e a n i m a r u n a materia i n e r t e y dotarla d e
aquellas altas murallas d e cuadros d e tanta vida y, también, el sentido d e desertizar u n
A partir d e e n t o n c e s algunos t e r r e n o s llaneza q u e el m u n d o m o d e l a p o r doquier, territorio, d e a c e n t u a r su aridez.
c o m e n z a r o n a hacerse grasos y pegajosos, es c o m o si el m u n d o ya sintiera q u e el m u n d o
parecidos a g r a n d e s formatos p i n t a d o s a la le falta bajo sus pies! En p l e n o m o n o c r o m o vemos, a h o r a , a u n
t r e m e n d a bajo aquella lluvia del c u a d r o plenairista q u e se escurre emboscado entre u n
d e Van G o g h q u e , a b u n d a n t e y persistente, Sin e m b a r g o , ésta es la naturaleza q u e atrae paisaje desértico, y e r m o , y o t r o i n u n d a d o ,
n o dejaba d e caer. La lluvia n o h a p a r a d o y reclama al plenairista d e ahora: u n enig- aceitoso y saciado. • .
desde aquel c u a d r o , ni h a p a r a d o de subir el mático relieve post-pictórico, e n cualquier
nivel de p i n t u r a sobre el suelo, ni la línea d e t o r r e n t e del cual nos es fácil obtener, p o r
flotación del m u n d o q u e es cada vez más residuo y decantación, pigmentos d e distinto
alta a cada nueva pintadura... P o r otro lado, grosor y estilo m a r c a d o . C o n m u c h a fre- PEREJAUME es artista. Vive en Sant Pol de Mar
en más d e u n a ocasión, la m i s m a p i n t u r a , cuencia, la m i s m a m a g n i t u d d e la p i n t a d u r a (Barcelona).
adelgazándose, pasaba al aire o al viento y desconcierta a los plenairistas, los p i e r d e Este artículo ha sido traducido por Carlos Vitale.

48 z33a
Erreferentzi
bibliografikoak
D O W N E Y , J. The Return of the Motherland [vídeo]. N e w York :
Electronic Arts Intermix, 1 9 8 9
Ondoren aipatzen ditugun erreferentzi En el Centro de Documentación de EMSHWILLER, E. Sunstone [vídeo]. Barcelona : Videografía, 1 9 7 9
EXPOSITO, M . ; HERGUETA, J.A. La Tierra d e la M a d r e [vídeo].
bibliografikoen dokumentuak A r t e l e k u k o Arteleku podrás encontrar los documentos [S.I.] : [s.n.], 1993
D o k u m e n t a z i o Z e n t r u a n aurki ditzazkezu. referenciados a continuación. También GUBERN, R. La M i r a d a Opulenta : Exploración d e la Iconosfera
Contemporánea. Barcelona : Gustavo Gili, 1 9 8 7
Zehar honetan azaltzen diren gai eta podemos facilitarte información sobre HILL, G . Primarily Speaking [vídeo]. N e w York : Electronic Arts
Intermix, 1 9 8 3
artistekin zerikusia duten aldizkari artikuluen artículos de revistas y catálogos de HILL, G . Incidence of Catastrophe [vídeo]. N e w York : Electronic
Arts Intermix, 1 9 8 7 - 1 9 8 8
eta erakusketa kolektiboen katalogoen exposiciones colectivas relacionados con los
HILL, G . Full Circle ; Mediations ; Around & About [vídeo].
informazioa ere bertan eskura dezakezu. temas y artistas mencionados en este Zehar. Toronto, Ontario : Art Metropole, 1 9 8 8
L I G O R A N O , N . ; REESE, M . Talk Attacks [vídeo]. Barcelona :
4 5 3 6 6 2 telefonoan aurkituko gaituzu. Nos encontrarás en el 45 36 62. [s.n.], 1 9 8 3
M U N T A D A S , A . T V E . Primer intento [vídeo]. [S.I.] : [s.n.], 1 9 8 8
M U N T A D A S , A . Between the Lines. This is not an Advertisement.
Credits [vídeo]. Toronto, Ontario : Art Metropole, 1 9 7 9

Referencias PAIK, N . J. Global Groove [vídeo]. N e w York : Electronic Arts


Intermix, 1 9 7 3
PAIK, N . J. Guadalcanal Requeim [vídeo]. N e w York : Electronic
Arts Intermix, 1 9 7 7

bibliográficas RODRÍGUEZ, R. ; CODESAL, J. Pomada [vídeo]. [S.I.] : [s.n.],


1984
RODRÍGUEZ, R. ; CODESAL, J. Los Hombres, las Mujeres y los
Niños [S.I.] : [s.n.], 1 9 8 6 - 1 9 8 7
S A N B O R N , J. ; WINKLER, D. Luminaire [vídeo]. N e w York :
Arte Obra eta
Electronic Arts Intermix, 1 9 8 5
Erreprodukziogarritasun Teknikoa S A N B O R N , J. ; FITZGERALD, K. Ear to the Ground [vídeo].
N e w York : Electronic Arts Intermix, 1 9 8 1 - 1 9 8 2
Obra de Arte y Reproductibilidad Técnica
SERRA, R. ; S C H O O L M A N , C . F. : Television Delivers People
páginas 4-30 orrialdeak [vídeo]. [S.I.] : [s.n.], 1 9 7 3

ADES, D. Posters : The 20th-Century Poster : Design of the Avant- TORRES, F. Tough Limo [vídeo]. Barcelona : Videografía, 1 9 8 3
G a r d e . N e w York : Abbeville Press, 1 9 8 4 TORRES, F. Sur del Sur [vídeo]. N e w York : Electronic Arts Intermix,
1990
ANTREASIAN, G . ; A D A M S , C. The Tamarind Book of Lithography
: Art & Techniques. N e w York : Abrams, 1 9 7 0 VASULKA, W . The Commission [vídeo]. N e w York : Electronic Arts
Intermix, 1 9 8 3
BENJAMIN, W . Discursos Interrumpidos I : Filosofía del Arte y d e
la Historia. M a d r i d : Taurus, 1 9 8 7 VASULKA, W . The Art of Memory [vídeo]. Toronto, Ontario : Art
Metropole, 1 9 9 0
BREA, J.L. Un Ruido Secreto : el Arte en !a Era Postuma d e la
Cultura. Murcia : Mestizo A . C . , 1 9 9 6 VIOLA, B. Reasons for Knocking at an Empty House [vídeo].
N e w York : Electronic Arts Intermix, 1 9 8 3
CONLEY, V. A . Rethinking Technologies. Minessota : University of
Minessota Press, 1 9 9 0 VIOLA,.B.The Passing [vídeo]. [S.I.] : [s.n.], 1 9 9 1
DAVID, D. VIOLA, B. The Space Between the Teeth [vídeo]. N e w York :
http://math240.lehman.cuny.edu/art/davis.html Electronic Arts Intermix, 1 9 7 6
http://math240.lehman.cuny.edu/art/powerbook.html
http://math240.lehman.cuny.edu/art/ddbio.html
http://euro.net/mark-space/Douglas Davis.html Una PICCA en la SEAC
http://www.awa.com/artnetweb/views/davis/davis.html
http://math240.lehman.cuny.edu/art/video.html página 39 orrialdea
http://www.235media.com/artists_pages/DAVIS_DOUGLA.html
h t t p : / / w w w . d d g . c o m . p l / m s l / r e d n e s s / r e d - 0 1 .html http://www.iet.es/kitto/seac.himl

MITCHELL, W . J. The Reconfigured Eye : Visual Truth in the Post- ATARDECER de una Jirafa. Zarautz : Zarautzko Udala, 1 9 9 5
Photographic Era. Massachusetts : The M i t Press, 1 9 9 2 DEL Arte Objetual al Arte de Concepto. Vitoria-Gasteiz : SEAC,
.L' ERA Binaire Nouvelles Interactions. [S.I.] : Musee Comunal D' 1996
Ixelles, 1 9 9 2 SEAC. Nº 1 , Boletín del International M O L A Art (IMA) y la
Fundación RODRÍGUEZ. Vitoria-Gasteiz : SEAC, 1 9 9 6
EUROPEAN Large Format Printmaking. [S.I.] : Black Church Print
Studio, 1 9 9 1
FINE, R. E. ; CORLETT, R. E. Graphicstudio : Contemporary Art Nivell Freàtic
from the Collaborative Workshop at the University of South Florida.
Washington : National Gallery of Art, 1 9 9 1 página 44 orrialdea
GILMOUR, P. Lasting Impressions : Lithography as Art. London :
Alexandria Press, 1 9 8 8 ARTISTI Spagnoli Contemporanei - España. Milán : Electa, 1 9 8 8
BARCELONA A b r o a d . Ipswich : European Visual Arts Centre,
K U H N , T. S. La Estructura d e las Revoluciones Científicas. Mexico :
Fondo de Cultura Económica, 1 9 9 5 1992

PASTOR BRAVO, J. Aportaciones Plásticas a través d e un Nuevo C O N F R O N T A C I O N E S : Comentarios a la Década. M a d r i d :


M e d i o de Creación d e Imagen en el G r a b a d o en Talla : el Copy- Instituto d e la Juventud, 1991
Art. Bilbao : Caja de Ahorros Vizcaína, 1 9 8 9 ESPACIOS Públicos Sueños Privados. M a d r i d : Comunidad d e
TAMARIND Lithography Workshop, Inc. 1 9 6 0 - 1 9 7 0 : Catalogue M a d r i d , Consejería d e Educación y Cultura, 1 9 9 4
Raisonne. Alburqueque : University of N e w México Art Museum, ESPAÑA : Artisti Spagnoli Contemporanei. Milán : Electa, 1 9 8 8
1989 EXTRA!. Barcelona : Generalitat de Catalunya, 1 9 8 7
TECHNOLOGIES et Imaginaires : Art Cinema, Artvideo, Art O N Z E Escultures : Adquisicions de l'Ajuntament de Granollers
Cordinateur. París : Dis Voir, 1 9 9 0 1 9 8 9 - 1 9 9 1 . Granollers : Museo de Granollers, 1 9 9 1
PEREJAUME. Burgos ; Espacio Caja d e Burgos, 1 9 9 2
TV or N o t TV? PEREJAUME. El G r a d o de Verdad d e las Representaciones.
M a d r i d : Galería Soledad Lorenzo, 1991
página 34 orrialdea PEREJAUME. El Paisatge és Rodó.. [S.l.] : H. Associació per a les
Arts Contemporànies, 1 9 9 5
A N T Farm. The Cadillac Ranch S h o w / M e d i a Burn [vídeo]. N e w
PEREJAUME. La Pintura y la Boca. Tres Exposicions. Pessebrisme.
York : Electronic Arts Intermix, 1974-75
Barcelona : Edicions de la M a g r a n a , 1 9 9 3
BORELLI, C . Passeggiate Romane [vídeo]. Barcelona : 6 Artistes Catalans = 6 Katalanische Kunstler. Ludwigsburg :
Videografía, 1 9 8 5 Kunstverein Ludwigsburg, 1 9 9 0
CAMPUS, P. Selected Works II [vídeo]. N e w York : Electronic Arts T H I N K I N G of You : A Selection of Contemporary Spanish Art.
Intermix, 1 9 7 6 Goteborg : Konsthallen Goteborg, 1 9 9 ó
D O W N E Y , J. The Looking Glass [vídeo]. N e w York : Electronic T O D O Fluye. M a d r i d : Comunidad de M a d r i d , Consejería d e
Arts Intermix, 1 9 8 1 Cultura, 1 9 8 8

z33a 49
Egutegia M A R T X O A - U Z T A I L A 9 7

M A R Z O - J U L I O 9 7 Calendario

t a i l e r r a k / t a l l e r e s

SERIGRAFIA ESPERIMENTAZIOA J U A N CARLOS ESCUDERO GUERRILLA GIRLS

EXPERIMENTACIÓN Irudi sintetikoak Arte publikoa e t a feminismoa


PEPE ALBACETE Imágenes sintéticas Arte público y feminismo
M a i a t z a : 5 - U z t a i l a : 18 M a i a t z a : 3 0 Mayo U z t a i l a : 1 0 , 11, 14 Julio
5 M a y o - 1 8 Julio
JOSÉ LUIS PARDO GIULLIA COLAIZZI

Bizigai dena eta biziezin dena Feminismoa eta zinemaren teoría


LITOGRAFIA Lo vivible y lo invivible Femismo y teoría fílmica
D O N HERBERT Ekaina: 3 Junio U z t a i l a : 14, 15, 16 Julio

TALLER 1 ANJA WIESE KONFERENTZIAK/CONFERENCIAS

Ekaina: 2 - 3 0 Elektronikaren eta informazio baliabideen BILDWECHELSE

2-30 J u n i o erabilera artistikoa U z t a i l a : 9 Julio


El uso artístico de la electrónica y de los
TALLER 2 medios de información G U A D A L U P E ECHEVERRIA

Uztaila: 1 - 3 0 E k a i n a : 11 J u n i o U z t a i l a : 16 Julio
1-30 Julio
M A R K O DANIEL UTE META BAUER

Makinako fantasma U z t a i l a : 17 Julio


T X O M I N BADIOLA eta ANGEL BADOS El fantasma de la máquina
E k a i n a : 2 - U r r i a : 31 E k a i n a : 17 J u n i o M A H A I I N G U R U A / M E S A REDONDA

2 Junio-31 Octubre N A T H A L I E V I O T

STEPHEN G I N G E R I C H M A R I A JOSÉ BELBEL

Artea eta errepresentazioaren eremua FEFA VILA

<aurpegia@errepresentazioa.com> Arte y dominio de la representación M I R E N JAIO

G I Z O N A INTERFACE-AREN EREMUAN Ekaina: 24 Junio U z t a i l a : 18 Julio


<rostro@representación.com>
EL H O M B R E EN EL D O M I N I O
DEL INTERFAZ
FAKTORE FEMINISTA

M A N U E L SAIZ EL F A C T O R FEMINISTA
M a i a t z a : 26 - Ekaina 3 0 ESTÍBALIZ SÁDABA, A Z U C E N A VIEITES
e r a k u s k e t a / e x p o s i c i ó n
26 Mayo - 30 J u n i o Uztaila: 7 - Abuztua 1
7 Julio - 1 Agosto PROCESOS Y AZARES

KONFERENTZIAK/CONFERENCIAS CARLOS INDA

PURA R O Y GONBIDATUAK/INVITADOS R I C A R D O IRlARTE

Zientzia teoriak eta zientzien teknologia C L A U D I A G I A N E T T I DIEGO M A T X I N B A R R E N A

alderdiak Faktore feminista teknologi berriarekiko Apirila: 2 0 - Maiatza: 9


Teorías científicas y aspectos tecnológicos El factor feminista en relación a las nuevas 20 Abril - 9 Mayo
de las ciencias tecnologías Artelekuko erakusketa aretoan
M a i a t z a : 2 8 Mayo U z t a i l a : 7, 8 , 9 Julio En la sala de exposiciones de Arteleku

50 z33a
ARTE G A R A I K I D E K O H I Z T E G I A

Cézannek espresio-metodo objektibagarri


berriak pinturan, ondoren etorri zen kubis¬
moak borobildu zituenak.

Seurat eta bere diszipulu Signac beste bide


batetik joan ziren kolorearen teknika inpre¬
sionistaren objektibizazioaren bila.
Pintzeladaren teknika inpresionista razionali¬
zatu zuten, puntillismoaz baliatuz: honek
atomizatu egiten du inpresionisten pintura
kolorista, sare tankerako kolore-puntuen sis¬
tema zehazki kontrolatu batekin ukitu arinak
emanez (dibisionismoa). Kolore-elementu
m o n o k r o m i a : Kolorazio kolorebakarra da, errealitatearen arteko hurbilketa bat egiteko. hauen zatiketa estrukturalaren bitartez, eredu
kolorazio anitzarekin (= polikromiarekin) kon¬ Aldi berean behartu egin ziren jenero artis¬ sistematikoak eratzen dituzte, denboraz kanpo
trajarriz ulertzen dena. Kolore monokromo tikoen arteko mugak, hainbat baliabide-konbi¬ objektibatutako koadroaren eraikuntza monu¬
batekin egindako pintura modulatiboa prozedu¬ nazio eginez; errepresentatzeko modu berriak mental bat sortzen dutenak. Seurat-ek katego¬
ra konfiguratibo bat da, colour painting izeneko sortu ziren, adibidez combine painting, arte ria-eskema baten arabera laburtzen ditu bere
korronte estilistikoak sarritan eta nagusiki objektuala, environment, pintura materikoa eta kolorearen azterketa metodikoak, eta jar¬
erabiltzen zuena. (Yves Kleinen koadroak urdin metaketa, eta horiekin kontsumoko industri¬ duteko modu psikologikoki diberjenteen gain
monokromoan). aren baitakoa den objektu aurrefabrikatua oinarrituz, bereizi egiten ditu argizko kolore,
integratzen da arte-obraren barruan. Arteak kolore lokal eta kolore osagarriak; bereizketa
naïf pintura: Aldi estilistiko desberdinetan lortzen du honela, kontzientziaren galgara horri, koloreen teoria zientifiko bezala hartuta,
pinturak izan duen garapenaren ondoan naïf jarritako gauzen "errealizazio" bat egitea, kromo-luminarismoa esaten zaio.
artisten jardun sortzailea aurkitzen da, diszi¬ egunero erabiltzen diren gauzei adiera berri
plina akademikoen eraginetik bezala bat eransten dielako, beren aplikazio kon- Zentzu honetan, inpresionismo berankorra
tradizioaren eta egungo arte-munduko ger¬ tsumistan ukatzen zaiena, eta konfigurazio tradizionaletik modernotasunera doan tran¬
taeren eraginetatik ere libre ibiltzen diren artistikoan bakarrik egingarri izan daitekeena. tsizio-fase bat bezala azaltzen zaigu, metodo
artistena. Errepresentazio plastikoa eta erreali¬ bihurtzen baitu kolorearen teknika inpresio¬
tatea gauza bera izaten dira horien koadroetan. neoinpresionismoa: Seurat eta Signac-ek nista, Niaren eta Naturaren arteko sintesiaren
Horrekin bibentziaren identitate indibidua¬ 1884ean Artista independenteen elkartea sentimentalismoa ilusionismo bat dela agerian
laren demostrazio ilustratzaile bat sortzen dute (Société des artistes independants) sortu zute¬ jarriz. Neoinpresionistentzat, prozesu pik¬
—pintura-prozesuaren barruan—, umeen nean, pintura frantsesaren baitan neoinpre¬ torikoak berak osatzen du, lehenengo aldiz,
munduan eta herri primitiboetan gertatzen sionismoaren korronte estilistikoa eratu zen, bere kategoria baldintzatzaile eta kolore eta
denaren antzera; "izakiaren" eta bere irudiaren eta berarekin gauzatu zen aldaketazko prozesu espazioaren azterketarekin, artegintzaren
artean bereizketarik egiten ez duen esponta¬ funtsezko bat, alegia artea errealitatearen gaimotiborik funtsezkoena.
neitate inkontzientea. irudimenezko erreprodukzio bezala ulertzetik
bere erregela propioak eta bere errealitate neoplastizismoa: Forma geometriko-
neodada: Jarduera neodadaisten bururape¬ propioa izango zituen sormenezko jarduera konstruktibisten sistema baten teoriari
nak berak, ikuspegi demostratzaile edo espezifiko batera aldatzera zihoan prozesua. aplikatzen zaion deitura da, Piet Mondrianek
probokatzaile baten bitartez egindako Neoinpresionismoaren ordezkaririk De Stijl mugimenduaren barruan garatu zuena.
kontzientziaren entrenamendu-modu bezala nagusienen artean aurkitzen dira Cézanne, Honen bitartez arkitekturara eta espazioaren
hartuz, dadaismoaren mugimendu askatzailean Seurat eta Signac, eta berebat, muga batzuen konfiguraziora lekualdatzen da proportzio
dauka bere oinarria, honek erreskatatu barruan, Van Gogh eta Gauguin ere. elementalen sinpletasun zurruna, Mondrianek
baitzuen artea bere sukaldaritza-araudizko Artegintza ulertzeko era berria izan zen neoin¬ bere pinturan bururatutako moduan ikusita.
marfilezko dorretik, eta garai hari buruzko kri¬ presionisten ezaugarria beren aurreko inpre¬ Neoplastizismoak lerrodura murriztu egiten
tika sozialaren problematikaren kontzientzia¬ sionistekin izan zituzten gorabeheretan. Hau du horizontal, bertikal eta angelu zuzenetara,
tzebidetik eraman zuen. Guzti honengatik, bereziki nabarmen azaltzen da Paul eta kromatismoa kolore gorri, hori eta urdin
arte plastikoen orientazio metodiko berria, Cézannerengan, bere pinturan oraindik ere primarioetara, eta kolore beltz, gris eta zurira.
psikologia eta soziologiarekin lotutakoa, eta aurkitzen baita ikuspen garbiaren poetika Neoplastizismoa ordena autonomo kolektiboki
berebat teknika modernoa eta baliabideen inpresionista, baina aldi berean lanketa-sistema baliozko baten ideian oinarritzen da funtsean,
ikerketa aprobetxatu nahian egindako egituratu bat antzematen zaio kolorearen ordena horrek "normalizazioaren, eraikuntzaren
hedapen disziplinartekoa, funtsezko presupos¬ erabilera formatibo bat egiten duen neurrian. eta funtzionaltasunaren" ikuspegi garbia
tuak dira praxi artistikoa giza kontzientzian eta Cezannerengan espazioaren eta kolorearen jasotzen du, eta arbitrariotasun eta plangintza-
gizartearen gaurko egitura modernoan komu¬ arteko zatiketa baten bidez eratzen da objektu¬ gabezia oro alde batera uzten ditu. (Ikus
nikazio-faltan dagoen portaera sozial baten aren forma. berebat De Stijl).
problematikan kontzentratzeko. Arte dadaista
ororen funtsezko maxima da gauza erreal
Sakonerako perspektiba ezabatuz lortzen du novecento: 1922. urtean, futurismoaren
orok, eta beraz, kontzientzia argitzen duen
Cézannek ilusioaren alderdia kentzea, hala espiritu progresista-optimistaren kontrako
guztiak, bere balioa baduela jakitea. Gauza
lortzen baitu gauzak espazio-sentsazio nor¬ erreakzio bezala, kontrakorronte bat sortu zen
arruntak, ohiki erabiltzen diren guztiak,
maletik aldentzea eta beren baitan, estatua Italian, Novecento-a., berriz ere tradiziora
eguneroko bizitzako prozesu desberdinak
gisa, agerraraztea. Errepresentatutako objek¬ itzultzeko asmoa errepresentatzen zuena.
bezain nabarmengarri egiten dira.
tuen eta irudien bolumenari ere murrizketa- Novecento-aren programa artistikoa korronte
prozesu bat ezartzen zaio, materialen gorpuzta¬ modernoen (futurismo, kubismoaren) kon¬
Berrogeita hamarreko urteetako mugimendu suna oinarrizko elementu geometrikoetan trako jarrera hartzeagatik bereizi izan zen
neodadaistarekin ekintza-arteak berrorientazio deskonposatzen delarik, esfera, kono eta zilin¬ bereziki, eta balore nazionalak eta arte klasiko
transzendentala experimentatu zuen happening droetan, hauek beren aldetik berriro konbi¬ italianoaren printzipio hezitzaileak ezarri nahi
eta fluxus delakoen bidez, eta baldintza garran¬ natu daitezkeelarik gorputz-forma desberdine¬ izan zituen berriro. Faszismoak sustatu zuen
tzitsuak ezarri zituen artearen eta bizitzako tan. Elementarizazio honekin egin zituen Novecento mugimendua. •

z33a 51
Basaurí 1996. Pintura mural realizada por Jon Mikel Euba en la fachada Sur de Arteleku.

Arte Tailerrak Talleres de Arte

Erakusketak Exposiciones

Dokumentazio Zentrua Centro de Documentación

Liburutegia Biblioteca

Bideoteka Videoteca

a
ctv
id
ia
d e
s Uzteko Lekuak Espacios de Cesión

Argitalpenak Publicaciones

e
ska
n
itz
ak Obra Grafikoen Edizioak Ediciones de Obra Gráfica

Mintegiak Seminarios

Hitzaldiak Conferencias

Artelekuko Aldizkaria zehar Boletín de Arteleku

TEL:943.45 3 66 2 FAX:943.46 2 25 6 ARTELEKU KRISTOBALDEGI, 1 4 L O I O L A A U Z O A 2 0 0 1 4 D O N O S T I A

Gipuzkoako Foru Aldundia Kultura eta Euskara Departaraentua


Diputación Foral de Gipuzkoa Departamento de Cultura y Euskara

You might also like