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Quarta-feira, 9 de Maio de 2018 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1 Série— No 65 Prego deste niimero - Kz: 2.380,00 Tain + sarap SAC NATUR Dye ela pan Dar relativa a mincio ¢ asimaturas do «Disrio Ano | da Republica 1* ¢ 2.* serie € de Kz: 75.00 ¢ para da Republica», deve ser dirigida # lmprensa |. reg sries Kz: 61179950 | 9 3 séne Kz: 95.00, ncrescido do respectivo: Nace = ED, Ln, i Hen de a TD see ee 36127000 | impo do sl, dependendo publica do Conemprommceal ys Bal ey, f 82 se 10915000 | 3° sce de depo poo fica mt tegen AB ee 1911100 ria npr Nba“ SUMARIO Considerando que a actunlizagio da Pata Aduaneira se PRESIDENTE DA REPUBLICA Deereto Legislative Presidencin n° 18: ‘Aprava Paula Adiancira doe Diretos de kmportagto © Exportact, dite designada por Pa mucin, qu correspande& verso de 2017 da Nomencltira do Sitenn Heemoniznd de Desinags0 © Colitiay 0 dar Mercaderias, cuindo as Instr Prete da Pauta (PP), 36 Rearas Gerais para a Tnterprtagno do Hamnonizado (SH). — Revous tod eislag bo que entateo dis postono presente Diploma, nomeadamente 0 Decreta Legittiva Presdencial n* 1013, de 22 de Novanbro, com a Reclficagio 1h" T/L, de 30 de nto, bam como aut. dite dos Direltos de Importato e Expartayao, que cerresponde a verso de 2012 da ‘Nomenlania do Sistema Harmonized de Desianag to Coificagso dae Mercado et reanines da Paka OPP), 8 Rerae (Gerais par Intarelagio do Sitena Harmonizado GID, 0: Quator Anexos 8 TPP 0 Eaquena Geraldo texto da Pata Aduanezae o Testo ‘ds Pra Aduancira qe dale Diploma fem pte inearnte; © Decteto Legislative Presdencil n° 5/15, de 21 de Seteniro que allera as toca previsas no Regulanento de Imposto de Consumo na Pauta Adimeira das Diroioe de lmpertagaa e Exportagio,€ todas as dporiges esate antrors a dats da exrada en vigor do presente Diploma legal que estabelecam isengSes do pagamento de ‘nolunentos gerais aaneee ein beneicio de quainqverpesscas singles eu colectivas, pabliaseprivadas PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Legislative Presidencial n.* 3/18 de 9 de Maio ‘Tendo em conta que as Linhas Gerais do Exeentivo para a Reforma Tributaria, aprovadas pelo Decreto Presidencial, 11° SOVLL, de 15 de Margo, fixaram tum quadro de priotidades de acgdes projectadas para o dominio aduaneiro a médio, prazo no periodo de 3a 5 anos, entreas quais, sobressai, pela sun impostincia, a actualizagio da Pauta Aduaneita com vista, ‘ promogao da produgao nacional ea0 desenvolvimento eco- némico sustentavel; insere no esforgo do Poder Executivo para dotar o Pais de um sistema advianciro modemo, capaz de dar resposta 20s desafios do seu desenvolvimento econsmico e social, através, ‘nomeadamente, do fomento da produsio nacional, da atracgo do investimento, da promogao do emprego da mio-de-cbra nacional, da diversificagao da economia, do combate & fome ‘© miséria e da modemizacao do sector piilico, Considerando que 0 desenvolvimento do sector produtivo nacional e2 diversficagdo da economia impGe, inelwavel- mente, @ adopga0 de medidas que incentive ¢ protejam a prodhio nacional; Considerando que, entre as medidas susceptivets de asset- rar © aumento da produgéo nacional, em canjusagao com outras medidas de ordem macrocconémica previstas na estratéaia definida pelo Poder Executivo, assume particular importan- ia a aprovago ce uma nova Panta Aduaneira dos Direits de Importagao ¢ Exportagio, designadamenteno quetoca a inci déncia favorivel que as taxes dos direitos aduanciros devem ter no creseimento econdmico, no desenvolvimento harmonioso de sectores de actividade prodativa e na coordenagao da poli- tica econémica com as politicas socal, educacional ¢ cultural Considerando que, pela Resolugde n° 3/11, de 11 de Fevereiro, a Assembleia Nacional aprovon, para adesio da Republica de Angola, a Convengio Internacicnal sobre o Sistema Harmonizado de Designagao ¢ Codificacao de Mercadorias, adoptada em Bruxclas, pelo Conselho de Cocperagao A duancira (Organizacio Mundial das Alfindeaas —OMA) na sua Sesso Plenéria de 14 de Junho de 1983, bem como ao respective Protocolo de Alteracao, adoptado em Bruxelas, pela mesma Organizagto, em 24 de Junho de 1986, ‘Tedo em conta que a Pauta Aduaneira dos Direitos de Importagao e Exportagio actuslmente em vigor na Repiiblica de Angola, aprovada pelo Decreto Lexislativo Presidencial n? 10/13, de 22 de Novembro, Rectificado pelo n° 1/14, de 30 de Janeiro, elaborado com base na versio de 2012 da ‘Nomenclatura do Sistema Harmonizado (SH) de Designacao e Codificagao das Mercadorias e agora existe uma nova versio 2588 DIARIO DA REPUBLICA dda Nomenclatura do Sistema Fiamionizado, implementada em 2017, em fimgao da evolucao técnica ¢ das necessidades do comércio internacional; (0 Presidente da Repiblica decreta, no uso da autorizagao legislativa concedida pela Lei n? 22/17, de 11 de Dezembro, dos artigos 102°, don 1, 125°, 165.,n°1, alinea 0), 170° € 171° da Constituigao da Republica de Angola, o seguinte: ARTIGO 1° (Aprovaczo) E aprovada a Pauta Aduaneira dos Direitos de Importagio. © Exportacio, adiante designada por Pauta Aduaneira, que corresponde a versio de 2017 da Nomenclatura do Sistema Harmonizado de Desianagio ¢ Codificagao das Mercadorias, incluindo as Instrugdes Preliminares da Panta (IPP), as Reeras Gerais para a Interpretagao do Sistema Harmonizado (SH), os Quadros Anexos as IPP, o Esquema Geral do Texto da Panta Aduaneira ¢ 0 Texto da Pauta Aduaneira, anexos a0 presente Decreto Legislativo Presidencial ¢ que dele ¢ parte integrante ARTIGO 2° (Nemendtatura do Sistem Harmontado) 1. ANomenclatura do Sistema Harmonizado, daqui em diante designada de forma abreviada por SH, deve ter um cédigo numérico de 6 digitos, enquanto bloco desazresivel, correspondenvlo os 2 primeiros digitos ao Capitulo, oterceiro © quarto digitos a posigio € os 2 ultimos digitos (quinto € sexto) a subposigdo de 1 ou 2 travessies, 2. Enquanto bloco-base, nao desagregavel, os 2 ultimos diaitos (quinto e sexto) adoptam a expresso «OO». 3. Com vista a satisfazer necessidades de natureza pautal, hnomeadamente, a necessidade de diferenciagao de algumas mercadoriasj prosuzidas no Pais eoutras que, como desenvol= vimento econémico, possam brevemente vir a ser procinzidas, © a necessidade da A dministragao Geral Tributaria (AGT) adoptar formulas na prevengiio de figa no fisco, s80 introdi- Zidos desdobramentos pautais, a nivel das subposigdes, com um c6digo numézico constituido por 8 (oito) disitos. ARTIGO 8° (nterpretacio do Sistema Harmonizado) A interpretapio do SH deve ser feita de acordo com as Rearas Gerais para a Interpretagzo do SistentaHarmonizado, com as Notas as Seceoes € aos Capitulos e com as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado ARTIGO 4 (Regaamventae complementary 1. Compete ao Ministro das Finengas provar, por Decteto Excculivo, a inrodugio, no texto da Pauta Aduancira, das actualizagoes que eventualmente ocorrerean na Convencio sobre o Sistema Harmenizado de Designagao e Codificagso das Mercadorias, de quaisquer alteragoes Nomenclatura do $1 aprovadas pela Orgamizagio Mundial das Alfandezas (OMA), bern como de quaisquer alterages que se revelem nnecessirias a nivel nacional 2. Exceptuam-se do disposto no nimero anterior, as actual 2zagdes ealteragdes que contendam com a defnigao do sistema fiscal ea criagio de impostos, bem como como regime geral das taxas ¢ demais contribuigdes financeitas a favor das enti dades piiblicas. ARTIGOS* (Alteraces¢actuaiase) ‘Todas as actualizagdes e alteragGes que de fururo vierem 1 ser introduzidas no texto da Pauta Adhaneira devem set consideradas como fazendo parte dela e inseridas no lugar préprio, quer seja por meio de substituigaio do texto alterado, ‘quer pela supressio do testo init ou pelo adicionamento do que for necessirio. ARTIGO 6: (Ateibigoese competéncia da Administragio Geral T tin) 1. Sem prejuizo de outras atribuigdes © competéncias que legalmente the possam ser conferidas, compete 8 AGT: 4a) Promover a publicagio, junto das entidades compe tcates, da verso tinica, em Lingua Portuguesa, do Sistema Harmonizado e tomar todas as medidas necessérias a0 efectivo cumprimento das altera- ¢8es de que, eventualmente, venhia a ser objecto: ») Emir e publicar intnutivos e circulares, eontendo as nouns, instrugdes e procedinentos que tenhiam sido aprovados, bem como as directivas e decisbes do Comité do Sistema Harmenizado da Organiza- 80 Mundial das Alfindewas que sejamnecessivias para permitir uma correcta classificagaio pautal das mercadorias; ©) Prevenit, combatese reprimira pratica de fraude na exportagio de divisas, de comércio internacional no autorizado e de trifico iliito de substancins estupefacientes ou psicatropicas, armas, objectos de ate, antignidades e outrasmercadorias proibi- das ou sujetas a restrigdes; Tendo em conta a orientagao, os padres, as instrugses eas recomendagdesestabelecidas nas convengaes internacionais relativas a questoes aduaneiras de «que o Pais seja Parte, desenvolver, no ambito da reforma fiscal eaduancira actualmente em curso, procedimentos que facilitem o desenvolvimento do comeércio e que leven os operadores econémicos 20 cumprimento voluntério das suas obrigagoes fiscais e aduaneiras, 2. Asmionmas, instru¢bes eprocedimentos sobre questoes relacionadas coma Pauta Aduancira, que tenham sido aprova- «dos em conformidade com a lexislagao vigente, a directivas € decisdes tomndas pelo Comité do Sistema Harmonizado, vin- cculam, desde a data da sua publicagio, todos os importadores « exportadores de mercadorias idnticas ou de mereadorias similares 3. Devem ser publicadas no Boletim Informative ou na Revista Tributaria da AGT ¢ em outros meios informativos: 4) As instrug6es procedimentos aprovaclos pela AGT; I SERIE -N¢ 65 —DE 9 DE MAIO DE 2018 2589 b) As directivas e decisoes tomadas pelo Comité do Sistema Harmonizado, quesejam relevantes para a intespretagio da Pauta Aduaneira ¢ do Sistema “Harmonizedo para a classficagao de mercadorias, ©) Uma lista actualizada dos elementos referidos nas alineas precedentes. ARTIGO 7° iterendos) Os diferendos que, a respeito do texto do Sistema Hammonizado em Lingua Postuguesa, sua interpretagio,inte- srago ou aplicaco, surjam entre aAGT e tereeiros, incluindo, nnomeadamente, os operadores de comercio internacional, 340 resolvidos subsidiariamente combasenas versoes do Sistema Harmonizado rediaidas nas linguas oficiais da Convengio sobre o Sistema Famonizado de Designagio € Codificacao das Mercadorias, ou seja, em Lingua Inglesa ou em Lingua Francesa ARTIGO 8° (Divergéncas de interpretacio) 1. Qualquer Itigio entre a AGT ¢ as administragoes aduane’- ras de outros Estados, respetante a interpretagao, itegragio ou aplicagao do Sistema Harmonizado de Designaso¢ Codificagao de Mercadorias deve, na medida do possivel, ser resolvido através de negociagao entre os cavolvides. Qualqueritaio que no sejaresolvido através de negocia- Ges, deve ser submetido ao Comité do Sistema Harmionizado, aguardando-se que este o aprecie ¢ clabore recomendagocs para a sua resolucio. 3. Se 0 Comite do Sistema Harmonizado se revelar inca- paz de resolver o litigio, deve a AGT aguardar que 0 Comité submeta o diferendo a Organizagao Mundial das Alfindeaas e que esta elabore as necessirias recomendagées. 4. AAGT pode concordar previamente com a outra parte litigante em aceitar 0 carécter vinculativo das recomenda- es do Comite do Sistema Harmonizado ot da Organizagao Mundial das Aifandeaas. __ARTIGNS* (Bmmbito do tmposto de Consumo) 1. A Pauta Aduaneira dos Direitos de Importagao © Exportagio facilita a operacionalizagao da cobranga do imposto de Consimo na imp ortago, 2. Aosbens produzidos em tertério nacional e aos impor- talos aplicam-se as taxas do Imposto de Consumo previstas na coluna 6 do Texto da Pauta Aduaneira ARTIGO 10° (Beuetcos Fiseais Adware) 1 Sem prejuizo do disposto no Cédigo Aduaneiro, a Pauta Aduaneira dos Direites de Importagto ¢ Exportagao enumera os casos € as condigdes em que certas mercadorias podem Leneficiar de isengao total ou parcial de direitos e demais mposigdes aduaneiras 2. 0 direito 4 concessao de iseng6es aduaneiras € apenas reconhecido as mercadorias e/ou as pessoas expressamente indicadas na Pauta Aduaneita dos Direitos de Importagao & Exportagio, desde que sejam observadas as formalidades legalmente preser ARTIGO 11 (tedidas de salvaguarda © achmpin) 1, © Ministro das Finangas pode, mediante Decreto Executivo e por solicitagao do Ministro do Comércio ou do Ministro da Indstria «@ Aplicar medidas de salvaguarda a uma determinada ‘mercadoria se tiver sido determinado que essa mercadoria esta a ser immportada para o tenitorio nacional em quantidades de tal modo clevadas, em termos absoltos, ou em relagio A prodigéo nacional, eemitais condigdes que cause ou ameace causar um prejizo grave ao ramo de produgio nacional de produtos identicos, similares ou direc tamente concorrentes ») Aplicar as medidas que sejam necessirias para repri- ‘mir, neutralizar ou imp edira pratica de chimping, emrelacdo amercadorias importadas, sempre que tal pratica possa provocar ou provoque prejuizos importantes para produgses nacionais ot 0 atraso considerdvel na instalacao de um novo ramo de produgono Pais; ©) Bxiit, nas importagbes de detenminadas mercado- rias, a prestagio de uma garantia razodvel, sob a forma de depésito em dinheiro, titulos emitidos ou garantidos pelo Estado ou mediante garantia bancéria ou seguro-caugao, nos tenmos que vierem 1 ser definidos pelo Ministro das Finangas, para assesurar 0 pagamiento de direitos cntidunpines cu de direitos compensadores que veniam even- ‘talmente a ser instituidos, enquanto se aguarda 3 verificago defnitiva dos facto, em todos 0s casos em que se suspeite da existencia de dumping ou de uma subvengio. 2. As medidas de salvaguarda sao aplicadas a um produto importado independentemente da sua proveniéncin, 3. Para efeitos da aplicagao das medidas de salvaguarda 4) Por «prejuizo sraver, entende-se uma desradacao geral consideravel da situago de um ramo de produgZo nacional, b) Por «ameaca de prejuizo graven, entende-se que est claramente iminente prejuizo grave, devendo a determinagao da existéncia de uma aneaga de prejuizo grave basear-se em factos ¢ no unica ‘mente em alegagées, conjecturas ou possibilida des remotas; ©) Aquando da dcterminagao da existéncia de um pre- juizo on de uma ameaga de prejuizo, por cramo de produciio nacional, entende-se 0 conjimto de produtores de produtos similares ou directamente coneorrentes ei actividade no Pais ou aqueles cuja producto cumulada de produtos similares ou directamente concorrentes constituem uma propor importante ca produgao nacional total esses produtos. 4. A medida de salvaguarda deve ser ap! pelo periogo de tempo necessério para prevenir ou reparar um prejuizo grave e facilitar 0 ajustamento, 5. Niio obstante 0 disposto no niimero anterior, neninama ‘medida de salvaguarda pode ser aplicada churante um periodo da name

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