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‘Terga-feira, 26 de Junho de 2018 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1 Série-N.° 92 Preco deste numero - Kz: 160,00 Tol # corsspondn quer Oca que NATUR T worn de ala Tha pba now Da relativa a mincio ¢ asimaturas do «Disrio Ano | da Republica 1* ¢ 2.* serie € de Kz: 75.00 ¢ para eee ee eereee taeamte | Antes saice Ke: 611 79950 ] a 3+ serie Kx: 95.00, nrescido do respctivo eee eae ata cae Pact woe | AL se xe: 36127000} imposto do seo, dependendo publiasto da covwinpresncinal gro = En llep: | 82" te Kx 16915000 | 3° see de depisito previo ele ma tes ingens Ad ie 2 130111.00 | sri da prensa Nacional =P SUMARIO Dade anccessidale de o Estado se dotar de instrumentos ¢ smeceismos complementares, para penn repatriamento de Assembleia Nacional recursos financeiros de origem ilicita e coloca-tos a0 servigo Lanois 4a economia nacional contribuindo assim para o desenvolvie Apron Lei do Repatriomsento de RessosFinanciros, te eabelece cos termos es condgbes de repuriamento dos recursos financeiros eniciados no exerer do Pais, 08 efitos dios de nateeza Fs cal, cambialou criminal do reptriamento valntrio des refeidos reetrssfinaecios eo regime sanconateio do repariamento coe civ dos recursos ile tox matidos no exter do Pas. Leia’ 1048: Aprova a Lei do lnvestimento Privado, que extahclece os princpics © ar bases garas do investimesto privado na Repiblica de Angola, fica os beneficios ¢ a facidades que o Estado Angolano cancede ‘0s investdorsprivados ¢ os erérios de acesso aos meses, em como etalece os direitos os vere eas gratis dos mvestdo res privados. — Revoga toda legisla que cntrarie odisposto rnapresente Le, nomeadamente Lain 14/18, de 11 dest, do Investimente Priva, Resolusto n* 2018: Aprovaa substituigaedeiniva por mrte de Deputade Almerindo aka Jamba, 1°24 da lita de efectivas do Cirenla Nacional eo pret chimento da Yaga ceomida pela Deputadasubstimta Maria Luisa de Ande, n° 37 da lista de efetives do Cieulo Naion: evento w riesma ntegrar a" Comissto de Sade, Eéeagto, Ensino Superie, Ciencia e Teenologia © © Grupe Nacional de Acompanhemento a6 Pirlaento dox Ptses Europes ACP/EU. ASSEMBLEIA NACIONAL Lain 918. 44e 26 de Jano Havendonecessidade de se aprovar um regime que oriente € incentive o repatriamento voluntirio de recursos financeiros domi iados no exterior do Pai por cidadios nacienais resi dentes e empresas com sede no territério nacional: mento do Pais e para obem-estar das populagdes. A. Assembleia Nacional aprova, por mandato de Povo, nos termos das disposi¢es combinadas da alineab) do artigo 161." ‘eda alinea d) don? do artigo 166°, ambos da Constituigao dda Repiblica de Angola, a seguinte: LEI DE REPATRIAMENTO DE RECURSOS FINANCEIROS cAPITULOT Disposicdes Gerais AKriGo 1° Object) A presente Lei tempor objectoo estabelecimento dos ter mos ¢ das condigdes de repatriamento dos recursos financeiras {domiciliados no exterior do Pais os efeitos juridicos de matu- reza fiscal cambal ou criminal do repatriamento voluntirio os referidos recursos financeires ¢ o regime sancionatorio do repatsiamento coercivo dos recursos ilicitos mantidos no ‘exterior do Pais _ ARTIGO2* (Gobito sj 1A presente Lei é aplicavel ax pessoas singularesresiden- tes macionais eas pessoas colectivas com sede, ou domnicitio no teritério nacional e que sejam titulares de recursos finan- ceiros domicilindos no exterior do Pak. 2.0 disposto na presente Lei nto é aplicavel as pessoas singulares residentes nacionais que @ data anterior a entrada «em vigor da presente Lei, tenham sido condenadas judicial- ‘mente ou que estejam na condi de indiciadas em inquerito 0) 3478 DIARIO DA REPUBLICA 2, Devem ser assegurados mecanismos céleres € efica- zes de intercimbio de informagdes judiciais e financeiras, atraves da celebragao de acordos bilaterais ou multilate= rais com paises terceitos que se julgarem convenientes para o efeito. CAPITULOIV Depésitos Bancérios ARTIGO 16° (nldade monetsrta) Para efeitos do dispostona presente Lei, os recursos finan- ceiros repatriados conservam, a unidade monetiria de origem. ARTIGO 17° (Regime de movimentaeno) (Os montantes que forem afectados ts contas de depésitos bancitrios em moeda estrangeira, resultantes do repatriamento derecursos financeiros podem ser movimentades nos termes da Lei n° 5/97, de 27 de Junho — Lei Cambial e normas on. ‘regulamentos complementares aplicaveis. CAPITULO V Disposicdes Finais e Transitorias ARTIGO 18" (egulamentagaoy Compete 20 Titular do Poder Executivo definir 0s prin- cipios reaulamentares ¢ os procedimentos necessirios 4 boa cexecugio da presente Lei ARTIGO 19° arquivo) As pessoas singulares residentes nacionais ¢ as pessoas colectivas que repatriarem os scus fimdos ao abrigo do Capitulo TI da presente Lei devem manter em arquivo, por ‘um petiodo de 10 anos, eépias dos documentos eomprovati- vos dos referidos repatriamentos ARTIGO 20° (vidas ees) As duividas ¢ as omissbes resultantes da interpretagto € da aplicagao da presente Lei silo resolvidas pela Assembleia, Nacional ARTIGO 21° (Entrada em vigor) A presente Lei entra em vigor i data da sua publicagao. ‘Vista © aprovada pela Assernbleia Nacional, em Luanda, aos 17 de Maio de 2018. (O Presidente da Assemblcia Nacional, Fernendo da Pedecle Dias dos Santos. Promulgada, aos 13 de Junho de 2018. Publique-se. © Presidente da Repuiblica, JoXo Master Gongarves Louresco, Lene 1018 de 26 Joho A diversificagao da economia nacional ¢ o consequente crescimento e especializaglo da produgio, a0 ceo de produgo intema e das exportagies, requer vohumes adequados de investimento privado nacional ¢ estrangeiro, ‘enquanto motor da actividade produtiva, cabendo ao Estado ‘o papel de agente promotor ¢ reaulador do desenvolvimento ceconémico e social Havendo necessidade de se proceder a ajustamentos a0 ‘quadro legal e institucional vigente para que se tome mais célere, facilitado € seguro o proceso de promogao, captagao c exccuglo de investments A Assambleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos do n.° 2 do artigo 165.° e da alinea d) don.° 2 do artigo 166.°, ambos da Constituicao da Republica de Angola, aseguinte ivel do mer- iwados na economia nacional LEI DO INVESTIMENTO PRIVADO CAPITULO I Disposices Gerais ARTIGO 1 (Object) A presente Lei estabelece os prineipios e as bases gerais do investimento privado na Repiblica de Angola, fixa os bene- ficios e as facilidades que o Bstado Angolano concede aos nvestidores privados ¢ os critérios de acesso aos mesos, bem como estabelece o¢ direitos, os deveres ¢ as garantias dos investidores privados. ARTIGO2" mbicoy L.A presente Lei aplica-se a investimentos privades de ‘qualquer valor, sejam eles realizados por investidores inter- ‘nos ou por investidores extemos, 2. A presente Lei nio ¢ aplicavel aos investimentos rea- lizados por sociedades de dorninio puiblieo em que o Estado, detém a totalidade ou a maicria do capital 3. A presente Lei aifo se aplica, ainda, aqueles sectores: de actividad cujo regime de investimento ¢ regulado por lei especial ARTIGO 3° @enatcoes) Para efeitos da presente Lei, considera-se: 4) «Aumento do Investimenton, operagao de aporte de recursos adicionais em relagio ao investimento inicialmente declarado, registado erealizado, com vista aumentar a sti eseala; b) «Beneficios, beneficios fiscais € aduaneiros que iamplicam uma redugo on isengo data do tibuto; I SERIE N° 92 ~DE 26 DE JUNHO DE 2018 3479 ©) «hmestimento Privadoy, wilizagao de recursos por ‘empresas de direito privado, nacionsis ou estran- ‘aciras, mediante alocagao de capital tecnologia € conhecimento, bens de equipamentos ¢ outros, destinadas a manutengiio or ao aumento do stock de capital: @ cchwestimento Interna», realizagio de projecto de investimento por via dautilizagio de copitaistti- Jados por residentes cambinis, podendo estes, para além de meios monetirios, doptar, aualmente, a forma de teenologia e conhecimento out bens de equipamentos ¢ outos, através de financiamentos, ainda que contratados no exterior; ©) «hnvestimento Externoy, realizagio de projectos dcinvestimento por via de uilizagao de capitais titulados por nao residentes cambiais, podendo estes, para além de meios monetirios, adoptar, igualmente, aforma de teenologia ¢ conhecimento ou de bens de equipamentos ¢ outros: P «dinestinento Directon, todo o investinento privado, intemo ou externo, que consista na utilizagto no territério nacional de capital, tecnologia € conhecimento, bens de equipamento e outros em rojectos econsmicos ou na utilizagto de funds destinados 4 criagtio de novas empresas, azrups- mentos de empresas, nacionais ou estrangciras, ‘bein como & aquisicao total ou parcial de empre- sas de direto angolano ja existentes, com vista a ctiago ou continuagao de determinads actividade econmica eparticipacao directa na sua gestao, de acardo com o respectivo objecto social; 8) «dimestimento Indirecton, todo 0 investimento, intemo ou externo, realizado por empresas de dieito privado que, no constituindo investimento ditecto, compreenda isolada ou cumutativamente, movimentagio de capital ¢ cutros instrumentos financeiros,tais como aquisigfo de acgbes, titu- los de divida piblica, empréstimos, suprimentos, prestagses suplementar de capital, teenologia patenteads, processos témicos, sezredos e modelos industriais,franquias, marcas registadas c outras formas de acesso asta utilizacio em regime, seja de exclusividade, seja de licenciamento restrito por zonas geoaraficas ou dominios da actividade industrial e ou comercial, dentre outros; ‘n cdrmestinento Mesto», todo 0 investiento que intexra ‘operagoes de investimento intemo e operagoes de investimento extemo; 1 cdmestidor Inferno», qualquer pessoa, singular ou. colectiva, residente cambial, que realize investi mento, nos termos da alinea d) do presente artigo; D «westidor Esterno», qualquer pessoa, singular ou colectiva, nao residente cambial querealize mves- timento nos termos da alinea e) do presente atigo; KuuReimestimenton, aplicagio en tecvitério nacio- nal da totalidade ou de parte dos tucros gerados pelo investimento intemo ou externa devendo © mesmo obedecer as regras a que esta sujeito 0 investimento inicial; D «Sociedade-Feiculon, sociedade por via da qual € implementado o Projecto de Investimento Privado, CAPITULO Principios do Investimento Privado ARTIGO 4° @ineias gern) A politica de investimento privado ede atribuigao de bene- ficios e failidades obedece aos sewuintes principios aera 4a) Respeito pelos principios ¢ objectives da politica econdunica nacional; ) Respeito pela propriedade privada e demas di tos reas; ©) Respeito pelas regras da economia de mercado, na ‘base dos valores e prineipios das concorrénci, da ‘moralidadee da eica entre os agentes econdmicos, ‘ Respeito pela livre iniiativa econémica e empresa rial, excepto para as éreas defnidas como sendo de reserva do Estado pela Constituigdo e pela lei ©) Garantias de sexurangae protecgao do investment, P Garantia da livre circulagao de bens e de captais, nos terms € limites lesa; 8) Respeito pelos acordos e tratadosbilateraisemulti- Interais sobre a maria de que o Estado seja pate ARTIGO 5° plo da conformacao paiticae egal) rin A ealizacao do investimento privado de acordo com o pre- visto na presente Lei, independentemente da forma de que se revista, deve contribuir para o ctescimento e desenvolvimento ‘econémico ¢ social, ¢ conformar-se com as disposigoes da pre- sente Lei, sua regulamentagao ¢ demais leaislagao aplicavel CAPITULO II ‘Modalidades e Operacoes de Investimento ARTIGO 6" (odaidades do investimentoprivado) 0 investimento privado pode ser intemo, externo ou mist. ARTIGO 7° (Operacoes de incestimento interno) 1. Nos tamos e para efeitos da presente Lei consideram-se ‘operagSes de investimento intemo, entre outras as seguintes «@) Utilizagao de meios de pagamento disponiveis em territério nacional; ) Aquisigao de tecnologia e conhecimento; ) Aquisigio de maquinas e equipamentos, 3480 DIARIO DA REPUBLICA oh Conversito de créitos decorrentes de qualquer tipo de contrato, €) Aquisigto de participagoes sociais em sociedades comerciais de dreito angolano jd existentes; A Aplicagio de recursos financeiros resultantes de ‘mpréstimos, incluindo os que tenham sido obti- dos no exterior, 19) Criagao de novas sociedades comerciais, fh) Celebragio e alteragio de contratos de cons6rcios, associagao em participasto, joint venture, asso- ciagio de terceros a partes ota quotas de capital € qualquer outra forma de contrato de associagio pemiitida, ainda que nao prevista na lexislagio comercial em vigor: ) Tomada etal on parcial de estabelecimentos come ciais ¢ industiis, por aquisi¢to de actives ou através de contratos de cessio de exploragao; i) Aquisigao ou cessto de exploragao de estabeleci- -mentos comerciais ou industriais; Exploracio de complexos imobiliarios,turisticos, ‘ou no, independentemente da nafureza juridica que assumam, Fi Celebragio de contratos de arrendamento de terras, para finsagricolas ¢ cedéncia dos direitos de terra; 1m) Cedencia de teenolosias patenteadas e de mareas registadas,cuja remuneragao se limite a distribu io de lueros resultantes das actividades em que tais teenologias ou marcas tenham sido aplicadas; 1) Realizagao de prestagdes suplementares de capital, adiantamento dos sécios ¢, em geral, os emprés- timos ligados participago nos hucros; 0) Aquisigfo de bens iméveis situados em teritério nacional, quando essa aquisigao se integre em projectos de investimento privado. 2. Para projectos exclusivamente destinados 4 exporta- $0, sa0 consideradas operagoes de investimento intemo, a captagao de recursos alheios no exterior do Pais, por tidores internos, desde que 0 reembolso do servigo da divida seja garantido pelas receitas de exportagao, 3. Nao sto consideradas operagdes de investimento intemo, aquelas que consistam no aluguer ou fretamento de automé- veis, embarcagdes, aeronaves e outros meios susceptivels de faluguer ou fretamento, leasing ou qualquer outra forma de ‘uso temporirio no teritério nacional ARTIGO 8° (Farmas de reatzagao do investnento interno) © investimento privado intemo pode ser realizado, isolada ou cumulativamente, pelas seguintes formas: 4) Alocagao de finds préprios, b) Aplicagao de disponibilidades existentes em con- ‘as bancérias constiniidas no Pais, titladas por residentes cambiais, ainda que resultantes de financiamentos obtidos no exterior: ©) Allocagio de maquinas, equipamentos, aeessérios & ctros meios fixos corp6teos, @) Incorporagao de créditos ¢ outras disponibilidades do investidor privado, susceptiveis de serem apli- cados como investimentos, ©) Incerporagao de tecnologias € conhecimento sus- ceptiveis de avaliagtio pecuniaria; P/Aplicagzo, em territerio nacional, de fndos no ambito do reinvestimento, ARTIGO9* (Operacées de investment extern) 1. Consideram-se operagies de investimento extero as realizadas por no residentes cambiais com recursos prove niientes do exterior, nomeadamente @) Introdugo no teritério nacional de moeda livre ‘mente convertivel; )Introdugto de tecnologia e conhecimento, desde que representem uma mais-valia a0 investimento © sejam susceptiveis le avaliacio pecunidria, ©) Introducao de maquinas, equipamentos ¢ outros ‘neios fixos corporeos, @) Conversao de crédltos decorrentes da execugao de contratos de fomnecimento de maquinas, equipa- ‘mentos € mercadorias, desde que, comprovada- ‘mente, seam passiveis de pagamentos ao exterior; ©) Aquisigao de participagdes em sociedades de dircito anigolano existentes, LP Cringio de novas sociedades; 1g) Celebracio e alteragio de contratos de consércios, associagdes em patticipacao ¢ outras formas de cooperagao empresarial permitidas no comércio femacional, anda queniio previstas na legiska- 0 comercial em vigor, Wy Aquisicao de estabelecimentos comerciais ou industriais; 8 Celebragio de contratos de anrendamento ou explo- raglo de terras para fins agricolas, pecuérios e silvicotas, J) Exploragao de complexos imobilidrios, tursticos ott ndo, independentemente da natureza juridiea que assumam,; b Realizagio de prestages suplementares de capital, adiantamentos os sécios e, am geral, exmpréstimos ligados a participagao nos Iusros; 1) Aquisigao de bens iméveis situados em territorio nacional, quando essa aquisigéo se intesre em projectos de investimento privado; ‘m) Criagao de flias, sucursais ou de outras formas de representagio social de empresas estrangeiras. 2. Para projectos exclusivamente destinados a exporta- ‘0, s30 consideradas operagdes de investimento extemo, a captagio de recursos alheios no exterior do Pais, por inves ores exteros, desde que 0 reembolso do servigo da divida seja garantido pelas receitas de exportacao I SERIE N° 92 ~DE 26 DE JUNHO DE 2018 ‘MBI 3. Nao sto consideradas como operagves de investimento extemo, aquelas que consistam no aluguer ou fietamento de automéveis, embarcagdes, aeronaves €cntros meios suscep- tiveis de aluguer ou fietamento, leasing ou qualquer outra forma de uso temporatio no tertitério nacional. 4. Nilo obstante 0 disposto no mimero anterior, as ape ragGes nee referidas podem ser consideradas operagdes de investimento extemo, desde que, pela sua grande relevincia econémica ou importancia estratéica, 0 Titular do Poder Executivo expressa e, casnisticamente, entenda concesder- -lhes tal estatuto ARTIGO 10° (Porinas de realizado ivestinentoexterno) 1.0 investimento extemo pode ser realizado, isolada ou cumlativamente, pelas segnintes formas: 4a) Transferencia de fandos proprios do extericr; b) Aplicagiio de dispenibitidades em moeda nacional € extema, em contas bancérias constituidas em Angola por nio residentes cambiais, suscepti- veis de repatriamento, nos termos da levislaco cambial aplicavel ©) Aplicagao, em territério nacional, de fundos no mbito de reinvestimento; ‘@ Transferencia de maquinas, equipamentos, acessérios «€ outros meios fixos corpércos, «) Incorporagio de teenologias ¢ conhecis 2. As formas emmneiadas nas alineas d) e e) do nimero anterior devem ser sempre complementadas com a transfe- réneia de findos do exterior, designadamente, para custear despesas de constituicdo, instalacdo ¢ despesas correntes. ARTIGO 11° (Suprimentos para gperagoes de nto, westimento extern) (Os suprimentos dos accionistas ou s6cios realizados para fins de investimento extemo, no posdem ser de valor superior 1 30% do valor do investimento realizado pela sociedade cons- tituida, sendo apenas reembolsaveis passados 3 (trés) anos a ccontar da data de rezisto nas contas da sociedade, ARTIGO 12° nite doinestinento Sempre que o investidor intemo ou externo pretender rea lizar operagdes qualficadas como investimento indirecto, nos ‘termos da presente Lei, estas no devem exceder o valor cor- respondente a 50% do valor total do investimento, recto) CAPITULO IV Direitos, Deveres ¢ Garantias do Investidor Privado, ARTIGO 13° (Estatato das sociedades) As sociedades constituidas de acordo com a lei angolana, nda que com captais provenientes do exterior so, para todos os efeitos legais, sociedades de direito angolano, sendo-thes aplicavel a legislagao angolana vigente. ARTIGO Me (Garunta de iccitn) 1. 0 Btado respeitae protege o dircito de propriedade dos investidores privados sobre os bens dos seus empreendimentos, nomeadamente o direito de deles dispor livremente, nos ter ‘mos da lei, sem perturbagao de terceiros, inclusive do Estado. 2 Os beasreferidos no mimero anterior s6 podem serrequi- sitados on expropriados nos estritos termos da Constituico eda lei 3. Se os bens referidos no n? 2 forem requisitados ou ‘expropriados, por razées de utilidade ptiblica, nos termos {do nimero anterior, o Estado assegura o pagamento de uma {usta ¢pronta indeminizago, nos termos da Consitmigao € da Tei, eujo valor € determinado de acordo com a lei angolana, 4. 0 Estado respeita e protege o siglo profissional, banci- io © comercial dos investidores privados, nos termos da le. ARTIGO 15° (Garanias jurisdiionals) 1.0 Bstado Angolano garante a todos os investidores pri- ‘ads 0 acesso aos tribunais angolanos para a defesa dos seus nteresses, sendo-lhes assegurado o devido processo leaal, proteceto e seanranga, 2. No ambito da presente Lei, os conflitos que eventual- mente strgirem relativos a direitos dispaniveis podem set resolvidos através dos métodos altemativos de resolucao de confltos, designadamente, a negociagto, a mediagao, a conciliagao € 4 abitragem, desde que por lei especial nto cstejam exclusivamente submetidos a tribunal judicial ou 8 arbitragem necessiria, ARTIGO 16° (Outrasgarantis) 1. B garantido o direito de propriedade intelectual, nos termos da lei 2. 0 Estado respeita e protege os direitos de posse, uso € fruigao da terra, bem como sobre outros recursos dominiais, nos termos da lesislagaio em vigor 3. Eproibida a interferénein publica na gestio das empre- sas privadas, excepto nos casos previstos na lei, 4. B proibido o cancelamento de licengas ou atorizagdes sem o competente processo administrativo ou judicial 5. Os investidores privados témo direito de impertar bens do exterior, para execugdo dos seus projectos, ¢ de exportar bbens, por si procizidas ou nio, sem prejtizo das rearas de proteceio do mercado intemo, estabelecidas por le. 6. 0 exercicio da actividade de importagao e exportagao, referido no niimero anterior, requer a obtengio das devidas licengas, junto das autoridades angolanas competentes, ARTIGO 17° Deveresxerabs) 0s investidores privados deve respeitar n Constituigao, ‘a presente Lei e demais legislagio aplicével na Reptiblica de Angola, ¢em especial abster-se de directa ou indirectamente, por si ou através de terceiros, pratcar actos que se traduzem ‘em ingeréncia nos assuntos intemos do Estado Angolano. 3482, DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 18° (Deveres especiicos) © investidor privado €, em especial, obrigado a ‘@) Observar os prazos fixados para a importagio de capilais ¢ para a implementagao do projecto de investimento, de acordo cam os compremissos assumiidos; ) Pagar os impostos, taxas € todas as demais contii- buigdes legalmente devidas, «) Constituir fundos e reservas e fazer provisdes nos termos da legislagio em vigor, @ Aplicar o plano de contas e asrearas de contabilidade estabelecidas por lei, @) Respeitar as normas relativas a defesa do meio ambiente, nos termos da legislaga0 em vigor f Respeitar as normas relativas a higiene, proteca0 e seaurama no trabalho contra doengas profissio- nais, acidentes de trabalho e outras eventualidades previstas na legislagao laboral; 8) Contratar e manter actualizados os Seguros Contra Aci- dentes e Doeneas Profissionsis dos trabalhadores; /h) Contratar emanter actualizados os Seguros deRes- ponsabilidades de Civil por Danos a Terceitos ou. a0 Meio Ambiente, ARTIGO 19: (CTranstorineia para o exert) 3s investidores extemos, apds a execugdo completa do Projecto de nvestimento Privado, devidamente camprovada elas autoridades competentes ¢, apés o pagamento dos tribu- tos devides ¢ da constituigao das reservas obrigatérias, tém direito a transferir pata o exterior: 4) Valores eorrespondentes aos dividendos; ) Valores correspondentes ao produto da liquidago dos seus empreendimentos: ) Valores correspondentes a indemnizaedes que the sejam devidas: @ Valores correspandentes a royalties ou a outros rendimentos de remuneragiio de investimentos indirectos, associados a cedénein de tecnologia, ARTIGO 2: ecurso vo ere) 1. Os investidores privados podem recorrer ao crédito emo e externo, nos termos da legislagso em vigor. 2. Os investidores externos e as sociedades detidas maio- ritariamente por estes s6 sao elegiveis ao crédito interme apés terem inplementado na sua plenitude os respectivos projec tos de investimento. CAPITULO V Beneficios Facilidades no Investidar ARTIGO 21 (@Princpioszersis) L. Os investidores abrangides pela presente Lei esto sujeitos 4 leaislagao em vigor na Reptblica de Angola, tem, os diteitos e os deveres e usufiniem dos beneficios e das faci- lidades nela previstos 2. Os beneficios conferidos ao abrigo da presente Lei sto aplicaveis, exclusivamente, as actividades inseridas na exe ‘gio do investimento privado rexistado, 3. As sociedades-veiculo do investimento privado, que ‘gazam de beneficios nos termos da presente Lei, devem apre- sentar declaragao fiscal referente ao investimento respective, separada das demais actividades econémicas que desenvolvem. 4. A atribuigdo de beneficios ¢ facilidades € automitica, desde que 0 investimento obedera aos critérios previstos na presente Lei 5. Eppemiitdo conceder beneficios relativos aos Impostos Industrial, de Sisa, Predial Urbano, Sobre a Aplicagao de Capitais, de Selo e outros da mesma natureza ou de natu- reza diferente, ARTIGO 22° (Objectivordaatibug io de beneficior facades) A concesstio dos beneficios previstos na presente Lei tem ‘em conta os seguintes objectives econémicos € sociais: 4) Incentivar 0 creseimento e a diversificagio da ) Proporcionar melhores oportunidades para o desen- vvolvimento das regides mais carenciadas, sobretudo zo intericr do Pais; ) Aumentar a capacidade proditiva nacional, com base 1a incorporagao de mzalérias-primas locais eelevar o valor acrescentado dos bens produzides no Pais, ) Fortalecer as empresas privadas nacionais através de parcerias com empresas estrangeiras, «@) Induzir a criagao de novos postos de trabalho para trabalhadores nacionais e elevar aqualificagiio da mfo-de-obra angolana; P Promover a transferéncia do conhecimento e da tecnologia, bem como aumentar a eficigucia © compelitividade prodativa; g) Promover o aumento ¢ a methoria das exportagies ereduzir as importagaes; |i) Promover o aumento das disponibilidades cambiais 0 equilibrio da balanga de pagamentos; #) Redinamizar o abastecimento eficiente e eficaz do mercado interne: D Reabilitar, espandir e modemizar as infra-estrutiras Uestinadas a actividade econdmica, ARTIGO 28° (Natureza dos benetiion Os beneficios podem ser de Natureza Tributétia ou de Natureza Finaneciva ARTIGO 2 (Benelicios de Natureza Tibutéria) ‘Sto beneficios de Natureza Tributiria, as dedugbes maté- ria colectivel, as amortizagdes ¢ reintesragves aceleradas, 0 crédito fiscal, a isengao € a redugio de taxes de impostos, contribuigdes e direitos de importagio, o deferimento no tempo de pagamento de impostos e cutras medidas de carac- ter exeepcional que beneficiem o investidor I SERIE N° 92 ~DE 26 DE JUNHO DE 2018 3483, ARTIGO 28° (GBeneficios de Natureza Finaneeira) ‘So beneficios de Natureza Financeira, o acesso.a0 crédito, através dos programas do Executive de apoio a economia, tais como 0 microcrédito, a bonificagao de juros, a garantia ptiblicae o capital derisco para a ablengao de financiamentes. ARTIGO 25 (Peatidadesy 1, Sao facilidades os actos de acesso simplificado ¢ prio ritirio aos servigos da administragao publica, nomeadamente, nna obtengao de licengas e autorizages, bem como no acesso expedite a bens piblicos, 2. O Estado garante aos investidores privados, por meio de servigos concentrados, com procedimentos expeditos € mplificados, os registos essenciais de natureza legal, fiscal e de seguranga social, bem como os registos eventuais relacio- tnados ao registo da propriedade intelectual, de bens méveis, de propriedades imobiliarias e outros. ARTIGO 27 (Factores de ineldéncta) (Os beneficios ¢ facilidades e80 atribuidos atendenda os seauintes factores; a) Sectores de actividade prioritirios, b) Zonas de desenvolvimento. ARTIGO 28° (Sectores de actividad priritvios) aa efeitos de stribuicao de beneficios previstos na presente Lei, sio considerados priottérios os seamentos de mercado em que se identifique potencial de substituigo de importa- es ou de foment e diversificagio da economia, incluindo exportagdes, inseridos nos seauintes sectores

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