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srrnonucho A avtRoHoLoan ncurses, homiidos,guoas, sua reguameatago segundo os norma soca, pla latrvengo de espcilisas que julgam as culpbidads, cst, obtm compensa pelos pejuins oa eparapo. A isistr no por fundamental, deixamos escapar a polti- ‘0 nivel métio, qe dizer, por exemplo, ao avel dos nove hereditros ov carismitcos, que tanto pero tm nt vida dos ‘Barwias da Nova Guing,etudados por M. Gots, Tam no se captaram os mecanismos do contolo social pexpéto, que os ‘nsbitntes de uma mesma comunidade exercem ns sobre 0s ‘outros, em sociedades muito longngusmente policiadss pelo Estado moderne [Naa ft dito sob 0s processs de plitzago aps as inde- pndéncist,nem sobre as diaduss,golpes de Estado militares, tentativas de democratiaagio, nem tore a expresso dos eal ‘mos éiicos ou outros, nem’ das relagdes ete governantes © ‘opinio pabliea, através, por exemplo, dos media, nem do desen- volvimento da desigualdades e das classes (burguesia de fun ciontios © burguesia de negécios,eukivadores, opie.) fem sobre a expreso ideoldgica dos diverioe socialise sficanos, nem sobre o impact veal do poder exatal modern rel local. O campo de estado conta ase ienso, Ao per como, apercebernos-emos da pertingncia da atitude de 6. Bulandicr: tal como a cigncia politica ecidental ilumina os mecenismos esatis no Terceiro Mundo, inversamente. a por- ‘gem pelo Tececo Mundo verfica-se ser de enorme proveto para melhor compreenso das soiedudes oxen, 6 ANTROPOLOGIA RELIGIOSA Inirodugo Wistrice ‘Quando, na segunda metade do séelo XIX, se constitu a snwopologa religioss, ela acumalou os flsos problemas que tectaram seu nascimento, De Tylor a Durkheim, jugsrse txplicar a complexidade dos fenémenosreligiosos elaborando Simultaneamente uma supostaorigem das religibes eum esque za ds evolugo. Tylor procurs ass levantar um quadro de senvolvimento dos aninlamos a partir da erenca no dice, fi a0 monotefemo, Discute-se a anterordade do monoteismo ‘ud poitesno al como 0 facto de saber sea emoqto precede ito ou 00 sog0e. ‘Durkeim ponsadescobrir a esstcia do religioso nas sss formas clemenlae, visto que cengas © os estio dominados ‘els elas de mana, totem e tabu, segregadas pela sociedade ‘ge fe sacraliza as propa. Ineressido nos deses da fai do thund csc, omitSlogo M. Muller supe que través da tira- nin da inguager, se tanita da observaso da Beleza dos espes- ticulos do Universo para a sua expresso por metifora, em ‘sequide para substancalzago destessimbolosem divides: ‘Apolo (Sol prsegue a aurora (Dane), que eseap transforman- ‘doe em loareiro (Dafne significa em grego, a0 mesmo tempo, sure louie). sTRODUGLO A asRaROLOOIA Enguanto Frazer estabelecepassagens obrigatérias da maga eligi e depois lgnia, Matus ope a enséncia da eligi 4 dda magia, e Freud, igualmente reduc, ve Deus conn & peo jogto ieaizada esublimad da imagem do ps, de acordo com ‘0 gar que oeupans familia dos diferentes tpos de sociedad, Embora Lévy-Bruhl tena erado na conceptalizagso de uma metalidade primitva, que opte 4 mentalidade losis, € Drecisoreconbecer que ele fi um dos melhores anaiss os f= tos religiosos nas sociedades dias araias, que neste clita do reflex iro desabrochar M, Griule e M. Loenhar, ambos stentos as concepgdes do’ mundo (afianas, primeire, ‘elanéits,o segundo), a modos de flex por smbolos€ Jeimra das cults locas, través dos mites, Adeus,seneses © ‘esséncias! Doravante, analsan-se ae liggSes e a8 conexbes! ‘Mais tarde, enquanto os diefpuos de M, Weber emiquece Sociologia das religies, R, Basie orienta urna parte das sue ‘Pesquisas para os culos sincréticos, C. Lévi-Strauss part at ‘mitologas, M. Guckman eV, Tumerpaa os it, I-A RELIGIAO F 0 SAGRADO: LIMITES DE UM DOMINIO 2) Defi de campo da entropologa regina ‘Coma part dean enol nbs, gee abarca Soon ries do sino agg, mas aes, a * tawpologi sion estado Rom const ¢ arp lar eins, na surest com ous ears tata ou ago, mat apenay ns igi ic mie sods, eando par scion elie tense da fie relies de lig, ano toms pr ates apo Sete em wrote poses oa mona ‘Siete bog de mars Spats cana on Son observ Levitt mis Sp ta ‘oo gue pos parses a de emer edeade ts ‘homem, do Universo e da transcendénci, nunciadas através de tuna simbolca redundant ‘Oseu campo estende-sea dominios tk varlados como adit -mentlidade peimiiva, a magi eo feitieisme, ae formas de rea: nizago religiosa. Vamos esquematizar ete campo, para melhor ( entendermos 1) a religido tem come objeco, por ums lao, a8 poténcias: Deus, géios, mana, antepassades, demenios..: por outro, of ambientes sagrados, eceptdores de foras: pede, frvore, gua, fogo, amas, ete; 2) 0 sujeito da religizo € 0 homer consagrado (ei, sacedot, santo, mgico.), mus am ‘bém a comunidade cutal (i, free, set, sociedade secrets), ‘bem como os elementos ditos esprit no homem (alma, <éplices, espiritos; 3) ab expresstes da experénci tligioss ‘io, 20 mesmo tempo, ideas (eengas, mos doutrins), pitas (culos, tos, estas, tos migios),socol6pess (pos de agar soclais no seio de uma orgenizapio religioa), taxinsmicas Cariveis segundo at drear cultura ¢ as formas de economia dominant: relipito do guerrio, do eomerciante, do sgricitr) « histtieas, visto que, através das épocas, se operam mutagdes a vid religiosa ‘Talvezconvenha ass também nos aspetosimagindros emocionas que C, Geertz acentua a dizer: "A religito€ um sis toma de simbolos que acta de forma a susctar nos homens modvagtesediposiebes podroras, profundas e dradoirae, for ‘mulando concepjes de ondem gent sobre a exisncia e dando estas concepdes uma tal apartacia de realidade, que estat rotivagbes e estat dsposigdes parcem apoiaese apenas na realidad.” ‘Sob o Angulo das suas rlagses com as sociedades,observe- 0 que arligigo depend drecameric dos quads socials que xprime (eligito do némada ow do cago), mas que modela também 2 esta socal, por jusifieagdes micas, soe ages de hierarguas iicties ov codificages de actividades (casament, xamanismo, rts é feneiro, poe exerp) ‘Sob odngulo das suas Fngdes pines, dremos que el !NTROOUC A aNTROFOLOGIS cxpliniva, medi em gu dag um saber empo nfl: oneal cde os pesupe vin ‘agua 0 Univer: wanguilvane na matin ot go fez ‘Tim el supe edocs nes aqua pela Ec pelsperana numa jig; iepratva a media em ue ctu fomo necatisno de eoneoo soc, gd como et ua ‘orl do wept edi sno, mar nbm pore ie una ‘comunhiso dos crentes. a ja 1») Rectifieaedo de preconceitos ‘A antopologa religioss, como citnis do fatos seis, ‘eclama uma atitude de dstanciago que nos imple a enunciar algumasproposigbesfundamentais para evant 0 preconecios salquiridos por uma foragao erst ou lose. * A distingio saprade-profano, quer diet, entre a relagto ds homens com uma tantcendénca e rlayao dog homens ‘entre els, € esta endo estvel. Varia no tempo no espa: ‘Sole Lua jf no sto para o homem modero manifestagdes o sara, camo o eram para antigo Egici, * Bo homem, eventualmentefundadr de uma religiio ~ ‘Moisés, Buda, Jesus, Maomé.. que faz prevlecer, aves de obrigapées ede intros, a instiacla supra por cle dfinids, ‘embors a proclame revelad, em relago 0 domo do pofano * A dualidade compo material inter nfo pasa de um pressuposto cristo, Mts religibs afiemim um tnulidSo ‘de componentesimateias da estos, sem mais justifiagies do que scontece no cristiano, 0 politesmo(crenga em dversos dees) et muito mis splhado ns histria da humanidade do que o maontefso, no 1 provas de que se stue quer na erigem, quer como etd te- rial das erengas. * Nip existe uma essncia da eligi (salvo sitematizagdes losis, als, contadiiis), mas, como mito bem i blinhava Maus, formas diversas de rligides no espapo & 10 ‘tempo que comportam sepresentagdcs (mito, cengas, dogmas), prdtcas (actos ¢ plavras), onganizagbes (grupos de ailing, hiecarguias de pops), mito derentes umas das outas *Earbitri, como observa M. Aug, pstula que o impos: soul preeise ao pessoal org 8 autoridade, magia reliito. "A plrabidae das eligies nfo atorza, de forma neahu- rma, que se considere uma delas como a nica verdadeirs, m0 pasando a outras de esbosos ou simularos,apesar du nossa tendéncia para ratarmos como mits e superntiges as crengas a que nds prio ago adeno. CConcordamos com Durkheim ao percebermos os discursos as eprasentages religiosas de uma soiedade como um pro- «dt seu, e coms elemesos que jusfcam as prétca,embora se ‘ete de peticasniciais que puderam gra jusificagses micas, ce -apesar de cerasreligices do Oriente mo pressuporem sres cspirtuas fora do mundo. Emborso dssursorligioso pretends abarcar taidade da expergncia humana da Naturea,lgando © material e 0 sbre- ‘maura, 2 imanéacia © a trnseendénca, a su itenggo fanda- nal & classifier, ordenar, hieraguzar (© que, no fundo, rrr de todo pensamento, mesmo nio relgis0), mas, além isso, enunciar noms pedagogias para consirur uma moral © ar ur sentido vida, sind que nada justique que eats sentido ‘sea fora do prprio home. 16/0 semtdy do sugrado Se definnos o facto religioso como transcendéscia(M. ads), ento cle remete para a expeiéacia de um poder ou de ‘ura cola da qual por esto ftima ne pode afar que trata da realdade dims (I. Wache), ou de "algo radialmente Aierente” (R Oto) ou, anda, da supemafliidade. Ba crea {que fabica o sagrado e que 0 detemna como revelagio. Ursa hieroania nfo 6 & manifesta do sagrado em s, mas a crenga no facto de que um Ser (pessoa, object) remete simbolicamente psa um significado eiereme, tendo uma consisténca ontoidgk ca, Bm resumo, uma experiénia interior consti-se, fants rTRaDUAO A avTRoRELOTA -magorcamente, em realidades exerioes Ela pensi-se produ da pela acgo exterior de uma entdade valonizad como sagrada pelo proprio homem. f sempre o homem quem decide sobre 0 investment, por uma potncia que ele considers superior num ser, um animal, num object, gue funciona como pintpio de ‘onjungo do profano do sagrado. facto deo sega apare- ‘cer como esruturalmente incorporido 8 conscincia do homo ‘eligiosus no permite infer a ua exiseia fora esta eon seigncia. No fundo, sro sagrado algo diferente da eeaga numa realdade tuperor que davia sentido & ordem do mundo, quand se ignocam os prinepios desta order? Datos sous ees de misteroso, inefivel, ating, ‘A cata forga misterios,fascinanee emivel que R. Otto ‘hama osagrado, os povesatiboem coatesdos dversos:géios, Deus, Augusto, valores metasics, freas superines titi: ‘das, O sagrado est além da noneaapoensioealén do nosso poder; €0 mito ou a sepurang fatima (o ue sgnifia a mesma ois) de uma totalidade que se responshilia por asuilo pelo ual eu nfo su responsive. Zuma frm de teorizar a impoten ia. Mas 0 campo do sagrado extavasa em muito o campo do ‘eligioso iasttucionalizado, na medida em que se enconta 20 coragio da religosidade, fora de to ligngzo« ume Telit mor sagrado da pri, lagossaprads do casameto,respeto, sagrad do pai pelos fos Isto significa que sagrato exravasa em muito o campo do reigioso, orto! insituconalizado, Pode ser sentido em eras litugias polices, tal como na magia ou nas "reigides pope lanes", sem compo gestr das creas ds prices, TI MAGIA, XAMANISMO E FEITICARIA 2) Magia ‘A magia defne-se geralmeme como operagio visio agir sobre « Natureza por meios ccultos, que pressupten a exsénca quer de espititos, quer de freas imanents e extaoedinéis Segundo a finalidade da operas, opdese 4 magia banca, de efeitos benéficos, tl como uma cura 08 0 éxito de om ‘empreendimento, 3 magia negra, qu faz interviresptitos maus pars emprocndimentos maléios, Tada a magia poe em acyio poderes extemos, manipulados atrvés de simboos (objects, Férmls, gests) visando medificaro curso dos acntecnsentos, ‘om uma finalidade aprovitvel ao agente, mas eventalmente ‘Prejudicial a outos. Marcel Mavss, nt soa Théorie de ta Magie (Teoria da ‘Magia} (190, confunde magi e etigaria (por vers, o limites ‘io impecisos, val Verda) Forgatambém a oposigo entre fenémenosreligisosefenémenos migicos. Esquemutcamente, ‘a religio tnde para a metflsice,enguanto a magia &esseacial ‘mente pitics. A primeira tem como nto caracterstico 0 sari clo, a segunda 0 muleficio, A primeira supe um intemedtio de poderes sobrenutumis cua utiliza & aceite; a segunda patece como violent e produ efeitos atomtcor, mas 6 con- siderada mais ou menos ica A primeira € esencialmente colectivae sic; a segunda, individual nos seus rtose even- ‘ualment anti-social, emboraassente em eengascolectvas, ‘A esas opeslgies tendeneitis corespondem na realidade mits imbrcapes entre maga eligi existem megias beng Ficus, comnts e toualmeate acts pelo sip. Enboraalgumas cigncias (astronomia dos magos medos © pests) € ténicas(metaurgia dos alquimists) tenham nascido ‘num contexto de erenga na magia, nl0 se pode dai dedze que & cléncia deriva da religizo ov da magia. Esta sia funciona, segundo J, Frazer, a parr das les de serethangae de contgio. ‘Aspergic a tera com gua para fazer esir 3 chva,releva da homeoputi. Fazer feito sobre alguém servindose da aparas as suas propeas unbasreleva do contigio. Para LAvi-Stais, ‘magieestuturase em volta de uma tripla crenga: um suporte ideolbgieo comunitro, ado paciente na efi d ito € ado smigico nas suas técnica nRODUCAO A AsTEOFOLOGIA b) Xamaniomo Entre as diversas formas de magia, especifica- habitual rente o xamanismo, O termo, colhio pelos etngrafs rssos ros Tunguzes ios, designa um conjunto de eeagas migicas de fenémenosextticos, obsevados entre 0s povos da Siberia © ‘de Asia cena, mas também no Tibet, entre os Exquimés, etre os Indios da Amica do Norte, nn Indoaésia © na Ocednia. ‘Seguado M. Eine, o xam¢ wr indviduoinspiradoesteit0 20 trans, caja alia efectaa Viagem asensional ao univers extx- humane ‘Seja qual for a forma de seleegio do xami (ransmissio bereditria, desiso pesoal,vontade do el), recoaecimento socal 6 € adguirdo ps Iniclapo de orem extiia (desida ritual os iferns, transes, de orem nica (conhetimento dos telitos, dos mitos, dss linguas)e de ordem asstica (jum, fads volta an selva, impresiso de desmembramento 60 ‘corpo. A personalidade do xamd singuarzase fequentemente ‘pr malformagies isicas ov por um comportameto neuopstico {Golido,vsdes, crite dehistersmo), mas a sua cura por restr reigdo initia, ae nfo 0 inegr toslmente na comunidad, pelo menos ert-the una aurGladeprestgio, pags as podes fobrenturais que the so reconbecidos. Entre os Bursts da Sibi, © xam reps até ao cimo do ‘wonco de uma bétla sara qu smboliza a su ascenso a ‘ans espts celests. através desta Viagem, procure capa, em ‘eneteio da comunidade,o poder do sgrado paca fos propica: trios, terapeitics, de iuminago ede esconjro. (9 Feitigaria "Na medi em gue consist no poder de pejuicar os otros através de uma acplo espsiual, a feitigaria distingue-re do ‘wuxedo produzido plo lingadar de sores, que viliza os ele- rentosmiseriais, Os Azandés do Sodio, estudados por Evans Pritchard, considesi-na ligada a uma stbstnciaencersda 00 compa de certo inividoos © que se herda de um pareste do mesmo sexo. Ninguém sabe se possul ova ests substnca, Ne medida em que so inconscientes das suas acgBes nocivas, 08 Teltceigos nfo so object de qualquer eprovagio moral, mas & feitigaria € uma fone importante de preocupasoes,sobrewdo (quand hi conto atents no seo de uma sociedad, ‘Condenada como acto ofensiv, maléfico parm o grupo social porque responabilizada pela doenga, morte, més colei- tas, facasso nos negcos..wagesso fetceira é supotamente tempreendida por um indviduo eu um grupo de indiviguos sus- pelos de devorar as elma (vampirism), de possur o dom 6a {pla visto, de crear denote, de poder desaparecer su Yon- {ade versio e ago “come dplice", de se metamorfosear, As ‘ras eitcireseat so evocedas em tras de fesim caibales- or apGe 0 assassinio de uma pessoa. Ente 0s crittios de Feconfecimento dos feiticeios, figuram os desvios em relagSo 8 ‘norma exes de afegGo, de pobreza ou de qua, a ester- Tidede, o enearaigamento na ura plo poder, o rancor tenazcon- tz um membro da familia. O oriculo, meio de detec 8 fet feivos, inca também or meios rituals de ve protege deles (encatemento, exoreism, ex, morte). 'Ateologa do culo XVI amalgamava, a propésito dase ‘cites, odeliro do est heesa eo fenes sexual, O rato om odio favorecia cya ds braxas eo sactifico ritual visi- ‘a acalmar os qedos nssios das prtrbages deste perio de rmutagt. *h fiigaria aliments 0 receio dos dsvis tendéncis nei ‘ye sociedad, jogn asim a favor da manutenso da ordem cial. Soviologicamente,elaconstiui uma seguranga, na medi- ‘ie em. que se imagina ter idenicado um mal © conseguido remeditlo. Psvologicament, jog como reagents, identfcando ‘nimotivos de ansiedade efazendo derivar a hostldade pare wn factor exacto de prejutn, Teologicamente, expen a select dhde dos acdontes inflcdades, ealamidades que ange wns & lo outos, pela acpfo de esprtos maus,Esclarece-s também ‘araves dos infoainioe de ido e pln pojecgio das paixses. ae _rRODUGIO A ANTROHOLOIA Segundo M, Auge, ela 6 sempre um imaginstio de acsagbes reelprcis, UIL- ACREDITAR EM MITOS 2) Represents colecvas meafericas Enbora a eis na aia eign eam to anaigads quan a cent lig, fos mo eto, ta sig qa mor seexplistram scent en mis maou inenos desevolvien. Cio mata findadr, mito ene na inguager meta es ase ced dun pve du fo aon seo douse, quanto torigem de certs Laos Per ‘adores no mundo, como sm ida ¢t met quanto "ayes do home com o aga. ‘her sj eonmoginica expand «igo eo erunra do mundo (nese bic) ou eno eligi e de nds, Justcando ume orem de cia pel sa poco vo psa (rie dota de te na ipa sr cass fnatode elds), o mito eset se come sta do ro ino da strom de una ist cs ago unt fea Revestose de um carter i grado, eda er ae remet par algo gi nos lapse Tansorme um aco {hae nil elinstado no tengo sa ldade Fie ou eral Dermarete, igs sin nie soe ep ete foto, soxine em asd primitive o destino iets de eda bomem. A Ns ve como qe ipa ora ‘te, que wasp eat pra ano metro "Enq forma de eel qc ssi uma cea fme, o mito ¢palavacanegada de poder ue expla orem ens tee, por vez de masses, fmcendo asses de ‘comportamenton mera Escudo cn pment Por str da ets. aprenio, uando as cing Chance {erage seria, moliicandose now pomenore dye ‘eran por vere em itl lend Tiat-se, pois, apesar de se encontrfragmentado, audi, isperso em diversas nratvas, de uma carta pragma, jst- ‘cadoraenormalzadors, que, segundo Lévi-Strauss, tem atente um sistema de clasificagao, inicando ety fligrana iacon- sciente de um povo e enunciando em simbolos o setido de ‘quests primoriss: Como se constitu uma sociedade? Que Sentid reveste esta nstiigho? Porgué este interdito? A que coe responde determinads prerogativa em determinads bierarqua? Donde tra 0 pode a sot legtimidade? Donde vimos? O que somos? Para onde vars? yA andliseextratural dos mos Quand, na sua bea Mythologies, Lévi-Strauss pope uma andlise extrtural de writs centens de mitos, enartos menos como reflexor de culturas e de relagdessocais do que ‘como formas de pensamento. Dado que o pensamento mito se tempeata em encontrar slugées Imapinrias para contradigdes teal insoveise que, par tl, o mits ansnsitem « mosma ‘mensgem como auxiio de virioe figoe(elineo,sedstico, ‘cosmolpico., ese dversifieam gvalmenteem variants até a9 fesgotumento. das possbilidades l6gicas de. meciagio das ‘oposigdes, & posivl: 1) er, pars aig das meters, os con- ‘bts ea oposigSes.Consderado como uma mealinguagem, 0 mito 6 recorudo em wnidades consituivas de econteciments sucessvos, ou mitemas, que sio cles propros clasificados ‘empircamente, de forma pe em evidécia os paotes de relages © para procarar as oposiges petinents,consituivas a estrutura do mito; 2) estudr as varanese 0 mits similares rnoutras cultures, tomando por principio que os mites so intligiveis por s ss, que se esclaecem e explicm uns aos tose que o seu sentido est om fang ds posigso que ocupa fem relapso outor mitos: estuda-se-o os fenSmenos de redundincia (epetigio dak mesmas Sequéncias), a estrutura {olheada damit fonjunta das verses que podem sobrepor se), aconsitugo dos grupos detransformagso(desvios diferencias, nemoourho AerRoroLoota inversio), ei (ela candies) dos grupos de tansforgo Do mito de Eaipo desprende-se, assim, aielaessncial da ‘oposigio ene a origem ténica do homem (série Natures) e 8 ‘sia origem familar (re cultura), sendo oy dois elementos ‘eatados 3b os seus pélos negative positive: o homer te as finquezas que se tm na tera, mas pode também enfientar poderessobre-humanos;oparentesco simaltaneamentealarga- 4o pelo assissinato do pi e demasiado estito no incest, © Protagonisas do mito Como actors princpsis das cosmogonias das oxgeas do ‘mundo, os mito revelam-os quer uma fogs eriadora mais 2 menos impessoal, come o mana de que fala Darke, quem

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