Straight Wire
- O Conceito e o Aparelho
Lawrence F. Andrews , D.D.S.Capitulo 3
AS SEIS CHAVES DA OCLUSAO PERFEITA*
0 terceiro e —em retrospectiva~ 0 mais
importante passo na diregdo do desenvolvimento de
um aparelho totalmente programado foi a descoberta
de seis caracteristicas consistentemente presentes na
colegdo de 120 modelos de oclusdo perfeita natural
[4]. Essas qualidades serio chamadas de As Seis
Chaves de uma Oclusdo Perfeita. As chaves,
individualmente, nao sao inteiramente novas, mas,
reunidas, adquirem um valor extraordinario para 0
ortodontista, porque (1) representam 0 conjunto
completo de indicadores de uma oclusao perfeita, (2)
podem ser avaliadas por meio de pontos de
referéncias tangiveis, (3) podem ser avaliadas pelas
superficies vestibulares ¢ oclusais das coroas,
diminuindo a necessidade de uma vista lingual ou de
papel articulador para confirmar o contato oclusal.
Muitos autores descreveram em detalhe como
as superficies oclusais dos dentes devem-se encaixar,
contudo essas informagées nao tem sido adequadas
Para os ortodontistas, uma vez que eles trabalham
Principalmente com a superficie vestibular dos
dentes. Ainda nao se sabe até que ponto as superticies
vestibulares de cada tipo de dente guardam sempre
* Chamada de As Seis Chaves da Oclusio Normal nos primeiros
artigos, mas “perfeita” é mais correto.
13
relagdes angulares fidedignas com suas superficies
oclusais e com o plano oclusal, quando os dentes estéio
posicionados perfeitamente. Algumas dessas
relagdes miituas tém sido admitidas, mas sem a sua
constatagio cientifica e especificacio quantitativa.
Consequentemente, o tratamento tem sido conduzido
na base de tentativa e erro em alguns aspectos. Esse
fator pode ser parcialmente responsavel por
resultados de tratamento to dfspares.
Os critérios tradicionais usados pelos
ortodontistas para avaliar indiretamente a oclusao tém
sido individualmente inadequados e coletivamente
incompletos. Um desses critérios € 0 conceit clissico
da relagao interarcos entre os primeiros molares
permanentes. Em 1,899, Angle defendia, como uma
condigdo sine quanon de uma oclusdo perfeita, que a
cuispide mesiovestibular do primeiro molar superior
permanente deveria ocluir no sulco vestibular entre
as clispides vestibulares mesial e central do primeiro
molar inferior{6]. Angle ndo discutiu se esse fator
sozinho iria produzir uma oclusdo perfeita. Muitas
oclusdes, antes ou depois do tratamento, continuam
inadequadas, mesmo na presenga da relagio molar
preferida de Angle.
Um critério mais recente (1.953) para aStance Wine or
‘valiagtio de um aspecto da oclusio langa mio da
cefalometria radiografica, Esse critério admite
inclinagdes pré-estabelecidas para os incisivos
centrais superiores e inferiores de acordo com as
varias relagGes intermaxilares [23]. Esse critério ndo
pode ser aplicado intrabucalmente, nem no proprio
modelo, porque refere-se ao eixo longitudinal do dente,
que no pode ser visto clinicamente. Ainda com
relacio a este critério, mesmo quando se conseguem
inclinagGes perfeitas dos incisivos, juntamente coma
relagdo de molar preferida de Angle, a oclusio total
pode ainda nao ser perfeita.
Assim, levantou-se a questo: da viabilidade
de se obter critérios suficientes para avaliagao do
contato oclusal sem papel articulador e sem uma vista
lingual. Isto possibilitaria admitir uma oclusdo como
perfeita ou pelo menos equilibrada se todos esses
critérios estivessem presentes.
As posig6es e as relagGes interarcos de todas
as coroas da colegéo de 120 modelos com oclusao
perfeita foram estudadas minuciosamente para
identificar as caracterfsticas que consistentemente
ocorriam em todos eles. A referéncia de Angle sobre
a relagio clispide-sulco do molar foi novamente
validada. Entretanto, a intercuspidagdo dos molares
nesses modelos exibiu trés caracteristicas
primordiais, ndo apenas uma, e as outras duas so.
to importantes quanto & relagdo cispide-sulco (Ver
Chave I, pag.18).
Outras caracterfsticas da oclusdo perfeita
ficaram evidentes. Em uma dentadura com oclusdio
perfeita, por exemplo, quase todo tipo de dente tem
seu préprio grau de inclinagdo e angulagdo da coroa,
mas 0s valores para cada tipo de dente eram
semelhantes para outras dentaduras também perfeitas.
A profundidade da curva de Spee variou pouco e,
sem duivida, representava uma caracteristica
importante da oclusio perfeita.
Em resumo, as Seis Chaves tornam possivel
avaliar uma oclusdo tanto por vestibular como por
oclusal sem usar instrumentos de medigao.
Subsequentemente com o intuito de projetar 0 novo
aparelho, foram usados instrumentos para quantificar
a angulagao, a inclinacio, a proeminéncia vestibular
Telativa de cada coroa, e outros fatores relevantes,
Os termos seguintes sdo necessérios para a
dissertagdo das Seis Chaves:
Plano de Andrews. Superficie ou plano
coincidente com o plano médio-transverso de todas
‘as coroas de uma arcada quando os dentes encontram-
se bem posicionados (Fig. 3.1). Se ele € céncavo ou
convexo, tecnicamente é considerado uma superficie;
mas aqui seré sempre referido como Plano de
Andrews.
Coroa cliniea. Normalmente, a porgao da
coroa que pode ser vista intrabucalmente ou em um.
modelo de estudo.
Neste livro, coroa clinica refere-se & parte
visivel no final da dentadura mista e em dentaduras
adultas com gengiva saudavel e sem recessao (Fig
3.2). Orban definiu a coroa clinica como a altura da
coroa anatémica menos 1,8mm [21]. Em pacientes
jovens ou naqueles com gengiva hipertrofiada oucom
recessio, a altura da coroa clinica pode ser encontrada
medindo-se a distancia da borda incisal ou ponta da
ctispide da coroa 2 juneao cemento-esmalte e depois
subtraindo 1.8mm.
Angulagio da coroa. Angulo formado pelo
eixo vestibular da coroa clinica (EVCC) em relacdo
auma linha perpendicular ao plano oclusal (Fig. 3.3
A
A
Fig. 3.1, Quando uma coroa encontra-se posicionads
perfeitamente, seu plano médio-transverso (A) concise cov &
Plano de Andrews (B),
4anatémica
Fig. 3.3. Angulacio da coroa: A, positiva; B, negativa,
A angulacao da coroa € considerada positiva
quando a por¢do oclusal do EVCC estiver mesial &
Porcao gengival (Fig. 3.3A); negativa, quando estiver
distal (Fig. 3.3B)
O grau exato de angulagio da coroa nao pode
Ser precisado, mas a natureza da angulagdo (positiva
‘ou negativa) e se € excessiva, pode (Fig. 3.4)
Inclinagdo da coroa. Angulo formado entre
‘uma linha perpendicular ao plano oclusal e uma linha
Paralela e tangente ao EVCC* no seu ponto central
(0 ponto EV). A inclinagaio da coroa é determinada
‘de uma perspectiva mesial ou distal. Ocasionalmente
tecebe 0 nome incorreto de torque, o que implica na
forga de torgao. "Tangente a" significa que a linha
‘que representa a inclinagao do EVCC deve ser
‘equidistante de cada extremidade da coroa clinica,
40 tocar o EV.
i
Caviruto 3: As Stis CHavEs DA Octusko Perrin,
4. Exemplos de angulagtio da coroa para cada grupo de
dente: A. superior positiva (a) negativa (b): B, inferior positiva
(ae negativa (b).
A inclinagio da coroa é considerada positiva
se sua porgiio oclusal, a linha tangente, ou 0 EVCC,
for vestibular a sua poredo gengival; ¢ negativa, se
for lingual (Fig. 3.5). O grau de inclinago da coroa
no pode ser precisado, mas a sua natureza (positiva,
ou negativa), ¢ se & excessiva, pode (Fig. 3.6).
Eixo vestibular da coroa clinica (EVCC)*.
Para todos os dentes, exceto os molares,o EVCC
corresponde & porgdio mais proeminente do Iébulo
central da superficie vestibular de cada coroa (Fig.
3.7); para os molares, 0 sulco vestibular que separa
as duas grandes ctispides vestibulares (Fig. 3.8).
* Chamado de eixo longitudinal da coroa clinica (ELEC) nas
‘primeiras publicagdes. Do ponto de vista anatOmico e geomeético,
‘ termo "eixo vestibular” 0 mais coreto,Fig. 3.5 Inclinacao da coroa: A, positiva; B, negativa.
ji 4 4
S2vy
ada
pada
3.6. Exemplos de inclinaga0 de coroa para cada
o
rupo de
les:A, superior postiva (a)e negativa (b); B, inferior pesitiva
(a) € negativa (b),
16
As coroas se desenvolvem a partir da fusio
dos I6bulos embrioniirios. Apés a maturagio, esses
Isbulos conservam sua identidade como areas de
proeminéncia (ctispides ¢ saliéncias) e linhas
delimitadoras (fissuras € sulcos) (Fig. 3.9).
Clinicamente, o EVCC de todos os dentes, exceto os
molares, pode ser realgado com a superficie de um
lapis (Fig. 3.10); para os molares, ele pode ser
salientado com a ponta de um lipis (Fig. 3.11). Da
perspectiva vestibular, o EVCC € visto como uma
linha reta (Figs. 3.7 e 3.8). Da perspe
distal, essa r
ainelina
a mesial ou
feréncia anatémica € usada para avaliar
dio, mediante o emprego de uma linha reta
que é paralela ao EVCC ¢ tangente a um ponto do
EVCC que separa a metade gengival da metade
oclusal da coroa (Fig. 3.12).
999
344
Fi
incisivos (0): A, superiores: B, inkeriores
a BB
A 8
7. Eixo vestibular dos pré-molares (ct), caninos (b), &
3S.
inferiores
Eixo vestibular dos molares: A superiores: 8:Cari
&
ay 3 ¢ 33k
. “ ~ & @
99
A B
a B
CC assinalado em todas as coroas da arcada
Fig. 3.11. 4, demarcagio do EVCC do primeiro molar com a ponta de um lipis. 8, EVCC assinalads
entsSravour Wine
m7 UY
aa_aa4
Fig. 3.12. Da perspectiva mesial ou distal, 0 eixo vestibular
representa uma linha imagingria tangente a0 ponto do eixo
vestibular. Os exemplos so de cada grupo de dentes superiores
(Ale inferiores (B).
.-O ponto do eixo vestibular (ponto EV) é 0 ponto do
(CC que separa a metade gengival da coroa elinica da sua
metade oclusal. Os exemplos sio de cada grupo de dentes
superiores (A) e inferiores (B).
Deve-se notar que 0 EVCC difere das
referéncias convencionais (eixo longitudinal da coroa
ou do dente, pontos de contato, cristas marginais,
isais) por permitir avaliar a angulacdo ea
neias tradicionais nado sao
Ponto do eixo ves
ibular (ponto EV)*, Ponto
sobre o eixo vestibular que separa a metade gengival
da coroa clinica da metade oclusal (Fig, 3.13).
As distancias entre as extremidades oclusais &
gengivais das superficies vestibulares nao so
Para todas as coroas de uma arcada, mas para cada
coroa elas sito equidistantes do ponto EV (Fig. 3.14).
* Chamado de ponto do eixo longitudinal (ponto EL) nos
primeiros artigos. Anatéimica e geomet
vestibular” & mais correto,
nente, "ponte do eixo
18
3.14. A distancia entre as boras oclusais e gengivais varia
de uma coroa para outra em uma arcada, Entretanto, as bordas
sempre slo equidistantes do ponto EV da coroa, e equidistantes
do Plano de Andrews quando os dentes esti posicionados
perfeitamente
Grupo de dentes. Grupo de dentes que
apresentam forma e fungZo semelhantes. Os grupos
compreendem os incisivos, caninos, pré-molares €
os molares.
ipo de dente. Uma categoria especitica
dentro de um grupo de dentes. Os pré-molares
correspondem a um grupo de dentes e sido
nolar inferior € um
semelhantes; um primeiro pré-
tipo e € diferente de qualquer outro tipo de dente,
assim como um segundo pré-molar inferior.
Chave I: Relagio interarcos
A chave I retrata a primeira das seis
importantes caracteristicas consistentemente
presentes na colegio de 120 modelos com oclusio
perfeita, A chave I diz respeito & oclusiio eas relagdes
inter os dos dentes. Esta chave consiste de sete
partes,
1. A ctispide mesiovestibular do primeiro molar
superior permanente oclui no sulco entre as
ctispides mesial e mesiovestibular do primeiro
molar inferior permanente (Fig.3.15Ab)
conforme definido por Angle [6]nal distal do primeiro molar superior
oclui com a crista marginal mesial do segundo
3.15Aa),
molar inferior (Fig.
A ctispide mesiolingual do primeiro molar supe-
rior oclui na fossa central do primeiro molar
inferior (Fig. 3.15Bd, Ce).
4. A ctispide vestibular dos pré-molares superiores
mantém uma relagao ctispide-ameia com os pré-
molares inferiores (Fig. 3.15Ac, D)
5. A. ciispide lingual dos pré-molares superiores,
buscam uma relago ctispide-fossa com os pré
3.15CP)
molares inferiores (Fig
6. O canino superior tem uma relagio ctispide-ameia
molar inferiores. A
com @ canino e primeiro pr
ponta de sua cispide apresenta-se
mesial & ameia (Fig. 3.15D).
iramente
Os incisivos superiores sobrepdem-se aos incisivos
inferiores (Fig. 3.15D), com as linhas médias das
Fig. 3.5. Chave I: Relagio interarcos econtato
coclusal perfeitos. A, relagdes interarcos de
molares ¢ pré-molares:
marginal; 6, relagio cispide-suleo do molar; c
relacdo cspide-ameia do pré-molar. B.
Perspectiva mesial de contato oclusal do molar
ou pré-molar: d, relagio ctispide-fossa. C
Perspectiva lingual do contato oclusal: e, oclusao
Ccdspide-fossa dos molares; f; oclusio cuispide
fossa dos pré-molares. D,relagdo interarcos dos
4, oclusio de erista
iT)
Capiruto 3: As Seis CHAVES DA OcLusko Perverts
As condigdes ctispide-sulco e crista marginal
dos molares, a relagao cispide-ameia dos pré-molares
€ caninos, € a sobressalié
ia dos incisivos podem
ser observados diretamente de uma perspectiva
vestibular (Fig. 3.15). O EVCC permite avaliar a
oclusio cispide-lingual dos molares e pré-molares
quando esses dentes sio vistos de uma perspectiva
mesiovestibular, conforme explicado a seguir.
A relacao interarcos dos dentes posteriores de
duas oclusdes pode ser igual, mas o contato entre as
superficies oclusais de ambas as ocluses pode diferit
por causa das diferengas na inclinagao das coroas. E
insuficiente, portanto, avaliar a inclinago de uma
coroa (e portanto, 0 contato oclusal) apenas de uma
perspectiva vestibular
a tentati
Pode-se comparar isso com
de saber se as chapas de uma dobradiga
estdo juntas ou separadas, olhando apenas para seu
3.16)
contato oclusal correto depende tanto da
relacio interarcos correta, como também da angulagao
€ da inclinagao da coroa. A relagdo interarcos ¢ a
angulagdo sio melhor avaliadas de uma perspectiva
vestibular (Fig. 3.16); inclinagao da coroa dos dentes
posteriores € melhor avaliada de
ma_perspectivaStearcr Wine, oe
mesiovestibular (Fig. 3.17). A avaliagao da oclusdo
posterior, primeiro da perspectiva vestibular (para a
angulagao e relacao interarcos) e depois da
perspectiva mesiovestibular (para a inclinagao)
fornece informag&es que podem ser sistematicamente
descritas ¢ quantificadas. Essas informagoes.
juntamente com outros critérios ndo oclusais,
proporcionam um conjunto de padrdes em confronto
com os quais podem ser identificados os desvios
oclusais,
Chave II: Angulagao da Coroa
Uma informagao importante € que todas as
coroas da amostra apresentam uma angulacio
positiva* (Fig. 3.18). Todas as coroas de cada grupo
de dentes assemelham-se na magnitude de angula
(Capitulo 2). (Wheeler [29] nota a similaridade na
posi¢o do ponto de contato para cada grupo de
dentes, 0 que corrobora os resultados da amostra
perfeita).
**A angulagao dos segundos molares superiores torna-se positiva
somente ap6s a sua irrupedo completa. Os terceiros molares nao
foram avaliados por nem sempre estarem presentes,
Chaye III: Inclinag&o da Coroa
Do mesmo modo que na angulagio, Padroes
constantes também prevalecem na inclinacio da
coroa, com as seguintes caracterfsticas para os dentes
individuais.
1. A maioria dos incisivos superiores (81,5%) exibe
uma inclinagao positiva (Fig. 3.19A,B): os
incisivos inferiores mostram uma inclinagao
ligeiramente negativa (Fig. 3.19A,C). Na maior
parte da amostra perfeita, o Angulo interincisivos
da coroa é menor que 180°. A coroa dos incisivos
superiores tém uma inclinagao mais positiva, em
relagdo a uma linha em 90° com o plano oclusal
do que os incisivos inferiores que tém inclinagao
negativa em relagdo & mesma linha (Fig. 3.20).
2. As inclinagdes da coroa dos incisivos superiores
siio geralmente positivas ~ sendo a dos centrais
mais acentuadas do que a dos laterais. Os caninos
€ os pré-mola muito
semelhantes. As inclinag6es dos primeiros ¢
es sio negativos e
segundos molares superiores também sao
16. A relagio interarcos das duas dentaduras pode ser a mesma (Aa ¢ Aa’), Entretanto, seu contato oclusal pose diferie (Abel
De maneira semethante, as juntas de duas dobradigas (Ba e Ba’) parecem iguais quando as chapas estio juntas (Bb) ow Sep B
As linhas verticais nas coroas indicam os eixos vestibulares; 0 cruzamento das linhas horizontais ¢ verticais indicam 0s ponCariruto 3: As Seis CHAVES pa OcLuSio PERFErTA
1. A, inclinagio e
nclinagao
usal. As
EV
Fig. 3.48. Angulagio positiva do EVCC para cada tipo de dente na amostra perfeita. Foram coladosfios nos pontos EV, paralelos #0
enFig. 3.19. Inclinagdo do incisivo. A inclinago do incisivo superior
6 sempre positiva(4,B); a inclinagdo do incisivo inferior € sempre
(A.C),
Fig.3
superiores. Os incisivos centrais
(A) sio mais positivos do que os
laterais (B); os dentes posteriores
so negativos(C), Foram colados
fios nos pontos EV,
EVCC de cada coroa, .
1. Inclinagdes das coroas
ralelos 20
negativas e semelhantes, mas ligeiramente mais
negativas do que as dos caninos e pré-molares
(Fig. 3.21). Os molares so mais negativos porque
sfo medidos do sulco e no do Iébulo vestibular
proeminente, da qual so medidos os caninos e
os pré-molares.
3. As inclinagdes das coroas inferiores sao
progressivamente mais negativas desde os
incisivos até os segundos molares (Fig. 3.
ar
‘angulo
Interincisivo
da coroa de 174°/
\ y
Fig. 3.20. O dingulo interincisivo da coroa para a maior parte da
mostra perfeita era menor que 180°,
Chave IV: Rotagoes
A quarta chave de uma oclusiio perfeita refere-
se & auséncia de rotagdes dos dentes (Fig. 3.23).
Chave V: Contatos Justos
Os pontos de contato devem ser justos, a menos
; ; area
que exista uma diserepaneia no didmetro mesiodist
da coroa (Fig.3.23)al suavemente negativa).A
am colados fis nos pontos EV
paralelos a0 EVCC de cada coroa,
Fig. 3.23.
Chave VI: Curva de Spee
A profundidade da curva de Spee varia de um
plano raso até uma superficie ligeiramente céncava
(Fig. 3.24)
Discussao
Embora as
perfeita natural apresentem diferencas individuais
no contorno da arcada e no tamanho dos dentes,
elas geralmente possuem as caracteristicas das
Seis Chaves descritas acima. A auséncia de
qualquer uma das seis caracterfsticas resulta em
uma oclusdo proporcionalmente inferior 4 amostra
natural perfeita,
120 dentaduras com oclusio
23
As Seis CHavES DA OcLusio Pi
Arcadas superior (A) ¢ inferior (B) sem rotagbes e sem espago interdental. Os pontos representam os pontos de contato.
As Seis Chaves sao elementos interdepen:
dentes do sistema estrutural de uma oclusto perfeita.
Assim sendo, servem de base para avaliagio da
oclusdo. Mais importante ainda, elas podem ser
usadas como metas terapéuticas para a maioria dos
pacientes, Em 1.974, no 17° encontro anual da
Fundagao para Pesquisa e Formagdo Ortodéntica da
Saint Louis, Ronald H. Roth narrow
sua experiéncia com os critérios das Seis Chaves:
se eu tivesse que definir de maneira bem simples
tanto
Universidade de
os requisitos de uma oclusio perfeita,
anatémica quanto funcionalmente, para a dentadura
natural, eu diria: ‘incorporaria as Seis Chaves
com
ica’
a mandfbula em relaco céntrica gnatolé
Alcangar esses objetivos pode no ser possivel em
todos os casos, mas desistir quando eles sio passiveis
de serem atingidos é inaceitavelA amostra de oclusio perfeita apontou
semelhangas nos padrdes de angulacio, inclinagao,
forma, ¢ tamanho relativo (proeminéncia vestibular)
nos tipos de dentes. Parecia que essas caracteristicas
poderiam ser incorporadas em um aparelho
ortodéntico para garantir a precisio e consisténcia
na finalizag&o do tratamento. Mas isso nao era
suficiente para 0 desenho de um aparelho. Os
préximos passos eram explorar e quantificar até que
ponto a posi¢ao, a forma e o tamanho relativo eram
distribuidos, em cada tipo de dente. Essa informagao
era vital para determinar até que ponto um aparelho
poderia ser programado e a0 mesmo tempo
joria dos pacientes.
apropriado para am
Fig. 3.24, Arcada inferior com uma curva de Spee dentro do
limite de profundidade de 0 - 2,5mm.