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Segunda-feira, 3 de Agosto de 2020 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA I Série—N.° 117 Preco deste numero - Kz: 380,00 Tain + sarap SAC NATUR Tye ela pn Dar relativa a mincio ¢ asimaturas do «Disrio Ano | da Republica 1* ¢ 2.* serie € de Kz: 75.00 ¢ para da Republica», deve ser dirigida # lmprensa |. reg sries Kz: 73415940 | a 3 serie Kz: 95.00, acrescido do respective Nace = ED, Ln, i Hen de EE ee pa ot AD au xe 9352400 | impo do sl, dependendo publica do Conemprommceal ys Bal ey, f 82 se Xe 22590000 | "sted dy itopivion cairns emi tegen AB ee sz 10013320] dng Nocl-E SUMARIO Atandendo 1 necetsidade de defini, como condigho Presidente da Repdblica Deereto Present n. 206.20: Aprova a Estrategia Global do Sistema Aeroportuario. DecretoPresenela m2 207720 Tstina a Entidade Reeitadcrs Unica de Quadros do Administrayse earl Banco Nacional de Angola sons 1720 “Elaclece a: gra eprocedimentos que deve ser ebvervados na ea laagio de operajoe: eda estranzera cu ddetaseréncin de recursos propos em moeda stranger, po pes son singulres — Revogn 0 Avino n° 12/19, de 2 de Dezembro, © todas as otras dispoigoexnommaives que conraiem o extabee cidono presente Ais. PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n.* 20620 fe3 de Agosto Considerando que Executivo reconhece a necessi- dade de se elaborar uma Estratégia Global do Sistema Aeroportustio, cam 0 objectivo de modernizar e potenciar a rede aeroportaria, cuja expansao tem vindo a ser empreen- dida nos Ultimos anos, reforgando a sua posicio competitiva tem beneficio da economia nacional e dos utentes das infra- -esiruturas acroportuérias, nomesdamente, em prol do desenvolvimento e facilitagio da mobilidade de pessoas © ‘bens, do turismo ¢ actividades conexas, do despotto ¢ for- magi aerondutica em Angola, ‘Terdo em conta que o Decreto Presidencial n.° 207/19, de 1 de Julho, criou a Sociedade Gestora de Acroportos, S.A., que tem por objecto 0 direito de explorar o servigo pblico aeroportnario de apoio a aviagao civil Reconiecendo ainda que o mesmo Decreto Presidencial abre a possibilidade de concessao de exploragao de servigos aeropartudrios a favor de outras empresas; precedente, a Estratéaia Global do Sistema Aeroportusrio, incluindo © Modelo de Privatizagao a adopta, © Presidente da Republica decreta, nos termos da ali- nica) do artigo 120° © do n° 1 do artigo 125°, ambos da ‘Constituigao da Repiblica de Angola, o seguinte: AKriGo 1° (prevacio) Baprovada aFstratéaia Global do Sistema Aeropartuitio, ‘anexa a0 presente Decreto Presidencial, de que & parte ntegrante ARTIGO 2" vidas e misses) AS dividas © omiss®es que resultarem da interpreta ‘glo © aplicagio do presente Diploma sao resolvidas pelo Presidente da Republica ARTIGO 3! (Entrada en vir) presente Decreto Presidencial entra em vigor na data da sua publicagao. Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, ‘08 26 de Juno de 2020 Publique-se. Luanda, aos 23 de Jutho de 2020. Presidente da Reptblica, JoSo Manuet, Goncatves; Lourenco. ESTRATEGIA GLOBAL PARA. 0 SISTEMA AEROPORTUARIO. I. Introdngio (© Estado tem vindo a implementar uma reforma pro- funda no Sector da Aviagao Civil. Neste contexto, foram alcangados avangos significativos na confermagio do qua- ro regulatério as melhores priticas internacionais ¢ na ‘especializagio das entidades que prestam servigos no Sector. I SERIE -N° 117 -DE 3 DEAGOSTO DE 2020 4017 com Potencial de Medio Prazo», dada a sua vocagao para suporte 4 exploracio petrolifera ou 0 potencial turistico da regio que servem. Os demais aeropertos irto adoptar um «Modelo Inovador de Servigo Piblico>, implementando tum paradigma de gest com foco na optimizagao do custo das ‘operagdes, mas que garanta a prestacao do servico piblico; ‘dj Evol na atracgiio © dinamizagio de rotas, Aprofimdamento do conhecimento em matéria de desen- volvimento de negécio aviago, como alavanca de captagio denovas rotas e companhias aereas, definindo metodologias de abordagem prosctiva do mercado. 0 trabalho ligado a atracgao de novas rotas € companhias acreas, vlzo marke- ting aviagao, devera ser desenvotvido na base, estudando a insereao dos aeroportos do sistema aeroportusrio nas rotas mercados regionais, ¢ elaborando propostas de valor para alvos potenciais. ©) Definigao de uma visao estratéaica para o negocio nao-aviagto, Criagio de uma estrategia dedicada a0 neadcio ndo-avia- ¢40, cuja relevincia no contexto acroportuario mundial € incontomavel, que potencie a geragio de valor para cada uum dos aeropartos, de acordo com a respectiva vocagio. Para esse efeito, sera implementado um conjunto de iniciativas, nemeadamente 1) Nova sbordagem para o retalho comercial em linhas com as boas priticas comerciais, ii) Definigio de uma estrategia de pregos e tari fas para actividades nao-aviagao alinhada as caracteristicas dos diferentes segmentos de aeroportos, iii) Bstratéaia de imobitiério que foque sa ren- tabilizagao dos espacos e terrenos afectos a0 Sistema Aeroportuario, iv) gesttio eficiente da publicidade, espagos de parqueamento € negécio de aluguer de automoveis A Adequagao do quad tarifario de actividades reau- Indas e nfo reguladas Ajuste das tarifas aeroportusrias em vigor, estabelecendo abordagens dlferenciadas para actividades reguladas e no reguladas, como ferramenta ericial na dinamizagao de tré- fego e ce negéciona rede aeroportudria. No que conceme is actividades reguladas, serio adicionados gris de liberdade 10 céleulo das tarifas, possibilitando 20 gestor aeroportario a prossecuyao de estratéaias dindmicas de atraceao de rotas «de rentabilizagiio de activos aeroportuirios, 2) Moskemizavo das restates entidades chave do Sector. Redlefinigo das estruturas organizacionais e dos mode los operacionais das entidades chave do Sector (ANAC, ANIPAA € ENNA) em linha com as melhores préticas inter hacionais, com o objectivo de as fazer melhor cumprir a fa missto, Serve ressalvar que estas s40 as entidades que conferem 0 necessario enquadramento regulaterio € @ sea ranga operacional ao Sector da Aviagao Civil. A Empresa ‘Nacional de Naveaagio Aérea (ENNA-EP), garantindo a operago segura do espacoaéreo pela prestagao dos servigos de apoio & navegacao aérea civil, simultaneamente fazendo registo de eventusis incidentes aéreos, em coordenagio com a Autoridade Nacional de Investigagao ¢ Prevengao de Acidentes Aeroniuticos (ANIPAA), que venham a ocor- rer e que sitvam de referéncia para a methoria continua da utilizagio segura do espaco aéreo. A Autoridade Nacional de Aviago Civil (ANAC), supervisionando todas as acti- vvidades relacionadas com a aviasio civil e as respectivas centidades, garantindo a sua execugio de acordo com as nor- ‘mas inemacionalmente aceites: 1h) Definigao do modelo de privatizagao. Avangar para privatizagao da concessioniria do Sistema, através da venda de uma participagao maioritiria dda empresa a investidores privados, que preferencialmente sserdo operadores intemacionais de acropartos com expe- iéncia consolidada no Sector, por forma a impulsionar ‘ganhos operacionais ¢ niveis de servigo, maximizando 0 valor gerado para 0 conjunto de partes interessadas € pro~ movendo a racionslidade e a sustentabilidade da actividade actoportuiria ¢, subsidiariamente, do Sector da Aviagao Civil, no longo prazo. Para o eftito, deve ser formalizada, como condigao pre- ccodente, a transferéncia da gestao e execugao do servigo do poder puiblico para a Sociedade Gestora de Aeroportos, $.A. (SGA, S.A), através da assinatura de um contrato de con- cessao de servigo piblico, O Presidente da Reptiblica, JoXo Manuer. Gongatves: Lovaexgo. Decreto Presidencial n.* 207/20 de 5 de Agosto Considerando que a Lei .° 17/90, de 20 de Outubro, Lei sobre os Prine‘pios a Observar na Administragiio Publica, cestabeleve a obrigatoriedade de tealizagio de concursos pliblicos pata ingresso na Administragio Publica; Havendo a necessidade de instituir, no quadro das medidas decotrentes da Reforma do Estado, um novo procedimento aos concursos de ingresso de quatros na Administragio Central, visando maior racionalidade, impar- cialidade, rigor e credibilidade; © Presidente da Reptblica decreta, nos termos da linea 1) do artigo 120° e don. 3 do artigo 125. ambos da Constituigho da Republica de Angola, o seguinte: CAPITULO I Disposiges Gerais ARTIGO 1 (Object) © presente Diploma institui a Entidade Recrutadora’ Unica de Quadros da Administracao Cental. ARTIGO2" imbic 1, O presente Diploma aplica-se a todos 0s servigos da Administragtio Central do Estado e aos Institutos Publicos. 4018 DIARIO DA REPUBLICA 2. Exceptua-se 0 ambito de aplicagao do presente Diploma os Orgios de Soberania, bem como os organismos de Defesa e Seauranga 3. O recrutamento de pessoal docente nas Instituicoes de Ensino Superior no obedece ao disposto no presente Diploma, 4. Os Gnstios e servigos da Administragio Local do Estado ficam excluidos no mbito de aplicagio do presente Diploma, ARTIGO 3° (Recrutamento inearato) Para efeitos do presente Diploma, 0 procedimento inte- serado de reerutamento de candidates na Administracao Publica consiste no mecanismo de separagao entre a enti- dade rectutadora e © organism de destino do pessoal a recratar ARTIGO 4° (Objectivo) A implementagao do Sistema de Recrutamento Intearado visa, entre outros, os objectivos seauintes 4) Assegurar a maiot objectividade e imparcialidade, nos concursos piiblicos de ingresso de quadiros; ) Racionalizar os custos decorrentes da realizagto de iitiplos procedimentos concursais de ingresso or cada organismo da Administragio Central; ©) Reforgar a transparéncia © devolver a confianga dos participantes sobre a veracidade do desfecho dos concursos de ingresso; ‘fj Garantira celeridade dos concursos de ingresso; &) Envolver a participagio de crzmismos nao esta- duais na gestao dos procestimentos concursais de ingresso. ARTIGO 5° @rincinio geal 1. Sem prejuizo do disposto na Lei Geral, os procedl- mentos concursais de ingresso na Administragao Central do Estado devemn ser conduzidos por uma tnica entidade. 2. 0 disposto no numero anterior nao € aplicavel aos concursos de acesso ou promogio de quadros. ARTIGO 6* (Entidade Recrutadora Unica) Compete a Escola Nacional de A dministragto € Politicas Piblicas — ENAPP-EP, erganizar ¢ ger os procedimentes concursais referidos no artigo anterior. ARTIGO 7° ‘asinelo de abertura do conenrse) 1, © amincio de abertura do concwse de ingresso per tence a Batidade Recrutadora Unica que deve realizar provas ‘para efeitos de constituigao de uma base de dados de eandi- datos para o ingresso na Administracao Piblica 2. A realizagdo do concurso de ingresso pela Bntidade Reerutadora Unica tera lugar, apenas, em casos pontuais, por solicitagaio dos seetores, mediante a existéncia de vagas. ARTIGO 8 (Base de dados de candidates) 1, Ein cada procedimento concursal de inaresso pode a Entidade Recrutadora Unica criar uma base de dados cons- tituida pelos candidatos aprovados, para efeitos de alocagao 1 eventinais solicitagdes urgentes que venham a ocorrer no mesmo periodo. 2. A base de dados de candidatos aprovados a que se refere o niimero anterior tem a validade de um ano. ARTIGO 9" (Disponsbizacao de quadras) Os servigos da Administragio Cental abrangidos pelo presente regime sto obrigados a seleccionar, apenas, os can- didatos reerutados pela Entidade Recrutadora Unica ARTIGO 10° ind 1.0 Jirinos concursos ptiblicos de ingresso & constituido a partir de uma bolsa de peritos, composta por funcionsrios dda Entidade Recrutadora Unica, 2. Integra o Jiri um representante do organismo de des- tino do pessoal arecrutar, 3. O Jiri pode ainda ser integrado por membros das ‘rdens profissionais ¢ individuos da sociedade civil com reconhecido mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal. ARTIGO IL! (otatisidade do Jar} ‘A composigao do Jiri deve ser alterada em cada novo concurso puiblico de ingresso. CAPITULO IL Disposisses Finais e Transitérins ARTIGO 12° (Recrutamento massive) ‘Nos concursos de ingresso com um mimero elevado de ‘vagas, a Entidade Reenutadora Unica € apoiada pelo Sector pelos organismos da Administragdo Local do Estado nas situages em que as cireunstancias do caso conereto 0 exijam, ARTIGO 13° CLepistagosplicived Aorecrutamento previstono presente Diploma aplicamese ‘as nommas estabelecidas no Regulamento sobre Recrutamento e Seleceiio dle Candidatos na Administragio Publica ARTIGO Ms (Processosem curso) Os processos de concurso piiblico em curso ficam ‘sijitos a0 procedimento derecrutamento e seleceto de can- datos na Administragao Piblica, actualmente em vigor ARTIC 15° (Davidse misses) As dividas e as omissdes resultantes da interpretagao ¢ da aplicagio do presente Diploma sio resolvidas pelo Presidente da Reptiblica, SERIE -N° 117 -DE 3 DE AGOSTO DE 2020 4019 ARTIGo 16° ©) Operages de Capitais, nomeadamente (GEntrada em vig) 1) Operagées de aquisigao de bens imoveis on 0 presente Diploma entra em vigor 90 dis aps & data dda sua publicagao. Apreciado em Conselho de Ministros, am Landa, 108 26 de Junho de 2020. Publique-se. Luanda, aos 27 de Julho de 2020, O Presidente da Reptblica, JoAo Mauer Gongatvts, Lourengo, BANCO NACIONAL DE ANGOLA Avison. de de Agoxo Havendo necessidade de se proceder actualizagio € clariticago das rearas procedimentos de realizagio de pagamentos sobre o exterior de operagbes camnbiais de invi- iveis conentes, mercadorias € de capitais ordenadas por pessoas singulares residentes eno residentes cambiai ‘No uso da competéncia que me & conferida pelas dispo- sigdes combinadas do n® 2 do artigo 28° da Lei n* 5/97, de 27 de Julho, Lei Cambial,e dos artigos 40.° e S1.°, ambos da Lei 16/10, de 15 de Julho, Lei do Banco Nacional de Angola, determine CAPITULOT Disposices Gerais ARTIGO LY (object, © presente Aviso estabelece as regras e procedimentos que devem ser observados na realizago de operagies cant biais de compra de moeda estrangeira ou de transferéncia de recursos proprios em moeda estrangeira, por pessoas singt= Iares, nomeadamente: 1, Operagues de Residentes Cambiais: a) Operagies de Invisiveis Corentes, designada- mente: D Operages privadas ordenadas por pessoas singnlares para gastos com viagens, trans- ferencias unilaterais de natureza_privada, incluindo para apoio familiar, educagio © satide; ‘Transferéncia de recursos impertados ou acumulados por um cidaddo estrangeiro durante a sua residéncia no Pais ao abrigo de um visto de autorizago de residéncia, no final da sua estadia ou cumprimento de mis- siono Pais; ) Operagoes de Importagao de Mereadoria ordena- das por pessoas singulares, de eardeter privado; activos mobiliarios no estrangeiro; ii) Financiamentos contratados a uma institui- 0 finaneeira no estrangeito para qualquer finalidade, 2, Operagdes de Nao Residentes Cambiai 9) Transferéncia deremmeragbes de trabalho por conta de outrem; ii) Transferéncia de recursos importados para © Pais: itt) Transferéncia de rendimentos de capitas. ARTIGO2 Ambicoy ‘Stio destinatérios das disposigdes constantes do presente Aviso os intervenientes na realizagao das operagdes cam biais, nomeadamente: 4a) Pessoas singulares ordenadoras das referidas ope- ragves; ) Tustituigdes Financeiras intermediaias nas ref das operagves. ARTIGO 3° @etinicoes) Para efeitos do presente Aviso, entende-se por: «@) Operagdo Cambial: a venda de moeda estranacira ‘um cliente ou 0 débito da conta de un cliente com recursos proprios em moeda estrangeira, para cobertura de uma operagao de invisiveis correntes conforme deinida no presente Aviso; D) Residente Cambiat: conform definido no n.° 1 do atigo 4° da Lei n° 5/97, de 27 de Junho, Lei Cambial, ineluindo uma pessoa singular, cida- dio estrangeiro, a residir em Angola, a0 abrigo de um visto de fixagao de residencia, ©) Nao Residente Cambial- conforme definido no n° 2 do attigo4° da Lein.” 5/97, de27 de Junho, Lei Cambial, incluindo trabathadores estrangei- 10s nilo residentes cambinis que exercem uma sctividade rennunerada no Pais; @) Operagies de Capitais ce Caricter Pessoal: as transferéncias ou transacedes de e para o estrangeiro, relativas a (j) doagGes, dates. empréstimos de natureza exchusivamente civil, Gi) pazamento de prestasdes devidas por segura- doras resultantes de contratos de seguro directo de vida, com excepeio de pensdes ¢ rendas; ©) Transferéncias Correntes: referem-se 205 ffuxos ‘inanceiros remetidos a0 exterior do Pais por cntidades particulares, sem contrapartida de mercadorias, servigos, aplicagOes financeitas ou estimento, designadamente, as transferéneias para apoio familiar, fins educacionais, cientificos © culturais, trtamento de satide, contribuicoes periddicas a ratios de classe, bem como outras ‘ransferéncias de idéntien natureza,

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