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Das obrigagten om gorst TV) Consentimento do lesado(2) (art. 340). Também o ‘consentimento do lesado (anterior & lesio) constitui causa justi- ficativa do facto. © consentimento do lesado consiste na aguies- céncia do titular do direito & pritica do acto que, sem ela, constituiria uma respectvo interesse. Se A autoriza 0 vizinho a entrar em sua casa sempre que necesite, para se utilizar do telefone, a abrir ¢ ler a sua corres- pondéncia durante o perfodo em que vai estar ausente de casa, ou se Ihe permite colher a fruta do seu quintal, deitar abaixo as arvores que estorvem 2s obras do présdio contiguo, no haveri ilciude nos actos que o Vizinho pratique no wo da autorizagdo que the foi concedida: volenti non fit iniuria (2). direito subjectivo constitui um instrumento de protec- so de certosintereses, que a lei coloca a disposigio do respec- tivo titular; se este consente na lesio do interesse, cesa a rao de ser da indemnizagio concedida através da responsibilidade civil que, tatelando bens privados, presupSe a existéncia de tum dano sem a vontade ou contra a vontade do leado. Res- salvare 0 caso de 0 acto autorizado ser contrério a uma proi- bigdo legal (©. g por constituir um crime ou uma transgres- so) (2) ou infringir os bons costumes (4). Nio fica isento, riso da a Henteao ou da insolvénca do beneliciro do set), emborn poss (Gn sulle indeusuar-o h cota dec, como ore peter de egos. (0 Chien portugutsregloa dieciamentew qustio, em terms de a obiento 4ée iodeomizar io real forgsamente, dem sequer em pars, obre 0 agate como fenusaor do dana: Vat Senna, Causes Jartiatnas do fat, Sep. 6x Resporahl- [dade ev, pg. 23, vols 35 © 36. () IcHononat, Lied accepaton des isquesdanstarxpnsabiitcile 966. (No dee colundirse 0 conseatimento do lemdo com a culpa (excasiva ‘x concorete) do lsado: Roots, 0. et. 0.* 1415. (Q)_ Hala em vista, quanto aot iritos de personalidad, 0 disposto nos at- 122 Be Bs (0) Chsos em ue lel considera 0 ilar do dreito obigndo a conmetir na prticn do acto, sem tal conseatimesto ou © seu sopeimento, seis ito: rigs 15892 1.6 14814, 1. Ce. Pessoa donot, ob i, not 251. 06 Ponten dos obrigagbon portanto, de responsabilidade © autor da curanisia, consentida, pelo enfermo, nem 0 autor do incéndio da habitacio, consen- tido pelo dono do prédio. ‘Teme por existente 0 consentimento do lesado nos casos ‘em que a lesfo se operou no seu interesse e de acordo com a sua vontade presumivel (art. 340.%, 3): requisito paralelo a0 estar belecido nos artigos 465.° € 468. 1, pata a gestio de negécios. ‘Esta presungio tem uum campo especial de aplicaglo no caso das intervengies cirirgicas em que o doente no esti em condigSes (de discernimento ou de livre determinagio) de dar o seu con- sentiment ou de permitir © alargamento da intervengio a ‘outros Srgios afectados (1). No caso de certas priticas desportivas mais violentas (desde © foot-ball 4 lata, 20 box, & esgrima, 20 rugby, etc), tem-se centendido que hi uma aceitago tdcitae relproca dos tiscos de aci- dentes que esses jogos envolvem (2) 131. C) Nexo de imputario do facto ao lesante. Para que © facto illcito gere responsablidade, € necessério que 0 autor tenha agido com culpa. Nio basta reconhecer que ele procedea “objectivamente mal. B preciso, nos termos do artigo 483.% que jolaglo ilcta tenha sido praticada com dolo ou mera culpa. ‘Agir com culpa significa actuar em termos de a conduta do agente merecer a reprovagio ou censura do direito: o lesante, pela sua capacidade e em face das circunstincias concretas da situagio, podia e devia ter agido de outro modo, () Epvaaco Conama, ob. oft, Hy # 2°, 6 ©) Laman, § 66,1, pig 431; Cansownn, 2 95, pg 36, Bata justieago (comentinenta presuativo 60 Jogsdorrelativarente As lesen que vata em oatas sritias deportins, desde que nfo baja dls do causaor do dao) ten levantado ivergtcig, quer na doutrina, quer na Jursprudtacia alms; cfr. Emm, § 9, 1, lg. 63; E, Scmamr, no JZ, $4, pis. 969; Haruna, na NLR. 54 ois 1225. ar Deo obrigagbee om gerat B quando é que a conduta do lesante se pode considerar reprovivel ox censurivel—culposs, hoc sensu? A resolugio deste problema, nos termos abstractos em que acaba de ser formulade, pode desdobrar-se em duns fises suces- sivas. Em primeico luger, importa saber quem & impuidvel, que requisites sio necessirios para que a pessoa seja susceptivel do jutzo de censura ou reprovagio traduzido na imputagio do facto illcito. Sabido quem seja susceptivel dese juizo genérico de censura, importa saber se pessoa impotivel, a quem o facto & atribuido, agi, no caso concreto, em termos que justifiquem a censura. "Tratase de saber se a pesioa podia e devia ter agido de modo diferente e em que grau 0 podia e devia ter feito. 132. 1) Imputdilidade. Diz-se imputivel a pessoa com capacidade natural para prever os efeitos e medir 0 valor dos seus actos e para se determinar de harmonia com o juizo faga acerca destes. ani Exige-se, assim, para que haja imputabilidade, a posse de cexto discenimento (capacidade intelectual e emocional) € de certa liberdade de determinagio (capacidade volitiva). Por isso se diz (art. 488. 1) que nio responde pelas conse quincias do facto danoso quem, no momento em que o facto corree, estava incapacitado de entender ou querer('). (© que releva, portanto, aos olhos da lei, é a existéncia ou a falta desta dupla capacidade, no momento em que o facto & praticado (2) ().Tratase de critio anilogo 20 utlaado, no dominio dos negdcios jar ios, para defini wincaaciade acidetl art. 357). Tambim 0 Ciao cy ‘lem (F 827, 1 recorre ao duplo partmetro do dacertimew Gtsecta) «da Yontade (iberdade de determiasio) para dat a nosio Inga de llmpatabdae, ‘numa férmula menos precisa do que ede et cll portugues. ‘@) ‘Sto assim inespensivis, por faa de impuiabilade, abo s6 os meno- a8 Pontes dae obrigagéoe Hi pessoas em quem lei presume a filta de tal eapacidade no momento do facto (or menores de sete anos 0s interditos por ‘nomalia pslquica(t), 20 lado de outras que, carccendo dela ‘embora, io tatadas como se a postuisem (os que culposamente se incapacitaram de entender ou querer, sendo esa situagio puramente transitéria (*) [Nos casos em que nio hi imputabilidade do autor material do facto, o lesado poderé ressascir-se, no entanto, 2 custa da pesoa obrigada 2 vigilincia do agente, salvo se se verificar alguma das circunstincia previstas no artigo 491." [Nos casos em que no haja pessoas obrigades & vigilincia do agente ou em que se verifique alguma das circunstincias ‘previstas na parte final do artigo 491.*, a lesio tende a ficar sem reparagio, por falta de quem responda por ela. Responsebilidade especial das pessoas inimputdves. Mas nem sempre assim sucede, Na sequéncia de uma orientagdo que, tee de stp ans © 05 intros por anomala paguia, mas and os que praca 0 ‘eo om estado de erbraguts completa, daranteo sone, dartate um desmaio ou tan tage eplptico, mum soest de ebre lerada ov em extedo hip. ‘Sta, Calpe do dvedor ou do agen. 5; Root, La responsabiué ce 1.9* 407 ‘segs, Nao rlevam apenas, pat ese efoto, a8 stages em que o agente se encon- tru rivado de capacidade de eaieder, como podeia sapere em face de esiena- ‘lo dada na lesa anterior a correspondent interdeo (hamada por demic) Sobre o etados petoleios (pcoptiasepsinss) que afctam, nfo prpriamente ‘iets, tan a voniads do agen vide Panna Gonaaza e Enwsnno Comat, ‘indamento da interdigo por demic, 04 RL3, 862, pg. 29 © sep. (©) A presanglo, como tal no exclu # posbldade, deoto mito remota tn peti, de se demonstra & foputailéade dos interditos e dos menores de sete ‘Em contrapactide, ambi a anstacia da previo nfo impede que so lege ¢ prove a faa de imputbildads os simples iabiliados, de menoes com ‘mais do ste anos, ou mesa ée aalis dessiados qvenio teaham sido intexd- ‘des, mostando que ez sara incapacitadosdeeatender on de querer no momo (a pritcn do acto, Cir. Pas bt Lata © ANTUNES VARELA, Cd. Cn. nord, co so ar. 8 “@)_ A sevesiéade da lel ange de modo especial os que cujoramente (20 ‘endo neceesiio que doloameie) se embiagaram ot tomaram extpelaientes. “9 Das obrigastioe om gerat em termos bastante mais rigidos aliés, procede jé da legislagio anterior, © novo Cédigo (art. 489.) admite(!) que a pesoa inimputdvel seja condenada a indemnizar total om parcialmente 6 lesado (ato sendo possivel obter a reparagio por parte das ‘pessoas a quem toca a vigilincia daquela(2)), quando razées de equidade assim o imponham: porque o agente tenha bens bastantes por onde responder, porque © lesado tena ficado ‘em dificil situagio econdmica, porque seja acentuada a diferenga de condigio cconémica entre um € outro, porque sejaavultado ‘© montante do prejuizo, porque seja particularmente grave a conduta do agente, porque seja bastante séia a violagio cometida, etc. (3). ()_Aseethanga ald, do que faze vriatoutaslelaSe: ft art. 2047, 1, do Cid. cl. italiano; § 829 do Cbd, alenfo; at. S4* do Cbd, sugo das ob. ‘sbes; art. 143." do Co, pol. das obrig. de 1930. ‘0 Cidigo portugts de 1857 consagrva Ht, mas em termes rides, a respon. sabildade cil don mores don deuazador 0 dementes, quando 2 represen ‘antes egal, on aqucls a caja guard dre extaram entepue,promiiem que ‘lo houvee culpa da sun pare (ars. 277° a 2379.9, Estas disposies esto 2) Aressalva da parte fal do artigo 489 1, abrange ma sun ltr © 90 seu oki, tanto a hipstae de a pesoa obrignds & vigitocia estar isenta de cua, frmo a de ela Se calpada, mas nfo tet bens por onde noua efctivarae a respon. Sabilidade. Neste dkimo caso, porém, o lnimputdelScarasubropado nos drlos o lesado, conta peson culpa du falta de viglincia,relaivamente& soma que tenba pago. A responsbilidade do lnimputive! apenas se josifen, de faco, como ‘medida de proteio do lsedo; uma ver satisttor os dete dete, neabome sazio subsite para que a responabldade, nap relaées ere 0 inimpathvel ¢ & ‘esoaincumbida d vgn, do cotinue a cargo exlusivo det, emboca destro os lites da indernzagdo page pelo iacape. tt, Vaz Son, ee, pig. 104105. ©) O momento a que © julgador deve stnder, quanto & situasto exondnlca o autor de lest ¢o da data da sentenga. Mat quato 20 gran de serie fo agente, bum alin esplcie de lesko provorade,relva 0 momento da rie tien do facto: Vaz Som, este, ps. 106 “0 Fontes dos obrigagton Nio se trata de um caso de responsbilidade objectiva, pois o inimputivel ndo responde, como & préprio desa moda lidade de responsabilidade, pelos danos provenientes de caso ria fps mi: Respond spn 3 ero 2 32 respondera, se foste imputével ¢ praticasse 0 mesmo facto (') Com uma diferensa, alés importante: ele responde, segundo Gittrios de equidade; imputivel responderia de harmonia com as regras do direito estrito. ‘A indemnizagio deve ser, todsvia, calcula de modo 2 nfo prejudicar of alimentos do inimputivel, nem or deveres legais de alimentos que recaiam sobre ele (art. 489.°, 2). Reserva semelhante mandava 0 Cédigo de 1867 observar quanto 20 céleulo da indemnizagio rigidamente imposta a0 demente (ast. 2378.9. Em renimo, pode dizere que para haver responsbili- dade da pessoa inimputivel ¢ neceséria a verificigio dos seguintes requistos: ¢) que haja um ficto illcito; #) que ese facto tenha causado danos a alguém; «) que 0 facto tenba sido praticado ei condigSes de ser considerado culposo, repovével, se nas mesmas condigBestiveste sido praticado por pessoa impo tével; d) que haja entre o facto € 0 dano o necessrio nexo de causalidades ) que a reparasio do dano nfo poss ser obtida dos vigilantes do inimputivel; f) que a equidade justifique a responsabilidade total ou parcial do autor, em fase das circuns- tincias concretas do caso; 2) que obrigagio de indemnizar seja fixada em termos de no privar o inimputivel dos meios necesstios aos seus alimentos ou 30 cumprimento dos seus deve res legais de alimentos. () De conti, o inimputivl seria tatado com malor rigor do que 1 {ose impute, 0 que fo ra jus nem esté no espiito da I. Para defini ene regime especial aplictvel a inisputtve fs alu, com algum propriate, mame, ‘elpaobjeciva ob aberecra do autor da eso. No mesmo set Hocesran, Grae ‘der Tafa Onrecnanefahige, ACP, 104, pg. 34 segs, © seat, de 21-1963 40 BG.UL, pub, os N. J. We 6, pag. 160. wt Dae obrigartee om gerat 133. I) Culpa, Nogio. Mas aio basta a imputaildade do agente. Para que 0 facto the poss ser imputado, & necessé- rio que ele tenha agido com culpa, que haja certo nexo psicoldgco entre o fa € a vontade do lesante. eAquele que, com dolo ow mera culpe.2, diz 0 artigo 483%, 1. Eon 2 do mesino preceito acrescenta que «sé existe obrigacao de indemmizarindependentemente de culpa nos cass especificades na le. Embora abundem nas legislages modemas os casos de responsablidade objecting, ¢ muitos autores tendam a ample © dominio desta, 0 Cédigo manteve-te fiel & regra de que a repel ‘Pressupie @ culpa, de que ndo hd responsabildade sem culpa ('). ‘A calpa exprime um julso de reprovabilidade pessoal da conduta do agente (o lesinie devia podia ter agido de outro modo), que assenta no nexo existente entre 0 facto e a vontade deste (2), pode revesti duas formas distinas: 0 dola (a que of autores ¢ as lis di0 algumas vezes o nome de mé f2)€ a negli sgéncia ow mera culpa (culpa em sentido estrito). AA distingio, que reveste um interesse capital no dominio do diteito criminal, no teve durane muito tempo nenhum con abit £8 ste comrade ds ate erent raz Singh, et et, a 2 ‘A peboria dutrna do artigo 1 737° do projeto do Céd, civil da Hung, que ‘tein princi da indemnlnasoaguitetia don on sos de val Hllia sem culpa, nfo teve qualquer segumento, que sibs © L. Devore, Linputbiia ¢ Je ase forme mel dirt eve, 1964, A elpa 6 no fad, a puta éicojuridica do facto 4 uma pesca mas inpusio no stato transcendente de reprovailidade ou cenuailade Timputagto do fcto ado dos dane por exe causes Pars hier cigs, no caso da alimaso oa divulge de fatos sucseptvels de prjudearo créito ou o tom nome de algo, basta, em principio, que oagtate cova sima 0 ifn ofc, pou inpaado gue oe eae oo um fm consequtrca dso, o Fesado pereia um negico vantaoso on uma colorado feodoss ou veria deseo o seu noivad. Desde que 0 agente conhoga oa derese ‘contest a ilctude ou carrer danoro do fac, 6 justo que sobre ee ecala © encargo de reparar os danos efetvamentecausns por ese facto. “ae Fontes dae obrioagSoe relevo especial para o direito civil, designadamente no capitulo da responsbilidade civil. Enteidiase que esta tinha uma fungio exclusivanente repa- radora(!) dos danos softidos pelo lesido, nfo de punigio ou sangéo da conduta do agente, nem de prevenso (geral especial) do illcito, como a responssbilidade criminal. Por isso, uma vez assente que havia culpa do agente, sustentava-se que lhe incum~ bia ressarcir a vitima de todos os danos softidos (nem mais, nem menos), fosse qual fosse a modalidade ou o grau de culpa ‘com que ele agiu, 20 contririo do que sucede no dominio da responsabilidade criminal, onde 0 grau de culpa do agente cexerce uma influéncia capital na graduagio da pena dentro da tmoldura penal correspondente 2 insacgao. Outra foi, porém, a orientacdo seguida pela nova lei civil quanto 2 questio fundamental do montante da indemnizagio no capfrulo da responsabilidade extracontratual (2). Quando a responsabilidade se funda na mera culpa, diz 0 artigo 494° que a indemnizagio pode ser equitativamente fixada em montante inferior a0 valor dos danos causados, desde que assim 6 justifiquem o grau de culpabilidade do agente, a situago eco- némica deste e do lesado e as demais circunstincias do caso (3)- (8) Panera Como, 0 nexo de couoltade na responsabilidad cv, whe 46, 67, 9 € 8, © 94, Cl, porta, 60 mesmo suler, Cup do lesnie« exiend da orev a av. Dir ip, Soc. Vg. Sla cag onde carefree comestamh finns diaposges (rts, 2384 a 23872, 2380, 2398°, § 2°, do Cbd. de 67; fet Me, § 24, do Cid, Proc. Peal edd: act, $6, n° 2, do Céd, da Estads) (de legis anterior, que ateniam jk A modlidade ou ao rau da culpa do lesan, 1 frac do montate da inéernizasio. ‘@), Tanbim na Alemanha, por ocislo do 43° Dia dos Jrsas alemdes (0960) fot proposo, com 1 oncordincia posterior do Ministrio Feder de Je tig, 0 adtamento dam precio ao § 255 Jo BG. B, que, revogando o prac ‘lo tradkional do wide ou nad, permite a graduagio ds indemnizagio, de {corde com as crcinstcla de cada cso, Vide Lowexz- Maven, Mafgssrvar lind Minderane der Schadenseratpficht dh ecitekches Exmee, 17 (0), Entre as dreansincis andes ara a fragho da indemnizagio dove incuinseo enrguecimento que o fsante porventra tena trado do facto Mo, a Das obrigagties em gerat Fundando-se a responsabilidade no dolo, sendo mais forte © lago que prende o ato 2 vortade do agente, o montante da indemnizagdo teré de corresponder sempre a0 valor dos danos, do podendo 0 juiz arbitrar indemnizasio inferior (). Por outro lado, quando sejam varias as pessoas responsiveis, pelos danos, prescreve o artigo 497%, , que wo dircito de regreso entre os responsivels existe na medida das respectivascuipas e das consequéncias que delas advieram...». Paralelamente, na hipétese de 0 pr6prio lesado ter concor- rido para a produgio ou 0 agravamento do dano, mands o artigo '570.° ajustar a concessio e 0 montante da indemnizagao 3 forma ‘como, em cada caso concreto, a culpa do agente ou do deve~ dor e 2 culpa do lesado contribuiram para a verificagio do dano. Bastariam estas solugdes catdiais do novo sistema, ainda que outras no houvesse (*), para nos obrigarem a aprofumdar visto que a indemnizagdo no deverd ser infrior eo montante dese beaefco P. Costa, O emguecimento « 0 dane, 12, 14s. 83. (@)Sobze a questio de saber seo artigo 494. € ou nko aplicivel& respons blidade pelo ric, vide re, subse;zo TH “ems cicutldo bastante, ere 00s € na douina esvangera, = queso de saber #2 0 facto deo responsive ter sua responsabiidade coberia peo seguro & fu nfo crunstncia aeadivel na Mago da indernieagdo. Ora, nada impede ae ‘© ‘nibaalatenda esa czeustincin,apesar de 0 devedor da indernizagio ver © ‘agente eno a companhia segradorn, Atender a ese circnsfoci nio inion, ‘videctermente, reconhecer » possbiliéade de x inderniagto exceder 0 valor do ano, pelo facio de haver seguro que 0 eos, mas ape de dim 8 atenuar| (ular ot) afrega etre © moctaat da indemaizapioe o valet de dazo, Poreture supetida por outs circunstcias. (2) HA casos, 20 sector da responsabilidad contratsal, om qut 58 0 rere, como feats de respoasbildae— artigos 814° ¢ 815%, 9574, 11M" © ‘681. que tatam: da responsablidade do devedor pel oberto da pretart, a 1 mora do credor; da responsabilidade do doador e do comodans eb Vos de iit ou da coisa doada ou comodada;e da respasabldade do cbejue adlae ‘eador pelos acospratiados em prize do cal ox do onto one. © artigo 853° também aft do insta da compensa os ets prove lentes de feta iltos don (Gt, sinds 0 1.°4 do artigo 1322, segundo 0 qual o achador ob reponde pela perda ou deteriorajto d coisa, nos cos de dolo ou culpa grave. “ orton dan obrigagson 1 distingdo entre o dolo © a mera negligéncia ¢ a precisar os fac- totes em fancio dos quais se mede 0 grau da culpa. 134 Modalidades da ‘culpa. O dolo (directo, necessirio ou eventual), A. distingio entre 0 doloe a negligéncia, como moda~ lidades da culpa, aparece logo refetida na disposigio que cons- titui a trave-mestra de toda a construgio legislativa da respon- ssbilidade civil (art. 483.%, 1). © sentido da distinggo transluz, por seu turno, no tratamento especial que o artigo 494.° reserva para 08 casos de mera culpa. O dolo aparece como am ‘mais grave da culpa, aqucla em que a conduta do agente, pela mais estreita identificagio estabelecida entre a vontade deste 0 facto, se torna mais fortemente censurivel. No dolo cabem, em primeira linha, os casos em que © agente quis drecamente realizar 0 facto illcto (apropriar-se da coisa alheia, destrut-a ou danificéls, impedir 0 dono de uséla; usurpar 0 nome de outrem, apoderarse da marca de uma firma concorrente, etc). Estes so os casos de dolo directo — agueles em que 0 agente representa ou prefigara no seu espirito dleteiminado efeto da sua conduta e quer este efeito como fim da sua actuagio, apesar de conhecer a ilicitude dele. jomalista sabe que, narrando certo facto, atinge a honra ‘ov 0 born nome de outrem; e & esse preciso eftito que ele pre- tende atingir. O namorado ciumento sabe que, disparando arma, atingiré mortalmente seu rival, ¢ 2 morte deste que © agressor quer provocat. ‘Ao lado destes casos, embora com um recorte pricol6gico distinto, outros devem set ainda incluides no conceito de dolo, ‘por susctarem igual jutzo de reprovagio no plano do dircito. So aqueles casos em que, nfo querendo directamente 0 facto illcio, o agente todavia o previu como uma conse~ quéncia necessria, segura, da soa conduta. O efeto illcito € © resultado querido estavam indissolivelmente ligados, © agente as Das obrigagoey om gerat conhecia esse nexo de cattsalidade, e nem por iss0 deixou de agi. A quer transportar certos produtos de um para outro dos seus prédios, sabendo que, para tal, os seus empregados tém de atravessat prédio alheio e destruir nele certas culturas; apesar disso, dé ordens nese sentido. B quer dest certa coisa de C e sabe que, para tal, & neces sério danificar uma outra de D. Em relagio 3 primeira coisa, hd dolo directo; 4 outa & danifcada também com dolo, mas dolo necesséria. Os autores no hesitam em equiparar, quanto 20 seu trata- mento juridico, o dolo necessério a0 dolo directo. Hesitagdes ¢ divergéncias entre cles (nomeadamente no direito penal, onde o problema tem sido desde hd muito deba- fido) levanta-as o exame dos casos ein que 0 agente previa a produgio do facto ilicit, nfo como uma consequéncia neces stria da sua conduta, mas como um efeito apenas posivel ou eventual, Ao aproximar-se dum cruzamento, vendo pessoas ¢ vee culos a transitarem num sentido diferente do tee 0 conde’ ho abranda a velocidade excestiva em que segue, poco ou nada se importando com 0 risco de atropelar alguém ou chocar com algum cxcro, como efectivamente veio a suceder, © atitério mais seguido na doutrina ¢ na jurisprudéncia, quanto 3 classficagio destas hipdteses, gira em tomo da resposta que, em cada caso, se possa dar & seguinte interroga¢io: Que teria feito o agente, se previsse 0 facto ilicitn, no como mera consequéncia pessivel, mas como efeito necessrio da sua conduta: terse-ia abstido de agit? ou teria persistido nessa conduta, ‘como meio de alcangar o eftito que directamente guis obter2(}} 2) Bate 6 0 quem das chamaces formulas de Frans, ‘Nie ands lone do mesmo pentameato a formula de Vow Hiri, segundo & a6 Fontes das obrigagée Os sequazes da tcoria da vontade (da Willenstheorie, em contraposicio 2. Vorstelungstheore) exigem, porém, algo. mais cdo que a mera indiferenga do agente, para servir de base & sua reaccio hipotética: querem uma verdadeira adesdo da vontade do agente ao resultado, Nessa linha de orientagio enfileica Epuarpo Conséra(!), para quem hé dolo, nos casos em ‘exame, sempre que 0 agente, 20 actuar, no confiou em que 60 tal efeito possvel se mio verifcaria; haveré mera negligéndia (consciente), quando o agente tenha actuado 6 porque (infun- dadamente embora) confion em que o resultado no se pro- duziria (). No primeiro caso, havers dolo— dolo eventual — porque 1 insensibilidade do agente perante os valores que violon con- tinua a merecer um juizo de forte reprovacéo; no segundo, hhaveri mera aulpa, embora culpa consciente, porque 0 agente previu (como possivel) a produgio do facto € no tomou as medidas necessirias para o evitar. 135. Elemento inteletual do dolo, Além do nexo, que acaba de ser descrto, entre o fact ilicto a vontade do lesante, nexo que constitui o elemeiito volitivo ou emacional do dolo, este compreende ainda um outro clemento, de natureza inle- leetual, Para que haja dolo é essencial 0 conhecimento das cizcuns- ‘incias de facto que integram a violagio do dircito ou da norma tna oto veto, aod & posse 4 a9 often nv facto ‘Todo, enter fndererte ou a Sete em 8 nnn sempre rade ‘ao sgt do gus encas0 su sth, pel om, etn cone ‘i qa eaperana eae cofns nents de gue ofa 80 ‘eras tye sa dev prs condi do spent (0) Ob cl, pig te tes, No en seo easoxe Onno, em antsto ao 426 da BG: wort it dar Hoi ner Vorseling td Bl ‘une ts Bote (Dolo csi wb repent ¢ orci dee). (Bae, $7.1, 2. “7 as obrigagdes em gerai Fontes das obrigactoe tuteladora de interesses alheios e a consciéncia da ilicitude do facto. Para que a apropriagio de coisa alheia, por ex, seja doloss, toma-se mister, antes de mais, que a pessoa saiba que a coisa Ihe nio pertence. E é necessério ainda que conhega a ilicitude do acto: para que seja dlaso 0 uso da coisa feito pelo eredor pignoraticio (art. 671.°, 8)), no basta que cle saiba que a coisa The nfo pertence; importa que saiba outrossim no lhe ser per mitido usar dela. Pode afastar também a existincia do dolo a suposigio errénea da verificagio de uma circunstincia que, a existit na realidade, constitusse uma causa justfcativa do facto. Os autores excluem apenas, em regra, da necessidade da consciéncia da ilicitude 0 conhecimento da imoralidade do acto on do carkcter ofensivo des bons costumes, quando a ilicinade envolva qualquer desses aspectos(!). Estio em causa prin~ cipios de tal modo divulgados entre os membros da comu- niidade, que repugna aceitar a invocagio da ignorincia deles como causa de exclusio do dolo. [Ni & essencial a0 dolo a intengio de causar um dano a outrem. (0 animus nocendi proprio do chamado dolus malus); basta a consciéncia do prejuizo, do carécter danoso do facto (0 dolo _genbrice)(2), como logo se infere do desenho psicolégico das hip6teses integradoras do dolo indirecto ou necesbrio 136. Mera culpa ou negligéncia*. Diferente do dolo, em qualquer das suas variantes, € 0 conceito de mera culpa ou negli (Lanna, $19, 1 0. ed). @)_Giaw, ob et, ple. 178 * euros, Falritntet und efrdeiihe Serf, 1963; Homans, Die Absfing der Fabosighet in der Rechsgeschihe unter besnderer Berichte rg er culpa levine, 1968, as igincia, 2 qual consiste na omissdo da dilgéncia exigivel do cagente (die Ausserachtlassung der im Verkehr erfohrderlichen. Sorgfal (1), No Ambito da mera culpa cabem, em primeizo Iugar, aqueles casos (excluidos do conceit do dolo), em que © autor prevé a produgio do facto ilfcto como possfvel, mas por levian dade, precipitagio, desleixo ow inairia cré na sua nfo verificacio, «96 por isso no toma as providéncias necessérias para o evitar (2). Este € 0 recorte psicol6gico dos casos que integram a culpa conscient. ‘Ao lado destes, hi as numerostssimas situagées da vida corrente, em que o agente no chega sequer, por imprevidénca, deseuido, imperkia ow inaptidde, a conceber a possbilidade de 0 facto se vetificar, podendo ¢ devendo prevélo ¢ evitar a sua verifcagt, se usane da dligenia devids, Bo ewo do fumador inveterado que, inadvertidamente, langa 0 cigatro fora, provo- cando incéndio em seara ou casa atheia, ou do condutor impru- dente ¢ distraido que, em animada discussio com os outros cocupantes do vefculo, se nfo apercebe sequer da passagem no cruzamente perigoso onde devia affouxar a velocidade. Falase nestes casos em culpa inconsciente. ‘A mera culpa (quer consciente, quer inconscente) exprime assim uma ligago da pessoa com o facto menos incisiva do que © dolo, mas ainda assim reprovével ou censurdvel. O grau de reprovagio ou de censura seré tanto maior quanto mais ampla for a possbilidade de a pessoa ter agido de outro modo, e mais forte ox intenso 0 dever de o ter feito. Perigo eminente exige atengio redobrada, como dizem alguns autores. Brox, pig. 104. (0 aulomebilits to sfrouxn de velosidade num crummento de itensa irelago, insmstument persudido de que nehum outo veiculo suried 20 ‘momento em que ele passa. A pessoa joga A rua um objeto, leianaments con ‘enc de que ninguém por ali pasark a ocasifo, “0 ‘Dag obrigagdas om gerat 137. Gulpa em abstracto (em sentido objecivo) ¢ culpa em ‘eoncreto (em sentido subjective). Assentando a mera culpa, em qualquer das suas variantes, na omissio de um dever de dil {© dever de nio confiar leviana ou precipitadamente na no ‘vetficagio do facto ou o dever de 0 ter previto ¢ ter tomado as providéncias necessirias para o evitat), as principais questes aque ela suscita so as de saber quais sio as coordenadas que definem esta diligéncia e qual é 0 verdadeiro conteddo ou subs- tincia desse dever. ‘Trata-se, em primeiro lugar, de saber qual é 0 padrio por que se afére a conduta do lesante ou, por outras palavras, ual é a bitola com que se mede o grau de diigéncia que dele & exigivel: seré a diligencia que o agente costuma aplicar nos seus actos (diligentia quam suis rebus adkibere sole), de que ele se revela habitualmente capaz, ou ¢ antes a diligéncia de um homem normal, medianamente sagez, prudente, avisado ¢ cui- dadoso? , re No primeizo caso, mede-se a culpa em concreto, pel ino real do préprio lesante; no segundo, determina-se a culpa cm dbstrato, pelo modelo de um homem-tipo, pelo padro de um sujeito ideal, a que os romanos davam a designasio prosaica de bonus pater familias, ¢ que &, no fando, 0 tipo de hhomem-médio ow normal que as leis tm em vista ao fixarem (05 direitos e deveres das pessoas em sociedade. ‘No dominio do Cédigo de 1867 havia uma forte corrente doutriniria, inspirada no ensinamento dominante entre a dou- trina ¢ a jurisprudéncia de outros patses, no ientido de prefe~ fet a tese da culpa em conereto, quanto 4 responsabilidade con tratual (1), ¢ de adoptar o critétio normativo da aulpa em abs- () Gummo Mons, Buti, I, 2° 36; Jan Gower, ob. cl, n° 425 ‘Gnuydo Tus, 2° 20; P. Como, O nexo.. embora con reales (n° 4). Et sentido dierent, remetcodo em cada cao para o prodensarbitio do jlsador, M, Aspeabe, ob ef, n° 75 (por intrpretagto do at, 717%, § 3:9. 490 Fontes das obrigagsoe trace, em relagio 4 responsibilidade extracontratual (in lege Aguilea et levissina culpa veni) © naciocinio em que os autores se baseavam era muito simples. Cada um dos contraentes tem, em principio, a liber dade de escolher o outro e de fixar as cléusulas que mais conve ham 2 prostecugio dos seus interesses. Além disso, hi, por via de regra, um conhecimento recfproco das pessoas que con- tratam entre si, pelo que falecem as razées para exigir destas uma diligtncia ou aptidio diferentes daquelas de que normal- mente se revelam capazes(1). O credor, diz por ex. Disz~ -Picaz0 (2), nio pode razoivelmente experar do devedor outro grau de diligéncia que no seja 0 que ele normalmente desen- volve, € que o credor, antes de contratar, conhecia ou devia conhecer. Quanto a responsibilidade extracontratual, a situaglo é diferente: nem 0 lesado escolhe a pessoa que violou os seus direitos ou ofendeu os seus interesses, nem seria justo langar sobre ele 25 consequéncias da usual imprevidéncia, desleixo ou falta de zelo do autor do facto. © Gédigo Civil consagrow exprensamente a tese da culpa em abstracto quanto 3 responsabilidade extracontratval, mantendo~ se nesta parte fiel 2 orientagio anterior; mas afistou-se dela, 20 mandar aplicar © mesmo eritério 4 apreciaco da culpa no dominio da responsabilidade contratual. «A culpa & apreciada, a falta de outro crttrio legal, diz 0 artigo 487.9, 2, pela diligéncia (1) O srgumento & pouco convincent (@ por ato & nova lel civil se nfo ixow Impresionar por ele, quer porque o credor desconhee je, imeras vars, a3 ‘ees e 8 efeitos pesoalt do devedor,contando apenas ie ele se um hore normal, de digtncia média, que porgee no parece justo titar com maior favor (0 indugtocia os mais delsixads ¢ impradentes. Vaz SERRA, cit. pA. M5 Pron Jonst, abe, phe. 4 0b, ci, 847, 451 Das obrigagben em goral de um bom pai de famlia(), em face das circunsténcias de cada caso (2). ‘A ideia findamental da nova lei, no aspecto cm exame, 6 a de que 0 comércio jurfdico nio pode estar atreito & capa- ‘cidade pessoal de prestacio do devedor. Este é que deve pre~ pparar as coiss de modo a responder cabalmente pelas obriga- 68s que assumiu ou que por lei Ihe sejam imposta (9) A expressio final (em fice das cizcunstincias de cada caso) ano se reporta 4 apreciaglo do julgador, no intuito de cobris tuma multiplicidade de crtérios sobre a matéria(‘); ela quee apenas dizer que a diligéncia relevante para determinagio a culpa é 2 que um homem normal (um bom pai de familia) teria em face do condicionalismo préprio do caso concreto (5). (0) A tefetocis expressva uo bom pai de fain scentaa mals s nota dew 0x deonligien do bom dado (do bona cis) do que oeritrio paramente exe {seo do Aomem ma. Que isto signiar que o jlgador nfo estat. vinculado fs priins de deez, de demaro 09 de incre, que orventra ve team gene: ralinado, te outr fora conduta exigvel dos omens Je bos formusio © Je alo prosedineat ‘Com icoticafnlidade se substitu, na Alemusha, 2 f6emula ccorrete no tebcon, que 0 2# projeto do Cd. ci. slemlo waa, pela expresso exishel ‘no tricone im Vekehr erforderiche Sovgfat..): no basta, comeatam ExoccenvsNirenney, um eso rotneo, € presto um treo normal © so (Vaz SemeA, ex elt, pls. 39, manifesto que figura do bom pl de fm, utlznda pela nossa el como deo da disoca exile do comm das pessoas, € um coneeto simbdlio dese ‘Grado cobs nfo s a sctuacSo do homem a chefs da sociedade fala, mas ‘eos os variados stores da ida de Teapso, por onde se feparte a sctividade as pestons, CH. GroncIANn, hadmpinen, pag 33. (Bo astigo 799, 2—jntegado na sesponsbiiade contratal ~ cre ‘zs, por seu tno: «A cpa &aprecada os trmos alice brespoosabibdade ‘vib. Clty alids,asfrmolas usedas noe artigos 663,67" € 1 124" com as dos artigos 1306. € 861° do Céd. de 1857. Hs, todavia, exepses & doutina eal tama das quais se rele 20 gtr de npc. Ck. Baox, lg. 105; Lawanz, § 20, 1, pli. 212 ©) Brox, pig. 104 (Era nese sentido que M. Axonaps loferpretava & passage, com alm- ‘mas vershangas, da parte fal do § 3 do artigo 717° do Cs. de 1867. (@) Bum citro de algae modo parlelo 20 que consagr, n0 Anbito da 4s Fontes day obrigacSon Uma vez apurada a culpa do agente(!), este & obtigado a indemnizar, devendo o montante da indemnizagio correspon dec, em prinelpio, 20 prejuizo causado. Nio se atende, para 0 eftito, is distingbcs de sabor excolistico que os autores costu- mavam estabelecer entre culpa lata (grave ou grossera) culpa feve ¢ culpa levissima (2). Resalva-se, entretanto, como é sabido, a possibilidade de 1 situagio econémica do lesante e do lesido e as demais ciccuns~ tincias do caso, aliadas 3 pequena ou moderada culpa do agentes justificarem a fixagio equitativs de uma indemnizagio de mon- tante inferior aos danos, pois, se asim for, 0 juiz deve atender também a0 grau de culpabilidade do autor no céleulo da soma 2 pagar. Por outro lado, quando sejam vérios os responsiveis ou quando aja concorréncia de culpas do lesnte © do lesado, volta a interessar 0 grat de culpabilidade de cada um deles ‘responsabilidad conrtsa, 0 artigo 1176 1, do O58, aan: eNo cumpeimeato (Gs obrianesinerentes ao execco dt um acividade profsslonal, a dts eve oprociarse em relat natures da actividadeexeridan. Na rest viene iim Envaccanee-Naruabey, Trtad, tad. elt, J, 22, § 197, J 3: 60 agente ‘dove usar, nor negicos mercanis,o cldado de um comériantecipaz; a cons {rust cidado de um aruitecto iS6ne; na operzio, a dlgtcia de uss mbtico Saaz; na condo de automives, 0 caidado, = serealdade © a preseoga de esp: Fit de un condatr bibs, Vaz Sauce, tei, nota 48. (A apreiago a culpa do rd, em proceso penal, nto vineula de modo extm, peor iene chjectivoe gue tom em viet, x Uherdade de jlgnment {oteunal cl soe a conduts da mem pessoa re mara de reeponsbliade flv 2. do ST, de 61-970 (Bal. Men is, 193, pg. 329. (@) Lata culpa fis et non bulges quod omnes intllepant (D. $0, 16, 23 p.), Sb exceplonalmente (Ce, por ok, © AF. 1 323% 4) 0 Codigo wii ainda puss desss fermulas. ‘A cua fata (qe mals fequentmente se chama culpa grave consist em io fer 0 gue faz » generalidade das pessoas, em io observar os culdados que todos em principio obsevam. A.clpa lev sila a omisio da dlgtcia normal {podendo 0 pao de normaldade ser dado em tertaos sublets, concer Ou ‘em eros objetivo, abtrocon.Acupalevisina seria acmissto dos cidadosepe- ‘als quo #6 a2 pessoas muito pradeass e esceupulosa observa (Daz-PICAz0, ae 885. 48 Das obrigagtew om geral para a fixagio da sua quota de sesponsabilidade nas relagSes internas (cff. art. 497.°, 2) 138. A culpa como defciéncia da vontade ou como conduta deficiente? © segundo problema que suscita a nogio da mera clpa & 0 de saber se no ambito da negligéncia entra apenas a falta de euidado, de zelo ou de aplicacio (a incGria, o desleixo, a precipitacto, a leviandadade ow ligeireza), ou se nela cabe tam~ bbém a fala de senso, de percia ow de apt (a incompeténcia, 2 incapacidade natural, a inaptidio, a inabilidade). O tal padrio {que se toma para apreciar a conduta do agente é sé 0 do homem diligente, cuidadoso, zeloso ou & também 0 do homem mediana- mente sensata, avisado, razodvel, capaz? (1). [Na 12 hipétese, pretende-se apenas que o homem, tal como é, se force por cumprir; na 2, que ele corrijia as suas préprias defi- ‘eigncias naturais ou a sua impreparasio técnica ¢ que, em tltimo termo, evite a pritica dos actos para que carece de aptidio (2). ‘A letca da lei nfo é, neste ponto, tio categérica como em relagio a0 primeiro aspecto que foi examinado; se, por um Tado, 0 conceito do bom pai de familia cobre perfeitamente 08 dois lados por que se revela o homem prudente, avisado, sagaz, © termo diligéncia (que é utilizado no art. 4879, 2), sem excluir de todo em todo a ideis da correceio das préprias inaptidBes ‘ou insuficiéncias naturais, aponta sobretudo para o zel0 ou 0 empenho da vontade () ©) Vax Seana, Culpa do decor ov do gente, ns. 9. © Lanne (f 20, p20) a6, para monsar one prion a unio, oF sennes exmplr! O conor camonda nfo ou © apo do conbsio quem apron, pois ¢ wre ov por ect dense, 0 fst caper de cond; 0 médzo lo lz um moar de age oo de tataeato hi anit combo ¢eaeaiads, org 080 conbere com feu ncape, por er sper 8s sus fa, de asopaaar ox progres sma ptr aut ecompromete restr qucro tn Por sag ‘por no dominar a ténica splicével, “ m= 2 (©) ‘Asin se extra oe ExoaccenseNireoory (iia, ta. ct, a Fontes das obrigagtes Pode, no entanto, afirmar-se que a melhor orientasio de iure consitendo ¢ a que maclhor se coaduna com a opgio da lei pelo critério da culpa em abstract, & a que, dando 3 dili- géncia exigivel do homem 0 contetido mais amplo, define a mera culpa como uma conduta deficiente e a nfo restringe & condicio de uma simples defciéncia de vontade no acto (*) 4) Por um lado, no seria justo que a inaptidio, a impe~ ricia, a incomperéncia, as taras, as reacgdes anormais de tempera ‘mento ou de cardcter, em lugar de onerarem 0 préprio agente, judicassem antes a pessoa ou o patriménio de terceiro (viti- ‘mas dos danos). Nao csti aqui fundamentalmente em causa a ideia da sangio do agente, como sucede no direito criminal, onde alidsndo falta quem admitaa culpa na formagio da personalidade. (© que esté em causa & uma questio clementar de justia comu- fativa, que se resume em saber quem deve suportar o dano: se © titular da coisa ou do direito lesado, se 0 autor do facto ilfcito. 1B) Por outro lado, tratase da solugdo mais educative do ponto de vista individual e da que mais favorece as exigéncial da seguranga social, bem como os interests gerais da contratasio e do cométcio juridico (2). Ela constitai um incentivo para que 124, $197, 3; aoa 6) cinta pare ua slug diferente ds refer 30 tet, (ono fudameato d doe 0 § 276 do Cbd, civ slo apenas se refer dligénla ‘sie no tbo (on el, A ltesidad dn vontads, ao cudado, sens erebexto ‘necealios), e nto Mcapacidade, a0 conbecient, 8 ora, ou ts demas quaiades Jurisprodtnci: Lamas, § 20, Il; Essex, $38, i Da. 207 eae. (onde 4 fala na concepsiocdjectva€ na concepefo mbt da cl). ‘Panama Ceszto (0 proolema da caus viral... pa 295, nota 7, son as exiacas da serurance socal, do intresses gras da contatago © dis nce ‘dudes do tio, itvoon ainda em abono da tse expos o regime da responsabi- lida imposta As geioa» ixmpurdes. 455 Das obrigacdey om gerat 25 pessoas, sobretudo no exercicio da actividade profisional, procurem, na medida do possvel, corsigir as suas deficiéncias naturais ou a sua falta de competéncia até se aproximarem do homem comam, do tipo médio e normal, que a ordem Juridica toma como ponto de referéncia nas suas exigencas, Sea cada um fosselicto escusar-se do mal praticado com a faqueza da sia consttuigio, a sua incapacidade intelectual, a sua especial negacdo para certo tipo de acgBes ou com 0 facto de nio ser suficientemente instrufdo, dotado ou experiente, alegando que fez 0 melhor que ponde, o prinelpio da confianca na actuacdo dos outros (der Vertrauensgrundsatz, a que se referem 6s autores alemacs) softeria um golpe muito sério. E esse prin- cfpio, como Essex (!) justamente observa, reveste uma impor tancia capital, nfo s6 na esfera das relacdes contratuais, mas em todos of outros dominios (haja especialmente em vista a circulaglo rodovitria) onde a actuagio de uns se cruza conti- rmuamente com a dos outros. A regra da culpa, baseada no critério das possbilidades individuais, chega, aliés, na grande generalidade dos casos, para cobrir as necessidades de seguranga social; nos casos pouco frequentes em que se tenha de apelar para um padrio objectivo, ‘ipicizado, porventura superior a essas posibilidades (sendo em~ bora licito atender aos conhecimentos e 3s exigéncias proprias da idade, da profissio, etc. do agente), pode dizer-se com Lanenz (2) que este é por assim dizer, 0 prego que o dieito civil paga pelo reconhecimento do principio da culpa» ) Ennio se diga mesmo que a nogio de culpa, assim defi- nida, leva o julgador a exigir do individu um esforgo superior as suas forgas, impondo-the um dever que ele é naturalmente incapaz de camprir, consagrando aqui, como NirPsnpsy © 93RIv. © $3, Fontes dan obrigaesos afirma, nfo uma culpa, mas uma criptoculpa, Nio & fécil demarcat o extremo limite das capacidades de cada individao se nio se aceitam limitagses quanto 2s possbilidades de cor recgio ou aperfeigoamento da sua vontade em face da vontade do homem médio(1), mal se compreende que elas hajam forgo samente de ser estabelecidas em relagio as outras faculdades do homem. @) Além disso, quanto ’s deficifncias mais vincadas, aquelis que colocm o individuo em plano acentuadamente inferior a0 homem médio ou normal, a orientagio proposta sempre teri a vantagem de, sem ferir a justica nas relagBes centre lesado ¢ lesante, levar 0 interessado muitas vezes a coibir-se dos actos que escapam de todo ao cfrculo das suas aptiddes naturais. Escurado seri, no entanto, acentuar que a maior ou menor facilidade de reacgio do agente, contra as deficiéncias que a sua conduta culposa tenka revelado, seri um dos factores que mais deve pesar no exame do julgador, quando, nos termos do artigo 494, ele possa e deva atender ao grau de culpabilidade do Iesante, na fixagio do montante da indemnizagio (2). A tendéncia geral da doutrina ¢ da jurisprudéncia alemds (Que nenhuma razio hé para nfo accitar em face do direito portuguts vigente) ¢ orientada no sentido de medic por um padrio objective e abstracto, no s6 a diligéncia da vontade, () No mespo sentido, embrando que as fraquezes da voutade tambén podem ser herdadas oo adqurdae em culpa, HECK, ob ct, § 26,-2° 6,0 qual suvarte dos pergns a qe poder conduzie a tee sbjctvta: «Tout tomprendre tundameatal a obra de Divs, Farhlsiket und erforderiche Sorgfal 1963. ‘Aceca do conteido dt mera culpa, v. §§ 6 ¢ 7 dessa monogata, 4st Das obrigagdea em gerat mas também os conhecimentos ¢ a capaddade ow aptidao exigiveis das pessoas,. Estes conhecimentos e aptidées objectivamente exigiveis podem variar, no entanto, de profissio para profisio ¢ até ‘consoante a idade das pessoas. 139. Os termos cldsicos da dstingdo entre 0 dolo e a negligéncia os atagues conta ees movides pela doutrina modema: A) O dolo € a teria finalista da acjio. A distingio entre 0 dolo e a negli- sgéncia, nos termos em que a doutrina clissica a formula, tem sido objecto de miltiplas cxticas, sob:etudo na literatura jurk- dica alemi dos tempos modemos. Logo no que toca 20 conceito do dolo, os partidétios da teoria finaliste da acco, chamando a infengdo do agente (a finali- dade subjectiva da conduta) 20 dominio factual da acpdo (1), ingstem em que no € esencial & actuagio dolasa a conscéncia (positiva) da iliciude; esta interessaric apenas 3 definicio da aulpa. Desde que o agente (ou 0 devedor, no caso da responsabi- lidade contratual) proceda com intengio, no é necessério que tenha conhecimento da ilicrade da sua conduta, para que haja responsabilidade baseada no dolo; basta que aja desconheci- mento culposo (2). Agiria asim com dolo a pessoa que conscentemente des- stoi coisa alheia, embora na conviesio erténea (desde que cul- (2) Sobce a celagio existente tire 2 soncpezo faite dn aio, amas por Waza no dominio da responibildade eriina, © as mkiplas coreates ‘losbicas que a Alemanha romperam com os quadros login formals do posi tivieme naturist, wiase EDuaRD0 Comnm, ob ct, 1, 4 @) ExnacomueNimony, ob. ci, § 210, 1, 25. Noeemney, Rechiidte set, Socaladiqua, Fabritsghe, Schuld im Zivivect, na NIW., 57, p48. 1777 ‘Lavan, §20, IL Esc ($37, TD resume a esac da Schuldeeorie nets eros: Wer yrstalch 5. der Fiat hana! und axserdem scald, hat fr Vor= sree. «Quem age intenclonalmance alm ds, ea com ela, responde por dln 48 Fontes das obrigagSes posa) de que Ihe era licita fazé-lo, tal como a mulher que bate na filha da vizinha, supondo (culposamente) que lhe era permi~ tido fazé-lo, por a mie da menor Ihe ter pedido que tomasse conta dela, durante 2 sua auséncia (1). Esta tese da Schuldtheorie (tmsplantada por Nievexoey do direito penal (2) para o direito civil) é repudiada tanto pela maior parte dos autores, como pela jurispradéncia alema, ftis ao ensinamento da chamada Vorsatziheorie, que considera, em principio, essencial 20 dolo o conhecimento, tanto das circumtén- dias de facto que integram a violio do direito subjective ou da norma tuteladora de interesses de outrem, como da ilictude da conduta. O erro sobre a ilctude (Verbotsrrtum) poderd apenas, se for culposo, servir de base a negligéncia (3). E esta & de facto, a Gnica doutrina defensivel em face do nosso direito constituido. © dolo aparece referido no contexto do artigo 483 20 lado da negligéncia (mera culpa), nitidamente como uma das modilidades possfveis da culpa, do nexo de imputagio do facto ilicito a0 agente, ¢ no como um elemento da descrigio factual completa da acgio. E embora a lei no chegue a definilo, deixando essa tarefa a cargo do intérprete ou da doutrina, certo é que do disposto, tanto no artigo 494., como em outras Adisponigoes, se depreende inequivocamente que o dolo é consi- derado a modalidade mais grave que a culpa pode revestir. E essa maior gravidade, quanto ao elemento intelectual, nio hd razio nenhurna convincente para, limitando-a a0 conhe- cimento das cizcunstincias de facto, nfo estendé-la a0 conheci~ (2) Brox, pig 103. (@) Watzat, Dar neve Bl der Strafechsystems, 3 epg. 53 © ses. (Clr, Bauotans, Sclaltheorie and Verottreum tnt Ziibeck, AeP, 155, pg. 95 e eps; Esta ob. e loc. cte.; H. Stout, Zum Rechferewemrand es verklerchigen Verkatns, 1, 1958, p. 137 © Uwechutypen bei Verlag ‘absolier Rechte, 20 AeP, 162, pg 25. 49 Des obrigagtics em gerat mento do dever que recai sobre © agente (I). Tanta razio hi para no considerar dolaso © uso que alguém faz de coisa alheia, por errdneamente supor que é locatirio dela, como 0 uso que © credor pignoraticio faga da coisa empenhada, por supor que nessa qualidade tal Ihe é permitido. ‘Aliés, nunca a intencio do agente (a finalidade subjectiva da scgo) esgotaria 0 ambito do dolo, desde que ela compreende 105 casos do chamado dolo eventual (2). 140. B) A violegio do dever objective de enidado (do cnidado exiglvel: die erforderliche Sorgfalt) como elemento da ilicitude ¢ nao da negligéncia. Suponhamos que 0 automobilista, a0 apro- ximar-se de uma pasagem para pedes, aftouxou de velocidade, como mandam as regras do trinsito, ¢ fez todos os sinais sonoros ‘ou de luzes indicativos da sua aproximagio, Apesar disso, atro- pelo um pefo, ferindo-o gravemente ou matando-o. Ou admitamos que © condutor do vefevlo nko obedeces a proridade de passgem, s6 porque nfo viu nem podia razolvel- ‘mente ver o sinalindicativo de prioridade, oculto por uma pesada camioneta estacionada junto dele. ‘A doutrina clisica entende que a responsibilidade filha nestes casos, por no haver culpa, visto o condutor ter agido com © ctidado exigivel na circulagio rodovidria. H, porém, quem enteada que, em tais hipéteses, no existe sequer ilicitude, por (0 ireto pent, sia qul for © gulieasso da aspocrimiaal (ols ‘per newlines), poder sempre atendet, dentro de certs limites, 4 frente bavidade de condita do ageta, modinte 8 graduasio da pen. ret civl,porém, 56 pede reduzic 0 montane de indamniagto a cargo do agente (ou do devedon e& actaas deste for prévamentesubtlda 20 dome io do doo iterado no da mera culpe (ct. 434 ()_ tee outros aspectos da critica 8 tora de Wt2st, no capam do dito penal, so deseavolvidameate yrsos nas lgdes do EDan00 Conn 1, pg. 242 sep Quanto a0 dirito cv, ejase BAusunn, arte le. ct; © SebvaDr, Prakick vichige Ausnrhungen der neuen Schalihore im Zivivch, 8 N.3.W 58, le. 488 Fontes das obrioagson considera que esta envolve a violagio do dever objective de idado ou do cuidado exigivel no coméscio juridico, Para Essen, por exemplo, a observincia do cuidado cxigivel no comércio juridico funciona como um fundamento de exclusfo da iliciude, perfeitamente equiparivel 2s causas de justficagio do facto ("). ‘A ideia que esté na base desta concepgio & a de que nfo existe verdadeira violacio objectiva do Direito nos casos em gue, bavendo embora um resultado danoso causado pela acgio fou omissio de uma pessoa, esta usou de todas as precaugbes cexigidas pelas normas regulamentares apliciveis ou pelas regras do comércio juridico, Seria um absurdo supor que a ordem juridica exige que as pessoas actuem por forma a gue tas resol- tados, apesar de considerados em principio como ilcts, jamais se verifiquem (2). Desde que, nfo obstante o prejuizo causado pelo facto, 0 agente (ou o devedor) tenha observado o cuidado exigido pelos sos do coméscio juridico, a sua responssbilidade deve ser afastada in limine, por se reconhecer que no agit ilcitamente, que fee tudo quanto a ordem juridica pods razoi- velmente (ou tacionalmente: verninfigerveise) exigit dela (*). () 0b. ek. $9, HL 1 Esam reconhose mai edlante (§ 38, a exeéaca Ae ues sonapgbesdieenes acerca da nepliénca (al come @ § 276 do B.G.B. & ‘efne) pa erture civil alema a) ene seem elm un Weteno da prope Sina de fact (in Taterondimeroel) previa nas nocmas da responsi: Go caso de Wauzn, Warnbcrin e V. Cabuoser: 8) outos considera como tun cemento dt ilcde (sax e Wour7) a corente durante muito tenpo domi- dante conidert-a como uma pura modalidade éa culpa, igando a tcinde ao sn ‘et det ou revaltado da volgto do dieto subjectivo Oa da norma ttladora (e interenes {@)_ 0 comand jertiko que non impusese o deve de evitar qualquer Iso de tercio, em quisgue creunethnas (er aller Umande), excreve ESR (59, 5, 3, pi 6), seria absurd, porgueninguém o podiscumprt. '@)_ Vejese, para malore deenvolvimentes, MuNzano, Verhalen and Ele le Grnagen der Rechewihighett ind aftr, 1966. 461 Das obrigagtes em gerat 141. Cont, Tese de Lanen2:: distngdo entre os atagues ime~ diatos & os ataques mediatos aas bens jurdicamsnte tutelados. Ao apreciar esta tentativa de deslocagio de uma boa parte do subs ‘ractum da negligéncia, que a doutrina clisica incluia no foro a culpa, para o dominio da ilicitude(!), Laxenz comesa por demonstrar a sua incompatbilidade (aos tetmos amplos em qucWerzet ¢ Nirreroty a defendem) com os textos do Cédigo

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