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Wdugdo 11 ilulo 1 | O nascimento da histéria contemporanea 13, Por que historia? 15 Entre “abiamos” ¢ "progressos”: uma nova visdo da histéria 15 A invengdo do arquivo 17 A invencdo do patriménio 18 Um principio organizador do devir: o progresso 20 Um século na historia 21 As incertezas da historia 21 0 que esté em jogo na escrita da histéria 23 Qual historia? 35 0 processo da velha historia: 0 programa da primeira parte do séeulo XIX 36 Uma perspectiva renovada 40 A filosofia como recurso. 51 Escrever a historia da Revolugao Francesa 35 0 rearranjo da interpretagao liberal 55 Interpretagdes democrdticas. 58 As fraturas de 1851 63 wi As cinsny ven mstiimiess 9s Pa {quanto dmypossivel historical Revo que els testemnunha, Depots de anos , Heeaforgas, la manifesta «frail persistent dla histiehs na Tranya, Nao que w pole ‘nie deva ser privé exeluida do campo da hist, mas porque tal debate se eprint imeiatomente,¢ quase exelusivamente, em catego poliias, As somnbras das gran antepassaos impregnam demais 1 vida politica pea que as palxdes e 0s Confit ch fpoca revoluciontia ssam ser comsiderailos a distancia, Na vesdade, a referéncha & evolugio Francesa & a base mesa da politica Trance ola 6 cmnstantemente mobil aula para se comprceniler 0 presente e preparar faire, Fa impregaa geste politico eres ald caricatura, come observava Marx, 3 propsisita dks Revolugie de 1848 € dlo golpe de Estado de 1851, quando, retomando uma formula de Hegel segundo a qual «ahistéria se repete, ele explicava: “a primeira ver como tragédia, a segunda como farsa” (Marx, 1852:15), Sem divida,o eariter passional de todo debate ao redor da Revolugo hniogexclusividade do século XIX, mas nele assume um destague especial que esté ligne 2 Indistingdo dos géneros. E essa impossivel dissociagdo entre a interpretagio historica do passada ¢ © posicionamento politico que explica 20 mesmo tempo a extraordinaria, vitalidade da historiografia feancesa da primeira parte do século XIX ea sua incapacidade de deliritar, apesar do uso de novos materials (crOnicas, arquivos et.), um espaga pro- priamente cientfco, ou seja, um lugar regio pela vontade que reafza uma demarcagio entre a opiniéo e a prova segundo modalidades reconhecidas ¢ aceitas por todos: um spac profissional, Dai apesar das muitas tentativas, a impossiilidade de se escrever uma hist da Franga (e, com mais forte razio, a da Revolugdo Francesa). A énfase dada 3 formalizayio «© wos procedimentos especifcos de produgao da histori, sua tecnicidade — a ponto ‘que vai caracterizar 0 periodo met6dic, surge como reagio contra esse estado de coisas de exagers-la e empobrocé-la Capitulo 2 ~ O momento metédico Introdugio Darante muito tempo, em razAo das criticas formas pelos Annales os historla doves metddicos serviram de “contrast” (Prost, 1994). Foran consideradas 0 simbolo de wea hieéeia a han; sma tein "Tie con to formula de Robin G. Collingwood (apud Mareou, 1954:50), ignorante de sa propeia construo, segura demas de seus fats, implicadacemais na plorficagio da mag, pea demais poltca e comprometida com a colonizacio, Foi preciso aguardara tee de Chales-Olivier Carbonell, publica em 1976, eem seguida 0s trbalhos de Gérard Noi-iel e de Antoine Prost para que fosse possivel as e um pote de col’ segundo “A rewaliagio contemporinea dos historiadores metddicos, que correspondea una recomposigio da meméria disciplinar, d-se em tes plawos principais: {Q seu papel fandador na profissionalizacio da histria & reconhecide © acarreta um ‘novo interesse, no momento em que os histariadores se interrogsm de novo sobre a definigao de seu oficio; suas teses epistemolgicas provocam tum nove interess; enim, sou envolvimento com a cidade, especialmente em favor do capitio Dreyfus, que contrasta com o descompromisso politico das Anmaks, conta pontos para eles, na hora em que as fungdes eas responscbilidades sociais dos histriadores so revalorizada iadores metas inscrevem-se nusn context Assim, as atuaisreleturas doshist {que favorece uma emancipagio em relagdo aos juizos emitidos pelos Annales e parti: pam das interrogagSes contemporineas que ocupam os historiadoes, A evolu dos errno utiles para desta e35 slurante mii tempo eles forum quaiticadon come "positivist esta cesnay, al esente an Jetonnabe d Iistoviques (Hugger, VOL), tea justanvente a slesaparocet. Mani designar essa contente, optanis pelo terug “metadic Hate & com elt ulin 1 Charles Seigabaas (190118) © nos parce pe dle “metals” (Gérard Noleel) talus sl“ nctotoloyita”(Frangois Svan ¢ Lacie nominayae “positivist” remete, par sou lade, ds teses defendidas por Auguste Comte (Carbonell, 19/6 ¢ 1978), Ona, este iltime inscreve a histirla numa tleologia, 4 passe qu precisamente, a rejeigio de toda ilosofiaexplicta da historia & mi dos l= ‘mento fundamentas da postara metédica, .\ worl da carter racional dt histira hasela-se na ila de que td ato hisrica real € mean texypo“racona’ eu sea, conforme um plano de conjunto inteigivel (.)E sb sum dislnce ion, rela teora teobgics dis casas fina, que supe uma Providénca oot pls em drigir a humanidade pata os seus melhores intoresses.(.) A teoria do pragresso ‘continuo necesiro da hamantdade,embo ota pelos postvstas(.) nio€ mais do que una hiptese meats...) © progeesso so € senda wma expresso subjetiva para designar as mudangas que concordam com as nossas prefréncias. (..) 0 estudo dos fates histéicos nao mostra um progeesso universal e continuo da hmanidade, most als progresss parclase intermitenes, € no ds nenhuma raz para ateibuFtos 2 uma caus permanente inerente ao conjunta da humanidade, mais do que a uma série de acdentes Incas (Langlois e Seignobos, 1992222-235). As noses de “fato positin ‘no significam de modo algum @ adesio ao comtismo, mas se opdem ao que é de ordem especulativa. O fato positive & aquele cuja existéncia & atestads por uma documentagio de “estudo positivo® sob a pluma desses historiadores, la mesma autentificada e garantida pela criti, 05 questionamentos do modelo *romantico” Ininhasfontes ordinivastvesemn sd pegasus, Mla mew este habia soa gra des cole, 1m ue ts se segue ent onem enomkgica, Uma ver que ew tena datalo ‘ao, pode-ne reenter instantancamente ete fo com asa data presi no regi n) ay recor vimtuntenete a gina cont ae agen vest nas sh ue epee es ig atcus keel NEAL 18) ssa adverténcia metodukigica, ausente da (atrnduca da prlmelea edigao de 1847, mostra como, em 20 anos, evel profundamente a mancita de se conceb cescrita da istéria, Micholet hate pé e insiste, decerto. A toridade de suas palavras est sempre ligada ao contato pessoal que estab cce com os aquivos — “eupel de incu proprio punto (esem me alr de ninguém)" —,icoerbcia des narrativa qe jos ep mrgneo aes texto no one aint das neve deteaon atica propria ata reproduz a reaidade passaca, Mas doravante cle tem de se tte outtos historiadores. Se ele ataca esse novo hiibite come unis ¥i ostentagio, uma armagio preparatoria que devemas subtrair aos olhos do lito, ¢ eens A passager todavia de um modelo terri Tomas para.o mo mel ico nfo sue a form: sts, {0 va (Wil, 1978) ram presenten ido que Thoma sia goer ihe ke melt wal Dp ep ‘De fato, muitos temas desenvalvides pelos historiadores metiklicns jie ‘na década de 1820, em especial a vontade de funcdameniar a histiria em documentos 1 revolugo cientiica, 0 de primeira mao (textos ou arquives). Mais do que fruto de u | momento metédico impie-se progressivamente, através da superagio dle sucesivos I ‘vases, dos quas o primeira se situa nas décadas de 1820/1830, cada um deles conte para redefinira maneia de fzer, de ensinar ou de pensar a histéri, A ofirmagio do horizonte cientifico © prime ator de abalo do modelo Itc & 0 aseto do posed cee fY ida em 1889, constitu simbolo do ttunfodo modelo cientiico. £ uma verdadeiracoluna tana ce ‘que deisa a sua matca na segunda parte do século XIX. A torte Eiffel, vada et sta hon onde se podem ler em letras ee our sobre a grande risa do primelro andar, como se fossem bstalhas vtoriosas os nomes dos cientistasfranceves de Lavoisier ¥| (») As commvares uisron t eso, cldnciae tepals Ascancepades cla trabalho clentiica tansnitidas pelos pouyusadkoes das ech bik com modelo de experimental fata, qui a} msiew-se progressive tonto ativade ae conhecimento, inclusive na Meratna, Assim, Emile Zola (1890) sus ‘vomancis [execu] uma autentica experigneia, valende se da observa! This concepgdes se buseiant na confianga ma experimentagi ¢ rlvindicam a flag’o 3 Bacon, Copérnico ou Galileu, \ passagem dla metafisca para a fisica moderna, da algal a yultniea, &concebies como universal, é ume transformasio necesséria, o caminko «que toa ciencia deve peesorter. Nessa visio muito amplamente indutiva da atividade cientilca,a verdad docorte de obserragies ede experiéncas epetidas que si eas pr Pras “observagoes provocadas (Claude Bernard), Bo que afiemam nao 8 Claude Ber ‘nar, mas Louis Pasteur ou Marcin Berthelot, A Introdusio d medicina experimental (1855) de Claude Bernard, que conhece um sucesso imedisto,rejita toda insersio do processa cientifice em qualquer sistema filoséfic, (O metodo experimental (..) impessoa: dest ainaividualidae plo ato de roaire set ficar as bas particule de cada ql ede faxé ls cervi verdad geal estabelacia com 0 alto dy cxitsio experimental (..) A medic experimental (como alls todas a cnet | seinen ao sre eee ee incl enum ster lxen O pape 1 fisilogsts, como o de qualqer cents, & onsear a veedade por s mesma, sem querer Fané-a serve de cnteoea este ou aquee sistema de filosofis. Quando cents leva aiante «sua investigagocteniica toma como base um sistem ilosdico qualquer, ele se perde em rgides mito stants da reaidade ut entioo sistema da seu esplsito uma seguranca itu uma intend qve se adapta mls iberdades 3 agilidade que o experiment Aor deve sempre conservar en sts pesquisas.(.] Para acha a verdade, bisa que o cents se coloque dante da natyeza ea intetrogue de acondo com o métoda experimental e corm a sda de meio de investigacio cada ver mais perfitos. Acho que, nese cso, 0 melhor stems hlosiew consist er no ter nenhum sistema iossfico (Hernard,1996:305- 306). ‘Quadros com o que representam Jean-Martin Charcot a esaminar una paciente ante dos discipulos (Piere-André Srouiet, 1887) difundem a imagem de urna com ica constiwida, capar rnklade cir se reproduzit. Essa situago, que contrasts com 1 devorganizagio ds estuds historicos © com a difculdade de se ministear uma prova definitive e encercar um debate, s pode dar o que pensae aos historiadores, A partir da dca de 1860, impiem-se as referéncias aos procedimentos clentificos da fsiologia © dapatologia (Hippoly eolopla (Pastel de Goulanyges), Mult Thine) — fA obserenton em Ja aoa ea quinniea 6 80 ici “etna ee ca via» romper cn a dpa trai Hriia« lasing cman w Nsorograit inate € Fei Aor Ona WH COnT outer de to clentitiew diminnto € portato contestivel Colocacl ji na década de 1N40, ee problom wane outta dimonsio depois de 171 e lo trauma representad pela oriole pals anensgto da Alsicia-Loten, chaque redobrado pela insured da Comune de Patis que parece conlenar & Panga w nbo sale nile 1700, Seo cientiicismo ostemtado por Fustel le Covlanges sep jamais das replicas da guerra eiil que a abs idle 1870 transformace ealmente num “caso” (Hartog, 1988), « vontade le una estabilaagho politica do pal 6 em compensagio, a expressio de uma atitude mal dfn. Ante uroa historiogea que 6 “uma guerra civil permanente, que nos nea nig de ante” de que podemos dizer que se assemelha is assembles leislativay, com eenteos¢ las esquer de deta (Fustl, 1872), capers m praia, cde un paid da historia nacional e a constituigo de win autntica dscplin histrlea que poss servi mais de alent para ata dos pari, O debate toh 0 rem is modalidades dessa pacifiagio, Ora, essa mutagio disciplinare cientilica parece j ter acoteeido gléni do Reno, 38 11 1867, Victor Duruy langa um estuco comparado sobre as institlyes universitrias estrangeiras (em especial alemis) e francesa. Isso leva Arias, em julho de 1868, da Ecole Pratique des Haute: ftudes. Esta deve aclimatar os miéiodos alee ¢ ‘cial, a realizagao de semi-ririos especializades, para garantir a transmissio dos saberes \onicos e instaurar uma relagdo de mest a discipulo entte professores ¢ estudantes, Deve peemitir um aendizado em lboralSro que compute manlplagoe ot, no que se refer ach terri, tabula sobre documents. “Escola Pra de Altos Esto | comenta Ernest Lave (169581), ot se), “nto verbose, uc tala com a nalrera «€ com documentos" Signifcatiamente, “cigncias histricas e filldgicas” formam ama {inica e mesma segio dentro da escola. ‘No espetha da Alemanka Foram as universidads alemais eos clentstasalemes que formaram o espirto pico na de tadoe ‘Alemanba. Quedlvisa gravararn, pos, no fvestispico de st obra estes home ‘ses cenitas que se ira na crenga de que era previo eeerguers Alemania hunnhada taefa do historiador ¢expor oque se produziu® (Humboldt, 1821:67). No entanto,exph maiplicasio de cadeirase de cursos de histéria local, estimulados pela necesidade de enquadrar os DES. A codificaso sos estudos histéricos (0s primeirasavatares do metodo: Fustet de Coulanges ¢ Taine Entre as grandes figuras da historiografia do fin do século XIX, Numa Denys Fastel «de Coulanges (1830-1889) e Hippolye Taine (1828-1893) aparocem, cada um a sia ma- rein, como os camped de uma muta cientifica da historia, Para além das difeengas {que os separam, sio mitas vezes considerados pelos partidérios da histéria-ciencia no fim do séeulo como exemplo de uma histiria ambicioss, que nio se contenta em ent rat os acontecimentos, mas procra capt as miltplas faetas dos fatossociais. Ter em logis” (Taine, 18632), Depois de 1871, 6a Revolugio que ele examina como para uma “ nest Have, apud Orout, 1988:1061). A ciéneia deve nga, Com efeit, assim como ha forriecem-the tm recurso de que ele se serve para co onsulta médica” (carta de 1875 permite desencantar as raizes do mal de que soft a Fr jutologias individuas,instintos, perversbes, existem, segundo ele, pulso2s coletivas que mit. A deserigio que ele fax das estas de 14 10 da medicina & histria, Em conformi- uedam © momenta certo para se exp dle julhio de 1790 & um exemplo dessa ahi dade com a documentagio existente, ele admite num primelro momenta, # exempla de “Michelet, a bonomnia cla jornada: “em Paris, os donos de albergues ede hotéis mobitiados i 0) wumenra ueronico. = (Taine, 1875, v1, p. 469). Contudo, a0 longo da a descrigio, a socibilidal, a simpatia € praisaram os pregos por conta pripea, espansio que se manifestam em todas 2s ‘cases so quslificadas como instintos € consideradas demonstragbes de “rater primitiva’ de “pove erlanga Na verdad, essa bonomia é uma aparéncia enganadora. “Ao querer remodelar ex nihilo a sociedade, a Revolugdo ameaga quebrar o vero de civi- Tizagdoe libertar forgas até entao contd, 0 esfonga [dos fanceses durante as cevimenias de 14 de ulho de 1799) deu tudo 0 que powia dar, ou sj um cilivio de ofusdes ede frases, um contrata verbal eno rea, wna fraternidade de ostentagio e de epiderme, uma mascarada de boa, wa ebuligto de sentimento que se evapora 90 exibir, em suma, um simpitico carnaval que dura um sla Na vetdade, a faternidade revlucionca € ums isso Iso porgue, na vontade humana fi dua camadas, ma superficial de que os homens fm eonsciénca, ea outea profunds, de que no tém consciéncia: a primeira, Fig evacilnte como uma terra ofa: 4 segunda, estiveleixa como uma rocha, que sus fanasaseailagbes no atingem. Esta Aleferinina sorinha o declve perl do so, e toda a impetuosacorrente da ago humana core necessriamente Sobre a vertente assim preparadn, Sem dvd, cles se abragaram fizeram ramen; mas, depois como antes da cermin, so 0 gu dele fzeram eéclos dle submissio administrative um século de literatura politica. Conservam a ignorsncia {4 presungo, os preconcetas, os ancores eas dsconfiangas, 05 habits inveterados de ‘esprit e de corag (Tne, 1986.1, p. 471), © curso ulterior da Revolugio nada mais do que manfetago dessa lel ignoreda os filsofs e pelos revolucionios, que aca por se encarta no sistema terrorist: {os jacobinos) “nascem na decomposigao social asim como 0s cogumelos no esrume em fermentagio" (Tne, 1986 1p. 575). Para estudio, Taine torna-se “zadlogo mo tal’ to semelnantes so ces, 22 ver, a “crocodilos sagrados, venerados por um povo demente’ O objto da histriograia ints, segue Tain, & mostrar as determina. | ser porrezs incisor prom es hii home ali “Tanto A natures quanto & histGria, A comclusio pritica desse axioma & que toda projeto politico deve evar em conta a realidade do corpo social esas rea es Bataan, como para Destut de Tracy, Guizote toda a correnteliberal-conservadora, a solucio éenteegar poder politico aqueles que, sendo os mais ivilizados.tém maior dominio desi mesmos. ‘S60 sufrgio censitrio corresponde ao estado de cultura que corrge estado de nature: za. Vemas assim, através de Taine, como 0 recutsociéncla pretende fundar a acnldade de um olhar que se pretende distanciado ¢ na contracortente das ideas a ida. on [AS chnnaenns wesramie as. Wa Feauen bora prdxinna a posi de Fustel de Couranges & visivelmente diferente hi em 5 cide antiga, tam oe pretende fazer uma obra desmistificadors E contra a eitura «los filsfiog — em especial de fean-facques Rousseatt — e dos revolucionirios que ele ni se aa 20 edor da reaige essa obra PURREVTES WISTORTEAS HA FHARGX os A ial, Abundam as mengdes esse vincu fntime entre a univers fe stem escolar Os dois apendices da lecrodctin aun études historiques ste ids un au ensina secundatio (Seignobos) € 4 outro ae ensina superior (Lan. svi). A wvaioria das historiadores reconhecids participa da Reyne faternationate de Pnseignement exiada em 1878 pela Socigeé de FEnseignemeny Superieu, de que fazem rest Lavise, Emile Boutmy — findador dt Peo Lire des Sciences Po~ prartevalémn Tignes —, Benest Renan, Paul Bert — ministo da Insteuga Pablica de 1881 8 1882 —, Lows Pasteur e Marcelin Berthelot. Em 1907, conta Monod que cle mesmo esereveut 37 ino nas colunas da Revue Historie. Unt sinal desse investi actigos referentes 20 mento & o compromisso dos universtatos com a redayao dle mantais escolares (Lane da escol primria quanto do ensino secundirio) aé entio a cargo dos professores los prandesliceus de Paris. Als, sio convergentes 0s efeitos espera cas teforinas ¢ da codiicagio do trabalho do historiador: trata-se de produzir novos professores. © proces 5:81) forma un castnento so de “profissionilizagio ede professoralizagaa” (Gérard, 19 indissoldvel, Debraagar-se sobre as questdes pedagogicas nia &, para esses historiadores 0 altima do trabalho da bistoriacor, mente un valor pe- sinal de fracasso, Muito pelo contsio, €jusiien pois, segundo Selgnobos (1907b273), essa disciplina tem “primordi ddagdgicc El essencialmente dil enquanto método “muito higiénico paraa mente, que acura da credulidade” (Langlois eSeignobos, 192256) e porque permite compreciiler ‘o presente, Traduzida cm terms escolares, ela “é um instrument de educacio politica Aggioramento cientifico reivindicaglo de um mayistétio cvico sio insepariveis¢ se exprimem, em particular, na produgio e na difusio de uma hist a nacional ‘Uma “teoria da Franca” (Lavisse, 1890:183) ‘Aasio da Terceira Repiiblica em matéria de ensino da histori inscreve-se na com. linuisade do ministério Duruy, que introduzira essa materia em 1863 na escola elewen tar (em assoctacéo com a geogtafis), ¢ depois, em 1867, na classe de filosofia (terminal) (Gara e Leduc, 2003; Ledvs, 2003). A partir dos programas de 1880, 0 ensino da his «em principio, grantida, do curso preparatorio (atual CE2) até 0 fim dos estaios teria secunditios, Resta defini o espitito e a prtica de tal ensino,tarefa 2 quese dedicat as Istructioas de Octave Gérotd (1882) e, depois, as de Exnest Lavisse (1890), juralmente escola elemtentar cm virtude da obrigatoriedade instaurada pe- Foi las leis Ferry, que primeito chamou a atengio de Lavisse. Segundo ee, ensina da hist um ensino nacional que deve fasee prevalecer uma visio continwista da Franga, ) MOMENTO MEFOHiCO ae Quem, pois, ensina ne Prana que pita francesa? No € 2 familia, onde ndo bi mais autoridal,disciplin, ensinamento mora nem a sciedade, onde 56 se fila dos deveres cisicos por zombaria. Che, portato escal dizer ns ranceses que & Fran ae Jo com autoridade, com perswasso, com anor. (..) Ea estas, porém, aqueles que di seme einem de lado as volharin, Que nos importam os rovingis, 0 crolingios € ake ‘os capetianox? Mal completamos um séula de exstncin. Comecem com a nosa data de nasciment elo métoda para formar estos slides e calms. «de aprisoné-bos num seul deltas aca. ondetndasasnecessdadesetodos os is querem ser satisteitos imedatamente! Método pradente este de dara Revolugio como pono de partida © como

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