Professional Documents
Culture Documents
The fact that asset-price gains are largely debt-financed explains why
economic growth is slowing in the United States and Europe, even as stock
market and real estate prices are inflated on credit. The result is a debt-
leveraged economy.
Changes in the value of the economy’s land from year to year far exceeds the
change in GDP. Wealth is obtained primarily by asset-price (“capital”) gains
in the valuation of land and real estate, stocks, bonds and creditor loans
(“virtual wealth”), not so much by saving income (wages, profits and rents).
The magnitude of these asset-price gains tends to dwarf profits, rental income
and wages.
The tendency has been to imagine that rising prices for real estate, stocks and
bonds has been making homeowners richer. But this price rise is fueled by
bank credit. A home or other property is worth however much a bank will
lend against it – and banks have lent a larger and larger proportion of the
home’s value since 1945. For U.S. real estate as a whole, debt has come to
exceed equity for more than a decade now. Rising real estate prices have made
banks and speculators rich, but have left homeowners and commercial real
estate debt strapped.
The economy as a whole has suffered. Debt-fueled housing costs in the United
States are so high that if all Americans were given their physical consumer
goods for free – their food, clothing and so forth – they still could not compete
with workers in China or most other countries. That is a major reason why the
U.S. economy is de-industrializing. So this policy of “creating wealth” by
financialization undercuts the logic of industrial capitalism.
Footnotes
[1] I provide the charts in The Bubble and Beyond (Dresden: 2012), Chapters
7 and 8, and Killing the Host (Dresden: 2015).
[2] “The Theory of Dynamic Economics,” Essays in Economic Theory ed.
Rexford Guy Tugwell (New York: 1924), pp. 96 and 98, originally in The
Publications of the University of Pennsylvania, Political Economy and Public
Law Series 3:2 (whole No. 11), 1892, p. 96. Europe’s aristocratic
governments developed their tax policy “at a time when the state was a mere
military organization for the defense of society from foreign foes, or to gratify
national feelings by aggressive wars.” Such states had a “passive” economic
development policy, and their tax philosophy was not based on economic
efficiency. I provide the details in “Simon Patten on Public Infrastructure and
Economic Rent Capture,” American Journal of Economics and Sociology 70
(October 2011), pp. 873-903.
[3] George advocated a land tax, but his opposition to socialism led him to
reject the value and price concepts necessary to define economic rent
quantitatively. His defense of bankers and interest rendered his policy
recommendations ineffective as he moved to the libertarian right wing of the
political spectrum, opposing government investment but merely taxing the
rent taken by privatizers – the reverse of what Patten and his pro-industrial
school of economists were advocating, based on classical value and price
theory.
[4] “The Theory of Dynamic Economics,” p. 98.
[5] Speech of June 24, 1877. He used Latin and said “Sanitas, Sanitatum” and
translated it as “Sanitation, all is sanitation.” It was a pun on a more famous
aphorism, “Vanitas, vanitatum,” “Vanity, all is vanity.”
[6] William Lazonick, “Profits Without Prosperity: Stock Buybacks
Manipulate the Market and Leave Most Americans Worse Off,” Harvard
Business Review, September 2014. And more recently, Lazonick and Jang-
Sup Shin, Predatory Value Extraction: How the Looting of the Business
Corporation Became the U.S. Norm and How Sustainable Prosperity Can Be
Restored (Oxford: 2020).
[7] Joan Farre-Mensa, Roni Michaely, Martin Schmalz, “Financing Payouts,”
Ross School of Business Paper No. 1263 (December 1, 2020), quoted by Matt
Stoller,” How to Get Rich Sabotaging Nuclear Weapons Facilities,” BIG,
January 3, 2021.
[8] Matt Stoller, ibid. See also his article “Crime Shouldn’t Pay: Why Big
Tech Executives Should Face Jail,” BIG, December 20, 2020.
[9] George Akerloff and Paul Romer, “Looting: The Economic Underworld of
Bankruptcy for Profit,”
[10] Sheila Bair and Lawrence Goodman, “Corporate Debt ‘Relief’ Is an
Economic Dud,” Wall Street Journal, January 7, 2021.
[11] Desai, Radhika. 2020.‘The Fate of Capitalism Hangs in the Balance of
International Power’. Canadian Dimension, 12 October. See also Geoffrey
Gardiner, Towards True Monetarism (Dulwich: 1993) and The Evolution of
Creditary Structure and Controls (London: Palgrave, 2006) and the post-
Keynesian group Gang of 8 popularized the term “creditary economics” in the
1990s.
Photo by Mike Kienle on Unsplash
O Ocidente diz adeus ao capitalismo
industrial
História de uma regressão: contrariando até as previsões de
Marx, sistema reabilitou rentismo feudal e, associado a ele,
multiplica privilégios e desigualdade. Mas daí também seu
declínio – e sua impotência diante de países como a China
OUTRASPALAVRAS
CRISE CIVILIZATÓRIA
por Michael Hudson
Publicado 12/03/2021 às 20:01 - Atualizado 12/03/2021 às 20:17
MAIS:
Esta é a primeira parte de um artigo é baseado no Capítulo 1 de:
Cold War 2.0 – The Geopolitical Economics of Finance Capitalism vs.
Industrial Capitalism
(Dresden, ISLET, no prelo)
O original em inglês pode ser lido aqui. A parte 2 será publicada
por Outras Palavras na próxima semana
Marx e muitos dos reformadores menos radicais que lhe foram contemporâneos
viam o papel histórico do capitalismo industrial como sendo o de remover a
herança do feudalismo – os latifundiários, banqueiros e monopolistas que
extraíam renda econômica (ou renta) sem produzir valor real. Mas aquele
movimento de reforma fracassou. Hoje o setor das Finanças, Seguros e
Imobiliário (FIRE, em inglês, pelas iniciais de Finance, Insurance, Real
Estate recuperou o controle do Estado, criando economias neo-rentistas.
Estas dinâmicas rentistas são o oposto do que Marx descreveu como leis do
movimento do capitalismo industrial. A banca alemã, à época, financiava a
indústria pesada sob Bismarck, em associação com o Reichsbank e os militares.
Mas em outros lugares o empréstimo bancário raramente financiou novos meios
de produção tangíveis. Aquilo que prometia ser uma dinâmica democrática e em
última análise socialista degradou-se em direção ao feudalismo e à servidão da
dívida, com a classe financeira de hoje desempenhando o papel que a classe dos
senhores da terra tinha em tempos pós-medievais.
A visão de Marx do destino histórico do capitalismo:
Libertar economias do feudalismo
Estas rendas tinham tido origem num imposto. Vinte anos após a Conquista
Normanda, Guilherme o Conquistador ordenou a compilação do [censo
territorial] Domesday Book em 1086 para calcular o rendimento (yield) que
podia ser extraído como imposto das terras inglesas que ele e os seus
companheiros haviam capturado. Como resultado das exigências fiscais
prepotentes do Rei João, a Revolta dos Barões (1215-17) e a sua Carta Magna
permitiram aos principais senhores da guerra obter grande parte desta renda
para si próprios. Marx explicou que o capitalismo industrial era politicamente
radical ao procurar libertar-se do fardo de ter de suportar esta classe
privilegiada de senhores da terra, a receber rendimentos sem qualquer base no
valor de custo ou do próprio empreendimento.
Pode parecer irônico hoje que o setor dos bancos britânicos estivesse de corpo e
alma por trás do primeiro grande combate para minimizar a renda da terra. Tal
aliança verificou-se depois de acabarem as Guerras Napoleônicas em 1815, que
encerraram o bloqueio francês contra o comércio marítimo britânico e
reabriram o mercado da Grã-Bretanha a importações de cereais com preços
mais baixos. Os senhores da terra britânicos exigiam tarifas protetoras, de
acordo com as Leis do Milho – para elevar o preço da comida, de modo a
aumentar a receita e portanto o valor do arrendamento de suas posses
territoriais. Mas isso resultava em economia de alto custo. Uma economia
capitalista com êxito teria de minimizar estes custos a fim de ganhar mercados
estrangeiros e, na verdade, defender seu próprio mercado interno. A ideia
clássica de um mercado livre era um mercado livre de renta econômica – do
rendimento do rentista na forma de renda da terra.
Variaações anuais do PIB e
principais componentes de ganhos nos preços dos ativos
(em bilhões de dólares)
A tendência tem sido de imaginar que o aumento dos preços dos imóveis, ações
e títulos tem tornado os proprietários mais ricos. Mas esta subida de preços é
alimentada pelo crédito bancário. Uma casa ou outra propriedade é tão mais
valiosa quanto mais um banco, tomando-a por garantia – e os bancos têm
emprestado uma proporção cada vez maior do valor das casas, desde 1945. No
caso dos bens imobiliários dos EUA, a dívida excede o capital próprio desde há
mais de uma década. A alta dos preços imobiliários tornou os bancos e
especuladores ricos, mas deixou os proprietários das casas e a dívida imobiliária
comercial afundados em dívidas.
(continua)