You are on page 1of 30
COLEGAO TOPICOS Bachelard, G. — A POETICA DO DEVANEIO. . Bachelard, G. — A POETICA DO ESPACO Bachelard, G. — A AGUA E OS SONHOS Bachelard, G. — © AR E OS SONHOS Ferenczi, 8. — THALASSA Bergson, H. — MATERIA E MEMORIA achelard, G. — A TERRA E OS DEVANEIOS DO REPOUSO Dachelard, G. — A TERRA E OS DEVANEIOS DA VONTADE Merleau-Ponty, M. — SIGNOS ; Bliade, M. — MEFISTOFELES E 0 ANDROGINO Bliade, M. — IMAGENS E S{MBOLOS Panofsky, E. — ARQUITETURA GOTICA E ESCOLASTICA Eliade, M, — 0 SAGRADO E 0 PROFANO Dumézl, G. — DO MITO AO ROMANCE Tarde, G. — A OPINIAO E AS MASSAS Sorel, G. — REPLEXOES SOBRE A VIOLENCIA Ryle, G. — DILEMAS ‘Austin, JL. — SENTIDO B PERCEPGAO Simmel, G. — FILOSOFIA DO AMOR” Weil, S. — A GRAVIDADE E A GRAGA Lebrun, G. — KANT.E O FIM DA MBTAFISICA PROXIMO LANGAMENTO! Eco, U, — INTERPRETAGAO E SUPERINTERPRETACAO Gérard Lebrun Kant e o fim da Metafisica pst 2 — wD RS: Martins Fontes Sao Paulo — 1993 ‘arompsuos 2 (ausurenonzed “DauD 36 ¥) EN AP ‘eiqo e wpor ‘euidtpexed wn outoo ‘ureurenrarep exrowu PIB ep soosiatp se opnyaiqos 9 ousour 2 ‘seproSare> sep v “epeN -uooua za wun ‘seu ‘sozjnf sop enqya ¥ seuode og anb J9z ip 298-90, seiso 10d sourer cad sou pu ,,oBdn]os BU JanyiEAoUT apepinosqo eumn,, Ted ynosop audures ostoord 9 onb ‘rye o sooquonad ‘,ezomaeU eppd opeyrerequia op),, seur ‘osinard waRa|qaId umn TUTE <5 9 WoIpoIouT ToApOROT EID) ‘sen sep vsodusoo feu sreU w — noyuaysns os sozaa seumBpe ows — 30s ap auol ‘VAD UT Fon TeNNOM seusde De-nopuavaTy “sovuoy sens Fe PL -yonpuosar wou ‘Dag s¢ Bp opbisodwoD ¥ zIMNStODAE HOT sourpuaioid ogu sou ‘ropumneg_ ap ¥ OWOD BAGO BUEN WO 19 -goou109 9p 0 ¥i9 OU or1sodosd ossou se “epezNeuia sreurE! inbe 9 ogu (iuouemonred “ypequoumnjg 2 uoresumeg & ‘owunf) souenuey sor}20u09 sop asoug e anb orsta ‘sersayrreut urmuds sepugoyep sens ‘TeiuepusosteEN wongTeIC BP Sor%x3 2P opmso ov epeaBesuoo 9 aired earountid e nb orsta ‘owuored ‘pisos ouqgpimbasop nas ‘epeprreuyy ens v essa ass0y 2g w5jnl sp _spopynonf wp Daypip Wp ONY UDUIOD OAT WIN 9 OBE OAL 315 oloyarud S69 £89 ° 19 165 69S 62s 8h cad Tor + s1ON ovsnpouog, + xoquas op oop O epenuoouaar ¥180]09I TAX suaSeur wes oxseuse ‘AX oupmSeuy op-uraSensuy v2 owas O “ATX apepranafqnszaiur ep soxopered sQ “TTX 07q Op apepinSiqure w wy wes spepreuy y “TTX Be lee een am saeel ee 2 KANT E 0 FIM DA METAFISICA aos olhos de Kant, nao apenas um ‘fio candutor’, mas uma garantia ¢ uma prova."”! Nossa hipétese era, portanto, a se- guinte: a Critica da faculdade de julgar nao é, certamente, uma obra residual na qual Kant teria buscado ligar, bem ou mal, certos temas que no teriam encontrado lugar nas duas ou- twas Criticas. Por mais banal que possa parecer essa precau- so metodolégica quando se trata de um grande fildsofo, & suficiente manté-la como exigéncia permanente para que, pouco a pouco, surja uma outra Critica — ni bi- nagio frégil de uma “estética”’ e de uma ca’”, mas uma nova arquitet6nica dos conceitos —, chave da losofia transcendental, sistematica enfimn exaustiva das fa- culdades a priori O beneficio de uma releitura empreendida com esse es- ito pode parecer magro. Por que, perguntar-se-4, honrar tanto a paixio kantiana pela classificago sistemética, e atri- buir tanto crédito validade do “fio condutor’” categorial? Em nossa opiniao, esse escriipulo tem pelo menos a vanta- gem de nao nos fazer abandonar muito depressa o Kant en- fadonhamente “escolar”, para ir reencontrar, aquém da ar- madura ‘‘dogmatica’’, 0 pensamento profundo ou mesmo 0 + “impensado”’ das Criticas. Nao que a tentativa de reinscre- ver Kant em uma “histéria do Ser”” nos pareca imediatamente fraudulenta. Parece-nos apenas que, preferindo a letra as suas lacunas ¢ 0s seus brancos, ao texto o horizonte ao qual cle dé acesso, jé se'toma sobre a Critica uma opcao muito deter- minada, Kant, agora, é imediatamente reconduzido a tradi- sao dos grandes fundadores, na qual ele vem substituir Des- cartes e Leibniz; ¢, para reencontrar mais rapidamente nele o herdeiro dos gregos, apaga-se 0 rosto do Aufklarer, leitor de Buffon ¢ de Maupertius. Desconhecendo a importéncia que ele atribufa & economia das faculdades de conhecer e a exati- dio de seu tracado, esquece-se voluntariamente que o autor da Critica tinha permanecido 0 contemporaneo de Tetens, 0 pReracto 5 admirador de Wolff ¢ 0 comentador dos manuais de Baum- garten; minimizando 0 alcance de um texto como o Apén ce & Dialética transcendental, nao se percebe mais que a 32 Critica nasceu dos problemas epistemolégicos que esse texto deixava em suspensb ¢ que ele tinha herdado do escrito de 1763 sobre O unico fundamento de prova. A Critica torna-se um esfera da razio, ou mesmo a recens&o paciente de significa- des, prévia a toda metafisica cientifica. Filosofia inaugural da modernidade, sem dtivida, mas cuja genialidade mascara a dificultosa elaboragdo e o debate que ali se persegue com pensamentos para nés tao distantes como aqueles de Wolff ou da teologia racional. Compreende-se bem, certamente, que efeito de ruptura produziram os textos famosos da Analitica, mas compreende-se menos bem por que, em suas Reflexionen, © autor da Gritica obstinava-se em meditar sobre a linguagem da ontoteologia tradicional ¢ em realgar minuciosamente os sentidos dos termos metafisicos — a ponto de esse didrio de viagem adquirir 0 aspecto de livro A do criticismo (razo pe- la qual permitiu-se freqiientemente a referéncia as Reflexio- nen, tomando assim a liberdade de utilizar textos ou rascu- nhos que nao estavam destinados publicagaio). A esse kan- tismo reduzido muito cedo Aquilo que se estima ser 0 essen- cial, alguma coisa, agora, faz falta: nao se compreende mais ‘como essa mortificacao da metafisica passada teve, como con- traponto, uma “‘explicagdo’” sem fim com ela. A obra esté ‘excessivamente bem centrada; seus contornos estiio excessi- vamente n{tidos. Ora, nio se trata aqui apenas de um escrdpulo hist6rico (ou historicista), mas da propria compreensio do projeto crf- tic. Ao insistir em demasia nos temas novos e decisdes no- vas que parecem assegurar a originalidade do kantismo co- mo “‘grande filosofia’’, deixa-se de lado o debate metédico que o autor, ele, tinha como essencial; reduzindo a obra a um -uy eum 9p o opt ‘eonupuios asyTyuE PUM op o ‘oruErrod ‘px 28 oporgur Of seTIFauTuISs SOHIGTURT wr MALTS BF eo i se Owioo seNsow eied peimeU visojoa ‘WENUE ep SLIOILIN o TequIspenbse ap os-eyen f— owouTenE jay Souifjrira anb soajnl sou799 ura wioye WouaseId wna 3s — Sj anb Op vaniunyrd sear woud eisupisuT buan op “ouzeT eS | ap ‘spepinuniuossep unos seur “Seuade os-erery, ‘sopenoydxa Teur no sopenoydxe ogu ogua p1e sorusuOp ap 20% v SOUL “atadso ogu ‘080 ‘oo1B9[01g op elsugsso e a1qos no of OP vpougssa v aqos ena} eLI9s 1Te onb ovSejaaar wun ‘opnrsiqos ‘sourssodso Ogu ‘05a ap apopynoof up v7my4s) ep ovse|nonse v souyninstozes onb op enuere8 ap owrusur o saiqo somasanb ag “BIfSUTUT EIIMO op Tested & BUIsUD sou eyo TpEpIoA eNO “Sunn zen sou ogu e[g “sopHusauos Jos op souequyy SHB Op Dard DENSON Wis Teo|oo SOU-TOTeY WIS SUT _ 9p SOU-ITURUT BjaTEY OWI "OTUBHIOT “UIT OFT BY Y sqeuopipen sewajqord sospey seuode seur ‘sreuoripen sur -o[qord & seuenuey sesodsar uroistxe OB y,,"T2198 W19 1098 -9p opor wired yore vsso oyuadurasap onb enuiagy eum [ApUL 2 aiueoytustsur sod pro) ogu O29 wid Jaxz00U! axTep sou BU anb 9 eurojqoad win reuoronjos wxed z92ej onb 0 susurerexo autuuarep anb ejnuigy euin oongurayeur o esed eompusis onb 0 ages anb ajanbe sey “9[9 & ovSepar ura oya[du109 oars wn wa no ‘snap 0 9 anb ov o1tenb erouprousy eu operso assan -1 opunur o ‘ajap savue ‘as ou1og goy-qoasap ¥ oxaurud 498 2 epepyesour ep ordjoursd onou wn arznponur eurelasap wonb sepy "vaou epnunigs eum seuode seur ‘opepifexour vp onou ordsourzd uinquau aoajaqeise as ogu ibe anb z921p ov ‘op . -esuiad eyuor zoaqe) 9[9 anb op steut nousse om1989 aisou ae -puos ¥ o8[e senuosua etionb anb oony19 wip,, :opeuorodao op asseoy wonb ‘ome o sou-arsaape, ‘onugSut wag eH9s sepa vxed senpgur steqo[8 sogSemnunioy xodosd ap 2 sopepinoy “Ip se rednsBvaz ap exraueur wns & o4798 v eAD] 98 opueNb “eu Ss o1oyaaad -10301 98 anb quey 10d opiata ousUEy 2880 v 9 ‘OLIBNIOD OY “eyosory ep oprooyuco wroq eAeitpaxoe 9s anb ojos 0 oonyur -Bque opeusoy 01 ap seut ‘seproaquoasap se1I91 ap IOpIqoo aaduis exed opvoyjipour 19) op Seur ‘seaou sesi00 ONP 31 9 ‘SWey SEW "Shay Dp AD epUg!SsUOS F 9 exGO Uns axqos NOS -ue] zone 0 anb zeyjo 0 ‘onuenod 9s-psog “oupersuco anb soe ‘oprpusosduioo yeur s0s souray wueyy exzey anb ojmnby — zoyuenso wns e wso}UST|S asyexrop seu ‘02149 VP 9pePHTE =u v aiuouresodioy aooquoosep as ou ‘oyuTrED 2ss9 Fog 2p viof epeimatioy ayusuressoxdxa ve onb ovisonb wuun [ou -omipenn eyosoyy eu soarosqeas v onjounid o ‘Teuye ‘Ios OBE adosus oonpio asso 2s reyuinSad as-opog ,,"PquOSA BU PIAL] sed wumnyuou onuoous ogu jenb v ezed wstoo ‘exyoueu wxmno ‘eum ap ‘xoUjour 19s apod o dnb epure no ‘sousuIgUay sop 01199 -uoo nau sod opiafosos 19s apod ove app anb vfos “(sounugi7y ong sou “ex08e epure ‘owiod) onque ay] no anb erouyHodut wo} ogu eurojqoud 9869 onb efes “reansour op v1s09 ap9 ‘owes “10g “(epure sagzex sesmo op smzed v opSeumy{uoD wns 28894 igo ajo 2s oussaut) euroqqord 9ss9 saajosax 28 ap ofour oon (0 owioo ayusuios wuts Mop BU opNIUupe opis eyuN osaxd N99 -oueuried fenb ov o nosiuosua aj9 aonb owsteapt O “(souugd -ajoig show 80 ‘Inbe “outoa) vay eyuTUE e wpor awToUTEsIO ur eavooquiasap yenb ow 9 worsyeiow vp ounsap 0 ayuaUEsIo

You might also like