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ARIO No Quarta-feira, 13 de Janciro de 2010 I Série DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste mimero — Kz: 60,00 Todi 8 esrssponatnsi, que ai sr ASSINATURAS ‘0 prop asco ahs pia nos Diran rss 6 amino © asin do Di ano | aku 62. sense ede Kei 750 eons sets ke son zs | 3. seis Ke 9580, aeecide do sespsetivo Bene SNS SF SHEBRE S IMPRES A gr Ke: 23035000] most do sla, cepentemo 9 puicnta ae Nasional bP om Lass Cai Pose 1306] 2s Kes 123 S0u00] Sy sssoas depo vo aafoenara tous Lond, floes lmprens Aaa Ke: 95 70000 | datos Nasional 0 SUMARIO Havendo necessidade de regular essa matria& 0 licen- larsenta das enfades privalas esponsiveis pela ealizagia e auditoria ns termos a estabelecer. Conselho de Ministros be ‘0 Nos termos das disposigBes combinadas da alinea d) do sewn artigo 112° edo artigo 113.8, ambos da Lei Constitucional Dooxt also de mors ambien in asta pis privadas. sucoptivels de provocar das signilicavos20 ambien CONSELHO DE MINISTROS Decreto n:" V10 de 13 ae Janvirw Recomhecendo que a Lei ce Bases do Ambiente, Lei n:"5/98 de 19 de Junho.non 1 do artigo 18.* estabelece que todas as actividades que a data de entrada em vigor desta lei se encontrem em Zuncionamenta e sem aplicagio de medidas de protege ambiental e social, resuliando disso conheci mento de danos ao meio, sio objecta de auditorias ambientas: Considerando que a aucitoria ambiental é uim procedi- ‘mento que visa a realizayio de avaliagies ¢ estudos desti- nados a tomada de decisdo relativa a mitigagio de riseos ambientais € pesmitir o controle permanente das actividades poluidoras: Reconhecendo também que as auditorias ambientais podem ser feitas por entidades piblicas ou privadas especiae lizadas: ‘6 Governo decreta o seguimte CAPITULO 1 Disposigées Gerais ARIIGO 1 Object) O presente diploma tem como object a realizagto de auditorias ambientais as actividades puiblicas ou privadas, ‘susceptiveis de provocar danos signitieativos ao ambiente ARGC 2 \Fiealidader A auditoria ambiental é um procedimento sistematizado fe documentada de gestio e de avaliagio objectiva da cerganizagio ¢ funcionamente do sistema de proteogie do ambiente e tem como finalidade deterrainar: 9s niveis efectives ou potenciais de peluisio ou de degradagao ambiental, provocados por aetivi- dades de pessoas fisicas ou juridicas 1 as condigdes de operagao ¢ de manutengao dos equipamentos e sistemas de controlo de poluigao: ) se aentidade objecto de auditoria esti a cumprir as normas ambientais € os padres de qualidade arabiental: di as medidas a serem tomadas para restaurar 0 ambiente e proteger a sade humana. 50 DIARIO DA REPUBLICA. ¢) as medidas destinadas a evitar ou reduzir as emis ses para a gua. o solo, a produsio de residues a poluigao sonora: fia capacitagae dos responsiveis pela eperagio & manutengao dos sistemas, instalaydes ¢ equipae mentos de proteegio do ambiente ¢ da sauide dos trabalhador 10 grau de cunformmagio do exereivio das actividades corn os pardmetros definidos no proceso de licenciamento ambiental, para a sua implemen- agai. fh a gestio © conservagao das foes de energia, de matéria-priima e da gua: 1 a reutilizagao, reciclagem, reduga0, transporte eliminagao de residuos: ‘Ala adopsio de novos métodos de produgao suscep is de redvzir os niveis de poluisies 4) as medidas de prevengiio ¢ limitagio de acidentes ambieniais, ARTIGO 4 (Competencies) 1, 0 Ministério do Ambiente & a entidade competemte para promover a realizagao das auditorias ambientais pudlicas, sem prejutze das autoridades locais. competentes em matéria de ambiente 2. As decisdes. recomendagies au orientagées do ‘Ministério do Ambiente relacionadas com resultados de uma auditoria publica ow privada, sio vinculativas para as centidadles auditadas. CAPITULO IL Auditorias Ambientais ARTIGO 4 (Tipos de auditorins ambientis) 1, A auditoria ambiental pode ser publica ou privada, ‘casional ou obrigatéria, 2. publica. quando é drigida as actividades sujeitas a avaliagdes ambientas pelo Orzo do Estado competent para o efeito. 3. privata, quando & realizada pelos empreendedores. visando conformar os seis provessos laborais e funciona do seu empreendimento com o plano de gestio ambiental aprovado de avorde com as imposigdes legais ambientais, er igor. ARIIGO 52 (Aualtoria pricey A auditoria ambiental pablica € realizada em todas as empresas ou unidades em funcionamento, susceptiveis de provocar danas significativos ao ambiente. ARIIGO ‘Auditoria privadat As empresas podem realizar a titulo voluntério as auci- torias ambientais pertinentes, com abjectivo de acorspanhar ‘aactividade ao longo de todo 6 periodo de laborasio, analisar fo respective impacte no ambiente ¢ @ cumprimento da Tegislago ambiental em vigor. ARGO \auditorias ocasionais) © Ministério do Ambiente deve determinar, quando nevessinio, a realizagio de auditorias ambientais oeasionais,, estabelevenda direectrizes e prazas especiticns.. ARIIGO Xe (Austria obrigairiasy As actividacles sujeitas & avaliagio do impacte ambiental estdo igualmente sujeitas d auditoria ambiental. a serem seguladas por diploma proprio. ARGO 9, Disponitidde da inforrmagao A entidade responsavel pela auditoria ambiental deve ‘conservar, por um period minima de cinco anos. © original do relatério da auditoria ambiental, devidamente assinado pelo auditor responsivel e disponibilizar a informagao ou as, conclusies das auditorias ambientais a0 Ministério do Ambiente e aa Ministério Publica, quanda solicitada, ARUIGO 10" {Consulta dos documents) 1. Os documentos relacionados com as audlitorias ambientais sio acessiveis a consulta publica, desde que seja preservade o sigila industrial 2. A emtidade responsivel pela feitura da auditoria ambiental deve publicar num jomal de grande circulagio, a noticia do envio dos resultados da auditoria a0 Grgao ccorapetente de Governo, contendaa informagio soare o local ‘onde se encontram os docurnentos para consulta paiblica. ARIIGO 11 Dever de colaboragio! 1. A entidade que esteja a ser abject de auditeria ambiental deve colaborar com os auditores, colcande 3 disposigio destes. (oda a documentagdo requerida ¢ facilitar arealizayto da respectiva auditoria ambiental. para aléin do: ov acesso a todas as instalagdes: bracesso aos relatérios de compra de matéria-prima, de consumo de energia, égua eutilizagao de mio sde-obra; LSERIE_— N.’ — DE 13 DE_IANEIRO DE 2010 st acesso aos equipamentas e resultados de medigaes para monitoria arabiental: 1 acesso aos depdsitos de materiais. prottutos. subpro- dutos e residluas, ¢} livre abordagem, entrevistas e reunides com o pessoal, para obter e confirmar dados e infor masts. 2. © auditor obrigasse a preservar o sigilo profissional perante tereeiros.. CAPITULO IIL ‘Auditores Ambientais. AREIGO 12, Endidades auditoras) As auditorias ambientais sto realizaclas por pessoas fisieas ou juridicas de comprovada capacidade técnica, cor especializagio ou experiencia comprovada em matéria do ambiente, registadas no Ministério do auditor individual ou coleetivo, AREIGO 15 {Regist certfcacio dos nuditores ambientas) 1, 0 Ministério do Ambiente deve eriar unr sisterna de registo e cemtificayao de auditores ambientais. 2.86 podem realizar auditorias ambientais er Angola os especialistas, tecnicos médios & superiores que estejara regisiades nos terros don." 1 deste artigo, a titulo de auelitor ambiental individual ou colectivo. 3. Para concretizagie do disposto no n." | deste artigo. © vertificado de registo € emitida num prazo de 30 dias a contar da data ca evepeio do pedo, desde que cumprids as exigéneias prevists no artigo 14° ARHIGO 14" (Documentos exigidos para oregista dos andioresambientais), 1, O registo de auditores € feito a pedido des interessauts, ‘mediante requerimento, contendo 0 seguinte: 0} nome. nacionalidade. profissGo. local de trabalho. residéncia habitual e niimero de contribuinte ) centifieado de habilitagdes académicas e profise cc} curriculum vitae demonstrative da experiéneia na actividade de consultoria ambiental edo conheci- mento da realidad eds problemas da ambiente em Angola: 1A eGpia do bilhete de identidade e do cartao de contribuinte: ¢}oauditor individual deve apresentar urna declaragao comprovativa de que nao ¢ funciondrio ou contratado, da degio responsével pela politica do ambiente; 2. Na caso de sociedade, deve-se juntar: 1 informagdo relativa aos seus consultores, nos fermos do niimnero anterior: 6) uma compilagio de relatiries de auditorias jé realizadas, 1 pacto social publicada no Didrio da Repiibtice, alvard comercial, certidda do registo estatistico & ‘9 mimero de comtribuinte. 3. Bin caso de duvida, © Ministério do Ambiente reserva- -se av direito de exigir comprovagao das informagbes forne- ceidas pelo interessado, berm como de outros elementos adicionais. ARLIGO Is." (Esercico de actividad de auditor ambiental por estrangeros As sociedacles de consultoria estrangeiras que pretenders cexercer a actividade de auditorias ambiemtais em Angola, so cobrigadas a assoviar-se a auditores angolanos ou a soviedade de auditoria ambiental de direito angolane, ARLIGO 16" ‘Relational 1. A auditoria ambiental deve ser conelulda com a apresentagdo de umn relatério final er que se exponha de forma objectiva o seguinte: ‘04 as falhas encontradas e as medidas recomendadas para as sana: by apreciaga0 clo grau de cumprimento das recomen ages das auditorias anteriores 1 se a actividade € potencialmente causadora de degradagiv do ambiente: 4) uer relatGrio de auditoria armbiental, que deve ser centregue ao Ministério do Ambiente. 2. As recomendagies feitas pelo auditor ambiental sia de ‘curaprimento obrigatério para a emtidade aueltadae a sua nfo ‘observincia é sancionada nos termos dallezislagdo em vigor. ARUIGO IT (Responsabiidude 1. Os auditores ambientais sao civil ¢ criminalmente responsiveis pelas informagSes prestadas no ambito da audivoria ambiental 2. A realizagin de auditoria ambiental nao exime as centidades ebjecto de auditoria cle responsabilidad por danos ambientais por realizagdo de actividades poluidoras ou ‘eausadoras de degradagio arabiental, nos termes da Teis- lagio era vigor. 52 DIARIO DA REPUBLICA. ‘APITULO IV Fiscalizagao, (O Ministétio do Ambiente € a entidade responsivel pela fisealizagto das auditorias realizadas por pessoas privaclas {isicas ou juridicas a que se refere 0 artigo 6." do presente diplorna. ARHIGO 19," (Custos com a auditria arnbientaly Os custos com a auditoria ambiental so da responsa- Dilidade da entidate auditada, AREIGO 3 (Tevasi 0 regista de auditores ambientais esté sujeito ao paga- ‘mento de uma taxa a fixar por decreto executivo conjunto dos Ministras das Finangas e do Ambiente. ARIIGO 21 ‘Muted J..As infraegées a0 presente diploma sio puniveis com ‘mula em Kwanzas, graduadas ene ura rainimo,equivalente A USD 1000.00 ¢ un miximo equivalentea USD 1 000.000.00 wonsoante a gravidade de eada vaso. 2. Para efeitas do presente diploma constitu infracgio punivel com mutta 1) abstrugao ou nao colaborago com os servigos de auditoria ambiental: 1 o nao curaprimento das recomendagdes contidas no relatGrio da auditoria ambiental publica anterior: c) a laboragie sem © cumprimento das normas ambieniais, do exerefcio da avtividade de auditor ambiental, ser © prévio registo. AREIGO ‘Reincidencla) im caso de reineidéncia, os limites ménimo € maximo ddas multas apliedveis sao elevadas para o debra, CAPITULO IV Disposighes Winais ARIIGO 25 Revogagio! Ficam revozadas todas as disposigdes legais que eontra- siem o disposto no presente diploma, ARTIGO 242 WDiividas eomissdes} As diividas © emissies resultantes da interpretagio © aplicagie de presente decreto sio resolvidlas pelo Conselho de Ministras. AREIGO 3s (Entrada em vigor) © presente deerete entra em vigor na data da sua publi- Visto e aprovado em Consetho de Ministras, era Luanda, ‘a0 27 de Novembro de 2009. Q Primeiro Ministro, Aninio Paulo Kassoma Promaulgado aos 30 de Dezembro de 2009, Publique-se. 0 Presidente da Replica, Jost Bpvaxno pas Saxros.

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