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S e Nunca sem o Espírito Santo!
Com Santa Teresa de Jesus

Quaresma 2022 – Viver a Misericórdia Divina com os Santos do Carmelo

Evangelho (Lc 4, 1-2)


Naquele tempo, depois de ter sido batiza-
do, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-
Se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao
deserto, onde esteve durante quarenta dias
e era tentado pelo diabo. (Lc 4, 1-2)

1. À escuta do Evangelho
Lucas, evangelista do Espírito Santo

O apóstolo São Paulo, de


quem Lucas era discípulo,
é certamente quem mais
evoca o Espírito Santo nas
suas cartas. Lucas não nos pro-
põe cartas, mas um Evangelho em dois
tomos: o Evangelho e os Atos dos Após-
tolos. Revela-se assim como o evange-
lista do Espírito Santo e também da
missão cristã. Marcos só evoca o Es-
pírito Santo 6 vezes, enquanto Lucas O
refere 90 vezes (20 vezes no seu Evan-
gelho e 70 vezes nos Atos).
O Espírito é, antes de mais, a força
omnipotente de Deus. Ao longo do seu
Evangelho, Lucas mostra-nos como
todos os amigos de Deus são movi-
dos pelo Espírito ou estão repletos
d’Ele. É o caso de Maria, por exemplo
(1, 35.49), de João Batista (1, 15.80),
de Isabel (1, 41), de Zacarias (1, 67) e
do velho Simeão (2, 25.26.27). Jesus
sobretudo, é concebido pelo Espírito
(1, 35). O Espírito desce sobre Ele no
Batismo (3, 22) e assim chegamos ao
Evangelho do primeiro domingo da
Quaresma, em que Jesus fica cheio
do Espírito Santo e, com esse mesmo
Espírito, vai para o deserto: voltare-
mos a este ponto.
No seguimento do Evangelho, Jesus
regressa à Galileia sob o poder do Es-
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pírito (4, 14) e as primeiras palavras do
seu primeiro discurso serão para teste-
munhar a presença do Espírito sobre Si
(4, 18). A sua missão é batizar no Espíri-
to Santo e no fogo (3, 16). Jesus estre-
mece de alegria sob a ação do Espírito
Santo (10, 21) e, por fim, é levado para
o Céu pelo Espírito (24, 51), prometen-
do enviá-l’O aos seus discípulos: aqui
o Espírito é chamado promessa do Pai
e força do alto (24, 49). Só Lucas nos
convida a pedir o Espírito Santo na ora-
ção (11, 9-13): é explicitamente Ele que
o Pai dá àqueles que Lho pedem na ora-
ção. Ninguém é bom senão Deus, pelo
Seu Espírito (18, 19).
No início deste retiro coloquemo-nos
pessoalmente esta questão: Vivo to-
das as minhas ocupações quoti-
dianas com o Espírito? Não há vida
cristã sem o Espírito Santo. Se consta-
tar que o Espírito Santo está pouco pre-
sente na minha vida, não vale a pena
culpabilizar-me, mas, pelo contrário,
devo apoiar-me na promessa de Deus
de no-l’O comunicar. O que não estaria
nada bem seria se nós não quiséssemos
receber o que Deus nos quer dar! Apro-
veitemos então este retiro para escol-
her um momento do dia para invocar
o Espírito, por exemplo utilizando esta
curtíssima oração como o nosso próprio
respirar: Veni Sancte Spiritus! Vem Es-
pírito Santo!
Assim, convencidos da importância
da presença do Espírito na nossa vida,
podemos regressar ao texto do Evan-
gelho. E esperam-nos enormes surpre-
sas: é o Espírito Santo que guia Jesus
ao deserto para confrontá-l’O com a
privação e a tentação!
Poderíamos, pois, não querer deixar-
nos guiar por um tal Espírito, pois Ele
vai-nos revelar quanto dependemos de
outrem e a que ponto o nosso princi-
pal combate será apenas confiar n’Ele.
Para alimentar a nossa confiança real
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em alguém e para que não seja apenas
teoria, belas palavras e bons sentimen-
tos, é necessário partir de uma situação
em que precisemos realmente de aju-
da, em que experimentemos profunda-
mente a realidade da nossa miséria, da
nossa radical perdição sem a presença
e sem a ajuda de Deus.
Libertos de nós mesmos por Jesus!

É isso que Jesus experiência! Porque é


isso que Ele nos vem comunicar: a sua
confiança filial, aconteça o que aconte-
cer, e não apenas de tempos a tempos,
quando as coisas correm um pouco mel-
hor do que o habitual. Portanto é na
experiência da privação, da pobre-
za, da tentação, que se nutre ver-
dadeiramente a nossa confiança
em Deus e isso é que é difícil! Nisso
somos precedidos por Jesus, conduzido
pelo Espírito. Nunca devemos esquecer
isto!
Então, é na tomada de consciência cada
vez mais profunda das nossas misérias
e das nossas pobrezas que se encontra
o fundamento da nossa real ligação a
Jesus como nosso Salvador, e da nossa
escuta profunda das suas palavras: Ele
é o nosso servo, o nosso médico, a nos-
sa Salvação. Estamos verdadeiramente
abertos a Jesus na medida em que te-
mos a convicção da nossa extrema mi-
séria e, a partir dela, nos entregamos
quotidianamente a Ele para que faça
em nós o que desejar.
A nossa tentação principal, no deser-
to das nossas impotências, é a fuga!
Eis, pois, o combate principal:
não fugir da nossa vida! Somos
convidados a não procurar a segu-
rança em nós próprios, mas em Deus,
mesmo que fazê-lo seja interiormente
doloroso. A perceção da nossa po-
breza interior é, de facto, o funda-
mento da nossa verdadeira confiança
em Deus: voltarmo-nos para o Deus
pobre com confiança.
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É o que Jesus experimenta no deser-
to, quando o adversário Lhe propõe
fugir da sua condição. Ele volta-se
para Deus com confiança e convida-
nos a fazer o mesmo! Temos de rece-
ber d’Ele uma libertação profunda.
Muitas vezes estamos centrados na
nossa necessidade de existir por nós
mesmos, de possuir por nós próprios,
de saber para ganharmos segurança,
em resumo: temos uma necessidade
de controle centrado em nós mesmos.
Jesus vem dar-nos a sua maneira fi-
lial de viver, orientada para Deus e
para os outros.
A experiência da travessia do deser-
to nas nossas vidas revela-nos a nossa
sede de independência, de auto-sufi-
ciência e de auto-importância. Poderá
então, em vez disso, crescer em nós o
desejo de sermos verdadeiramente fil-
hos e filhas de Deus, confiando mesmo
n’Ele em todos os acontecimentos da
nossa vida: e isso só Jesus nos pode
dar; não é resultado dos nossos esfor-
ços, por mais generosos que sejam.
Quando confrontado com a tentação,
repare-se que Jesus não responde di-
retamente ao tentador: Ele serve-Se da
tentação para exprimir a sua confian-
ça no seu Pai, apoiando-Se na Palavra.
Jesus quer comunicar-nos a sua ma-
neira de viver que consiste em consen-
tir na própria pobreza para nutrir uma
confiança incondicional no Pai.
Assim, a vida cristã não é como um
progresso de que estejamos orgulho-
sos e satisfeitos! Quanto mais Cristo
nos comunica a sua vida, mais nos tor-
namos, pelo contrário, pequenos aos
nossos próprios olhos e menos nos sen-
timos ameaçados pelas nossas fraque-
zas. Crescemos na convicção da nossa
grande pobreza interior e este cresci-
mento torna-se lugar dum abandono
ainda maior à invasão da vida de Cristo
em nós.
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Somos, pois, convidados a não voltar as
costas a tudo o que, no quotidiano, nos
mostra que somos limitados, frágeis e
pobres porque é a partir daí que vivemos
verdadeiramente na dependência de Deus
com Jesus. Escolhemos então, - aconteça
o que acontecer, seja o que for que pense-
mos ou sintamos ou não -, pedir unica-
mente a Jesus que nos atraia ao seu pró-
prio abandono ao Amor do Pai.

2. A Misericórdia em
Teresa de Jesus
Um caminho de liberdade

Santa Teresa de Jesus (de


Ávila) (1515-1582) experi-
mentou essa mesma liber-
tação. Vive num contexto so-
cial bem diferente do nosso. No seu
mundo, a mulher era de facto particu-
larmente desvalorizada. Era reputada
de ignorante, fraca e a própria Igre-
ja não contrabalançava em nada essa
tendência. Teresa faz então a experiên-
cia paradoxal de ser socialmente mar-
ginalizada como mulher e de ser pro-
fundamente amada por um Deus que
tem misericórdia dela. Foi na relação
com Deus que d’Ele recebeu a capaci-
dade de viver cada vez mais reconci-
liada com a sua própria natureza.
Se Teresa beneficia duma juventude
feliz e privilegiada, tem, no entanto,
de assumir o choque da morte da mãe
num contexto generalizado em que
mortes, doenças, crises económicas
pesavam sobre a vida quotidiana. A so-
ciedade na qual vivia estava marcada
por um pessimismo antropológico pro-
fundo. O Bem só seria uma realidade
para uma minoria, depois da morte,
no Céu! Um movimento espiritual do
qual ela participa vai contribuir para
atenuar tal situação: centra-se na Hu-
manidade de Cristo, contemplada na
oração pessoal.

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É no interior de si mesma que
Teresa vai descobrir um espaço
de liberdade. A oração permite-lhe
descobrir como é profunda a mise-
ricórdia de Deus e quanto ela Lhe está
unida tal como é. A Misericórdia quer
libertá-la, a partir do interior, das dife-
rentes formas de misérias e opressões
de que sofria. Teresa acolhe a presen-
ça misericordiosa de Deus em si e essa
presença é obra de salvação divina no
coração de tudo o que ela virá a atra-
vessar. Ao longo da vida, experimen-
ta a misericórdia como uma pedago-
gia divina. Assinalemos alguns factos
deste caminho.
Na inocência da infância Teresa era
fortemente sensível a Deus. Desejava
mesmo ser mártir porque lhe parecia o
meio mais rápido para estar com Deus
no Céu. Está absolutamente resoluta.
Bela e inteligente, marca o seu círculo
familiar e o pai manda-a para o inter-
nato das Agostinhas de Nossa Senhora
da Graça, muito próximo da casa da
família, para a proteger das tentações
da adolescência. Neste novo ambiente,
Teresa toma consciência da sua infide-
lidade para com Deus, especialmente
da sua ingratidão para com Aquele
que lhe concede tantos benefícios. O
internato permite-lhe beneficiar do
bom exemplo das Irmãs Agostinhas, o
que traz a Teresa frutos de verdadeira
conversão. Deseja tornar-se religiosa,
mas o temor servil de Deus continua
bastante presente nela. A pouco e pou-
co, Jesus conduzi-la-á a um compro-
misso por amor.
Teresa é também afetada por proble-
mas de saúde crónicos que vão acom-
panhá-la praticamente durante toda
a vida. Finalmente, entra no mostei-
ro das Carmelitas da Encarnação, em
1535, aos 20 anos. Deus enche-a de
graças espirituais, mas tem de sair do
mosteiro ao fim de três anos devido
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aos seus problemas de saúde. Durante
esse tempo de convalescença vai des-
cobrir um livro essencial, um guia
para a vida de oração: o Terceiro Abe-
cedário de Francisco de Osuna. Mas
a sua saúde degrada-se a ponto de ver
chegar a morte. Decide viver esta pro-
va identificando-se com Cristo sofre-
dor. A sua amizade com Deus intensi-
fica-se no meio da travessia da doença.
Mas apesar de tudo isto, Teresa conti-
nua fraca e imperfeita: deixando a
enfermaria, frequenta os locutórios e
chega a abandonar a prática da oração
durante alguns meses, em 1540-1541.
Esta provação permite-lhe reconhecer
a realidade das suas infidelidades e da
sua incapacidade para progredir por si
mesma na vida espiritual. Confiando-
se ainda mais à misericórdia de Deus,
recebe d’Ele a coragem de perseverar
na oração. Prepara-se então um acon-
tecimento central na vida de Teresa: em
1554, passando diante de uma repre-
sentação de Cristo flagelado durante a
Paixão, abandona-se profundamente
à graça de Deus e alcança d’Ele uma
nova determinação para O servir e O
amar.
O fundamento deste caminho é voltar-
se sem cessar para a Humanidade de
Cristo: Teresa descobre que Ele é a mi-
sericórdia de Deus e que a maior infi-
delidade é desviar-se d’Ele. Receberá
de Deus o dom de apreender a reali-
dade da sua alma quando se encontra
separada de Deus e pode então expe-
rimentar de que situação desastrosa
Jesus nos liberta. Esta graça, comum-
mente chamada “visão do inferno”, vai
alimentar o seu compromisso pela sal-
vação dos outros. A prática da oração é
o meio por excelência do acolhimento
da misericórdia. A fundação do mos-
teiro de São José de Ávila, em 1562,
será uma etapa essencial no itinerário
teresiano: a santa fundadora recebe de
Jesus a capacidade de viver no espíri-
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to do Evangelho, no coração de uma
pequena comunidade de Irmãs, unidas
na vivência da misericórdia entre si e
acolhendo-a para o mundo. Dez anos
mais tarde, recebe a graça do matri-
mónio espiritual: compreende então
experiencialmente a meta de todo o
caminho pelo qual Jesus a conduziu:
o auge da misericórdia consiste
em nos tornar iguais a Ele pelo
amor e em nos fazer participar
da sua própria missão de salva-
ção para todos. Toda a vida de Teresa
foi, pois, uma descoberta progressiva
da misericórdia. As suas infidelidades
iluminam a fidelidade divina, sempre
misericordiosa para com ela. No abis-
mo entre a miséria e a misericórdia
saboreiam-se os frutos que essa mise-
ricórdia traz a uma vida humana mar-
cada pelo pecado.
«Vós sois um Deus de misericórdia»
(Caminho de Perfeição 3, 9)

Para concluir, quais são as caraterísti-


cas da misericórdia divina para Teresa?
Impregnada pela misericórdia divina,
Teresa pode testemunhar nos seus es-
critos a realidade da misericórdia: antes
de mais, é permanente e acolhe-nos
em tudo aquilo que vivemos. Recupera
o tempo que nós perdemos, ocupados
connosco próprios em vez de aprofun-
darmos a nossa confiança em Deus. Ao
fazê-lo, muda o que nos afastava d’Ele,
a saber, transforma o mal em bem, e
isto sem limites, porque a misericór-
dia cobre a multidão dos pecados. Para
Teresa, Deus não pára de nos estender
a mão e de Se nos oferecer como nos-
sa verdadeira segurança e providência.
Esta misericórdia revela-nos a profun-
didade do amor de Deus por nós e ena-
mora-nos cada vez mais de d’Ele. Eis,
pois, uma pista para amar a Deus:
o desejo de experimentar cada
vez mais a sua misericórdia. Não
hesitemos, pois, em nos oferecermos a
ela!
Fr. Denis-Marie Ghesquières (convento de Paris)
Rezar cada dia da semana
com Teresa de Ávila

« L’assomption de la Vierge Marie », Francesco-Botticini - 1475

Segunda-feira, 7 de março:
Chamados à santidade
«Sede santos, porque Eu, o Senhor vosso
Deus, sou santo… amarás o teu próximo
como a ti mesmo.» Lv 19, 1.18
«O Senhor nunca Se cansa de dar nem
a sua misericórdia se esgota. Não nos
cansemos nós de receber. Seja Ele ben-
dito para sempre. Bendito seja Deus para
sempre, ámen; e que todas as criaturas
O louvem.» (Vida 19, 15)
Agradeço este apelo à santidade, a amar,
que o Senhor me dirige? Para melhor res-
ponder (re)leio os n° 14 a 18 da Exortação
«Gaudete et exultate», do Papa Francisco.

Terça-feira, 8 de março:
Viver o perdão
«Se perdoardes aos homens as suas fal-
tas, o vosso Pai Celeste também vos
perdoará.»Mt 6, 14
«Por isso, se alguma vez cairdes, não
desanimeis nem deixeis de avançar,
porque, até dessa queda, Deus tirará
bem.» (Moradas 2, 9)
Que posso eu fazer para viver o perdão
esta semana? Retiro Quaresma 2022 - Viver a Misericórdia Divina com os Santos do Carmelo
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Quarta-feira, 9 de março:
Implorar misericórdia
«Clamemos com todas as nossas for-
ças a Deus, converta-se cada um de
nós da sua má conduta e dos seus atos
de violência.» Jon 3, 8
«Um dia, entrando no oratório, repa-
rei numa imagem que para ali trouxe-
ram para guardar… era a imagem de
Cristo muito chagado… foi tanto o
que senti por Lhe haver agradecido
tão mal aquelas chagas que o cora-
ção parecia partir-se-me. Lancei-me a
seus pés num choro de intensas lágri-
mas e pedi-Lhe que me fortalecesse
de uma vez para sempre a fim de não
mais O ofender». (Vida 9, 1)
Escolho uma imagem de Cristo. Esta
Quaresma rezarei todos os dias diante
dela, pedindo a graça da conversão,
para mim e para os membros da Igreja.

Quinta-feira 10 de março:
Agir com misericórdia
«Tudo o que quiserdes que os outros vos
façam, fazei-lho vós também.» Mt 7, 12
«…tenho gasto toda a minha vida em
desejos, mas as obras não as faço. Val-
ha-me a misericórdia de Deus em quem
sempre confiei…» (Fundações 28, 35 )
Tomando consciência do olhar de mi-
sericórdia do Senhor sobre mim, peço-
Lhe que seja misericordioso para com
os outros.

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Sexta-feira, 11 de março:
Reconciliar-me com Deus e com
o próximo
«Vai primeiro reconciliar-te com o teu
irmão e vem então apresentar a tua
oferta.» Mt 5, 24
«Fazei-nos compreender, meu Deus,
que não sabemos quem somos e que
nos apresentemos diante de vós com
as mãos vazias. Sede Vós a perdoar-
nos, pela Vossa misericórdia!» (Camin-
ho de Perfeição 36, 6).
Para me preparar para o Sacramento
da Reconciliação, leio, no Missal, uma
das duas orações eucarísticas sobre a
reconciliação.

Sábado, 12 de março:
Renovar a Aliança
«O Senhor será o teu Deus; tu seguirás
os seus caminhos, guardarás os seus
decretos, os seus mandamentos e as
suas ordens. Escutarás a sua voz.» Dt
26, 17
«Vossa sou…Pois me redimistes…Vossa,
pois não me perdi; Que quereis, Senhor,
de mim?» (Poesia 2)
Tiro um tempo para tornar a dizer ao
Pai das Misericórdias: «Eis-me aqui para
fazer a tua vontade.»

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