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Unidade 3 Estradas
Unidade 3 Estradas
ACIDENTES TOPOGRÁFICOS
Apresentação
Para a análises desses obstáculos topográficos são usadas ferramentas para coleta
dos dados como anuários, mapas existentes, fotografias aéreas e plantas digitais
encontrada em sitas oficiais na internet para a etapa de reconhecimento, fase inicial do
estudo do traçado.
Os aspectos referentes à topografia, hidrologia, geologia e geotecnia são que
elementos serão fundamentais para o lançamento das diretrizes preliminares do traçado e
as principais ferramentas para coleta desses dados são os anuários estatísticos da região,
cartas topográficas em escalas pequenas, mapas, fotografias aéreas da região e programas
com imagens aéreas digitais disponível para consulta na Internet .
Os anuários estatísticos apresentam o perfil sócio-econômico das populações
envolvidas com o empreendimento, informando as principais produções agrícolas,
industriais, futuros pólos geradores de renda, potencial turístico da região e outros
indicadores que estão diretamente ligados com a necessidade de transporte.
As cartas topográficas e mapas informam sobre o relevo da região e estão disponíveis
para quase todo o Brasil em pranchas tamanho A0, nas sedes da SUDENE e IBGE.
Recentemente alguns órgãos estaduais, como o Instituto de Planejamento do Ceará
(IPLANCE) já dispõem de mapas digitais dos diversos municípios cearenses, onde são
apresentadas dentre outras características: principais cursos d´água, curvas de nível
espaçadas de 10 em 10 metros, cidades, povoados, fazendas, limites de propriedades,
terminais, ferrovias e rodovias existentes.
As fotografias aéreas tomadas em escalas adequadas e com observância de
requisitos técnicos apropriados podem ser bastante úteis para a visualização da
configuração geral do terreno, do uso do solo, da cobertura vegetal e de outros detalhes,
principalmente quando se dispõem de pares aerofotográficos que permitam visão
estereoscópica.
As cartas imagens de radar têm a vantagem de oferecer a grafia e disposição dos
elementos topológicos apostos sobre uma imagem do terreno, com elaboração
independente de nebulosidade.
Tanto as fotografias aéreas como as cartas imagens de radar geralmente são
aplicáveis ao reconhecimento quando previamente obtidas para outras finalidades, já que
sua obtenção específica para o reconhecimento poderia resultar em custos exorbitantes.
Imagens obtidas por satélites têm as vantagens de serem captadas (e armazenadas em
meio magnético) de forma sistemática, e com diversos comprimentos de onda (desde a
radiação visível até a infravermelha), tendo como desvantagem, até o presente, a
disponibilização comercialmente viável de imagens somente em escalas ainda muito
grandes (com resoluções muito pequenas) para fins de reconhecimento, no entanto, é um
recurso cuja utilização tende a se expandir na medida em que evolui a tecnologia de
captação e de armazenamento, e em que se disponibilizam comercialmente as imagens a
custos cada vez menores.
3.2.3 Equipamento
Existem programas e sites na internet que já proporcionam uma imagem via satélite
que já auxilia no reconhecimento da área e na tomada das decisões.
Exemplo desses programas é o Google Earth que fornece imagens em 2D e 3D de muitas
regiões do mundo.
Da mesma forma, a figura a seguir, mostra que curvas muito próximas representam
terrenos acidentados.
Como indicado na figura a seguir, a maior declividade (d%) do terreno ocorre no local
onde as curvas de nível são mais próximas e vice-versa.
Fig.11 - Curvas de Nível
Fonte: GARCIA, 1984
Para o traçado das curvas de nível os pontos notáveis do terreno (aqueles que melhor
caracterizam o relevo) devem ser levantados altimetricamente. É a partir destes pontos que
se interpolam, gráfica ou numericamente, os pontos definidores das curvas.
Fig.14 - Uma curva de nível inicia e termina no mesmo ponto, portanto, ela não pode surgir do nada e
desaparecer repentinamente.
Fonte: GARCIA e PIEDADE (1984)
Uma curva pode compreender outra, mas nunca ela mesma e nos cumes e nas
depressões o relevo é representado por pontos cotados.
c) Cumeada ou linha de cumeada: linha formada pelos pontos mais altos de uma montanha
ou cordilheira na direção longitudinal;
d) Cume ou ponto culminante: É o ponto mais alto de uma montanha ou cadeia de
montanhas;
h) Encostas ou flancos: são as rampas que vão da linha de cumeada até a base da
montanha;
i) Rio: é um grande curso d’água. Aos cursos d’água de menor importância dá-se o nome de
Ribeirão, Riacho, Córrego, conforme a sua largura;
j) Cachoeira; É um grande desnível existente no leito de um curso d’água, onde suas águas
se precipitam;
n) Bacia: área formada pelo conjunto de todos os terrenos cujas águas afluem para um
determinado curso d’ água, e
Aos locais estratégicos que devem ser considerados no projeto geométrico para o
estudo de viabilidade e custo-benefício, dá-se o nome de pontos obrigados. Os pontos
obrigados podem ser classificados em pontos obrigados de passagem ou pontos obrigados
de condição.
1. O divisor de águas de um contraforte e a linha de talvegue são, embora sem muito rigor
geométrico, aproximadamente paralelos entre si e sempre inclinado no mesmo sentido,
consta na figura 24 a seguir.
2. O ponto de uma cumeada onde encontram duas ou mais linhas de contrafortes, deve ser
um máximo relativo de elevação, consta na figura 24, pontos M e N a seguir.
4. Quando dois talvegues em vertentes opostas, não muito distantes um do outro, tiverem o
curso paralelo em certa extensão, o divisor comum deverá apresentar um ponto baixo, isto
é, uma garganta entre esses dois talvegues, consta na figura 25 a seguir.
Figura 24 - Visualização de contrafortes, talvegues e linha de cumeada
Fonte: AMORIM, G. P. (2006)
5. Quando dois talvegues que nascem na mesma encosta tiverem, inicialmente, cursos
paralelos e em seguida divergirem em direções opostas, o ponto de encontro do
prolongamento desses dois trechos divergentes dar-se-á em um ponto baixo - uma
garganta, consta da figura 25, anteriormente citada.
2. Quando um curso d’água segue paralelamente a uma montanha, nos pontos em que o
curso d’água mais se aproxima do divisor d’água da montanha, esta é mais escarpada e nos
pontos que mais se afasta, a inclinação da serra torna-se mais suave, permitindo o melhor
acesso.
A melhor solução para a ligação entre dois pontos por meio de uma rodovia é seguir a
diretriz geral, porém sabemos que só seria possível se entre estes dois pontos não existisse
nenhum obstáculo. Existem também pontos de interesse que forçam o desvio da estrada do
seu traçado ideal e a questão da declividade da região que obrigam o desenvolvimento de
novo traçado. As figuras abaixo mostram alguns exemplos de desenvolvimento de traçados:
Notas Técnicas de Projeto Geométrico, Departamento de Estradas de Rodagem (DER-SP) de São Paulo,
2006.
SNV – Sistema Nacional de Viação. Resumo Federal, Estadual e municipal das redes pavimentadas e não-
pavimentadas. Fonte: DNIT, Outubro de 2011. Disponível em: <http://www.dnit.gov.br/plano-nacional-de-
viacao>
GARCIA, G. J. e PIEDADE, G. C. R. – Topografia aplicada às ciências agrárias – Livraria Nobel AS, 1984,
São Paulo/SP.