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O Código de Hamurabi
Na Mesopotâ mia temos o á pice do direito cuneiforme com o Có digo de Hamurabi! É
uma estela contendo 282 artigos, que hoje está disposta no Museu do Louvre. Na parte
superior, há um baixo-relevo que representa o deus-sol Samas, juíz dos céus e da terra
que dita a Hamurabi as regras, e no fim do texto, consta que “Hammurabi, rei do direito,
sou eu a quem Samas oferece as leis”. Em outras palavras, a origem das leis é divina, só
que diferentemente do direito hebraico, a lei nã o é dada por um deus, mas inspirada por
um.
O Có digo de Hammurabi e outros textos relacionados à prá tica jurídica que datam da
mesma época indicam a existência de um sistema jurídico extremamente desenvolvido,
sobretudo no domínio do direito privado, e mais particularmente quando se refere aos
contratos.
Diferentemente do direito egípcio, havia uma separaçã o entre as pessoas (apesar de
existir igualdade jurídica dentro de cada estrato social) e havia diferença das penas para
determinados estratos sociais. A título de exemplo, no artigo 200, se alguém parte o
dente de outro, de igual condiçã o, deverá ter partido os seus dentes. No entanto, no
artigo 201, se partiu os dentes de um liberto, a pena é pecuniá ria. Ou, no 203, se um
nascido livre espanca um nascido livre, paga uma pena pecuniá ria, mas se um escravo
espanca um livre (art. 205), deverá ter sua orelha cortada!
Assim, as leis penais utilizavam o Princípio da Pena de Talião (olho por olho, dente por
dente) ou eram substituídas por multas/indenizaçõ es legais.
Vá rias modalidades de contratos e negó cios jurídicos sã o inseridas no Có digo. Possuíam
um direito contratual muito desenvolvido e, assim como os egípcios, realizavam
operaçõ es financeiras de grande escala. Na verdade, a técnica dos contratos foi criada na
época de Hammurabi, e se espalhou pelo Mediterrâ neo, até que os Romanos finalmente
a sistematizaram. Isso nã o é por acaso, já que os povos da Mesopotâ mia praticavam
amplamente o comércio, sendo necessá rio regular essas transaçõ es.
Havia uma preocupaçã o com a segurança jurídica, já que as estelas eram dispostas na
cidade e os julgadores utilizavam tá buas para consultar a lei (afinal, nã o seria muito
prá tico carregar uma estela de uma tonelada pra lá e pra cá ).
O Có digo de Hammurabi é na realidade grande compilaçã o das normas e costumes da
época. Retrata inclusive as desigualdades sociais, diferenciando as penas que eram
dadas para cada um dos segmentos, ou seja, homens livres, subalternos e escravos.
https://medium.com/@jrfischerjr/direitos-cuneiformes-7f56e77ac2a5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_direito
Lucas, Nicolas, Josiele, Vanessa referindo a fonte JOHN GILISSEN
KATIA MARIA PAIM POUER - Escritas e escribas: o cuneiforme no antigo Oriente
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