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Julgamento
Julgamento
Em processo querela para efeitos de julgamento, cujo serviço prefere a qualquer outro
serviço judicial que não seja considerado urgente pela lei (5º do art. 462 CPP), ao abrigo
do artigo 462 CPP o juiz designa a respectiva mandando notificar os representantes da
acusação (Ministério publico e advogado do assistente havendo-o), e da defesa, os réus,
as testemunhas da acusação e da defesa, moradores na área da província, e quaisquer
outras pessoas que tenham de prestar declarações.
Da Audiência
Produção de Prova.
Interrogatório do réu, do ofendido e demais pessoas. Feita a leitura do processo, e
porque as testemunhas devem estar recolhidas numa sala e saírem à medida que foram
chamadas, tomando-se as precauções necessárias para evitar que se comuniquem, nos
termos do corpo e único do art. 432 CPP são efectivamente recolhidos, após o que fez-
se o interrogatório do réu, são tomados declarações ao ofendido e demais pessoas que
devam presta-los nos termos do art. 465 CPP.
Conforme nos termos do art. 465 CPP, segue-se a inquerição das testemunhas e
declarações dos peritos, acareações e demais diligência exigidos pela produção da
prova, sem prejuízo de se proceder a novas perguntas aos réus e aos ofendidos, apos a
audição das testemunhas é peritos, sempre que se julgarem necessárias, claro que para
efeitos de esclarecimento da verdade material.
Alegações Orais.
Importa referir que as alegações orais não são meios de prova, pois tem em vista
convencer o tribunal sobre os factos a considerar provados e não provados, no que diz
respeito as alegações de facto, pelo que são uma síntese conclusiva da prova produzida
(SILVA, 2009: 256 e CARVALHO, 2010:405), pois produzida a prova perante os
juízes e em contraditório, as alegações tem uma função de recapitulações e de síntese,
ganhando geralmente em clareza e por sua accão quando sintéticas e incisivas.
A lei limita o tempo durante o qual os representantes da acusação e a defesa podem usar
da palavra nas suas alegações orais, sendo o tempo máximo permitido de 1 hora, para
cada vez. Porem, dependendo da natureza da causa, a exemplo de um processo
complexo poderão usar da palavra por meios de 1 hora mediante permissão do
presidente do tribunal nos termos do art. 467 CPP.
Depois do presidente do tribunal ouvir o réu sobre a que disser a bem da sua defesa, nos
termos do previsto no art. 468 CPP, deve declarar encerrada a discussão da causa
organizar os quisitos nos termos previstos pelo citado no art. 468, relativamente aos
quais o Ministério Publico e o advogado pode propor o adiamento de mais quisitos ou
formulação das propostas de modo diverso nos termos do art. 502, conjugado com o
artigo 468 CPP.
Aspecto de relevo é que a deliberação da matéria de facto deve-se seguir logo depois do
termo de audiência em discussão da causa, pois que consequência das preliminares da
oralidade e concentração da audiência impõe-se imediatamente da deliberação apois a
discussão de modo a assegurar que a deliberação seja tomada enquanto esta fresca na
memoria a recordação das provas produzidas oralmente e prevenir situações de
impedimentos dos membros do tribunal que o decurso de tempo naturalmente o
favorece.
Embora a sentença (absolutória ou condenatória) é feita a respectiva leitura em
audiência designada para o efeito, poderá se interpor recurso da mesma para o Tribunal
Judicial da Província ou Tribunal Superior de Recurso, consoante a sentença tenha sido
proferida por um tribunal distrital ou tribunal provincial, sem prejuízo de outro recurso
para o Tribunal Supremo, neste caso somente em matéria de direito nos termos do art.
473 CPP.
O único do art. 473 CPP, prescreve o recurso obrigatório para o Ministério Publico,
relativamente as sentenças condenatórias que imponham qualquer das penas maiores
fixas prevista nos números 1, 2 e 4 do art.55 CP.