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Unidade VI de Apontamentos de Introducao À Estatistica
Unidade VI de Apontamentos de Introducao À Estatistica
Introdução;
Conceitos Fundamentais;
Operações com Eventos
Conceitos de Probabilidade;
Axiomas e Teoremas de Probabilidades;
Exercícios de Consolidação da Unidade.
INTRODUÇÃO
A Estatística, desde as suas origens no antigo Egipto há 2000 anos antes de Cristo (aC), até
meados do século XIX, se preocupava apenas com a organização e apresentação de dados de
observações colectadas empiricamente (Estatística Descritiva).
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Probabilístico ou Aleatório, denotado por (E), Espaço Amostral, denotado por (S), Evento ou
Acontecimento, denotado por (Qualquer Letra Maiúscula do Alfabeto).
1
Fenómenos Aleatórios, são fenómenos cujos resultados individuais são incertos, mas para os quais se admite uma
regularidade a longo termo, possibilitando a obtenção de um padrão genérico de comportamento. Como exemplos de
fenómenos aleatórios, temos: Chave do totoloto em cada semana; Resposta de uma doença a um tratamento feito com
determinado medicamento; Estado do tempo no dia seguinte; Comportamento dos eleitores nas próximas eleições
legislativas; Comportamento de um aluno no exame de resposta de múltipla escolha, para o qual não estudou;
Comportamento do mercado perante um produto novo para lavar a roupa; etc.
Exemplos:
SHIGUTI & SHIGUTI (2006, p.64), definem Espaço Amostral como um conjunto de
todas as possíveis ocorrências de um determinado experimento aleatório (E).
Entretanto, PIANA, MACHADO & SELAU (2009, p.68), dizem que, Espaço Amostral,
é o conjunto de todos os possíveis resultados de um experimento aleatório, ou seja, é o conjunto
universo relativo aos resultados de um experimento. Assim, a cada experimento aleatório, está
associado um conjunto de resultados possíveis, ou Espaço Amostral.
Por outro lado, MARTINS (2005, p.131) define Espaço Amostral, como o conjunto de
todos os resultados possíveis, associados à realização de uma experiência aleatória.
Exemplos:
Espaço Amostral (S) os seguintes: S1 = {1; 2; 3; 4; 5; 6}, visto que, um dado não
defeituoso, contém 6 faces;
No seguinte Experimento Aleatório, que denotaremos por “dois” (E2): Lançamento de
uma moeda ao ar e observar o valor na face superior. Assim, para este caso, teremos como
Espaço Amostral (S) os seguintes: S2 = {cara; coroa}, visto que, uma moeda não
defeituosa, contém 2 faces, ou seja, cara ou coroa;
No seguinte Experimento Aleatório, que denotaremos por “três” (E3): Lançamento de um
dado e uma moeda ao ar e observar os números e os valores nas faces superiores. Assim,
para este caso, teremos como Espaço Amostral (S) os seguintes: S3 = {1 e cara; 2 e cara;
3 e cara; 4 e cara; 5 e cara; 6 e cara; 1 e coroa; 2 e coroa; 3 e coroa; 4 e coroa; 5 e coroa; 6
e coroa}, visto que, um dado não defeituoso, contém 6 faces e uma moeda não defeituosa,
contém 2 faces;
Para PIANA, MACHADO & SELAU (2009, p.68), Evento ou Acontecimento é todo
conjunto particular de resultados do Espaço Amostral (S) ou, ainda, é todo o subconjunto do
Espaço Amostral (S). Geralmente, é denotado por qualquer letra maiúscula do abecedário
português (A; B; C, etc.).
Corroborando com os autores acima, SHIGUTI & SHIGUTI (2006, p.64), definem Evento
ou Acontecimento, como qualquer subconjunto de ocorrências de um determinado espaço
amostral (S).
Por outro lado, MARTINS (2005, p.131) afirma que, Evento ou Acontecimento é o
subconjunto do espaço amostral ou de resultados (S).
Exemplos:
NOTA:
𝐀 ∪ 𝐀 = 𝐒 𝐞, 𝐀 ∩ 𝐀 = ∅
Conjuntos Disjuntos
𝐀∩𝐁=∅
Exemplo:
Relação de Inclusão
Serve para indicar se um conjunto está contido ou não noutro conjunto, ou seja, se é ou
não seu subconjunto.
PROBABILIDADES. CONCEITOS.
𝟎 ≤ 𝐏(𝐀) ≤ 𝟏
𝐏(𝐀) = 𝟏
2
São verdades inquestionáveis, universalmente válidas, muitas vezes utilizadas como princípios na construção de uma
teoria ou como base para uma argumentação.
𝐏(𝐀) = 𝟏 − 𝐏(𝐀)
𝐏(∅) = 𝟎
Assim, a Lei de Laplace, enuncia o seguinte: “Se uma experiência aleatória pode ter “N”
resultados mutuamente exclusivos e igualmente possíveis, e se desses resultados, “n” têm um certo
𝐧
atributo “A”, então a probabilidade de “A” é dada por 𝐍 . E, habitualmente escreve-se:
Exemplo:
Dados:
N° de Casos Favoráveis = 3 faces, que corresponde ao que pretendemos que saia (Par): A
= {2, 4, 6}.
n N° de Casos Favoráveis 3 1
P(A) = → P(A) = → P(A) = → P(A) = → P(A) = 0,5
N N° de Casos Possíveis 6 2
→ P(A) = 50%
Dados:
N° de Casos Favoráveis = 2 faces, que corresponde ao que pretendemos que saia (N° não
inferior a 5): A = {5, 6}.
n N° de Casos Favoráveis 2 1
P(A) = → P(A) = → P(A) = → P(A) = → P(A) = 0,3333
N N° de Casos Possíveis 6 3
→ P(A) = 33,33%
Dados:
N° de Casos Favoráveis = 1 face, que corresponde ao que pretendemos que saia (cara): A
= {cara}.
n N° de Casos Favoráveis 1
P(A) = → P(A) = → P(A) = → P(A) = 0,5 → P(A) = 50%
N N° de Casos Possíveis 2
2.2 Coroa.
Dados:
N° de Casos Favoráveis = 1 face, que corresponde ao que pretendemos que saia (coroa):
A = {coroa}.
n N° de Casos Favoráveis 1
P(A) = → P(A) = → P(A) = → P(A) = 0,5 → P(A) = 50%
N N° de Casos Possíveis 2
Dados:
N° de Casos Favoráveis = 4 Reis, que corresponde ao que pretendemos que saia (Rei): A
= {há 4 reis num baralho}.
n N° de Casos Favoráveis 4 1
P(A) = → P(A) = → P(A) = → P(A) = → P(A)
N N° de Casos Possíveis 52 13
= 0,0769 → P(A) = 7,69%
Dados:
n N° de Casos Favoráveis 13 1
P(A) = → P(A) = → P(A) = → P(A) = → P(A) = 0,25
N N° de Casos Possíveis 52 4
→ P(A) = 25%