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O brincar

socialmente

Profa. Michelle Costa Beato


Profa. Michelle Costa Beato

Graduação em Pedagogia (ESTÁCIO)

Especialização em Psicopedagogia Clínica (HC – USP)

Pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional


(Barão de Mauá)

Pós-graduação em ABA: Análise do Comportamento


Aplicada ao Autismo, Atrasos de Desenvolvimento
Intelectual e de Linguagem (UFSCAR)
Qual é a importância da brincadeira?

- A brincadeira faz parte do repertório social da criança


neurotípica e é uma forma de exercitar e ampliar as
habilidades sociais.

(SELLA; RIBEIRO, 2018, p. 41)


Qual é a importância da brincadeira partilhada?

“Ao brincar as crianças estão expostas a um ambiente


favorável ao desenvolvimento de um repertório instrucional
versátil. As instruções geralmente apresentadas por parceiros
de brincadeira combinam estímulos discriminativos que
indicam as propriedades das respostas pretendidas. As
instruções podem indicar em um pequeno conjunto de
frases ou em uma única, a forma da resposta, as
características temporais, a localização, a força etc”.

DE ALCÃNTARA CIL; DE KOSE, 2003, p. 386)


Qual é a importância da brincadeira partilhada?

“A alternância ao participar de atividades conjuntas


aparece como uma propriedade essencial da
comunicação humana e a brincadeira partilhada implica
em inúmeros episódios de comunicação de complexidade
variada”.

(NOVAK, 1996; BRUNER, 1986 apud DE ALCÃNTARA CIL; DE KOSE, 2003, p. 388)
O significado do brincar para a ABA:

“Para a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), o


brincar é um comportamento operante, sendo sensível às
consequências que produz e selecionado por elas (Brito,
2011). Um dos formatos de intervenção, envolvendo esse
tipo de repertório em aprendizes com desenvolvimento
atípico, emprega tentativas discretas com práticas
repetidas”.

(RUBIM; MATOS, 2020, p. 3)


Treino por Tentativas Discretas - Discrete Trial
Training (DTT):
DTT é o ensino de habilidades maiores por meio de etapas
pequenas e gradativas de ensino.

“Uma tentativa discreta deve ser estruturada


considerando, pelo menos, cinco elementos: estímulos
discriminativos, ajudas e dicas, resposta, consequências e
intervalo entre tentativas (SMITH, 2001)”.

(SELLA; RIBEIRO, 2018, p. 186)


Pesquisas sobre o brincar funcional:

“Destaca-se na literatura científica pesquisas que


manipularam roteiros fotográficos, representando o passo a
passo de várias ações com brinquedos. Nesses estudos, os
efeitos do uso de roteiros, combinados com outros tipos de
pistas, foram medidos sobre o estabelecimento de
desempenhos independentes quanto a ações de brincar”.

(Akers et al., 2016; Phillips & Vollmer, 2012; Matos et al., 2018 apud Rubim & Matos, 2020, p. 4)
O que significa o termo “Behavioral Cusp” ou
“Cúspide comportamental”?
São habilidades-alvo que contribuem e favorecem o
desenvolvimento de outras habilidades.

“[...] são definidas por uma mudança comportamental


que resulta na expansão do atual repertório do sujeito
em função da sua exposição a novos ambientes, novas
respostas e novos controles de estímulos”.

Behavioral cusp generalização

(SELLA; RIBEIRO, 2018)


Exemplificando...

- A imitação é considerada uma cúspide


comportamental, na medida em que, através deste
repertório, são aprendidas outras habilidades, como o
brincar socialmente, dançar, repetir palavras etc.

(BOSCH; FUQUA, 2001; ROSALES-RUIZ; BAER, 1997 apud SELLA; RIBEIRO, 2018)
Cúspide comportamental:

- Do mesmo modo, o brincar é uma cúspide


comportamental, na medida em que é uma classe de
comportamentos que torna possível a aprendizagem de
outras habilidades.

(DE ALCÃNTARA CIL; DE KOSE, 2003)


Através do brincar social...

por meio de instruções, modelos, troca de turnos e


consequências, a criança adquire e amplia suas
habilidades sociais e linguísticas.

“A consequência dos desempenho é, portanto,


imediata e depende de um agente reforçador instável,
pois opera em relação ao outro de acordo com
circunstâncias fluidas, que se alteram na medida em
que as ações dos participantes se sucedem e dos seus
efeitos no ambiente físico e social”.

(DE ALCÃNTARA CIL; DE KOSE, 2003, p. 388)

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