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LER E ESCREVER – A APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA

Profa. Patricia Orlando Bacciotti

RESUMO

Uma das características apresentadas no TEA é a dificuldade de


comunicação. E, sabemos que para ler e escrever são necessárias criações de
relações simbólicas. Para isso, é preciso observar todos os componentes dos
processos inseridos nessas ações.
Primeiramente, precisamos pensar se a criança está pronta e se ela
possui as habilidades necessárias para começar o processo de alfabetização.
Para tanto, a equivalência de estímulos nos ensina a olhar para os
componentes do processo. E eles são: sentar, esperar, ouvir - assim
chamados, comportamentos de aprendiz. Vale a pena ressaltar que, não é
apenas a idade que irá responder essas questões em relação à leitura e
escrita.
Outros componentes a serem observados se referem à condição desse
indivíduo - se ele já consegue identificar letras, ouvir e apontar para direção
certa, fazer agrupamentos, agrupar palavras iguais ou a palavra impressa com
os objetos.
Um dos protocolos existentes para auxiliar neste processo é o ABLA. Ele
é a avaliação comportamental referenciada a critério, ou seja, a medida sobre o
desempenho dos indivíduos avaliados é comparada a uma medida
estabelecida previamente (um critério).
Esse protocolo oferece respostas sobre a atividade motora simples, a
dominação de posição, a dominação simples, a dominação condicional
visual-visual (olhar e discriminar), a discrimanção auditiva e a discriminação
condicional auditivo-visual.
Quando essa avaliação é feita, e essas habilidades cognitivas são
identificadas, começaremos a pensar na “leitura”, que significa entender a que
se refere. E, para entender o que está sendo lido é preciso relacionar
estímulos, em outras palavras, relacionar as palavras ditadas, os objetos e a

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identificação da palavra impressa entre si. Uma vez que, essas relações são
feitas tem-se o comportamento de ouvinte.
A partir desse ponto entramos com a alfabetização. Porque para ler é
preciso ler com compreensão, e ler com compreensão significa conseguir
englobar uma série de elementos (GOMES; VARELLA; SOUZA, 2010).
Se essas relações não existirem, não há o conjunto da leitura com a
escrita. E, como iremos identificar se a aprendizagem de leitura e escrita está
sendo feita? Observando se o indivíduo está atento às unidades mínimas de
estímulo, através da recombinação.
A recombinação aparece bastante no processo silábico, ela
caracteriza-se por recombinar sílabas. Dessa forma, utilizamos a leitura
recombinativa para ampliar o conjunto de relações simbólicas. E, para isso,
precisamos seguir um caminho, começando com as sílabas simples, passando
para as sílabas complexas, e chegando finalmente à interpretação.
Para a aprendizagem da leitura e escrita é preciso identificar os
componentes e “quebrá-los” em pequenas partes, partindo sempre do mais
simples para o complexo.

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