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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos


Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria – 1º Ano

Cadeira de Ética Geral


Trabalho em Grupo:
Poder Politico

Discentes: Docente:
Belcina da Elisa Pereira Pe. Adelino Lopes
Hélio M. do Amaral Maputumane
Isabel Floriano J. Gabriel

Lichinga, Outubro de 2020


ÍNDICE
Introdução...................................................................................................................................................2
1. Definição dos Termos.............................................................................................................................2
1. 1 Poder................................................................................................................................................2
1.2 Política...............................................................................................................................................3
1.3 Poder político....................................................................................................................................4
1.4. Sociologia Política............................................................................................................................4
1.5 Organização Social...........................................................................................................................5
3. Sociologia do Poder Político Actual......................................................................................................7
3.1 Sociologia Política Tradicional........................................................................................................7
3.1.1 Pluralismo......................................................................................................................................8
3.1.2 Elite/Teoria Gerencial...................................................................................................................8
3.1.3 Análise de Classe...........................................................................................................................8
3.2 Sociologia Política Actual.................................................................................................................8
3.2.1Autoridade......................................................................................................................................9
3.2.2 Autoridade e violência legítima..................................................................................................11
4. Conclusão..........................................................................................................................................12
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................13
Introdução
O trabalho de etica geral fala arespeito de formas de organização política actual e sociologia do
poder politico, este vai abordar a forma de organização politico em todos os aspetos primeiro a
definicao dos termos onde define o poder politica sociologia e pois o trabalho explica num
sentido mais amplo arespeito de proria organizacao politica e social no mundo atual e tambem
tradicional e no final o trabalho nos dá uma relevante conclusão.

1. Definição dos Termos


1. 1 Poder
Em geral, a palavra Poder indica a capacidade de ação ou de produzir efeito. Neste contexto, o
Poder pode ser entendido tanto no sentido social, isto porque lida-se nas relações dos seres
humanos em sociedade, em que passa a ter um sentido muito mais específico, quanto sob uma
perspectiva instrumental, que diz respeito à capacidade do ser humano de controlar a natureza e
seus recursos. Aguilhon (1991) entende em seu sentido social, a ideia de Poder está conectada à
possibilidade ou à capacidade geral de agir, à habilidade de um indivíduo de determinar o
comportamento de outro indivíduo. Nesse sentido, o ser humano não é apenas o sujeito capaz de
exercer poder, mas é também objeto sobre o qual o poder é exercido.
Renarde (2008) explica-nos que o Poder Social que vemos manifestando na capacidade que um
professor tem de determinar o que é e o que não é aceitável durante sua aula, por exemplo, ou,
ainda, na capacidade de uma mãe de estabelecer uma ordem sobre seus filhos. Assim sendo, por
meio de uma perspectiva de fenômeno social, o poder é uma relação entre seres humanos em que
o aspecto determinante é a capacidade de agir ou influenciar a ação do outro.

É nessa perspectiva que a ideia de política aproxima-se e, às vezes, confunde-se com a de poder.
Renarde (2008) afirma que diferenças são bastante sutis, mas as formas possíveis de
manifestação de poder, em algumas instâncias, afastam-se bastante da ideia de política. O
exercício do poder por meio da violência física, por exemplo, não pode ser visto como
manifestação política. Cabe a nós, portanto, definir o que é, então, política.
1.2 Política
Etimologicamente Política vem da palavra  Grega: politikos, que significa, algo relacionado com
grupos sociais que integram a Pólis , algo que tem a ver com a organização, direção
e administração de nações ou Estados. É o Direito, enquanto ciência aplicada não só aos assuntos
internos da nação (política interna), mas também aos assuntos externos (política externa). Nos
regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos
públicos com seu voto ou com sua militância.
Quanto ao Renarde (2008):
A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam
organizados em Pólis (cidades-Estado), nome do qual se derivaram
palavras como politiké (política em geral) e politikós (dos cidadãos,
pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim  politicus e
chegaram às línguas europeias modernas através do francês politique
que, em 1265 já era definida nesse idioma como ciência dos Estados (p.
8).

O termo política tambem tem o significado de derivado do grego antigo  (politeía), que indica


todos os procedimentos relativos à Pólis, ou cidade-Estado grega. Por extensão, poderia significar
tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à
vida urbana.
So, este conceito de política é bastante abrangente quando associado ao campo das ações dos
sujeitos de uma sociedade. Alguns autores consideram que toda ação de mediação de conflito
realizada no meio social que não lance mão de violência física é um ato político. Por outro lado,
outras perspectivas definem política como ações ou atividades que são realizadas dentro da esfera
de ação do Estado, isto é, do conjunto de instituições ordenadoras de um governo. Outra das mais
discutidas e debatidas interpretações do termo política é a do jurista alemão Carl Shmitt, que
enxerga a política como uma relação amigo-inimigo entre aqueles que estão envolvidos.
Com base nessa concepção da relação amigo-inimigo, a esfera política estaria constituída pelo
constante antagonismo entre as partes em conflito, diante do qual a atividade principal dos
envolvidos seria a associação entre os que possuem semelhanças em relação aos seus objetivos, a
defesa dos “amigos” e o combate aos “inimigos”, colocados do lado oposto do “campo de
batalha”. Para Carlos (1993) adianta que em todas essas perspectivas, entretanto, ´´a mediação de
conflitos é o tema recorrente como definidor do que seria a política (p. 441) ´´.
1.3 Poder político
O conceito de poder político está relacionado com as disputas políticas inseridas nas instituições
e na convivência diária dos indivíduos de uma sociedade.
Contudo, para entendermos do que se trata o conceito de poder político, Renarde (2008) enfatiza
a necessidade de entender o que cada uma das partes que formam o termo significa. O motivo
para esse tipo de abordagem deve-se ao fato de que tanto a noção de poder quanto a de política
estão intimamente ligadas, assim, ao falarmos de “poder político”, pode parecer redundante.
Logo, as distinções conceituais são extremamente necessárias.
Para Renarde (2008) salienta que o Poder Político, por conseguinte, está atrelado tanto ao
conceito de Poder Social que envolve as relações humanas em sociedade quanto à função de
mediação de conflitos da política. Isso, entretanto, está inserido em um contexto específico no
Estado moderno: o monopólio do uso da força. De maneira concisa, isso quer dizer que o poder
político do Estado moderno sustenta-se no domínio exclusivo do uso da violência de forma
legítima, o que, em contrapartida, não quer dizer que o poder político configura-se pela utilização
da violência, mas, sim, pelo controle da utilização dessa força como forma coativa. Em outras
palavras, o poder político configura-se pela exclusividade do uso da força em relação a um
conjunto de grupos que formam um mesmo contexto social.
Essa exclusividade, todavia, deve ser resultado de um processo que deve ocorrer em toda a
sociedade organizada, em que todo o poder de coação individual seja relegado ao Estado. Dessa
forma, a disputa política ocorre pelo controle desse poder agregado na figura da instituição, que,
por ter sido legitimada pela população que aceita viver sob suas determinações, passa a ser a
fonte de todo poder de ação legítima. O Estado é, portanto, a única entidade que possui o poder
genuíno de lançar mão do uso da força como forma de intervenção, caso se verifique a
necessidade, nas ações dos sujeitos que estão submetidos à sua jurisdição. O Poder Político pode
ser entendido, portanto, como a capacidade de influenciar as ações dos sujeitos inseridos em um
contexto social por meio das instituições políticas que regimentam as relações desse espaço. Essa,
entretanto, é apenas uma das inúmeras interpretações do conceito de Poder Político.

1.4. Sociologia Política


 A sociologia política estuda a relação entre Estado e sociedade, autoridade e poder, e os métodos
usados para formular a política social.
1.5 Organização Social

Organização Social é um conceito da Sociologia que trata da forma como uma sociedade
estruturada é organizada e o papel que cada um recebe.

A organização da sociedade é influenciada pelos comportamentos e pelo relacionamento entre


pessoas individualmente ou em grupo.

É por isso que a sociedade é organizada de acordo com as culturas, ou seja, cada povo organiza-
se de uma forma diferente.

Indispensável para a sobrevivência da sociedade, a organização social está presente em várias


esferas sociais, tais como cultural, econômica, familiar e política.

Alfieri (1975) salienta que ``as formas de organização social mudam conforme as necessidades
da sociedade ao longo do tempo.``

2. Forma de Organizacao Política Actual

Organização política é qualquer organização que se envolva no processo político,


incluindo partidos políticos, organizações não governamentais, e grupos de interesse.
Organizações políticas são aquelas envolvidas em atividades políticas (por
exemplo, lobismo, organização comunitária, publicidade de campanhas etc.) destinadas a atingir
objetivos políticos claramente definidos, que normalmente beneficiam os interesses de seus
membros. Embora os partidos sejam um tipo de organização política que possa se envolver em
algumas ou todas essas atividades, eles são distintos, pois geralmente se concentram em apoiar
candidatos a cargos públicos, vencer eleições e controlar o governo.

Renarde (2008) entende que ``Em ciência política, chama-se forma de governo (ou sistema


político) o conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de
exercer o seu poder sobre a sociedade (p. 10)``.

Alfieri (1975) entende que ``tais instituições têm por objetivo regular a disputa pelo poder
político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que o detêm (a
autoridade) com os demais membros da sociedade (os administrados) (p. 88). ``

A forma de governo adotada por um Estado não deve ser confundida nem com a forma de
Estado (Estado unitário, federal ou confederado), nem com seu sistema de
governo (presidencialismo, parlamentarismo, dentre outros).
Outra medida de cautela a ser observada ao estudar-se o assunto é ter presente o fato de que é
complicado categorizar as formas de governo. Cada sociedade é única em muitos aspectos e
funciona segundo estruturas de poder e sociais específicas. Assim, alguns estudiosos afirmam que
existem tantas formas de governo quanto há sociedades.

Alfieri (1975) refere que:


Na antiguidade no tempo de Aristóteles, a sua teoria foi de que, o ser
humano é um ser político, ou seja, ele encontrou, na política, uma forma
de viabilizar as ações de interesse individual e coletivo. Ainda em sua
teoria, Aristóteles aponta que existem três formas de governo, quais
sejam: a monarquia (governo de um só), a aristocracia (governo dos
melhores) e a democracia/politeia (governo de muitos) (p. 78).
Contudo, estas formas estão sujeitas a degradações decorrentes de interesses individuais dos
governantes. Dessa forma, as respectivas formas de governo degradadas são: tirania, oligarquia e
demagogia. A forma de governo adotada no Brasil é da democracia, que será o enfoque de nosso
estudo a seguir.
Janine afirma o seguinte: A palavra democracia, de origem grega (dhemos = povo + khratos =
governo/poder), denota a importância da participação direta do povo em sua organização, povo
este representado pelos cidadãos, ou seja, aqueles detentores de direitos políticos. Essa forma de
organização dava-se em algumas cidades-estado gregas. Essa concepção clássica enfrenta
dificuldades em ser aplicada nos dias de hoje, principalmente no Brasil, tendo em vista a
dimensão geográfica do país. Um Estado da nação abrange inúmeras cidades e comunidades
locais, o que dificulta a participação direta do povo na organização do governo. Dessa forma, o
meio encontrado para as democracias contemporâneas de viabilizar essas situações foi
a democracia representativa, ou seja, os cidadãos elegem seus representantes para que tomem as
decisões atinentes ao governo (votem leis, por exemplo). Vale destacar que, por mais que
tenhamos a predominância do modelo representativo, ainda existem diversas formas
de participação direta dos cidadãos nas decisões, como, por exemplo, em plebiscitos e referendos.
Esse modelo, no qual a representação e a participação coexistem, é conhecido no Brasil
como democracia mista (p. 150).
Parlamentos: são os órgãos que, tanto em nível local quanto nacional, editam as leis que regerão a
sociedade naquela localidade, sendo esta a sua principal função, mas não única.
Tradicionalmente, diz-se que o direito nasce nos parlamentos.
Órgãos executivos: já estes são responsáveis para organização e condução das políticas públicas
em todos os níveis de governo. No Brasil, os órgãos executivos são as prefeituras, governos
estaduais, distrital e federal, bem como as instituições a estes vinculadas.
Nas democracias representativas, a relação eleitoral depende de qual sistema de governo está
vigente no país. Dito isso, analisemos os existentes:
Sistema Parlamentarista: neste modelo, a população cidadã (ou seja, detentora dos direitos
políticos) escolhe os membros do Parlamento, que, por sua vez, definem quem chefiará o
executivo. Nota-se, portanto, que a permanência no cargo de chefe do executivo depende da
manutenção de apoio da maioria do Parlamento.
Janine (2011) sintetiza que o ``Sistema Presidencialista: neste modelo, tanto os membros do
Parlamento quanto os chefes do poder executivo são eleitos por meio de voto direto da população
(p. 300) ``.

3. Sociologia do Poder Político Actual


3.1 Sociologia Política Tradicional

Tradicionalmente, existem quatro áreas principais em sociologia política:


A formação sócio-política do estado moderno

Na sociologia politica tradicional a desigualdade social entre grupos (classe, raça,


gênero,) tamem influencia a política

Como personalidades públicas, movimentos sociais e tendências fora das instituições


formais de poder político afetam a política formal

Relações de poder dentro e entre grupos sociais (por exemplo, famílias, locais de trabalho,
burocracia, mídia, etc.).

Para Janine (2011):


A sociologia política preocupava-se tradicionalmente com a forma
como as tendências sociais, dinâmicas e estruturas de dominação afetam
os processos políticos formais. Também como várias forças sociais
trabalham juntas para mudar as políticas. A partir dessa perspectiva,
existem três principais marcos teóricos: pluralismo, teoria da elite ou
gerencial e análise de classe (p. 300).
3.1.1 Pluralismo
Renarde (2008) afirma que:
O pluralismo vê a política como uma competição entre grupos de
interesses concorrentes. Ele sustenta que a política e a tomada de
decisões estão localizadas principalmente na estrutura do governo, mas
muitos grupos não governamentais usam seus recursos para exercer
influência. Grupos de indivíduos tentam maximizar seus
interesses. Existem várias linhas de poder que mudam, pois, o poder é
um processo contínuo de barganha entre grupos concorrentes. Qualquer
mudança sob esse ponto de vista será lenta e incremental, os grupos têm
interesses diferentes e podem atuar como “grupos de veto” para destruir
a legislação com a qual não concordam. (p. 15)
3.1.2 Elite/Teoria Gerencial
Renarde (2008) afirma que:
A teoria da elite ou gerencial é às vezes chamada de abordagem centrada no
estado. Também busca descrever e explicar as relações de poder na sociedade
contemporânea. A teoria postula que uma pequena minoria, consistindo de
membros da elite econômica e redes de planejamento de políticas - detém a
maior parte do poder. Este poder é independente do processo de eleições
democráticas de um estado. Por meio de cargos em corporações, conselhos
corporativos e redes de planejamento de políticas, os membros da “elite” são
capazes de exercer um poder significativo sobre as decisões políticas de
empresas e governos (p. 16).
3.1.3 Análise de Classe
A análise da classe social enfatiza o poder político das elites capitalistas. Ele pode ser dividido
em duas partes. Uma é a abordagem da 'estrutura de poder' ou 'instrumentalista'; a outra é a
abordagem estruturalista. A abordagem da estrutura de poder concentra-se em determinar quem
governa, enquanto a abordagem estruturalista enfatiza a forma como uma economia capitalista
opera, permitindo e encorajando o estado a fazer algumas coisas, mas não outras.

3.2 Sociologia Política Actual


Renarde (2008) afirma o seguinte:
A sociologia política actual se preocupa com o jogo do poder e da
política nas sociedades, o que inclui, mas não se restringe às relações
entre o estado e a sociedade. Em parte, isso é produto da crescente
complexidade das relações sociais, do impacto da organização dos
movimentos sociais e do relativo enfraquecimento do Estado por meio
da globalização. A sociologia política está mais num mundo de questoes
como nas formaçães da identidade por meio da interação social; a
política do conhecimento, quanto em macro questões, como capturar e
usar o poder do Estado. (p. 16)
Este poder da sociologia actual pode ser visto como mau ou injusto, mas o exercício do poder é
aceito como endêmico aos seres humanos como seres sociais. O uso do poder não precisa
envolver coerção, força ou ameaça de força. Aqui os diregentes, sociológicos do poder se
preocupam em descobrir e descrever as forças relativas: iguais ou desiguais; estável ou sujeito a
alterações periódicas.
O poder pode derivar de várias fontes, incluindo classe social (a riqueza material pode ser igual
ao poder), recursos monetários (itens materiais como dinheiro, propriedade, comida), carisma
pessoal ou de grupo ou influência social da tradição (compare o poder atribuído). Os
pesquisadores documentaram o efeito espectador: eles descobriram que pessoas poderosas têm
três vezes mais probabilidade de primeiro oferecer ajuda a um estranho em perigo.

3.2.1Autoridade
Autoridade refere-se ao uso de poder que é visto como legítimo ou socialmente aprovado/
reconhecido.
O poder pode ser exercido pelo uso da força ou violência. A autoridade, ao contrário, depende de
grupos subordinados consentirem com o uso do poder exercido por grupos superiores.
Weber definiu dominação (autoridade) como a chance de comandos serem obedecidos por um
determinado grupo de pessoas. Autoridade legítima é aquela que é reconhecida como legítima e
justificada tanto pelo governante quanto pelos governados.
Weber afirma que a legitimidade distingue autoridade de coerção, força, poder, liderança,
persuasão e influência. Os superiores, afirma, consideram que têm o direito de emitir ordens;
subordinados percebem uma obrigação de obedecer.
Renarde (2008) diz que ``o autoritarismo difere principalmente do totalitarismo porque existem
instituições sociais e econômicas que não estão sob controle governamental (p. 20) ``.

Os três atributos de autoridade são status, habilidades especializadas e posição social.


Enquanto Jaffrelot (1991) entende que:
Autoridade é o uso legítimo ou socialmente aprovado de poder que uma
pessoa ou grupo detém sobre outro. Legitimidade é vital para a noção de
autoridade; legitimidade é o principal meio pelo qual autoridade se
distingue de noções mais gerais de poder. O poder pode ser exercido
pelo uso da força ou violência. A autoridade, ao contrário, depende de
grupos subordinados consentirem com o uso do poder exercido por
grupos superiores (p. 40).
Max Weber, em sua obra sociológica e filosófica, identificou e distinguiu três tipos de dominação
legítima (Herrschaft em alemão, que geralmente significa 'dominação' ou 'regra'). Algumas vezes
foram traduzidos para o inglês como tipos de autoridade, porque a dominação não é vista como
um conceito político. Weber definiu dominação (autoridade) como a chance de comandos serem
obedecidos por um determinado grupo de pessoas. Autoridade legítima é aquela que é
reconhecida como legítima e justificada tanto pelo governante quanto pelos governados.

O primeiro tipo discutido por Weber (cit em Jaffrelot 2005) é a autoridade racional-legal. É uma
forma de autoridade com legitimidade que depende de regras formais e leis estabelecidas pelo
Estado, que geralmente são escritas e muitas vezes são muito complexas.
O segundo tipo de autoridade é a autoridade tradicional, que deriva de costumes, hábitos e
estruturas sociais há muito estabelecidos. Quando o poder passa de uma geração para outra, é
conhecido como autoridade tradicional.
A terceira forma de autoridade é a autoridade carismática. Aqui, o carisma do indivíduo ou do
líder desempenha um papel importante.
Weber (cit em Jaffrelot 2005) afirma que a legitimidade distingue autoridade de coerção, força,
poder, liderança, persuasão e influência. Os superiores, afirma, consideram que têm o direito de
emitir ordens; subordinados percebem uma obrigação de obedecer. O grau em que esses direitos e
obrigações são sentidos é baseado na percepção de legitimidade da autoridade. Um governo bem
estabelecido, respeitado e eleito democraticamente normalmente exerce mais autoridade do que
um governo ad hoc, temporário ou corrupto.

3.2.2 Autoridade e violência legítima


Segundo Max Weber (cit em Jaffrelot 2005), entre 1864 e 1920, Sociólogo, filósofo e economista
político alemão que influenciou profundamente a teoria social, a pesquisa social e a própria
disciplina da sociologia.
Monopólio: situação em que uma parte ou empresa fornece exclusivamente um determinado
produto ou serviço, dominando esse mercado e geralmente exercendo um controle poderoso
sobre ele.
Segundo Max Weber concebeu o estado como um monopólio do uso legítimo da força física.
Ele define o estado como uma comunidade que reivindica autoridade sobre o uso legítimo da
força física em um determinado território.
Além da polícia e dos militares, também pode ser utilizada a força privada, desde que tenha
legitimidade derivada do Estado.
Segundo Max Weber (cit em Aguilhon 1991), concebeu o Estado como um monopólio do uso
legítimo da força física. O Estado, para Weber é aquele ente que “sustenta a pretensão de
monopólio do uso legítimo da força física na execução de sua ordem. “A autoridade do estado
deriva disso: o estado pode fazer cumprir seus preceitos pela força sem perder sua autoridade
legítima. Essa definição de Estado ocupou lugar de destaque na filosofia do direito e na filosofia
política ao longo do século XX (p.100)
A propriedade do território é outra característica que Weber considerou pré-requisito para um
estado. O território é necessário porque define o escopo da autoridade do estado: o uso da força é
aceitável, mas apenas na jurisdição especificada pelas terras do estado. Esse monopólio, segundo
Weber, deve ocorrer por meio de um processo de legitimação.
A polícia e os militares são os principais instrumentos de violência legítima do estado, mas isso
não significa que só possa ser usada a força pública: também pode ser usada a força privada,
desde que tenha legitimidade derivada do estado. O direito de autodefesa é o direito pelo qual
civis, agindo em seu próprio nome, podem se envolver em violência para defender sua própria
vida ou a vida de outras pessoas, incluindo o uso de força letal. Em qualquer caso em que um
indivíduo use a força para defender um terceiro, deve ser demonstrado que o terceiro estava em
uma posição que exigia a intervenção de outro indivíduo. O direito de legítima defesa é uma
forma privada de violência legítima reconhecida pelo Estado.
O direito de autodefesa é o direito pelo qual civis, agindo em seu próprio nome, podem se
envolver em violência para defender sua própria vida ou a vida de outras pessoas.
Direito de legítima defesa : O direito de legítima defesa (de acordo com a lei dos EUA) é o
direito pelo qual civis agindo em seu próprio nome podem se envolver em violência para
defender sua própria vida ou a vida de terceiros, incluindo o uso de força mortal.
O estado: ``um estado é uma organização política com um governo centralizado que mantém o
monopólio sobre o uso legítimo da força dentro de um determinado território (Aguilhon, 1991
p.110) ``.
4. Conclusão

Tendo terminado com o trabalho de etica morar nos deparamos com muitas formas de
organização politica actual e sociologia do poder politico, este ensinou-nos as formas de
organização politico em todos os aspetos primeiro a definicao dos termos onde define o poder
politica sociologia e pois o trabalho explica num sentido mais amplo a respeito de própria
organização politica e social no mundo atual e tambem tradicional .
BIBLIOGRAFIA

Aguilhon, M. (1991). O Aprendizado da República. Tradução de Maria Inês, Rolim, Rio de Janeiro:
Paz e Terra.

Alfieri, V. A. (1975). Tratado da Tirania. Tradução de Daniel Augusto Gonçalves, Lisboa: Futura

Carlos M. R. (1993). Política, Planejamento & Governo, Volume 2. Pg. 441 Publ. Portugal
Jaffrelot, C. J. (2005). A invenção do voto secreto na Inglaterra. In: CANÊDO, Lúcia Bicalho

Janine R. (2011). R. República. São Paulo: Brasil.


Renarde, F. N. (2008). O poder do Pensamento Social, dissonâncias. l pg 16. Publ. por UFMG.
Brasil

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