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ISSN 1679-0162

COMUNICADO
TÉCNICO
Manejo de pragas na
244
cultura do sorgo sacarino:
Sete Lagoas, MG
etapa crítica para o
Setembro, 2020
sucesso da lavoura
Simone Martins Mendes
Camila da Silva Fernandes Souza
Paulo Afonso Viana
Maria Lucia Ferreira Simeone
Ivenio Rubens de Oliveira
Rafael Augusto da Costa Parrella
2

Manejo de pragas na cultura do


sorgo sacarino: etapa crítica
para o sucesso da lavoura

Introdução meses, o plantio via sementes e a


colheita mecanizada. O programa de
O sorgo sacarino é um tipo de melhoramento de sorgo da Embrapa
sorgo com alto potencial forrageiro, busca variedades e híbridos promissores
que se assemelha à cana-de-açúcar, que apresentem características
por apresentar colmos suculentos com favoráveis semelhantes às supracitadas
altos teores de açúcares fermentáveis (Solano et al. 2017; Lara et al., 2018;
(Parrella, 2011). Além disso, caracteriza- Gomes-Rocha et al., 2018; May et al.,
se por apresentar uma composição 2017).
de carboidratos estruturais (celulose, O sorgo é hospedeiro de vários
hemiceluloses) e lignina, que permite grupos de insetos que atacam as plantas
rendimento competitivo de etanol e em todas as fases do desenvolvimento.
cogeração de energia elétrica. Como Desse complexo grupo de insetos,
essa cultura tem alto rendimento em podemos selecionar algumas espécies
biomassa de qualidade e colmos que são pragas, especialmente em
com alto teor de açúcares, ela tem se lavouras de sorgo sacarino. Aqui,
mostrado com potencial para produção vale ressaltar algumas características
de bioenergia, seja via fermentação para que diferenciam o sorgo sacarino dos
geração de biocombustíveis ou para demais tipos de sorgo, como o granífero,
a cogeração de energia elétrica pela o silageiro ou o vassoura, quanto ao tipo
queima do bagaço. de colmo, o porte da planta e a duração
Comparando-se com a cana-de- do ciclo de desenvolvimento. Essas
açúcar, grandes vantagens do sorgo características associadas ao interesse
são o ciclo curto, com média de quatro econômico tornam o grupo de pragas que
atacam o sorgo ainda mais específico
Simone Martins Mendes, Eng. Agrôn., DSc em Agronomia, Pesquisadora
para o sacarino, como a broca-da-cana,
da Embrapa Milho e Sorgo; Camila da Silva Fernandes Souza, estudante de doutorado Diatraea saccharalis (Lepidoptera:
pela Universidade Federal de Lavras - UFLA; Paulo Afonso Viana, Eng. Agrôn.,PhD
Crambidae), considerada praga-chave
em entomologia, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo; Maria Lúcia Ferreira

Simeone, Química, DSc em Química, Pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo; Ivênio


por causar injúrias diretamente na parte
Rubens de Oliveira, Eng. Agrôn.,DSc em Fitotecnia, Pesquisador da Embrapa Milho comercial da planta, o colmo. Somado
e Sorgo; Rafael Augusto da Costa Parrella, Eng. Agrôn., DSc em Genética e
a isso, os quatro meses que o sorgo
Melhoramento de Plantas, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo.
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passa no campo pedem tomadas de preço acessível à energia para todos”.


decisão urgentes e intervenções quanto Apresenta informações demandadas
ao manejo de pragas, pois a velocidade pela cadeia energética para um sistema
de crescimento da planta no campo de produção de sorgo sacarino,
determina a necessidade de controle contendo recomendações para o manejo
no momento adequado. Esse pode de pragas mais adequado ao seu cultivo
ser considerado um dos empecilhos visando fornecer matéria-prima de
do cultivo do sorgo sacarino, que alta qualidade para suprir a demanda
requer conhecimento e monitoramento energética do país.
adequados das pragas e das injúrias
que essas pragas causam nas plantas
para escolhas adequadas de estratégias
dentro do Manejo Integrado de Pragas Pragas iniciais
(MIP).
A palavra-chave que traduz a
Neste cenário, os distintos importância desse grupo de insetos-
genótipos de sorgo podem apresentar pragas é a manutenção do estande. Os
grandes diferenças em características insetos desse grupo causam injúrias nas
bioquímicas, como o teor de açúcares plantas na fase inicial do cultivo, levando
solúveis, lignina e minerais (Chupin et a falhas na lavoura, e, na maioria das
al., 2017). Essas características podem vezes, as plantas sobreviventes à
também alterar a resistência das plantas infestação tornam-se improdutivas.
aos insetos-pragas. Para facilitar o Esses insetos podem danificar as
entendimento, podem-se dividir os sementes após o plantio, atacar a planta
insetos-pragas em lavouras de sorgo na fase inicial de desenvolvimento, o
em diferentes grupos para facilitar a sistema radicular e a base do colmo
apresentação das principais estratégias (Viana et al., 2016). Mendes et al. (2014)
de MIP, focando nas particularidades do descreveram as principais espécies de
cultivo do sorgo sacarino. importância econômica nessa fase da
Este trabalho visa facilitar o lavoura: a lagarta-elasmo Elasmopalpus
entendimento sobre os insetos-praga lignosellus (Zeller, 1848) (Lepidoptera:
em lavouras de sorgo e apresentar Pyralidae) (Figura 1A), os cupins
algumas estratégias de Manejo subterrâneos (Heterotermes spp.,
Integrado de Pragas (MIP), voltados Syntermes spp., Proconitermes spp.)
às particularidades do cultivo do sorgo (Isoptera: Termitidae), a larva-arame
sacarino. Como o sorgo sacarino é Conoderus escalaris (Germar, 1824)
uma cultura energética, o trabalho (Coleoptera: Elateridae), a lagarta-
contribui para o atendimento do angorá Astylus variegatus (Germar,
Objetivo 7: “Assegurar o acesso 1824) (Coleoptera, Dasytidae), os
confiável, sustentável, moderno  e  a corós (Phyllophaga spp., Stenocrates
spp., Cyclocephala spp., Diloboderus
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spp.) (Coleoptera: Scarabaeidae), Entre as pragas relatadas, a lagar-


os percevejos do solo percevejos- ta-elasmo é considerada uma das mais
castanhos Scaptocoris castânea importantes quando se trata de sorgo
(Petry, 1830) e Atarsocoris brachiariae sacarino, sobretudo quando o sorgo é
(Becker, 1996) (Hemiptera: Cydnidae), plantado antes do período chuvoso mais
o percevejo-preto Cyrtomenus mirabilis intenso e em solos arenosos. Nesse pe-
(Hemiptera: Cydnidae) e a lagarta- ríodo pode ocorrer uma estiagem logo
rosca Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1766) após a emergência das plantas, que as
(Lepidoptera: Noctuidae). predispõe à infestação dessa praga.
Essa lagarta alimenta-se do interior do
colmo das plântulas, fazendo galerias
que provocam a morte ou o perfilha-
mento delas.

Foto: Paulo Afonso Viana

Figura 1. Casal de adultos de Elasmopalpus lignoselus


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Nesse sentido, o tratamento de se- inseticida em ensaio de campo para o


mentes é a principal estratégia de con- controle de pragas iniciais, na região de
trole para esse grupo de insetos-pragas. Guaíra-SP. Esses autores mostraram
Para evitar o ataque precoce do sorgo, cerca de duas vezes mais plantas nos
o uso do tratamento de sementes e/ tratamentos onde as sementes foram
ou de solo pode trazer benefícios sig- tratadas (Figura 2 e 3). Assim, essa é
nificativos visando mitigar o problema uma estratégia de manejo fundamental
das pragas iniciais (Waquil et al., 2003; para formação do estande de plantas na
Viana, 2004). Para o sorgo sacarino, o lavoura. Atualmente estão disponíveis e
não uso dessa estratégia pode inviabili- registrados apenas quatro ingredientes
zar o cultivo, dependendo da região em ativos para o controle das pragas iniciais
que a lavoura for implantada (Figura 2). (Tabela 1). Deve-se ressaltar ainda que
Dados que comprovam a necessidade o tratamento de sementes pode ter a sua
do tratamento de sementes foram le- ação limitada quando a disponibilidade
vantados por Viana et al. (2016), que de água no solo for deficiente (Viana,
avaliaram a eficiência da aplicação de 2004).

Foto: Paulo Afonso Viana

Figura 2. Ensaio de sorgo sacarino plantado em Guaíra-SP (2015). Na área acima da figura foi
realizado o tratamento de semente com inseticida químico, e abaixo não houve o tratamento. As
falhas na lavoura são em função da infestação pela lagarta-elasmo.
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Tabela 1. Produtos inseticidas para tratamento de sementes de sorgo com registro no Mapa,
2020.

Nome Comum Nome científico Inseticida Principio ativo


Larva Angorá Astylus variegathus Não tem produto registrado para o sorgo
Larva Arame Conoderus scolaris Não tem produto registrado para o sorgo
Coró Liogenys fuscus Cruiser Opti     lambda-cialotrina (piretróide) + tiametoxam (neonicotinóide)  
Lagarta Elasmo Elasmopalpuls lignoselus   fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico
Amulet TOP   (benzimidazol (precursor de))  
  fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico
  Belure TOP   (benzimidazol (precursor de))  
  imidacloprido (neonicotinóide) + tiodicarbe (metilcarbamato de
  Cropstar   oxima)  
  Futur 300     tiodicarbe (metilcarbamato de oxima)  
  fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico
  Source Top   (benzimidazol (precursor de))  
  fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico
  Standak Top   (benzimidazol (precursor de))  
cupim Heterotermes tenuis   fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico
Amulet TOP   (benzimidazol (precursor de))  
  fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico
  Belure TOP   (benzimidazol (precursor de))  
  fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico
  Source Top   (benzimidazol (precursor de))  
  fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico
  Standak Top   (benzimidazol (precursor de))  
cupim de monticulo Procornitermes triacife Cruiser Opti     lambda-cialotrina (piretróide) + tiametoxam (neonicotinóide)  

Fonte: adaptado de Brasil (c2003).

Figura 3. Número de plantas de sorgo sacarino (G1 = BRS 508, G2 = BRS 511) sobreviventes
ao ataque da lagarta-elasmo em parcelas com e sem tratamento de sementes (teste de Tukey
p≤0,05), Guaíra-SP. 2014/2015.
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Pragas da parte As fêmeas, depois do acasalamen-


to, depositam massas de ovos (150 a
vegetativa 250 ovos/postura) nas folhas (Figura
4).
Esse grupo de insetos é conhecido Após a eclosão, as larvas de primeiro
por atacar as folhas e os colmos das instar têm comportamento dispersivo,
plantas. migrando para outras folhas e plantas.
Lagartas desfolhadoras Os danos são causados nas folhas mais
novas, ainda no cartucho, e os prejuízos
A lagarta-do-cartucho-do-milho, são por causa da redução da área foliar.
Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, A lagarta, que apresentam um “Y” inver-
1797) (Lepidoptera: Noctuidae), é uma tido na cabeça (Figura 5), completa seu
espécie de inseto polífaga (alimenta-se
desenvolvimento em torno de 15 dias
de várias espécies de plantas) e é con-
e transforma-se em pupa no solo, onde
siderada uma das pragas mais nocivas
passa toda essa fase protegida dentro
para as culturas anuais nas regiões
de uma câmara pupal. Essa fase dura
tropicais das Américas. Ela pode causar
de 10 a 12 dias, quando emergem os
perdas no sorgo de 12% a 22% (Cortez;
adultos.
Waquil, 1997), dependendo do ambiente
e do estádio de desenvolvimento das No início, as larvas raspam as folhas
plantas atacadas. Sua ocorrência tam- e deslocam-se para as partes mais pro-
bém é registrada como importante praga tegidas da planta, chamadas cartucho
em milho e em lavouras de algodão, soja, do sorgo, onde se alimentam das folhas
cana-de-açúcar, dentre outras (Cruz; e, ao se desenvolverem, se alimentam
Turpin, 1982; Boregas et al., 2013). das folhas ainda enroladas (palmito),
que após abertas podem apresentar
Os adultos da lagarta-do-cartucho
lesões com simetria (Figura 6).
são mariposas de hábitos noturnos, com
intensa atividade de acasalamento, dis-
persão e migração.
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Foto: Simone Martins Mendes


Figura 4. Mariposas macho e fêmea de Spodoptera frugiperda e a massa de ovos
(postura).

Foto: Simone Martins Mendes

Figura 5. Spodoptera frugiperda no cartucho de sorgo.


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Foto: Simone Martins Mendes


Figura 6. Injúria causada nas folhas de sorgo por Spodoptera frugiperda.

As lavouras de sorgo sacarino estão amostragem, comparar o número de


sujeitas a infestações da lagarta-do- plantas com presença da lagarta com
-cartucho, sendo necessária maior as colunas referentes aos limites inferior
atenção no monitoramento nos está- e superior. Logo, a tomada de decisão
dios vegetativos entre três e oito folhas será baseada em três possibilidades:
completamente desenvolvidas. Oliveira
1. Caso o número acumulado seja
et al. (2016) propuseram um esquema
menor ou igual ao número da coluna à
para o monitoramento dessa espécie
esquerda, a amostragem será encerra-
no campo. Para o uso da amostragem
da, e o controle não será necessário.
sequencial é importante seguir alguns
aspectos: a) Realizar o procedimento 2. Se o número acumulado de plan-
amostral semanalmente; b) Observar tas com lagartas for igual ou maior que o
a presença ou ausência de lagartas no número da coluna da direita, será encer-
cartucho da planta; c) Anotar na colu- rada a amostragem, e o controle deverá
na do meio da planilha apresentada ser feito.
na Tabela 2 o número acumulado de 3. Caso o número acumulado esteja
plantas com a presença de lagartas; d) dentro do intervalo das duas colunas,
Vistoriar o número mínimo de 18 unida- será necessário continuar amostran-
des amostrais (plantas). A partir da 18ª do na próxima unidade amostral e
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contabilizado o número de plantas com


a presença e ausência da praga.
Quando o número de 70 unidades de
amostra for analisado e não for tomada
decisão, o plano de amostragem deverá
ser encerrado, e recomenda-se realizar
nova amostragem em no máximo três
dias (Oliveira et al., 2016) (Tabela 2).

Tabela 2. Planilha para a amostragem sequencial de Spodoptera frugiperda na cultura do


sorgo sacarino.

Modelo de ficha para auxiliar no campo, visando à realização da amostragem sequencial de Spodoptera frugiperda na cultura do sorgo-sacarino
Número da unidade Limite inferior Total de plantas com Limite superior Número da unidade Limite inferior Total de plantas com Limite superior
amostral (não controlar) a presença de lagartas (controlar) amostral (não controlar) a presença de lagartas (controlar)
1 _ 2,0 36 3,0 7,0
2 _ 2,0 37 3,0 8,0
3 _ 3,0 38 3,0 8,0
4 _ 3,0 39 3,5 8,0
5 _ 3,0 40 3,5 8,0
6 _ 3,0 41 3,5 8,0
7 _ 3,0 42 4,0 8,0
8 _ 3,0 43 4,0 8,0
9 _ 3,0 44 4,0 8,0
10 _ 4,0 45 4,0 9,0
11 _ 4,0 46 4,5 9,0
12 _ 4,0 47 4,5 9,0
13 _ 4,0 48 4,5 9,0
14 _ 4,0 49 5,0 9,0
15 _ 4,0 50 5,0 9,0
16 _ 4,0 51 5,0 9,0
17 _ 5,0 52 5,0 10,0
18 0,0 5,0 53 5,0 10,0
19 0,5 5,0 54 5,5 10,0
20 1,0 5,0 55 5,5 10,0
21 1,0 5,0 56 6,0 10,0
22 1,0 5,0 57 6,0 10,0
23 1,0 5,0 58 6,0 10,0
24 1,0 6,0 59 6,0 11,0
25 1,0 6,0 60 6,0 11,0
26 1,5 6,0 61 6,5 11,0
27 2,0 6,0 62 6,5 11,0
28 2,0 6,0 63 6,5 11,0
29 2,0 6,0 64 7,0 11,0
30 2,0 6,0 65 7,0 11,0
31 2,0 6,0 66 7,0 11,0
32 2,0 7,0 67 7,0 12,0
33 2,5 7,0 68 7,5 12,0
34 3,0 7,0 69 7,5 12,0
35 3,0 7,0 70 8,0 12,0

Fonte: adaptado de Oliveira et al. (2016).


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Considerando o MIP para o sorgo


Gonçalves et al. (2011) avaliaram,
sacarino, é importante ressaltar que há
por meio da escala de notas, injúrias
variabilidade para a suscetibilidade de
da lagarta-do-cartucho em diferentes
diferentes genótipos de sorgo a essa
genótipos de sorgo sacarino em casa de
praga (Figueiredo et al., 2016). Ao uti-
vegetação aos 14 dias após a infesta-
lizar a amostragem sequencial para o
ção pelas lagartas (Figura 7). Segundo
monitoramento da lagarta-do-cartucho,
esses autores, o índice de adaptação
é importante verificar o nível de injúria
de lagartas aos genótipos de sorgo
provocada por essa praga para cada
sacarino seguiu a seguinte ordem (de-
cultivar utilizada. Para avaliação de
crescente): BR505, CMSX5634, BR501,
injúrias de S. frugiperda em plantas de
CMSX5642 e CMSX5630. Isso mostra
sorgo, pode-se adaptar uma escala de
que a variabilidade entre as cultivares
notas de injúria desenvolvida para o
deve ser considerada para estabelecer
milho (Carvalho, 1970), de 0 a 5, sen-
os critérios do MIP para cada cultivar
do 0 (ausência de injúrias), 1 (plantas
utilizado no campo.
com folhas raspadas), 2 (plantas com
folhas furadas), 3 (plantas com lesões
na folha e no cartucho), 4 (plantas com
o cartucho destruído) e 5 (plantas com
muitas folhas e o cartucho totalmente
destruídos).

Figura 7. Nota de injúria avaliada, em casa de vegetação, pela escala de 0 a 5 (Carvalho, 1970),
causada pelos danos de Spodoptera frugiperda aos 14 dias após a infestação em diferentes
genótipos de sorgo sacarino. Sete Lagoas-MG, set. 2014 (Gonçalves et al., 2011).
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Também de uma maneira mais ex- (Figura 8d). Também é importante lem-
pedita, para monitoramentos e tomadas brar que quando presentes em peque-
de decisão rápidas, pode-se adotar, nas colônias (principalmente as duas
com menor precisão, o nível de 20% das primeiras espécies), esses insetos
plantas atacadas com lesões arredonda- podem atrair muitos agentes de controle
das em várias folhas, equivalente a nota biológico para a lavoura, que podem au-
3 da escala de Davis et al. (1992). xiliar a prevenir surtos de outras pragas.

Pulgão-do-milho, Rhopalosiphum
maidis (Fitch, 1856)
Pulgões (Hemiptera: Aphididae)

Três espécies de pulgões são O pulgão-do-milho é de origem


comumente encontradas em lavouras asiática, mas está amplamente distri-
de sorgo sacarino: o pulgão-verde buído em regiões de clima temperado
Schizaphis graminum (Rondani, 1852) e tropical. É uma praga relevante para
(Hemiptera, Aphididae), o pulgão-do- o sorgo, podendo ocorrer também no
milho Rhopalosiphum maidis (Fitch, milho, na cana-de-açúcar, no trigo, na
1856) (Hemiptera: Aphididae) e mais aveia, no centeio, na cevada e no pain-
recentemente, em 2019, passou a ço, bem como em gramíneas silvestres.
causar grandes problemas em lavouras Possuem coloração verde-azulada e 1,5
de sorgo o pulgão- da-cana Melanaphis mm de comprimento, e completam o
sacchari (Zenhtner, 1879) (Hemiptera: ciclo de desenvolvimento em sete dias,
Aphididae) (Figura 8). podendo alcançar até cinco gerações
por mês (Parchen, 2015; Nazaret et al.,
A reprodução deles ocorre num pe- 2012; Mendes et al., 2014). No sorgo,
ríodo relativamente curto. Esses insetos esse pulgão na maioria das vezes in-
possuem alto potencial biótico e podem festa o cartucho e a panícula, sugando
formar grandes colônias e causar danos a seiva da planta. As folhas atacadas
expressivos. Os danos podem ser dire- ficam cloróticas, encarquilhadas e en-
tos, por causa da sucção de seiva das roladas, com manchas marrom-amare-
plantas, ou indiretos, pela transmissão ladas, recobertas por honeydew. Sobre
de vírus, como o do mosaico-da-ca- esses excrementos e seiva extravasada,
na-de-açúcar, pelos pulgões adultos e desenvolve-se um fungo de cor preta, a
alados durante a picada de prova no fumagina, o qual, revestindo o limbo fo-
início da colonização ou na dispersão na liar, prejudica a atividade fotossintética.
lavoura. Além disso, o pulgão-da-cana Além dos danos diretos, o pulgão-do-mi-
excreta muito honeydew (mela), sobre lho também é vetor de viroses na cultura
a qual cresce a fumagina, um fungo de do sorgo (Waquil et al., 1986).
colocação preta, o que reduz a capaci-
dade da planta para realizar fotossíntese
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Pulgão-verde, Schizaphis pulgão fica preferencialmente na face


graminum (Rondani, 1852) inferior das folhas, onde forma grandes
(Hemiptera: Aphididae) colônias (Figura 8). Ele pode ocorrer na
O pulgão-verde é considerado praga- planta desde os primeiros estádios de
-chave do sorgo e de outras gramíneas desenvolvimento da cultura, contudo,
de importância econômica. No sorgo, grandes colônias podem ser observadas
ele danifica a planta pela sucção de ao final do estádio vegetativo e início da
seiva e injeção de toxinas que destro- fase reprodutiva da cultura.
em a parede celular e causa clorose e Para as espécies de pulgão-
necrose dos tecidos das folhas e caules -verde e pulgão-da-cana-de-açúcar é
(Carvalho et al., 1999). Pode transmitir importante que o produtor esteja atento
viroses, dentre elas o vírus-do-mosaico- à presença de folhas com pontos aver-
-da-cana. Esse pulgão possui aspecto melhados e à presença de mela na face
globoso, é de coloração verde-limão, superior das folhas baixeiras. Ele deve:
com duas estrias verde-escuro no dorso
- Monitorar semanalmente a lavoura
do abdome, e possui antenas e sifún-
quanto à incidência do pulgão, exami-
culos escuros nas extremidades. Os
nando a face inferior das folhas, para
adultos medem aproximadamente 1,8
que sejam feitas intervenções com con-
mm de comprimento. De acordo com
trole químico de acordo com o nível de
Salvadori et al. (2005), apresentam ciclo
ação apresentado na Tabela 3.
de vida muito curto, podendo completar
uma geração a cada semana e originar - Em áreas com histórico de ocorrên-
até 10 ninfas/fêmea/dia. Distingue-se do cia desse pulgão, usar genótipos com
pulgão-do-milho, além das característi- maior nível de resistência, já que está
cas supracitadas, pelo sítio preferencial comprovada a existência de diferença
de alimentação nas folhas. Sendo que na suscetibilidade de genótipos de sorgo
essa espécie prefere ficar nas folhas a essa espécie de praga.
mais velhas (folhas baixeiras).
Todas essas três espécies de pulgão
podem infestar as lavouras de sorgo
Pulgão-da-cana-de-açúcar, sacarino, entretanto, S. graminum e M.
Melanalphis sacchari (Zehntner, sacchari ocorrem causando danos mais
1897) (Hemiptera: Aphididae) expressivos. Embora R. maidis seja
É uma espécie de pulgão originária mais frequente e abundante nas lavou-
do continente africano, que pode ser ras de sorgo, seus prejuízos estão mais
considerada cosmopolita (Vázquez- associados com a transmissão do vírus
Navarro et al., 2016). Possui corpo ama- do mosaico-da-cana, do que aos danos
relo de pequeno tamanho; os adultos diretos. A partir de 2019, o pulgão-da-ca-
ápteros medem de 1,10 a 1,90 mm de na assumiu uma importância maior do
comprimento (Ali, 2012). No sorgo esse que as outras duas espécies (Hebach et
14

al., 2012; Vilela et al., 2017; Mendes et Assim, no manejo de pragas no sor-
al., 2019). Vale ressaltar ainda que em go é importante estar atento ao uso de
razão do grande potencial biótico dos inseticidas seletivos, principalmente no
pulgões as populações no agroecos- início da cultura, evitando os piretroides
sistema são geralmente reguladas pelo para não provocar desequilíbrio bioló-
complexo de inimigos naturais. Várias gico no sistema, sendo este o principal
espécies, como joaninhas, tesourinha, responsável pelos surtos de pulgões
crisopídeos, parasitoides e fungos ento- nos estádios mais avançados da cultura.
mopatogênicos, são abundantes, princi-
palmente no final do ciclo das culturas
de verão e durante o outono, sendo que
as espécies mais importantes na região
Sudeste são Chrysoperla externa e Doru
luteipes (Waquil et al., 2013).

Fotos: Simone Martins Mendes

C D

Figura 8. Planta de sorgo com pontuações vermelhas em função da alimentação de Schizaphis


graminum (a) e Rhopalosiphum maidis (b). Pulgão-da-cana-de-açúcar, Melanaphis sacchari (C)
e plantas de sorgo com honeydew (mela) e fumagina (fungo escuro).
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Tabela 3. Nível de controle de Melanaphis sacchari e Schizaphis graminum em função do está-


dio de desenvolvimento da lavoura de sorgo sacarino. Adaptado de Biles (2018).

Estádio de desenvolvimento da cultura Nível de controle

Emergência até três folhas totalmente 20% de plantas infestadas, com folhas
abertas. amareladas.

Três folhas totalmente abertas até o 20% de plantas infestadas com colônias médias
emborrachamento. (mais de 50 pulgões /folha).

No sorgo, ao contrário da cana, não


existe a inversão da sacarose; o que
Brocas-do-colmo acontece é a redução da qualidade e a
redução direta dos açucares extraídos.
Vilela et al. (2017) observaram que todos
Broca-da-cana os colmos de sorgo, com e sem injúria
causada pela broca, estavam infestados
A broca-da-cana, ou broca-do-col- pelo fungo Fusarium sp.
mo, Diatraea saccharalis (Fabr. 1794)
(Lepidoptera: Crambidae), é uma espé- Os adultos são mariposas que fazem
cie polífaga, que pode ser encontrada a postura nas folhas do sorgo. As postu-
em cerca de 65 espécies vegetais, ras são agrupadas em massas contendo
incluindo pastagens de importância em torno de 10 a 15 ovos. Após a eclo-
econômica, além de cana-de-açúcar, são, as lagartas raspam o limbo foliar e
milho, milheto, sorgo sacarino, trigo, en- dirigem-se internamente para a base da
tre outras, causando perdas financeiras. bainha das folhas, por onde penetram
No sorgo sacarino essa é a principal es- no colmo e, ao se alimentarem, formam
pécie de inseto-praga causando danos galerias. Estas galerias normalmente
diretos em função da sua alimentação são verticais e ascendentes ou podem
dentro do colmo das plantas, o que di- ser circulares, seccionando o colmo. Em
ficulta o transporte de fotoassimilados ambos os casos, as galerias podem ser
pela planta e a redução da quantidade e contaminadas por fungos, contribuindo
qualidade e do caldo extraído do colmo para aumentar os danos. As galerias
(Tabela 3). Também enfraquece a plan- têm uma coloração vermelha pronuncia-
ta, predispondo-a ao quebramento e ao da, em função do pigmento antocianina,
acamamento, ambos indesejáveis. presente naturalmente em sorgo (Figura
9).
16

Foto: Simone Martins Mendes


Figura 9. Diatraea saccharalis em colmo de sorgo sacarino.

Como verificado por Vilela et al. Assim, a relação entre a presença da


(2017), a infestação dessa praga no praga e redução de caldo e açúcares, ob-
sorgo leva à redução da produtividade. servada por esses autores, foi superior à
Observou-se que a redução do número demonstrada para cana-de-açúcar, indi-
médio de internódios e da altura das cando a necessidade de aperfeiçoamen-
plantas diminui em 28% e altera a qua- to das estratégias de Manejo Integrado
lidade e o rendimento do caldo (Tabela de Pragas (MIP) na cultura do sorgo,
4 e 5). Um aspecto importante a ser visando maximizar a produção de caldo
observado é que a presença da praga e bagaço. Ambos são responsáveis por
altera o rendimento de caldo, e a princi- mais de 70% da composição da planta
pal alteração é na concentração (medida e considerados os componentes mais
em Brix) de sacarose, que se reduz em importantes para máxima produção de
torno de 40% quando comparada à de etanol (Kim et al., 2012).
colmos não brocados (Figura 10).
17

Tabela 4. Altura de plantas (cm), intensidade de infestação (%), internódios totais, sadios e
brocados de plantas de sorgo sacarino (BRS 506) infestadas (%) por Diatraea saccharalis, sob
controle químico (clorantaniliprole) e sem controle. Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas-MG,
2014.

Tratamento1
Variáveis resposta
Testemunha Brocado
Altura de plantas 218,74 a 161,85 b
Internódios totais/planta 12,72 a 11,71 b
Internódios sadios/planta 12,65 a 11,21 b
Internódios brocados/planta 0,07 b 0,50 a
Intensidade de infestação 0,53 b 4,16 a
Plantas infestadas 4,70 b 31,87 a
1Médias seguidas pela mesma letra na linha não diferem significativamente

entre si, pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05). Fonte: Adaptado de Vilela et al.
(2017).

Tabela 5. Rendimento de caldo (%), concentração de sólidos solúveis e açúcares em colmos


de sorgo sacarino (BRS506), sadios e brocados por Diatraea. Embrapa Milho e Sorgo, Sete
Lagoas-MG, 2014.

Sólidos
Rendimento de Frutose Sacarose
Tratamento solúveis
caldo
Brix (mg mL-1) (mg mL-1)

Testemunha 61,95 a 16,40 a 92,60 a 214,85 a

Brocado 59,33 b 14,80 b 70,11 131,27 b

Médias seguidas pela mesma letra na linha não diferem significativamente entre si, pelo teste de Tukey (p≤0,05). Fonte:
adaptado de Vilela et al. (2017).
18

Fotos: Simone Martins Mendes

Figura 10. Amostras de colmos (A), bolo úmido (B) e caldo (C) de sorgo sacarino (BRS506) da
testemunha (1) e tratamento brocado (2) por D. saccharalis.
19

Se possível, recomenda-se moni- Quanto à infestação da broca-da-ca-


torar essa espécie nas lavouras com na, existe uma considerável diferença
a utilização de armadilhas contendo entre genótipos. Araújo et al. 2019
fêmeas virgens (feromônio), e manejar a (Figura 12) mostraram que dentre os
infestação com a utilização de agentes genótipos comerciais e pré-comerciais
de controle biológico. Na fase inicial o genótipo CMSXS647 é o mais pro-
do cultivo deve-se priorizar a liberação missor para resistência à broca-da-ca-
de parasitoides de ovos Trichogramma na-de-açúcar. Já Waquil et al. (2001)
sp. (Hymenoptera: Trichogrammatidae) registraram que o híbrido CMSX9701
para reduzir a infestação inicial, e com a e a cultivar Esmeralda apresentaram
detecção de infestação de lagartas nos os menores índices de infestação e de
colmos deve-se iniciar as liberações de intensidade de infestação para a broca-
parasitoides de larvas, especialmente a -da-cana-de-açúcar, respectivamente.
Cotesia sp. (Hymenoptera: Braconidae),
que apresenta alta especificidade
(Tabela 5). A utilização do controle bio-
lógico deve ser a estratégia de manejo
prioritária e tem mostrado relativo su-
cesso nas lavouras acompanhadas até
o momento.

Tabela 6- Estratégias para o manejo de Diatraea saccharalis em sorgo (BRS506) avaliadas com
base em diferentes variáveis (médias ± erro padrão).

Tratamentos Controle biologico Inseticidas 

 Características avaliadas Cotesia flavipes Espinosade Chlorantraniliprole


Total de internódios (no) 12,59 B 11,71 A 12,71 B
Internódios sadios (no) 11,33 A 11,17 A 12,62 B

Internódios brocados (no) 1,26 C 0,54 B 0,09 A

Intensidade de infestação
10,0 C 4,47 B 0,70 A
(%)
Tamanho de galeria (cm) 6,31 C 2,50 B 0,29 A

Médias seguidas pela mesma letra nas linhas não diferem significativamente entre si, pelo teste de Tukey (p≤0,05). Fonte:
adaptado de Vilela et al. (2014).
20

Figura 11. Intensidade de infestação (iii) (%) em sorgo sacarino (± EP) 2015. Médias seguidas
pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Fonte:
adaptado de Araújo (2015).

Uso de correto de aplicação, que deve ser feita


nas folhas raspadas no início de folhas
bioinseticidas para furadas; essa adequação é importante
para a ação do produto.
o manejo da lagarta- - Para lagarta-do-cartucho existe um
do-cartucho e da grupo de bioinseticidas à base de Bt

broca-da-cana com maior atividade: Bta (Bacilus thurin-


giensis azawai) (marca comercial Agree
e Xentari ®), de acordo com dados apre-
Já existe recomendação para o
sentados por Souza et al. (2019) (Figura
uso de bioinseticidas à base de Bt e ba-
13).
culovírus para o manejo da lagarta-do-
-cartucho-do-milho. Aqui é necessário .- Para o controle de Diatraea sac-
fazer uma consideração especial, pois charalis existe recomendação para uso
não existe registro desses bioprodutos de bioinseticida à base de Bt em sorgo.
para o sorgo: Contudo, ensaios de laboratório mos-
traram maior mortalidade aos sete dias
- Para o uso de baculovírus e Bt é mui-
após a eclosão para o Btk, (marca
to importante estar atento ao momento
21

comercial Agree e Xentari ®), que


não está registrado (Figura 12). Dessa
forma, bioinseticidas à base de vírus, os
baculovírus e bioinseticidas à base de
Btk, devem ser preferidos para o manejo
de S. frugiperda no campo, sendo que
o segundo pode ainda ter efeito sobre
neonatas de D. saccharalis.

Figura 12. Sobrevivência de Diatraea saccharalis e de diferentes populações Spodoptera


frugiperda em bioinseticidas à base de Bt e água (testemunha). Fonte: adaptado de Souza et
al. (2019)
22

Recomendações Para pulgões:

para o manejo Atenção! Existem diferenças ex-


pressivas nos danos causados pelas
de pragas em diferentes espécies de pulgão. Cuidado
especial deve ser dado em reconhecer,
sorgo sacarino monitorar e controlar o pulgão-da-ca-
na-de-açúcar, Melanaphis sacchari, em
Esteja atento ao histórico da área, ele função do maior potencial em causar
vai ajudar a tomar decisões, sobretudo danos nas lavouras. Deve-se vistoriar
com relação às pragas iniciais. lavouras procurando sintomas de mela
Faça o tratamento de sementes; essa nas folhas ou folhas pontuadas de ver-
operação ajuda a garantir o estande da melho; nessas folhas olhar, a face infe-
lavoura. rior para detectar a presença de pulgão-
-da-cana-de-açúcar ou pulgão verde.
Monitoramento semanal - Níveis de ação: utilizar os níveis
da lavoura: apresentados na Tabela 3 para o pulgão-
Spodoptera frugiperda - Nível de -verde ou pulgão-da-cana-de-açúcar,
controle: 20% de plantas atacadas com que considera 20% das plantas com co-
folhas raspadas e furadas ou amostra- lônias médias. Para o pulgão-do-milho,
gem sequencial apresentada na Tabela deve-se considerar o controle quando
2. em 50% de plantas forem observadas
colônias.
Diatraea saccharalis - Baseado no
histórico da região e abertura de colmos,
deve-se priorizar o controle biológico, Referências
uma vez que a avaliação da injúria é
complexa. ALI, H. B. Pictorial key to apterous
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1ª edição
Revisão de texto
Formato digital (2020) Antonio Claudio da Silva Barros

Normalização bibliográfica
Rosângela Lacerda de Castro (CRB 6/2749)

Tratamento das ilustrações


Mônica Aparecida de Castro

Projeto gráfico da coleção


Carlos Eduardo Felice Barbeiro

Editoração eletrônica
Mônica Aparecida de Castro

Foto da capa
Simone Martns Mendes

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