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6.1. Elementares e circunstâncias do crime: a princípio, circunstância pode ser conceituada como
todo fato, relação ou dado concreto, determinado, considerado pela lei para delimitar a gravidade do
injusto penal ou a culpabilidade do agente. Nesse sentido, teríamos circunstâncias legais, genéricas
e específicas, e circunstâncias judiciais. Todavia, o estudo do delito não prescinde da distinção
entre elementares e meras circunstâncias. Elementares são os dados ou relações que a lei
considerou imprescindíveis para a caracterização do delito, enquanto circunstâncias, nesse aspecto,
seriam os dados acidentais, secundários, dispensáveis, mas que, gravitando ao redor do crime,
importam para a avaliação da gravidade do injusto penal ou para a averiguação da culpabilidade do
agente. Outra distinção importante a ser feita é entre circunstâncias objetivas ou reais (relacionadas
ao fato ilícito) e circunstâncias subjetivas ou pessoais (relacionadas ao agente).
6.3. Circunstâncias legais: utilizadas na segunda fase da aplicação da pena, não podem fazer com
que a pena baixe do mínimo legal ou supere o máximo legal. Ademais, agravam ou atenuam a pena
em quantidades não fixadas previamente pela lei, a critério do juiz.
6.3.3. Causas de aumento e diminuição: circunstâncias legais que constituem fatores de aumento ou
diminuição da pena, em quantidades fixas ou variáveis, previstos tanto na Parte Geral quanto na
Parte Especial do Código Penal, e que possibilitam ao juiz, na terceira fase de aplicação da pena, a
fixação da sanção em quantum inferior ou superior aos limites (mínimo e máximo) previstos pelo
legislador.