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Poutres à parois minces

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© Editions HERMES, Paris, 1998
Editions HERMES
8, quai du Marché-Neuf
75004 Paris

ISBN 2-86601-670-X

Catalogage Electre-Bibliographie
Calgaro, Jean-Armand
Poutres à parois minces étude du cisaillement. - Paris : Hermès, 1998.
ISBN 2-86601-670-X
RAMEAU : structures à parois minces : essais
résistance des matériaux
DEWEY : 691 : Matériaux de construction

Le Code de la propriété intellectuelle n'autorisant, aux termes de l'article L. 122-5, d'une


part, que les "copies ou reproductions strictement réservées à l'usage privé du copiste et non
destinées à une utilisation collective" et, d'autre part, que les analyses et les courtes citations
dans un but d'exemple et d'illustration, "toute représentation ou reproduction intégrale, ou
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une contrefaçon sanctionnée par les articles L. 335-2 et suivants du Code de la propriété
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Poutres
à parois minces
étude du cisaillement

Jean-Armand Calgaro

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EXTRAIT D U CATALOGUE G É N É R A L

Calcul d e s o u v r a g e s g é n é r a u x d e c o n s t r u c t i o n , Michel PRAT et al, 1 9 9 7 .

L a fatigue d e s m a t é r i a u x et d e s structures, c o o r d o n n a t e u r s Claude BATHIAS,


E
J e a n - P a u l BAÏLON, 2 é d i t i o n revue et a u g m e n t é e , 1 9 9 7 .
E
M a t é r i a u x c o m p o s i t e s , Daniel GAY, 4 édition revue et a u g m e n t é e , 1 9 9 7 .

T r i a n g u l a t i o n d e D e l a u n a y et maillage - applications aux éléments finis,


P a u l - L o u i s GEORGE, H o u m a n BOROUCHAKI, 1 9 9 7 .

M é c a n i q u e des milieux c o n t i n u s , Roger BOUDET, Alain CHAUVIN, 1 9 9 6 .

L a m o d é l i s a t i o n d e s o u v r a g e s , Michel PRAT et al, 1 9 9 5 .

R u p t u r e p a r fissuration d e s s t r u c t u r e s , N a m a n RECHO, 1 9 9 5 .

C i n é m a t i q u e e t d y n a m i q u e d e s solides, Lise LAMOUREUX, 1 9 9 2 .

C o m p o r t e m e n t m é c a n i q u e d e s m a t é r i a u x - volume 1, élasticité et plasticité,


D o m i n i q u e FRANÇOIS, A n d r é PINEAU, André ZAOUI, 1 9 9 2 .

C o m p o r t e m e n t m é c a n i q u e d e s m a t é r i a u x - volume 2, viscoplasticité,
endommagement, mécanique de la rupture, mécanique du contact,
D o m i n i q u e FRANÇOIS, A n d r é PINEAU, André ZAOUI, 1 9 9 2 .

M o d é l i s a t i o n des s t r u c t u r e s p a r é l é m e n t s finis - volume 1, solides élastiques,


J e a n - L o u i s BATOZ, G o u r i DHATT, 1 9 9 0 .

M o d é l i s a t i o n d e s s t r u c t u r e s p a r é l é m e n t s finis - volume 2, poutres et plaques,


J e a n - L o u i s BATOZ, G o u r i DHATT, 1 9 9 0 .

M o d é l i s a t i o n d e s s t r u c t u r e s p a r é l é m e n t s finis - volume 3, coques, J e a n - L o u i s BATOZ,


G o u r i DHATT, 1 9 9 2 .

U n e a p p r o c h e s i m p l e d u calcul des s t r u c t u r e s p a r la m é t h o d e des é l é m e n t s finis,


D a n i e l GAY, J a c q u e s GAMBELIN, 1 9 8 9 .

Serveur web : http://www.editions-hermes.fr

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Table des matières

Préface 7

Avant-propos 9

Guide de lecture 11

C h a p i t r e 1. R a p p e l s d e r é s i s t a n c e des m a t é r i a u x 13
1.1. Notations et conventions de signe 13
1.2. Caractéristiques géométriques usuelles des sections à parois minces . . . 14
1.3. Contraintes normales dues à la flexion c o m p o s é e dans une section
à parois minces 17
1.4. Contraintes dues à l'effort tranchant dans une section à parois minces
ouverte 18
1.5. Contraintes dues à l'effort tranchant dans une section à parois minces
fermée 19
1.6. Section réduite à l'effort tranchant 21
1.7. Caractéristiques sectorielles des sections à parois m i n c e s ouvertes . . . . 21
1.8. Centre de flexion d'une poutre à parois minces, de section ouverte . . . 23
1.9. Caractéristiques sectorielles des sections à parois m i n c e s fermées . . . . 24
1.10. Centre de flexion d'une poutre à parois minces, de section fermée . . . 25
1.11. Torsion libre des poutres à parois minces, de section ouverte 26
1.12. Torsion libre des poutres à parois minces, de section fermée 27
1.13. Torsion non uniforme ou gênée des poutres à parois minces,
de section ouverte 29
1.14. Torsion non uniforme ou gênée des poutres à parois minces,
de section fermée 33
1.15. Calcul pratique des intégrales de Mohr 35
1.16. Formules pour le calcul des anneaux 39

C h a p i t r e 2. Effort t r a n c h a n t et torsion libre d a n s les p o u t r e s à


p a r o i s m i n c e s - C a r a c t é r i s t i q u e s sectorielles 41
Problème n° 2 . 1 . - Etude d'une section en I 41
Problème n° 2.2. - Etude d'une section en Z 47

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6 Poutres à parois minces

Problème n° 2.3. - E t u d e d ' u n e section en U 53


Problème n° 2.4. - C e n t r e de flexion d ' u n tablier d e p o n t à d e u x p o u t r e s . . 57
Problème n° 2.5. - E t u d e d'une section à trois p o u t r e s 60
Problème n° 2.6. - E t u d e d'une section circulaire o u v e r t e 64
Problème n° 2.7. - E t u d e d ' u n c a i s s o n unicellulaire 67
P r o b l è m e n° 2 . 8 . - E t u d e d'une p o u t r e à section triangulaire m i n c e 72
P r o b l è m e n° 2 . 9 . - E t u d e d'une section semi-circulaire f e r m é e 78
P r o b l è m e n° 2 . 1 0 . - E t u d e d'un c a i s s o n bi-cellulaire 83
P r o b l è m e n° 2 . 1 1 . - E t u d e d ' u n e poutre-caisson à trois â m e s 87
P r o b l è m e n° 2 . 1 2 . - E t u d e d ' u n e section en bi-caisson 89
P r o b l è m e n° 2 . 1 3 . - E t u d e d ' u n e section bi-cellulaire 92
P r o b l è m e n° 2 . 1 4 . - Section réduite à l'effort t r a n c h a n t d ' u n c a i s s o n à
parois minces 95
P r o b l è m e n° 2 . 1 5 . - Torsion dans un bi-caisson d i s s y m é t r i q u e 97
P r o b l è m e n° 2 . 1 6 . - Torsion d a n s une poutre bi-cellulaire 99

C h a p i t r e 3. F l e x i o n t r a n s v e r s a l e d e s p o u t r e s à p a r o i s m i n c e s 101
P r o b l è m e n° 3 . 1 . - F l e x i o n transversale d ' u n e p o u t r e à section o u v e r t e . . . . 101
P r o b l è m e n° 3.2. - F l e x i o n transversale d ' u n e section f e r m é e 107
Problème n° 3.3. - F l e x i o n transversale d'une poutre-caisson 113
Problème n° 3.4. - F l e x i o n transversale d'un tube à moitié rempli d'eau . . . 119
Problème n° 3.5. - F l e x i o n transversale d'une cheminée cylindrique 125
Problème n° 3.6. - Ovalisation d ' u n arc à section tubulaire 135

C h a p i t r e 4. T o r s i o n g ê n é e et torsion n o n u n i f o r m e 139
P r o b l è m e n° 4 . 1 . - T o r s i o n gênée d ' u n e poutre en I 139
P r o b l è m e n° 4 . 2 . - Torsion gênée d ' u n e poutre en U 147
P r o b l è m e n° 4 . 3 . - T o r s i o n gênée d a n s un tablier de p o n t 155
P r o b l è m e n° 4 . 4 . - E t u d e du tablier d e l'aérotrain 161
P r o b l è m e n° 4 . 5 . - P o u t r e - c o n s o l e e n torsion g ê n é e , à section circulaire . . . 169
P r o b l è m e n° 4 . 6 . - Torsion gênée d a n s d e s é l é m e n t s d e c o u v e r t u r e
industrielle 176
P r o b l è m e n° 4 . 7 . - S e c t i o n rectangulaire - C o n d i t i o n d e
non-gauchissement 187

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Préface

Il y a des disciplines, plutôt théoriques, qui exigent que l'on s'y essaye ou, pour employer
un terme plus sportif, que l'on s'y mesure.

Vis-à-vis de la complexité de la théorie de l'élasticité par exemple, la résistance des


matériaux procède de cette logique et permet aux ingénieurs :

- de quantifier des phénomènes physiques complexes, tout en s'appuyant sur des


hypothèses, affaiblies peut-être, mais bien établies et sanctionnées par l'expérience ;

- d'être en mesure de comprendre certains modèles académiques et d'apprécier de


manière plus pragmatique le domaine d'emploi de ces modèles et leur adéquation
par rapport à l'expérience (cela fait aussi partie du savoir) ;

- de mieux exploiter et de mieux justifier des résultats en vue d'une évaluation plus
active de la sécurité des constructions.

La théorie à l'épreuve du nombre...

Il s'agit alors de mettre la théorie non seulement à l'épreuve du nombre, mais aussi à
l'épreuve de l'art de l'ingénieur.

Jean-Armand Calgaro fait d'ailleurs remarquer avec beaucoup de pertinence que « l'art d e
l'ingénieur tient plus à son sens de la modélisation, sens qui ne peut s'acquérir qu'avec
l'expérience, qu'à son aptitude à faire des calculs compliqués ».

Voilà donc un livre qui s'inscrit dans un cadre pédagogique tout à fait maîtrisé, où le
dynamisme et l'interactivité du propos trouvent leur élan premier dans le choix et
l'intelligence des solutions et des commentaires.

A l'usage des étudiants et des ingénieurs...

Ce livre veut apporter aux étudiants et aux ingénieurs une autre vision de la théorie. Il
veut fonctionner comme un écran d'ordinateur, où les fenêtres seraient ouvertes sur
l'espace des solutions, avec deux fonctions principales : l'aide en ligne et le zoom.
Replacées dans le contexte du livre et centrées sur les difficultés, ces deux fonctions

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8 Poutres à parois minces

doivent s'additionner ou même se multiplier, pour permettre l'exploration sans


concession des écueils du calcul et la confrontation des résultats.

C e livre veut par conséquent donner à l'analyse des constructions :

- une dimension complémentaire : celle de la connaissance par l'exercice,

- une valeur ajoutée : celle de la pratique, de la validation et de l'expertise par le


calcul.

Parmi les thèmes abordés, il en est qui restent encore peu traités, c o m m e ceux relatifs à la
torsion et/ou à la flexion transversale des ponts en caisson (structures en profilés fermés)
ou des ponts à poutres sous chaussée (structures en profilés ouverts), et pour lesquels il
n'existe pas de d o c u m e n t s de référence présentant des solutions originales et permettant
d'enrichir la pratique de l'ingénieur ou d'apporter un réel soutien à l'étudiant qui veut
approfondir le c h a m p de ses connaissances scientifiques et techniques. Le livre de Jean-
A r m a n d Calgaro vient à point nommé combler cette lacune.

Assimiler efficacement les principes des théories les mieux adaptées aux projets de génie
civil...

Voilà d o n c un savoir-faire qui a valeur de savoir, mais encore, un savoir-faire au service


du savoir. C'est en se frottant à des problèmes de haut niveau, que l'on est le plus à m ê m e
d'assimiler efficacement les principes des théories les mieux adaptées aux projets de
génie civil. De surcroît, il ne faut pas perdre de vue qu'une théorie vaut par ce qu'elle est,
mais aussi par l'usage que l'on peut ou que l'on sait en faire.

Pour ceux qui veulent savoir comment savoir-faire...

Premier livre d'une série intitulée « La résistance des matériaux en questions » dans la
collection « Ouvrages en génie civil », j'ai l'honneur de saluer un livre qui va droit à
l'essentiel, pour ceux qui veulent savoir c o m m e n t savoir-faire !

Michel P R A T

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Avant-propos

Le présent ouvrage rassemble un certain nombre de problèmes originaux de Résistance


des Matériaux, qui ont été proposés aux étudiants de diverses écoles d'ingénieurs, en
particulier du Centre des Hautes Etudes de la Construction et de l'Ecole Nationale des
Ponts et Chaussées. Ils abordent les divers aspects du comportement mécanique des
poutres à parois minces comme le calcul de contraintes engendrées par l'effort tranchant
et la torsion (libre ou gênée) ou l'étude de la flexion transversale.

Rappelons qu'une poutre à parois minces est une poutre dont l'une des dimensions en
section transversale, l'épaisseur, est essentiellement plus petite que l'autre, la longueur du
contour. Cette dernière est elle-même nettement plus petite que la longueur de l'axe de la
poutre. Dans la mesure où les sections transversales peuvent être considérées c o m m e
indéformables, les modèles classiques de calcul des contraintes et déformations établis
pour les poutres à section pleine peuvent être employés. Cependant, du fait de leurs
rapports géométriques particuliers, le principe de Saint-Venant ne leur est pas toujours
applicable et, sous certains modes de sollicitation c o m m e la torsion, les sections droites
sont le siège de contraintes dont la répartition est tributaire de leur gauchissement.

Les questions relatives à la torsion gênée et, surtout, à la flexion transversale des poutres
à parois minces mettent souvent les étudiants dans l'embarras. Cela tient probablement au
caractère tridimensionnel du fonctionnement de ce type de poutre, caractère que l'on
approche à l'aide de modèles partiels beaucoup moins intuitifs que les modèles
classiques.

Les problèmes contenus dans ce livre se veulent être autant de sujets de réflexion qui
permettent d'assimiler plus rapidement les méthodes d'analyse particulières au type de
poutre considéré. Le premier chapitre rappelle (sans aucune démonstration) un certain
nombre de résultats directement utilisés pour la résolution des problèmes. Le second
chapitre est consacré à la détermination des contraintes tangentes dans les profils minces
dues à l'effort tranchant et à la torsion libre, de leur centre de flexion et de certaines
caractéristiques sectorielles. Le troisième chapitre propose plusieurs problèmes portant
sur la flexion transversale des poutres à parois minces. L'un d'entre eux s'intéresse plus
particulièrement aux cheminées cylindriques soumises à des systèmes de pressions
symétriques (par exemple, pressions dues au vent) : des résultats étonnants sont établis
concernant l'influence des différents termes du développement en série de Fourier de ces
pressions. Enfin, le quatrième chapitre contient plusieurs problèmes relatifs à la torsion
gênée ou non uniforme, certains d'entre eux dérivant directement de l'étude de structures
réelles (tablier de l'Aérotrain, élément de couverture industrielle, etc.). Us permettent, en
particulier, d'apprécier la validité des hypothèses relatives au gauchissement des sections,

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10 Poutres à parois minces

en évaluant numériquement l'intensité des contraintes tangentes de torsion pure et de


torsion gênée.

L a Résistance des Matériaux est l'une des sciences fondamentales de l'ingénieur


constructeur. Elle lui fournit le moyen de calculer les efforts dans une structure et de
d i m e n s i o n n e r celle-ci en conséquence, à partir des propriétés des matériaux employés.
L e s m é t h o d e s élémentaires sont suffisantes pour satisfaire ces besoins dans les cas
courants, par exemple pour l'étude de constructions modélisables à l'aide de réseaux de
barres ou de poutres. Toutefois, l'analyse devient vite complexe lorsqu'il s'agit de
structures composées de voiles ou de coques minces et la compréhension de leur
fonctionnement est beaucoup moins intuitive. En général on recourt au calcul par
éléments finis, mais on ne peut en interpréter les résultats si l'on n'a pas bien identifié
certains p h é n o m è n e s grâce à une réflexion théorique approfondie. N o u s souhaitons que
les problèmes proposés dans ce livre aident le lecteur à engager une telle réflexion.

Jean-Armand C A L G A R O

Août 1997

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Guide de lecture

Les problèmes résolus et commentés de résistance des matériaux sont présentés en


plusieurs livres sous le titre général :

« La résistance des matériaux en questions ».

Le présent livre fait référence aux structures à parois minces (ces structures sont
également appelées poutres en profilés minces, ouverts ou fermés, ou poutres en voiles
minces) et il traite plus particulièrement de l'effort tranchant, de la torsion libre, de la
torsion gênée et de la flexion transversale.

Les chapitres regroupent les problèmes et leurs solutions par thème :

Chapitre 1 : Rappels de résistance des matériaux

Chapitre 2 : Effort tranchant et torsion libre dans les poutres à parois minces ;
caractéristiques sectorielles

Chapitre 3 : Flexion transversale des poutres à parois minces

Chapitre 4 : Torsion gênée et torsion non uniforme

La lecture de ce livre nécessite des connaissances en mathématiques, analyse n u m é r i q u e


et résistance des matériaux, correspondant aux programmes des écoles d'ingénieurs ou d e
deuxième cycle universitaire.

C e livre s'adresse particulièrement aux spécialistes :

- étudiants des formations d'ingénieurs ou de maîtrise ;

- techniciens et ingénieurs du génie civil spécialisés dans le calcul des ouvrages ;

- techniciens et ingénieurs concepteurs de logiciels de calcul des structures.

Il s'adresse également à ceux qui veulent se familiariser avec les problèmes proposés aux
épreuves des écoles d'ingénieurs, notamment du Centre des Hautes Etudes de la
Construction (CHEC), et qui ont à cœur de comprendre les subtilités du calcul des
structures, pour mieux contribuer à la qualité des projets de génie civil.

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Chapitre 1

Rappels de résistance des matériaux

1.1. Notations et conventions de signe

En résistance des matériaux, les notations et conventions de signe sont différentes d'un
auteur à l'autre, en particulier pour l'étude des poutres. D a n s le présent ouvrage, les
principales notations sont conformes aux normes internationales et les conventions de
signe sont celles qui sont les plus fréquemment employées par les ingénieurs.

La section droite courante d'une poutre est décrite par rapport à un repère Gxyz (système
d'axes (Gx,Gy,Gz), issu de son centre d'inertie G (ou de gravité)). L'axe Gx est tangent à
la fibre moyenne, les axes Gy et Gz, contenus dans le plan de la section, sont les axes
principaux d'inertie. Gxyz est appelé repère principal d'inertie.
1
Les sollicitations sont les éléments de réduction, projetés suivant les axes du repère
Gxyz, du torseur des actions appliquées par la partie de poutre correspondant aux
abscisses curvilignes inférieures à celle de la section considérée à la partie de poutre
correspondant aux abscisses curvilignes qui lui sont supérieures (fig. 1.1).

On note :

• composante de la résultante suivant Gx : N, effort normal, compté positivement


lorsqu'il correspond à une compression ;

• composantes de la résultante suivant Gy et Gz : V y et V , composantes de l'effort


z

tranchant ;

• composante du m o m e n t résultant suivant Gx : M x , moment longitudinal ;

• composantes du m o m e n t résultant suivant Gy et G z : M y et M , composantes du


z

moment fléchissant.

On désigne par T le moment de torsion, c'est-à-dire le m o m e n t des efforts appliqués à la


section, calculé au droit du centre de torsion. Si (yr>zo) sont les coordonnées de ce point :

T = M X +z V
0 y -y V 0 z

1
Le terme « sollicitation » a été remplacé, dans l'Eurocode 1 « Bases de calcul », par le
terme « effet des actions ».

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14 Poutres à parois minces

C a s général Poutre à plan moyen

Fig. 1 . 1 - Notations et conventions de signe.

D a n s les poutres à section pleine et à contour relativement régulier, le centre de torsion


est proche du centre d'inertie. Il n'en va pas de m ê m e dans les poutres à parois minces.

D a n s le cas des poutres droites à fibres parallèles et à plan moyen sollicitées dans leur
plan, les composantes du torseur des sollicitations se réduisent à :

• l'effort normal N ;

• l'effort tranchant V (noté plus simplement V ) ;


z

• le m o m e n t fléchissant M (noté plus simplement M) ;


y

• éventuellement le couple de torsion T.

D a n s tout ce qui suit, on se limite aux sections de poutres homogènes, c'est-à-dire


c o m p o s é e s d'un seul matériau élastique de module d'Young E, de module de cisaillement

G = , v étant le coefficient de Poisson.


2(1 + v)
P a r ailleurs, la plupart des résultats de la Résistance des Matériaux classique sont établis
p o u r des poutres à fibres parallèles. O n admet généralement d'étendre leur domaine de
validité aux poutres à fibres non parallèles à condition que la variation de géométrie des
sections droites soit « suffisamment lente et progressive ». Les rappels qui suivent ne
concernent donc, en toute rigueur, que les poutres à fibres parallèles.

1.2. Caractéristiques géométriques usuelles des sections à parois


minces

O n considère une section de poutre rapportée au repère orthonormé direct Oyz. On


suppose qu'il s'agit d'une section à parois minces : elle est donc définie par son contour
moyen (T), doté d'une abscisse curviligne s, auquel est associée une fonction
arithmétique de la dite abscisse représentant l'épaisseur e(s) des parois.

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Rappels de résistance des matériaux 15

1.2.1. Aire de la section

L'aire S de la section est définie par :

(1.1.)

1.2.2. Moments statiques de la section

Les moments statiques de la section par rapport aux axes Oy et Oz sont définis par :

(1.2.)

D a n s les axes Ouv déduits des axes Oyz par une rotation d'angle a (fig. 1.2), les
m o m e n t s statiques de la section par rapport à ces nouveaux axes ont pour expression :

S 0 u =S Q y cosa-S 0 z s i n a = 0 et S 0 v =So y sina + S G z cosoc = 0

Fig. 1.2 - Définition de la rotation des axes.

1.2.3. Centre d'inertie de la section

Le centre d'inertie de la section est le point de coordonnées ( y , z ) dans le repère Oyz


G G

définies par :

(U.)

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16 Poutres à parois minces

Ces formules peuvent, bien évidemment, être lues dans l'autre sens, ce qui permet de
calculer aisément les moments statiques d'une aire, dans les cas simples, par rapport à un
système d'axes donné :
S 0 y - Sz G S 0 z - Sy G

En d'autres termes, et compte tenu des effets d'une rotation des axes, le moment statique
de la section par rapport à un axe quelconque passant par G est nul.

1.2.4. Moments d'inertie de la section

Dans le repère Oyz, les moments d'inertie par rapport aux axes de ce repère sont définis
par les expressions suivantes :

2 2
ïoz = |y (s)e(s)ds I 0 y = Jz (s)e(s)ds I 0 y z = j " y(s)z(s)e(s)ds (1.4.)
r r r

Dans le repère Gyz dont les axes, issus du centre d'inertie G, sont parallèles à ceux du
repère Oyz, les moments d'inertie sont calculables par les relations suivantes, constituant
le théorème d'Huygens :

ÏGz _
IQZ V
CJS IG.V _
*Oy Z
GS ^Gyz-Ioyz v Z
G G^ (1.5.)

Les moments d'inertie d'une section sont minimaux par rapport à des axes passant par le
centre d'inertie. Dans le repère Guv issu du repère Gyz par une rotation d'angle a (fig.
1.2), les formules de changement de repère sont les suivantes :

l
Gu = I
Gy c o s 2 a + I
Gz s i r
> 2 a _ I
Gyz sin2a

2 2
I G v =I G y sin oc + I c o s G z a + I G y z sin2a
I I s i n 2 a + I c o s 2 a
ÏGuv = T ( G y - G z ) G y z

La quantité I c + I = I + I est constante puisque l'égalité est vraie pour tout angle
u G v G y G z

a. Chacune des grandeurs passe par un extremum (l'une est maximale tandis que l'autre
est minimale) lorsque a prend la valeur vérifiant :

(1.6.)

et, pour cette valeur, I n uv = 0.

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Rappels de résistance des matériaux 17

Les axes tels que I G = 0 sont appelés axes principaux d'inertie. Les m o m e n t s d'inertie
U V

correspondants sont appelés moment principaux d'inertie et sont alors calculables par les
formules :

(1-7.)

La quantité :

(1.8.)

s'appelle moment d'inertie polaire de la section.

1.3. Contraintes normales dues à la flexion composée dans une section


à parois minces

La section est rapportée à son repère principal d'inertie. La contrainte normale o(y,z) au
point courant de coordonnées (y,z), comptée positivement en compression, a pour
expression (fig. 1.3) :

(1.9.)

S est l'aire de la section ; I , I , les moments principaux d'inertie.


Y Z

Cette formule ne diffère en rien de celle des poutres à section pleine. Pour les poutres à
parois minces, elle n'est correcte que si les sections droites sont indéformables.

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Fig. 1.3 - Contraintes normales dans une section à parois minces.

1.4. Contraintes dues à l'effort tranchant dans une section à parois


minces ouverte

Les contraintes x(s) dues à l'effort tranchant sont contenues dans le plan de la section
droite de la poutre et sont uniformément réparties dans l'épaisseur e(s) des parois. Dans
le repère principal d'inertie, le flux de cisaillement O (= Te) au point courant (abscisse
curviligne s) a pour expression :

(1.10.)

où S v = zeds et S =
z yeds sont les moments statiques par rapport aux axes Gy et Gz

de la partie (r*) de la ligne médiane d e la section (r) comprise entre une extrémité libre
2
et le point courant considéré (fig. 1 A) ; V et V , les composantes de l'effort tranchant
y z

suivant les axes Gy et Gz.

L e flux O est compté positivement lorsqu'il « sort » de la partie dont on calcule les

m o m e n t s statiques S* = f z e d s et S* = fyeds.

2
D'une façon général, l'astérisque (*) est affecté à une grandeur relative à une partie
seulement de la section considérée. La m ê m e grandeur sans astérisque concerne
l'ensemble de la section. Par exemple, (r) représente le contour moyen d'une section à
parois minces dans sa globalité, (r*) représente la portion de contour moyen comprise
entre une extrémité libre et le point courant d'abscisse curvilignes.

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Fig. 1.4 - Flux de cisaillement dû à l'effort tranchant.

1.5. Contraintes dues à l'effort tranchant dans une section à parois


minces fermée

C o m m e dans le cas de poutres à section ouverte, les contraintes dues à l'effort tranchant
sont contenues dans le plan de la section droite de la poutre et sont uniformément
distribuées dans l'épaisseur des parois. Pour calculer le flux de cisaillement, on effectue
une coupure longitudinale dans chacune des n cellules que comporte la section afin de
libérer le gauchissement dû à l'effort tranchant, et lui seul (fig. 1.5). On applique aux
lèvres de chaque coupure un flux, a priori inconnu, noté Oj = Xj <pj :

• (pj : flux de cisaillement unité parcourant la cellule n°j (j = 1 , n ) ;

• Xj : grandeur scalaire matérialisant l'intensité du flux de cisaillement inconnu <t> y

Le flux total dans la section est :

(1.11.)

<J> est le flux de cisaillement dû à l'effort tranchant, calculé dans la section rendue
iso

« isostatique » par les coupures c o m m e s'il s'agissait d'une section ouverte.

Les flux inconnus X; constituent la solution du système linéaire :

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(1.12.)

Détail

Fig. 1.5 - Exemple de section multicellulaire.

En adoptant la même convention de signe sur le sens de rotation des flux dans toutes les
cellules, par exemple le sens de rotation direct relatif au repère orthonormé Gxyz, et dans
la mesure où e = e(s) est une fonction arithmétique :

(1.12bis)

où è désigne une intégrale portant sur le contour complet de la cellule n°i ; I , une

intégrale ne portant q u e sur la partie c o m m u n e (éventuellement de longueur nulle) aux


cellules n°i et j . On note que le coefficient ôjj est positif et que le coefficient 5^ (i ^ j) est
négatif. Ceci résulte de la convention de signe sur le sens de rotation des flux, identique
d a n s toutes les cellules.
* *
D a n s l'expression de ôj j , il convient d'affecter aux moments statiques S
s o y et S , dans
z

les diverses parties des contours des cellules, des signes homogènes à la convention faite
sur la circulation des flux dans les dites cellules.

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1.6. Section réduite à l'effort tranchant

Pour un élément de poutre de longueur unité, l'énergie potentielle de déformation due à


l'effort tranchant (généralement négligeable devant celle due à la flexion ou la torsion)
est calculable par la formule :

où S j et S j sont ce que l'on appelle communément les sections réduites à l'effort


z y

tranchant de la poutre.

Dans le cas des sections ouvertes, on les calcule par les expressions :

(1.13.)

D a n s le cas des sections fermées, les expressions générales sont les suivantes :

(1.14.)

où 0 ( V ) et 0 ( V ) sont les flux de cisaillement totaux respectivement dus à V et V .


z y z y

1.7. Caractéristiques sectorielles des sections à parois minces ouvertes

Dans le plan rapporté aux axes (Oy,Oz) faisant partie d'un repère Oxyz orthonormé
direct, on représente une section de poutre à parois minces ouverte par sa ligne médiane
( O dotée d'une abscisse curviligne s et d'une épaisseur e(s) (fonction arithmétique).
z e s t
l(yo> o) l'origine des abscisses curvilignes, M(y,z) est le point courant, P(yp,zp) est le
pôle (point du plan) (fig. 1.6).

1.7.1. Aire sectorielle de pôle P

(1.15.)

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22 Poutres à parois minces

L'aire sectorielle c ô P est u n e grandeur vectorielle d e direction fixe, parallèle à Ox : c'est


pourquoi on omet en général son caractère vectoriel.

O n la détermine en principe de manière analytique. Dans le cas des sections résultant de


l'assemblage de voiles plans, on peut la déterminer assez simplement en considérant les
a c c r o i s s e m e n t s élémentaires :

dcûp PM A ds r.ds

où r est la distance du pôle P à la tangente à T au point courant, et en attribuant à ces


—>

a c c r o i s s e m e n t s le signe positif ou négatif selon q u e le rayon-vecteur P M décrit T dans


le sens positif ou négatif du repère Oyz.
D a n s le cas d'une section avec ramifications, la fonction cop est construite de façon à être
continue à c h a q u e e m b r a n c h e m e n t .

Fig. 1.6 - Caractéristiques sectorielles - Notations.

1.7.2. Formule de changement de pôle

P o u r un nouveau pôle Q de coordonnées (yQ.Zg), l'aire sectorielle s'exprime c o m m e

w Q =co P -(y Q -y )(z-z ) + (z


P 0 o -z )(y-y )
P 0 (1.16.)

1.7.3. Moment statique sectoriel (pôle P)

M m = to eds P

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1.7.4. Moments linéaires sectoriels (pôle P)

M„„, = zu) eds


P et M „. =
7 yco eds
P

1.7.5. Moment d'inertie sectorielle (pôle P)

!„ = co„eds

1.7.6. Aire sectorielle principale

C'est l'aire sectorielle construite à partir du centre de flexion C en tant q u e pôle et


vérifiant la relation :

co eds = 0
r (1.17.)

Dans la pratique, seul le moment d'inertie sectorielle d e pôle C intervient dans les
équations de la torsion non uniforme ou gênée. Si le pôle P est quelconque, le m o m e n t
d'inertie sectorielle correspondant n'est d'aucune utilité.

1.8. Centre de flexion d'une poutre à parois minces, de section


ouverte

Le centre d e flexion (ou de cisaillement) C(yc,zr.), est le point où le moment des forces
engendrées par les contraintes dues à l'effort tranchant est nul. Sa position peut être
déterminée directement, une fois calculées les contraintes en tout point, ou à l'aide des
formules suivantes (méthode sectorielle) :

(1.18.)

Le plan est rapporté aux axes principaux d'inertie de la section (Gy et Gz) ; P est un pôle
quelconque de coordonnée (yp,Zp) à partir duquel on construit l'aire sectorielle Cûp. Les
symboles I et I désignent toujours les moments principaux d'inertie.
y z

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Les intégrales J z u ) e d s et J yco eds peuvent, dans de nombreux cas pratiques, être
P p

r r
calculées c o m m e des intégrales de Mohr (cf. §.1.15, ci-après).

E n torsion non uniforme ou gênée, on démontre que le centre de flexion est confondu
avec le centre de torsion (cf. §.1.1), c'est-à-dire la trace de l'axe longitudinal autour
d u q u e l tournent les sections d'une poutre sous l'effet de la torsion.

1.9. Caractéristiques sectorielles des sections à parois minces fermées

O n considère une section de poutre comportant n cellules et, éventuellement, des


ramifications ouvertes. P o u r une telle section à parois minces fermée, l'analogue de l'aire
sectorielle est ce que l'on appelle la « fonction sectorielle ».

L a fonction sectorielle de pôle P d'une section fermée à parois minces a pour expression :

y ( s ) = a)p(s)-f(s)
P (1-19.)

où (Bp est l'aire sectorielle de pôle P, construite à partir d'une origine I quelconque ; f(s),
est u n e fonction scalaire continue, indépendante du pôle P, construite à partir de la m ê m e
origine I et dont la dérivée est égale à :

• zéro sur les ramifications ouvertes,

• — sur l'élément de paroi de la cellule n°i non c o m m u n à une autre cellule,


e

sur l'élément de paroi de la cellule n°i, c o m m u n avec la cellule n°j.


e
L e s paramètres À.; sont obtenus comme solution du système :

(J.20.)

(1.21.)

où Aj est l'aire délimitée par le contour m o y e n de la cellule n° i.

D a n s le cas particulier d'une section unicellulaire :

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Rappels de résistance des matériaux 25

(7.22.)

où D représente le double de l'aire délimitée par le contour moyen de la section (Fig. 1.7).

A : aire délimitée par


le contour m o y e n
r(contour m o y e n ) £2 = 2 A

Fig. 1.7 - Aire délimitée par le contour moyen d'une section fermée unicellulaire.

1.10. Centre de flexion d'une poutre à parois minces, de section


fermée

C o m m e dans le cas des sections ouvertes, le centre de flexion C ( y , z ) est le point où le


c c

moment des forces engendrées par les contraintes dues à l'effort tranchant est nul. Il peut
être déterminé directement, à partir des contraintes, ou à l'aide des formules suivantes
(méthode sectorielle) :

(1.23.)

où P(yp,Zp) est un pôle quelconque. C o m m e dans le cas des sections ouvertes, le plan est
rapporté aux axes principaux d'inertie de la section.

En torsion non uniforme ou gênée, on démontre que le centre de flexion est confondu
avec le centre de torsion, c'est-à-dire la trace de l'axe longitudinal autour duquel tournent
les sections d'une poutre sous l'effet de la torsion.

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1.11. Torsion libre des poutres à parois minces, de section ouverte

D a n s une section d e poutre à parois minces ouverte, les contraintes dues à la torsion libre
sont contenues dans le plan de la section (contraintes tangentes ou de cisaillement) et
distribuées linéairement suivant l'épaisseur des parois en s'annulant le long du contour
m o y e n (fig. 1.8).

Contour moyen
d e la section

Répartition d e s
contraintes d u e s à
la torsion libre

Fig. 1.8 - Répartition des contraintes dues à la torsion libre dans l'épaisseur d'une paroi
de section ouverte.

1.11.1. Moment d'inertie de torsion

3
O n considère une poutre résultant de l'assemblage de voiles plans d'épaisseur c o n s t a n t e :
sa section droite est donc composée d e n segments de longueur Lj et d'épaisseur ej
(supposée constante). Son m o m e n t d'inertie de torsion est :

(1.24.)

1.11.2. Contrainte maximale due à l'effort tranchant

L a contrainte maximale due à l'effort tranchant dans la paroi n° i est la suivante :

(1.25.)

1
O n rappelle que la validité, pour la section considérée, du théorème de sommation des
m o m e n t s d'inertie d e torsion ( K = £ Kj ) doit être vérifiée, par exemple à l'aide de
l'analogie de la m e m b r a n e .

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Rappels de résistance des matériaux 27

où T est le couple de torsion.

La plus forte contrainte tangente est donc obtenue sur les bords de l'élément le plus épais.
Dans le cas d'une paroi d'épaisseur e(s) modérément variable, le moment d'inertie de
torsion Kj de la dite paroi est calculable par l'expression :

(1.26.)

1.12. Torsion libre des poutres à parois minces, de section fermée

Dans une poutre à parois minces de section fermée, les contraintes dues à la torsion libre
sont contenues dans le plan de la section droite et, en première approximation,
uniformément distribuées dans l'épaisseur des parois (fig. 1.9). Le produit t e de la
contrainte de cisaillement par l'épaisseur de la paroi est appelé flux de cisaillement.

É l é m e n t de paroi
d e la section

Répartition des
contraintes dues à
la torsion libre

Fig. 1.9 - Répartition des contraintes dues à la torsion libre dans l'épaisseur d'une paroi
de section fermée.

1.12.1. Cas des sections fermées unicellulaires

Le flux de cisaillement se calcule comme :

(1.27.)

où T est le couple de torsion ; A, l'aire délimitée par le contour moyen de la cellule


(fig. 1-7).

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L e m o m e n t d'inertie de torsion s'écrit :

(1.28.)

P o u r une évaluation plus précise du m o m e n t d'inertie de torsion, il convient de tenir


c o m p t e de la rigidité en torsion propre des parois (comme si elles formaient une section
ouverte). Le c o m p l é m e n t correspondant de moment d'inertie de torsion est généralement
négligeable, sauf, éventuellement, dans le cas d'une section unicellulaire avec
ramifications ouvertes (on tient compte alors du moment d'inertie de torsion propre de
l'ensemble des éléments de parois constituant la cellule fermée et ses ramifications).

1.12.2. Cas des sections fermées multicellulaires

Le flux de cisaillement total résulte de la superposition de n flux <J>j (i = 1 , 2 , .... n)


circulant autour des n cellules :

(1-29.)

L e problème comporte (n+1) inconnues : les n flux qui viennent d'être introduits et le
m o m e n t d'inertie de torsion K.

L e s flux sont obtenus par la résolution du système linéaire suivant :

(1.30.)

où A, est l'aire délimitée par le contour moyen d e la cellule numéro i ; K, le moment


d'inertie de torsion de l'ensemble de la section ; T, le couple de torsion ;

D a n s ce système, les coefficients 8jj sont positifs, les coefficients 5jj sont négatifs. La
convention de signe sur les flux est contenue dans l'orientation des cellules : un m ê m e
sens de circulation est choisi dans toutes les cellules, identique au sens de rotation positif
du système d'axes (Gy,Gz).

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P o u r calculer K, on résout le système suivant, qui n'est autre que le système (formule
1.20) déjà explicité :

Les flux de cisaillement <î>j, sont liés aux grandeurs Xj, par les relations :

(1.31.)

Alors :

(1.32.)

Dans le cas particulier d'une section unicellulaire, on retrouve les résultats précédemment
rappelés :

1.13. Torsion non uniforme ou gênée des poutres à parois minces, de


section ouverte

1.13.1. Fonction de gauchissement de la section transversale

Sous l'effet de la torsion, toutes les poutres à parois minces subissent un gauchissement.
Cela signifie q u e leurs sections droites ne restent pas planes : un point quelconque
d'abscisse curviligne transversale s appartenant à la section d'abscisse x se déplace
longitudinalement (fig. 1.10).

La fonction représentative de ce déplacement est ce que l'on appelle la fonction de


gauchissement w(x,s), qui a pour expression :

(1.33.)

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• Û J ( S ) est l'aire sectorielle de pôle C , centre de torsion (encore appelée aire sectorielle
C

principale) ; le centre de torsion est confondu avec le centre de flexion ;

• 0(x) est l'angle de rotation des sections autour de l'axe longitudinal Ox.

L e s contraintes normales dues à la torsion non uniforme ou gênée (comptées


positivement en compression) s'écrivent :

(1.34.)

G a u c h i s s e m e n t de
la section droite

Fig. 1.10 - Gauchissement d'une section sous l'effet de la torsion.

7.13.2. Contraintes de cisaillement secondaires

L e s contraintes de cisaillement secondaires sont dues à l'apparition des contraintes


normales, conséquence du gauchissement non uniforme.

Elles sont uniformément distribuées dans l'épaisseur des parois de la poutre et leur flux a
p o u r expression (fig. 1.11) :

(1.35.)

où r* est la portion de contour moyen de la section comprise entre une extrémité libre et
le point de la section où l'on calcule le flux en question.

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Fig. 1.11 - Illustration de la condition d'équilibre permettant de calculer le flux des


contraintes de cisaillement secondaires.

1.13.3. Equation différentielle de torsion non uniforme ou gênée

L'équation différentielle de torsion non uniforme ou gênée s'écrit :

(1.36.)

Dans cette formule :

• Iy) est le moment d'inertie sectorielle : = [ c o - e d s (il est calculé à partir de l'aire
r
sectorielle principale et sa dimension est homogène à L ) ;

• u)c est l'aire sectorielle principale ;

• K est le moment d'inertie de torsion de Saint-Venant.

Le couple de torsion T est équilibré à la fois par des contraintes de cisaillement réparties
antisymétriquement dans l'épaisseur des parois et par des contraintes de cisaillement
uniformément réparties dans la dite épaisseur. Les premières équilibrent la fraction T j de
T, les secondes équilibrent la fraction T 2 (avec T = Tj + T 2 ) :

(1.37.)

La formule ( 1 . 3 5 ) peut aussi s'écrire :

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(1.35bis)

P o u r résoudre l'équation différentielle de torsion non uniforme ou gênée, on pose :

Cette expression est construite à partir de la solution générale de l'équation sans second
m e m b r e (faisant intervenir trois constantes d'intégration A, B et C) et d'une solution
particulière de l'équation avec second membre (celle choisie ici s'annule ainsi que ses
d e u x premières dérivées pour x = 0 ; dans la pratique, la solution particulière est choisie
d e façon à faciliter au m a x i m u m les calculs).

L e s constantes d'intégration sont déterminées en exprimant les conditions aux limites :

• rotation e m p ê c h é e : 9 = 0 ;

• gauchissement libre : 8" = 0 ;

• gauchissement e m p ê c h é : 0' = 0.

1.13.4. Bimoment

2
L e b i m o m e n t est u n e grandeur auto-équilibrée, exprimable, par exemple, en M N x m , qui
n e peut être déterminée à l'aide des équations de la statique. Son expression est :

L a définition du b i m o m e n t permet de donner l'expression la plus générale des contraintes


n o r m a l e s dans une section :

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Rappels de résistance des matériaux 33

1.14. Torsion non uniforme ou gênée des poutres à parois minces, de


section fermée

1.14.1. Fonction de gauchissement des sections fermées

D e la m ê m e manière que dans le cas des sections ouvertes, les sections fermées subissent
un gauchissement sous l'effet de la torsion. On pose :

(1.38.)

Dans cette formule :

• w(x,s) est la fonction représentative du gauchissement d e la section d'abscisse


longitudinale x ;

• v|/c(s) est la fonction sectorielle de pôle C, centre de torsion (appelée fonction


sectorielle principale) ;
x e s t a
• x( ) ' fonction inconnue, différente de l'angle de rotation longitudinale 8(x) des
sections, que l ' o n introduit par sa dérivée par analogie avec la dérivée d8/dx dans
l'expression (1.33).

1.14.2. Contraintes normales dues à la torsion non uniforme ou gênée

(1.39.)

Les contraintes normales sont comptées positivement en compression.

1.14.3. Equations différentielles

Les équations différentielles de la torsion non uniforme ou gênée sont les suivantes :

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34 Poutres à parois minces

où T est le couple de torsion ; K, le m o m e n t d'inertie de torsion pure ; I , le m o m e n t


c

d'inertie tangente polaire ; I y , le moment d'inertie sectorielle.

L e m o m e n t I est calculable par la formule :


c

(7.40.;

Il est h o m o g è n e à une longueur à la puissance 4.

Le moment I y a pour expression :

(1.41.)

Il est h o m o g è n e à une longueur à la puissance 6.

C o m m e dans le cas des sections ouvertes, le couple de torsion T est repris à la fois par
des contraintes de cisaillement correspondant à la torsion libre (équilibrant la fraction T])
et des contraintes de cisaillement secondaires liées aux contraintes normales dues au
gauchissement non uniforme ou gêné de la section (équilibrant la fraction T 2 ) . Toutes ces
contraintes sont uniformément distribuées dans l'épaisseur des parois (T = T[ + T 2 ) :

(1.42.)

En éliminant d0/dx entre les deux équations différentielles de départ, on établit


l'équation différentielle suivante, ne portant que sur la fonction %(x) :

(1.43.)

1.14.4. Bimoment

La notion de b i m o m e n t pour les poutres à section fermée s'introduit de la m ê m e façon


que p o u r les poutres à section ouverte. L'expression la plus générale des contraintes
normales dans une section est la suivante :

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Rappels de résistance des matériaux 35

1.15. Calcul pratique des intégrales de Mohr

Les équations canoniques de la méthode des forces pour la levée de l'indétermination d e


systèmes hyperstatiques sont de la forme :

(1.44.)

Xj est une grandeur scalaire représentant le facteur sollicitant (a priori inconnu) appliqué
au droit de la liaison supprimée n" i dans la structure isostatique associée à la structure
hyperstatique (degré n) de départ.

La matrice (nxn) des coefficients ôj^ de ce système est appelée matrice de souplesse. Elle
est symétrique :
5
ik = S i
k

D a n s les structures composées de poutres, les coefficients du système ont pour


expression générale :

(1.45.)

D a n s ces expressions, le symbole Z indique la sommation sur l'ensemble des poutres, le


symbole J indique l'intégrale sur une poutre particulière et le symbole ^ indique la
a
sommation sur l'ensemble des appuis élastiques éventuels (dont le n° est repéré par la
lettre a ) .

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36 Poutres à parois minces

N o u s c o n v e n o n s des notations suivantes :

• mj : m o m e n t fléchissant unité engendré dans la structure rendue isostatique par une


action (force ou m o m e n t ) unité appliquée au droit d e la liaison supprimée n° i ;

• tj : m o m e n t de torsion concomitant avec le moment mj ;

• nj : effort normal concomitant avec mj ;

• Mj : moment fléchissant engendré dans la structure rendue isostatique par les


s o

actions extérieures ;

• Tj s o : m o m e n t de torsion concomitant avec le m o m e n t M j s o ;

• N j s o : effort normal concomitant avec M j s o ;

• X a : coefficient de souplesse de l'appui élastique (éventuel) n° a ;

• r j : réaction de l'appui élastique éventuel n° a due à l'action unité appliquée à la


a

structure rendue isostatique, au droit de la liaison supprimée n° i ;


:
• Paiso réaction de l'appui élastique éventuel n° a due aux actions extérieures
appliquées à la structure rendue isostatique.

Les intégrales de type sont appelées intégrales de Mohr. Lorsque de

telles intégrales portent sur des poutres droites d'inertie constante (ou, plus généralement,
de caractéristiques constantes), elles peuvent, dans les cas simples, être calculées par une
méthode « géométrique ». Considérons l'intégrale :

où l'une au moins des deux fonctions f(x) et g(x) est linéaire. Supposons, pour fixer les
idées, q u e :

f(x) = ax + b

Alors,

Traçons (fig. 1.12) les courbes représentatives des fonctions f(x) et g(x). On suppose que
sur l'intervalle (0,L), la fonction g(x) reste de signe constant. Cette condition n'est pas
strictement nécessaire pour les développements qui suivent, mais elle permet d'utiliser
directement un certain nombre de résultats classiques concernant le centre d'inertie de
figures géométriques simples.

L e terme représente l'aire Q délimitée par la courbe g(x) avec l'axe Ox sur

(0,L). Cette aire est positive si la fonction g(x) est positive, négative dans le cas contraire.

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Rappels de résistance des matériaux 37

De même, le terme x.g(x)dx représente le moment statique de cette aire £1, par rapport

à l'axe Oy. Il est de m ê m e signe que il.

Appelons x G l'abscisse du centre de gravité G de Q. En vertu de la formule (1.3), on peut


écrire :

Ainsi, l'intégrale J vaut :

J = £ 2 ( a x + b) = f > f ( x )
G G (1.46.)

Cette formule fournit une méthode de calcul pratique et rapide des intégrales du type J, et
donc de certaines intégrales de Mohr. Pour cela, il est utile de connaître l'aire et la
position du centre de gravité de certaines figures. Les formules données d a n s le
tableau 1.1 ci-après permettent de calculer les intégrales de Mohr les plus courantes.

Fig. 1.12 - Définition des fonctions f(x) et g(x).

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38 Poutres à parois minces

Diagramme rectangulaire

£2 = M L

Diagramme triangulaire

Diagramme trapézoïdal

Diagramme parabolique

Diagramme semi-parabolique

Diagramme semi-parabolique

Diagramme trapézoïdal

M, M „ , M A de m ê m e signe

Tableau 1.1

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Rappels de résistance des matériaux 39

1.16. Formules pour le calcul des anneaux

Les problèmes 3.4 à 3.6 sont consacrés à l'étude de la flexion transversale de poutres
tubulaires soumises à diverses conditions de chargement. Afin d'éviter de fastidieuses
répétitions, nous établissons ci-après les principales formules permettant de calculer les
sollicitations dans un anneau soumis à un système de charges symétrique.

L'anneau considéré est de rayon moyen R et d'épaisseur e, faible devant R (fig. 1.13). On
appelle E l sa rigidité de flexion transversale.

Fig. 1.13 - Définition géométrique de l'anneau.

On lève l'indétermination statique (de degré 3) de cet anneau en pratiquant une coupure
en A et en introduisant les efforts réciproques inconnus X | et X tels que représentés sur
2

la figure 1.14. En effet, dans la mesure où le système de chargement est supposé


symétrique par rapport à Oz, il n'y a pas d'effort tranchant réciproque en A.

Fig. 1.14 - Application des efforts unitaires.

Les moments unitaires ont pour expressions :

m,(<p)= R(l - c o s ( p ) m 2 =1

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En négligeant, selon l'usage, les déformations d'effort normal et d'effort tranchant devant
celles de flexion, on calcule les coefficients du système d'équations issu d e la méthode
des forces :

S,,X, + ô 1 2 X 2 +8, j s o =0
8 X, + ô
2 1 2 2 X 2 +8 2 i s o =0

El5 =37iR
n
3
; EIÔ 2 2 = 27iR ; EIÔ 1 2 =27tR :
(1.47.)

Si on appelle M; (<p) le moment fléchissant induit dans l'anneau, supposé coupé en A,


so

par le système de charges appliqué, on peut écrire, d e manière générale :

(1.48.)

L e système résolvant s'écrit :

(1.49.)

Le m o m e n t fléchissant total est calculable par :

M((p) = M i s o +X,R(l-cos(p) + X 2 (1.50.)

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Chapitre 2

Effort tranchant et torsion libre dans les poutres à


parois minces - Caractéristiques sectorielles

PROBLEME N° 2.1 - Etude dune section en I


On considère la section à parois minces ouverte de hauteur a représentée sur la figure
2 . 1 . Toutes les parois ont la m ê m e épaisseur e, faible devant a, sauf la membrure
inférieure dont l'épaisseur est égale à 2e. Les largeurs des membrures supérieure et
inférieure sont respectivement 5a/2 et a/2.

Fig. 2.1 - Définition géométrique de la section.

On demande de déterminer :

1 ) la position du centre d'inertie G,

2) les m o m e n t s principaux d'inertie Igy et Iç ,


z

3) les diagrammes du flux de cisaillement sous l'effet des composantes V y et V z de


l'effort tranchant,

4) la position du centre de flexion par la méthode directe (c'est-à-dire en partant du flux


de cisaillement approprié), puis par la méthode sectorielle,

5) le moment d'inertie sectorielle principal (déduit de l'aire sectorielle principale).

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42 Poutres à parois minces

SOLUTIONS

1 ) Position du centre d'inertie G

• A i r e de la section

• M o m e n t statique par rapport à la membrure supérieure :

• Distances du centre d'inertie aux fibres supérieure et inférieure

2) Moments principaux d'inertie

On peut calculer directement I^j, OU déduire son expression de celle du moment d'inertie
Ioy par rapport à l'axe de la membrure inférieure, à l'aide du théorème d'Huygens
(formule 1.5). Selon cette démarche :

D'où :

Par ailleurs,

3) Diagrammes du flux de cisaillement

3. J ) Flux de cisaillement dû à V z

C e flux e s t : 0 = 2-S y (formule 1.10).

Les c o o r d o n n é e s locales sont précisées sur la figure 2.2 ; le flux de cisaillement,


représenté sur la figure 2.3, résulte du calcul du m o m e n t statique S y dans les diverses
branches selon les formules explicitées ci-après. L a technique de calcul est la suivante.
Par exemple, dans la branche n° 1, o n calcule le m o m e n t statique en multipliant l'aire esj
de la portion comprise entre l'extrémité de l'aile et le point d'abscisse S | par son bras de
levier a/3 par rapport à l'axe principal d'inertie Gy. On procède de la m ê m e manière dans
les autres branches i en considérant, à chaque fois, l'aire de la portion de section
délimitée par le point d'abscisse locale Sj. On établit ainsi les expressions ci-après.

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Effort tranchant et torsion libre 43

• Branche 1 :

• Branche 2 :

• Branche 3 :

Il est rappelé que le signe affectant le flux de cisaillement résulte d'une convention : le
flux est positif lorsqu'il « sort » de la partie dont on calcule le moment statique. Par
exemple, dans la branche n° 1, S* est positif, donc <t> est négatif, ce qui signifie que le
flux de cisaillement réel « entre » dans la portion de section d'aire es] '.

Fig. 2.2 - Définition des coordonnées Fig. 2.3 - Flux de cisaillement dû à

locales. V = 1.
z

Sur les figures 2.3 et 2.4, les flèches indiquent le sens réel des contraintes de
cisaillement.

3.2) Flux de cisaillement dû à Vv

C e flux s'exprime c o m m e :

(formule 1.10)

Les calculs se conduisent de la m ê m e manière que précédemment. Les coordonnées


locales sont celles de la figure 2.2.

1
On remarquera que le point d'abscisse locale S; isole deux portions de section
complémentaires. On peut calculer aussi bien le moment statique de l'une ou de l'autre :
ces deux moments statiques, et donc les flux de cisaillement correspondants, sont de
signes opposés. Le sens réel des contraintes est de ce fait déterminé sans ambiguïté : il
revient au même de dire que les contraintes « entrent » dans une portion ou « sortent » de
la portion complémentaire.

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44 Poutres à parois minces

• Branche 1 :

Pour

• Branche 2 :

• Branche 3 :

Pour

L e d i a g r a m m e du flux de cisaillement est représenté sur la figure 2.4.

Fig. 2.4 - Flux de cisaillement dû à V = 1.


y

4) Recherche de la position du centre de flexion

4.1 ) Méthode directe

Par symétrie, le centre de flexion se trouve sur l'axe Gz. Pour mettre sa position en
évidence, il convient de considérer le flux de cisaillement créé par la composante V dey

l'effort tranchant (fig. 2.4). Les résultantes du flux de cisaillement dans les membrures de
la section valent :

- pour la m e m b r u r e supérieure :

- pour la m e m b r u r e inférieure :

Si on appelle d la distance du centre de flexion à la membrure supérieure, on écrit que le


m o m e n t des forces dues au flux de cisaillement est nul en ce point, ce qui donne :

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Effort tranchant et torsion libre 45

4.2) Méthode sectorielle

O n c o m m e n c e par déterminer le diagramme de l'aire sectorielle à partir d'un pôle


quelconque. Choisissons comme pôle le point O de jonction de l'âme avec la membrure
inférieure. La position du centre de flexion est déduite de la formule (1.18) :

La figure 2.5 fournit les diagrammes de l'aire sectorielle de pôle (et d'origine) O et de la
fonction ye (ce qui permet de calculer l'intégrale par la méthode des intégrales de Mohr).

D i a g r a m m e de co , aire sectorielle (pôle O)


G Diagramme de la fonction ye

Fig. 2.5 - Eléments de calcul par la méthode des intégrales de Mohr.

On calcule alors :

D'où

On retrouve bien le m ê m e résultat que par la méthode directe.

5) Moment d'inertie sectorielle principale

On détermine l'aire sectorielle principale en plaçant le pôle (et l'origine, par exemple) en
C, centre de flexion. Son diagramme est représenté sur la figure 2.6.

On calcule, par la méthode des intégrales de M o h r :

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Fig. 2.6 - Diagramme de l'aire sectorielle principale.

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Effort tranchant et torsion libre 47

PROBLEME N° 2.2 - Etude d'une section en Z


On considère une poutre dont la section transversale, rapportée au repère Gyz, est
représentée sur la figure 2.7. Les parois horizontales ont une épaisseur e ; la paroi
verticale, a une épaisseur ke.

Fig. 2.7 - Définition de la section.

1) Déterminer les moments d'inertie I , I et I dans le système d'axes (Gy,Gz), en


y z y z

considérant l'hypothèse e « a. En déduire la direction des axes principaux d'inertie et les


moments principaux d'inertie.

Application numérique pour k = 2. Les moments principaux d'inertie seront notés I Y et I z

(on appelle I le plus grand des deux moments d'inertie).


Y

2) La poutre considérée est soumise à l'action d'une force Q dont la ligne d'action passe
par G et est dirigée en sens contraire de Gz (fig. 2.8).

Fig. 2.8 - Définition de la sollicitation.

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Après avoir d é c o m p o s é la force Q suivant les axes principaux d'inertie, déterminer le


d i a g r a m m e du flux de cisaillement dû à cette force dans les différentes parties de la
section en supposant k = 2. Quelle est l'intensité maximale de la contrainte de
cisaillement ?

3) Calculer le m o m e n t d'inertie sectorielle principal de la section en fonction de a, e, k.


Application numérique : k = 2.

SOLUTIONS

1 ) Moments d'inertie
L e s m o m e n t s d'inertie ont pour expression :

Les axes principaux d'inertie se déduisent des axes du repère Gyz par une rotation
d'angle a tel que :

(formule 1.6)

Les m o m e n t s principaux d'inertie s'écrivent alors :

(formule 1.7)

Application n u m é r i q u e pour k = 2. Les axes principaux font un angle de 45° par rapport
aux axes du repère Gyz. Et l'on obtient :

2) Intensité maximale de la contrainte de cisaillement

La force Q se d é c o m p o s e en - suivant G Z et suivant G Y (fig. 2.9). Le flux de


2 2
"S/ V
cisaillement d'effort tranchant est donné par l'expression :

(formule 1.10)

A v e c les notations de la figure 2.10, on calcule les m o m e n t s statiques dans les branches
1 et 2 de la section dotées des abscisses locales % \ et s : 2

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Effort tranchant et torsion libre 49

Branche n° 1

Branche n° 2

Fig. 2.9 - Décomposition de Q suivant les axes principaux d'inertie.

Fig. 2.10 - Eléments pour le calcul des m o m e n t s statiques.

n en déduit le flux de cisaillement :

Branche n° 1 :

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2
• Branche n° 2 : * = ^ % ( a + 8 a s , - 8 s ? )
3
7a
Le diagramme du flux de cisaillement est représenté sur la figure 2.11.

Fig. 2.11 - Diagramme du flux de cisaillement.

Dans la branche n°l, la contrainte maximale de cisaillement, en valeur absolue, vaut


9Q
et dans la branche verticale elle vaut y ^ T - La valeur la plus élevée est donc obtenue au
droit du centre d'inertie.

3) Moment d'inertie sectorielle principal


Le centre de flexion de la section est en G. Pour calculer le moment d'inertie sectorielle
principal, on détermine successivement l'aire sectorielle de pôle et d'origine G, l'aire
sectorielle principale et enfin, le moment d'inertie sectorielle principal.

Fig. 2.12 - Diagramme de l'aire sectorielle de pôle et d'origine G.

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Effort tranchant et torsion libre 51

3.1) Aire sectorielle de pôle et d'origine G : S


(ÙG,G( )

Le d i a g r a m m e de l'aire sectorielle est représenté sur la figure 2.12.

3.2) Aire sectorielle principale Cûçjs)

Pour obtenir l'aire sectorielle principale, il faut satisfaire la condition (1.17), donc
ajouter à CÛQ Q(S) une constante K telle que :

avec :

D'où :

On en déduit le diagramme de l'aire sectorielle principale :

Fig. 2 . 1 3 - Aire sectorielle principale.

L'un ou l'autre des points d'aire sectorielle nulle apparaissant sur la figure 2.13 peut être
considéré c o m m e représentant l'origine des abscisses curvilignes.

3.3) Moment d'inertie sectorielle

Le calcul se conduit de manière classique par la méthode des intégrales de M o h r (cf.


§.1.15).

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Effort tranchant et torsion libre 53

PROBLEME N° 2.3 - Etude d'une section en U


En suivant une démarche analogue à celle proposée dans le problème n° 2 . 1 , déterminer
la position du centre de flexion de la section représentée sur la figure 2.14 par la méthode
directe, puis par la méthode sectorielle. Toutes les parois ont la m ê m e épaisseur e, petite
devant la dimension a.

Fig. 2.14 - Définition de la section et des abscisses locales.

SOLUTIONS

/ ) Méthode directe

Elle consiste à déterminer le flux de cisaillement O dû à une c o m p o s a n t e d'effort


tranchant V , puis à chercher le point où le moment résultant de ces cisaillements est nul.
z

En effet, compte tenu de la symétrie de la section par rapport à Oy, seule la c o m p o s a n t e


V de l'effort tranchant permet de localiser le centre de flexion qui est sur l'axe Oy. Le
z

flux est donné par :

(formule 1.10)

On établit les expressions ci-après :

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• Branche n°l :

• B r a n c h e n°2 :

• B r a n c h e n°3 :

Fig. 2.15 - Diagramme du flux de cisaillement.

L e centre de cisaillement étant sur l'axe Gy, calculons le moment en O des contraintes de
cisaillement : seules interviennent les contraintes parcourant les membrures horizontales
et il est facile d'en calculer la résultante :

Les éléments de réduction du torseur d e s sollicitations en O sont donc :

E x p r i m o n s alors que le m o m e n t résultant au point C, centre de flexion, est nul :

O n en déduit :

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Effort tranchant et torsion libre 55

La détermination du centre d'inertie est immédiate : O G = a/4. Sur cet exemple, on peut
noter la grande distance séparant le centre de flexion du centre d'inertie (fig. 2.16). Cela
signifie, en particulier, que si l'on veut faire simplement fléchir (donc sans torsion) une
poutre-console ayant une section en U analogue à celle étudiée dans ce problème, il
convient, par exemple, d'appliquer un effort dont la ligne d'action suivant z passe par C
(fig. 2.17).

Fig. 2.16 - Position relative du centre de flexion et du centre d'inertie.

Fig. 2.17 - Exemple de mode de sollicitation en flexion sans torsion.

2) Méthode sectorielle

Par cette méthode, on détermine la position du centre de flexion en employant la formule


(1.18):

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56 Poutres à parois minces

P o u r cela, on trace les d i a g r a m m e s suivants :

- diagramme de COQ, aire sectorielle de pôle et d'origine O,

- d i a g r a m m e de la fonction z(s) (fig. 2.18).

Épure de CÙQ Épure en z

Fig. 2.18 - D i a g r a m m e s pour la détermination du centre de flexion.

L'intégrale f o ) z e d s se calcule comme une intégrale de M o h r :


0

D'où :

O n retrouve le m ê m e résultat que par la méthode directe.

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Effort tranchant et torsion libre 57

PROBLEME N° 2.4 - Centre de flexion d'un tablier de pont à deux


poutres
En suivant la m ê m e démarche que dans le problème n° 2 . 3 , déterminer le centre de
flexion de la section représentée sur la figure 2.19 par la méthode directe puis par la
méthode sectorielle. Cette section schématise celle d'un tablier de pont à deux poutres en
béton.

Application numérique : B = 1 0 m ; b = 6 m ; h = 3 m ; e s = 0,25 m ; e = 0,40 m.


a

Fig. 2.19 - Définition géométrique de la section.

SOLUTIONS
Le moment d'inertie de la section par rapport à l'axe Gz a pour expression :

/ ) Méthode directe

On détermine le flux de cisaillement dû à la composante V de l'effort tranchant (la


y

composante V ne permettant pas de déterminer le centre de flexion pour d'évidentes


z

raisons de symétrie).

Les valeurs de S* (moment statique) pour chaque branche sont (fig. 2.20) :

• Branche n° 1 :

• Branche n°2 :

• Branche n°3 :

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(formule 1.10)

Fig. 2.20 - Définition des abscisses locales pour le calcul de S z

L e d i a g r a m m e du flux de cisaillement est donné ci-après (fig. 2.21).

Fig. 2.21 - Diagramme du flux de cisaillement dû à V.

L e m o m e n t en O des contraintes de cisaillement vaut :

E x p r i m o n s que le m o m e n t en C (centre d e flexion) de ces contraintes est nul

D'où :

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Application numérique :

2) Méthode sectorielle

La position du centre de flexion est déterminée à l'aide de la formule (1.18)

On détermine donc (fig. 2.22) les diagrammes de l'aire sectorielle, de pôle et d'origine O,
et de la fonction y(s).

Épure de (Oq Épure en y

Fig. 2.22 - Aire sectorielle, de pôle et d'origine O, et diagramme de y(s).

On en déduit :

D'où

On notera, pour cette section, que le centre de flexion est situé au-dessus du hourdis.

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PROBLEME N° 2.5 - Etude d'une section à trois poutres


La section droite d ' u n tablier de pont est schématisée sur la figure 2.23. Elle comporte
trois poutres identiques rectangulaires d'épaisseur constante e et de hauteur h, et un a

hourdis de largeur B et d'épaisseur constante e . L'espacement des poutres est noté b. On


s

appelle G le centre d'inertie de la section.

Fig. 2.23 - Définition géométrique de la section.

O n pose : S s = Be s S a = he a oc = — .
Sa

1 ) Déterminer la position du centre d'inertie G (en donnant les expressions de v et v' en


fonction de h et a , v et v' étant les distances respectives de G aux fibres supérieure et
inférieure de la section).

2) Calculer les m o m e n t s principaux d'inertie I et I de la section par rapport aux axes Gy


y z

et G z , en fonction de h, S et a ) pour I , et en fonction de b , S et a , pour I .


a y a z

3) O n suppose B = 3b. Déterminer et tracer le diagramme du flux de cisaillement dû à un


effort tranchant V réduit à sa composante V suivant Gz. z

4) Déterminer l'ordonnée du centre de flexion C (situé sur Gz, par symétrie) en fonction
de (h, a ) à l'aide de la méthode sectorielle, et en supposant toujours B = 3b.

SOLUTIONS

/) Aire de la section

Cette aire a pour expression : S = S + 3 S = S ( a + 3).


s a a

L e m o m e n t statique par rapport au hourdis est : M = — h S . a

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On en déduit :

2) Moment principal d'inertie

Pour calculer le moment principal d'inertie I , le plus simple consiste à évaluer le


y

moment d'inertie par rapport au hourdis supérieur, puis à appliquer le théorème


d'Huygens :

On en déduit :

Par ailleurs :

3) Diagramme du flux de cisaillement

V .
La formule générale est O = -S y (formule 1.10).

C o m m e n ç o n s par déterminer le diagramme du moment statique dans la moitié gauche de


la section. Le diagramme dans la poutre centrale est identique à celui des poutres
latérales. La méthode de détermination est analogue à celle déjà adoptée dans les
précédents problèmes. C'est pourquoi, nous ne donnons, en figure 2.24, que le résultat du
calcul du m o m e n t statique dans les différentes parois.

Fig. 2.24 - Diagramme du moment statique S . y

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Pour obtenir le diagramme du flux d e cisaillement dû à un effort tranchant unité, on


1 4 ( a + 3)
multiplie le précédent par , ce qui donne le diagramme de la figure 2.25.

Fig. 2.25 - Demi-diagramme du flux de cisaillement dû à V = 1.


z

C e diagramme est enfin à multiplier par V , pour obtenir le flux de cisaillement dû à V .


z z

L e s flèches indiquent le sens réel des contraintes dues à l'effort tranchant.

4) Diagramme de l'aire sectorielle de pôle et d'origine O

P o u r déterminer l ' o r d o n n é e du centre de flexion C, on applique la formule (1.18)


(fig. 2.26) :

Fig. 2.26 - D i a g r a m m e de 0 ) .
o

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Le diagramme de la fonction y(s) de la section est représenté sur la figure 2.27.

Fig. 2.27 - Diagramme de la fonction y(s).

2
On calcule l'intégrale : | y c o e d s = - S h b
0 a et on en déduit l'ordonnée du centre de

flexion :

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P R O B L E M E N° 2.6 - Etude d'une section circulaire ouverte


On considère une section circulaire ouverte de centre O, de rayon (moyen) R et
d'épaisseur e ( e « R ) . Cette section est supposée ouverte au droit de l'axe Oy.

1) Calculer les moments principaux d'inertie de la section par rapport aux axes
(principaux) Oy et Oz.

2) Déterminer la position du centre de flexion C par la méthode directe.

3) Déterminer la position du centre de flexion C par la méthode sectorielle.

Fig. 2.28 - Définition géométrique de la section.

SOLUTIONS

/) Détermination des moments principaux d'inertie

3
=> 1 = 1 = 7ieR
y *

2) Méthode directe

Le centre de flexion est situé sur l'axe Oy pour des raisons de symétrie. Pour le localiser,
il convient donc de déterminer le flux de cisaillement O dû à la composante V de l'effort
z

tranchant :

(formule 1.10)

Avec les notations de la figure 2.29, on calcule :

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Effort tranchant et torsion libre 65

2 2
dS* = e R s i n ( p d ( p => S* = dS* = e R (1 - cos 0)

Fig. 2.29 - Notations.

D'où :

C e flux est représenté, en valeur absolue, sur la figure 2.30. Les flèches indiquent le sens
des contraintes réelles.

Fig. 2.30 - D i a g r a m m e du flux de cisaillement dû à V .


z

Calculons à présent le moment de 4> en O, en conservant son signe puisque ce dernier


respecte la convention de sens positif du repère Oyz :

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Appelons l'abscisse du centre de flexion. Cette abscisse yç est calculée en exprimant


q u e le m o m e n t résultant, en ce point, des contraintes dues à l'effort tranchant V est nul.
z

Ceci s'exprime de la manière suivante :

O n en déduit : y r = -2R

C o m m e dans le cas du problème n° 2.3, pour soumettre à une flexion sans torsion une
poutre-console dotée d'une telle section, il faut lui appliquer une force suivant z dont la
ligne d'action passe à une distance R à l'extérieur de la section (fig. 2.31).

Fig. 2.31 - M o d e d'obtention d'une flexion sans torsion (exemple).

3) Méthode sectorielle

On c o m m e n c e par déterminer l'aire sectorielle de pôle O, car ce pôle conduit aux calculs
les plus simples, et d'origine, par exemple, l'une des extrémités de la section :

2
co 0 = R 6

Pour appliquer la formule 1.18, on calcule successivement :

co zeds=
0 R - 6 x R s i n 9 x e x R d e = eR" 6.sin6de

Or, esinede = r-ecose|„ + co.s9de = - 2 7 t .

D'où :

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PROBLEME N° 2.7 - Etude d'un caisson unicellulaire


Déterminer la position du centre de flexion de la section en forme de caisson, représentée
sur la figure 2.32, par la méthode directe, puis par la méthode sectorielle.

Application n u m é r i q u e : b = 4 m ; h = 3 m ; e = 0,25 m ; e' = 0,40 m.

Fig. 2.32 - Définition géométrique de la section.

SOLUTIONS

/) Méthode directe
C o m p t e tenu de la symétrie de la section par rapport à l'axe Oz, le centre de flexion peut
être déterminé en considérant les contraintes de cisaillement dues à la composante V de y

l'effort tranchant.

La section étant fermée, il convient de pratiquer une coupure, par exemple au milieu du
hourdis supérieur, selon la méthode décrite en 1.5 (chap. 1). Le flux de cisaillement
isostatique est donné par la formule :

(formule 1.10)

Le diagramme de ce flux de cisaillement s'établit c o m m e dans le cas d'une section


ouverte puisqu'il est maintenant nul en O. Le détail des calculs s'établit ainsi :

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Fig. 2.33 - Définition des abscisses locales.

Les valeurs du m o m e n t statique pour chaque branche sont données par (f'ig. 2.33)

• Branche n° 1 :

• B r a n c h e n° 2 :

• B r a n c h e n° 3 :

• Branche n° 4 :

Les d i a g r a m m e s correspondant sont représentés sur la figure 2.34. Celui du flux


cisaillement s'en déduit en le multipliant par le rapport V / I . y z

Le système ( 1.12) se réduit à une seule équation :

5 X + 5
l l l,iso =°

X est le flux de cisaillement hyperstatique au droit de la coupure en O. On calcule ainsi

Application numérique (b = 4 m ; h = 3 m ; e = 0,25 m ; e' = 0,4 m) :

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Effort tranchant et torsion libre 69

Fig. 2.34 - D i a g r a m m e du moment statique S z

Le diagramme du flux de cisaillement total (pour V / I = l ) est représenté sur la


y z

figure 2.35.

Fig. 2.35 - Diagramme du flux de cisaillement total (pour V y / I = l ) .


z

Le m o m e n t des forces, correspondant à ce flux de cisaillement, calculé au point O,


milieu du hourdis supérieur, est évalué en additionnant les moments isostatique et
hyperstatique :

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M b h
iso/o =

M h v n p r / n = 2Xbh = - 6 4 , 5 4 5 - ^

L e m o m e n t total vaut donc :

M / Q = 30,655-i-

L a valeur numérique du moment principal I s'évalue c o m m e suit : z

3 3 2
2eb eb e'hb 4
4
I 7 = + + = 21,6 m
z
3 12 2
O n en déduit la distance du centre de flexion au point O :

Issue d'un calcul classique, la distance séparant le centre d'inertie du point O est égale à
1,22 m. L a distance entre les deux centres est donc de 0,197 m.

O n remarquera que :

- le centre de flexion est, dans les cas usuels, m o i n s éloigné du centre d'inertie dans
les sections fermées que dans les sections ouvertes ;

- d a n s le cas des caissons unicellulaires, le centre de flexion est généralement en


dessous du centre d'inertie pour la simple raison que la position de ce dernier est
« relevée » par la présence des encorbellements latéraux, alors qu'ils jouent un rôle
secondaire dans la reprise de l'effort tranchant.

2) Méthode sectorielle
La m é t h o d e sectorielle consiste à appliquer la formule (1.13), faisant intervenir la
fonction sectorielle. Pour établir le d i a g r a m m e de cette dernière, on convient d'adopter le
point O c o m m e pôle et origine pour l'établissement de l'aire sectorielle (mais ce n'est
qu'une hypothèse, d'autres hypothèses sont possibles et aboutissent aux mêmes résultats).
Les notations sont celles du §.1.9.

Q = 2 A = 24

Les d i a g r a m m e s des différentes grandeurs sont donnés sur les figures 2.36 et 2.37.

On notera que le diagramme de la fonction sectorielle est toujours antisymétrique dans


une section possédant un axe de symétrie, à condition, bien entendu, de choisir le pôle et
l'origine des abscisses curvilignes sur cet axe.

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Fig. 2.36 - Diagrammes de a > (a) et de f(s) (b).


0

Fig. 2.37 - Diagrammes de y 0 (a) et de y(s) (b).

On calcule alors :

D'où :

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PROBLEME N° 2.8 - Etude d'une poutre à section triangulaire mince


On considère une poutre-console encastrée en son origine et libre en son extrémité. Sa
section droite, de caractéristiques géométriques constantes (parois minces d'épaisseur
constante e), est représentée sur la figure 2.38. Elle est de forme triangulaire (triangle
rectangle), l'hypothénuse étant située sur l'axe Oz.

Fig. 2.38 - Définition géométrique de la poutre étudiée.

En son extrémité libre, la poutre est soumise à l'action d'une force verticale Q, appliquée
suivant l'hypothénuse.

1 ) Déterminer la position du centre d'inertie G de la section.

2) Calculer le m o m e n t d'inertie principal I Q T

3) Déterminer le d i a g r a m m e du flux de cisaillement dû à l'effort tranchant induit par la


charge Q dans les parois de la section. Quelle est la valeur de la contrainte tangente
maximale, en fonction de Q, a et e ?

4) Déterminer la position du centre de flexion, noté C, l'intensité du couple de torsion


engendré par la charge Q et la contrainte de cisaillement due à ce couple de torsion, en
fonction de Q, a et e. La position du centre de flexion sera déterminée par la méthode
directe puis par la méthode sectorielle.

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Effort tranchant et torsion libre 73

SOLUTIONS

1 ) Détermination du centre d'inertie

L'aire de la section vaut : S = 2ae + ae -\[2 = ea(2 + yjï).

Le m o m e n t statique de cette aire par rapport à l'axe O z s'écrit :

1
On en déduit la position du centre d'inertie :

2) Détermination du moment principal d'inertie

Le calcul du m o m e n t principal d'inertie par rapport à l'axe Gy est immédiat :

3) Flux de cisaillement et contrainte tangente maximale

La section étant fermée, nous la coupons, par exemple en A, de façon à tirer parti de la
symétrie de la section par rapport à Oy. Avec les conventions et notations du chapitre 1,
la poutre est soumise à un effort tranchant égal à Q, dirigé suivant Gz. Le flux de
cisaillement total a pour expression :

= ( I > + X (
° iso P

Déterminons donc le m o m e n t statique S v en partant d'une lèvre de la coupure.

1
Souvent dans ce problème, la position du centre d'inertie d'une section triangulaire
« pleine » (effectivement situé au point de concours des médianes du triangle) est
confondue avec celle du centre d'inertie d'une section triangulaire à parois minces. Il faut
toujours prêter attention aux calculs que l'on développe, m ê m e et surtout lorsque le
résultat paraît évident !...

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74 Poutres à parois m i n c e s

Par b r a n c h e , les expressions analytiques de S y sont les suivantes (fig. 2.39) :

• Branche n°l :

• B r a n c h e n°2 :

• B r a n c h e n°3

Fig. 2.39 - Définition des abscisses locales et diagramme du m o m e n t statique S*

Les flèches indiquent le sens des contraintes de cisaillement réelles dues à l'effort
tranchant.

L e système ( 1.12) se réduit à

avec l

Pour le calcul de 5i ; , <I>j


SO S0 est négatif puisque les contraintes tangentes circulent en
sens inverse du sens direct. On en déduit, toutes réductions faites :

Le d i a g r a m m e du flux de cisaillement total est représenté sur la figure 2.40.

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Effort tranchant et torsion libre 75

Fig. 2.40 - Diagramme du flux de cisaillement total

Toutes les parois ayant même épaisseur e, la contrainte de cisaillement maximale est
obtenue en O, où elle vaut 0,561 — .
ae

4) Centre deflexion et couple de torsion

4.1) Méthode directe

Pour déterminer la position du centre de flexion, calculons le moment en O du flux de


cisaillement total. Un calcul relativement simple donne :

M / 0 =Qa(l-l/V2)

Le point C, évidemment placé sur l'axe de symétrie Oy, doit être tel que :
—> —> -> —>
M/c = M / O - O C A Q = 0

ce qui donne :

OC = a ( l - l / V 2 ) s O , 2 9 3 a

Le couple de torsion induit par la charge Q vaut donc :

T = Q.OC = Q a ( l - 1 / V 2 )

La section étant fermée, il lui correspond un flux de cisaillement égal, en valeur absolue,
à :

et une contrainte de cisaillement telle que :

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76 Poutres à parois minces

qui s'ajoute algébriquement aux contraintes dues à l'effort tranchant. En particulier, la

contrainte totale en O vaut 0 , 8 5 4 — .


ae
Note : ce calcul de la contrainte de cisaillement due à la torsion ne tient pas compte
du gauchissement gêné des sections.

4.2) Méthode sectorielle

La méthode sectorielle consiste à appliquer la formule (1.23) :

en construisant la fonction sectorielle de pôle et d'origine A, par exemple, et avec les


notations du §.1.9 :

D i a g r a m m e de ^ Diagramme de la fonction f(s)

D i a g r a m m e de A Diagramme de la fonction z(s)

Fig. 2.41 - Diagrammes pour la détermination du centre de flexion.

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Effort tranchant et torsion libre 77

On en déduit (fig. 2.41) :

d'où

On retrouve le résultat obtenu par la méthode directe puisque :

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PROBLEME N° 2.9 - Etude d'une section semi-circulaire fermée


L a section considérée (tube circulaire aplati (fig. 2.42)) comporte un arc circulaire de
rayon m o y e n R et une paroi plane de longueur 2R (formant diamètre de la partie semi-
circulaire). T o u t e s les parois ont même épaisseur e, très petite devant R.

Fig. 2.42 - Définition géométrique de la section.

1) Déterminer la position du centre d'inertie G et le m o m e n t d'inertie principal I de la


z

section.

2) Déterminer le flux de cisaillement dû à la composante V de l'effort tranchant puis en


y

déduire, par la m é t h o d e directe, la position du centre de flexion.

3) Déterminer la position du centre de flexion par la méthode sectorielle.

SOLUTIONS

/) Détermination du centre d'inertie et de I z

Aire d e la section : S = e R ( 7 t + 2 ) .

Pour déterminer la position du centre d'inertie, il convient de calculer le moment statique


d e la section par rapport à l'axe horizontal Oy passant par O. En paramétrant le demi-
cercle à l'aide d'un angle <p parcourant l'intervalle (0,TC), on établit facilement les
expressions suivantes :

2 2 2
dS v = e R sincpdq) => S = [ e R sinq>d(p = 2 e R

On en déduit :

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Effort tranchant et torsion libre 79

Pour calculer le moment d'inertie principal I , on note préalablement que le m o m e n t


z

3
principal d'inertie d'un cercle complet vaut I y = I z = rceR . Donc, dans le cas présent :

2) Détermination du flux de cisaillement dû à V v

La section étant fermée, on pratique une coupure, par exemple, en son sommet. Il est
préférable de situer la coupure sur l'axe de symétrie, mais ce n'est pas une obligation. La
solution du problème passe par celle du système linéaire (1.12) réduit à la seule
équation :

8 x + 5
n i,iso = °

On c o m m e n c e par d é t e r m i n e r e n employant le paramétrage représenté

sur la figure 2.43.

Fig. 2.43 - Définition des coordonnées locales.

Notons cp un angle de paramétrage auxiliaire (0 < q> < 8). On obtient pour chaque branche
les expressions du moment statique :

• Branche n° 1 : dS* = eRdcp.Rsincp

• Branche n° 2 :

On en déduit le diagramme de O i s o représenté sur la figure 2.44 :

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80 Poutres à parois minces

Fig. 2.44 - D i a g r a m m e de <t> .


iso

O n calcule alors :

Fig. 2.45 - Diagramme du flux de cisaillement total dû à V .


y

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Effort tranchant et torsion libre 81

Pour le calcul de 5j j , O j est une grandeur positive puisque les contraintes tangentes
S 0 s o

parcourent la section dans le sens positif.

D'où

Le diagramme du flux de cisaillement total dû à l'effort tranchant est représenté sur la


figure 2.45.

Calculons le moment en O des forces induites par les contraintes de cisaillement :

On en déduit :

z c = z 0 +0.530R

3 ) Détermination du centre de flexion par la méthode sectorielle


La position du centre de flexion est obtenue en application de la formule (1.23) :

en admettant de passer par l'intermédiaire de la fonction sectorielle de pôle et d'origine


O. Les différentes grandeurs se calculent c o m m e suit :

2
Q = 7tR

On en déduit (fig. 2.46) :

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82 Poutres à parois minces

D i a g r a m m e de o Diagramme de la fonction f(s)

D i a g r a m m e de 0 Diagramme de la fonction y(s)

Fig. 2.46 - Diagrammes pour la détermination du centre de flexion.

Finalement :

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PROBLEME N° 2.10 - Etude d'un caisson bi-cellulaire


Une poutre tubulaire, schématisant de façon très simplifiée la poutre-caisson d'un tablier
de pont, possède une section droite à parois minces comportant deux cellules fermées,
c o m m e indiqué sur la figure 2.47.

Fig. 2.47 - Définition géométrique de la section.

L'épaisseur de toutes les parois est constante, égale à e, à l'exception de l'âme centrale
dont l'épaisseur vaut ke.

1) La poutre étant supposée de hauteur constante et en admettant l'indéformabilité des


sections droites, déterminer l'épure des flux de cisaillement dans les diverses parois sous
l'effet d'un effort tranchant V porté par l'axe Gz.
z

2) C o m m e n t doit-on choisir la valeur de k pour que la contrainte de cisaillement


maximale soit identique dans les trois âmes ? Dessiner alors le diagramme résultant du
flux de cisaillement dans la section.

SOLUTIONS

/ ) Détermination de l'épure des flux

La section étant fermée (2 cellules), il convient de l'ouvrir pour calculer le flux de


cisaillement dû à l'effort tranchant selon la méthode rappelée au §.1.5. Nous pratiquons,
par exemple, deux coupures spécifiques au droit des angles supérieurs extrêmes, c o m m e
indiqué sur la figure 2.48.

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84 Poutres à parois minces

Fig. 2.48 - Définition des coordonnées locales dans la section « ouverte ».

L e flux de cisaillement « isostatique » est donné par :

avec

P o u r les branches 1 à 4, les expressions du moment statique S* sont :

• Branche n° 1 :

• Branche n°2 :

• Branche n°3 :

• Branche n°4 :

D a n s les autres branches, on complète par symétrie. Le diagramme de S* est représentée

sur la figure 2.49 et les flèches indiquent le sens réel des contraintes de cisaillement.

Le système résolvant (1.12) s'écrit dans le cas présent :

J5,|X, + 5 1 2 X 2 +5, i s o =0
|5 X, + 8
2 1 2 2 X 2 +8 2 i s o =0

avec :

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Fig. 2.49 - D i a g r a m m e de S*

Les flux inconnus dans les cellules valent donc :

On en déduit le diagramme du flux de cisaillement total dans la section, dessiné pour


V / I = 1 (fig. 2.50).
z

Fig. 2.50 - Diagramme du flux de cisaillement total pour Vy/I = 1. z

2) Application particulière
Ecrivons alors que les contraintes de cisaillement sont identiques dans les trois â m e s au
niveau du centre d'inertie.

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Après simplification, cela se traduit p a r :

2
ce qui conduit à : 4k - 8k = 0, soit k = 2.
L e diagramme du flux de cisaillement total, dessiné p o u r V / I = 1, est représenté sur la
y 2

figure 2 . 5 1 .

Fig. 2.51 - Diagramme du flux de cisaillement total pour k = 2.

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PROBLEME N° 2.11 - Etude d'une poutre-caisson à trois âmes


La figure 2.52 montre une section de poutre-caisson symétrique à trois â m e s dont les
dimensions ont été choisies de façon à simplifier les calculs. Cette section comporte donc
deux cellules, numérotées 1 et 2, et on demande de déterminer le centre de flexion par la
méthode sectorielle.

Les caractéristiques géométriques de la section, que l'on ne d e m a n d e pas d e calculer,


sont les suivantes :
2 4 4
S = 8,25 m ; v = 1,1364 m; v ' = 1,8636 m; T = 14,097 m ; L = 120 m .
y ^

Fig. 2.52 - Caractéristiques géométriques de la section.

SOLUTIONS
Pour déterminer le centre de cisaillement, on rend la section « isostatique » en ouvrant
les deux cellules, par exemple en pratiquant deux coupures au milieu du hourdis
supérieur des deux cellules.

C o m p t e tenu de la symétrie de la section, il est évident que le centre de flexion se situe


sur l'axe Gz. On a donc intérêt, pour simplifier les calculs, à choisir le pôle P de la
fonction sectorielle et l'origine I des abscisses curvilignes sur cet axe.

Sur la figure 2.53 sont successivement tracés les diagrammes :

- de l'aire sectorielle co,, ;

- de la fonction f(s) ;

- de la fonction sectorielle y , = 0) - f(s) ;


(

- de la fonction y(s) de la section ;

le pôle et l'origine étant choisis en I, milieu du hourdis supérieur.

Pour déterminer la fonction f(s), on commence par établir et résoudre le système des
équations ( 1.20) :

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88 Poutres à parois minces

D'où le système :

56k- 1 2 ^ = 24

-12A.J + 5 6 ^ = 24

Sa solution est : k t = k-, = yy.

a) D i a g r a m m e de l'aire sectorielle C0j b) D i a g r a m m e de la fonction f(s)


de pôle et d'origine I (origine I)

c) D i a g r a m m e de la fonction sectorielle \]/] d) Diagramme de la fonction y(s)


de pôle et d'origine I

Fig. 2.53 - D i a g r a m m e s pour la détermination de la position du centre de flexion.

Il reste à calculer l'intégrale suivante :

L a position du centre de flexion est déterminée à l'aide de la formule ( 1 . 1 8 ) :

On constate, dans cet exemple, que le centre de cisaillement est à environ 30 c m en


dessous du centre d'inertie.

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PROBLEME N° 2.12 - Etude d'une section en bi-caisson


L a figure 2.54 représente la section droite d'une poutre en forme de bi-caisson avec
hourdis supérieur continu. En fonction des dimensions adoptées, les caractéristiques
mécaniques sont les suivantes :
2 4 4
S=10m v=l,05m v'=l,95m L = 15,975 m 1 = 261,33 m

Figure 2.54 - Définition géométrique de la section.

On d e m a n d e de déterminer le centre de flexion de la section par la méthode sectorielle.


C o m p t e tenu des symétries de la section, il est clair qu'il se trouve sur l'axe Gz.

SOLUTIONS
D a n s un but purement pédagogique, on détermine la fonction sectorielle pour une origine
des abscisses curvilignes qui n'est pas située sur l'axe de symétrie. Dans le cas présent,
nous prenons cette origine I à l'extrémité "droite" du hourdis supérieur ; les cellules sont
ouvertes en pratiquant des coupures au milieu de la portion de hourdis supérieur qui leur
appartient. Les cellules étant disjointes, le système des équations (1.20) est établi c o m m e
suit :

Du fait de l'absence de paroi commune entre les deux cellules, les deux équations du
système sont indépendantes :

56A., = 24 et 5 6 ^ = 24

ce qui donne : A., = X-j = ~ -

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a) D i a g r a m m e de l'aire sectorielle de pôle et d'origine I

b) Diagramme de la fonction f(s) (origine I)

c) D i a g r a m m e de la fonction sectorielle de pôle et d'origine I

d) D i a g r a m m e de la fonction y(s) de la section

Figure 2.55 - D i a g r a m m e s pour la détermination de la position du centre de flexion.

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Effort tranchant et torsion libre 91

Sur la figure 2.55, on a représenté successivement les diagrammes :

- de l'aire sectorielle eu, de pôle et d'origine I ;

- de la fonction f(s) ;

- de la fonction sectorielle v|/j = œ, - f(s) ;

- de la fonction y(s) du profil.

On calcule alors :

En application de la formule (1.23), il vient :

Dans le cas présent, le centre de flexion est situé à plus de 80 cm au-dessus du centre
d'inertie G.

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PROBLEME N° 2.13 - Etude dune section bi-cellulaire


O n considère une poutre constituée par un tube de rayon R et une paroi plane verticale
diamétrale (fig. 2.56). Toutes les parois sont de m ê m e épaisseur e, très petite devant R.

Fig. 2.56 - Définition géométrique de la section.

1 ) Déterminer le diagramme du flux de cisaillement dans les parois de cette section dû à


la c o m p o s a n t e V d'un effort tranchant tel que :
7

où I est le m o m e n t principal d'inertie d e la section, par rapport à l'axe Gy.


y

2) Calculer I puis donner l'expression de la contrainte de cisaillement maximale en


y

fonction de e, R et V . z

SOLUTIONS

7 ) Détermination des flux dans les parois


La section étant « hyperstatique », on ouvre chacune de ses cellules, par exemple au droit
de l'axe Gy. L e flux isostatique de cisaillement est donné par la formule (1.10) :

En paramétrant à l'aide de l'angle (p et en utilisant l'angle auxiliaire (fig. 2.57), on


obtient, dans la branche A B :

2
dS* = e R s i n y d y

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Fig. 2.57 - Paramétrage de la section.

2 2
D'où : S* = e R Jsinv|/d\)/ = e R ( l - c o s ( p ) .

Le m ê m e flux, en valeur absolue, se retrouve dans les branches B C , C D et DA.

Dans la branche B D , en paramétrant en z, on obtient :

Le diagramme du tlux de cisaillement est représenté sur la figure 2.58.

Fig. 2.58 - Sens des contraintes réelles de cisaillement.

On calcule alors les termes du système résolvant (1.12) :

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L e s flux inconnus X | et X sont tels que X = - Xj (par symétrie), de sorte que :


2 2

Le diagramme résultant du flux de cisaillement pour V / I = 1 est représenté sur la figure


z y

2.59.

Fig. 2.59 - Diagramme du flux de cisaillement total dû à V = I.


z

2) Détermination de I v

L e moment d'inertie I pour la seule partie circulaire vaut rceR . Le moment d'inertie total
y

vaut :

L a contrainte maximale de cisaillement est donc obtenue au milieu de la branche


verticale et vaut :

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PROBLEME N° 2.14 - Section réduite à l'effort tranchant d'un


caisson à parois minces
On considère la section droite d'une poutre-caisson, représentée sur la figure 2.60. Toutes
les parois ont même épaisseur e, faible devant les dimensions b et h du rectangle
représentant le contour moyen.

Fig. 2.60 - Définition géométrique de la section.

Calculer la section réduite à l'effort tranchant S \ de cette section. On posera b = a h et on


z

comparera S , à l'aire S de la section droite.


z

SOLUTIONS
Sous l'effet de la composante V de l'effort tranchant, les contraintes de cisaillement sont
z

nulles au droit de l'axe Gz. On peut donc calculer la section réduite S i à l'aide de la
z

formule (1.13) :

Le diagramme de S* s'établit de manière classique à partir des points de contrainte nulle.


Il est représenté sur la figure 2.61. On calcule alors les quantités suivantes :

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96 Poutres à parois minces

Fig. 2.61 - Diagramme du moment statique par rapport à Gy.

Posons b = h :

L'aire S de la section vaut : S = 2eh(l + a ) . On forme alors le rapport :

L o r s q u e varie de 0 à l'infini, ce rapport décroît de 5/6 à 0. L'allure de cette fonction est


représentée sur la figure 2.62.

Fig. 2.62 - Fonction représentative du rapport S / S .


l z

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PROBLEME N° 2.15 - Torsion dans un bi-caisson dissymétrique


Calculer le flux de cisaillement parcourant la section en bi-caisson de la figure 2.63
(largeurs des caisssons a et ka), sous l'effet d'un couple de torsion T, puis le moment
d'inertie de torsion de la dite section. Application numérique : k = 0 ; k = 1.

Fig. 2.63 - Définition géométrique de la section.

SOLUTIONS
L e problème est résolu à l'aide des formules (1.30) et (1.32).

A, = a A 2 = ka

Le système des X s'écrit:

4A. i - À.? = 2ae


-X, + 2(\ + k)X 7 = 2kae

La solution de ce système est :

On en déduit :

Les flux de cisaillement dans les cellules ont pour expression (formule 1.31) :

Le flux de cisaillement dans la paroi commune vaut :

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C e flux est supposé appartenir à la cellule n° 1.

Pour

Tout se passe c o m m e si l'on était en présence d'une seule cellule carrée de côté a,
possédant trois côtés d'épaisseur e et un côté d'épaisseur 2e.

ESS
Tout se passe maintenant comme si l'on était en présence d'une section unicellulaire
rectangulaire de dimensions a et 2a (la paroi c o m m u n e n'intervenant pas).

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PROBLEME N° 2.16 - Torsion dans une poutre bi-cellulaire


Déterminer le flux de cisaillement et le m o m e n t d'inertie de torsion d'une section d e
poutre constituée de deux tubes circulaires fixés l'un à l'autre par une paroi diamétrale
c o m m e représenté sur la figure 2.64. Toutes les parois ont la même épaisseur e, petite
devant les rayons R , et R . 2

Fig. 2.64 - Définition géométrique de la section.

SOLUTIONS
La résolution du problème suit la méthode rappelée au §. 1.12.

Le système résolvant est :

2 2
[7t(R, + R ) + 2 ( R , - R ) ] A , , - 2 ( R , - R ) X .
2 2 2 2 -7tR A.
2 3 = 7te(R -R )
2
- 2 ( R , - R ) A . | +[7i(R, + R ) + 2(R, - R ) ] l
2 2 2 2 -TIR A, 2 3 = 7te(R -RJ)

-7tR À! -7tR X
2 2 2 + 2 T C R X = 27reR
2 3 2

On constate facilement que À.i = X . Le système se réduit donc à : 2

J(R, + R )A., - R A .
2 2 3 =e(R - R ^ )2

[-A., + À. 3 =eR 2

D'où :

À.,=A. =eRj 2 et A. =e(R,+R )


3 2

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100 Poutres à parois minces

O n calcule alors :
3 3
K = 2IA. Ai i =27te(R +R )

O n constate que les parois de liaison n'interviennent pas. En effet K=Kj+K 2 ,

3
= 2 r c e R et, de même : K 2 = 2rceR .
2

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Chapitre 3

Flexion transversale des poutres à parois minces

PROBLEME N° 3.1 - Flexion transversale d'une poutre à section


ouverte
La figure 3.1 représente la section transversale idéalisée d ' u n pont-canal. D a n s le but de
simplifier au maximum les calcul et les expressions littérales, on suppose que cette
section est celle d ' u n e poutre à parois minces d'épaisseur constante e.

Fig. 3.1 - Définition de la section.

1 ) Déterminer, pour cette section :

- la position du centre d'inertie G,

- le moment d'inertie (principal) iQy.

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2) U n effort tranchant V z provoque un flux de cisaillement <t> = —S v avec les

notations et les conventions du §.1.4. Determiner et tracer le diagramme de et

indiquer le sens des contraintes réelles dans les différentes parois.

3) O n suppose la poutre remplie d'eau (masse volumique p) sur toute la hauteur (notée a)
de la section et on considère une tranche de poutre de longueur unité. On néglige le
poids propre de la structure ; le poids du volume d'eau contenu dans la tranche
2
considérée est égal à p g a (g = accélération de la pesanteur) ; il correspond à l'effort
tranchant différentiel entre les deux faces de la tranche.

3.1) A p r è s avoir effectué le bilan d e s efforts appliqués, déterminer et tracer le diagramme


du m o m e n t de flexion transversale dans la tranche de poutre considérée.

3.2) En appelant E l la rigidité de flexion transversale de la tranche considérée et en


négligeant les déformations d'effort tranchant devant celles de flexion, calculer
l'ouverture de la section (au droit des points A et D).

3.3) R é p o n d r e aux m ê m e s questions a) et b) en considérant une tranche isolée de poutre


de longueur unité, remplie d'eau c o m m e précédemment, simplement appuyée en B et C.

SOLUTIONS

1) Détermination du centre d'inertie et du moment d'inertie (principal)


iGy
Pour le calcul des caractéristiques géométriques de la section en question, tout se passe
c o m m e si elle était " fermée ", c'est-à-dire c o m m e si elle était un carré de côté a. Le
centre d'inertie G est donc à mi-distance des fibres extrêmes et on calcule aisément :

2) Détermination de

Le d i a g r a m m e de —— se determine en partant d'une extrémité libre ( h g . 3.2).

Pour les parois 1 à 3, les expressions du moment statique sont :

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Flexion transversale 103

• Paroi n° 1 : S ,

• Paroi n° 2 :

• Paroi n° 3 :

Fig. 3.2 - Numérotation des parois et coordonnées locales.

Le diagramme du flux de cisaillement pour V = 1 est représenté sur la figure 3.3. Les
z

flèches indiquent le sens réel des contraintes.

Fig. 3.3 - Flux de cisaillement et sens des contraintes dus à l'effort tranchant V = 1.
z

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104 Poutres à parois minces

3) Etude de la poutre remplie d'eau


3.1) Bilan des efforts appliqués

Les efforts appliqués à l'élément de poutre sont dus à la pression de l'eau et au flux de
cisaillement dû à l'effort tranchant différentiel, régnant dans les différentes parois.
L'effort tranchant différentiel vaut V = pga". La résultante du flux de cisaillement dans
7

les divers éléments de parois a pour expression :

, . , 1 a 3 2 3 2
• parties latérales : — x — x — x p g a
F K
=—pga
2 2 8a 32

• a m c s verticales : ( a x — + — x a x )pga =—pga (résultat evident)

• m e m b r u r e inférieure : 0

La figure 3.4 représente l'ensemble des efforts à considérer pour l'étude de la flexion
transversale.

p g a (pression due a 1 eau)

Fig. 3.4 - Bilan des efforts appliqués.

Le m o m e n t fléchissant transversal est compté positivement lorsqu'il tend la fibre


« intérieure » de la section. Il est représenté sur la figure 3.5.

Fig. 3.5 - M o m e n t s de flexion transversale.

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Flexion transversale 105

Les expressions analytiques dans les différentes parois sont les suivantes :

3.2) Calcul de « l'ouverture » de la section

Pour calculer « l'ouverture » de la section on applique en A et D deux forces réciproques


unités, puis on calcule l'intégrale de M o h r du diagramme unité avec le diagramme du
moment fléchissant.

Fig. 3.6 - M o m e n t s dus à un effort unité.

On en déduit, tous calculs faits (fig. 3.6) :

3.3) Diagrammes

Si l'on considère une tranche de poutre sur deux appuis simples, le diagramme du
moment fléchissant ne résulte que de la pression hydrostatique (absence de flux de
cisaillement dans les parois).

Fig. 3.7 - Moment de flexion transversale pour la section sur appuis simples.

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106 Poutres à parois minces

On établit les expressions suivantes :

Le nouveau m o m e n t de flexion transversale est représenté sur la figure 3.7.

L'ouverture de la section se calcule de la m ê m e manière que précédemment :

Note : ce calcul montre l'erreur commise si l'on étudie la flexion transversale d ' u n e
poutre à parois minces «en o u b l i a n t » de tenir compte des cisaillements d'effort
tranchant. D a n s le cas examiné, du fait de la présence des encorbellements latéraux,
l'ouverture effective de la section est plus du double de celle calculée avec une
tranche de poutre sur deux appuis simples.

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Flexion transversale 107

PROBLEME N° 3.2 - Flexion transversale d'une section fermée


On considère une poutre droite (fig. 3.8) que l'on peut supposer simplement appuyée,
vis-à-vis de la flexion longitudinale, en ses deux extrémités (mais les liaisons sont sans
importance dans ce problème, dans la mesure où l'on ne s'intéresse pas aux questions de
torsion non uniforme ou gênée). Cette poutre est un tube à parois minces (épaisseur e
constante) et à fibres parallèles, dont la section droite, suffisamment raidie
transversalement, pour pouvoir être considérée indéformable, est assimilable à un carré
de côté a (l'épaisseur e restant faible devant a).

Densité uniforme de c h a r g e q

Fig. 3.8 - Perspective générale de la poutre.

La poutre est supposée soumise à une densité uniforme longitudinale de charge, notée q,
située à une distance transversale r| de l'axe Gz de la section. On isole la tranche de
poutre comprise entre les sections d'abscisses x et x + dx (fig. 3.9).

Fig. 3.9 - Efforts appliqués à l'élément de poutre étudié.

1) Cette tranche, soumise à la charge qdx, est en équilibre sous l'action de contraintes
tangentes, dues à l'effort tranchant et au couple de torsion différentiels, affectant les
sections droites qui la délimitent. Après avoir précisé les sollicitations différentielles

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108 Poutres à parois minces

auxquelles d o n n e naissance la charge appliquée, déterminer le diagramme résultant du


flux de cisaillement assurant l'équilibre de la tranche de poutre considérée.

2 ) O n s u p p o s e maintenant que la tranche de poutre considérée est de longueur unité


(dx = 1) et q u e r| = a/2. Déterminer le diagramme des moments de flexion transversale
dont elle est le siège. Pour résoudre le problème, on admet, selon l'usage, de négliger les
déformations d'effort normal et d'effort tranchant devant celles de flexion.

3) Calculer la variation de longueur A des diagonales de la section due à cette flexion


transversale, en fonction de q, a, e et du module d'Young E du matériau. Dessiner l'allure
de la déformée du tube indépendamment du déplacement réel de son centre d'inertie.

SOLUTIONS

1 ) Détermination du flux de cisaillement


L'équilibre de la tranche de caisson conduit à :

V - qdx - V - d V = 0 =>

T-T-dT-qr|dx = 0 =>

A p p e l o n s <p et <p les flux de cisaillement dus à V = 1 et T = 1 dans une section droite
v T

quelconque. Tout se passe comme si la tranche de caisson était en équilibre sous l'effet
de qdx et des flux de cisaillement appliqués dans la section d'abscisse x+dx, dus à dV et
dT.

Le flux de cisaillement différentiel vaut :

<p dV + <p dT = -q((p~v + T ) c p ) d x


v T T

D é t e r m i n o n s les d i a g r a m m e s de <p v et l p .
T

1.1) Diagramme de <p T

Le flux de cisaillement dû à T = l s'écrit (fig. 3 . 1 0 ) :

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Flexion transversale 109

Fig. 3.10 - Flux de cisaillement dû à la torsion.

1.2) Diagramme de ( p v

C o m p t e tenu de la symétrie de la section et de son chargement, le flux de cisaillement est


nul au droit de l'axe Gz. Sa détermination est conduite de la même manière que pour une
section ouverte (fig. 3.11) :

avec

Pour les branches 1 et 2, les expressions du m o m e n t statique sont :

• Branche 1

• Branche 2 :

Le diagramme du flux de cisaillement est représenté sur la figure 3.12.

Fig. 3 . 1 1 - Méthode de calcul du moment Fig. 3 . 1 2 - Flux de cisaillement dû à l'effort


statique. tranchant < p .
v

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110 Poutres à parois minces

Le d i a g r a m m e (établi avec dx = 1) du flux de cisaillement total dû à l'effort tranchant et


au couple de torsion différentiels (pour dx = 1 ) est représenté sur la figure 3.13.

Fig. 3.13 - Flux de cisaillement total (dx = 1).

2) Détermination des moments deflexion transversale

Avec dx = 1 et r| = a/2, le diagramme de la figure 3.13 se transforme (fig. 3.14).

Fig. 3.14 - Flux de cisaillement total pour t | = a/2.

En particulier, les efforts résultants dans les âmes sont :

Pour effectuer le calcul de flexion transversale, on « ouvre » le cadre, qui est trois fois
hyperstatique, par exemple au milieu de sa membrure supérieure. Les diagrammes de
m o m e n t s unitaires et isostatiques sont données sur la figure 3.15.

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Flexion transversale 111

Fig. 3.15 - Diagrammes de moments unitaires et isostatique.

Les forces dans les différentes parois du caisson sont obtenues par réintégration des flux
de cisaillement. On calcule :

Dans ces expressions, I est le moment d'inertie de flexion transversale (sous l'hypothèse

de parois non suffisamment raidies : I = — ). En réalité, une épaisseur e très faible ne

peut garantir à elle seule l'indéformabilité de la section.

Le système résolvant est :

D'où

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1 1 2 Poutres à parois minces

O n en déduit le d i a g r a m m e du moment fléchissant de flexion transversale (fig. 3.16).

Fig. 3.16 - Moment de flexion transversale.

3) Détermination de la variation A

Pour calculer la variation de longueur des diagonales, on applique deux efforts opposés
égaux à l'unité suivant l'une des diagonales dans le système isostatique de référence. On
obtient le d i a g r a m m e de la figure 3.17.

Fig. 3.17 - Système d'efforts unités. Fig. 3.18 - Allure de la déformée de la


section droite du tube.

On en déduit :

pour

L a déformée du tube, représentée sur la figure 3.18, est établie en supposant fixe, l'arête
supérieure « gauche » du caisson.

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Flexion transversale 113

PROBLEME N° 3.3 - Flexion transversale d'une poutre-caisson


L'objet de ce problème est d'étudier la flexion transversale d ' u n e poutre-caisson,
constituant le tablier d'un pont en béton précontraint, par la méthode des déplacements
(méthode des rotations) et d'examiner l'influence de divers modèles.

On considère une tranche de caisson de longueur unité comme un cadre soumis à des
charges linéairement réparties et aux cisaillements équilibrant ces charges. Pour un
caisson symétrique à deux âmes, le schéma statique équivalent correspond à deux appuis
placés sous la ligne moyenne des âmes (fig. 3.19).

B = 7,60
b = 5,80
h = 5,13
e = 0,25
s

ei = 0,50
ea=0,45

Fig. 3.19 - Définition de la section transversale (les dimensions sont exprimées en m).

On considère des charges sur le hourdis supérieur, disposées symétriquement par rapport
à l'axe vertical du caisson. D a n s la structure à noeuds bloqués, ces charges induisent des
couples Mo et -Mo appliqués aux noeuds 1 et 2.

1 ) Modélisation par barres de section constante

Le caisson est modélisé par un cadre formé avec des barres de section constante liées aux
noeuds 1,2,3,4 appartenant aux lignes moyennes des parties courantes (donc sans tenir
compte des goussets de raccordement des différentes parois). On appelle respectivement
I , Ij et I les moments d'inertie de flexion transversale du hourdis supérieur, du
s a

hourdis inférieur et des âmes pour la portion de caisson considérée.

1.1) C o m p t e tenu de la symétrie du chargement, établir le système linéaire permettant de


calculer les angles de rotation (ù\ et C03 des noeuds 1 et 3 en fonction de Mo et des
caractéristiques géométriques de la section.

1.2) Résoudre numériquement ce système en donnant aux barres l'épaisseur de leur


partie courante, à savoir :

- barre 1 -2 : 0,25 m

- barre 1 -3 : 0,45 m

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114 Poutres à parois minces

- barre 3-4 : 0,50 m

O n adoptera un m o d u l e de béton égal à E = 40 0 0 0 MPa.

1.3) En déduire la valeur numérique des moments nodaux en fonction de M . 0

2) Prise en considération des assemblages (congés ou goussets au voisinage des noeuds)

Les barres se rejoignent au droit de blocs de dimension finie, constituant des ensembles
rigides.

2.1) Etablir l'expression de la matrice d e rigidité réduite, c'est-à-dire la relation entre les

vecteurs
"M "0

et
A," (moments - rotations), pour une barre de longueur L flanquée de
M,
d e u x blocs rigides identiques de longueur « a » c o m m e représenté sur la figure 3.20.

Fig. 3.20 - Modélisation des hourdis.

O n exprimera les termes de cette matrice en fonction du rapport — et du paramètre

*. = - . On rappelle que, selon l'usage, on néglige les déformations d'effort tranchant

devant celles de flexion.

2.2) Pour ne pas trop compliquer les calculs, on néglige la présence des goussets et on
définit n u m é r i q u e m e n t la géométrie des noeuds rigides c o m m e indiqué sur la figure 3.21.

Fig. 3.21 - Modélisation des goussets.

Afin d'exploiter les résultats de la question 2.1 qui établit les formules pour une poutre
symétrique, les noeuds 1 et 2 sont supposés placés à 0,25 m de l'arase supérieure du

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Flexion transversale 115

tablier. Les noeuds 3 et 4 sont situés à l'intersection des lignes médianes du hourdis
inférieur et des âmes. Les blocs rigides sont représentés en grisé sur la figure 3.21.

Calculer les rotations des noeuds en fonction de Mq.

2.3) Calculer numériquement les moments nodaux et comparer ces nouvelles valeurs à
celles établies à la première question.

Note : Pour traiter le problème complètement, il conviendrait d ' e x a m i n e r l'influence


des goussets en introduisant, entre les blocs rigides et les barres en section courante,
des éléments d'inertie variable. Mais le calcul est un peu fastidieux ; il montre
néanmoins que l'influence de la modélisation se fait surtout sentir à l'enracinement
du hourdis inférieur sur les âmes.

C e problème a pour but de montrer, de façon plus générale, la variabilité des


résultats d ' u n calcul en fonction de la précision du modèle adopté. L'art de
l'ingénieur tient plus à son sens de la modélisation, sens qui ne peut s'acquérir
q u ' a v e c l'expérience, q u ' à son aptitude à faire des calculs compliqués.

SOLUTIONS

/) Modélisation au moyen de barres de section constante

1.1) Angles de rotation û)/ et ÛJ? des noeuds 1 et 3

Les relations issues de la méthode des rotations (méthode des déplacements) sont les
suivantes :

Or, compte tenu de la symétrie du chargement, 0 ) = - c o et co-, = -coi . Il vient :


4 3

1.2) Application numérique

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116 Poutres à parois m i n c e s

A v e c ces valeurs, le système s'écrit numériquement :

247(0, + 116,6ro = M 3 0

116,6co, + 3 7 7 c o 2 =0

O n en d é d u i t :

3 3
œ, = 4 , 7 4 . 1 0 M 0 co, =-0,3\.a 1 =-1,47.10" M 0 (co en rd, M 0 en M N m )

13) Calcul des moments nodaux

2) Prise en compte des assemblages


2.1) Matrice de rigidité réduite

Il existe d e n o m b r e u s e s méthodes p o u r établir l'expression de la matrice de rigidité


d e m a n d é e . On peut le faire, par exemple, en calculant la matrice-transfert T de

l ' e n s e m b l e de la barre en fonction de X = -jj (ce n'est pas la méthode manuelle la plus

rapide, mais elle peut constituer une m é t h o d e numérique systématique) :

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Flexion transversale 117

En exprimant que Z \ = z = 0 et en sachant que le moment nodal M est égal et opposé


0 0

au moment fléchissant au m ê m e nœud, tandis que le moment nodal M j représente le


moment fléchissant à l'extrémité avec les conventions de signe habituelles de la méthode
des déplacements, on déduit :

En éliminant VQ, on obtient le système suivant :

D'où

soit, sous forme matricielle

M10 EI 40 + 3A. + 3A ) 2
2(1 + 6A. + 6A, ) 2
[COQ

M,J L 2(1 + 6A. + 6A. ) 4(1 + 3A. 2


+ 3A. ) |U),

2.2) Calcul des rotations des noeuds en fonction de M 0

D a n s la structure donnée, compte tenu de la symétrie du chargement, on peut écrire :

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118 Poutres à parois minces

avec h ' = h - 2 a . , et X^ = —

N u m é r i q u e m e n t , cela d o n n e :

2
l + 3A, +3X.
a a = 1,168

\ + 6X. + 6X1 = 1,336


d

L e système résolvant s'écrit :

311,489m,+ 169,806co = M 3 0

169,806to, + 452,873co 3 =0

4
O n en d é d u i t : co, = 40,352.1 O^MQ co = - 0 , 3 7 5 ( 0 , = - 1 5 , ! 3 0 . 1 0 " M
3 0

2.3) Moments nodaux

L e s m o m e n t s nodaux sont :

M, 2 = 0,059M 0 M, 3 = 0,941M 0 M 3 4 = -0,236M„

et correspondent à des écarts respectifs, par rapport aux valeurs calculées en 1.3, de
9 , 2 % ; 0 , 6 % ; 12%.

On constate q u e l'influence de la modélisation est surtout sensible à la liaison â m e s -


hourdis inférieur.

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Flexion transversale 119

PROBLEME N°3.4 - Flexion transversale d'un tube à moitié rempli


d'eau
Dans ce problème, on étudie la flexion transversale d ' u n e poutre-console tubulaire à
moitié remplie d ' u n liquide de poids volumique 7 . Le système est représenté sur la
W

figure 3.22 : la poutre, à fibres parallèles, a une section droite circulaire de rayon moyen
R et d'épaisseur e très petite devant R.

Liquide

Fig. 3.22 - Définition de la poutre étudiée.

On considère la tranche comprise entre les abscisses x et x+dx avec dx = 1 : elle est
assimilable à un anneau que l'on paramètre à l'aide de l'angle <p compté, à partir de l'axe
vertical Oz, dans le sens trigonométrique positif (le repère spatial Oxyz est supposé
orthonormé direct, Ox étant porté par l'axe de la poutre). Le point courant est noté P
(fig. 3.23). Le poids de liquide contenu dans cette tranche est équilibré par la résultante
des cisaillements dus à l'effort tranchant différentiel entre les deux sections qui
délimitent la dite tranche.

1) Donner l'expression du flux de cisaillement (différentiel) correspondant à l'effort


tranchant différentiel en question, en fonction de 7 , R et (p.
W

2) D a n s le cadre d'un calcul de la section à l'aide de la méthode des forces, donner les
expressions du m o m e n t « isostatique » de flexion transversale engendré au point courant
par le flux de cisaillement dû à l'effort tranchant différentiel et par la pression du liquide
sur la paroi intérieure du tube dont on cherchera préalablement l'expression p(q>) pour

- < ( p < r c (puisque p(cp) = 0 pour 0 < <p < — ).

3) Calculer alors les termes EIS, j et EIÔ2,i des équations canoniques de la méthode
S 0 SO

des forces avec le moment « isostatique » total appliqué à la section rendue ouverte,
c'est-à-dire le moment dû aux cisaillements d'effort tranchant différentiel et à la pression
du liquide. En déduire le moment total de flexion transversale.

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4) Application numérique : calculer la contrainte normale maximale de flexion


3
transversale au point A pour R = 0,5 m, 7 = 10 k N / m et e = 10 m m .
W

Fig. 3.23 - Définition de la section transversale de la poutre.

SOLUTIONS

/ ) Détermination du flux de cisaillement


L e poids de liquide contenu dans une tranche de poutre de longueur unité a pour
expression :

C e poids correspond à l'effort tranchant différentiel entre les sections délimitant la


tranche. C o m m e n ç o n s par déterminer le flux de cisaillement engendré par un effort
tranchant V porté par l'axe Oz.
z

Le flux d e cisaillement <I> induit en P p a r l'effort tranchant V est nul en A. Il peut donc
z

être évalué, c o m m e dans le cas d'une section ouverte, par la formule :

En calculant S* à partir de A et en utilisant l'angle auxiliaire M/ (fig. 3.24), on établit :

D'où :

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Flexion transversale 121

Fig. 3.24 - Notations.

Le sens des contraintes est précisé sur la figure 3.25.

Fig. 3.25 - Flux de cisaillement dû à l'effort tranchant V .


z

En revenant au problème qui nous concerne, V, = — y„nR , d'où :

2) Détermination du moment isostatique deflexion transversale


Calculons, dans un premier temps, le moment de flexion transversale engendré par le
flux de cisaillement d'effort tranchant. Ce flux étant nul sur l'axe Oz, on peut calculer ce
moment c o m m e si la section était ouverte.

En employant l'angle auxiliaire v|/ (point intermédiaire M), le moment, au point courant P,
du flux de cisaillement parcourant l'arc A P est égal à (fig. 3.26) :

dM =-|<D|dsA
v A = R(l-cos(cp-\|/))

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122 Poutres à parois minces

Fig. 3.26 - Notations : A= H M , où H est la projection de P sur O M .

O n en déduit, pour 0 < cp < n

L a convention de signe adoptée est celle d ' u n moment positif lorsqu'il tend la fibre
intérieure de la section. C o m p t e tenu de l'expression de V : z

E n se référant aux notations de la figure 3.27, la pression du liquide sur la paroi

intérieure du tube a pour expression p(\|/) = y w R sin y . Or \|/ = c p - ^ - . Donc, pour

n
— < <p< 71 :

R c o s
P(<P) = - Y w <P

Calculons maintenant le moment isostatique de flexion transversale dû à la pression du


liquide. En utilisant toujours l'angle auxiliaire \\i de la figure 3.27, on établit :

9 TC T.
d M ( c p ) = R p(\|/)sin(<p- — -\|/)d\|/ = - y R "
w w sin\|/.cos((p-y)dy

SIN
= - ^ yw ( R 3 c o s
<P + (<P " Y) 9)

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Flexion transversale 123

hig. 5 . 1 1 - Notations.

Cette expression n'est valable que pour — < <p < n .

Le m o m e n t isostatique total a pour expression :

3) Détermination des termes Elô; et EIô j 2 S0

On peut maintenant calculer les termes E l ô , l s o et EI§2 j . s o

3.1 ) Contribution du moment My

3.2) Contribution de M K

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1 2 4 Poutres à parois minces

3.3) Total

O n en déduit :

ainsi que l'expression du m o m e n t total en application de la formule (1.50) :

4) Application numérique
3
P o u r R = 0,5 m, y w = 1 OkN/m , e = 10 m m :

En A, le m o m e n t vaut X2, soit - 0,0854 k N m ;


3
A v e c I = e / 1 2 et v = v' = e/2, la contrainte maximale de flexion transversale vaut :

On constate que cette contrainte est loin d'être négligeable.

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Flexion transversale 125

PROBLEME N° 3.5 - Flexion transversale d'une cheminée


cylindrique
On considère une cheminée cylindrique assimilable à une poutre-console de section
circulaire, encastrée à sa base (fig. 3.28).

Pression
P(<P)

V u e d'ensemble de la cheminée. Pression (radiale) dans une section.

Fig. 3.28 - Cheminée cylindrique.

Cette cheminée est soumise à un système de pressions radiales possédant le plan O x z


c o m m e plan de symétrie. La section transversale est assimilable à un anneau de rayon
moyen R et d'épaisseur e, petite devant R. Le point P, point courant de cet anneau, est
repéré par l'angle <p (fig. 3.29). La pression radiale, notée p(tp), est comptée positivement
vers l'extérieur de l'anneau et elle vérifie : p(<p) = p(- cp).

Fig. 3.29 - Notations.

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126 Poutres à parois minces

1 ) Questions préliminaires

On développe la fonction p((p) en série de cosinus :

p(cp) = Po + P i coscp + p c o s 2 ( p + . . . . + p cosnq>+....


2 n

Chaque terme de ce développement est calculable par la formule :

On considère un anneau circulaire de rayon R et de rigidité de flexion El, soumis à la


pression répartie p((p). On lève son indétermination statique à l'aide de la méthode des
forces en le sectionnant au point A , sommet de l'anneau. Pour chaque terme du
développement en série précédemment introduit :

1.1) calculer le moment M (<p) dû à la pression p(<p), que l'on compte positivement
iso

lorsque ce moment tend la fibre intérieure de l'anneau ;

1.2) en déduire les expressions correspondantes de E I 6 I J et E I 5 2 J , puis celles des


S0 S0

inconnues hyperstatiques Xj et X en utilisant directement les formules (1.49) ;


2

1.3) calculer le moment fléchissant total dans l'anneau ;

1.4) calculer l'effort normal concomitant (compté positivement en traction), après avoir
établi une relation simple entre Mj (ip) et Nj ((p).
so so

Pour le calcul des inconnues hyperstatiques, on néglige, selon l'usage, les déformations
d'effort tranchant et d'effort normal devant celles de flexion.

2) En revenant à la cheminée de la figure 3.28, montrer que la résultante des pressions


(suivant l'axe Oz) n'est fonction que du terme pj du développement en série de cosinus.
On appellera F la densité linéaire de charge correspondant à cette résultante.

3) On considère une tranche de cheminée de longueur dx = 1. Elle est donc soumise à un


effort tranchant différentiel égal à Fdx = F. Montrer que le moment de flexion
transversale induit par le flux de cisaillement dû à l'effort tranchant différentiel, entre les
sections délimitant la tranche considérée, équilibre exactement le moment de flexion
transversale induit par le terme pj.coscp du développement en série.

En déduire le développement en série du moment de flexion transversale et de l'effort


normal concomitant.

4) L'action du vent sur une cheminée est représentée par une pression p((p) (avec les
notations de la figure 3.28) qui est une fonction symétrique de l'angle d'incidence (p. Elle
est liée à une grandeur à caractère relativement conventionnel appelée pression
1 n
dynamique : p ^ = —pV . p étant la masse volumique de l'air et V sa vitesse. On peut

donc écrire, de manière générale, p((p) = Pd f(<p) avec f(- (p) = f(cp). Sur l'intervalle
vn

71 71
< (p < — , on peut représenter la pression appliquée par le vent sur la construction

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Flexion transversale 127

par la formule approchée p(cp) = - P t j y n c o s — . C'est la partie la mieux c o n n u e de p(tp).

Au-delà, la dépression dépend de la rugosité de la paroi.

Développer la fonction p(<p) en série de cosinus :

Calculer numériquement, en utilisant les termes du développement en série jusqu'au


6ème rang, le moment de flexion transversale et l'effort normal concomitant au point A,
en fonction d e p d et R.
y n

SOLUTIONS

/ ) Calcul des moments


I.I ) Moment fléchissant « isostatique »

En utilisant l'angle auxiliaire i|/ tel q u e défini sur la figure 3.30, le moment fléchissant
« isostatique » est le suivant :
<p
2
M (<p) = R J p ( i ) / ) s i n ( 9 - v | / ) d y
1S0

o
<p
2
Pour le terme de rang n, p(i|/) = p n cosni|/ et M i s o (tp)= p R
n Jcosnysin(<p-i|/)di|/.
o

Fig. 3.30 - Notations.

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128 Poutres à parois minces

Pour n = 0 :

2 2
M ( i p ) = p R Jsin(cp - V|/)a> = p R (1 - cosip).
iso 0 0

Pour n = 1 :

Tous ces résultats sont rassemblés dans le tableau 3.1.

n M i s o

0 2
p R (l-coscp)
0

1
— P|R cpsincp

>1 1 2
p R n (cos(p - cos ncp)
2
n -1
Tableau 3.1

1.2) Inconnues hyperstatiques Xj et X 2

En utilisant les formules (1.48) et (1.49), on calcule les inconnues hyperstatiques. Les
résultats sont rassemblés dans le tableau 3.2.

Tableau 3.2

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Flexion transversale 129

1.3) Moment fléchissant total dans l'anneau

Finalement, le moment fléchissant total dans l'anneau est calculé à l'aide de la relation :
M(<p) = M 1 S 0 + X , R( 1 - cos <p) + X 2

Le résultat du calcul est donné dans le tableau 3.3.

n M((p)

0 0
1 1 9
— p i R ~ (2 - cos (p - 2cp sin (p)
4
>1
z p R n cosncp
2
n -1
Tableau 3.3
1.4) Effort normal concomitant

En se reportant à la figure 3.30, on voit facilement que :

L'effort normal est compté positivement en traction.


Dans les diagrammes d'efforts unitaires de la figure 3.21, l'effort normal vaut :
ni(cp) = - coscp dans le premier cas, et n2(tp) = 0 dans le second.
Une fois levée l'indétermination statique de l'anneau, on peut calculer l'effort normal total
(iso + hyper) :

Le résultat du calcul pour les différents termes du développement en série est fourni dans
le tableau 3.4.

n N(q»

0 PoR
1
~ p j R(cos (p + 2q> sin cp)

>1
^ — p R c o s n<p
n
2
n -1
Tableau 3.4

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130 Poutres à parois minces

2) Résultante des pressions


La résultante, par unité de longueur suivant Ox, des pressions appliquées à la cheminée
vaut :

F = 2 R [p(cp)cos(pdcp = 2 R V p n [coscpcosncpdcp = 7tRp,

car, p o u r n > l , [coscpcosncpdcp = 0 .

On constate ainsi q u e le terme p ne donne que de l'effort normal dans la paroi de la


0

c h e m i n é e , puisque le m o m e n t M((p) correspondant est nul, et que le terme p , est le seul à


e n g e n d r e r un effort tranchant.

N o t e : tous les autres termes sont auto-équilibrés. Ils n'interfèrent donc pas d a n s le
calcul des contraintes selon la théorie classique des poutres. Cependant, ils peuvent
interférer dans la région voisine des sections d'appui.

3) Moments de flexion transversale


L'effort tranchant différentiel entre deux sections distantes de dx = 1 a pour expression :

En se reportant à la solution du p r o b l è m e n° 3.4, le flux de cisaillement lié à l'effort


tranchant différentiel F est (fig. 3.31) :

0 = p , sin cp

Fig. 3.31 - Flux de cisaillement d û à l'effort tranchant différentiel sur une portion de
poutre de longueur dx = 1.

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Flexion transversale 131

On peut alors calculer la flexion transversale d ' u n e section droite sous l'effet des actions
extérieures (pression radiale) et des cisaillements d'effort tranchant. En se reportant à la
solution du problème n° 3.4, le moment « isostatique » dû au flux de cisaillement O a
pour expression :

Par ailleurs, le moment isostatique dû au terme pjcostp a déjà été calculé (tableau 3.1) :

D'où le moment isostatique total :

M 2
iso = PiR (l-cos<p)

En se reportant aux résultats des tableaux 3.1 et 3.3, on voit que le moment fléchissant
total associé à ce moment isostatique est nul. Le terme (picoscp) ne donne donc aucun
moment transversal ; seul règne un effort normal d'expression (-pjRcosqj).

Chacun des autres termes (en dehors de p ) donne dans le profil annulaire une flexion
0

transversale de somme :

et un effort normal de s o m m e :

4) Moment de flexion transversale, effort normal concomitant au point A

Pour on calcule les différents termes du développement en série d e

Fourier :

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1 3 2 Poutres à parois m i n c e s

Or:

sin(n + —)TC = cosnTC = ( - ! ) " sin(n )rc = - c o s n n = - ( - ! ) "

D'où :

En particulier :
fO = - 0,25465
fi =0,30315
f2 = - 0,70736
f3 = - 0,57875
f4 = 0,16324
f5 = - 0,08488
f6 = 0,0535

En A, n o u s avons :

N o t e : Déformation de la section transversale

O n note w le déplacement radial du point courant compté positivement vers


l'extérieur, de la forme w cosn(p. La courbure locale d ' u n e coque de rayon R peut
n

s'écrire :

En effet, dans un déplacement w, la courbure diminue de la valeur :

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Flexion transversale 133

M étant compté positivement lorsque la fibre intérieure est tendue, et en appelant i


3
e
le m o m e n t d'inertie de l'épaisseur de l'anneau ( i = ), il vient :
2
12(l-v )

soit :

On en déduit :

On voit q u e M(<p) et w convergent très rapidement lorsque n augmente. Considérons


l'exemple d ' u n e cheminée telle que R = 6 m, e = 0,30 m, P d = 1,5 kPa, E = 3 0 0 0 0
yn

MPa, v = 0. En cp = 0, et en prenant les deux premiers termes du développement,

Si l'on applique la théorie classique des poutres à un cylindre de grand diamètre, ou


à un réfrigérant à tirage naturel soumis au vent, un rayon sept fois plus important,
2
par exemple, donnerait une valeur de w multipliée par 4 9 , soit w = 6 m ! Ceci
montre l'intérêt de comprendre le fonctionnement de la résistance au vent de ces
grandes structures.

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Flexion transversale 135

PROBLEME N° 3.6 - Ovalisation d'un arc à section tubulaire


On considère un arc en forme de poutre à section tubulaire de rayon R et d'épaisseur e.
On note R' le rayon local de l'arc et on appelle M le moment de flexion générale dans la
section courante de cet arc. On suppose que e « R « R'.

1 ) Donner l'expression des contraintes normales apparaissant dans la section courante de


l'arc sous l'effet du moment fléchissant M , en fonction de M , e, R et de l'angle tp
paramétrant la section droite c o m m e indiqué sur la figure 3.32.

Fig. 3.32 - Paramétrage de la section transversale.

2) Du fait de la courbure de l'arc, les contraintes normales donnent naissance à des


poussées au vide. Donner l'expression de la densité de charges appliquée à la
« génératrice » de la poutre tubulaire repérée par l'angle cp.

3) Calculer le moment de flexion transversale (moment d'ovalisation) dû à ces poussées


au vide.

SOLUTIONS

/) Contraintes normales

Le moment d'inertie de la section tubulaire vaut TceR ; sous l'effet du moment


fléchissant M , des contraintes normales prennent naissance, d'intensité :

Ces contraintes sont comptées positivement en compression pour un m o m e n t fléchissant


positif qui tend la fibre inférieure de l'arc.

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136 Poutres à parois minces

2) Densité de charges appliquée à la « génératrice » de la poutre


tubulaire

Si on isole par la pensée une petite bande de largeur Rdcp le long de la « génératrice »
repérée par l'angle (p, les contraintes normales induisent une densité de forces égale à :

Cette densité de forces est de direction verticale, dirigée vers le « haut » si 0 < cp < TC/2, et
vers le « bas » si TC/2 < cp < TC (fig. 3.33).

Fig. 3.33 - Notations.

3) Moment d'ovalisation
La poussée au vide sur les génératrices de l'arc induit une flexion transversale que l'on
étudie par la m é t h o d e des forces et en appliquant les résultats déjà établis pour les
anneaux.

La densité de chargement est de la forme :

p =p 0 coscp avec p 0

On calcule alors le m o m e n t isostatique dû à cette densité en employant l'angle auxiliaire

A l'aide des formules (1.48), on déduit

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Flexion transversale 137

A v e c les notations des formules (1.49), le système résolvant s'écrit :

2
3RX( + 2 X 2 =--p R0

2RX, + 2 X 2 = — p R'0

Sa solution est : X) = 0 ; X 2 =—p R


0

Le m o m e n t de flexion transversale a pour expression :

II est représenté sur la figure 3.34.

Fig. 3.34 - Moment d'ovalisation d'un arc tubulaire.

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Chapitre 4

Torsion gênée et non uniforme

PROBLEME N° 4.1 - Torsion gênée d'une poutre en I


On considère une poutre à parois minces dont la section droite, de géométrie constante,
est en forme de I, avec les dimensions représentées sur la figure 4 . 1 .

Fig. 4.1 - Définition géométrique de la section.

1 ) L'épaisseur e étant constante et identique dans toutes les membrures, déterminer, pour
cette section :

1.1 ) le moment principal d'inertie de flexion I par rapport à Gy,


Y

1.2) le moment d'inertie de torsion pure K,

1.3) le diagramme de l'aire sectorielle principale ©G (G étant, de toute évidence, centre


de torsion),

1.4) le moment d'inertie sectorielle IQJ.

Application numérique : calculer la valeur des précédentes grandeurs pour a = 10 cm,


e = 2 m m , v(coefficient de Poisson de l'acier) = 0,3.

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140 Poutres à parois minces

2) La poutre, de longueur L = 1 m, est encastrée à la torsion en son origine. Elle est


soumise à un couple de torsion M en son extrémité libre, c o m m e indiqué sur la figure
4.2.

Fig. 4.2 - Mode de sollicitation de la poutre.

L'encastrement à l'origine, parfait, e m p ê c h e tout gauchissement de la section tandis que


le gauchissement est libre à l'extrémité.

Résoudre l'équation différentielle de torsion gênée. Déterminer, en particulier :

- l'angle de rotation 9(L) à l'extrémité de la poutre,

- les composantes T i et T 2 du couple de torsion, correspondant aux deux familles


de contraintes de cisaillement,

- l'expression des contraintes normales dans la section origine, en fonction de l'aire


sectorielle principale.
*
Calculer l'angle de rotation 9 (L) à l'extrémité de la poutre si l'on s'en tient à un calcul en
9(L)
torsion de Saint-Venant et déterminer numériquement le rapport Q * ^ -

Application numérique avec les données de la question précédente.

3) L a poutre est en acier E 3 6 0 dont la limite d'élasticité est égale à 355 MPa. Déterminer
la valeur de M pour que la valeur absolue de la contrainte normale maximale dans la
section origine soit égale à cette limite élastique.

Pour cette valeur de M, tracer les courbes représentatives des fonctions T i ( x ) et T2(x).

4) Calculer l'intensité maximale des contraintes de cisaillement dues aux composantes T)


et T du m o m e n t de torsion.
2

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Torsion gênée et non uniforme 141

SOLUTIONS

1) Caractéristiques de section droite

1.1) Moment principal d'inertie de flexion l par rapport à Gy


y

1.2) Moment d'inertie de torsion pure K

1 "ï 7
K = Z — S j e ; = a e ' en application de la formule (1.24).

1.3) Diagramme de l'aire sectorielle principale (ÛQ

La section étant symétrique, le centre de torsion C est confondu avec le centre d'inertie
G. En choisissant l'origine des abscisses curvilignes en ce point, on peut déterminer
directement le diagramme de l'aire sectorielle principale.

Fig. 4.3 - Diagramme de l'aire sectorielle principale (ÙQ.

1.4) Moment d'inertie sectorielle /,


œ
A l'aide de la technique des intégrales de Mohr, on calcule :

Application numérique :

6 6 4 4
1 = -10~ = 1,167.W m K = 8.10"'°m
y A

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142 P o u t r e s à parois minces

2) Equation différentielle de torsion gênée

L e couple de torsion est constant, égal à M. En application de la formule (1.36),


l'équation différentielle de torsion gênée est :

avec or-

2
Application n u m é r i q u e : a = 0,369231 (d'où a = 0,60764).

L a solution de l'équation différentielle est :

Pour x = 0, l'absence de gauchissement implique — = 0 et donc A =

Pour x = L, le gauchissement est libre, d'où — j = 0 et donc :

AshcxL + B c h a L = 0, ce qui entraîne : B = -AthcxL

E n résumé :

Par intégration, il vient :

O n en déduit :

Par ailleurs (formule 1.37) :

En toute section (formule 1.34) :

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Torsion gênée et non uniforme 143

Ainsi,

Dans le cadre d'un calcul en torsion pure

Alors :

Application numérique :

La rotation réelle de la poutre est beaucoup plus faible que celle calculée en torsion de
Saint-Venant.

3) Courbes représentatives des fonctions T](x) et T (x)2

6
Pour loi = 355MPa = 3 5 5 . 1 0 P a , M = 132,55 N m .

Pour cette valeur de M (fig. 4.4) :

avec c h a L = 1,19036

Fig. 4.4 - Diagrammes des fonctions T[ et T .2

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144 P o u t r e s à parois minces

A la c o m p o s a n t e T , correspond u n cisaillement antisymétrique t , dont la valeur


m a x i m a l e est égale à :

Cette contrainte a la valeur la plus élevée pour x = L :

A la c o m p o s a n t e T correspond un cisaillement uniforme x tel que :


2 2

(car e = constante)

L e diagramme de J c o d s se détermine c o m m e les m o m e n t s statiques introduits lors du


G

r*
calcul des contraintes dues à l'effort tranchant, en partant des extrémités de la section, ce
qui d o n n e le d i a g r a m m e de la figure 4 . 5 .

Fig. 4.5 - D i a g r a m m e de co ds .
r

E n effet, l'expression analytique de l'aire sectorielle principale COQ dans l'aile gauche de la
m e m b r u r e supérieure, paramétrée en s, est :

D'où

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Torsion gênée et non uniforme 145

4) Intensité maximale des contraintes de cisaillement

On déduit des expressions précédentes :

On constate que l T l
2 «
m a x ^[\ m a x , sauf au voisinage de la section origine puisque T 2 y
est pratiquement égal à T.

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Torsion gênée et non uniforme 147

PROBLEME N° 4.2 - Torsion gênée d'une poutre en U


On considère la poutre-console à fibres parallèles, de longueur L, rapportée au repère
orthonormé direct Gxyz, représentée sur la figure 4.6. Elle est parfaitement encastrée en
son origine dans un massif supposé indéformable. En son autre extrémité elle est
soumise à l'action d'une charge verticale Q.

Fig. 4.6 - V u e d'ensemble de la poutre-console.

La section droite de la poutre est à parois minces en forme de U. L'épaisseur des parois
est constante, notée e, et faible devant les autres dimensions (fig. 4.7).

Fig. 4.7 - Données géométriques de la section droite.

L a détermination du centre de flexion a déjà fait l'objet du problème n° 2.3.

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148 Poutres à parois minces

1) Tracer le d i a g r a m m e de l'aire sectorielle principale puis calculer le moment d'inertie


sectorielle IOJ de la section, en fonction de e et a. D o n n e r également l'expression, en
fonction d e e et a, de son m o m e n t d'inertie de torsion d e Saint-Venant (K).

2) D o n n e r l'expression de la contrainte normale maximale (en valeur absolue) due à la


flexion provoquée par la charge Q dans la section d'abscisse x.

3) Etablir et résoudre l'équation différentielle de torsion gênée en tenant compte des


conditions aux limites (on admet qu'en son extrémité, la poutre est libre de se gauchir).
E n déduire l'expression de la contrainte normale due à la torsion gênée dans la section
d'abscisse x.

Application n u m é r i q u e : e = 2 mm ; a = 1 0 c m , L = 1 m, E = 2 0 0 0 0 0 MPa et v = 0,3


( m o d u l e d'élasticité et coefficient d e Poisson de l'acier) ; Q = 1 kN. Calculer les
contraintes normales maximales (en valeur absolue) dues à la flexion et à la torsion
gênée d a n s la section origine et dessiner les diagrammes correspondants.

4 ) Calculer l'angle de rotation de la poutre en son extrémité. Comparer ce résultat à celui


q u e l'on aurait obtenu en ignorant la torsion gênée (c'est-à-dire en ne considérant que la
torsion de Saint-Venant). Application numérique avec les données de la question
précédente.

5) Calculer les fractions T [ ( x ) et T ( x ) du couple de torsion total T (T = Tj + T )


2 2

respectivement reprises en torsion de Saint-Venant et en torsion gênée dans la section


d'abscisse x. En admettant que les contraintes soient régularisées dans la section
d'extrémité (x = L), calculer dans cette section, avec les données numériques de la
troisième question, les contraintes de cisaillement maximales (en valeur absolue)
respectivement dues à l'effort tranchant, à la torsion de Saint-Venant et à la torsion
gênée. Conclusions.

SOLUTIONS

L e centre de flexion (et donc de torsion) est situé à u n e distance de O égale à 3a/8 (Cf.
problème n° 2.3).

/) Diagramme de l'aire sectorielle principale (fig. 4.8)


Cette aire est construite à partir du centre de torsion pris c o m m e pôle et en plaçant
l'origine des abscisses curvilignes en O (pour d'évidentes raisons de symétrie).

O n calcule le m o m e n t d'inertie sectorielle à l'aide de la technique des intégrales de M o h r


(§.1.15):

M o m e n t d'inertie de torsion de Saint-Venant (formule 1.24) :

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Torsion gênée et non uniforme 149

Fig. 4.8 - D i a g r a m m e de l'aire sectorielle principale.

2) Contraintes normales maximales dues à la flexion

M o m e n t fléchissant : M ( x ) = - Q ( L - x )

Les contraintes normales maximales dues à la flexion sont obtenues sur les fibres
extrêmes :

3) Etablir et résoudre l'équation différentielle de torsion gênée


3.1) Etude de la torsion gênée

Le couple de torsion est constant le long de la poutre. Il vaut :

T = T =Qd=^Qa
0

L'équation différentielle de torsion gênée (formule 1.36) s'écrit :

d9 3 Qa
On en déduit : — = Achcxx + B s h a x
A„ o nv
C o m p t e tenu des conditions aux limites (w(0,s) = 0 et 0(L,s) = 0), il vient :

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Calcul des contraintes normales dues à la torsion gênée (formule 1.34) :

3.2) Application numérique (fig. 4.9et4.10)

e = 2 m m ; a = 10 cm ; L = 1 m ; v = 0,3 ; Q = 1 kN ; E = 200 000 MPa.

2 2
a = 7 , 0 3 2 9 7 . 1 0 " => a = 0,2652
9 4
K = 1,06667.10^ m

O n en déduit :

= - 6 2 8 2 , 1 l œ (s) c (en MPa)

Flexion Torsion gênée

Fig. 4.9 - D i a g r a m m e s des contraintes normales dans la section origine (MPa).

4) Angles de rotation
L'intégration de l'équation différentielle de torsion gênée permet de calculer l'angle
rotation des sections autour de l'axe longitudinal :

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Torsion gênée et non uniforme 151

Si l'on n'avait considéré que la torsion de Saint-Venant, la détermination de cet angle de


rotation eût été conduite de la façon suivante :

La comparaison des deux angles de rotation en x = L fournit le rapport :

On constate qu'en torsion gênée la poutre est beaucoup moins déformable qu'en torsion
de Saint-Venant pure (cette dernière approche étant incorrecte dans le cas présent).

Fig. 4.10 - D i a g r a m m e des contraintes normales totales dans la section origine (MPa).

5) Calcul des contraintes de cisaillement


Le couple de torsion T est repris en partie par des contraintes tangentes de Saint-Venant
(fraction T | ) et en partie par des contraintes tangentes de torsion gênée (fraction T ) .
2

Pour x = L ,

On constate qu'il y a surtout de la torsion gênée.

La contrainte tangente maximale due à l'effort tranchant a été déterminée dans le


problème n° 2.3, au niveau du centre d'inertie de la section :

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5 2 Poutres à parois minces

La contrainte tangente maximale due à la torsion de Saint-Venant est calculable par la


formule :

Enfin, la contrainte tangente due à la torsion gênée est issue de la formule :

Le diagramme de J û ) e d s est représenté sur la figure 4.11.


c

Fig. 4.11 - Epure de I w e d s et sens des cisaillements secondaires.


c

Les expressions analytiques de cette fonction sont les suivantes :

f ( a s
2 2 "\
. , • 5 2 f 5a"s
• dans la branche supérieure : CÙ (S)
C = — a -Has => co eds = e
c .
r. V y
Cette quantité passe par un minimum en s = 5a/8, où elle vaut

ea = -0,195ea . Elle prend la valeur - e a / 8 = -0,125 ea pour s = a ;


128

3 S 3 a S 3
, L • . , s 3 a
/ f
• dans la branche verticale : co (s) = — ( a - s ) r => c o e d s = ea
r H .
c
8 c
J l 16 8 8
Cette expression passe par un maximum positif pour s = a, où elle vaut : ea /l 6.

Finalement, la contrainte de cisaillement maximale de torsion gênée est obtenue dans les
membrures horizontales :

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Torsion gênée et non uniforme 153

On constate dans le cas présent que la contrainte de cisaillement de torsion non uniforme
n'est pas négligeable devant la contrainte maximale de torsion de Saint-Venant. Cela
provient du fait que la part du moment total correspondant aux contraintes de Saint-
Venant est faible. Mais les contraintes de cisaillement changent néanmoins de signe dans
l'épaisseur de la paroi :

Contraintes dues à la Contraintes dues à la Contraintes totales


torsion de Saint-Venant torsion gênée
Fig. 4.12 - Contraintes tangentes dans la section d'extrémité (x = L ) .

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Torsion gênée et non uniforme 155

PROBLEME N° 4.3 : Torsion gênée dans un tablier de pont


On considère un tablier de pont formant travée indépendante de portée L, dont la section
transversale, assimilée à une section à parois minces de caractéristiques constantes, est
représentée sur la figure 4.13. On appelle respectivement E et v le module d'Young et le
coefficient de Poisson de son matériau constitutif (supposé homogène).

Fig. 4.13 - Caractéristiques géométriques de la section.

La travée est simplement appuyée en flexion et encastrée en torsion. Elle est soumise à
un système de charges antisymétrique tel que représenté sur la figure 4.14, appliqué au
droit des poutres.

Fig. 4.14 - Chargement de la travée.

Dans toutes les questions de ce problème, les résultats seront fournis sous forme littérale,
puis, chaque fois que demandé, sous forme numérique à partir des données suivantes :

L = 5 0 m ; B = 15 m ; b = 8,40 m ; h = 2,775 m ; e = 0,45 m ; e' = 0,95 m ;

E = 40000MPa;v = 0,15;

q = 10 kN/m ; d = b/2 = 4,20 m.

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156 Poutres à parois minces

O n posera : (3 = — S a = he' S =Be = aS .


s a

1) Déterminer la position du centre d'inertie G des sections droites et calculer les


m o m e n t s principaux d'inertie I . et I . Les calculs seront conduits en assimilant les
G y G z

sections droites à des sections à parois minces. Application numérique.

2) Déterminer l'expression du couple d e torsion T(x) au point d'abscisse x en fonction de


q, b , x et L.

3) Calculer le m o m e n t d'inertie de torsion de Saint-Venant, K, des sections droites.


Application numérique.

4) Calculer l'angle de rotation 9(L/2) d e la section médiane dans le cadre d'un calcul en
torsion de Saint-Venant. Application n u m é r i q u e .

5) On étudie maintenant la travée en torsion non uniforme. Les extrémités sont toujours
encastrées en torsion, mais libres de se gauchir (les entretoises d'about, non représentées
sur la figure 4.14, ne sont pas aptes à s'opposer au gauchissement des sections). On
rappelle que l'équation différentielle de torsion non uniforme est de la forme :

E n intégrant cette équation et en tenant compte des conditions aux limites, établir
l'expression littérale de la fonction 9(x), puis celle de l'angle de rotation 8(172) à mi-
, ^ 2 GK
portée. O n posera a = .

6) Calculer le m o m e n t principal d'inertie sectorielle, I , des sections droites. Pour cela,


m

o n c o m m e n c e r a par déterminer la position du centre de torsion Application numérique :


calculer I , a et 8(L/2).
m

7) Calculer les contraintes normales maximales dues à la torsion non uniforme au droit
d e s fibres extrêmes de la section médiane. Application numérique.

SOLUTIONS

/ ) Centre d'inertie G et moments principaux d'inertie l Cv et Iry

L'aire de la section droite est : S = Be + 2he' = S ( 2 + a ) = 12,0225 m .


a

L e m o m e n t statique par rapport au hourdis s'écrit : M = e'h/ = h S = 7,31559 m .


a

L a position du centre d'inertie est donnée par :

v. = h - v = 2,1665 m

Le m o m e n t d'inertie par rapport au hourdis a pour expression :

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Torsion gênée et non uniforme 157

En application du théorème d'Huygens :

Par ailleurs,

2) Expression du couple de torsion


En se reportant aux notations de la figure 4.15, l'équation d'équilibre en torsion d'une
poutre droite s'établit facilement :

Fig. 4.15 - Equilibre d'un tronçon de poutre élémentaire.

t représente la densité de couples répartis le long de la poutre. Dans le cas présent, la


densité t = - qb, de sorte que l'on peut écrire :

dT
= - qb d'où T(x) = T - qbx
0

dx

Par symétrie, T(L) = - T 0 d'où T =0 et T(x) = q b ( ^ - x)

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158 Poutres à parois m i n c e s

3) Moment d'inertie de torsion de Saint-Venant


L e m o m e n t d'inertie de torsion de Saint-Venant de la poutre est calculable par la
formule :

4) Angle de rotation 0(L/2)

L'équation de la torsion de Saint-Venant (inadéquate dans le cas présent) s'écrit :

L e signe « - » provient du fait que l'on compte positivement avec la m ê m e convention de


signe le couple de torsion T et l'angle de rotation 8(x) des sections autour de l'axe
longitudinal (fig. 4.15). L'intégration se poursuit :

5) Solution de l'équation différentielle


L a solution de l'équation différentielle de torsion gênée est :

L'absence de gauchissement aux extrémités se traduit par 9"(0) = 9"(L) = 0, ce qui


donne :

P a r une nouvelle intégration, on déduit :

D'où :

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Torsion gênée et non uniforme 159

6) Moment principal d'inertie sectorielle Ia

On trace les diagrammes de l'aire sectorielle de pôle O et de la fonction y(s) de la section.


L'origine des abscisses curvilignes est choisie, évidemment, sur l'axe de symétrie.

On en déduit (fig. 4.16) :

Diagramme de l'aire sectorielle de pôle et Diagramme de la fonction y(s)


d'origine O

Fig. 4.16 - Diagrammes pour la détermination du centre de torsion.

Application numérique :z r = z n + 0,58773 m.

Le diagramme de l'aire sectorielle principale est représenté sur la figure 4.17.

Fig. 4.17 - Aire sectorielle principale.

En utilisant la méthode des intégrales de Mohr, on calcule le moment d'inertie


sectorielle :

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160 Poutres à parois minces

O n déduit de ceci les valeurs de :


4
a = 0,07382 ( a L = 3,69113) et 6(L/2) = - 2 , 1 9 5 . 1 0 rd.

7) Contraintes normales maximales dues à la torsion non uniforme

Les contraintes normales dues à la torsion non uniforme sont calculables par la formule
(1.34) qui d o n n e , dans le cas présent :

Pour x = L/2 :

O n e n déduit :

- sur la fibre supérieure :

- sur la fibre inférieure :

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Torsion gênée et non uniforme 161

PROBLEME N° 4.4 - Etude du tablier de l'aérotrain


On considère une poutre continue à deux travées de 20 m de portée chacune. Cette
poutre a une section transversale constante, assimilée à un profil mince, représentée sur
la figure 4.18 : elle comporte un rail central, une dalle horizontale et deux âmes
verticales. Cette poutre représente la structure qui était destinée à supporter une voie
d'Aérotrain.

Fig. 4 . 1 8 - Caractéristiques géométriques d e la structure étudiée.

Les trois appuis A, B et C sont des appuis simples.

1 ) Calculer les caractéristiques mécaniques usuelles de la section droite, à savoir :

- l'aire S,

- la position du centre d'inertie G,

- les moments principaux d'inertie iQy et IGz»

- le moment d'inertie de torsion pure K.

Les calculs sont menés en section à parois minces.

2) Déterminer la position du centre de flexion C ainsi que le diagramme de l'aire


sectorielle principale de la section.

En déduire la valeur du moment d'inertie sectorielle I®.

3) La structure est rapportée au repère orthonormé direct Oxyz tel que Ox soit porté par
la fibre m o y e n n e de la poutre conformément à la figure 4.19.

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1 6 2 Poutres à parois minces

On s u p p o s e que seule la première travée est chargée par un effort horizontal


uniformément réparti (correspondant, par exemple, à l'effet du vent sur une rame de
train), induisant une densité uniforme de couples répartis, notée m, et comptée
positivement selon l'orientation du repère Oxyz. Les efforts verticaux concomitants ne
sont pas considérés dans cette question.

Fig. 4 . 1 9 - Sollicitation en torsion de la structure.

3 . 1 ) On appelle respectivement TQ et T[ les couples appliqués à la poutre par les appuis


A et B , comptés positivement selon l'orientation du repère Oxyz. Donner l'expression du
couple de torsion T(x) dans la section d'abscisse x du tablier, en fonction de TQ, Tj et m.
Les conventions de signe sont celles de la ligure 4 . 1 9 .

3 . 2 ) Intégrer l'équation différentielle de torsion non uniforme pour la poutre considérée


dans ce problème, en tenant compte des conditions aux limites suivantes :

- toutes les sections sur appui sont bloquées en rotation,

- les extrémités A et C de la poutre sont libres de se gauchir.


t e s a u e :
Donner l'expression des deux couples de torsion J ] ( x ) et fyW '
1
T(x) = ^ ( x ) + y ( x )
1 2

et correspondant aux deux familles différentes de contraintes tangentes.

3.3) Application numérique : donner les expressions numériques de T(x), J](x) et


en fonction de m et avec les valeurs suivantes : L = 2 0 m et v (coefficient de Poisson) =
0,15.

Représenter ces trois fonctions sur un m ê m e graphique. Comparer la fonction T(x) à


celle que l'on aurait obtenue en ne considérant que la torsion de Saint-Venant.

1
Les notations classiques (formule 1 . 3 7 ) ont été modifiées du fait de l'introduction des
couples réactifs TQ et T j .

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Torsion gênée et non uniforme 163

4) Tracer le diagramme des contraintes normales, en fonction de m, prenant naissance


dans la section sur l'appui intermédiaire B.

SOLUTIONS

/ ) Caractéristiques mécaniques usuelles de la section


- A i r e : S = 1,02 m

- Position du centre d'inertie : ZQ = - 0,09804 m

- Moments principaux d'inertie : Irjy = 0,1902 m et ÏQ Z = 0,715 m

• M o m e n t d'inertie de torsion pure : K = 0,01074 m

2) Caractéristiques sectorielles
On détermine l'aire sectorielle de pôle et d'origine I (fig. 4.20).

Diagramme de l'aire sectorielle a>i Diagramme de la fonction y(s)

Fig. 4.20 - D i a g r a m m e s pour la détermination du centre de flexion.

Le centre de flexion se trouvant, par symétrie, sur l'axe Oz, on calcule aisément :

D'où, en application de la formule 1.18 :

On en déduit le diagramme de l'aire sectorielle principale (fig. 4.21).

On peut alors calculer le moment d'inertie sectorielle :

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164 Poutres à parois minces

6
= J Weeds = 0,07739 m

Fig. 4.21 - Aire sectorielle principale de la section.

3) Etude de la torsion non uniforme dans la poutre


3.1 ) Moment de torsion

Avec les notations de l'énoncé, et en utilisant le formalisme des distributions, la densité


de couples de torsion le long de la poutre s'exprime c o m m e :

t(x) = m ( l - Y(x-L)) + T ] . 5 ( x - L )

où Y est la fonction de Heaviside ; S, la distribution de Dirac en x = L ; T [ , le couple de


torsion appliqué à la poutre par l'appui intermédiaire. L e couple de torsion T(x) le long
de la poutre obéit donc à l'équation différentielle suivante :

H 7 = t(x) = m ( l - Y(x-L)) + T,.ô(x-L)

Elle s'intègre sous la forme :

T(x) = T + mx + (Tj - m(x-L))Y(x-L)


0

3.2) Résolution de l'équation différentielle de torsion non uniforme

Cette équation est la suivante (formule 1.36) :

Sa solution peut être mise sous la forme :

6(x) = A + B c h a x + C s h a x + 9*(x)

9 * (x) = ( c h a ( x - u) -1 )T(u)du

D a n s le cas présent, une intégration par parties permet d'écrire :

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Torsion gênée et non uniforme 165

T o u s calculs effectués, l'expression de 0*(x) est la suivante :

Par double dérivation, on déduit :

GK9*"(x) = T a s h o c x + m ( c h a x - 1) + T,ashcx(x-L)Y(x-L) - m [cha(x-L) - 1 ] Y(x-L)


0

Les constantes A , B, C, TQ et T | sont déterminées en exprimant les conditions aux


limites :

- absence de rotation des sections d'about et de la section médiane : 9(0) = 9(L) = 9


(2L) = 0 ;

- gauchissement libre des extrémités de la poutre : 9"(0) = 0"(2L) = 0.

Les conditions 8(0) = 9"(0) = 0 entraînent A = B = 0.

Les trois autres conditions se traduisent, en posant u = cxL, par :

(1)

(2)

(3)

La résolution de ce système conduit aux expressions suivantes :

Le couple de torsion total T(x) est la s o m m e de deux couples et dont les


expressions sont les suivantes :

J ] ( x ) = C.GKa.chcxx + T chcxx + — s h a x + T , c h a ( x - L ) Y ( x - L ) - — sha(x-L)Y(x-L)


0

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3 (\)
2 = - C.GKoc.chax - T ( c h a x - 1) - — ( s h a x - a x ) - Ti [cha(x-L) - 1] Y(x-L)
0

+ — [ s h a ( x - L ) - a ( x - L ) ] Y(x-L)

3.3) Application numérique


2
On pose : L = 2 0 m ; v = 0,15 ; a = 0,06034 ; a = 0,24564 ; u = a L = 4,91276.

On en déduit :

T = - 9,23487 m
n T , = - 11,53027 m C = 21,48907 7 ^ 7

-9,23487 + x + (8,46973 - x)Y(x-20)

1
- — = -3,95633.chax+4,07103.shax-[ 11,53027cha(x-20)+4,07103sha(x-20)]Y(x-20)

= + 3 , 9 5 6 3 3 . c h a x - 9 , 2 3 4 8 7 - 4 , 0 7 1 0 3 ( s h a x - 0,24564.x)+{ 1 l , 5 3 0 2 7 [ c h a ( x - 2 0 ) - 1]

+ 4 , 0 7 1 0 3 [ s h a ( x - 2 0 ) -0,24564(x - 20)]}Y(x-20)

Ces trois fonctions sont représentées sur la figure 4.22.

On peut constater, en particulier, que la répartition du moment de torsion total n'est pas la
m ê m e qu'en torsion pure. En effet, dans ce cas, nous aurions déterminé une fonction T(x)
telle q u e :

— = -10 + x pour x < 20 m

0 pour x > 20 m

F i s . 4.22 - Diagrammes des différents moments de torsion

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4) Calcul des contraintes normales sur appui intermédiaire (B)


D'une façon générale, les contraintes normales sont données par la formule (1.34) :

L'application numérique donne :

2 J M
a(x,s) = | - G ) { -0,97180shocx+chax-1 -[2,83230sha(x-20)+cha(x-20)-1] Y(x-20)}
C

Dans la section concernée, x = 20 et en tenant compte de la valeur de K, il vient :

CT(20,s)= 198,135 m ( ù ( s )
c

Les contraintes normales (comptées positivement en compression) se répartissent suivant


le diagramme de la figure 4 . 2 3 .

Fig. 4.23 - D i a g r a m m e des contraintes normales dues à la torsion non uniforme.

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PROBLEME N° 4.5 - Poutre-console en torsion gênée, à section


circulaire
On considère une poutre-console droite à fibres parallèles représentée sur la figure 4.24,
rapportée au repère général Oxyz. La section transversale est en forme de demi-cercle de
rayon R et d'épaisseur constante e. La poutre est encastrée en son origine et supporte, en
son extrémité libre, une charge Q dirigée suivant le diamètre vertical. On appelle
respectivement E et v le module d'Young et le coefficient de Poisson du matériau
constitutif (supposé homogène).

Figure 4.24 - Définition de la poutre-console.

Dans toutes les questions de ce problème, les résultats seront fournis sous forme littérale,
puis, chaque fois que demandé, sous forme numérique à partir des données suivantes :

L = l m ; R = I O c m ; e = 5 m m ; E = 4 0 0 0 0 M P a ; v = 0,30 (acier) ; Q = 1 kN.

1 ) Déterminer la position du centre d'inertie G des sections droites, calculer les m o m e n t s


principaux d'inertie I G et I ainsi que le moment d'inertie de torsion K (torsion de
G z

Saint-Venant). Les calculs seront conduits en assimilant les sections droites à des
sections à parois minces. Application numérique.

2) Calculer les contraintes normales de flexion sur les fibres extrêmes dans la section
origine de la poutre. Application numérique.

3) Calculer, dans la section courante d'abscisse x, le flux de cisaillement dû à l'effort


tranchant induit par la force Q, puis la valeur maximale de la contrainte de cisaillement.
Application numérique.

4) Déterminer la position du centre de torsion (confondu avec le centre de flexion), puis


le moment d'inertie sectorielle des sections droites. On pourra déterminer la position du

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170 Poutres à parois minces

centre de torsion soit directement, à partir de l'expression du flux de cisaillement d'effort


tranchant, soit par la méthode sectorielle. Application numérique.

5) D o n n e r l'expression du couple d e torsion T(x) dans la section d'abscisse x. Calculer


l'angle de rotation 0(L) de la section d'extrémité (x = L) dans le cadre d'un calcul en
torsion de Saint-Venant. Application numérique.

6 ) O n étudie maintenant la poutre en question en torsion gênée. Les sections droites sont
supposées convenablement raidies de façon à pouvoir être considérées comme étant
indéformables, mais le raidissage transversal (non représenté sur la figure 4.24) n'est pas
apte à e m p ê c h e r leur gauchissement. La section origine (x = 0) est parfaitement encastrée
(gauchissement e m p ê c h é ) et la section d'extrémité (x = L) est libre de se gauchir. On
rappelle que l'équation différentielle de torsion gênée est de la forme :

En intégrant cette équation et en tenant compte des conditions aux limites, établir
l'expression littérale de la fonction 9(x), puis celle de l'angle de rotation 9(L) de la
GK
section extrémité. On posera a " = . Application numérique : calculer a et G(L).
E I
co

7) Calculer les contraintes normales dans la section origine (x = 0) dues à la torsion


gênée, puis donner l'expression numérique des contraintes normales totales (flexion +
torsion) dans la dite section.

8) Déterminer les couples de torsion T[ et T de Saint-Venant et de torsion gênée, puis


2

calculer les contraintes tangentes maximales correspondantes. Application numérique.

SOLUTIONS

1) Caractéristiques des sections (les notations sont celles de la figure


4.25)

- Aire : S = rcRe

2
- M o m e n t statique par rapport à Oz : M/Qz = e R ^ [coscpdcp = 2 e R

• Position du centre d'inertie :

2
OG = - R = 6,366.10 m
TT

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Torsion gênée et non uniforme 171

Fig. 4.25 - Paramétrage de la section.

- M o m e n t s principaux d'inertie :

3 6 4
I = - eR = 7,854.10" m
Gy 2
- M o m e n t d'inertie de torsion :

2) Contraintes normales deflexion


L e m o m e n t fléchissant dans la section origine de la poutre vaut :

M = - QL = - 1 kNm

D'où les contraintes :

3) Flux de cisaillement dû à l'effort tranchant induit par la force Q


Le flux de cisaillement d'effort tranchant est calculé par la formule (1.10) :

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172 Poutres à parois minces

O n en déduit :

L e cisaillement d'effort tranchant est m a x i m u m pour <p = 0, soit :

4) Position du centre de torsion et moment d'inertie sectorielle


On peut déterminer directement le centre de torsion à partir de l'expression du
cisaillement d'effort tranchant. Dans ce qui suit, on procède à sa détermination à l'aide de
la m é t h o d e sectorielle. On commence par déterminer l'aire sectorielle de pôle O :
2
0J (cp) = R .cp
o

Par symétrie, le centre de torsion se trouve sur l'axe Gy. Dans le but d'appliquer la
formule ( 1.18), on calcule donc :

Application n u m é r i q u e :

y c = 0,1273 m.

L'expression d e l'aire sectorielle principale se déduit aisément de la précédente à l'aide d e


la formule de c h a n g e m e n t de pôle :
4
2
u) ((p) = R (tp -
c — sintp)
71

On calcule alors le m o m e n t d'inertie sectorielle principale :

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Torsion gênée et non uniforme 1 7 3

Fig. 4.26 - Diagramme de l'aire sectorielle principale.

5) Angle de rotation 6(L) de la section d'extrémité

Le couple de torsion a pour expression :

En torsion de Saint-Venant :

1 0
G = 1,538.10

Par intégration, on calcule :

6) Etude de la poutre en torsion gênée


La résolution de l'équation de torsion gênée donne :

Les conditions aux limites sont :

- G'(0) = 0 (absence de gauchissement) ;

- 9"(L) = 0 (absence de contraintes normales) ;

Par une nouvelle intégration, on déduit :

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174 Poutres à parois minces

D'où :

7) Contraintes normales
L e s contraintes normales sont données par l'expression :

Les contraintes normales totales dans la section origine ont donc pour expression :

Application n u m é r i q u e :
4
o ( 0 , s ) = 10 (38,506 tp - 50,300 sintp) kPa

L'allure de la répartition des contraintes normales est représentée sur la figure 4.27.

Fig. 4.27 - Répartition des contraintes normales dues à la torsion gênée.

8) Couples de torsion
L e c o u p l e de torsion T est repris par deux familles de contraintes assurant, chacune,
l'équilibre des fractions :

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Torsion gênée et non uniforme 175

pour les contraintes de Saint-Venant,

pour les contraintes de torsion gênée.

La contrainte de cisaillement maximale due à T , a pour expression :

Sa plus forte intensité est, en principe, obtenue pour x = L, mais elle n'a pas de
signification physique puisque, dans cette section, est appliqué l'effort extérieur. L'ordre
de grandeur est néanmoins intéressant :
4
I x,l m a x = 3 , 0 4 7 . 1 0 kPa = 30,47 M P a

L'épaisseur e étant constante, la contrainte de cisaillement due à T a pour expression :


2

On en déduit :

Dans la section origine, la valeur maximale de cette contrainte est :

où <p est solution de :

C e qui donne : (p = 67,32°.

D'où:
3
I T, M J = 3,576 1 0 kPa = 3,576 M P a

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176 Poutres à parois minces

PROBLEME N 4.6 - Torsion gênée dans des éléments de couverture


industrielle

PREAMBULE
Pour réaliser des couvertures de bâtiments industriels ou à vocation culturelle ou
sportive, on peut utiliser des éléments en béton précontraint préfabriqués en forme de
voile cylindrique, par exemple à base circulaire. C e s éléments peuvent être reliés entre
eux p a r des éléments translucides assurant l'éclairement de la surface couverte. Deux
types d e dispositions peuvent être envisagés (fig. 4.28).

Éléments translucides

É l é m e n t s porteurs

Type I

Éléments porteurs

Éléments translucides

Type II (shed)

Fig. 4.28 - Exemples d'éléments de couverture industrielle.

Pour le type I, seules les dissymétries dues aux charges (faibles au demeurant, neige à
2
0,5 k N / m ) peuvent solliciter les éléments à la torsion. En revanche, pour le type II, les
éléments sont soumis, en plus, à un couple de torsion dû au fait que la résultante du
poids propre de l'élément ne passe pas par le centre de torsion du profil. Un équilibre de
torsion-flexion en résulte dans la poutre, qu'il convient donc d'étudier.

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Torsion gênée et non uniforme 177

PREMIERE PARTIE
1) La section transversale de l'élément étudié est représentée sur la figure 4.29. Il s'agit
d ' u n voile d'épaisseur constante « e » dont la ligne médiane est un arc de cercle de rayon
R. On suppose que e « R.

Fig. 4.29 - Définition géométrique de la section transversale.

Dans cette première partie, on demande de donner les expressions :

- d e l'aire S de la section,

- d e la position de son centre d'inertie G (définie par IG),

- des m o m e n t s principaux d'inertie ÏQy et I Q ,


Z

- du m o m e n t d'inertie de torsion pure K,

- d e la position du centre de flexion (ou de torsion) C (détermination à partir de la


méthode sectorielle),

- de l'aire sectorielle principale de la section,

- du m o m e n t d'inertie sectorielle I .
œ

Application numérique : e = 8 cm ; R = 1,60 m.

DEUXIEME PARTIE
2) On considère une poutre de portée L constituée par un élément de voile possédant la
section précédemment définie. L'espace est rapporté au repère absolu (XYZ). La poutre
est dotée d ' u n repère local Gxyz tel que les axes X et Gx soient confondus (fig. 4.30 et
4.31).

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178 Poutres à parois minces

Densité m

Fig. 4.30 - Caractéristiques d'ensemble de la poutre.

Fig. 4.31 - Position d'un élément de couverture.

L a poutre est simplement appuyée en ses extrémités vis-à-vis de la flexion autour des
axes Y et Z , mais bloquée en rotation autour de l'axe X (ou Gx). Le plan principal Gxz
fait un angle P avec la verticale. Le poids, par unité de longueur, est noté q : il se
d é c o m p o s e en deux densités uniformes :

q =-qcosfi
z q =-qsinfj
y

suivant les axes Gz et Gy.

2.1) D o n n e r les expressions des composantes d'effort tranchant V , V y z et d e m o m e n t


fléchissant M et M .
y z

2.2) D o n n e r l'expression des contraintes normales dues à la flexion en tout point de la


section médiane (X = L/2). L'arc sera paramétré par l'angle 8 que fait le rayon courant
O M avec la direction Gz.

2.3) D o n n e r l'expression du flux de cisaillement d'effort tranchant au voisinage


immédiat de la section origine (X = 0).

2.4) Application numérique : calculer la densité de poids propre (masse volumique du


3
béton égale à 2,5 t / m ) . Donner, en fonction de 8 , les expressions numériques de la
contrainte normale à mi-portée et du flux de cisaillement au point origine pour une valeur
d e l'angle P égale à 4 5 ° . Les données numériques sont celles de la première partie, avec
L = 16 m.

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Torsion gênée et non uniforme 179

Déterminer, en particulier, les contraintes normales de poids propre en A et B et la


contrainte normale minimale dans la section médiane de la poutre, puis la contrainte
tangente maximale dans la section X = 0.

TROISIEME PARTIE
Le béton constitutif de la poutre a un module égal à 4 0 000 MPa et un coefficient de
Poisson égal à 0,15.

La poutre est soumise à une densité uniforme de couples de torsion, notée m.

3.1) Donner l'expression du couple de torsion T(x) au point d'abscisse x.

3.2) Donner l'expression de l'angle 8(x) de rotation de la poutre autour de l'axe X en


résolvant l'équation (inadéquate dans le cas présent) de la torsion libre et uniforme.
Calculer la valeur de cet angle à mi-portée et de la contrainte maximale de cisaillement
de torsion dans la section X = 0, en fonction de m.

3.3) Résoudre l'équation de la torsion non uniforme correspondant au cas réel et en


admettant que les sections d'extrémité sont libres de se gauchir (bien q u e bloquées en
rotation).

3.4) Calculer la valeur de l'angle de rotation de la poutre à mi-portée en fonction de m.


Comparer à la valeur trouvée en 3.2.

3.5) Tracer les diagrammes des fonctions T/m, T j / m et T2/1TI, T[ et T étant les fractions
2

de T correspondant respectivement à la torsion de Saint-Venant et à la torsion non


uniforme.

3.6) La densité de moments m est due au moment du poids propre par rapport au centre
de torsion, la poutre étant dans la position définie dans la deuxième partie. Avec (3 = 4 5 ° ,
calculer numériquement m, puis donner l'expression numérique des contraintes normales
dans la section médiane dues à la torsion non uniforme. Calculer, en particulier, ces
contraintes en A et B . C o m m e n t se combinent-elles aux contraintes de flexion ?

3.7) Dans la section origine X = 0, calculer les contraintes de cisaillement dues à la


torsion, en distinguant celles provenant de la torsion de Saint-Venant de celles provenant
de la torsion non uniforme.

SOLUTIONS - PREMIERE PARTIE

1 ) Caractéristiques des sections et application numérique

- Aire : S = — e R .

- M o m e n t statique par rapport à l'axe Iy :

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180 P o u t r e s à parois minces

Fig. 4.32 - Paramétrage de la section.

M o m e n t s principaux d'inertie :

On en déduit :

2TC •>
- L e m o m e n t d'inertie de torsion pure a pour expression : K = — Re .

- Par symétrie, le centre de flexion C est situé sur l'axe Gz. On trace l'épure de 1'
sectorielle de pôle O et d'origine I (fig. 4.33) :

co (6) = R 9
0
2

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Torsion gênée et non uniforme 181

On en déduit :

Fig. 4.33 - Aire sectorielle de pôle O et d'origine I.

- Aire sectorielle principale (par la formule de changement de pôle) :

2 2
CÛ = o ) - X R
c 0 sin 8 = R ( 9 - A . , sin 0)

- M o m e n t d'inertie sectorielle :

Application numérique :
2 4 4
S = 0,268 m IG = 0,277 m I G z = 0,201 m I G y = 0,0157 m
4 4
X= 1,1151 z c = z - 1,7841 m
0 K = 5.719.10" m
3 6
1(0= l,623.10" m

SOLUTIONS - DEUXIEME PARTIE


2.1) Composantes d'effort tranchant et de moment fléchissant

On établit aisément :

2.2) Contraintes normales dues à la flexion en tout point de la section médiane

Pour x = L/2 :

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1 8 2 Poutres à parois minces

D e façon générale :

En exprimant en fonction du paramètre 9 :

D'où :

2.3) Expression du flux de cisaillement d'effort tranchant

L e flux de cisaillement a pour expression générale :

Pour

E n se référant à la figure 4.34 :

* 2
dS z = eR sinqxlip

Fig. 4.34 - Paramétrage de la section.

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Torsion gênée et non uniforme 183

On en déduit :

Ainsi :

2.4) Application numérique (P = 45°)


3
- q = 25 ( k N / m ) X(2TC/3)X0,08X 1,6=6,7021 kN/m ;

- a ( 8 ) (MPa) = 15,4548(0,8270 - cosB) + 1,2072 sinB ;

- <p(0)= - 0,0386(cosB - 0,5) - 0,4946(sinB - 0,82700) (MPa x m).

Dans la section médiane, la contrainte normale vaut :

- 6,0992 M P a en A ;

- 4,0083 M P a en B.

et la contrainte minimale, obtenue pour 8 = - 0,078 rd vaut -2,7208 MPa.

Dans la section origine (X = 0), une recherche numérique montre q u e le flux de


cisaillement passe par un m a x i m u m (en valeur absolue) pour 8 = 0,523 rd et vaut :

- 0,0473

soit une contrainte de cisaillement maximale égale à 0,5907 M P a .

SOLUTIONS - TROISIEME PARTIE


3.1) Expression du couple de torsion T(x)

C o m p t e tenu de la symétrie du chargement, il est clair que :

3.2) Expression de l'angle 6(x) de rotation de la poutre autour de l'axe X

La théorie (inadaptée) de la torsion libre et uniforme conduit à résoudre l'équation :

d'où :

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184 Poutres à parois m i n c e s

E n particulier,

P a r ailleurs d'où

Application numérique :

T = 1 1
max i 9 m avec m en M N m / m

3.3) Résoudre l'équation de la torsion non uniforme

L ' é q u a t i o n de la torsion non uniforme est :

avec

On en déduit :

Achax -

L e s conditions aux limites sont :

d"6 L oo
x = 0 : — 7 = 0 (gauchissement libre) x= —:— = 0 (gauchissement nul)

ce qui donne :

3.4) Angle de rotation de la poutre à mi-portée

A mi-portée, le résultat est :

avec

Application numérique :

a'=0,15321 a = 0,39141 u = 3,13132 G ( - ) = 0,2618m

Cette valeur est inférieure à celle obtenue en torsion de Saint-Venant.

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Torsion gênée et non uniforme 185

3.5) Diagrammes

Le m o m e n t de torsion total T se décompose en deux termes T] et T (T = T ] + T ) avec


2 2

Les fonctions T ] / m et T / m sont représentées sur la figure 4.35.


2

T(x)
T1/m
T2/m

Fig. 4.35 - Diagrammes des couples de torsion (0<x<8).

3.6) Contraintes normales dans la section médiane dues à la torsion non uniforme

Les contraintes normales sont données par la formule :

Elles sont maximales dans la section médiane. D a n s cette section :

Numériquement, cela donne :

o(9) = - 9 , 3 9 8 2 m ( 8 - 1 , 1 1 5 1 sin 9) (en M P a si m en k N m / m )

Or, c o m p t e tenu de la valeur de G C calculable à partir des résultats de la première partie,


m = 2,1846 kN/m. Finalement, on trouve :

o ( 8 ) = - 2 0 , 5 3 1 2 ( 6 - 1 , 1 1 5 1 sin 6)

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1 8 6 Poutres à parois minces

C e t t e fonction est impaire. Sur (0,TC/3) elle c o m m e n c e par croître j u s q u ' à la valeur 0,7195
p o u r 0 = 0,4584 rd, puis elle décroît j u s q u ' à la valeur - 1,6732 MPa, lorsque 9 = n/3.

E n A et B , les contraintes normales totales valent respectivement :

o ( A ) = 6,0992 - 1,6732 = 4,4260 MPa

a ( B ) = 4,0083 + 1,6732 = 5,6815 MPa


3.7) Calculs en section origine X = 0
D a n s la section origine, le cisaillement est dû aux deux composantes du couple de
torsion :
3 3
T , = 5,455 x 2,1846.10~ = 11,9170.10" M N m
3 3
T = 2,545 x 2,1846.10" = 5,5598.10" M N m
2

L e m o m e n t T j d o n n e des cisaillements à répartition antisymétrique dans l'épaisseur du


voile, la contrainte maximale de cisaillement étant :

L e couple T donne un flux de cisaillement tel que :


2

E n évaluant le m o m e n t statique sectoriel à partir du point A, on établit facilement


l'expression analytique de l'intégrale :

L ' a p p l i c a t i o n numérique donne :

U n e recherche numérique du maximum de cette expression montre qu'il est obtenu pour
0 = ± 0,800 rd, ce qui d o n n e :

kmJ =0,1263 M P a
O n vérifie bien q u e les cisaillements secondaires sont d'intensité nettement plus faible
q u e le cisaillement m a x i m u m de Saint-Venant. Ils sont également plus faibles, mais dans
une moindre mesure, q u e les cisaillements d'effort tranchant.

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Torsion gênée et non uniforme 187

PROBLEME N° 4.7 - Section rectangulaire - Condition de non-


gauchissement
On considère une poutre tubulaire à parois minces dont la section droite, de géométrie
constante, a une forme rectangulaire c o m m e indiqué sur la figure 4.36.

Fig. 4.36 - Définition géométrique de la section.

Ses parois verticales ont une hauteur h et une épaisseur constante e. Ses membrures
horizontales ont une longueur b et une épaisseur constante ke (k > 0). C o m p t e tenu de sa
symétrie, son centre de torsion est confondu avec son centre d'inertie.

Déterminer les constantes de torsion de cette section, à savoir :

1 ) le m o m e n t d'inertie de torsion de Saint-Venant K,

2) le m o m e n t d'inertie tangente polaire I ,


c

3) le moment d'inertie sectorielle I y .

Pour quelle valeur de k le moment d'inertie sectorielle est-il nul ?

SOLUTIONS
Détermination des constantes de torsion

/) Moment d'inertie de torsion de Saint-Venant K

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1 8 8 Poutres à parois m i n c e s

2) Moment d'inertie tangente polaire I c

3) Moment d'inertie sectorielle Iy,

X
i|/„(s) = m i s ) - f(s) avec df = — ds

D a n s le cas présent :

En choisissant l'origine des arcs sur l'axe de symétrie (pour satisfaire à la condition
( £ \ | / e d s = 0 ), on trace successivement les diagrammes de co (s) et f(s) (fig. 4.37) :
0 0

Fig. 4.37 - (a) Épure de t o ; (b) épure de f(s).


0

A noter que :

Posons p = . C e rapport peut être positif, négatif ou nul. Le diagramme de la

fonction sectorielle est représenté sur la figure 4.38.

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Torsion gênée et non uniforme 189

On peut alors calculer :

On constate que I = 0 pour P = 0, c'est-à-dire pour b = kh.

Fig. 4.38 - Fonction sectorielle principale.

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PAR LES ÉDITIONS HERMÈS
REPRODUIT ET ACHEVÉ D'IMPRIMER
PAR L'IMPRIMERIE FLOCH À MAYENNE
EN FÉVRIER 1998.

DÉPÔT LÉGAL : FÉVRIER 1998.


N° D'IMPRIMEUR : 4 3 1 5 8 .

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