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UNIVERSIDADE LURIO

FACULDADE DE ENGENHARIA
Departamento de Engenharia Geológica
Curso de Licenciatura em Engenharia Geológica
DISCIPLINA DE GEOQUÍMICA (GQ)

Aulas Teóricas
Ano Lectivo -2019

Por: Eugénio José


Abundância dos Elementos
Um dos objectivos da geoquímica é determinar a
abundância dos elementos na natureza.
Essa informação é importante para desenvolver
hipóteses sobre a origem dos elementos e a estrutura
do Universo.
Os dados obtidos de maneiras muito diferentes e a
qualidade e quantidade dos resultados variam para
materiais diferentes e de elemento para elemento.
Abundância dos Elementos
 A matéria extra-terrestre (meteoritos, lua, planetas, sol e
cosmos) quer se encontrem no estado sólido, líquido ou
gasoso, podem ser divididos em matérias estrelares e inter-
estrelares, bem como, no nosso sistema solar.

 Iinteressam-nos a composição do nosso sistema solar, porque


são grandes as probabilidades de se aceitar que, a sua matéria
total (sol, planetas e suas luas, matéria dos cometas e
meteoros, a atmosfera do sol e dos planetas etc.) têm uma
origem comum.
Abundância dos Elementos

O estudo da composição química da matéria


cósmica e, do nosso sistema solar teve grande
significado para a solução de muitas questões.
O conhecimento permite afirmações sobre a origem
e as relações mútuas do sistema solar, como
também, sobre a proveniência e desenvolvimento da
matéria terrestre.
Abundância dos Elementos
O estudo da composição química da matéria extra-
terrestre é possível através de três (3) modos
principais:

 Através da análise espectral da Luz do Sol e de


outras estrelas ( elementos voláteis).

 Através da investigação de meteoritos e poeiras


cósmicas na Terra.

 Através de análise directa de substâncias de planetas


e da lua.
Os Meteoritos:
Os meteoritos pertencem aos mais importantes
testemunhos directos da matéria extra-terrestre, por
essa razão a sua composição química e também
mineralógica são de especial interesse.
Os meteoritos são provavelmente fragmentos do
cinturão asteróide do sistema solar.
Os Meteoritos:

Eles foram parte de vários corpos planetários


maiores, cada um com as suas próprias propriedades
químicas únicas.

Eles são uma fonte importante do nosso


conhecimento sobre a formação, história primitiva e
composição dos corpos planetários.
Abundância dos Elementos

Classificação dos Meteoritos

Uma classificação muito breve dos meteoritos pode


ser a seguinte:
1. Meteoritos rochosos (de pedra)
I. Acondritos pobres em Ca (minerais de grupo
olivina)
Abundância dos Elementos

• I I. Acondritos ricos em Ca (minerais piroxénicos e


plagiclases cálcicas)

• III. Condritos (minerais pobres e ricos em Fe, e os


portadores de C)

2. Meteoritos rochosos e de ferro

3. Meteoritos de ferro
Abundância dos Elementos
Os Meteoritos
As composições de meteoritos indicam que os
elementos e compostos separaram-se de uma fase
gasosa num domínio de temperaturas, com
elementos e compostos refractários separando-se
primeiro e os outros elementos e compostos mais
voláteis formando-se no fim e a temperaturas muito
mais baixas.
Abundância dos Elementos
Refractários Al As Au Ba Be Ca Cr Co Fe
(>1 300ºK) Hf Ir Li Mg Mo Nb Ni Os P
Pt RE Re Rh Ru Sc Si Sr Ta
Ti E V W Y Zr
U

Voláteis Ag Cs Cu F Ga Ge K Mn Na
(1 300 – Rb S Sb Se Sn Te Zn
600ºK)
Muito B Bi Br C Cd Cl Hg I In
voláteis Pb Tl Gases
(< 600ºK) Inertes
Classificação dos elementos baseada na volatilidade relativa
Abundância dos Elementos

Evolução Estrelar
Estudos espectroscópicos de outras estrelas diferentes do
Sol, indicam um domínio de composições representando
vários estágios de evolução estrelar.
Abundância dos Elementos

O elemento mais abundante é, de longe, o


hidrogénio; a abundância dos outros elementos não é
bem conhecida.

Os grãos de poeiras interestrelares aparentam ser


constituídas de hidrogénio, oxigénio, carbono,
nitrogénio, magnésio, silício e ferro.
A abundãncia dos elementos no sistema solar versus os seus números
atómicos. As abundâncias são expressas como o logaritmo do número
de átomos de cada elemento relativos a 106 átomos de silício
Abundância dos Elementos

Evolução Estrelar
 Analizando as abundâncias relativas dos
elementos no Sistema Solar observam-se
certas regularidades e diferenças.
Abundância dos Elementos
A abundância extrema de H e He (>99% de todos).
A diminuição geral em abundância com o aumento do
número atómico.
A abundância relativamente baixa de alguns elementos
(Li, Be, B e Sc) e a abundância relativamente alta de
outros elementos (Fe, Ni e Pb).
A maior abundância de elementos de número atómico
par, quando comparados com elementos de número
atómico ímpar (padrão zig-zag).
Abundância dos Elementos
Evolução Estrelar
A formação dos elementos, como parte da evolução
estrelar, iniciou bem antes da terra solidificar, cerca
de 4.6 biliões de anos atrás e continua até ao tempo
presente.
Trimble (1977) apresentou a seguinte sequência de
evolução estrelar, iniciado há cerca de 15 biliões de
anos atrás:
Abundância dos Elementos

Evolução Estrelar
Um universo primitivo denso e quente, expandiu (teoria
de “big bang”) e arrefeceu de tal modo que ele consistiu de
concentrações de hidrogénio e hélio.

 Essas concentrações cresceram e desenvolveram-se em


galáxias, quando as estrelas começaram a formar-se por
colapso gravitacional de nuvens de gás e poeira
(nebulosas).
Abundância dos Elementos
Evolução Estrelar

O centro de cada massa estrelar eventualmente tornou-se

suficientemente quente para fundir hidrogénio (H) e para formar

hélio (He)

A fusão de hidrogénio involve um número de diferentes sequências

de reacções termonucleares. Um exemplo seria o seguinte:


Abundância dos Elementos
Evolução Estrelar
Um exemplo seria o seguinte:
Dois núcleos de hidrogénio (protões) interagem
para formar um núcleo de deutério com um protão
e um neutrão (2D).
O deutério captura um protão para formar hélio
com dois protões e um neutrão (3H)
Dois núcleos (3H) reagem para formar (4H), com
libertação de dois protões.
Três estrelas com queimas nucleares progressivamente mais quentes. Como o
nosso sol, a estrela à esquerda queima H para forma He no seu núcleo; este
núcleo é rodeado por combustível não-queimada. A estrela do meio esta a queimar
He para formar C e O no seu núcleo. Esse núcleo é rodeado por He não-
queimado. Por fora desta camada encontra-se uma camada na qual queima-se H
para produzir He. Finalmente existe uma camada exterior de H não-queimado
As queimas nucleares sucessivas estão separadas por camadas nas quais não ocorre
nenhuma reacção. Essas camadas contêm o mesmo combustível que está sendo
consumido na queima subjacente. Essas camadas estão empobrecidas no ingrediente
que está sendo consumido na quiema sobrejacente. As temperaturas aproximadas
requeridas para para acender os combustíveis sucessivos são também apresentados
Abundância dos Elementos

Evolução Estrelar
Energia é libertada para cada uma destas reacções. A
formação de elementos por essas sequências,
conhecidas como “síntese de núcleos”, continua a
ocorrer, biliões de anos depois do “Big Bang”
O estágio de fusão de hidrogénio da evolução estrelar
é chamado, o estágio de sequência principal
Evolução de uma estrela massiva típica através da região supergigante mostrada,
juntamente com pontos para a qual inicia a queima de He e C. A maioria do tempo
da evolução estrelar é passado junto da sequência principal e na região super-
gigante
A trajectória evolucionaria de uma estrela é mais provável de ir a partir da sequência principal
para a região de gigante-vermelha, para baixo para o ramo horizontal, de novo para trás para
aregião gigante-vermelho juntamente com o ramo assimptótico, depois horizontalmente da
direita para esquerda, quando uma nébula é desprendida e, finalmente para baixo para a regiões
de anão-branco

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