You are on page 1of 41

EXERCÍCIO NO TRATAMENTO DA

HIPERTENSÃO
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
➢Hipertensão arterial (HA) é condição clinica
multifatorial caracterizada por elevação
sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou
90 mmHg.

➢Frequentemente se associa a distúrbios


metabólicos, alterações funcionais e/ou
estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada
pela presença de outros fatores de risco (FR),
como dislipidemia, obesidade abdominal,
intolerância à glicose e diabetes melito (DM).
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Impacto médico e social da hipertensão arterial

Dados norte-americanos de 2015 revelaram que


HA estava presente em 69% dos pacientes:
Primeiro episodio de Infarto Agudo do Miocárdio
(IAM)
77% de Acidente Vascular Encefálico (AVE);
75% com Insuficiência Cardíaca (IC); e
60% com Doença Arterial Periférica (DAP).
A HA é responsável por 45% das mortes cardíacas
e 51% das mortes decorrentes de AVE.
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil

No Brasil, HA atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60%


dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por
doença cardiovascular (DCV).

Junto com DM, suas complicações (cardíacas, renais e AVE) têm impacto
elevado na perda da produtividade do trabalho e da renda familiar,
estimada em US$ 4,18 bilhões entre 2006 e 2015.
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil

Taxa de mortalidade no Brasil por


doença cardiovascular (DCV) e
distribuição por causas no ano de
2013 (Em 2013 ocorreram 1.138.670
óbitos).
DIC: doenças isquêmicas do coração;
DCbV: doença cerebrovascular;
DH: doenças hipertensivas;
ICC: insuficiência cardíaca congestiva.
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil
Evolução da taxa de mortalidade
por DCV no Brasil de 2000 a
2013.

Fonte: Sistema de Informação de Mortalidade.


Secretaria de Vigilância em Saúde, MS
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil
Tendência à diminuição da prevalência nas últimas três décadas, de 36,1%
para 31,0% (Picon et al. 2013).
Prevalência de HA em 35,8%, com predomínio entre homens (40,1% vs
32,2%) (Chor et al. 2015).
A prevalência geral de PA ≥ 140/90 mmHg foi 22,3%, segundo a PNS, com
predomínio entre os homens (25,3% vs 19,5%), variando de 26,7% no Rio
de Janeiro a 13,2% no Amazonas, com predomínio na área urbana em
relação à rural (21,7% vs 19,8%).
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Prevalência de Pré-hipertensão
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
A pré-hipertensão, definida como uma pressão arterial de 120–139 / 80–89 mmHg, é comum e afeta
25–50% dos adultos em todo o mundo;

A pré-hipertensão aumenta o risco de hipertensão incidente, com taxas anuais variando de 8% a 20% em
estudos que duram de 2 a 4 anos e de 4% a 9% em estudos de longo prazo.

Assumindo um risco de 50% em 5 anos, ∼10 adultos com pré-hipertensão exigiriam uma mudança
intensiva no estilo de vida, e quatro a seis necessitariam de medicação anti-hipertensiva, para evitar
um caso de hipertensão incidente.

A pré-hipertensão aumenta o risco de eventos cardiovasculares, com a pré-hipertensão do estágio 2


(130–139 / 85–89 mmHg) tendo aproximadamente o dobro do efeito adverso da pré-hipertensão do
estágio 1 (120–129 / 80–84 mmHg)

A incidência anual de eventos cardiovasculares é de ± 1% em adultos de meia-idade com pré-


hipertensão, mas sem diabetes mellitus ou doença cardiovascular, e 2% a 4% naqueles com uma ou
ambas comorbidades

Egan BM, Stevens-Fabry S. Prehypertension-prevalence, health risks, and management strategies. Nat Rev Cardiol. 2015;12(5):289-300
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Fatores de risco para hipertensão arterial

Associação direta e linear entre envelhecimento e


➢Idade
prevalência de HA, relacionada ao

➢Sexo e etnia
PREVALÊNCIA

PREVALÊNCIA

24,2%
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil
➢ Excesso de peso e obesidade
Excesso de peso cresceu 26,3% em dez anos Passando de 42,6%
em 2006 para 53,8% em 2016
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil
O consumo excessivo de sódio, um dos principais
➢ Ingestão de sal FR para HA, associa-se a eventos CV e renais.

Comumente 4,7 g de sódio/pessoa/dia é


ingerido, excedendo em mais de duas vezes o
consumo máximo recomendado (2g/dia).

➢ Ingestão de álcool

Consumo crônico e elevado de bebidas alcoólicas


aumenta a PA de forma consistente.
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil

➢ Fatores socioeconômicos
Adultos com menor nível de escolaridade (sem instrução
ou fundamental incompleto) apresentaram a maior
prevalência de HA autorreferida (31,1%).
Conceituação, Epidemiologia e Prevenção Primária
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil
➢ Sedentarismo
Fisiopatologia da Hipertensão Primária
Fisiopatologia da Hipertensão Primária

A pressão arterial é o resultado da


interação entre o débito cardíaco e a
resistência periférica, e sua manutenção
dentro dos níveis ideais é fundamental
para o organismo, pois garante a
adequada perfusão tecidual em todas as
situações.

MORAES-SILVA, Ivana C. et al. Hypertension and exercise training: evidence from clinical studies. In: Exercise for
Cardiovascular Disease Prevention and Treatment. Springer, Singapore, 2017. p. 65-84.
Fisiopatologia da Hipertensão Primária

A hipertensão é instalada quando há um desequilíbrio desses


mecanismos, seja aumentando os fatores pró-hipertensivos e / ou
reduzindo os fatores depressores.
O desequilíbrio pode ser em resposta à interação entre elementos
internos (principalmente não-modificáveis) e externos
(principalmente modificáveis) que podem favorecer este
desequilíbrio.

MORAES-SILVA, Ivana C. et al. Hypertension and exercise training: evidence from clinical studies. In: Exercise for
Cardiovascular Disease Prevention and Treatment. Springer, Singapore, 2017. p. 65-84.
Fisiopatologia da Hipertensão Primária
MECANISMOS DE CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
Fatores de risco
modificáveis: Neurogênico: Hormonal / peptídico: Endotelial Renal
• consumo de sal • Sistema nervoso • Sistema de • Óxido nítrico • Volume de
• Resistência a insulina autónomo aldosterona renina- • Endotelina fluido
• Excesso de peso • Barorreflexo angiotensina • Retenção de
• Sedentarismo • Quimioreflexo • Vasopressina sódio
• Estresse • Reflexo • Catecolaminas
cardiopulmonar • Insulina
Fatores de risco não • Sistema de quinina-
modificáveis: calicreína
• Genética
• Idade
• Gênero
• Raça

HIPERTENSÃO =
Fisiopatologia da Hipertensão Primária
Devido à complexidade e à natureza multissistêmica do controle da
pressão arterial, não é possível determinar apenas um mecanismo
responsável pelo início e manutenção da hipertensão primária.

A importância da redução da pressão arterial na hipertensão não é


apenas para assegurar o estado fisiológico adequado, mas também para
preservar a estrutura cardiovascular.

MORAES-SILVA, Ivana C. et al. Hypertension and exercise training: evidence from clinical studies. In: Exercise for
Cardiovascular Disease Prevention and Treatment. Springer, Singapore, 2017. p. 65-84.
Fisiopatologia da Hipertensão Primária
O coração ajusta o débito cardíaco de Portanto, a sobrecarga hemodinâmica contínua
acordo com a demanda metabólica. desencadeia respostas patológicas hipertróficas
e remodeladoras da vascular (que explica o
aumento sustentado da resistência vascular
Em face dos altos níveis de pressão periférica na hipertensão) e tecidos cardíacos.
arterial, a primeira tentativa é
aumentar o débito cardíaco para
acomodar essa sobrecarga
hemodinâmica; No início, essas respostas contribuem para
normalizar o desempenho cardíaco; entretanto, a
complexidade e a progressividade da hipertrofia
No entanto, esse aumento funciona cardíaca classificam essa adaptação como um fator
apenas na fase aguda e não quando o de risco para doença / eventos associados à
estímulo persiste hipertensão e como preditor de mortalidade.

MORAES-SILVA, Ivana C. et al. Hypertension and exercise training: evidence from clinical studies. In: Exercise for
Cardiovascular Disease Prevention and Treatment. Springer, Singapore, 2017. p. 65-84.
Exercício no tratamento da
hipertensão
Anaerobic Exercise Training
vs.
Aerobic Exercise Training
Exercício no tratamento da hipertensão
Anaerobic Exercise Training
É um exercício no qual a principal fonte de energia para a produção de
força e trabalho vem de vias energéticas que não são dependentes de
oxigênio.

Corrida de 100 m, natação de 50


m, 100 m com obstáculos e a
maioria dos esportes de atletismo
de curto duração nas Olimpíadas.

MORAES-SILVA, Ivana C. et al. Hypertension and exercise training: evidence from clinical studies. In: Exercise for
Cardiovascular Disease Prevention and Treatment. Springer, Singapore, 2017. p. 65-84.
Exercício no tratamento da hipertensão
Anaerobic Exercise Training

E as atividade da vida diária não são?

Movimentos comuns na vida cotidiana


como sentar, pular, agachar, colocar um
objeto em uma prateleira e todas as
atividades de vida de curto prazo

MORAES-SILVA, Ivana C. et al. Hypertension and exercise training: evidence from clinical studies. In: Exercise for
Cardiovascular Disease Prevention and Treatment. Springer, Singapore, 2017. p. 65-84.
Exercício no tratamento da hipertensão
Anaerobic Exercise Training
Outro exemplo clássico de exercícios de anaeróbicos é o treinamento de
resistência (TR) ou o treinamento de força.
A TR é uma das intervenções de exercícios anaeróbicos mais utilizadas na
prevenção e reabilitação cardíaca, não apenas pelos benefícios energéticos
propriamente ditos, mas também por outros benefícios morfofisiológicos
no músculo esquelético, nos ossos e no sistema cardiovascular.

MORAES-SILVA, Ivana C. et al. Hypertension and exercise training: evidence from clinical studies. In: Exercise for Cardiovascular Disease
Prevention and Treatment. Springer, Singapore, 2017. p. 65-84.
Exercício no tratamento da hipertensão
Anaerobic Exercise Training
RT tem sido utilizada como recurso para o seu
tratamento e atenuação de comorbidades,
reduzindo a resistência vascular periférica e,
portanto, a pressão arterial sistêmica.
Número de metabólitos presentes no músculo
esquelético durante e após a sessão de exercício.
RT também contribui para mudanças líquidas da
pressão arterial, com reduções em torno de -3,87
mmHg para pressão sistólica e -3,6 mmHg para
pressão diastólica.
Exercício no tratamento da hipertensão
Anaerobic Exercise Training

Outra categoria interessante de exercício anaeróbico que tem sido


extensivamente investigada é o EXERCÍCIO ISOMÉTRICO.

Surpreendentemente, este exercício tem


mostrado benefícios incríveis na redução
da pressão arterial, com valores em torno
de -10,9 mmHg de redução para sistólica e
-6,9 para componentes diastólicos.

4 séries de preensão manual de 2 min a 30% da contração voluntária


máxima (Van Assche et al. 2016).
Exercício no tratamento da hipertensão
Anaerobic Exercise Training
Limitações
➢Os efeitos hipotensores do exercício isométrico têm
sido principalmente investigado agudamente.;
➢Os efeitos hipotensores não parecem ser duradouros;
➢O número de séries e o tempo de execução, bem
como qual modalidade de contração isométrica deve
ser executada para produzir efeitos hipotensores, não
estão bem definidos.
Exercício no tratamento da hipertensão
Recomendações de exercício anaeróbio
Em hipertensos, evitar aumentos súbitos da pressão
arterial, que podem causar a ruptura de aneurismas
preestabelecidos nos vasos sanguíneos cerebrais,
causando hemorragia que pode levar à
incapacidade ou à morte.
Evitar cargas de trabalho elevadas ou intervalos
curtos excessivos que criem fadiga elevada é
altamente recomendável para pacientes
hipertensos.
Evitar manobra de Valsalva
Exercício no tratamento da hipertensão
Recomendações de exercício anaeróbio
Exercícios de alta intensidade são conhecidos por causar maiores aumentos na pressão arterial
do que exercícios moderados. O controle da intensidade do exercício deve ser cuidadosamente
considerado, com preferência pelo regime de intensidade moderada;

Exercícios com intervalos curtos também levam a maiores aumentos na pressão sanguínea. Os
intervalos entre os exercícios devem ser longos o suficiente para restabelecer a pressão arterial
perto dos níveis iniciais.

Exercícios executados para exaustão voluntária não são recomendados, pois podem causar
aumento significativo da pressão arterial.
Exercícios que recrutam grandes grupos musculares ou exercícios multiarticulares que recrutam
muitos músculos também são conhecidos por causar aumentos mais acentuados da pressão
arterial do que os exercícios que recrutam grupos musculares menores ou menores
Exercício no tratamento da hipertensão
Recomendações de exercício anaeróbio
Exercício no tratamento da hipertensão
Aerobic Exercise Training
O exercício aeróbico é um exercício no qual a energia produzida para sua
manutenção ocorre na presença de oxigênio. Estes exercícios são
geralmente de longa duração e geram grandes quantidades de energia.
Diferente do exercício anaeróbico, leva mais tempo para produzir a mesma
quantidade de energia;

Os exercícios aeróbios são totalmente dependentes do sistema


cardiopulmonar para troca, transporte e remoção de O2 e CO2, assim, este
mesmo sistema é o principal beneficiado pelo estresse e sobrecarga
causados pelos exercícios aeróbicos.
MORAES-SILVA, Ivana C. et al. Hypertension and exercise training: evidence from clinical studies. In: Exercise for Cardiovascular Disease
Prevention and Treatment. Springer, Singapore, 2017. p. 65-84.
Exercício no tratamento da hipertensão
Aerobic Exercise Training

O exercício aeróbico tem sido a


principal alternativa de exercício
para o tratamento da hipertensão
devido aos seus benefícios no
coração, vasos, pulmões, músculos
e todos os sistemas envolvidos na
regulação da pressão arterial.

MORAES-SILVA, Ivana C. et al. Hypertension and exercise training: evidence from clinical studies. In: Exercise for Cardiovascular Disease
Prevention and Treatment. Springer, Singapore, 2017. p. 65-84.
Exercício no tratamento da hipertensão
Aerobic Exercise Training
✓ AUMENTO DO DÉBITO
CARDÍACO;
✓ HIPERTROFIA VENTRICULAR
ESQUERDA (NÃO PATOLÓGICA);
✓ MELHOR COMPLACÊNCIA
VASCULAR;
✓ DIMINUIÇÃO DA RESISTÊNCIA
VASCULAR PERIFÉRICA;
✓ AUMENTO DA CAPACIDADE
OXIDATIVA MUSCULAR.
MORAES-SILVA, Ivana C. et al. Hypertension and exercise training: evidence from clinical studies. In: Exercise for Cardiovascular
Disease Prevention and Treatment. Springer, Singapore, 2017. p. 65-84.
Exercício no tratamento da hipertensão
Recomendações para o exercício aeróbico

O exercício aeróbico deve ser prescrito com base em vários métodos,


como frequência cardíaca máxima (FCmax), percentual da frequência
cardíaca de reserva (% FCR), escalas de esforço percebido (escala de Borg),
análise subjetiva do fluxo expiratório (se o sujeito não pôde falar durante
o exercício, está na intensidade adequada) ou, por medições diretas
(VO2max).
Organização
O FITT da Joint National Joint National American Heart American College European Society Canadian
prescrição de
exercício
Committee, 8th Committee, 7th Association of Sports of Hypertension/ Hypertension
Report Report Medicine European Society Education Program
of Cardiology

A maioria, de 4–7 dias/semana além


FREQUÊNCIA (com 3 a 4 sessões/semana Maioria dos dias da Maioria dos dias da
preferência todos os 5 a 7 dias/semana da atividade diária
que frequência?) ≥ 12 semanas semana semana
dias da semana habitual

INTENSIDADE (o Moderado a alto > Moderada 40– <60%


Moderada a forte Nada especificado Moderada Moderada
quão difícil?) 40–60% do máximo do VO 2reserve
30-60 min contínuos
TIME (quanto Acumulação de 30 a 60
40 min/sessão ≥30 min/dia 150 min/semana ou acumulados em ≥30 min/dia
tempo?) min/dia
sessões ≥10 min cada
TIPO (que tipo?) Exercício Dinâmico
Aeróbico Aeróbico Aeróbico Aeróbico Aeróbico
Primário (Aeróbico)
Categoria de
"Alto" Grau B , nível de
Classificação de Nível de evidência de evidência Nível de evidência de
evidência da classe IIa N/D Grau D
evidência classe I A A Categoria de classe I A – B
A
evidência B
TR Dinâmico 2–3 dias
−1
⋅ semana ,
TR Dinâmico 2–3 Dinâmico, Isométrico
Adjuvante N/D N/D RT dinâmico moderado 60–80%
dias/semana ou Handgrip RT
de 1-RM, 8–12
repetições
Classificação de Nível de evidência da Categoria de
-- N/D N/D Grau D
Exercício no tratamento da hipertensão
Recomendações para o exercício aeróbico

Evidências emergentes indicam que o exercício realizado em intensidade> 70% do


VO2máx pode ter um papel importante no controle da hipertensão. Tanto o HIIT quanto
o exercício aeróbico regular demonstraram reduzir a PA de indivíduos hipertensos, no
entanto, o HIIT demonstrou trazer maiores adaptações nas variáveis fisiopatológicas que
contribuem para o desenvolvimento da hipertensão. Esses efeitos, juntamente com o
comprometimento de tempo reduzido do HIIT, têm implicações importantes para o
tratamento da hipertensão.
Exercício no tratamento da hipertensão
Recomendações para o exercício aeróbico

A combinação de 30 min ou mais por dia de exercício aeróbico de


intensidade moderada, preferencialmente todos os dias da semana e
exercício de resistência dinâmica 2 a 3 dias por semana para um total de
150 min ou mais de exercício por semana.

PRÁTICA!!!

PESCATELLO, Linda S. et al. Exercise for hypertension: a prescription update integrating existing recommendations with
emerging research. Current hypertension reports, v. 17, n. 11, p. 87, 2015.
Redução porcentual do FCT, na presença de betabloqueador
Droga Potência
Betabloqueador em Redução porcentual da propranolol = 1
dosagem equivalente ao frequência cardíaca
Acebutolol 0,3
propranolol
Alprenolol 0,3
10mg 11%
Atenolol 1,0
25mg 12%
Bunolol 20,0
40mg 14%
Metoprolol 1,0
50mg 15%
Nadolol 3,0
80mg 18%
Oxprenolol 1,0
100mg 20%
Penbutolol 4,0
120mg 22%
Propranolol 1,0
150mg 25%
Sotalol 0,3
160mg 26%
Timolol 6,0
200mg 30%
Tolamolol 0,8
PRÁTICA!!!
Equipes:

Fazer exercício moderado (FCR) e analisar a PA durante o exercício.

You might also like