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SANTA 

CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

CIRURGIA GERAL 
QUESTÃO 1  QUESTÃO 2 

   
Um  paciente  de  45  anos  de  idade,  com  70  kg   Acerca  da  cirurgia  bariátrica/metabólica,  assinale  a 
e  1,72  m  de  altura,  sem  comorbidades,  foi  submetido  à 
alternativa incorreta. 
sigmoidectomia videolaparoscópica eletiva, com anastomose 
 
colorretal  intraperitoneal  término‐terminal  com  duplo 
grampeamento, sutura da bexiga, sem drenagem da cavidade  (A)  Limitação  intelectual  significativa  em  pacientes  sem 

por  fístula  colovesical,  após  episódio  de  diverticulite  aguda  suporte familiar adequado, transtorno psiquiátrico não 


ocorrido  há  três  meses.  Não  teve  intercorrências  no  controlado,  incluindo  uso  de  álcool  ou  drogas  ilícitas, 
intraoperatório.  O  tempo  cirúrgico  foi  de  2  horas  e  45  doença  cardiopulmonar  grave  e  descompensada, 
minutos.  
hipertensão portal, varizes esofagogástricas e doenças 
 
imunológicas  ou  inflamatórias  do  trato  digestivo 
Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa  que 
apresenta a melhor forma de conduzir o pós‐operatório.  superior são contraindicações para a cirurgia bariátrica. 

  (B)  A  cirurgia  metabólica  como  opção  terapêutica  está 


(A)  jejum,  1.500  mL  de  soro  glicosado  a  5%,  sonda  indicada  para  pacientes  portadores  de  diabetes 
nasogástrica  retirada  na  sala  de  cirurgia,  antiemético  mellitus  tipo  2  (DM2)  que  tenham  índice  de  massa 
caso apresente náuseas ou vômitos, analgésico opioide 
corpórea (IMC) entre 30 kg/m2 e 34,9 kg/m2, desde que 
de  horário,  antibioticoterapia  com  ceftriaxona  e 
a  enfermidade  não  tenha  sido  controlada  com 
metronidazol,  deambulação  precoce  e  manter  sonda 
tratamento clínico. 
vesical por catorze dias 
(B)  início  precoce  de  dieta  líquida,  2.000  mL  de  soro  (C)  A  cirurgia  metabólica  para  pacientes  com  DM2  
glicosado  a  5%  em  24  horas,  sonda  nasogástrica  dar‐se‐á, prioritariamente, por derivação gastrojejunal 
retirada na sala de cirurgia, antiemético caso apresente  em  Y  de  Roux  (DGJYR).  Somente  em  casos  de 
náuseas ou vômitos, analgésico não opioide de horário, 
contraindicação  ou  desvantagem  da  DGJYR,  a 
antibioticoprofilaxia  com  cefoxitina,  deambulação 
gastrectomia  vertical  será  a  opção  disponível. 
precoce e manter sonda vesical por catorze dias 
Nenhuma outra técnica cirúrgica é reconhecida para o 
(C)  início  precoce  de  dieta  líquida,  sonda  nasogástrica 
retirada  na  sala  de  cirurgia,  antiemético  e  analgésico  tratamento desses pacientes. 
não  opioide  de  horário,  antibioticoprofilaxia  com  (D)  A cirurgia bariátrica está indicada nos indivíduos com 
cefoxitina,  deambulação  precoce  e  manter  sonda  IMC  ≥  50  Kg/m2,  IMC  ≥  40  Kg/m²,  com  ou  sem 
vesical por catorze dias 
comorbidades, e IMC > 35 kg/m2, com comorbidades, 
(D)  início  precoce  de  dieta  líquida,  sonda  nasogástrica 
tais  como  pessoas  com  alto  risco  cardiovascular, 
retirada  na  sala  de  cirurgia,  antiemético  e  analgésico 
diabetes  mellitus  e(ou)  hipertensão  arterial  sistêmica 
não  opioide  de  horário,  antibioticoprofilaxia  com 
cefoxitina  e  retirar  a  sonda  vesical  no  pós‐operatório  de difícil controle, apneia do sono e doenças articulares 

imediato,  incluindo  esse  paciente  em  programa  que  degenerativas,  sem  sucesso  no  tratamento  clínico 
objetive acelerar a recuperação pós‐operatória  realizado por, no mínimo, dois anos. 
(E)  água, chá e gelatina após evacuação, 2.000 mL de soro  (E)  Os  jovens  de  dezesseis  a  dezoito  anos  de  idade  que 
fisiológico em 24 horas, manter a sonda nasogástrica, 
apresentarem  o  escore‐z  maior  que  +4  na  análise  do 
antiemético  caso  apresente  náuseas  ou  vômitos, 
IMC  por  idade,  mesmo  antes  da  consolidação  das 
analgésico opioide de horário, antibioticoterapia com 
ceftriaxona e metronidazol, deambular após 24 horas e  epífises  de  crescimento,  poderão  ter  indicação  para 

manter sonda vesical por catorze dias  cirurgia bariátrica.  

ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  1 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 3  QUESTÃO 5 
   
Um  paciente  de  sessenta  anos  de  idade,  com  54  kg, 
1,63 m de altura e diagnóstico de câncer gástrico de antro não  Assinale  a  alternativa  que  apresenta  os  fatores  que  estão 
metastático, foi internado na enfermaria para gastrectomia  relacionados favoravelmente com a cicatrização das fístulas 
subtotal  eletiva.  Na  triagem  nutricional,  observou‐se  que,  intestinais. 
apesar  de  seu  apetite  estar  preservado,  o  paciente  perdeu 
cerca  de  6%  do  seu  peso  habitual  no  último  mês,  por  ter   
diminuído  a  ingestão  dietética  na  última  semana.  Foram  (A)  a fístula ser longa (> 2 cm), com trajeto não epitelizado, 
realizados  exames  que  mostraram:  albumina  4  g/dL;   e estar localizada no cólon 
Hb 15 g/dL; e Ht 42%.  
  (B)  a fístula ser curta (< 2 cm), com trajeto epitelizado, e 
Com  base  nesse  caso  hipotético,  é  correto  afirmar  que  a  estar localizada no estômago 
conduta mais apropriada seja  (C)  doença  inflamatória  intestinal,  obstrução  à  jusante  e 
 
(A)  adiar  a  cirurgia  por  quinze  dias  e  iniciar  nutrição  desnutrição 
parenteral  periférica,  que  permanecerá  no   (D)  a fístula ser longa (> 2 cm), com alto débito e crônica 
pós‐operatório.   (E)  as  fístulas  terem  múltiplos  trajetos  e  baixo  débito  e 
(B)  contraindicar a cirurgia devido ao estado nutricional e 
iniciar quimioterapia.  estarem localizadas no duodeno 
(C)  operar  o  paciente  de  imediato  e  iniciar    
nutrição  parenteral  periférica,  que  permanecerá    
no pós‐operatório.  
(D)  adiar a cirurgia por dez dias e iniciar terapia nutricional  QUESTÃO 6 
pré‐operatória  via  oral  com  ômega  3,  arginina,   
nucleotídeos e dieta hiperproteica.  
(E)  adiar a cirurgia por trinta dias e iniciar nutrição enteral  Um  paciente  de  sessenta  anos  de  idade,  hipertenso 
por uma sonda nasoentérica, devido ao tumor gástrico.  controlado,  foi  submetido  à  cirurgia  eletiva  de 
  retossigmoidectomia  convencional  por  adenocarcinoma  de 
 
reto  alto  não  obstrutivo.  A  anastomose  foi  mecânica  
QUESTÃO 4 
término‐terminal colorretal, localizada a 4 cm da borda anal. 
 
As  variações  anatômicas  estão  entre  as  principais   Foi  realizada  manobra  do  borracheiro  negativa,  sendo 
causas  de  extravasamento  de  bile  pós‐colecistectomia  drenada a cavidade com dreno túbulo‐laminar. No sexto dia 
videolaparoscópica  eletiva. A  figura  abaixo  ilustra  variações 
de  pós‐operatório,  após  a  primeira  evacuação,  o  dreno 
anatômicas.  
  apresentou aspecto fecaloide e o paciente evoluiu com dor 
abdominal,  distensão,  descompressão  brusca  positiva,  
FC de 110 e PA de 100 x 60 mmHg. Foi indicada a reoperação. 
No intraoperatório, foram evidenciadas deiscência de 1 cm da 
anastomose e pequena quantidade de secreção fecaloide na 
  pelve.  
 
I  ducto  cístico  longo  com  inserção  baixa  no  ducto   
hepático comum  Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa  que 
II  inserção  alta  do  ducto  cístico  no  ducto  hepático 
apresenta a melhor conduta após a lavagem da cavidade e a 
comum 
III  ducto hepático comum acessório  drenagem efetiva de pelve. 
IV  ducto cístico inserindo‐se no ducto hepático direito   
V  ducto colecistopático 
(A)  sutura da lesão  
 
Com  base  na  figura,  assinale  a  alternativa  que  apresenta   (B)  desfazer a anastomose, suturar o coto retal, colocar o 
a  quantidade  de  variações  anatômicas  que  são  mais  epíplon na pelve e realizar colostomia terminal  
relacionadas com essa complicação. 
  (C)  sutura  da  lesão,  colocação  do  epíplon  na  pelve  e 
(A)  1  realização de ileostomia em alça 
(B)  2  (D)  sutura da lesão e colocação do epíplon na pelve  
(C)  3 
(D)  4  (E)  desfazer a anastomose, suturar o coto retal e realizar 
(E)  5  colostomia terminal  

ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  2 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 7  QUESTÃO 9 

   
Uma paciente com 37 anos de idade foi submetida ao 
Com relação à cirurgia oncológica pancreática, considere os  tratamento da doença hemorroidária. Após a raquianestesia, 
seguintes aspectos anatômicos do pâncreas:  foi  evidenciada  doença  hemorroidária  grau  IV,  volumosa  e 
irredutível nas posições clássicas.  
 
 
I  textura amolecida ou normal do pâncreas com reserva  Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa  que 
exócrina preservada;  apresenta a melhor técnica operatória. 
 
II  diâmetro do ducto pancreático normal ou diminuído; 
(A)  procedimento para prolapso hemorroidário (PPH), pois 
III  consistência endurecida do pâncreas por fibrose; e  a linha de grampo ficará localizada 2 cm acima da linha 
IV  dilatação do ducto pancreático.  pectínea, evitando dor pós‐operatória 
(B)  procedimento para prolapso hemorroidário (PPH), pois 
  a linha de grampo ficará localizada 2 cm abaixo da linha 
Assinale a alternativa que apresenta os itens que indicam o(s)  pectínea, evitando dor pós‐operatória 
(C)  desarterialização  hemorroidária  transanal  (THD),  pois 
aspecto(s)  anatômico(s)  do  pâncreas  que  predispõe(m)  à 
as  artérias  são  ligadas  na  origem,  seguindo‐se  de 
menor  probabilidade  de  fístula  enteropancreática   mucopexia  guiada  pelo  Doppler  acoplado  ao 
pós‐anastomose pancreatojejunal.  anuscópio,  o  que  causa  menos  dor  e  menos  recidiva 
pós‐operatória 
 
(D)  hemorroidectomia  Milligan‐Morgan,  pois,  apesar  da 
(A)  I e II  dor  pós‐operatória,  é  a  técnica  mais  segura  e  com 
(B)  I e III  menor índice de recidiva 
(E)  hemorroidectomia  Ferguson  com  esfincterotomia 
(C)  II e III  lateral, pois diminui a dor pós‐operatória 
(D)  II e IV   
(E)  III e IV   
QUESTÃO 10 
 
 
 
A escolha do antibiótico para profilaxia da infecção do sítio 
QUESTÃO 8  cirúrgico  (ISC)  leva  em  consideração  fatores  de  risco  e 
conhecimento  acerca  do  patógeno,  sendo  que  a  primeira 
 
opção  deve  ser  um  antimicrobiano  de  maior  eficácia,  com 
Um paciente de 67 anos de idade, sem antecedentes  espectro  de  ação  mais  estreito.  Considerando  essa 
familiares de câncer colorretal e sem comorbidades, realizou  informação, assinale a alternativa correta. 
 
colonoscopia  devido  à  queixa  de  sangramento  anal  (A)  As  cefalosporinas  são  antibióticos  betalactâmicos 
intermitente,  com  o  seguinte  laudo:  colonoscopia  realizada  muito usados na profilaxia da ISC, agindo, no envelope 
até íleo terminal, sendo observados dois pólipos, um séssil de  celular, como bactericidas. 
(B)  O  preparo  mecânico  e  a  descontaminação  oral  com 
0,4 cm, localizado no cólon transverso, e um pediculado, de  neomicina + metronidazol via oral na véspera de uma 
0,7  cm,  localizado  no  cólon  esquerdo.  Foram  realizadas  colectomia  direita  eletiva  por  neoplasia  de  cólon  são 
indicados e evitam a profilaxia endovenosa na indução 
polipectomias  com  pinça  de  biópsia  no  pólipo  séssil  e  com 
anestésica.  
alça  térmica  no  pólipo  pediculado  anatomopatológico.  (C)  Na colecistectomia laparoscópica eletiva por colelitíase 
Ambos  os  pólipos  apresentaram  adenoma  tubular  de  baixo  em  paciente  sem  fatores  de  risco  para  ISC,  está 
indicada  a  cefoxitina  2  g  EV  na  indução  anestésica, 
grau, sendo o pólipo pediculado com pedículo livre.   permanecendo, no pós‐operatório, por 48 horas.  
  (D)  A  hemorroidectomia  Milligan‐Morgan  é  uma  cirurgia 
Com  base  nessa  situação  hipotética,  o  paciente  deverá  contaminada,  pois  o  ânus  é  um  tecido  colonizado  
por  flora  microbiana  abundante,  de  difícil 
repetir a colonoscopia em  descontaminação, e há uma ferida traumática aberta e 
  com  contaminação  grosseira  durante  a  cirurgia, 
devendo ser realizada antibioticoterapia.  
(A)  cinco anos. 
(E)  Obesidade, desnutrição, diabetes mellitus, tabagismo e 
(B)  três anos.  infecções  coexistentes  são  fatores  de  risco  para  ISC 
(C)  um ano.  comumente  observados  nos  pacientes  que  serão 
submetidos à cirurgia bariátrica e, por esse motivo, a 
(D)  seis meses.  antibioticoprofilaxia deve ser mantida durante toda a 
(E)  um mês, pois se trata de paciente de baixo risco.  internação.  
ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  3 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 11  QUESTÃO 13 
   
Acerca da hernioplastia aberta, assinale a alternativa correta.  Uma  das  opções  de  tratamento  cirúrgico  no  megaesôfago 
 
avançado  é  a  esofagectomia  com  vagotomia  troncular 
(A)  A secção do músculo cremaster deve ser evitada para 
não  expor  o  nervo  ileoinguinal  (localizado  associada  à  piloroplastia,  utilizando  o  estômago  total  ou  o 
lateralmente), evitando, dessa forma, o contato direto  tudo gástrico da grande curvatura para reconstrução. Quanto 
desse nervo com a tela e diminuindo a chance de dor  ao  pós‐operatório  desse  tratamento  cirúrgico,  assinale  a 
crônica pós‐operatória.   alternativa correta. 
(B)  A  tela  ideal  deve  ter  um  tamanho  aproximado  de    
7  x  15  cm,  ser  de  baixa  gramatura,  macroporosa  e 
(A)  Objetivando  reduzir  o  aparecimento  de  esofagite 
posicionada 3 cm acima do triângulo de Hasselbach e  
2 cm além (overlap) da tuberosidade púbica.  erosiva e esôfago de Barrett, deve ser introduzido, no 
(C)  A  tela  ideal  deve  ter  um  tamanho  aproximado  de   pós‐operatório imediato, e mantido continuamente, o 
5  x  7  cm,  ser  de  alta  gramatura,  microporosa  e  inibidor de bomba de prótons (40 mg/dia). 
posicionada  1  cm  acima  do  triângulo  de  Hasselbach,  (B)  A  disfagia  grave  é  uma  complicação  comum  no  
acima da tuberosidade púbica, sem sobra de tela (sem  pós‐operatório tardio, mesmo com o uso contínuo do 
overlap).  
inibidor de bomba de prótons (40 mg/dia).  
(D)  A  sutura  da  tela  no  ligamento  inguinal  deve  ser 
realizada  com  fio  absorvível  separado  para  evitar  (C)  A  vagotomia  troncular  associada  à  piloroplastia, 
apreensão  do  nervo  ileoinguinal  (localizado  utilizando  o  estômago  total  na  reconstrução,  é 
lateralmente)  e  com  fio  inabsorvível  contínuo  suficiente  para  a  redução  da  acidez  gástrica, 
medialmente para garantir uma boa fixação.   minimizando o refluxo e evitando o aparecimento do 
(E)  A  secção  do  músculo  cremaster  e  a  torção  com  os  esôfago de Barrett.  
dedos do cordão espermático são tempos obrigatórios 
(D)  Essa cirurgia, devido à grande incidência de hemorragia 
para a boa visualização do saco herniário nas hérnias 
inguinais indiretas.   e pneumo/hemotórax, deve ser contraindicada, sendo 
  a esofagectomia submucosa, pela baixa incidência de 
  complicações  pleuropulmonares  e  por  não 
QUESTÃO 12  comprometer o mediastino, a única opção cirúrgica no 
  megaesôfago avançado.  
Uma paciente com 47 anos de idade foi submetida à  (E)  A  vagotomia  troncular  associada  à  piloroplastia  e  à 
correção  de  hérnia  inguinal  direta  à  esquerda,  por  ressecção  da  pequena  curvatura,  com  o  objetivo  de 
laparoscopia,  pela  técnica  transabdominal  pré‐peritoneal  reduzir a população de células parietais produtoras de 
(TAPP), apresentando recidiva da hérnia após seis meses.   
ácido e utilizando o tudo gástrico da grande curvatura 
 
Com relação à melhor conduta nesse caso hipotético, assinale  para  reconstrução,  é  suficiente  para  evitar  o 
a alternativa correta.  aparecimento do esôfago de Barrett.  
   
(A)  Deve‐se  reoperar  a  paciente  pela  técnica  totalmente   
extraperitoneal  (TEP),  pois,  em  comparação  com  a  QUESTÃO 14 
técnica  aberta  (via  anterior),  apresenta  menor  dor  
pós‐operatória, cicatriz mais estética e menor risco de   
lesão visceral e(ou) vascular.  A  respeito  dos  segmentos  hepáticos,  assinale  a  alternativa 
(B)  Deve‐se  reoperar  a  paciente  pela  mesma  técnica  que apresenta a correspondência correta. 
(TAPP) para trocar a tela.    
(C)  A  paciente  provavelmente  tem  alteração  no 
(A)  O  segmento  I  corresponde  ao  fígado  esquerdo,  setor 
metabolismo do colágeno. O risco de encarceramento 
anterior. 
é  pequeno  e,  por  isso,  a  paciente  não  deve  ser 
reoperada.   (B)  O segmento II corresponde ao fígado esquerdo, setor 
(D)  A única técnica que não deve ser usada na reoperação  posterior. 
é  a  aberta  (via  anterior)  com  colocação  de  tela,  pois  (C)  Os segmentos III e IV correspondem ao fígado direito, 
apresenta um alto índice de recidiva e dor crônica.   setor anterior. 
(E)  Deve‐se  reoperar  a  paciente  pela  técnica  aberta  (via 
(D)  Os  segmentos  V  e  VIII  correspondem  ao  fígado 
anterior) com colocação de tela, pois apresenta baixo 
esquerdo, setor anterior. 
risco  de  lesão  visceral  e(ou)  vascular,  baixo  índice  de 
recidiva,  além  de  a  anatomia  anterior  ser  mais  (E)  Os  segmentos  VI  e  VII  correspondem  ao  fígado 
favorável nesse caso.  esquerdo, setor anterior. 

ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  4 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 15 
 
No que se refere à cirurgia de adenocarcinoma gástrico, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  A margem cirúrgica de ressecção recomendada é de 2 cm para os tumores T1 e T2 com padrão de crescimento expansivo 
e infiltrativo. Deve‐se realizar gastrectomia subtotal distal, associada à linfadenectomia, se a lesão não comprometer o 
fundo gástrico ou a junção gastroesofágica e a gastrectomia total, associada à linfadenectomia, se a lesão envolver a 
cárdia ou o corpo difusamente.  
(B)  Está  indicado  tratamento  endoscópico  nos  tumores  bem  diferenciados,  não  ulcerados,  com  grau  de  invasão  T1b 
(submucosa profunda  ̶  sm3) e diâmetro ≤ 2 cm. Esse tipo de tratamento só deve ser realizado em centros especializados, 
com grande número de atendimentos.  
(C)  A esplenectomia aumenta a morbidade e não melhora a sobrevida quando indicada em pacientes com câncer gástrico 
proximal  que  não  invade  a  grande  curvatura.  No  entanto,  há  indicação  de  esplenectomia  nas  lesões  proximais  que 
infiltram  a  serosa  da  grande  curvatura  e  para  casos  em  que  a  linfadenectomia  deve  abranger  os  linfonodos  do 
hiloesplênico. 
(D)  Para tumores in situ bem diferenciados, não ulcerados, com diâmetro ≤ 2 cm, a gastrectomia com linfadenectomia tem 
intuito curativo e, por esse motivo, a ressecção endoscópica não deve ser realizada nem em centros especializados, com 
grande número de atendimentos.  
(E)  A quimioterapia com esquema que inclui seis ciclos de epirrubicina, cisplatina e fluorouracila infusional só tem indicação 
nos pacientes não elegíveis para a cirurgia.  
 ______________________________________________________________________________________________________________  
 
QUESTÃO 16  QUESTÃO 17 
   
Um  paciente  de  45  anos  de  idade,  tabagista,  com  
Uma paciente de trinta anos de idade foi encaminhada 
IMC igual a 30 Kg/m2, apresenta‐se diariamente com disfagia 
ao  grupo  do  fígado  para  avaliação  após  realizar 
após as refeições há três meses. Refere ingesta cotidiana de 
café  após  o  almoço  e  tem  o  hábito  de  dormir  logo  após   ultrassonografia de rotina, que evidenciou uma lesão de 2 cm 
o jantar.   no seguimento VIII, descrita como uma lesão hiperecogênica, 
  homogênea,  com  bordos  definidos,  reforço  posterior  e 
Com base nessa situação hipotética, a melhor conduta será 
ausência de sinal de halo sugestiva de hemangioma hepático.  
 
(A)  iniciar  a  terapêutica  com  inibidores  da  bomba   
protônica (IBP) em dose plena (“teste terapêutico”) e  Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa  que 
promover também as medidas comportamentais, uma  apresenta a conduta que não deverá ser realizada. 
vez que se trata de paciente jovem, sem manifestações 
 
de alarme.  
(B)  solicitar  EDA  e  pHmetria  de  24  h;  a  EDA  por  ser  o  (A)  orientar  que  o  procedimento  é  expectante,  pois  a 
método  de  escolha  para  o  diagnóstico  das  lesões  indicação cirúrgica se faz somente em casos bastante 
causadas  pelo  refluxo  gastroesofágico  (DRGE)  e  a  selecionados 
pHmetria por ser considerada como padrão‐ouro para  (B)  solicitar  TC  e(ou)  ressonância  magnética  (RM)  se 
o  diagnóstico  da  DRGE,  incluindo  o  diagnóstico  do 
houver  suspeita  de  doença  oncológica  ou  hepática 
refluxo duodenogástrico.  
(C)  solicitar endoscopia digestiva alta (EDA), pois se trata  associada 
de paciente com manifestações clínicas de alarme.  (C)  alta  do  grupo  do  fígado,  não  sendo  necessário 
(D)  solicitar EDA e manometria esofágica. Na presença de  seguimento,  pois  se  trata  de  uma  imagem  típica  de 
esofagite, a EDA deverá ser laudada de acordo com a 
hemangioma 
classificação de Savary‐Miller e(ou) de Los Angeles e a 
manometria, entre outros motivos, visa a estabelecer  (D)  manter o uso de anticoncepcionais hormonais e evitar 
o ponto preciso de instalação do eletrodo de pHmetria.   a gravidez 
(E)  solicitar EDA e cintilografia. Na presença de esofagite,  (E)  solicitar  tomografia  computadorizada  (TC)  com 
a EDA deverá ser laudada de acordo com a classificação 
contraste  para  caracterização  típica  do  realce 
de Forrest e a cintilografia, no caso de o paciente não 
periférico  e  globular  em  fase  arterial,  seguida  pelo 
tolerar a pHmetria, servirá para determinar o tempo de 
esvaziamento gástrico.   realce central nas fases tardias 

ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  5 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 18 
 
Julgue os itens a seguir. 
 
I  A associação da litíase urinária com diabetes mellitus, síndrome metabólica e obesidade está bem estabelecida, sendo as 
mulheres mais acometidas. 
II  A tomografia computadorizada helicoidal sem contraste constitui hoje o padrão‐ouro no diagnóstico de cálculos renais e 
ureterais e, na sua falta, o ultrassom e o raio‐x simples do abdome são os exames a serem pedidos.  
III  Está  indicado  o  emprego  de  alfabloqueadores  (terapia  expulsiva)  em  portadores  de  cálculo  ureteral  de  
até 1,5 cm, com dor controlada, sem infecção ou dilatação importante da via excretora, e em não portadores de angina 
ou com história de acidente vascular cerebral nos últimos seis meses. 
IV  Admite‐se que a litotripsia extracorpórea (LEOC) está indicada para cálculos de ureter proximal maiores que 1 cm e a 
ureteroscopia, para os menores de 1 cm, uma vez que os resultados da LEOC melhoram à medida que aumenta o tamanho 
do cálculo.  
V  A  nefrolitotripsia  percutânea  (NLPC)  é  atualmente  o  método  de  eleição  no  tratamento  de  cálculos  
renais > 2 cm, de cálculos múltiplos e de cálculos de grande dureza, como os cálculos de cistina, ou ainda nos casos de 
falha ou contraindicações da LEOC. 
 
Estão certos os itens 
 
(A)  I, II e IV. 
(B)  I, II e V. 
(C)  II, III e IV. 
(D)  II, IV e V. 
(E)  III, IV e V. 
 ______________________________________________________________________________________________________________  
 
QUESTÃO 19  QUESTÃO 20 
   
Um  paciente  de  quinze  anos  de  idade,  com  dor  no  Os  pacientes  com  fraturas  múltiplas  de  costelas  podem  ser 
testículo  direito  há  cinco  horas,  após  partida  de  futebol,  tratados clinicamente ou submetidos à cirurgia para fixação. 
chegou  a  um  hospital  afastado  do  centro  da  cidade  e  com  Acerca desse assunto, assinale a alternativa incorreta. 
poucos recursos. Referia ter tido uma dor semelhante, mas   
de  menor  intensidade,  há  quatro  meses.  Negou  trauma  (A)  Paciente  com  tórax  instável  e  contusão  pulmonar 
durante a partida. Ao exame, relatou muita dor no testículo  extensa, associada à insuficiência respiratória, pode ser 
direito,  que  estava  elevado,  com  ausência  do  reflexo  tratado  clinicamente  com  ventilação  mecânica, 
cremastérico e piora da dor com a elevação testicular.   analgesia,  bloqueio  intercostal  e  toalete  respiratória 
  vigorosa. 
Com  base  nessa  situação  hipotética,  assinale  a  alternativa  (B)  Fratura  de  dois  ou  três  segmentos  de  arcos  costais 
que apresenta, respectivamente, o diagnóstico provável e a  raramente  exigem  fixação  de  costelas,  pois  o 
melhor conduta. 
movimento  de  respiração  paradoxal  é  pequeno, 
 
razoavelmente  bem  tolerado  e  esteticamente  pouco 
(A)  torção  testicular  –  exploração  cirúrgica  na  rafe 
importante. 
mediana, distorção e orquidopexia do testículo direito 
(C)  Fratura  de  costelas  posteriores,  que  apresentam 
e esquerdo 
musculatura espessa e(ou) estruturas rígidas, como a 
(B)  torção  testicular  –  aguardar  remoção  para  realizar 
escápula,  são  bem  toleradas  e  não  necessitam  de 
ultrassonografia  do  escroto  com  Doppler,  que  é  um 
fixação. 
exame  pouco  invasivo  que  consegue  mostrar  a 
anatomia do cordão e o fluxo sanguíneo, que, nos casos  (D)  No tórax instável, está indicada a fixação das costelas 
de torção, se encontra reduzido ou ausente  cirurgicamente,  pois  diminui  a  dor,  o  tempo  de 
(C)  torção de anexos testiculares – analgesia, antibiótico e  internação  e  o  risco  de  infecções  
exploração cirúrgica, com incisão transversal e fixação  respiratórias,  devendo  ser  feita  preferencialmente 
do epidídimo  longitudinalmente nas primeiras horas pós‐trauma.  
(D)  orquiepididimite – antibioticoterapia, anti‐inflamatório  (E)  Na  maioria  das  vezes,  os  pacientes  com  fraturas  de 
e elevação da bolsa escrotal  costelas  são  politraumatizados,  estando  a  fratura  de 
(E)  torção  testicular  –  exploração  cirúrgica  na  rafe  costela  relacionada  a  um  pior  prognóstico  clínico. 
mediana,  distorção,  orquiectomia  do  testículo  direito  Sendo  assim,  sempre  que  possível,  a  tomografia 
caso  haja  dúvida  da  viabilidade  e  não  exploração  do  computadorizada  deve  ser  realizada  para  avaliar  a 
testículo esquerdo, pois não apresenta alterações  fratura e a extensão da lesão pulmonar. 
ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  6 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 21 
 
Considerando US como ultrassonografia, PAAF como punção aspirativa com agulha fina e nl como normal, assinale a alternativa 
que apresenta o melhor algoritmo para os nódulos da tireoide. 
 

(A) 

(B) 

(C) 

(D) 

(E) 

 
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SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 22  QUESTÃO 24 

   
Assinale a alternativa correta quanto a queimaduras. 
Julgue  os  itens  seguintes  acerca  de  trombose  venosa 
 
profunda (TVP). 
(A)  Na queimadura de 2.º grau superficial, que acomete a 
  derme  papilar,  a  base  da  bolha  é  rósea,  úmida  e 
I  Em pacientes com baixa suspeita clínica (escore clínico  apresenta dor severa ao toque, o tempo de cicatrização 
de Wells < 2) associada a dímero D negativo, pode‐se  é  de  sete  a  21  dias,  a  cicatriz  hipertrófica  é  rara  e  o 
retorno da função é completo. 
excluir  a  TVP,  sem  necessidade  de  se  realizar  
(B)  Na queimadura de 2.º grau profunda, que acomete a 
US‐Doppler.  derme  papilar,  a  maioria  dos  anexos  cutâneos  estão 
II  US‐Doppler associado a D‐dímero positivo é um meio  destruídos,  a  base  da  bolha  é  branca,  seca  e  mais 
eficiente de se diagnosticar a TVP.  dolorosa  que  a  de  2.º  grau  superficial,  a  excisão  e  o 
III  Na fase aguda, o melhor esquema terapêutico é iniciar  enxerto  cirúrgico  raramente  são  indicados  e  a 
cicatrização é boa se não for cirurgicamente extirpada 
heparina  de  baixo  peso  (HBPM)  molecular  por,  no 
e enxertada.  
mínimo,  cinco  dias,  juntamente  com  varfarina,  e  (C)  Na  queimadura  de  3.º  grau  de  espessura  total,  que 
suspender a HBPM quando o IRN ≥ 2.  acomete epiderme e derme, todos os anexos da pele 
IV  Imobilização  prolongada,  obesidade,  gravidez  e  são  destruídos  e  observa‐se  ausência  de  sensação 
insuficiência cardíaca são fatores de risco para a TVP.  dolorosa,  excisão  cirúrgica  e enxerto  quando  a  ferida 
estiver granulando, uma vez que o enxerto pode causar 
 
limitação funcional.  
A quantidade de itens certos é igual a  (D)  A queimadura de 4.º grau envolve fáscia, músculo e(ou) 
  osso  e  dor  à  pressão  profunda  e  não  tem  indicação 
(A)  0.  cirúrgica devido ao alto risco de infecção.  
(E)  Na  avaliação  da  superfície  corporal  queimada  (SCQ), 
(B)  1. 
segundo o método de Lund e Browner, a parte anterior 
(C)  2. 
do  tórax  e  do  abdome  representa  13%  da  SCQ  no 
(D)  3.  adulto e 15% da SCQ em crianças abaixo de cinco anos 
(E)  4.  de idade. 
   
 
 
QUESTÃO 25 
QUESTÃO 23 
 
  A respeito dos enxertos cutâneos, julgue os itens a seguir. 
Assinale  a  alternativa  correta  com  relação  ao  tratamento   
cirúrgico eletivo no aneurisma de aorta abdominal (AAA).  I  As  causas  mais  comuns  de  falha  no  enxerto  cutâneo 
  são  os  hematomas,  os  seromas,  a  infecção  e  a 
movimentação (cisalhamento). 
(A)  O AAA fusiforme com menos de 4 cm de diâmetro deve 
II  Os três passos para o sucesso do enxerto cutâneo são 
ser operado somente pela técnica endovascular.   absorção, incorporação e revascularização. 
(B)  AAA sacular com 5,5 cm de diâmetro em pacientes com  III  A  revascularização  do  enxerto,  com  fluxo  arterial  e 
fatores de risco controlados não devem ser operados.   venoso, ocorre após, aproximadamente, trinta dias.  
(C)  As  indicações  cirúrgicas  são:  embolização  distal;  IV  Um dos locais do sítio doador para um enxerto de pele 
total  na  face  é  a  pele  acima  da  clavícula,  pois  a  área 
diâmetro > 5,5 cm; e crescimento maior que 0,5 cm em 
doadora não deixa cicatriz permanente. 
seis meses.   
(D)  O  AAA  com  diâmetro  entre  4  e  5,4  cm  deve  sempre   A quantidade de itens certos é igual a 
ser  operado,  independentemente  da  técnica   
(A)  0. 
(convencional ou endovascular).  
(B)  1. 
(E)  Pacientes  com  AAA  >  5,5  cm  e  dor  abdominal  ou 
(C)  2. 
irradiada  para  as  costas  não  apresentam  maior  risco  (D)  3. 
para rotura e, por isso, não devem ser operados.   (E)  4. 

ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  8 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 26  QUESTÃO 28 
   
Um  paciente  de  dezessete  anos  de  idade  foi  ao  Uma paciente de 42 anos de idade, com história de dor 
hospital  com  dor  em  fossa  ilíaca  direita  há  dois  dias,  em hipocôndrio direito e febre há dois dias, apresenta dor à 
acompanhada de febre e inapetência. Ao exame físico, estava  palpação de hipocôndrio direito e sinal de Murphy positivo. 
desidratado,  com  dor  à  palpação  e  descompressão  brusca  Realizou  ultrassom  de  abdome,  que  demonstrou  vesícula  
positiva  em  fossa  ilíaca  direita.  Feito  o  diagnóstico  de  de  paredes  espessadas  e  confirmou  o  diagnóstico  de  
apendicite aguda, ele foi operado por incisão tipo Mc Burney 
colecistite  aguda.  Para  programar  uma  colecistectomia 
e  realizou‐se  drenagem  da  cavidade  por  coto  apendicular 
videolaparoscópica, é necessário definir quando é necessário 
friável e base larga.  
realizar uma colangiografia no intraoperatório.  
 
 
Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta 
a respeito do dreno no pós‐operatório.  Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa  que 
  apresenta,  exclusivamente,  situações  que  sejam  indicações 
(A)  O dreno na cavidade deve ser mantido, no máximo, por  de colangiografia intraoperatória. 
48  horas  para  evitar  contaminação  da  cavidade   
abdominal pelo ambiente exterior.  (A)  pancreatite  aguda  biliar,  icterícia  clínica,  presença  de 
(B)  O dreno da cavidade deve  ser mantido, no mínimo, por  abscesso hepático e aumento da dosagem de amilase 
quinze  dias,  que  é  o  prazo  máximo  para  o  sanguínea 
aparecimento de fístulas.  (B)  colangite,  múltiplos  microabscessos  hepáticos, 
(C)  O  dreno  da  cavidade  evita  a  infecção  da  ferida  dilatação  das  vias  biliares,  síndrome  de  Mirizzi  e 
operatória  e  deve  ser  retirado  assim  que  o  paciente  aumento de enzimas canaliculares hepáticas  
apresentar evacuações.  (C)  abscesso  hepático,  suspeita  de  lesão  de  via  biliar, 
(D)  O dreno da cavidade não evita fístulas, apenas auxilia  dilatação  das  vias  biliares  intra  e  extra‐hepáticas  e 
no diagnóstico precoce delas e possibilita tratamento  presença de ductos biliares aberrantes 
conservador na ausência de peritonite.  (D)  colecistite aguda, dilatação das vias biliares, colangite e 
(E)  O dreno da cavidade evita o aparecimento de fístulas 
formação de abscessos hepáticos 
e, por isso, é importante para prevenir falha técnica no 
(E)  aumento  dos  níveis  das  enzimas  canaliculares 
intraoperatório. 
hepáticas, dilatação de vias biliares e antecedente de 
 
  icterícia obstrutiva 
 
QUESTÃO 27 
 
 
QUESTÃO 29 
Uma paciente de 62 anos de idade foi ao hospital por 
dor em hipocôndrio direito e epigástrio, com irradiação para   
o  dorso,  acompanhada  de  vômitos,  há  dois  dias.  Ao  exame  Um paciente de 28 anos de idade foi levado ao hospital 
físico, apresentava dor à palpação em epigástrio, com defesa  por  colegas,  tendo  sido  vítima  de  ferimento  por  arma  
muscular em andar superior do abdome. Realizou dosagem  branca  em  décimo  espaço  intercostal  esquerdo,  linha  
de amilase sanguínea, que se mostrou vinte vezes superior ao  hemiescapular esquerda. Ausculta pulmonar e radiografia de 
valor  de  referência.  Realizou  ultrassom  de  abdome,  que  tórax normais.  
mostrou  colelitíase.  Recebeu  o  diagnóstico  de  pancreatite   
aguda biliar.   Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa 
  que apresenta o tratamento correto para o paciente. 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa   
que apresenta as medidas iniciais a serem adotadas.  (A)  suturar o ferimento, utilizar antibióticos e retornar em 
 
sete dias para retirar os pontos 
(A)  jejum, analgesia e operar o pâncreas com urgência 
(B)  suturar  o  ferimento,  repetir  raio‐x  em  doze  horas  e, 
(B)  solicitar  tomografia  de  abdome  com  contraste  para 
caso esteja normal, orientar alta e retirar os pontos em 
confirmar o diagnóstico de pancreatite 
sete dias 
(C)  jejum,  hidratação,  analgesia,  calcular  os  escores  de 
gravidade e programar cirurgia da vesícula ao resolver  (C)  cirurgia por videolaparoscopia diagnóstica 
a pancreatite aguda  (D)  exploração digital do ferimento, suturar a lesão, fazer 
(D)  realizar colangiografia endoscópica (CPRE) para tratar  curativo  e  prescrever  antibiótico  e  retorno  para 
a  coledocolitíase,  que  sempre  está  associada  à  retirada dos pontos 
pancreatite aguda biliar  (E)  realizar  ultrassom  FAST  que,  caso  seja  negativo, 
(E)  realizar  tomografia  de  abdome  com  contraste  para  descarta  lesão  abdominal,  suturar  a  lesão,  fazer 
definir  a  etiologia  e  a  gravidade  da  doença  e  iniciar  curativo  e  prescrever  antibiótico  e  retorno  para 
antibioticoterapia  retirada dos pontos 
ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  9 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 30 
 
Uma  paciente  de  sessenta  anos  de  idade  foi  ao  pronto‐socorro  com  queixa  de  dor  abdominal  associada  à  distensão 
abdominal difusa, vômitos e diminuição da eliminação de flatos. Não evacuava há quatro dias. Ao exame físico, apresentou‐se em 
regular estado geral e desidratada. A frequência cardíaca era de 90 batimentos por minuto. O abdome encontrava‐se distendido, 
doloroso difusamente à palpação profunda e sem sinais de peritonite. Apresentava ainda cicatriz de laparotomia mediana em 
região infraumbilical por histerectomia realizada há cinco anos. Presença de hérnia femoral à direita, dolorosa e não redutível. Foi 
realizado  toque  retal,  que  mostrou  ausência  de  fezes  em  ampola  retal.  Radiografias  de  abdome  na  posição  em  pé  e  deitada 
apresentavam sinal de empilhamento de moeda e presença de níveis hidroaéreos, sem outras alterações.  
 
Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  A paciente apresenta um quadro de abdome agudo obstrutivo por bridas e seu tratamento deve ser realizado com jejum, 
hidratação,  analgesia,  uma  sonda  nasogástrica  e  observação  do  débito  por  48  horas  para  resolução  do  quadro  de 
obstrução. 
(B)  A paciente apresenta um quadro de abdome agudo obstrutivo por bridas, sendo o tratamento de escolha a realização de 
laparotomia exploradora para lise de bridas. 
(C)  A paciente apresenta um abdome agudo obstrutivo por hérnia femoral e deve realizar uma laparotomia exploradora para 
redução dessa hérnia. 
(D)  A paciente apresenta um abdome agudo obstrutivo por hérnia femoral encarcerada que deve ser tratado por meio da 
redução do conteúdo herniário. 
(E)  A paciente apresenta um quadro de abdome agudo obstrutivo por hérnia encarcerada e deve ser tratada por meio de 
inguinotomia exploradora à direita. 
 ______________________________________________________________________________________________________________  
 
QUESTÃO 31  QUESTÃO 32 
   
Uma paciente de 44 anos de idade foi ao hospital com  Um  paciente  de  quarenta  anos  de  idade,  vítima  de 
queixa de dor abdominal súbita e de forte intensidade há um  acidente  automóvel  versus  anteparo  fixo  a  60  km/h,  foi 
dia. Ao exame físico, estava em regular estado geral, afebril,  levado ao pronto‐socorro, pelo resgate, em prancha longa e 
colar  cervical.  Apresentava  vias  aéreas  pérvias,  com  colar 
com  frequência  cardíaca  de  100  batimentos  por  minuto, 
cervical,  murmúrio  vesicular  bilateralmente,  frequência 
apresentando defesa muscular à palpação, com abdome em 
cardíaca  de  97  bpm,  PA  de  130  x  70  mmHg,  boa  perfusão 
tábua.  A  radiografia  de  tórax  em  pé  com  cúpulas  frênicas 
periférica, bacia estável, escala de coma de Glasgow de 13, 
evidenciou  a  presença  de  um  pneumoperitônio.  Feito  o 
hálito etílico, pequena equimose hipogástrica, sinal do cinto, 
diagnóstico  de  abdome  agudo  perfurativo,  a  paciente  foi  SVD  hematúria  franca  e  dor  abdominal  discreta.  Colocou 
submetida a uma laparotomia exploradora.   máscara de O2, acessos venosos e Ringer Lactato 1.000 mL. 
  Radiografia  de  tórax  sem  alterações.  Radiografia  de  bacia 
Considerando  esse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa  revelou fratura do ramo isquiopúbico à direita. Tomografia de 
correta.  corpo  inteiro  mostrou  lesão  hepática  grau  I  em  região  de 
  ligamento  redondo  do  fígado,  lesão  renal  grau  II  à  direita, 
(A)  Se  o  achado  operatório  for  de  uma  úlcera  duodenal   bexiga com enchimento inadequado pelo contraste em fase 
de  3,5  cm  perfurada,  o  tratamento  indicado  será  a  excretora e grande quantidade de líquido livre abdominal.  
realização  de  gastrectomia  parcial  com  reconstrução   
pela técnica de Billroth II.  Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa  que 
(B)  Se  o  achado  operatório  for  de  úlcera  duodenal  apresenta,  respectivamente,  o  provável  diagnóstico  e  a 
perfurada, o tratamento por meio de sutura associada  conduta a ser adotada. 
 
à  epiplonplastia  não  poderá  ser  realizado,  devido  ao 
(A) trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão 
risco de estenose cicatricial duodenal. 
renal  grau  II,  lesão  de  bexiga  intraperitoneal  e 
(C)  Se  o  achado  operatório  for  de  uma  úlcera  duodenal  
tratamento inicialmente não operatório 
de  3  cm  perfurada,  o  tratamento  indicado  será 
(B)  trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão 
vagotomia  troncular  e  sutura  da  úlcera  com  renal grau II e cirurgia e nefrectomia esquerda 
piloroplastia para evitar estenose duodenal cicatricial.  (C)  trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão 
(D)  Se o achado operatório for de úlcera pré‐pilórica aguda  renal grau II, lesão de bexiga extraperitoneal e cirurgia, 
de  1  cm,  o  tratamento  indicado  será  a  realização  de  sutura de bexiga e sondagem vesical de demora 
gastrectomia  parcial,  com  reconstrução,  por  meio  da  (D)  trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão 
técnica de Billroth II.  renal grau II, lesão de bexiga intraperitoneal e cirurgia, 
(E)  Se  o  achado  operatório  for  de  úlcera  de  corpo   sutura de bexiga e sondagem vesical de demora 
gástrico  perfurada,  o  tratamento  indicado  será  uma  (E)  trauma abdominal fechado, lesão hepática grau I, lesão 
gastrectomia total com linfadectomia, devido ao risco  renal grau II, lesão de bexiga intraperitoneal e cirurgia, 
de ser uma neoplasia gástrica.  nefrectomia e sutura de bexiga 
ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  10 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 33  QUESTÃO 35 
   
Um paciente de 32 anos de idade, etilista e diabético,  Um  paciente  de  45  anos  de  idade  sofreu  acidente 
foi ao serviço com história de vômitos intensos há três dias e  moto versus automóvel, chegando ao serviço de emergência 
evoluiu com dispneia, tosse e febre. Realizou radiografia de  com  escala  de  coma  de  Glasgow  de  15,  respirando 
tórax, que mostrou derrame pleural esquerdo e enfisema de  espontaneamente  e  com  pressão  arterial  de  90  por  
mediastino.  Foi  realizada  drenagem  de  tórax,  com  saída  de  50 mmHg. No atendimento inicial, foi identificado que a bacia 
secreção achocolatada, com resíduos alimentares.   estava  aberta,  sendo  fixada  com  lençol,  o  que  resultou  em 
 
melhora da pressão arterial.  
Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
 
correta. 
Com  base  nessa  situação  hipotética,  assinale  a  alternativa 
 
(A)  Trata‐se  de  quadro  clínico  clássico  de  lesão  esofágica  correta. 
iatrogênica  na  drenagem  que  pode  ser  demonstrada   
por  endoscopia,  que  mostrará  dreno  de  tórax  no  (A)  Realizar toque retal é prescindível nesse caso. 
esôfago.  (B)  A fixação da bacia com lençol deve ser aberta a cada 
(B)  Trata‐se  de  quadro  clínico  clássico  de  síndrome  de  trinta minutos para melhorar a perfusão dos membros 
Boerhaave,  ruptura  espontânea  do  esôfago  na  inferiores. 
transição  esofagogástrica,  e  o  exame  contrastado  de  (C)  Antes  de  se  realizar  a  sondagem  vesical  de  demora, 
esôfago confirmará o diagnóstico.  deve  ser  realizada  uma  uretrocistostomia  retrógrada 
(C)  Trata‐se  de  quadro  clínico  clássico  de  síndrome  de  para identificar lesão de uretra membranosa. 
Gougerot, ruptura espontânea do esôfago na transição  (D)  A passagem do lençol deve ser realizada na altura da 
esofagogástrica,  e  uma  tomografia  contrastada  de  asa do osso ilíaco para ser efetiva. 
esôfago confirmará o diagnóstico.  (E)  A arteriografia deve ser realizada nos sangramentos de 
(D)  Trata‐se  de  quadro  clínico  clássico  de  síndrome  de  fraturas  pélvicas  que  apresentam  ultrassom  FAST 
Horner,  ruptura  espontânea  do  esôfago  na  transição  negativo. 
esofagogástrica,  e  uma  endoscopia    de  esôfago   
confirmará o diagnóstico. 
 
(E)  Trata‐se  de  quadro  clínico  clássico  de  tuberculose 
esofágica,  com  ruptura  espontânea  do  esôfago  na  QUESTÃO 36 
transição  esofagogástrica,  e  o  exame  tuberculínico   
confirmará o diagnóstico.  Um  paciente  de  62  anos  de  idade  deu  entrada  no 
  pronto‐socorro com queixa de hematêmese e melena há um 
  dia.  Tem  antecedente  de  cirurgia  de  desconexão  
QUESTÃO 34  ázigo‐portal  com  esplenectomia  (DAPE)  há  sete  anos,  nega 
  etilismo  e  as  sorologias  para  hepatite  realizadas  foram 
Um paciente de 35 anos de idade, vítima de queda de  negativas.  Na  entrada,  a  pressão  arterial  era  de  
dez metros de altura, apresentava, na admissão, frequência  90  x  50  mmHg  e  a  frequência  cardíaca,  de  110  bpm  e 
cardíaca de 120 batimentos por minuto, pressão arterial de  apresentava palidez cutânea e diaforese.  
60  por  40  mmHg,  escala  de  coma  de  Glasgow  de  3  e  um   
hemotórax à esquerda, que foi drenado com saída de 300 mL,  Considerando  esse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
além de múltiplas fraturas de face. No atendimento inicial, foi  correta. 
realizada  uma  cricotiroidostomia  por  punção,  devido  ao   
insucesso na tentativa de intubação orotraqueal.   (A)  A cirurgia de Warren teria sido uma melhor indicação 
  para  esse  paciente  por  apresentar  menor  risco  de 
Quanto aos procedimentos realizados nesse caso hipotético,  recidiva  de  sangramento  e  menos  ocorrência  de 
assinale a alternativa correta.   encefalopatia hepática. 
  (B)  Não é comum a ocorrência de úlceras gástricas devido 
(A)  Na drenagem de tórax, é importante localizar o dreno 
ao alto esvaziamento gástrico após cirurgia de DAPE. 
em posição posterossuperior e não se deve realizar a 
(C)  Trombose  de  veia  porta,  DAPE  incompleta  e 
exploração digital, que poderia piorar o sangramento. 
recanalização  de  veia  gástrica  esquerda  são  causas 
(B)  A  cricotiroidostomia  por  punção  não  deve  ser 
para recidiva de sangramento por varizes. 
considerada como via aérea definitiva. 
(C)  A intubação orotraqueal não pode ser realizada sem se  (D)  O  balão  de  Sengstaken‐Blakemore  deve  ser  passado 
visualizar a epiglote.  antes da solicitação de EDA em todos os pacientes que 
(D)  Se o paciente apresentar sinal do guaxinim e sinal de  entram com HDA no pronto‐socorro. 
Battle, dever‐se‐á passar sonda nasogástrica de rotina.  (E)  Antes  de  qualquer  medida,  o  paciente  deve  ser 
(E)  A drenagem de tórax nunca deve ser realizada na sala  encaminhado para a endoscopia, para a realização de 
de  emergência  por  aumentar  o  risco  de  infecção  terapêutica,  devido  ao  fato  de  estar  instável 
pleural.  hemodinamicamente. 
ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  11 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 37 
 
Um  paciente  de  75  anos  de  idade  deu  entrada  no  pronto‐socorro  com  queixa  de  hematoquezia  há  dois  dias.  Negou 
ocorrências semelhantes prévias. Ao exame, encontrava‐se em regular estado geral, com frequência cardíaca de 98 bpm, pressão 
arterial igual a 120 x 60 mmHg e regular perfusão periférica. Apresentava abdome globoso, flácido e indolor e toque retal com 
sangue vivo, sem tumorações ou doenças orificiais. Foi realizada a compensação clínica e a reposição volêmica do paciente com 
cristaloides e três concentrados de hemácias, que resultaram em melhora clínica. Durante a internação, manteve sangramento e 
queda  hematimétrica  constante,  sendo  necessário  transfundir,  no  total,  seis  concentrados  de  hemácias.  O  paciente  passou  a 
apresentar frequência cardíaca de 140 bpm, pressão arterial de 110 x 60 mmHg e diaforese. A colonoscopia realizada durante a 
internação não evidenciou foco de sangramento devido a mau preparo.  
 
Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  Neoplasia é a causa mais frequente de hemorragia digestiva baixa em pacientes nessa faixa etária. 
(B)  O paciente não deve ser operado nesse momento por não ter diagnóstico e estar instável hemodinamicamente. 
(C)  O  paciente  deve  ser  encaminhado  ao  centro  cirúrgico  para  realização  de  laparotomia  exploradora  com  provável 
colectomia total. 
(D)  Deve  ser  feita  cintilografia  com  hemácias  marcadas  para  diagnóstico  de  divertículo  de  Meckel,  causa  comum  de 
sangramento digestivo. 
(E)  A cápsula endoscópica está indicada para o diagnóstico de causa de sangramento oculto nesse momento. 
 ______________________________________________________________________________________________________________  
 
QUESTÃO 38  QUESTÃO 39 
   
Uma paciente de dezessete anos de idade teve ingesta  Uma  paciente  de  34  anos  de  idade  realizou,  há  três 
acidental de soda cáustica aos dois anos de idade, que evoluiu  dias,  retossigmoidectomia  com  anastomose  primária  por 
para  estenose  do  esôfago  distal.  Estava  em  seguimento  endometriose  profunda,  para  tratamento  de  infertilidade, 
ambulatorial  em  programação  de  dilatação  endoscópica  por videolaparoscopia com drenagem. Há um dia, apresenta 
sequencial, mas, durante uma endoscopia de rotina, ocorreu 
dor abdominal difusa, com defesa muscular e dreno seroso, e 
uma perfuração do esôfago distal de aproximadamente 2 cm 
está febril e taquicárdica.  
na  transição  esofagogástrica  e  ela  foi  encaminhada 
 
imediatamente ao serviço de emergência.  
Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
 
Com  base  nessa  situação  hipotética,  assinale  a  alternativa  correta. 
correta.   
  (A)  Quando  operada,  a  endometriose  pode  induzir  o 
(A)  Essa  paciente  apresenta  uma  perfuração  aguda  do  aparecimento de febre e taquicardia por liberação do 
esôfago  distal  e  deve  ser  operada  com  urgência  para  fator  de  necrose  tecidual.  Como  a  drenagem  está 
realizar sutura da lesão com valvuloplastia e drenagem  serosa,  deve  ser  realizada  analgesia  para  melhora  da 
da sutura.  dor. 
(B)  Como essa paciente apresenta uma perfuração aguda  (B)  Quando  realizada  a  drenagem  da  cavidade,  existe 
do  esôfago  distal,  com  estenose,  deverá  realizar  prevenção  para  aparecimento  de  fístulas,  portanto  a 
ressecção  do  seguimento  com  anastomose  paciente  deve  estar  apresentando  infecção  do  trato 
gastroesofágica.  urinário. 
(C)  Como essa paciente apresenta uma perfuração aguda  (C)  Esse quadro clínico sugere deiscência de anastomose. 
do  esôfago  distal,  com  estenose,  deverá  realizar 
Como  a  paciente  já  está  drenada,  deve‐se  realizar  a 
gastrectomia  total  com  anastomose  em  Y  de  Roux 
troca de antibiótico para tratar a sepse. 
acima da estenose, que deverá ser retirada. 
(D)  A paciente apresenta sinal de peritonite difusa e deve 
(D)  Essa  paciente  apresenta  uma  perfuração  aguda  do 
ser submetida à reoperação para provável tratamento 
esôfago distal, com estenose, e deve ser tratada com 
prótese revestida e drenagem do hemitórax direito.  de deiscência de anastomose. 
(E)  Essa  paciente  apresenta  uma  perfuração  aguda  do  (E)  Nas anastomoses grampeadas, que são realizadas por 
esôfago distal, com estenose cáustica, e deverá realizar  videolaparoscopia,  as  deiscências  de  anastomose 
esofagectomia  por  toracotomia  direita  com  nunca  acontecem.  Sendo  assim,  a  paciente  necessita 
gastrostomia e esofagostomia.  de realizar exames para esclarecer o diagnóstico. 

ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  12 


 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 40 
 
Uma  paciente  de  34  anos  de  idade  foi  ao  hospital  por  apresentar  fraqueza  e  febre  há  dois  dias.  Ela  realizou  uma 
colecistectomia  por  colelitíase  há  um  ano.  Ao  exame  físico,  estava  obnubilada,  sonolenta,  febril,  desidratada  e  
ictérica  3+/4+,  além  de  confusa.  Seu  abdome  se  encontrava  doloroso  à  palpação  de  hipocôndrio  direito,  com  fígado  palpável  
a 2 cm do rebordo costal direito. Tinha frequência cardíaca de 120 batimentos por minuto e pressão arterial de 90 por 50 mmHg. 
À ausculta pulmonar, não apresentava alterações.  
 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
 
(A)  A paciente apresenta a tríade de Charcot e evoluiu para pêntade de Reynolds, por isso tem uma emergência de realizar 
drenagem da via biliar. 
(B)  A  paciente  apresenta  uma  colangite  grave,  provavelmente  por  neoplasia  de  cabeça  de  pâncreas,  por  já  ter  realizado 
colecistectomia. Nesse caso, deverá realizar tratamento com antiobióticos e evitar manipular a via biliar. 
(C)  A paciente apresenta a pêntade de Reynolds, quadro clássico de hepatite fulminante, tendo indicação de transplante 
hepático de urgência devido à síndrome hepatorrenal. 
(D)  A  paciente  tem  diagnóstico  de  pêntade  de  Reynolds,  secundário  à  colangite  aguda  tumoral.  Nesse  caso,  não  deverá 
realizar drenagem biliar interna ou externa, pois ambas podem evoluir com abscesso hepático. 
(E)  A paciente tem sinais de colangite aguda grave por lesão da via biliar iatrogênica e o tratamento de escolha é realizar uma 
anastomose bileodigestiva na urgência. 
 _____________________________________________________________________________________________________  
 
QUESTÃO 41  QUESTÃO 42 
   
Um paciente de dezesseis anos de idade foi ao serviço  Uma  paciente  de  38  anos  de  idade  realizou 
de emergência com história de febre baixa há três semanas,  tratamento cirúrgico para obesidade, há dois anos, por meio 
fraqueza e inapetência. Referiu ter perdido 3 kg no período,  da técnica de bypass, ou cirurgia de Fobi‐Capella. Apresentou 
colúria,  mau  hálito  e  odontalgia.  Negou  acolia  fecal.  Ao  perda de 42 quilos e está com índice de massa corpórea atual 
de 22 kg/m2. Refere episódios de dor epigástrica e vômitos 
exame, encontrava‐se febril, desidratado e ictérico 1+/4+. À 
esporádicos nos últimos seis meses. Há três dias, apresenta 
palpação cervical, foram identificados linfonodos dolorosos e 
piora  da  dor,  com  vômitos  frequentes,  e  não  consegue  se 
aumentados em cadeias jugulares.  
alimentar  nem  de  sólidos  nem  de  líquidos.  Ao  exame, 
 
apresenta  abdome  doloroso  em  epigástrio  e  pouco 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa  distendido, sem sinais de peritonite.  
correta.   
  Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
(A)  O  paciente  apresenta  infecção  dentária  e  deve  ser  correta. 
encaminhado ao bucomaxilo para extração dentária.   
(B)  Além  de  provável  infecção  dentária,  o  paciente  pode  (A)  A paciente tem gastrite. Sendo assim, o melhor para ela 
ter  uma  colangite  aguda,  devendo  ser  operado  para  seria realizar uma endoscopia digestiva alta e receber 
colocação de dreno de Kehr.  antiácidos. 
(C)  Uma  complicação  possível  das  infecções  dentárias   (B)  No  momento,  a  paciente  apresenta  um  provável 
é  a  formação  de  abscesso  hepático  amebiano,  quadro  de  abdome  agudo  obstrutivo  por  hérnia 
interna.  A  realização  de  tomografia  confirma  o 
devendo‐se  realizar  tomografia  e  drenagem  se  o 
diagnóstico e seu tratamento é operatório de urgência. 
abscesso for maior que 5 cm. 
(C)  A  paciente  apresenta  os  sintomas  clássicos  de  fístula  
(D)  O abscesso hepático secundário à infecção dentária é 
do  estômago  excluso,  devendo  ser  reoperada 
possível de ser diagnosticado por meio de ultrassom ou 
imediatamente. 
tomografia  de  abdome.  Se  for  menor  que  2  cm,  é  (D)  A paciente apresenta síndrome de Dumping e deve ser 
possível  tratar  o  dente  e  manter  antibioticoterapia  orientada quanto à sua alimentação para melhora do 
prolongada para tratar o abscesso hepático.  quadro. 
(E)  O  paciente  provavelmente  apresenta  quadro  de  (E)  A  paciente  apresenta  síndrome  da  alça  aferente, 
mediastinite,  devendo  ser  tratado  com  toracotomia  devendo  realizar  exame  de cápsula  endoscópica para 
com drenagem ampla.  identificar lesão típica em íleo terminal. 
ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  13 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 43  QUESTÃO 45 
   

Uma  paciente  de  63  anos  de  idade,  diabética  e  Um paciente de 62 anos de idade sofreu uma queda 


hipertensa,  foi  ao  hospital,  queixando‐se  de  lesão  perianal  de escada de aproximadamente 2 m de altura. Foi levado ao 
que sujava a roupa íntima, com secreção purulenta, há três  pronto‐socorro, pelo resgate, em prancha longa e com colar 
dias.  Ao  exame  físico,  apresentava  orifício  perianal  com  cervical.  Na  avaliação,  o  paciente  apresentava  frequência 
secreção  purulenta  e  área  de  hiperemia  e  crepitação,  cardíaca  de  86  batimentos  por  minuto,  pulso  cheio,  vias 
acometendo nádegas, raiz da coxa e vulva, estava confusa e  aéreas pérvias, sangue em meato uretral, escala de coma de 
referia constipação e inapetência nos últimos dias.   Glasgow  de  15,  hematoma  perineal,  pressão  arterial  
  de 130 por 80 mmHg, ultrassom FAST negativo para líquido 
Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa  livre,  boa  perfusão  periférica,  ausculta  pulmonar  sem 
correta.  alterações e toque retal com próstata elevada e aumentada.  
 
  Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta 
(A)  Trata‐se  de  síndrome  de  Fournier  e  deve  ser  tratada  com relação à abordagem das vias urinárias. 
com antibióticos e câmara hiperbárica, uma vez que já   
tem drenagem espontânea.  (A)  O paciente deve ser submetido à cistostomia na sala do 
(B)  Trata‐se  de  um  abscesso  perianal  complicado,  com  trauma,  uma  vez  que  provavelmente  tem  lesão  de 
constipação,  e  deve  receber  antibiótico  e  clister  uretra peniana. 
glicerinado.  (B)  O  paciente  deve  ser  submetido  a  exame  
(C)  Trata‐se  de  síndrome  de  Ogilvie,  devendo‐se  realizar  de  uretrocistografia  retrógrada,  uma  vez  que 
colonoscopia  descompressiva  ou  cirurgia  para  provavelmente apresenta lesão de uretra bulbar. 
drenagem do reto e colostomia de proteção.  (C)  O paciente deve ser submetido à sondagem vesical de 
(D)  Trata‐se  de  síndrome  de  Fournier,  necessitando  de  demora  na  sala  de  trauma  para  controle  de  débito 
tratamento  de  urgência  para  drenagem  ampla  do  urinário. 
abscesso, de ressecção dos tecidos desvitalizados e de  (D)  O paciente deve realizar uma cistografia anterógrada, 
antibioticoterapia.  uma vez que provavelmente apresenta lesão de uretra 
(E)  Trata‐se  de  síndrome  de  Fournier,  necessitando  de  peniana e fratura do ramo púbico. 
tratamento  de  urgência  para  drenagem  ampla  do  (E)  O  paciente  deve  realizar  um  exame  de  cistografia 
abscesso e de colostomia de proteção, mesmo quando  anterógrada,  uma  vez  que  provavelmente  tem  uma 
o  tônus  anal  estiver  preservado,  porque  facilita  a  lesão de uretra membranosa. 
limpeza da região.   
  QUESTÃO 46 
   
QUESTÃO 44  Uma  paciente  de  vinte  anos  de  idade  foi  levada  ao 
  serviço de emergência após queda de 5 m de altura. O serviço 
Um paciente de dezoito anos de idade foi levado ao  de resgate a levou imobilizada em prancha longa e com colar 
pronto‐socorro  por  ferimento  de  arma  branca  em  região  cervical.  Ao  exame  físico,  apresentava  múltiplas  equimoses 
em  face,  crepitação  em  braço  esquerdo,  edema  e 
cervical,  em  zona  dois.  Apresentava  sangramento  ativo  em 
deformidade em coxa direita e escala de coma de Glasgow de 
jato pelo orifício, sendo indicada cervicotomia exploradora.  
12.  Na  ausculta,  tinha  murmúrio  vesicular  abolido  do  lado 
 
esquerdo,  vias  aéreas  pérvias  e  saturação  de  oxigênio  
Com  base  nessa  situação  hipotética,  assinale  a  alternativa 
de  87%.  Tinha  ainda  uma  frequência  cardíaca  de  
correta. 
124  batimentos  por  minuto  e  pressão  arterial  de  80  por  
 
40 mmHg. A bacia estava aberta e instável à palpação.  
(A)  Se  houver  uma  lesão  da  artéria  carótida  interna,  o   
melhor tratamento será a ligadura e o reparo da lesão,  Considerando  esse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
em  um  segundo  tempo,  pela  equipe  de  cirurgia  correta quanto ao atendimento primário da paciente. 
vascular.   
(B)  Se  houver  uma  lesão  de  artéria  carótida  comum,  é  (A)  É mandatório o estabelecimento de via aérea definitiva 
preferível  ligar  a  lesão  para  interromper  o  para a paciente na admissão. 
sangramento.  (B)  Deve‐se  realizar  radiografia  de  tórax  para  procurar 
(C)  Para se identificar a diferença entre a artéria carótida  hemotórax  ou  pneumotórax  simples  que  esteja 
interna e a externa na cirurgia, é necessário dissecar a  levando à alteração do exame físico. 
croça da artéria carótida comum.  (C)  É primordial a obtenção de acesso venoso central, para 
(D)  Para se identificar a diferença entre a artéria carótida  reposição volêmica adequada, por meio da aferição da 
interna e a externa na cirurgia, é necessário saber que  pressão venosa central. 
apenas  a  artéria  carótida  externa  emite  ramos  na  (D)  A  paciente  deve  ser  imediatamente  encaminhada  ao 
região cervical.  setor de radiologia para realizar tomografia de crânio, 
(E)  Para se identificar a diferença entre a artéria carótida  devido ao rebaixamento de nível de consciência. 
interna e a externa na cirurgia, é necessário saber que  (E)  Quando o ultrassom FAST não está disponível, o lavado 
apenas a artéria carótida interna emite ramos na região  peritoneal  diagnóstico  é  uma  alternativa  em  caso  de 
cervical.  suspeita de trauma abdominal fechado instável. 
ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  14 
 
SANTA CASA DE SÃO PAULO  Aplicação: 2018 
 

QUESTÃO 47  QUESTÃO 49 
 
 
Um  paciente  de  32  anos  de  idade  foi  levado  ao 
Um paciente de 22 anos de idade foi levado ao hospital 
hospital, por familiares, após ter sido vítima de agressão com 
por ter sido vítima de colisão de automóvel com poste de luz. 
barra de ferro no crânio. Ele apresentava escala de coma de  
Na  admissão,  encontrava‐se  hemodinamicamente  normal, 
Glasgow de 12.  
  sem  lesões  neurológicas,  e  com  pouca  dor  abdominal  à 
Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa  palpação, sem sinais de peritonite.  
correta.   
 
Com  base  nessa  situação  hipotética,  assinale  a  alternativa 
(A)  Ao obter o resultado da tomografia de crânio, caso seja 
correta. 
visualizada  uma  imagem  parietal  biconvexa, 
 
confirmando  lesão  intraparenquimatosa  cerebral, 
(A)  Após realizar ultrassom FAST positivo para líquido livre, 
deve‐se realizar tratamento cirúrgico. 
está  indicada  laparotomia  exploradora  para 
(B)  Ao obter o resultado da tomografia de crânio, caso seja 
tratamento de lesão de víscera oca. 
visualizada  uma  imagem  parietal  biconvexa, 
confirmando  hematoma  extradural  cerebral  com  (B)  Caso a tomografia contrastada de abdome mostre uma 
desvio  de  linha  média,  deve‐se  realizar  tratamento  lesão  hepática  grau  III  com  extravasamento  de 
cirúrgico.  contraste, o melhor tratamento será o endovascular. 
(C)  Ao obter o resultado da tomografia de crânio, caso seja  (C)  Caso a tomografia contrastada de abdome mostre uma 
visualizada uma imagem parietal biconvexa com desvio  lesão  hepática  grau  II  sem  extravasamento  de 
de  linha  média,  confirmando  hematoma  extradural  contraste, o melhor tratamento será a cirurgia. 
cerebral, deve‐se realizar tratamento não operatório.  (D)  Caso a tomografia contrastada de abdome mostre uma 
(D)  Ao obter o resultado da tomografia de crânio, caso seja  lesão  hepática  grua  IV  sem  extravasamento  de 
visualizada  uma  imagem  parietal  biconvexa,  contraste, o melhor tratamento será a hepatectomia. 
confirmando  acidente  vascular  cerebral  hemorrágico,  (E)  Caso o ultrassom FAST seja positivo para líquido livre, 
deve‐se realizar tratamento cirúrgico de clipagem.  está  indicado  lavado  peritoneal  para  confirmar  a  
(E)  Ao obter o resultado da tomografia de crânio, caso seja  lesão  de  víscera  oca  por  meio  da  análise  do  líquido 
visualizada  uma  imagem  parietal  biconvexa,  peritoneal. 
confirmando  acidente  vascular  cerebral  hemorrágico,   
deve‐se realizar tratamento endovascular.   
  QUESTÃO 50 
QUESTÃO 48   
 
Uma  paciente  de  25  anos  de  idade  foi  levada  ao 
Um  paciente  de  dez  anos  de  idade  foi  levado  ao  
serviço  de  emergência  do  hospital  por  ferimento  de  arma 
pronto‐socorro  por  ter  sido  vítima  de  atropelamento  por 
branca  em  terceiro  espaço  intercostal  esquerdo,  em  linha 
moto.  Na  avaliação  primária,  tinha  as  vias  aéreas  pérvias  e 
estava com colar cervical e prancha rígida. Após colocada a  hemiclavicular.  
máscara de oxigênio com reservatório a 12 L por minuto, a   
ausculta pulmonar era normal. Apresentava pressão arterial  Com  base  nesse  caso  hipotético,  assinale  a  alternativa 
de  90  por  60  mmHg,  frequência  cardíaca  de  132,  perfusão  correta. 
periférica regular, escala de coma de Glasgow de 14, pupilas   
reagentes e grande deformidade, com exposição óssea, em  (A)  Se  a  paciente  apresentar  uma  parada 
coxa esquerda, com sangramento em babação.   cardiorrespiratória,  está  indicado  realizar  uma 
  toracotomia  esquerda  para  reanimação  na  sala  de 
Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa  trauma. 
correta a respeito da prioridade no atendimento do paciente.  (B)  Por  se  tratar  de  uma  lesão  em  zona  de  Zidler  e  de 
 
(A)  Em  crianças  com  fratura  exposta  de  membro  inferior  transição  toracoabdominal,  se  o  paciente  estiver 
com  sangramento,  são  prioridades  a  redução  da  hemodinamicamente  normal,  deve  ser  realizado 
fratura  e  a  fasciotomia  para  prevenir  a  síndrome  ultrassom  FAST  para  avaliar  o  saco  pericárdico  e  o 
compartimental.  líquido livre intra‐abdominal. 
(B)  Essa criança apresenta sinais de trauma craniano grave,  (C)  Por  se  tratar  de  uma  lesão  em  zona  de  Zidler,  se  o 
sendo prioridade realizar a tomografia de crânio.  paciente estiver hemodinamicamente normal, deve ser 
(C)  A  prioridade  no  atendimento  do  traumatizado  é  realizada  a  punção  de  Marfan  para  avaliar  a 
garantir uma via aérea definitiva por meio de intubação  possibilidade de lesão cardíaca. 
orotraqueal.  (D)  Por  se  tratar  de  um  ferimento  de  transição 
(D)  Como  a  criança  está  hemodinamicamente  instável,  toracoabdominal,  é  importante  realizar  uma 
deve  ter  como  prioridades  a  realização  de  ultrassom  laparoscopia para avaliar lesão diafragmática. 
FAST  e  a  obtenção  de  acesso  venoso  periférico  (E)  Por  se  tratar  de  uma  lesão  em  zona  de  Zidler  e  de 
calibroso.  transição  toracoabdominal,  se  o  paciente  estiver 
(E)  Como  a  criança  está  hemodinamicamente  instável,  hemodinamicamente  normal,  deve  ser  realizada  a 
deve  ter  como  prioridade  realizar  laparotomia  tomografia de tórax e abdome para avaliar o diafragma 
exploradora antes do aparecimento da tríade letal.   
e o pulmão. 
ISCMSP/2019  PROGRAMAS COM PRÉ‐REQUISITO EM CIRURGIA GERAL  15 
 

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