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Cerri by Laz Five de Carvaio Cosa, Georges Feo Raimundo Santos (orgs) et ali, 2008 . Din 8 desta edd reservados & MAUAD Edo ide foes ie Certificagao florestal no Bras valorizagio comercial e ambiental Rua Joaquim Silva, 98, 5 andr “apa — Rio de Jansio— RI — CEP: 024.110 el 21) 3479.7422 — ax: (21) 3479,7400 mana ve neti onion Uae DUH ‘Rodovia BR 465, km 07, Sala 102 PI » Cte 29000) seee ‘0 sucesso do selo verde como mecanismo voluntario para valorizar 0 contetido ‘Tel: (21 2682. ambiental dos produtos comercializados & evidente na experiéncia brasileira com 3 certificago florestal, tanto em nivel empreserial quanto comunitério, © movimento com o propdsito da certificagio florestal é um fendmeno impulsionado pelo consu- ‘ior, visando maior competitividade no contexto da sustentabilidade global. A dis- posigio do consumidor em pagar por produtos florestais de origem sustentivel repre- senta um incentivo nessa diresio, uma vez que essas normas atingiram o status de ‘uma convengio de mercado. O acesso diferenciado aos mercados mundiais, cada vez mais segmentados, estimulou a certificaga0 pelos gerentes de empresas de manejo flo- restal na Amazénia, empreendimentos comunitirios e ideres de mercado entre as em- presas brasileiras fundamentadas em plantagSes florestais. Entretanto, 0 enorme volu- ‘me de madeira que entra no mercado brasileiro, oriundo da extrago ilegal na Amaz6- nia, atua como uma barreira para a expanséo do manejo florestal certificado. Enquanto houver regulamentagdo e erescente exaustdo das reservas florestais de acesso livre; @ rea certficada deverd crescer. A certficagio voluntiria uma maneira mais barata do ue o controle regulatério para internalizar os custos ambientais do beneficio global wormaitorsst be Projeto Gro: Nilo de AsteMiuad Baitore Mustragdo da 4° Copa Edvardo Ferrio Cotton: elo Camis, Cra Verba do Nascimento, Regia Coen, Giheme Moi e Tea Pail {lP-BRASIL: CATALOGACAO-A FONE SINDICATO NACIONAL 005 EDITORES DE LIVROS, mone io de Caratho ce 1. Visio geral do setor florestal brasileiro ‘Concentrando niiosomente a maior paeela de floresta amaztinica eo mais exten- simultaneamente, 9 maior 8 que 86% dos 26,5 mi de diversas madeirasextruidas, anvalmente, da reido amaztnia, so consu- ‘ios intermamente (Smerldi & Verissimo, 1995) O populoso estado indutial de Sto Desenvolvimento ru lvio de Carvalho, 1949. cpp: 307.72 DU: 31633455 conomistae professor do CPDATUFRRI. so a "YALORIZACKO COMERCIAL E AMELIA, @ paulo, sorinho, consome 5,6 milhdes de mano, ultrapassando o volume de madeirs tropical consumido pela Fraga, Gri-Bretanha eExpanha juntas parte da ddemanda por madeira esté no setor da construgdo, que, apes sido pelo produto, coloca pouca énfase na qualidade ou no fomecimento sustentivel ~~ grande volume a das de corte, deflacionando, ainda mais, os pregos ea qh tropical brasileira & proveniente de desmatamento: cerea de 2,3 florestas fo anualmente cortados para expansdo da agricultura ¢ out 10s por FSC nos estudos de ease abaixo. Os [BS — Espisito Santo; SP ~ Sao Paulo; PR Porané; PA Pars; AM ~ Amazonas; AC ~ Acre. ere HM sexys profes maéierosrespondeno por 1% d prod de 7 a(Smeral oi tropa, pio e Cone Su-AS exportages de produtos ma rimarane onsen crea de 2,7% das exports slobas destesprodutos dei PTO, 2001) A expres de pode eels de papel oUt no an 2000 i de $3.2 ies 90 an de 2000 (aos 2002)-No mse an, o ram divin aera o quarto maior forced de cel eel por 727% sini. © Brasil tam vv dasexportages man ca int re pensenport2es de madeira compensada, compreendendo 5,6% do forne~ quinto cimento no mundo (ibid.)- 2, Amudanga de padriio no mundo pelo manejo florestal certificado : 1e 0s produtos e servigos florestais sejam produzidos de ma- exigéneias de que os produtos e servigos jam produzidos a susentivelrefletem a preocupacdo mundial pela protesso da biodiversidade © 0 neira sustent ee an eos eco nv ocean Jo manso Resta da ento em favor da certficagio florestal comegou no final dos anos 80 ‘dos consumidores do Norte contra madeiras tropicais oriundas do © movitn com 0 boicote estados, dentro da Ge cue tea (Parand, Son Catarina, Rio Grande do Su, $59 Paulo € Bahia). ‘na preocupagt histria com a naurezalevouo Grupo Klsbin a reser torestasnativasricas em espécies, que agora constituem 40% das propriedades de temas da empresa em uma extensio de 400,000 hectares, uma considerivel heranga ___paraa conservago da biodivers ade e pesquisana regio, que foi largamente desmatada ‘Menos de 7% da Mata Atlantica, ainda, perm ta apés 500 anos de ocupago, colonial (SOS Mata, , 2002). Lider na adogSo de padres ambientais volunta © primei- ro empreendimento a receber a certficagéo forestal 60 FSC + or suas operagées no Parens, em 1998. Nessa époce, vérios empreendi- na, Dor Stmportantes de celuiose e papel no Brasil estavam procurrit & mrctiieacdo 1S0 14.000 de normas de gestao ambiental. Com ct GBeracto de Kiabin pelo FSC, consideravelmente mals rat operacto oo tamente forcado a acompanhar a demanda ~ 0 ier do mercado Sev o pesto iniial, elevando 0s padres de todo 0 setor ‘A operacfo eo Klabin no Parané comegou em 1934 no municing os qelerncr gorbe, em terras originalmente cobertas com Araucérias nati, {que serviram como fonte de ma ima, no inicio da fabricagéo de produ- ae je papel da companhis em 1946. Na época da cerificagso, 9s per tos oe papa ocupavarn 120,000 hectares em espécies de prema ¢ PA 3 corrpasg ncluiam reserves lorestalsnativas com cerem de 98.000 NECN, sea es rig terres e naquelas de contatados tercerizados da ihe or ae orestas da Kiabin cobrem quase 85% do municipio, formando, assim, Ss rincipal elemento paisagistico na rea (Imaftore, 1997) Ua das particlardades da certficaglo da Klabin fot 9 extensdo do 80 niais e arométicas sd agora conver ‘endidos tanto no mercado nacional quanto internacional, in chds, cremes, pomadas, colorantes, xampus e xaropes (Klal 5, Certificagio versus medidas regulat6rias custos ebeneficios paraasociedade A expsto do manso oral cerifiado no Bai como em gualqsr oo ingar nos tpn, scompana oeresimento da consign de que as mei & controle regulatério e as multas sdo insuficientes inden nutes pra ameizac pees cst pela extragdo madei heya predatéria. Um incentivo de mercado, também, & nevessirio. ‘A certificagio florestal é, por conseguinte, parte de um grande debate sobre a relativa eficdcia das medidas de comando e controle (0 chicote) versus os incentivos econémicos (a cenoura) como opedes de pK certificagio & aquele que estimula a promor3o da adogio voluntér manejo mas sstentveis, ida pelos beneeos econémics potenciis seem obti- ds dt. Tis beneicos podem veda demands ou guiados pelos custes de produsto: a) pregos superiores ao valor de mercado médio; b) realce ou manutengo do acesso 20 ‘mercado; ¢ ¢) maiores produtividade e lucratividade na centes da adogaio das téenicas do sistema RIL e outros pré-reqi ago da floresta, proveni- tos para.a certificagao, ‘ ‘certificate pode, portato, se eategrizada como um instrumento eondmio le beneficio ambiental, uma vez que incorpora existéncia de um estimulo financeiro, rea Ge manejo para inclir as teras dos seus fornecedores tercevrnaeos: ar oe Jo ae suas precausbes para resoluGso de confitos de tei. go em sgo um problema para os fbricantes de produtos maceles es” gue 380 TreqUentemente forgados 2 obter suprimento de ‘danastas no s50 certficadas ou que tiveram disputa de tku- a. entfo, necessérlo que eles separem suas operacdes com, 1 ormenrticada daquelas nBo certificadas no processo industrial, pare Qo” reas eustadia de produtos certficados. Ao expand 2 dren cert!= wa para incu os formecedores externos, a Klabin garantiv que tratzra- prima certificada fosse suiciente pare atender 20s pedidos & Temnpo, ajudou a resolver as disputas de posse de terra nas areas ¥ inhas. ‘A protecdo, dada pela Klabin, as principal reservas de florestas naturals do estado const Ide beneficio socioamblental. Além de conceder oe SSontexto para continuas campanhas de educacBo ambienta) ¢ Pet wre eite do Kabin de floresta certicndateve, como uma divisso, 9 ¢=" aaeacae ge ervas da compan e as instalagbes faris de produos medic a pesibildade de apo voluntiri ea intengo de manter ou “nt ma sas da soy, Par a nese ecvavnet, cpa vantage elon ms eet fomecet eens pr na matin emma competes oo ns esas menos vulneriveis is presBes de suborno ¢ corrupgo entre madeireios cor ruptos e agents do governo (May & Veiga, 2000). A eerticagio de Norse assim, € “um pressigio de circulo virtuoso, reforgando : : ago entre as forgas de mercado € a Pela primeira vez, os ‘vez, 08 empreendimentos madeireiros no Brasil ~ historicamente pereebidos como inimigos da sociedade e da natureza ~ sfo impulsionados pelas Forgas een demercadoa admit os objeivos socsis eambientas. Os consumidores nos palace do ‘wot conncie ramen Norte tém um papel importante em incentivar essa mudanga, Como ‘compradores de produtos madeireiros de ato vsloh dey da vez mais, insistem na certificagSo de frigem sustentivel como motivo Pare vetrar no mercado. Mas seus beneficios para o cada vez mais, reconhecidos € trouxeram mudangas que reforgam as leis veep exabelocernormasnacionasdeprodusso, dade social e ambiental na indstria VID, a ee Ala Bs Uc Costs and benefits of forest management produc Amazonia. Forest Ecology and Management 108: 9-26, 1998. BRAGA,E, Certcago Floresta oes : Omsereado de prodtoscerifiados no Brasil Pircicabe: Brasil sio, CIKEL A Evolugao do Processo de Cer swunw.cikel.com br. FAO. Global Forest Resource Assessment, 000. resultado tem sido clevar 0 nivel da responsabilis ed ren ei 8 roo SNES ‘bem como rh ay comaniads locals afta els oPeaS SS forests. ‘As organizagbes nflo-governamentais © empreses visiondrias ineentivaram esses ; ris, Superaral FSC, ynuficons og.ms. avangos,Agfonas rentesnacionss sind, € nee ria, Superaraex eee ‘madeira é um pré-requisito a0 sucesso iéa expansio de empreendimentos cert icados, FSC-Brasil. www.fsc.org.br. Currently stewardship Council, Oaxaca, México, 2002. enquanto as ages para impedir & ‘fintmica da expansdo das mudancas agricolas 2002. urrently certified forests and chain of custody operations, feonteira permanecem imperativas. A isseminagSo efetiva dos padrdes nacionais . produgdo, aperfeigoados pelo sclo evolégico voluntério, conforme os critérios do FSC, {um outro desaio para 0 futuro, ‘Achegada de Lula 20 poder —declarando £0 foi um bom pressigio pare 08 avan6 preendimentos ‘comunitérios, bem como os raed str forest Ogoveo abn st cmD OT corrupgio na regulamenta em valorizar o papel a neo comer depots resis cama wns de receita externa, visando estabilizar = para um novo eirulo virtuoso de resem paises do Norte procuram, cada vez 91% ‘produtos diferenci fe origem sustentivel. Um novo mundo de FAOSTAT, Forest produ: en production and export st 8, 2002. hitn:l/anps.fa ‘ HOMES, TP, BI SOMES, 2, BLATE, OM; ZWEEDE,1C; PEREIRA R; BARRETO, ee cnomers st ompromsetimento com 0 obi Tropical, 2002 ne Anni renal Btn Fano Fe sna certificago dos eM IMAFLORASMAI MAFLORASMARTWOOD, Rio po do lth deca KLABM. P in Fabricadora de Papel ¢ Celulose 8.A. Di Eee, -ulp and Peper Industries (2002) wwrw.klabit isto Parané, 1997, MAY, P’ nanager Ys Ls VGA NINO, Fo ari er \mazon: the importance of costs. Rio de. iene a mae consumidores dos th cas socioambientais nidade existe para promover wn maior fomércio e cooperagio internacionsl C27 jndistia madeirera certificada do Brasil Plame ment and Development - ITED, De | 2sanmenaeit (TZ n Deustch Geselichaf fr Tel Sunn ), 200, Dispenve! pra dovnlod no ste anewprnaton wate a. Amigo novo quadro. Ripe ake cee eee a — nia Brasileira, 2002. a ira na Ama- 3: VERISSIMO, A. Acertando o Alo: C Eaein es ‘onsumo de madeira no mereado interno Referéncias bibliogrsfieas Mana, P Evatuacin de as condone, OS TS! del Moncjo Ee ced aan ro enla Amazonia Brasilia, Masters TPS ‘CATIE, Tutialba, Costa Ri, ton, 1999, so florestal. Belén: Friends of the Eath-Amazon Program! _ SOctEDADEB: . = Manejo Fores Coraisrio na ArmazOnia Bes - PRASILE <5 AMARAL NETO, MN 3 ducagto Ia 808 MATA at nee NCULTURA (2001) uta Sark AN pense aspentvs Bras: sue BRELES P cap Ite Mag nATA ATLANTICA. Alas de Re lr Anuiro ests. Sisto Ava ae . »manescentes da Mata Atléntica, So Paulo: SOS AZEVEDO, T.R- de. Catlyzing Chanees analysis ofthe Role of FSC Forest Ces Ginny, 4 w vtard Choices, Soft Law: Volum ag] 0 de madres, “imara de Deputados, Governa do Bras ’ spared for EnviReform {Governance ~ Toronto, November 1998, @ sustainabl for natural forest THaNSBCTeT! and smal pnts BSALQIFEMA-MT=1O1: Dis wail SINHA, V.A convengio do dsenye) r tas. Disseriago de Dowroradoy CPDA/UFRRI, Rio de 5 “wht pancate/oesana ‘Forest and Trade Networks, 2002. Notas ate trabalho foi prearado 2 pido spate eotibuigso de Femanie CO ‘eign Neto na sego MOVIMENTOS SOCIAIS ‘Tasso forte, tot cared uma ool ds Grios de COMPOS de Madeira Centifieda ~ 0 primeiro ds a er Unido wn 1991 ~ queues compantin de ‘consumo de madeira em Tespost i a omproetendo-e pel substan sore as compeadas por ces, orgecevion, Tomnecodores evenuais, comeraram & Presi fe Compradores para express papel ero gusa(baseado Pees, Amaral 200s & Amaral Neto GOO)

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