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ao a certos contemponiness seus 2, sobrvtudo, em contraste co ‘S.qoine dominantes, Todos estes problemas, todos estas dificul- dBdes todas estas facia so com eleito expostas auma linguagem Gite precisa e despida de arifieios teririos, O que prova, sem ‘ Gide” a tua gronde suioridade na matéria. Mas tambem 2 sua iy preocupacao como ieitor. Goldmann dirigese ao estudante, 20 PrrGssador, agueles ue querem compreender conhecer; nO thes digs +Agui tim a verdade, a ‘nvestigagio terminouss mss sls Petiercmente, mais agocoramene: seite 2 o proolez, a5 Zisdes so Gaminno-—-que me parece menos sontestavel —, Sveroliciar revolvers, Lendo estes textos, Tecsbendoos, no Some verdades delinitvas, mas sobretade como imperiosos apeios So deienvelvimento de uma epstemologia dlalétics, podemos aft- mar que 0 ceminho que eles abrem no & um impasse Senie Note 0 Gems heed d Phi bia eee RD ce ane 1. SER E DIALECTICA Nao se pode pensar 0 Ser de mansira adequada nem asir sobre aie, visto que abrange ignaimente 0 sujeito do. pensamerto wa tego Nao se pode conocer 0 Ser e maneira adequada zor ‘uuieao, visto que ate abronga também o mundo extertar sal mee ste se apresenta no. ponsamtento tedrico © na acpGo. A nica ma hire dese atingir « ligagdo mais vilida entre, por son lado, © petsumento « 4 acpdo e, Por outro, o Ser, # consttuida pela att Mie da eposta consclente do sou extatuto proprio e dos seus Jum ements ontolgicos. 1 8 De modo imediato, qualquer rellesio da consciéacia sobce ‘si propria e sobre o seu estatuto verifiea primeiramente 9 sep aslo entre 0 sujelto e 0 objecto, entre o eu ¢ o mundo. Peaso am mundo que, sendo objecio do meu pecsamento fem um estatuto epistemoldgico diferente do ca minka propria, ‘omselfaela, Do mesmo modo, actuo sobre um mundo que, sexdo Sbjecto da minha acglo, tem um estatuto pritico dilewnte de tim mesmo, constituindo um dos polos de ume estrutura siobal fda qual eu sox 0 pélo complementar, No entanto, basta que a reflevio avance um pouco pars se aperceber de que e ifel accitar esta dualidade assim ost, 14 So dicussdes préiaideticas entre 0 Tacionalismo eo idealiszo, Sntcriores a qualquer reflesio sobre 0 devir, aos mostraram 2 uislnela de Guas posigtes opostas, complementarts entre sie, ‘num plano née-dindmico, igualmente fundsmentadas: a que, rsd. Fado’ o objecto a0. sujeito, considerava o mundo exterior come tuma,simples modifiagio da conscitacia, e = que, reduriudo o Sajelto. ao objecto, transformava conselénela mim ~simpes a bE fee a retlexsi Siete sees eee tee ste receceneer alae ‘nda png nla de una nade nana a Que gosianamos Je chomat, pare empregir dow termos pelos hts an veer sega Glow contempornea 9 Set 1 peasameny tsieico 280 poder eam oti, separa rae caluvaie 9 sujoie vo eajeeto, dado que qualquer reieedo soars O tmundo extern Uescobee esto smo Sendo de sina eatureay ‘al faye daroate a sua evlueso tumou posstel e tales ste sectsie foo apavecimento do vida e por consegue, da conscleac eve penis actualmen “sim, 0 objeto contém wruslmente desde 0 iio « torn posse slo que vim a sae, om dado momento ua génese, 9 Fj do peasamenio © ce acgan. 8 inveramente, 9 sujeito 28 fe contenta em compreender a natureza e a sociedade, ein tomar Conhecimento da stn estates, O seu conhecmento manifestese Sempre ligado A ang, a0 trabalho qu es transforma, etal Todo que 0 objecto, enquanto objecto, e sem ser de mod algum eduzido a um simples facto de conselincia, € no entanto em grande pare 0 ploduto do sujeito cuja estrutura ¢ aspiagSes exocine + Portanto, som car 08 unlaerlidade do igeatisno que redux biecto #0" sujeito ou Jo materialise mecanista que fede ersujeto as aeaiuio do_obfesto, devemos venfienr que 2 dual age sujeteabjecto so pods ser concebida de. mancira valida Sobte o fondo de uma sclagdo mais compiexa que sesonhece 30 Sujelto, enquanto.sujeto, ume uatuniea-abisstie, cso objec, fnquanig al (Pan s prouaide pale cemsaizento 2 ot ‘athe dos omens), uma natureas subjects. "sto sgnica que o sijelo © 0 objeto 96 podem ser pen sados de uma marcirs valida desde que se consign integrtlos roma cririfirs do conjant, © Ser-ou-a-Tolsidade, caroetenz Zo entanto-—e ¢ mato que ceosite 4 clleuldade de Tormslagdo de quaiguer pensamnio tllceico pelo facto de nto poder cone tur objeto leper adeguado ‘nan objeto da Eivio pla simples tao Ze gue qualquer penesteno ow aca se stuam eles préprios no interior do Ser, e ao podem separst-se dele para 0 tatarem coma objeto, SEs por isso que, sem cait no irractonalismo e estando com seocidos de que 8 elo humana consepurs ecidar cade ex Jmelhor a nates do mundo sismico e himeno, os parece que ia elucidapio munca sera ‘teytal e que permaneceré sempre no 2 pensamento ¢ na sc¢do dos homens um ligado 20 sea estatuto ontologies. ‘o lado as suas fungées exolicavas ¢ mois hi muito ‘assinaladas pelos sociologos, a ideia Je ivindade era talver tare bent a. exprestéo deste idecl ‘rresizavel de um sonkecimen:s bjectivo do Ser, ideal contraditorio sem o qual o homem 240 ode passar e que, No ontanto, nunce consegue ating sfocsa 2 Neste sentido, soncordariamos com penstdores como Lukes Heidegger, quando afirmam que nenhum pensamento do nd: ‘ativo ow imperative, tebrieo ou normative, pode apoderarse do Ser no seu conjunty ou da sua naturesa nesia ou saquela man festagio parci Tmporta, com efeito, partir da distinggo fundamental en aquildW Heidegger chama © Ser ¢ o Ente © Lukics a Totalidade (que engloba 9 sujeto 0 objecto) qualquer conkeciments objectivo ou sfirmagdo de valor com pretensdes de objectividade. ‘Esta dlstinego €,allés, mais exionse do que acabamos de afirmar expifcitamente, dado que’o Ser ou 2 Totalldsde 280 36 2 sua no plano da unidade do sujelto e do objeto, enguanto 2 teorla e # norma se situam no plano da sta separagdo, como alts esta separaeao da estrutura unitie’s do er origlea, a0 proprio interior do sujelto © do odjecto, separacies ~Jativas ¢ secunds as —inevitdvels, sem divida, para actusr e viver— mas que tim vuma valldade mais pragmitica do que oatolégica. A mals anor ante destes 4 precisamente 9 que, simultanmamente derivada fadlspensivel, existe entre 9 pensamento ¢ 2 9% ers Heo e 0 aormativo. Parece bastante provivel que originalmente, para todos os sujeltos préhumanos © igualmente para a crianga de multo ten dade, esta distingio seja inesstente. 0. myndo exterior pat cles simultaneamente e iseparavelmente objecto de couheelmento fede eopdo, H sinda necessdrio acrescentar que estes termos con. tituem um snacroniemo, uma vex que introduzem no universe snimal ou infantil 9s concet:cs do homem adulto que afirms ‘unidade originar'a do entidades para ele defiitva » imvemediate monte sepevadas. (© aparecimento da dualidade do teérico © do. pritico ter lds, consoquincias grundemente salutares para oe omens, visto ‘que tomou possivels a divisto de trabalho, a cooperseio, © om ‘estas a vida social (e fol provavelmente por sua vez desenvolvido f relorcado por est) 3 A menot coopersgdo que ultrapasse as seocgdes Instintivas supae. com eleto, a senaragio (natutaimente Felatva e no rade Gap entre 0 teorico eo pritico. Apenss para que dois homens {Svantem.simplesmente una pedra, € necessirio que um deles possa indlear 0 outro, de wh mado tedrieo, wma smuitidao de Spjectos: a peda, as sus proprias acces, a5 que eabem ao outro, $s condices ao sun coorenocto, te For este rego, 3 ceio Sobre 1 aturena rors, sem livia. incomparsvelimente “mas poderosa e wilear que a do inuivisua saolado, eeconden.0) 20 2 Ennio. a conscléncia mediata a8 rolacGes entre 9 pensamento a a sesto, © por sso mesmo o proprio estat do sujeito n0 interior Ge totalidade, apresentandothe como elementos distintos e com- plementares aquilo que, atraves de um slmoro maior ou menor Ee mediagoes, constitu de facto uma unldede fondemental ‘Repetese, asi, pora © problema das valagdes entre. pen samento 2 @ acedo, a meima difereaca entre. por um I360, 05 pianos epistematigica e prideo e, por out, © plano sntoldgico ue encontrimos, no inicio deste estado, para a dualidade sujeto -objecto. i Colocase, porém, um problema sobre 9 qual desejerfamos inssts um pouco; o das Telagdes entre estes dols planos e a dife Tonga que, neste ponto, separa as posigées floséfcas de Luks tas de Heideaser ara este Ultimo, o ontoligico e 0 datico sko dais dominies Aiferentes e, no desenvolvimento concreto das suas anélises, inte ramente soparados. 0 Ontico depence da cléncia e da morat?, e Heltagger parece revonkecer inteiramente a validede dos proces sos clentficos © até clentistas para a sus, compreensi ‘A cléncia tem o sea domino, no interior do qual ela é simul- taneamente justificads © sifilente. A flosofia que visa o «Ser» ¢ nao o pode atingir stravés de wm pensamento puraments tedrico, Situase de outro modo, num plano diferente que nada parece tet fm comum com o primer. Poderfames quando muito permun- farnos se para Heldesger esses sorop excepcionals 2 particulares ‘gue slo 08 Slosafos, os povtas © of fundadores de Estado podem gu masoger alo ethos svi readin © tin la 8 SEUSS SESS alt pent edn gue ein ‘ay nto =m permenant, sna permite abrangef atin dovdo aon eras etodoa purse tari " asiluir cles prdprios abjecto de astuces clenat solion soit) 2 of pensadores mardstas em geral recusam, pelo contrario, qualquer’ distingio entre a ciéaeia @ a tilosoia2 Para eles, $0 existe um tipo de conkecimento vil, que consiste na tentativa de atingir um miximo de adequacio do_pe= Samento & realidage. Seguese, vorém, gue se esta realidade existe ‘ia totaleaue, tmcate do “wieto 4 io vevecta, ado node =e ‘alldamente comproenotia fora ce quaigver siosotla, aos pit. homers 2 gue J Simultaneamente um poradoso e, do ponto de vista 1égico, uma contradigio. Eno entonto, so prescindirmos do_sarmo slnfinitamento» (que implica a tronscendénci}, esta dalinigdo. pavecenos ser a sihlea que pode dar canta do simples facto empirieo do progresso,, ‘qual supde um devir orleniado mim sentido posiva (mesmo aye ela red save 90 dem lls, este conccito de prowresso coloce por sua ver pro- Dblomas ¢ spresenta antinomiss andlogs. Com feito, mesmo abs- trsindo do fscto capital de que toda 9 progresso, no sentido de um domino cada wer maior de naturera, esta lgado a um conjunto Ge transformacies coctis © de modifeacSes da consclénels que Snresantam im senesi mene unfoco, pois seria dflel dizer Sue 8 soeiedace neclonalsocaista constiteia simplesmente om prowresso ‘lacivamente & cidede arem ou que 28 melhores 970. Guedes lterrias conterporineas se situam 3 um nivel mais ele- vedo em telscio a0 poemas de Homero ou co teatro de. Shakes” peare, verifease que, mesma no plano tenlco propriamente dito, © conceito de promresso apresenta caracteres complexas.e aml ‘lentes, Mencionemes, por exemplo, 0 facto de que, durante um Tengo periodo de tempo fhole provavelments ultrapassado, se bem que isto nfo. seio sboolstamente certo, ta historia do capltalismo, um certo ritmo de progresso téeaico condusia periodicamente @ sises de sobreprodugio que, por rezts, paravam durante um Tapso de tempo mis ou menos Tango o desenvolvimenta das for. cgi produtvas Do mesmo modo, a deecoberta da fissto do tomo criou os iscos de uma imena destrulgio dos meios de producto @ de uma crorms resressgo teen, Finalmente, um fendmeno corrento da vida econmice ¢ 0 do atraso de um grupo social aum ou noutro sector da. técnica, precisaments devido 39 facto de ele ter estado nouires tempos, este mesmo dominio, ya vanguata do progvesto, © dever amor: ‘har no plano econémice os antgos meio: de produsto, NNo final do séeslo xxx, a superoridade da indistis alema ovine em primelo ‘vear ao desamrelvimento tardio. do capita smo alemo 20 I cauiperse com maiguinae mademae ro momento em que os gutros grandes paises capitalists (nome Gomente a Inglatersa ea Franca) tiaham singe de amortizar 4 cocto quo suites vents a coasorréacia aumentaia durante = cite aunt flit astvo do peopreso teen 6 4mm ‘mento zparetho “asnieo: sum sano sass desta. ae vioridade da fede ae estradas irancesa dos anos S038 pacecenos ser uima das principais razdes do fraco desenvolvimento das auto ‘stradas da Franga actual, ‘Vese até que ponto, quando se srata de ciéncise umenss qualquer conceito se forna complero, ambivilente, © carreyado ie tiscos de distorgdo, quando # aplicado de maneira abstrac: comprecnsio da eaiidade, Alim deo, Marz mostrowo cst. Zrentz, nuo 4 apenas 2 apicucto meuinia dos ‘que ¢ absteacta; os dados empircar imeaiatos stono igualmentc ‘Um negro'é um gro, sendo apenas em cerias candies socisis que Se transforma mum escravo, chefe de tribo ou, deve ‘mos acrescentar hoje, minis de um Sstaio Independente. Un ‘maquina € uma méquins, © s3 em certas condigbes_ soc transforma em capital e, portanto, att ineio de exploracao_ da hhomem ou, pelo conirirlo, em nropriedade cle dade e, por iso mesmo, em mato de iberacdo, Vase como @ até que ponto a consciéncin tebrica, “sd 5 suas formas mais elementares até aos nvels mals slevados, implica uma distorgéo.simplifcadora da realizade, distoreio que pode no entanto, cotrgir progressiements pola ineergio, na medida ds suas possbilidades, dos factos extudados em totalidades rete cada vex mals vasias; na condieto, no entanto, de nto csquec que estas totalidades relativas se encontram num devir perptio que este devir # precisamente o resultado da acglo dos homens © que esta acgio se encontra por sua vex em ligagdo estrelta com 9 pensamento térico estes, por lss0 que, qualquer que scja_s maneira pela qual o hhomem encare 0 seu esiatuto. a sua relggSo com 0 mundo, encon- ase, porgue o faz netessariamente x0\plano da conscifacin in. Serido num cireulo que pode evidentemente alargar, mas 20 ‘lo pode de modo algam escaparse inteiramente ‘Meneionemos sinda, para iystrar esta situagto, tees exem: plos particularmente importantes 4) 0 problema da cassiiagio das cléncias ¢ da sua rk 0 com a estrutura ontoligca a realdade todos ochecerot Bs classficgées nares das Siteiae que idem ta rostemica ¢ 2 ia tc mis frie ut we dn prs Frente clncis cada vee mals poriclares, scar blogs finalmente, humans, picloga © soc clo, ve Simpiesmente, yechicase que ¢.precamente a realidade Prlcolbpen e scioliica que funaments a valde das matemd {cas dt logic, que 6 existem enquano factor pslgucos caja sxlicagdo causal © gendlen docone pacsnneste domino es ” eet fas ciénctas tnzmanas que a lassiffagdo near aitssa we 200 polo uposta Db) -Aprosentamse difleuldades andlogae quando se trata o problema, lantas ve2es sisextido, da rlaeaa cause! entre as cir Shnstinety soci vo somiportameato coe homes. 2 simulta Semente verde, com ele, que 9 somportamento dos ind vidas ue consttiem om gripo & em miso grande mwiiée deter fminado pelo conjssto das cieanstinc'as seonomisce » sociale Fo'resutaco uo comportemento dos indivduoy que onstiuem 9 expo. iinet, are rina te etude nonenas to problema oxtolgico mais importante: 0 da relogS0 entre 0s factor veriicados teorcamente, 06 sentese ©. os valores, Com sem ainda acrescetan, ja 0 disémos, que esta mancira de spre Tentor 9 problemas anacroaca, vist due implica, sos seus We ‘nok, 1 seburacao ise ‘nets = doe vase. Parag pensamento.soconaita, eta. consti: com sito jum loma evidente. Poinearé formalows um’ lade manga lisse, dizendo que «de das premisns ao ingicativo, no 2 pode inca srar ima conclisio 0 mperatvon. Gbservando 9 sssunto melhor, vefcamon, porém, que qual quer fac sonhecdo ¢ pensado € implctemente estrututado por tim conjunio de lores. caja naturem ersencalmente soci @ ‘ase constitem a conscincis do indivduo, a0 mesmo tempo ave, or outro lado, todos ot valores, mesmo quando se apresentam @ Este conscignca som a preteneio da valdade universal msi abso: ist, so mantém estritsmenteligados a umm certaestrtara socal f econémien que temo sau Tupat histérico pertetamente deter. minado (ce bem que dificimente comoscivel) dent. da histra da humanidade, sempre aber ¢ em vie de ze fazer (Que buyer 4 hiseoecamonce mals determinaca e losaizaco do que a ica Kentana? Nesias condicss, todos os valores esto estencialmente fun dads nos feetos que, por sua ver, slo inilmamente extrarados peloe valores. Tho significa que mos encontrames ina ver_mais_perante uma distngso.simbltaneamente indiopensivel b denvada, eta superagio @ imposste, a. menos oar se ioena, pa msdige do ossvel, 9 obfecio. de quelqser sods cansres “ao, intenor de {otalidaes seating cada ver mais vasa tvaldades.rlativos esas em telagao As quais © pensador ‘mania pode esquecer que 2 Sobro cote asnnto, re Jean Plaga, Bplatenolsia gtndtou, 3 vot, BOE | ® Iieenequicamente estruturad, sem chivida, mas incognoscvel ad lane teérieo a que chamémos neste estudo 0 Ser ot Totalidade Sequese daqus que, apesar de todos os esiorgos, por tal Penetrantes ¢ honestos que sajam, 70 seatide de aunnentat ay Indximo a adequscio entre a conhecimento + seu objecta & efledcia da acsio, tanto uma como outta sio acapauts ie it 0 Ser ou mesmo ain intr, coor E necisaramenie aor pours cones anil camentefundamentis que alot eso para nemaniar 4 i ldade— a exigtncla de Inermagao 1 sfcrnes oe ober ih ‘ads nese etry, 0 theo de Tahar © we on ites itude'da sponta gus se encontcs no Shosto verdadena ¢ Sgprocneee 2, EPISTEMOLOGIA DA SOCIOLOGIA Pontos de partiéa Em siénclas humanas, 30 tratarmos > um alvel suflclentemente geval, encontramoes um civcula ‘que § a expressiy do facto de o proprio iavestigador fazer parte da socladade que se prope estudar ¢ que desempenha um papel reponderante na elaborecho das suas catezoria: inelestuals Jean Plager mostroua existencia deste cirsulo em rsltipios pianos © principalmente na slasificagdo das cisnclas ena aa depend ‘ia mtu). Beste mesmo cireulo que eneontramos a0 empreender 0 estudo do conhecimento sociologico « 9 da socilosia do conhes mento, pols sea sociologia ¢ ma cléncla que se funda, com todas 26 outras disciplines cientficas, num conjunto de catego. as gue Tormam ume estrutura intelectual estas categorae fe estg estrtura slo por sua vez factos socials cujo estudo cabe 4 Sociologia, assim como, inversamence, as categoria menials que So factos sovais fondamestam, por sua vez, 9 pensameato Soc! Toate. Se, porém, nfo existe alsso nem cirewlo vicioso nem obsté- culo intransponivel, nfo delxa de se tratar de dma situagéo parte toler das eiducias’humanas, A qual nenhum investigedor ‘pode fpr, ¢ que implica exrtas consequénclas epistemoldgieas © meto- dolésicas, dizendo principalmente respeito relagio entre © pex Ssamento © accio na vida socal 2 Nsidries e, por consequéac, A proptia estrutura da objectividade em soctoioga, ‘gm disto, quando 7e trate do estudo da sociedade om gurl © dos factos de conseiincia individusis ¢ colectivos em partion: Jar, no devemos perder nunca de vista os seguintes pontes: 1, Se 0 conceto de sconscitacla colectiva» ¢ uma noséo operatira. que designa um conjunto de conseléacias individanis vas suas relapses mutuas, nfo corvesponde a nenbma realidade a que se passa siuar > mais evitar far a 'sociedade’ como abstraccéo relaivamente Sos indivduos. O inaividuo tem uma essancla social. A sua exte- HHovizagdo—‘mesino que aio surja aa forma Imediata de uma feterjarizagas ‘come, reaizada com outros homens —é, por tanto uma esteroriaiglo cums & Asda 0 ho eaves da er ‘ Ho’ sociloga considerar a sciedade como um 1000, apesar de tse todo, bastante diferente da soma dos individues, ser_apenas ‘ conjunto das relages ou das interaces entre estes individuos» (Piaget, Poschotopie de Tineligence, 0. 186). A wide soval e Altonies € um conjunio estrumurado de omportamentos de individuos que actuam de maneira consciente ther ena sonsigncia ama verdaddira om fsa, adequads ou io" ade ettar condigaes ce steio sacurai > social B.A esiranuraeio resulta do facto de os Individuos, 08 grupos socials que constituem (grupos formados por individuos oe se encontsamn om relaglo mutua e, em certos aspectos mals (4 menos importantes, em silusgdo endlogs), procurarem dar re postas unildcis # caetentes 20 conjumio dos problemas coloeadcs elas suas relagdes com o melo ambiente ou, por ovtras palavras, Eendesem a estabelecer através da 308 praxis um equilfbrio entre bles e ese meio Consequénela desta tese: 4) Qualquer facto de conscléncla esta estreitemente lgndo de maneita imediata ou mais ou menos mediatzada & praxis, tl ffomo qualquer prasis ext ligada mediata ou imediatamente, explk ou snpliekamente, 2 ua dada esrutura de conscienca, 'b) Aasim como o pieologo deve conceber 2 vida psiquica do indivicuo como um ceforga complexe no sentido de um equir Hibrio untéro e dif de estabelecer etre 9 sujelto e o sou melo, 0 sociologo deve estudar qualquer grupo social como um esforco peta encontrar und respotta unitéria © coerente para os proble- fs comune & todos os membros do grupo relativamente 80 se teio socal natural E evidente que, para sada Indiiduc, estes problemas so apenas tm sector mais ou menos importante da sua conseidncia, aja totilldade se encontra lgada a todos os outros grupos a que pertence; eads individvo constitu assim, uma mistura e um es Fargo de estruturagSo diferentes, relavamente 30s outros mem bros do grupo. Nio € menos verdadsiro que o socislogo pode abstrair des: tas dierengas para encontrar a realdade de um processo comum, ds uma tencéocia mais ou menos contrariada em cade conse 2 cia individual, mas a0 entanto, comum a sodos os membros <0 rope no sentido de uma ‘olugdo coerente de um conjunic de problemas, 2) No interior destas veriticagoes, villdas para todos os srupos socials, cetos grupos apreteutam um cardcterprivile ado, tanto pela tn vida conseiente como pela sua prass socal © istoriea, Trntage daggeles cula pyacis 2 ansntads pars uma ex nie of grupor consttutivos va sociedade tis e entre asta ¢ ‘mundo fsa, ‘0 aspecto consciente da vids destes grupos parececos ser 0 factor aa génese da vida cule) © de sun praxis, um elemento decisivo da vida histonca, Parecenos também estabelecido que, pelo menos ao que res peita a um periodo muta grande ia Kisirla moderce, so as Siees sectais que constituiram sites gripos seuegiad™. “A existenein de qusiguer grupo social consulta) um_pro- conto de agus enze Gn Set clstno «tn mo sec © natural, Assim, o grupo é simultaneamente wma estrwtura, uma totalidade relativa e um elemento de uma outra totalidade reativa mais vasta que 0 cagloba, assim como os seus elementos coo fitivos slo fotalidedes relativas, estrutaras mais reduzidas. Subjectvidade «_objectividad Pertindo do facto j4 mencionado de que qualquer socislogo pertencente a um grupo social que, a um nivel mais on menos Tonginguo de artieulagto, seré ele prdncio um dos elementos cons fstives de uma estrafura aa qual o objesto estudada seré um Dutro elemedto, os pensadores lalgeticos tradicional, principal mente Hegel ¢ Lukies, falavam de identidade do sujeto © do bjecto na accio e a0 pensamenta historia, Nesta perspective, 0 {stulo da sociedade ceria um conhecimento postivo no qual um Sujelto colecivo se conheceria a si progrin através de um penst- mmenta individual: seria, portanto, do tipo da. conscitnets Eta teve, que ot parece demasiido exivena pot rages que fndicamos mais adiaate, opdese A potieto Invera, gue aos persce intelamente errada, da possiblidade de ating cm ciéaclas so cist Um grau de objectividade andlogo ao que € acessivel ass iéacas fisicoqulmleas, ‘Com efeito, qualquer realidade social ¢ constiulda simul nneamente por factos materia e factor intelectuais e afeetvor ge fstruturam, por sua vez, a conscitacia do. iavestigndoc, © que fmmplicam saturalmente valorizegses. E por isto que um estudo ryorosamente objestivo da sciedede aoe pareze impossel Com veriticagdes_¢ valoricacdes B dubs que a foemuia sidentidace do sujelte © Jo abjectov & Uemasiado gers, dave que o> juacs oe valor que cousumuer uma parte do ubjecto wstudado podem ter uma relagio mals proxima ou Jongingua mais ow menos umediata ou mediatzada com os Nalores que estruiuraim a cunscigno do investigador. De wal modo (Que se, para un socilogo (rancés contempuranes, pur exemel 3 objetividade iol esta provavelmente tora de aicance, o grou Tnaximo de vojecirigeue que pode stage n30 © 9 SMO we Oe Fiorenga dos Sieuisis ou as staniormaydes contemporaneas 3a ‘latse operaria om Franca. “spor is que 18 Torna necessdio em cada caso particular defini tanto quanto possivel o grau especfico de identidade entre o sujeito e-v objecid e, por so mesmo, o grau de objectividade Seessivel & Investigaedo, Alm disso, esta zelagdo entre os valores, Goa eealitade sonal implica ums consequencia -omplemeniar pols se of valores estrururm a conciénein do invesugacer © Ibtreduzem asia am elemento de distorgSo, 0 pensamento deste soastitul, por sua vez, um elemento da realidade e, pelo simples facto de’ Sua claboragio e expressio, modificsa Hequentemente de mancira muito iroca, mas tambem as vezes, quando 2 sua ressondneia é grande, de manera nao negligenciav. ‘Como se solos entio o problema da objectividade a par tic das relagdes entre © pensamento © a praxis ny conbecimento fin geral ¢ nas ciéncos fumance em particular? Desde Mars ate aos trabaltos confemporaneos de Jean Piaget rnumérosis invenigigoes pistemologicas © historens estabelece am a ligasio estelia enlre a estrutura cateyorial de qualquer Densamento humuno e a pra, relagio vllda tanto para o per- Samento quotisisno vas ceacias Fsieoquimicas como para as ‘iéncis humanas, No caso das efncas fisco-quimicas, no satan podemos Hoje Talac-as-pensarento objective uma uxt gue a Tigede deste pensamento, o dominio ca natureza pelo homem © a ‘estruturagao categrial que dai result, ¢-o mesmo para tades os (grupos socials actualmente-eXileoleS= por isso que se faz uma Fisica_do mesmo tipo em Moscoio e em "Washingion, om Paris «© fem Versa, dependendo as diferencas, em ultima instincla 52 ‘cundaiss, da educscio clentifice e profissional dos Investigado- fes, do seu talento Inteligincla, assim como, numa certa medida, a tama social de relagées unversitirias, das. suas tradicbes, (ts, mas no da estrutura fondomental das scciedades giobals fas’ categorias que ela engendra "Nestas condigGes, qualquer fisico que considere problemss te método pode, som ristor de distorgio grave, colocarse exes ‘mente no plano da investigngdo teorica sem se preveupar com fs problemes da sua relagdo com a pravis, senda esta relacio Fy spteximado, por todos aque ase ‘Asitatgo ¢, em compensacio,rgorosamence diferente, quando se wata de eléacias bumanas. Pol se 0 stesimento do do homem sobre a naires € hoje um valor ueanimemete acete bor quase todos os grupos socials existentes ede qualquer mado bur todos os grupos socnis constutvos das sociedades teres Toate waneadas, 99 telores tue, BEG se fa sot dstermsisa — ‘cas tém ainda quate sempre im caracter particuac e, por iso ‘mesmo, deformante. Isto. sigiice que fer abstracgdo. des ‘introdiar a confusto nas discusses metosoioncas ou fe verifcarem entre investigadores que adoplam as mc ‘as poses, fazer implictamente idelogin © nio ceacs postive, por iso. que uma car areas mal mportantes para quel quer investgador sito nos garsce residir a0 vaforgo pare conte. ap a concer dos ouitos as suas vowonaagdes {plcands so ‘olietamente,esforgo esse uo 0 sjdara a ibagic 0 misimno de Dbjectividade subjectvamente acestve! mo momento em que rove, e que, sobre, faciltarh a outros inestigadores aie babar nama perspetia mais avangada © que permita ua melhor compreensio Ge fealldade, a wilaagse © supersedo\ dos seus piv poe trababhos, Sai ° Em resumo, dados, por um todo, a intervencso expicita os ‘omplits mas de quale! modo ‘aes Culazes ex qualqet investigncio his. O caracter de intervengio imedia'a endo. apenss i6enka, que ¢ presenado pelo detenvolvimento © pela elaboracdo das wens 2 ‘ida soca, importa saber que qualquer estado sosoloeco, mesmo O'rnis hotesto,o mais escrupuiso'e 0 yas eritio, noutém sem bre 0 caticter de uma apovta exlicss ow npicta, simultages ‘rents fetica © prea: edrica quanio ao mascmo de adequordo possvel so ebjeco estudace,e pritics quanto 4 possibildade de transformar' sociedede (04 iimpodir qualquer transforma) Bstruturas ¢ vides do raundo ‘A maior parte dos trabalhos concrotos relatives a sociedade tou & vida psiquiea depois de Mare e de Freud Piaget s80 do inspiragdo estrutaralista gonétics, ou sola, partrem das alpcteses ‘mencionadas mais atris, «saber, primeiramente, que teda a vida Dsiquica se encontra esizeitamente ligeda h press, gle se apt Senia em seguida, tanto no plano individual como 10 calecto, sob a forma de realidades diaimicas orlentadas pars um equl brio coerente entre 0 sujelto ¢ 0 meio amblente, ou ela, do pro Fy cesg0s de estruturacdu: fisalmente, gus, 0 interior destes pro ‘estos globais, vida psiquica e, no ‘nterlor deste, o pensamenso, ‘amoem consiituom, por sua vez, totlidades relativas, processos de estruturneio dirigizos para estedas de equiibrio sigaiticativos “No caso privilegiado dos grapes orientados para uma orga. rigagdo global da cociedade, designamos estas estruturapies psi Quleas. por visdes do mundo, Timitandosus, cosy salemos aest> xtudo, 208 orasesos Ze ‘cotruturagio des vsoes domingo e A sia expressdo coneepcual Spensumenso teorico e eseals de valores — (existem igualmente fs suas exprassoes imaginitiss, a lferatura e a arie), parecencs vidente que esas no slo somas de elementos independentes, Somos. (folados Junlos uns aos outros, mas conjuntos cujas partes consttucvas so Interdependentes e se encontram igsdas Shite st por regrae expeciicns © possblidades limitalas de fans ‘ormagies. Gra, 26 visdes do mundo nfo podem ser faetos puramente individuals, dado que, quaisquer que sejam o génio ¢ a imag Sago eriadora de um individu, ¢ evidente que os limites da sua vida e da sua experiéncia nfo the podem permit, a nfo ser de Uma mancira tio excepcional que egulvale & sua exclusdo prities, Slaborar, ainda ue parcialmente, umn tal conjunto de categories, Esta elaboragio consttul um processo lento © compiexo que se fscalona normalmente 40 longo de varias geragoes = supoe 2 praxis conjunta de um nlimere consieravel de individuos const- Tuintes de um grupo social, e praticamente, quando se trata da laborasio de uma visio do’ mundo, um gripe social privlegiado (GE evidente, no entanto, que a visho do mundo elaborada pelo grupo e que constitu e «sua conscincin coletivas [esta {6% mals geral deve ser subetiteis em cada cosa particular por fcoasciencia deste cu daquele grupos) $9 ex : Indviduais dos seus membros e que, em cada uma delas, se presenta sob a forma de uma maior ou menor variagio de uma riosma estruluta ade surge & aproensto global do grupo sorte Um processo de estruturacdo do. conjunto TRevulla dagui que uma sociologia do conheciments ds estudar antes de mals_os provisos secioistericos fle. dos. grandes sistemas a0 “Wégien formal v2 nel das to : culares que slo as visdes do. mnde~ Results daqal-igualmente fue ela ai 2 pods fazer ligands estieltamente estes provestos de fginese intelectual a pravis socal universal dos homens como tai {no que se relere & lGgica formal) 2 prasis social particular. de certes grupos privlegiados e, principamente, das classes socials, no. que se refere ae W86es do mundo) 2 “gress — Sanna Io tapas Finalmente, nunca se dove ssquecer que quando se stata de footos fcias em eral e destes tendencis para a estrutiracdo intelectual que consttuem ‘no interior das’ tendéncias de equ Drie slobal as géneses das vshes. Jo rondo em particiar, aos encontramos perante procesos de duragda mala regidos por ‘inamismo bastonts compleso. que San Man » Jen 2 os ua histotia & aa pslelogi No decurso de gusiquer slaboracSo coleciva de uma vist to mundo que faga parte de uma tendéncia para a realizagdo « tum equilbrio entre um sujelto colzetvo, um grupo, © se me:s Sociale natural, manifestasea efecvamente mals tarde ou mais Sedo unt processo oposto e.omplementar, ceando ama tensio | que Marx desimava por coafito entre as relates de producto > | feseavorimeato. das mdutivas e Page, a0" sano pea jo, antagonismo entfe 2 assimingSo 9s estrutuor mentale Coristeaues eva scomocagio as estrutura, do mundo. exeror, ‘Guaiguer procesto de estruturagso implica com esto 8 © éncia para incorporar a0 equiibrio que tende a cra um dom tio cada vez mais vasto do suundo ambiente, social e tsco. Mas sia tendéncia pode chocar com 8s tos de obstdcules, dois de Sigem exogena em de origem endégent: 1, 0 facto Ge certos sectores do mundo exterior alo se pres tarem 'tIntegacio na esteitura sm vias de eaboragio, 32. 0 facto de certs estruuras do mundo exterior ass muito varivel— que estes facores lint doitt s picologa do Investizador cos progessos do Iyinlo, no disor ce ser condigges exterlres a uma ope iw ‘wal que se define muito Higorosamente como descr: es Sentai que liga os elementos de ume est So clactsnedo at faneonaldade Opa desta. dracinesa perspectiva, aexplepSo deka de, ser um pr0- so ilterente Ga gompreensio com feito, a funconaidade Win nalopensivel 8 compreenafo const j4 um elemento de Whedon @ ste tomee sobretudo ovidente quando. nos clon cates nung perspective ndo essen mas genética, De Facto, 8 Sitgagges do" objec. ao" nfrior de uma esrutara_scaretam sueseamente uouicacocs dessa foncionalidade optima e, imp Gktente carcieresespectcos practpas ou secundarios do Saja slestvo ahs sues crete ents, Estas mex ‘Thetgoc do ebjecio, quer daz, do mundo ambient, podem ser, ine asses to inito deste aio, de onigem exogena ov end Sam Msn, taco um caso como noutro, condegem «una nova Seeneads do. proceso. de extrturaco. partial que. cxge me cies Sesto compresrata, Ute signer que a scsi Com novtasvn ie genes de ama extitars gobs) tem urna. funelo Eipicava pare o estado do gevr ¢ d89 fansformestes das esti stkas pactdtores cue dela fazam parte Nesta perspectiva, com Wat Bo" cuplicaio sf, pols, ania ® mesmo proceso inte Sint que nepeta a dole arupor de reteencia diferentes, 0 €© Sion earutura cagoouate 2 0 de ume estrutura caglobada Aitulo as exemplo: s deverigfo da visto taglcs eda sua sprendo nos Pesce de easel o'a08 tragedies Ge Racine cos Rian cata. conpreensve. destes estos. Mas a desc Etrurat e comprecniva do movimen'o jnsenist tem um vsir Simzntiv para’. gunese dow ceerton de Pascal ede Rosie; SGuslmente,' estudo comproensivo da. nobreza de toga depots Ge guczeas rclisosas tem um valor explleatito para 0 nasci Senta. do movimento. janseniva; finalmente, 0 estudo da socie- Gade francere global no fim do século xv1 @ inicio do século u svit tom um valor expliesuvo pars as ‘ransformasSes internas tanto da nobreza de toga como das outras classes sociis. B ev lente que nos casos em que a dinamismo das wransformagdes & de. preponderincia nitidameste endogena, o simples facto de se ‘proceder 2 um estudo genético a0 nivel da estrutura em causa tem Ja, enguanto tal, um cardeter explicate. O iaais frequente, con fda, dado que a urigem das (ronsformacdes & simultaneamente exo- imultaneamente, mum nivel meaio se pesquisa ‘medio, uma vez ‘que pretende destgeat somente as transformagces com um valor ‘explicetivo para a estrutura englobada ni para 9 conjunto da fstrutura englobante), 2s. grandes transformades da. esirutura fnglobante ea tim nivel tio preciso quanto posbvel, a genes. © fransformagdo de estrutura que constitsi o objecto propriamente dito do trabalho, Pontos de partida da investigaeda: o progresso do abstracto parao concreto Numa perspectiva em que a natureza ¢ 0 significado de qualquer facto empirco individual $6 pudessem ser dados pela Sua Inserefo num processo de estraturagio e em que esse mesmo processo 56 pudesse ser conherido através do conhecimento dos Slomentos e das relagGes que o constituem, o eaminho que vai dos fdados empiticos imediatos e abstracios ou da hipdtese global abs- tmcta pars o-real conereto e mediaizado lo. pode consttuir lum progresso linear a partir de um ponto de partida nevessrio, seja ele empiri ou racial Do mesmo modo, ama ver gue ot factos que se preteade cstudar constituem uma estrutura'e ago uma classe, alo J pos: ‘vel considorar definigBes rigorosamente vilidas para todos esses actos ¢ somente para eles. (Com feta, a classe definese pelo gémero mais préximo © pola caracteristica da espécie, enguanto a estruturs, em contra: prartide, $0 dafine pela doscrio interna dos seus estados de ‘qulliiio'e pela anise gensiiea da sua farcionaligade, (Tantando elinir a inteligtacia, Plaget depara com as _mesmas dlfiul Uiades e chega a sequints conclusio: “Continua ‘contudo a. ser possivel definir a inteligéne'a pela direcedo em que & orientado 0 fea desenvolvimento sem insistir nos problemas de frontira que vem a ser questées de estidios ou formas succssvas de eal brio, Podemos entao colocaraos simultaneamente nos pontos de sta da sltuaedo funcional e do. mecanismo estrutirals— Paget, Psychologis de Tinteligence,p- 18). 38 Para i chesar, a lnvestigneo pode partir de varios pontos diferentes do. provesio de eStTuCuegso (e ate do processo de ‘struturagio mals isto qe chgloba.o objecto que se prstende ‘sauder; quando milo, hi us sdmltir que certos pontos le par ida sf mais OU fieion lavurdvels A sua progressio) ¢, sobre- tudo, 36 poll ayigat por aproximagdes sucessivas obtidas 9 esa um valvmh permite ent a todo e as partes, acontecen SE malge te ns vere", ue 0 progresso ao conhecimento Je in MURURIRE @ODO\ nice 9 yossibiiasde de ais em soni srw MQMPH¥nier 0» wus clementos, ao passo qn, inversamente, i vonliccimenta destes alimos pernite voltae a0 ie mane operatarie, ht lio. cpendendo a significado de qualquer grupo de in, imeredo numa extrutura de conjunto, e sendo cada [luis global, por sua vez, um elemento consifulivo de uma Pils wsteuturs gue a ensloba. resulta dagu! que neniitina anise Winitdeaista gengtise pderashegar aim significado 2 1 uma plicagio exaustias. Conetital igualmente wm prodlema prvi, (que © nocessdio rerolver em cxda caso particular, 0 de saber em {fe processor de estraturaeao se vlvemm inserit’ os {actos esti Aiidos a fim de obter tum simero sullciente de sigaificado © de enplleagSes pertinentes para aleangar o pra de rigor que se pre- tende obter Determinismo ¢ equlbvio Por fim, deseivamos encorrar esta enumeracio dos princi. pios fundamenlas de ina Sociologia datéetca ou, 0 que siné- Fimo, de ums socolosin estruturalista @ genética, lembrando um Sutrd aspecto do eivlo palp qual inilamos este estado. ‘Cott efeito, 0 sosidlogo estuda a sociedade de que faz porte e que estruturs a sua consclénca, se, devido a esta situa ko particular, & impossivel em cléncias humanas separar radical Thrente of juizos do’ Tacto dos juizos de valor, nfo deixa de ser fnenos importante para 2 iawstigegio concreta manter sempre preseate po espirite 0 clrculo eonstitnido pela. acgio das. conde oes socinls aotre © pensamento © tobre a praxis cos homens © & Soo da prasis sobre ests condicbes, Eectivamente, ¢ sempre poskvel explicar, em certa medida (em certa medida © ndo inteiramente porque, como JA o dissemos, ‘qualquer conjunto de condigses delimita um campo de respostas Possiels, mes no engendrs uma Tesposta determinada de. ma Feira univeca), 0 pensamenio eo comportamento de tal ou tal frupo de homens pelae condigdes socials da epoca. Confudo, no menos importante para a investigagio ter sempre presente 0 {acto Je a vida coc'l representar um conjuata de processos 2 de 4S proprias condigées sosias serem, em multo grande medida, Drosuto da. prasie anterior dos membros do grupo ©, eventuale fente, dos membros de outres grupos com quem este mantinha reagdes; assim como o facto de a praxis actual modifiear 9 mundo ambiente e eriar, assim, as condigbes as quais os membros. do fErupo deverso agit © os problemas que ierao de revolver gum x fro mals ow menos pram 3 talves aqui que ae situs uma sociologia daléstica e qualquer socioiogia povitivste ou me canicsta, Marx, que tna perfeita cons.iéucia dasto, formuloue tba terceia das Teses sobre Feuerbach: , ‘Blectivamente, nenhuma conceprio determinista, mecanicists ‘ou simplesmente posivista da vids cial consequita expliat Dor que ravio, uma ver estbelecido o equilbrio relativo entre 0 Sujeito ¢ 0 objecto, este nfo se mantém defiativo © se v8 ultre passado sum prozo mais ou menos longo. Finalmente, toda a stciologia deste tipo & obrigada quer 3 Introduzir algures um grupo de seres excepcionsis (deus, sabies, Togisladores, téenicos da vida social, ete), quer @ admitir a exis Incia de factores rracionals e incotpresnsivels pla cidzeia (ac Gentes, acontecimentos, ete’, quer a ignorar o problems, ‘Em contraparsida, uma perspectiva genética e dlaléctica we isso nfo somente um’ dos aspectos esserciis do citsulo em que Se acha necessariamente envolvida qualquer reflexéo sobre a vids Social ¢ histriea, mas também um dos elementos euja integracto ra investigagio € absolutamente necessdria se 22 pretence conser Yar 0 comaco ostvo com relgade. Eom, a parte dese fspecio da realdade que Dodemos compreender pot que 7 79 todos os investigadores diaiécicos recusam tanto © deverminismo stsito e mecanicista (como afirma Piaget, nt pagina 110 ca Pst choiogs de Ciwelligance, a rflevologia tem muita tequentemen fendehcla para esquecer que & necessiri de tempor a tempos far realmente carne ao cio de Pavlos «Todos sabem na pritica, nas esquece-e com bastante frecuéncia na teria, que um reflex Condlcionado se estabiiza somente porque ¢ confirmado 04 sat Slonador tim sinal sesoclado 2 um ‘omecimento. de allmentacio $6 provora um rescpio duradoura se os alimentos reais forem perlodicamente spresentados de novo ao mesmo tempo que 0 a sina: A anyoeaylo. em, ook, iaserinse um comportamenta TERT cajo ponlv le yustuia © @ tecessidade e 0 ponto de chegads wa Salaligau. (vss sntecipads ou mesmo {udiea}s), como 0s jaizos Inpecsevos -ategores OW hipotéticos nfo Tandadon ices Compteender aida social © agit eficaz im sempre a conseldnela do facto de que, ci, ae omprON BE Tigatas Shas que ado podemos aqui tatar, ¥ 9 das modifica 2"Sgoradicis, pelomenoe importantes, sustitadas, 00 (Nivema getal por aos desenhado, pela existéncia de duas estru tures pactesiars: 2 sociedade capitalists Tberal ea sociedade Capitaisia avaneada, que, tanto uma como outta, comportam unt Sector notdvel sujo funclonamento tem um cardeter quase meci+ ico, £o problema da reffededo estudado por Marx e Liki: 2p qual os prdprios consagramos um estudo). ‘Finalmente, sem pretender analisar aqui as aumerosas con- cepgdes da vide socal que podem encontrarse xa sorllogia con Fenporines, deseavames, contudo, dizer algumes palavras sobre dune deles que nos paresem simultapeamente importantes e att Gularmente aptas a esclarece, por contraste, aguela que defen demos Com efeto, se deixarmos de lado as pusigdes positivistas, racionalistas ¢-elativstes caja critica esti implica nas paginas precedentes, encontrames ma. reflexio francesa contemporinc Sobre a vida social vat posigdes que goram de zrande notoric: dade e gue Se. prelendem estruturaistas ou, pelo. menos, pee Sims do. pensamento: marxst. HA cin pr'meiro luger 9 estraturalismo no genético de LaviSirauss, de que femes ima expresso. partic ‘tees Wolvida nas suds duss obras Soore Le Toremnsne aujourd ii © Le Pensce sauvage, Lévi-Strauss iaitia lilo no corkcter estrutural de todo o pensamento amano, Contudo, dou a essas estruturas fim eardcter puramente intelectual, eliminando quase intelramente © problema do sun relagdo funcional com a praxis Por outro lado, ae suas obras apenas se ocupam de proces: sos de sstimilagto cu de desioializagio qu trata de pen Samento eltage™ & es poucas ae Sagens cotsagradzs a0 pensamento ctenlific; os processos de act ‘modagao, de passagem Ge wma dada estrutura a uma outra de com {eado' diferente, pecam inteiramente pela auséneia, coisa que Lév- ‘Strauss consesue entre outas maneires, rolegando para sogundo Duuno o conteido das. estruturas © invoreseando-supleamente Delo seu aspestoIipico mais formal (classifcagao,seiasto, oposigfo, Bre), Seem muitos pontos do livre se pbe a questio da necess fade de couheser em pormencr a gravis das sociedades a que ele % se relee, 0 devese unicemenie 20 facto de ese conhecinenta the pareterindspensivel para connec a fungiv logea de cada lewlente no interior da eetrutua foraal de um mito 04 de Sms Soneepeda do universo. "Ein contraparidn, em neabum indo é tomada em consi ragéo a elagho fanconal entre o contido do mito ou da visio © 2 Sis O resultado salia bisa alo somente todo ¢ geumuet selsd¢ ainunion ave de uslquer Teagso cogoreta ene 0 comeaao © 2 Shree representagdes a vida real dos homens, Tratase de una Sriologia que, pos ter querido colocanse de um pooto de vista ‘Sechateot ebjectvo, perdea mult simplesmente 9 contacto com tina grande parte da reaicade Gime ovkra posifo. que se aproxina do mario ¢ a de seanPaut Sartre, goo no seu etad Questions de meinode,isisie isngatente na Seselinds oe inserir oe aniles soeolgies © ‘rufpologicas oa realdade concreta dos projetes humanos, oi SSjar bem lima Insincin na.pravis Mas, fora uma See de a TRE que nos parzem contestives,e nas quis nfo nos podemos It deter ele deline 0 projecto, 8 pas como um he por de Geve contac 0 fundamento de qualquer andlie oad Parecenoe que, sisi Czendo, continua prsinneio do Pprcoocelto Tonal’ segundo o qual 0 pensomento so pode Tprernder 0 etiicn, © fav ok © coajuno’ don facton 9 es tua quando. muito, um proceso, (eamenazdoo 2 Obseran oo do oxen Ora preclsameate neste pooto quo se situa 2 opsicso fun damental ene 0 raconalimo © 0 pensanedio diléeteo. Mes So tudo sdoptado exsetamente as pongdes de Sartre, a maior’ dh tcoticos Gosiivsis raconalsgs sempre averm elect Shente conscizgca do facio de que os stu insiruents concep uals alo" podem. spreencer a ealdads social em toa as fiqueca concreia e-em particular 0 seu dsamismo, e aceitaram toby grande difeaidade ¢ necetidade de complet a anise cb B2 For un elemento inacional (azoateciments.individia's ov Sicedfo decisis estador afection,sinpati, etc) de que’ Siguaber de Sante @ apencs uma das formas mals ceenes En contaparica,f peneamento ileeten. que € um Ss vuraligmo genstico genetallado, afiema a posibidade de com Exploits de integar a gentse no saber eicoific, estudange $85 tacos lsolados ou esttuares, mas processos de esruturagie tstdanoos. nao do exterior num piano puramente ted que Slrara a umm, objectiigade total, mas na perspectiva de tt {nlivduo que dels far porte ¢ que adguire. promressvamente Comsleniet de manera candice postva, da sea propa aa fern do seu lugar 00 sonjuno ¢ da aaturea dest Uno » ( ‘sem divida que, 00 wile oste métoda, o investigador sabe estar sempre to Inwerior de um effeslo: sabe que no tem urn Santa de parts absoluto © necessiro, que deve sempre orcilar Poe aa purity) tno © que deve ler sempre presente 20 espit eres, Inipumiblkiade de separar ce maneira radical as compro- agoes) contudo, esta. perspectiva parees-nos 3 «ina aproximagio.simultaneamente positiva, wig da realidade humana aaguslo que ela tem nm 3. JEAN PIAGET E A FILOSOFIA HA uma dezena de anos, publicimos dois estudos conse rados & importancia filosdica da obra. de Jean Piaget, Ora este fitime publlcew resentemente urn peqiono lero instulado Sagesse itistons de fa phlosopite, 29 Qual, 2m nome da ciencia tiva ¢ experimental, ao poupa 4 pretenséo dos Mlosofos de esa Selececem tim saber puramente conceptual que se substeuira a observagio ¢ 2 experiencia ou, pelo menos, as coFgira. Haverd contradigho entte os nossos artigos eo opiscula de Piaget? Nao eremos. Pols se a [losota especulativa ana existe © ‘ocupa mesmo tim sector notivel do ensino da flosotia sas ua Yyersidades osidentas, estariamos de acordo com Piaget ao ‘Que, teste ensino, sof provlemas de historia da fiosotia © Felativos aot valores e 2 Sebedorla apresontam um interesse 2s Aeretcentariamos sinda da melhor voulade que mesmo estes coi ‘dominios 26. podem ser abordados Je. uma manelra realmente fratuosa a luz das conguistas efectivas das cidncias humanas con temporineas. Que valeria, com efeito, uma flosofia que ignorase tudo. da. sociologia e da psicclogia? & ainda o. proprio Piet sublishando que’a uniea maneira valida de estudar a logica ¢ 3 ‘que nela ve um espetho axioldgico do pensamento — posi¢go que. bem entendido, seria necessiio estender e qualquer problema das FelagBes entre of norms ¢ os facto: — quem justfica a exiptacia de estudar 0 probioma das normas a luz de um estude cleatifico fe postivo des estrururas reais do comportamento, eltas todas estes concesee, poder a flesotla ser exculda| dda estuda edo conhecimento do homem? Nip o sremos, Pols & Precisamente em nome de um penstmento que reconbece os fac fos empirices como tnico poato de parida de qualquer retl valida sobre o homem, que vé 2 comprecasio e expliessio destes fctos como ums instincia suprema e tnica para julgae da val ade de uma investigagio, que se pie a questio de saber se 0 fstudo posta dot factos humenos deve tec sm caricter ero tista @ osivista ou, pelo contrario, um caricter flosfic. eee a

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