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ARTIGO 1°
1, Sio cidadios angolanos de pleno direito todos os
individuos nascides em Angola bem como os nio
naturais de Angola filhos de mae ou de pai angolano.
2. Os maiores de 18 anos & data da publicagao desta
Jei, ndio naturais de Angola, filhos de mie ou de pai
angolano, caso tenham adquirido nacionalidade estran-
geira, deverio optar pela nacionalidade angolana,
3. Os individuos nascidos em Angola que nao qu
ram manter a nacionalidade angolana deverao declarar
através de documento escrito a sua rentincia, Essa
declaracio devera ser feita até um ano apés a procla-
magio da independéncia.
ARTIGO 2°
1. Os menores de que um dos pais tenha ou adquira
a nacionalidade angolana sio cidados angolanos, de
pleno direito, podendo, contudo, a partir dos 18 anos,
Optar por outra nacionalidade
2. Os menores nascidos em Angola cujos pais tenham
renunciado ou perdido a cidadania angolana perderaio
or esse facto esta nacionalidade, mas poderdo optar
por ela quando perfizerem 18 anos,
3. Os menores nascidos em Angola, filhos de pais
estrangeiros que estejam ao servigo do respective pats,
no sio considerados angolanos.
ARTIGO 3+
1. Poderiio requerer a cidadania angolana os indivi-
duos que estejam radicados em Angola ha mais de
10 anos. :
2. Os nio naturais de Angola casados com cidadios
angolanos poderio requerer esta cidadania sé tiverem
trés anos de permanéncia em Angola.
aARTIGO 4°
Ser negada a cidadania angolana ou retirada a que
tenha sido concedida por desconhecimento de factos que
se integrem na injungdo do presente artigo aos indivi-
duos que, singular ou colectivamente, cometerem crimes
de homicidio contra a populagio civil angolana e aos
que, pessoal e voluntariamente, tenham praticado actos
de oposigao a luta de libertagio nacional, integrando
‘ou prestando servigos a organizagdes repressivas do
regime colonial, ¢ ainda aos que tenham integrado
organizagdes clandestinas criadas com o fim de con-
trariar 0 processo de descolonizacio.
ARTIGO 5."
Compete ao Ministro da Justica decidir de pedidos
de concessio de cidadania e das suas decisies cabe
recurso hierarquico, a interpor no prazo de quinze dias,
para 0 Governo. .
ARTIGO 6
Serfio considerados angolanos de pleno direito os
no naturais de Angola que, preenchendo ou ndo os
requisitos referidos no artigo 3.°, hajam prestado tele
vantes servigos & luta de libertagaio nacional.
ARTIGO 7°
Os casos omissos sertio resolvidos pelo Conselho da
Revolugio ou por delegagio deste, pelo Governo.
ARTIGO 8+
presente Diploma entra em vigor as zero horas do
dia 11 de Novembro de 1975.
Aprovada por aclamacio pelo Comité Central
do Movimento Popular de Libertagiio de Angola,
aos 10 de Novembro de 1975.
Publique-se.
Anténio Agostinho Neto, Presidente do M.P.L.
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N.AL—1975