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ENCICLOPEDIA DE CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS Convite a Estética Convite 4 Danca Livraria ¢ Ealtore LOGOS 1140, ‘an Novembre 397 — 8 ane Pete: 35-080 ‘sho PAULO — BRAsTn 4 eigto — 108 “Bae ve Bt eompono « inprwopara a Livre © Bang T0008 Ue, i Gren 6 aire MINOX Lida, & Av. Bg aymando de “Arata Perla ho 48 (align Av. Cogs) — 8X0 PAULO tNDICcE emcee Maton de Aste A Concept Bota ‘As ategraa attic de tao 1A Ate 6 0 Solsogin iquoma do Aprecago Eta ¢ Aion ‘quando a Are bute A Tnterpetaten pao 6 Teo me atte euamuaace © Quads ma Arie CCasanehe oe Hate ilety Carsten 4 Dancn Moderna Der Humemey Be CONVITE 4 ESTERICA ‘Quando admiramos uta flor em botSo, ¢ so desabro- charse, depols, em Petals, de cores que 08 ralos do sol frisam ‘com matizs vérioe, quando vemos aquées 1ong0 fentardeceres, ee 0 s0/ erepusculeje cereado de mas ‘es luminosts ® desoe majestosamente pot entre lagos d© Ihe elaranjede, por entre franjas de ouro candents, exes Damnos pelavras como ¢sas: Que belo! Que Belera! Que mara ‘Todos sentimos a Beleza, descobrimola entre as oo sas, non sievios da naturezs, nos séres vivos, nos sent ‘meniog e nas palavras, ‘Tinharn of gregos wna palavre, aisthesis, que sign heave seneagto, sentiment. Pols esta palavre passou 8 omer ¢ forms oeldental de Estétes, que seria a displ te que estda a seneagio, 0 sentir, as que, com Alexa Gre Besmgarten (17141700), um tamoso critica de arte fem, temou o sentido de "etncin do Deo”. esta forma, a Estetica tem como abjeto o belo'e 8S suas mansfestagtes. 'E como principal inferrogagdo, esto é a pergunta que propoer que 60 belo? Em que consste? Em sume: qual ‘eseencia Go belo? 1 se sabemos o que é, onde esté tle? Nas vbres que contemplamos, ou em nés? Se eomegamos pelos gregos, vemos que Piatto e Aris toieies Wentiicaram 0 belo com o bom. Na Tdade ME ‘la, a belo estve em plano secundarlo, © nesse plano se | oundario chegou até Kant, ‘Cox Baumgarten, ainda, 0 belo era como uma espe. | ete de pereigho confusamente conceblda. Com Katt, € 2 xnIo FERREMA Dos saT0s ‘que Se pode estabelecer & distingto entze eftéten subje Uva efit objetiva, culo. divisio marce a predomi. ‘nfncla da idea Tundamental, como ja veremos. Para a esttiea subietiva, quo 6 ua estéticapeleois. sa, 0 belo est no homer, & 0 subjedio, A oeema no sté/mas cols, esté 0 homer. “elo quo empresta ts olsas 0 belo. como @naturese humans & mals 0% me fos homogénea em todos os homens, éses podem sentir fualmente e belera quando a tmaginagio e harmonies ‘om o entendimento. “Ent chamamos ésie objeto, que ‘consegue provorar tal estado, de belo, 2 8 forma do objeto'qus nosso Juo estético se rete +, porque aa sugcta em fds o Jogo hesmanico do enters Giizenta e aa imaginegdo, Mas essa forma mo fot tela fcom.o fim de que © encontremos bela. A forma do Obie: {o'ngo ¢ uma finalidade, penaa Kant. # nossa eubjetv ‘dado quo relia essa hatmonia, que permite que o chame- ‘mos db belo, Depots de Rant, a es cesbeno 0 belo COT uma vivencla © ssa esttica predominnte w@osdige ac sen [No entanta, podersseia fazer a seguinte pergunta: #6 © belo é um ato subjetiva, como se expla que so algure ‘jets 0 provoquer? Nesse caso, 6 preico admitir gue © objeto tem em sl alguma colsa quo provoca emogio fxtetion do belo, do contrario todos os objetos seriam cat ‘pees de provocar esea vivéncia, Logo, deve haver no 2b Jeto alguma coisa. os-que dafendem a esttica objtiva ixclamam: hd urna vivéncia do belo. Mas 0 belo io € tina vivenole (sto ¢, vivemos, sentimos 0 elo, mas éste ‘ilo 6 apenas essa vivenca). ESTETICA OBJETIVA E ESTETICA SUBJETIVA Tsto quer dizer que o belo esté no objeto. A ett objetiva 6 eat estabelecida om sus orien. rocura ela fora do sujet; no objeto, Por convire A mererrca 3 ‘A estétca objetiva pode ser estétiea formal ou estetiea ‘material, “A primeira, esbocada por Herbert e continua. a por Zimmermann e outros, estabelece & existence de ‘eertas elas © cartos cancelios gerais que sio belos. = ‘Guando 0 obleto eoncorda com esas iddas, com 0 formal, Sle belo. Neste caso, 0 elo std nas lidias. Aestética material pode ser apéerita ou auténties 1 ap6orila quando o Belo &explleado por dados extra: -acttios, Assim procede o religioso, quando sfirma que a bele- 12 do mundo esid na revelaglo do Absoluto qe © eHow, ‘ou Hoge! quo, para definir a belosa, parte das Tastes A> Soluias, que sto para Geo unico real esta forma, o belo 6a rsanifstagio sensivel da Tas ‘A esttica material apdorifa p6o outra colsa pare explear © bolo, 2 0 belo 6 0 revelarse do Absolut, ent8o (ido feria belo. ‘A estética material ausinticn v8 no fendmend do belo igo aue 6 sul genera, que ¢tpico, e qe naa pede abso. Tutamente derivar de qualauer cutra coisa conpeciaa. ss. fim © bolo € algo tipiearsanto belo. Tmimeros. ore, {ais como Geiger, Dessis, ete, procuram dase algo righ zal, que 6 raedo do belo. Bhtrelanto, no conseyulram chat a essénein dso algo original. Atualmlen, 10 er. ‘api, como Geiger, haa tendéncis considerar 0 ralor co. imo ise igo origisdrio do belo, Surge, asim, ima ete {ea dos valores, como este material sutentica. Estudemos agora, Por que 6 fundamental para a com prento. daa avereas opines spresentaes, « esi ao bebo. ‘Acslinse que 0 belo é apreendido Smediatamente, sem nocessidat de tm conboeimento, mas de Teleeio. Quan 49 olhamos ma obra de arte, iamamos © belo, 0 apre fendemos sem necessidade de raciocinio, © quando otha. ‘mos demoradamente uma obra quo ainda no nos prove. cou essa emogdo, sguardamas xu que, quando menos £6 ‘spots, tle nos surfs. Por igeo 0 belo se aos apresenta tomo algo Griginsl, como algo de umn tipo pecalst. ‘elo ndo ¢ isto nem aquilo, 6 0 belo « ‘MARIO FERREIRA DOs sanr08 Como $6 algumas coisas n08 parecer elas Outras ‘io, hd de aver, no belo, sigur colsa de objetivo e nfo spetas subjetive, ‘Surge aqul um ponto de vista que merece atengio: & 9 que afirma que'o belo € supraindiidual. Uma coish Goce 6 agradivel ou nfo a cade india; ¢ relativa a Ge (da iaaiiduo. 0 belo néo ¢ relative, ¢ pela dndepende 40 individu; por isso nem todos entender 0 Bel, © DOr Isto hd os entandiaos go belo. [Néo s0 pode diver que o belo do quadro estoja nas tints nem no pano, nem na moldure. Bato alg, que @ 0 belo, fo esté no aiacro, 6 umn valor esti. As obras de arte tim Telagbes corn ‘os valores esteticos. valor ‘ig vale pare algume colss, 0 valor vale, 16s intuimos © valor por ume intulpso ato sensive; pontanto,indrela. Velamoe ésses termos que expressam waldres fis como: sublime, vivo, trgico, simples, grace, fensio, ritmo, unidade, multiplicdade, elevagto, ampline ee, ete ‘So termos tirsdos do experiéncia sensiveis multos ees, mas tim todos we valar esteico. ‘Vejamos agora os meios de expressio do belo, n= obra de arte ‘Bsses meios sto diversos, como palavras, sons, Ores, ete “Hsees meios server para expreasar valores este os, E evem ser considerados apenas’ melos. Quando ‘im artista os transforma em fins, temos, entdo, ume OBra fe arte ingutintica, 0 que € muito comumn ehtantrar st ‘as obras de arte, atd de grandes autores. "POT QULO Ise 4, o artis deve usar adequadamente esses melos, Ha Juma varledade imensa de meiog de expresso, © Un Ye dladcra order entre ees. Nao 6 possivel estudar a Arte sem examinar clare mente 0 que #-u tstétics, poraus, como ainda veremos, a ‘Are 6 8 ealizagdo da Hsteuca atrayes do homer, Para empreendermos um estudo de tanta importincla, pols é.a Arte tm dos melos de libertagio como de enr ‘Guocimento da vida e de expressio dos sentimentos © dos Ua tie paid de plied Keo, mo Ego, que roveca * ‘= soem a contempla um mito de besa vie hombre. Shr te rer Veet isa AE nso ee 16 MARIO FERREIRA DOS SANTOS anseios humanos, devemos, préviamente, estabelocer oot {a claresa sobre alguna tpiccs que nos servirio. de ins trumentos para investigagto e estudo de temas de maior Snportineia,ebiitandenoe @ uma juste epreciaglo da ‘obra ce ert, (Os JUIZ0S Na ESTETICA TImaginemos que um grupo de quatro pessoas entras se.om um museu, nds esido expostes grandes obras do rte pltérica Digamos que ao ver um dos quadros, uma delas ex clamasse: "Esse quadro me agrade mullo", “E que a se. fgunda scresoentasee: "@ realmente uma obra d2 grande Cah de ua joven’, 6 me de eases mi nay de belo, om que tla bonnet ne ge eet wy matands pares tei ae Hi te coms de tet a ei Um cape repo exemplo de beleze convire A RsraTiCcan ” valor artistico!" 1 a teretra por sua ver: “hd aqul te ‘ana relodiaentro as lnhas, pss, cbres, uma harmo- 3 al sopra vag venti eponineldd, expres. E finamente a quarta dlssese: “assim ¢ quo so ‘ve pina" "Era face deseas frases menclonadas, poderfamos th. ‘er us goguintas andlges: ‘Toda'a ver que 0 espiito humano atribul, airtaando fou negando'a tum eOnoeito outro concelt, realiza © qu, ‘a Loblea,s6 chama tm fui. ‘Ovconcaito, que Teaebe a atrbuicko, chamase concet- tosujeite, porgue recebe 0 jeeto sub (subjectum, em la im), dal ajelto em nosso idioma. "2.0 oonealto cue re tebe’ ecto. Por su vor, 0 que oe disse disse conelto (Gicere, er lati dizer) predicouse, 6 ura predicado, © ‘gue 6 dtd, chemarse‘e, conceltopredicado. Um julzo 6 composto sempre de tm conceto-suleto 0 qual '# atrfouido ou negade um cOnoeitopredicada, Ente 6 € forma mais simples do iso leo, "No easo das quatro pessoas, temos varios Juizos, poly foram atrfbuidos 20 quidro, nests caso, eonceltosult, Aiversos conceitospreaicados. ‘A primeira atribuit um agrado; 0 ulao revelow um eto. "E toda vex quo dlaumos que gostamos aisto ou ‘Bio gostamos «aquilo, pronuneiaios Jule de sista, 2 eye etibuls im valor, © Tealizou um juio de valor ‘SYoroeira Jd eriioow & prestnge no qusdro de vertas re lagdes. Hssas velagies esto mxatencalmente no quadto. ‘ati, pena un i feat, arta, finalmente, como afirmou um deveser, pro: nuncio it ly Cee ‘ante temos: Teo ae post uleos de laos ‘valor ios sain de ‘caténcla Fy ‘MARIe FERRERA Doe BANTOS ue dues quatro thos de Julsos que ee podem Bro runalar ante uma dora ge ne ester, rocenwogo w (utao de gosto) revela apunas subletvidade, pols outro ‘Guadro), e tambéen estar pronutelando um {uso de gosto. Ko primeiro cas, seria um Sulz6 de gosto post ere a0 segundo um nepative, Hotdo tamest aoe a at [stron ‘Mas, em qualquer caso, estaria apends enuncisndo © que fubjetivamente sente na obra do arte que apredia 4 a seguints, mostra uma diferenga: encontra na ora valor, isto, 96 na teallza spenas um julso de gos to mas também afirma que hd, na Gora, salar. {fa terosira que reve exlstenlalmente, na. obra, 0 que ddvalor h mesma. Neste caso, o valor da obra n8o uma mere atirmativa de uma subjetividade (“gosto ou ‘io gosto"), mas © presenga atual, na obra, do que faz ae ‘Sa tenha umn velor'e provoque wink spreciagto eubjetiva, 0 femoro PROPILEUS yreg0 , convire A petarica @ ‘A quart, ema face de tudo, transforma num exem- pio de come se deve pintar, transformaa nun mod8lo Dae Bo pura 02 estudioses du arte Gssas quatro fuizos tém una importineia muito grate, Bo estido da Este Aiea propriamente dito, o que interesa ¢, sobretaae, © te. ‘los isto 6 0 de existence ‘A Battica estuda 0 belo em suas manitestagies exis i i naturals sto 6 perten- ‘tes fotos podem ser } eultrals, quando realica Os fatos naturais, com bees, sto examinodos pela Estetica dos fatos calfurais, » beloza tnteresea tanto A ‘Esitica como 8 arte Valezo da ibe do Tope, wma das las do Cabo Verde, ni Africa "pense gue s¢ oferece end theo de belca naan, taper tte provccar tmojber ibe no tpn, tem ut © aha ee ama obra de ate 20 scARI0 FERREIRA, Dos SANTOS convite A esterica a 2 fatosculturnis que sfo belos som serem artistic, (© grande gesto de um homum digno tem beless, 280 6 ‘portin artistic. nom con [ses tog °F PAMDHORpertncem A Arte; of segundos, A Rat. ‘Nao poderemes estudar @ Arte sem primalramente estudayBetetica, ‘Saber todos que, neste seter, a8 confusties so imen- sus, Os critéros de gpreciagio slo os mals diversos as ‘pinldes se ehocem, ‘Mas tudo isto decorre de uma confusio entre Estétiecr ce arte, muito comuim, nao 80 enure cris de arte, como entre arustas © apveciadores Como no sio bem caractestzados 0s limites de am- bes disciplinas, nem bem aehneudos os pontay de contala ede coinciaanci, ag aprocingoes 800 as mals Yarladas © fs mais opostas. Esta a rasio por que preclsamos cometar pela Es ica" '6 que fatemes. ‘A primeira providineia no estudo da Bstética, depots go sabermos ser ela. aiscplina, que tem por objeto 0 belo e suas manifewagtes, € contecenaas Sm que com siste 0 belo "r como tal toma oferece grande dificuldade no é do ‘admirae que hoje se faga eststicn secn so suber'o que €0 ‘elo; Isto g, Se faca enetca sem o belo. id entre multos ertleos modernos de arty ums des preccupagio por éste tema. No docorrer da historia do Densamenio 2mano, quando surge uma difiuidade, cos ‘Gumam muitos escamotes ia, provedendo como a lebre, ‘Gue uo fecher os olfos, pense terse escondly dos clas que a perseguet. [Nada resolvemes em beneficio de apsectagio de uma ‘obra de arte, se priipiatos por escamotear tun proble aPoLo Vigorota redizan da ate greg ORDEM E DESORDEM Sempre gue tcistinos 9 uma, sutsio rela de armas que ertko inteligadne por uma ct ‘peo; guna assstmos unse sogutoca, ee ates Qn ‘mosiram essa eoneeio; quando vemos um con Hinlo do Telagees quantitativas e qualtativay, formando jum todo, ag duals ‘hos rovela @ presenoa de ums coo. Hincla (de etm e haerens, dai beranga, coeréncia, que for. ‘mat um todo Conexlonado}; quando vemos um eonjunto de {ator coesas, formando tim todo, que alsa obedacendo a {ime finliaade, quamge vemos Um confunto de Provicta las interigadas, que se suoedem para atingit «um Tim, fedos nés dzamée que af hf ordem. Poviemos falar em ordem matemtiea, quando existe ‘em diversos tres ume Polacdo transmitiva assimétren, ‘somo pos examplo a suoecsd0 dos rumeros 1,2 3, 4, 5, @ Pe 10, ee, "posers falar em ordem socal, quando vemos os cl- addos,atuarem segundo um exo (princes, les, 6.) 0 qua! 60 submotem. assim se fala fambém em or ‘Sem esttia, ete ‘que captames de savariante em todas essas espéces de onem, qua nos perma dizer © quo # 8 ordem? F que, na ordem, vemos presenga de uma relagho ‘nize as partes que © compdem, © delas com 0 todo, ext sbedténein » uma normal. NNosso planéta Terra spresenia uma ordem porque teaas as partes, que © compoom, extio relacionadas tre s como todo, Terra ‘Mas a Terra vambém esté relaclonada com outros plantiss @'o Sol, ¢ forma com éste una ordem, ques! ‘ame Sistema Seas. ‘Assim tambérn vemos tals ordens surgirem em todo 2 universo, "0 contrwconeeto polar Cnverso) da order 0 do denordem. Py ARI FERRENLA Doe SANTOS ‘A ordem € postiva, tem posifo, esté nos fatos, nas seas, et. ‘Mostram ss ordens ume varledade imensa. Pols hé foraens mais rigides ¢ menos rgidas, em que a: partes eo {Wo relacionadas entre si e com 0 todo, uma eoeréncia lor ow menor. ‘Ora, como todo valor 6 sujeto a mais ou menes, pais valores como bom, mau, saudavel, morbid, ete, poser Ser mals seuldvel, menos suuaéra” mats bom, iio’, te Thor, ou mais maw, sto €,plor, ordem 6 um yalOr, Uo ode ser mais ou menos; portanto, Pode haver mals or diem ou menos order ‘Se 46 temos uma idéla do que & ondem, o que seria entio, desordem' 40 eatrarmos numa sala, vemos cadetras, poltronas, sofés, mesas, tapttes, etc, colOcados cada um no lugar convenient, a fim de servirem ts suas fnalidades; ae ‘os que teen sala esté em ordem. ‘Mas se nowver necessidade de limpar & sala, a pessoa (que val fazer a limpesa, toma as cadets, sofis, eto, € fs pe de um lado, 8 fim de limpet 0 lado ue fie ive, atin dizemns que a sala estd em desordern, so conslde Turmos a primeira finalidade; mas teremos de dizer que festd também em ordem se considerarmos @ Sinalidade da Ampere ‘Quando clharmos & mesu de um sébio, com os papdis para aqule para aly, eros amantoados aq eal, clzmo8 ‘Que estd em desordem, Mas 0 siblo nos diria que € do. Sordem para 0s outros, mas, para fle, ¢ order, CConsideremos em desordem 0 que tem uma order ‘asferente da que eeperdvamos. este forma, estariamos confusos 20 dizer que amu: ‘ma coisa esta em ordem oa em desordem, pols teriamos fe predicar essa Ordem ou sea desordem em Telagto > ‘que ela se destin ou a que finligade ela pretende alan or. ‘Uma batalha revelazos desordem, mas, no entanto, th nela ump oratm, Ese em todo 0 unlvers0 hf order, que chamamos desordem apenas a ordem que no ‘comesponde & ordam por ns esperada, HARMONIA — SIMPLICIDADE — EMPRESSAO — ‘BELEZA — elementos de ater “de tide ate seperon femos ourro interésse que a sstisfagio em si mesms. (© bet revelnse, assim, nas colsas do mundo ‘Mas que 6 entio o belo? 12 6 um valor porque tem seu pélo inverso no horse, yet. russ tari feng de ce ‘aus quando dizomcé que esta flor ¢ bela ¢ aquela Erm bea qo etn, eats eomperandos # Um heal 4e pelo, a um belo Ideal, pertelpso do belo. Podemos, nto, considerar o belo sob dols aspectos: ‘como valor © como ideal convire A EsteTica n (© belo como valor 6 0 que ser4 estudado neste Livro: belo como Ideal cabo 8 Mtafisca estudéo. © belo, como valor, ¢o obleta da Estétios imanente do fmanere, manar © balo quo se exterioiza nas tals, ‘gue esta colzas); 0 bolo como Sdeal ¢ objeto da Ete ica transcendental, no genio sentido desta palavr, co. ‘mo‘o que escapa 8 experincia. ‘Ao contompler am rbanbo de oveas, na Jordin coma nor Semper bbc, sosimor a bles frat card nears ‘na do bomen,» Norse ima i aie te tangs, 9 at 3 folded © segundo, como ideal, 6 néo experimentével, porque ‘io 0 temos aqui © agora, is rlos para examinéo: por {ence 8 Motatiica, porque esta disepiina eatuda e aaalen © que escapa & Osea experidncia. © belo exterorizado 6 a belesa. ‘quite ciara que’ uma coisa tam bela, $ poraue ‘ela, en sia ofdom, aa express taica (de fato, nao tectmento), exstencial do belo, © belo esté na coise co. smo belesa, Por isso a belera é 0 Delo manifestado existencal- mente, 44 examinamos alguns elementos primordials da be tesa no sentido estélcn. A beleza tem orem, multiplicdade, proporcionalidade ¢ ajusta. ‘mento. das partes, capacidade de provocar satistagio de interessada 136 eatudamos a ordém e a multipicidade ¢ a satis fo desinteressaaa, ‘Resta‘nos agora estudar essa pro Poretonalidade, esse ajustamento das partes que se he HARMONIA Esta palavra vern do grego € significa ajustamento, equilorio das pastes, Hi harmonta, quando as partes de uma unidade o@ sjustam de tal forina que proporcionalidade se equlibra, [io hi harmonia entre duas partes homogéness, i feiramente iguais.'NGo hd harmonia em duas notes de Jatatice valor.” Ha harmonia quando partes diferentes ‘equillbram. Um d6.¢ um mi, na musica, extcutades sf ‘multinesmente, sto ermonicoe, Pode haver dols tipos de equilibria: simétrico © asst. mitre. Td equilorio stmétrico, quando a unidade mostra a repetigio faves das partes’ ‘Uma figura geometric, um hreulo, mostramos a simetria de um hemieleo com 6 ou ‘wo. Um quadrado tem a simetria das partes. Mas uma parébula nos mostra ume assimetria, Ung parte @ dierente em algo da outra, mas pode, orga Barmonisaree com ela Numa for, cada pétala nfo 6 totalmente igual & outra; ‘ng sempre. aitne aspectos diferentes O equlliio da ‘partes formase por assimetra ‘Num corpo humano, o¢ membros slo de dlmensies ¢ formas diferentes, assmtrica, mas pode equllibrarse, 18 harménico o quo apresenta dese alustamento de partes diferentes que so equllfora, nio quantitativamen- 4 mas quslltatvamento E 6 ease barmonia quo rovela beleza. A outra 6 uma harmonia mecénica: 0 da esttien & ‘ums harmonla organics. Portanto, & belo, estiticamente consderado, tudo quanto revela harmonia. 1 harmonia onde bé order, onde hi unidade na mul- tiplicidade. Poderseda, portant, dizer que o belo se manifesta, xstenciaimente,straves’da belesa, que é 0 unidade har- fmonica da, multpletdade Venus do Coptlio (Roma) | Hermes de Prasieles 0 aurao FERREA Nos SANTOS A belesa pode oer: 12) natural — aquela que surge nas colsas da natu: ean D) artistica — quando realizada pelo homen, Um crepiseslo 6 de beleza natural; wn quadro, ura fwecto:murical, um poetaa sto de belese artistic. ‘esta forms, tudo que é verdadeiramente artistico 6 ‘belo, mas nem fido que € Helo 6 ation. Uma pergunte nos surge: deve a beleaa artista su dordinarse a beleza natural? So he beleea na naturera, 2.btit, tandoa, copia reaan ina beers a [E 6 esta ama pergunta que surge desde logo. Mas como resolves de antsmao, sem que primelre estademes ‘outros temas importantes? ‘E eatre esses oe surge 0 2 sublime 4 0 quo veremos a seguir. © susie ‘A forma mais simples sob a qual podemos avaliar a oe objeto a de una extnaso ens, Dot ‘emplo de um grande campo, onde a vista se perde ma ‘Gstancla AS colsan vastas fazer nescer a impressio dO sublime, 2 essa a impressie que dio clmo de uma montana up ablsno prafundo, um grande ro, cas marge do. Separecem na distancia, o trmaraento, 0 Oseano, 2 univer {0 estreiado. ‘Foram sempre deses 8 tomas mais subll ‘mes que a literatura empregou ‘Assim como a proporeio exata das partes constitu Na belera, ia sempre sublimidade, mas 0 svblime po: o nio tar belesa aur grou elovado, 18 comum confundirse 0 belo com 0 sublime, Cas. ‘mama de belo a um gesto sublime, © sublime 6 belo, quando realizado esttlcamente po 1o nomen. 1A subinnigede na belesa da natures. Mas nunca doveros pensar que Onde hd tublimidade hit sempre b= fea Se tudo quanto tem Delesa 6 tambéen sublime, nem tudo quanto 6 sublime 6, por leo £6, belo. © sublime 6 2 sumo FERREIRA DOS aawTos lum valor que valoriza (pols os valores vatorizam tam ‘bei) ume obra estdtica ralizda Delo homer, Ha sempre 0 perlgo te confundirse 0 sublime com fo dela. i, ne belo, suimisade: mas 0 sitlime te cr Facteristicas propriss Newer ralnar da velba Goa, de estilo Dero, bi um gud de ‘limi tb, porque nod ergata amore Uiiet YVejamos: 0 toma do sublime ¢ fundamental na Est tieg ei Ate, poraue few coloce ante ar mais profindas Tales da emogto humana, «Ros ubre camino Part com Dieendermes devidarvente o dus @ Ate Ante 8 imensdin do ocesho, 20 contemplélo de uma montane, eepethase em ‘osee’ aims ua quletace de ‘Profundo recolhimento, mas por hs momentos apenas pols-a segulr, como agas suonddas de vagas, convalsio” ‘amos nos totalmente, resplrarmos profundamente e seat ines invadirnog 0 ferren. Pedemee Tear sllencnsos.€ Ihumildes, mas tm estremecimento nos secode, pls eet ‘cs o mlstero. O grands, o infintamente grande, 208 ‘Roteos elhos, sempre um desatio. Uma ela fume preps, expres euiibale do rentimens 2 SuGuo- FERREIRA Dos @antos ‘Um homem simples, ¢riado nos, prados da Africa do Sul, umn dia penguntou'a um europeu “Sempre dessjel saber dos europeus que senterm flee quando do alto de ‘ts montanba como esta, nossos ols eontempiam a lmensieto dos prados, os animals que pastam. Serd que ‘nko ouvemn ada, to veers nads mais Go que isto?“ Nio ‘uve ¢ sr, vows ie falam tlenclosamiente, vores qc vin ‘des prados, da montane, de tudo? de que misterio fen ea," ‘Enige o tremor & o espanto, exe & angistis ¢ 0 pra. 4er, 6-0 estado em que fleamos, em, que nos sentimos, ‘Quindo contermplamos as) grandes © imenses belezas co Faun, ‘Lembremonos destas palavras do. Gosthe, em seu Fausto." 0 estemecimenta ¢ ue Ii do. melhor no ho- fem. O mundg fazihe pagar caro 0 sanimento arreoa- {ado, le se combve profundarnents ante o enorme.” © enorme, o delnos dos sregos, ¢ sublime sinistro, Polla ta deina, Kouen, anthropow deineterén pele, ste’ verso de Séfocles, © grande trdgico rego, noe fexpresea 0 sentimento do encrme: "Numeromas Sioa oleae enormes, nada pores mals enorme que 0 homer” Sintatiemos: o que ¢ grande nio ¢ ainda sublime, range, desmenuredo, slat, que encarra 0 pavor’ Bit ‘uno ante o temor que ihe provoca lmenso, 6 enorme: ‘Ex emogio do enorme. {No publime, n4 algo de misterioso, Tem uma dupa caracteristica. 8) provoca na alma humana, de inicio, uma repulsa, at 'b) a atrat imodiatamente, ‘have 0 sublime, tleamos entre temot e & atrigio, (© sublime namlina 2 exatte 0 mesmo tare, com ‘prime & sma ea expande no mesmo instante, proc ‘emer @ beatae. COvwblime ¢ uma exitagto e wh ultrapassaménto. ume) gneg0 As famoaseaiies, do Erection — Exprestio de bieraiomo (ser 36 DARIO FERREIRA DOS SANTOS ‘Dee forma, a distingso entre o belo e 0 sublime se toma mal till Em tudo quanto hé o belo, hé alguma sublimidute, ‘as'o grat de miblimidade nie depende do grat de bole a,” Ha fatos mais subimes que Outros, sem quo apze Sentem na mesina proporgio graus de belera. © gesto terivel, que nos constrange © nos exalte, ne se misto contraditatio emoeional, como um ato de suDr= ‘a bnegagdo, € sublime. Mas pode ter menos belesa Que lum outre sto ‘simples, Ao estudarmos a Arce, é e588 diferenca se tomara sno tas lace. cATHARSIS| HE, assim, duns espécies de manitestagio da belza: a) belera natural — que a expressfo do belo ths 1) beleza artstica — quo ¢ a realisagio do belo através do homem e'pelo homers (Ora, o ser humano é um ser que sente, sofre, ama, cesoja, quer. Nolo, sous gostos, suas atitudes, sous te ‘mores, suas esperancas, io sempre 0 simbolo do que Se esse em sn alm [No chro ¢ na alegria, nos saltos eufdrieos ou nos arrebatamentos do amor, ot nos soluges profundos do frimento, ie reallza em seus atos a desearga emectonal Nao podia conterse mais. descarrega, e depots, ava. Se, trangia se, até que outra ver, carregado de emo (S, outa descarge © allvia, Hid pessas descargas um verdadero purifiarse. E essa ago de purificagao chamavam os gregos de catharsis. Ccratuace também na_psicologla em profundidade (pstcandlse, eve) do eatnarsa « 810 de cescarga emoeio. Ate alivia 0 pachets ‘Todo homem que sente ¢ sofre, ama o desea, neces sit Gbssas descargas allviadorts, assim como ‘no Bo 0 femeio KEFREN, exemple de rertismo exis a a YeanI0.FENMREIRA DoS SANTOS ‘mem, também podimos absorvar nos animals. ses {Tamm express sua elogria © suas Gores em autos expressivas, ‘© homem primitive, ante o mistério do taindo, que scoberta ‘em set sucede® intengSes para dle tesplidvels, ‘poderes estranfos @ imensos, expressava sun emogdo de terror, de médo, de espanto. Nos adomos para odbrir 0 corpo, nos objetos aue ‘puna em seus timaulos, pus imagens ches. de pavor ce ous deuses emoniacos, expresseva. a carga ‘emocional {gue o secudia, -Dracarregavare através de alos exieiores. Pols quando 0 homem comepou a realizar essas des cangas emoctonsie (ealharas), mae realisandoas com ce tlementos da essélea “(harmonis, belez, stblimidade), ‘ealisou Sle Ate ‘Temos, portanto, J€ tnés elementos impreseindives na arte, Gatharsis (em Estética) € 0 melo © o modo'de ex pressio, ‘Essa meio ¢ modo de expressio ¢ um melo téentco, ae teint, em greed, que significa arte no sentido da stivi dado prion eiserdtia, ‘A arte 6 superior quando'ela junta 2) Tenica apropriads & 2) Bxpressio (catharsis), ou eaterse, com 3) Beleza Em sums, portanto: Arte 6 a exprossio da descarza ‘emosional do ser furano com beleze,realizada por melos \eenicoe ‘esta forma, 8 sition std em a natureng, Quando ealinda pelo homem @ arte, A’ Arte’, deste modo, ‘uma realizagso humana Um erepiisctlo € belo, ndo é, porémn, uma obra de ‘rte, "Uma catedral é bole « 6 uma obra de arte A primi 6 da naturesa; a segunda trax a marca do ‘spirits humane. convirn A eererica 2° Por isto, na Ast, 6 preciso sempre considers Da parte xtc; 2 a parte humana, 1 primeira 6 shite: segunda subjetive. 4 ate sempre objetiridade © subtract Considerar a ura apenas pelo lado objetivo, 04 ape nas plo ldo subjetvo, 6 consider abstatamete (Abstatrconsite er soparae mentsmente 0 que Tn Tet ‘ade oe separa). A valorzago do ado objetivo na arte ¢ ua posts ‘intelectual, me 4 tlorieag apenas do ado subjetivo 6 uma tomada ‘de posicio afetiva. va Yio se pode realias a apreciagto justa de uma obra ie art so mao se snsicera os Gols eapects" objetivo © ‘inicio, Venus de Milo Visrie de Samoricia * MARIO FERREIRA DOS SANTOS ‘Mas 6 preciso véloe distcticamente, ¢ no formal ‘Tina visto formal seria a que separasse os dois a6: pectos, como se éles fossem paralelos, som a meno? in. Eudnla tm no out. ‘Uma visio dialéctica admte a reclprocidade entre oS ois polos; ou sala: admite # Interatuagio de tim no ol fro. subjeividade expliea objetvidade, como a cble’ {iviande explca a subjetivicade (© subjetivo inful sdbre © objetivo, como @ objetivo sais soar 0 sublet. ‘Uma obra de arte, no entanto, pode spresentar os ols polos de trés maneiras: 1D) Superugio do subjetivo sbbre 0 objetivo. Neste caso, 0 aspecto peicoldgico afectivo ¢ predom! 2) Superagio do objetivo sobre o subieti Neste caso, a obra. revela cerebralismo Cexpressio froglante hoje), tom tondincias ts formas wclosas GO recanicamo, pein rvelaguo de frees. '3). Equilibrio dindmico de ambos. Este 0-0 cel que surge em todos os movimentos ciesions. ‘Assim, no primslro caso, temos os periodos da arte (que se podem classficar de juvenis, pais @ arrebatamento Emotive supera s expressio, ou esta 6 apnas urna explo so daguele, omo no romantismo, por exemplo No segundo caso, as diversas formas roalstas, 0 exoessivamente formals, como o parnasianismo, como 8 ‘vere literatura No tercuiro caso, temos a série das manitestagdes cisions, qua mio devem ser confunaidas com 0 elaticlst ‘mo, que’ jo uma forma vicioen, Na Atte, hd a expressiio ¢a gascargn emocinal (ca- terse). Esta, ¢ dlonisacs, como o propde Nietzsche, pols revela » subjetividade 0 realizecor da obra de ar, 0 7H, ainda, na forme de expressio, a objetivagio-da ‘descarga emocional com estétlon. # © apotineo, a form order estetica, convinm a pavarrca a 1s jeriedos em que predomina o dlonisiao, temos. © romintiee & tons; nos periodes de equllori, 0 olds Sco; nos perfodos de predominincta do spoline, 0 clas- {Hetemo e’aun forma victosa, 0 aeademismo. sperm Tere do tple‘de Quel, em Goe,enprsinarealcgio do baroco poring ARTE E TECNICA ‘A palavra arve vem do ars (no gentivo arts), pals: ‘va latina, que corresponds & tekné, &m groqo, A arte 6 ums realizagio factica da beloza pelo ho ‘Téenien 6a utlizapio sistemética de melos pare tin fit um fim. O artista usa da téenice para atingit um fim: expresser sus descarga emoclona! com belez. Qutra conctusio que podemes tirar do que Jé ft a to: “Nem tudo que @ bale € artisieo; mas tudo quanto é srlistico.deveria ser belo” ‘A beleza 6 insepartsel da werdadeira obra de arte Neste caso, poderia perguntar 0 leltor: No é acaso © feo, o’Borevel, motieo. de uma obra de arte? Como fonsiderar entéo 0 Infermo de Dante como cbra de aria? io 62 exprassio do horsive? CConvém aistingair: © ‘elo, o torrie, enquanto tals, nfo sio estética mente Delos, mas institiens. ‘Mas o artista pode expresser 0 horrivel com belezs, Isto 6, exprosstlo com estetion, Neste:caso, a expressio estétice do horrvel & bela, aio 0 Rorniel consideraco em si. Essa € a Tael0 por ‘ue 0 aria pode tatar do horsvel ¢ reali uma obra Dela, “Ela é bela, x80 porque tem © horrivel, mas por que tom a expresido bela do horrive ‘A BELEZA. NATURAL ‘Arnaturesa mostrenes 0 belo, mas o homem vive 0 ‘Surge usa pergunta: deve e belesa artistios subordl pars a belessafural, ou vice-versa? rm Bub de nti bl, expo Um ties mime bide “ DARIO FERREIRA DOS SAX TOS Esta prginta implica um problems: s¢ admitimos ‘que a belown artistcn dove subordinarse & Belem. nat. Fr, ferlarpos do edmitir que esta tem mals valor que Agiela. além dso, o artista deveri, conseqentemen: {, apenas reprodunit s belesa natural, como © propunta ‘Una rosa em natureza vale mals que uma urtins é mals bela ‘Mas ume rosa, na pintura, vale mais, como arte, que uma rose em a natures,” una urtes, expressada'com fstetica, nun quado, ¢ bela na arte, quando mio 0 é na sures. "Na arte, o home supera multas vézes a belesa da ‘Ruskin queria que o homem lmitasse a belera natu. ral, Mise, na verdade, © homem ‘eallea uma Delos tistics, ‘Também outro exagéro ¢ pensar que o homem ape nas deve expressar a beless por éle cada Um exagero. CG imitative) leva a outro exageTo, 0 nlo imitativo. No fentanto, uma sintese dlaletiea seria lara ¢ mals prods. tive agit. [io deve o artista ter a preocupagio de afastarse da naturean para expressar gun emocio estétia. Ble pode, fem imitar e naturesa, expresséa. Uma alitude exclu Gente agul ¢ nn atid formal. Sempre dizemos que hi harmonia entre dois stres, quando tes £0 aust. “H& pereebemos que s6 I harmonia, onde hd dlteren- tes. “THermontanmes os diferentes. Een todo 0 exstir, ‘Ba portanto, diferentes que se harmontzam, « diferentes aque no te harmonizam. 14 harmonia, quando os diferentes se ajustam para ‘dar surgimnto & ma nova estrutura (Const) A tenslo 6 a torgu que dé coerénels, coesio 8 uma sstruture, formada como um todo, Num quar, ng tno, quando es dversas pests ‘gue.0 compoem formam una barmonis, de tal reado, que ‘onetisvem um todo, com eoesto, com eoeréncia eonvite A pererica 4s Portanto, na harmonta, bd: .— : 4) equllbrio de diferentes, que formam uma nova ‘estritura Conseelentemente, cbtem um valoF, POraue, (Goando hé harmonia, vale sobre mais do que vali as artes components, considersdas apenas como isolads, "b) “Predominio’ an simollanldade. Harmontzam aspectos que se dio ao mesmo tempo, simultineamente, ‘Num quadro, por exemplo, é sempre simultaneidade, © famarsxrba ego, qnt exresa 0 eta de. tenia: ro fistonlsdeto Sob pat receber Bama ove grange resestard eh selon coma wea das mares Yealael de we Hatin “ santo PinnsIRA Toe e108" hharmonia musical e da hermonia terri, pols enquanto fgutls, agusla a simijtineos, nesta so revelam na su, ‘proporflo, embora sucessivos. 7) A'presenga de felledade —- A harmonia nio nos ‘causa apenas bervestar, agradabiidade, porque hé almas a , is desarmenias quo agradam, como se ve. flo em carlos neuratico, e ate entre us aptecadares de ‘bras ge arte, Mas éstey nfo eneontram na dasarmonia {eliedads. "Pode a desarmonia excitélos,atucinlos, ar ‘Shes extados de hipertens4o, nao, porém,fellckdade, por ‘Que exsoerbam nda mais 6 sec estat. potolégo, ae ‘Se 0 belo implica harmonia, ne Estética, como s de- ‘order pode ser bel? ‘A desordem, enguanto desordem niio ¢ bela. Nem ‘avistctles quis dacr tal coisa, Apenas afirmou aver esordens que slo belas, ‘A dasordem de uma bafalba pode ter una expreseto tela, A desordem de livos 30 ‘Bre unin mesa de estos pode ter, na arte, Uma exeres- ‘ho bea. ceueymeas See & 4 expresso do dvordom oot 6 @ fio 8 aesertem, ‘esea expressio bela da deserdem tem uma oxdem, va harmon, VALOR Na ESreTICA 2 6 valor tema de Fosotla,e hofe de uma importin- cla capita, porque a Hlosofit do nossds tempos, ha quase tam Seeulo, gra em tomo déste tema, ‘Pundaram se jé cuss noves disciplines fosctioas: 2 ‘Asflogia, quo esta 0 valor em si, enguanto fal (de ads, fm greco, valor), © Timologia de times, valor de aprecia lo, que estuda 6 valor do angulo das apreciagtes humt- fas “nasi, © valor eeation cabo & Atiologia estudar, © O valor de troca, ds Heonomia, caberit &'Timologia (3). Em gue consiste 0 valor? is um tema complexo, nao eaberia equ! extudalo. ‘Mas podemos noter que © Valor é algo que Gamos cit ramos de uma coisa, sem (Guo esta prea ou gan nada em sun estrutra. Se aizamos que este liv70, que esté A nossa frente, tem um grande qelor, ou so dizemos que no tem, © Hivro nag se modsica em nada, nem como’ é nem coro Tepresentagio do que 6. Se dizemes que aquela arvore bela ou iio, ela continua somo 6. Se, pore, fe f ado dela & cbr verde que tem as suas fOlhas, la daiss a do ser © qe €. Desta forma, 9 valor nio apenas ‘ume qualidade, mes ums qualidade diferente, que mio {dincorparade ® eolse, como o estd a cbr, 0 tamanho, ee E assim o valor um objeto diferente dos cutres. ‘Do que tekudamos até aqui, a harmonis, © beless. te, sto valdres que encontramos nas colsas G8 ratared, ¢tmibém podamas encontrélos nas obras huwanas, ‘Yé posemos, portanto, falar de ‘VALORES ESTeTICOS a: cit tn sts so non pln Ex. cada ate (hasicn, elute, teratira, ettietur aoa ce) pose loge SUat obras, © deve Vlas {@) 0 sated dp vitor ¢ raza em «Puna Concrets dor urn, e Mt‘ en Fanon (oola So Be) Falak REDMON % verdade quo éste térmo elawArtes ¢ combatido or alguns artistar di abuallaeda, mas esta altude se ex Dilea Como nfo. podem resolver 9 problems do bal, Couns dia, exjasimplicidale tsemanba Cabege de Crit, de Leonardo dais @ cabot grege ‘erase. si. cient 50 YexRIO FERREIRA DOS SAzTOR, ‘por heverem confundido Esutica com Arte, preferem es camotear 0 problema; Isto é escemotear 0 ‘belo da, Arte, ‘© que tem sido de lamentavels consequsndias paca @ NOs, a epoca, como ainda vere. © ser humano encontra sempre valor em tudo quan ip ime perme wroinarse do oe blo. Eau . objeto € de sae ional ‘Seto. Queremos isto Su agutlo,¢ que queremos tem, consequentemente un va Joy pore seo nes ou potnumos, le nos Gas 3 tisfegio que desejamps. ‘Tem valor, porque ¢ um meio pera darsos satistagio desejca.” Dams valor a0 al ‘thelr, porque Ge 10s aproxima das cosas.” A separacto entre sujeltoe obieto iminuia, Se observarinas bem, 0 ser humano, como siete, esoja dominar, ter poser, asseniorear $e Ge tug0. fesse posse, se dominio, tem tm valor, porque Ine devia Setlain pena. F ter alo to qi avec eta ‘esse. Por que vale a sade? Porque permite gor nals Dlenamnente 3 vida a ra, uma obra do arte tem ume intanetonalldade: dat ‘porque @f plentode” Para o‘noundrito, © mérbido. Inorbioes) dédhe agradavitasae, embara none dé fel 1H, numa obra de arte, um valor que «is em fungio a, constitulgto psiquiea do contemplasor. ‘Toda obra de arto & uma promessa de felicidad, _£ esa una expressto multo comm, asada Del0s estas. ‘ee ete Promenade nos yromete uma. io Jd. agradve, 0 que nos pro. ‘rete uma felicidade Jf nos dé um estado afeetivo da fo [Nao confundir agradabilidade com felicidade, ¢ de ‘magna importineia, porque muitos arguments dé deca. Gentisias ‘na arte fsndarnee nesta confusto: considera ‘2 sus agratubilidade morbida como fellcldnde convire a estaTica st [io se podem torcer os concetos b vontade. A fell sande ‘pile Iberdade, plenitude. Nio @ felis quem é fscravo de uma morbides, mas quem dela so Uberto, ‘quem nao a tom. "A feisdade ¢ tm contentamento que fxige conscléncia do pleno cominlo’ de sun Uberdads lerlor. Nao 6 fella quem se escravisa a im deseo, ot ‘um vicio. Satisfeanr a um desejo de superaeto, do Templo de Posidon, na Gricie, meuifca nizaio de “nla reg tra, ¢ conecar a felicidsde. A verdadetra obra do arto @ aquela que oferece superspées, vi6ras, exaltacdes. A ‘arts aprovettada pera eseravizat, pare simentar @ mor ‘get, para exaltar 0 inferior humano, ¢ criadora de an fstlas © de intranglldades, "Ein no reoliza senio.o enor e mio o maior. O desejo supremo do homer no ser um Prometeu encadeado, mae um Prometeu liber ‘ado Pode um Prometeu sentir ag-adabilidade em suns al sgemas, nio venti, porém, felieidade. Poder certos e& {elas destoreer os trmos, mas aquéle nio pods nem 0 ‘dove ser, Stn clateas meridisn no pode ser empazeds Delas nuvens da morbides 2 MARIO PRRREIRA Dos SANTOS o anrista B 0 artista a causa eticiente, que faz a obra de arte = Go um ser humano, ¢ como ser humano 6 psicolo ieamete Ormrizad deco de na extrutira sorsen corpo) "Todo existircontingente se a entre opostos. Nao distinguriamos nade se néo howvesse opostae, ‘pols, do contrario, do seria tcs nossos ols a0 nosed xpirito um unico grande fat as se distingulmos uma cbr, @ porque hi outra dé ‘gzip qe ea se ompnre, 4 apron, se dens Mas as contradioles nfo esto apenas nas coitus, mas ‘em nos também, © artista, como todo ser humano, ¢ opostivo, poraue mn si se chocim, coexistenciamente, as oposigves broprias {20 ser psleotogteo. 1Nfio ao julgue quo essas oposigGes seam mais inten ‘as no artista que sum homer comum. Pode até ser ‘menores. Mas a dlforenca esté cm expressar © homem ‘comm, em exterlorzer, som exttica, enquanto 0 artista Bode eierlovear sus opis econradgs sbjetias DMs o artista é um homem que pertence a uma to talidade: & familia, ou ao grupo de que fax parte, © 0 fonylinta que sObré él influ Serlase (de série) dentro fa arte hq pertcoce (Pintara,escultura,misica, ete), ‘Baxi dentro do sitema social, da cultura, como a greg, epipola, ou ar culturas ocldentals. £ um ser Rumano, ue ¢intuido também, como todos, pelos aconteckmentos Ristdueoescciais, © nestes temos de incur as cosmow- s6es; Isto ga visto geral do mundo, a mansira de v8, {Ge considera, proprio de uma epoca. Portanto, podemos estabelecer, para o artista, 0 se fguinte esquema sbalxo, de grande valor na spreciapio de ‘Ena obra de are Moist de Miguel Angelo — Sabliidate rrandice o R10 FERREIRA DOS BANOS como homem, 9 artista, como individuo,, tem lum psiguisino em um corpo. "Tem um. ew peleoldgio, tum tu blolbalo, um eu mineral, oto. Herdaeaquamas 5 seus ntepciados, mas se cso enh etn fungbo ) ultra & qual pertence. E esta tom suas fas, periedos ‘naturalismo, classcismo, romantismo, @ ou re), esl, ritmo, ete ©) Vive-uma'emopia ¢. desaja extariorist ls. a catharsis que se impoe. Essa emocto, essa carEa ener ‘tion, quer exprossarse,¢ leo faz através de 44). melos de expreseto. (sons, palavras, obres ‘nas, mamas, movmentor emloos, segundo as alversas frteg). Para tal emproge uma )._téenies, cuo signifiendo j6 estudamos. Mas a cexpressio do sua emogd, por melos teonlcos, tem valor 1) esti, isto 6, subordinaso aos valdres qu et: tudamos ni Bsistoa, ‘Mas o artista, quase sempre, das. tine sua obra & contemplagto do, 1) pablico, no qual Tessoe, cuja aprectagio inf, ‘por Su ter, steatds da critica, aa goxtagio da obre do Entsta. B publico também a erica teGrica, como a ern Dilea,além do contemplador, © 0 artiste ¢ intumotado, fequndo certos aus Por Ease public, Mas ¢tambers artista 1h) eepectador ao a6 de sus obra como da de ou ros. B como espectador, élo so diferencia a Ponto de Intuir em seus. tradalhos'posteriores, Dols ee autoan Iisa, se utocriion Ovactista ¢ squile que exterorizn suas emogies © ‘suas observagtes Por melos eststicas. Essa exterior. fo realiane etravés do melos diversos. Ou 6 expressa ‘or fons, come na mulsica; ou por movimentos ritmicts, orno ‘ha dangs, ow por fad, simbolos, sats verbals, (como fi erature, ou pov Tasces, como na arqultecura, ‘8u'por_inhes, cOres, como ‘a pintura: ou pela pstict ‘Gade as formas esteroométricas, como na cecultura convirm A garetica 55 © simB0Lo ‘A emogdo escole assim um melo de expresio, que se pode coratorzar entre eas artes que soabamos do si cat oss. opie. apenas ection om muss ox egal “afr Iie penn aun pea ‘ile, Wpaleam eslacoe de alga, intedtes, desojos et ‘Stoves stoles. Por asd" toda rte © cone, a8 Gumndo 0 esta no tem comsclancla de qu use’ sine ‘ote. Na verdade, tudo na natureza é simbolo. ¥ poucas "ek mais intoressantes do que’ a slmbélca. A ‘iseplina que a estuda 6 a simbologia. Os sebolos ox Wo, no sna arte, mas om tudo. ‘Todas as rollges lua e imbéiea,e toda a vida humans @ ume expressio "Angela do pintor Milt ‘simbolica de algo que ela aponta, « que a flostia, bem frientada, Gevers normalmente estutar ¢ intarpreta. CCostums.seconfundirsimbolo com sina, mas hé urna ‘iferengs e lmporsante: se todo Simo ¢ tim sinal, nem {odo sina ¢ am eimbolo, © sinal é © que indica, o que aponta algo cculto, nio presente, © pode ser apbitriro. Assim © fumnaga 6 tim st. al do fogo, © nao simbolo do fogo. 0 ximbia er agua cots gue repte slg Go 9° © stmobaio repete, assim, algum aspecto do simbot- zado, o-qual nio'estd presente, e que 0 simbolo substi cs aso simbolo pode sigificar witios simbolizados. ‘Assim erur, por exeilo, ¢ unr sisbolo que postu que. ‘Se uma centena de signitioadas, isto ¢, referese a. ums ‘entena quace de sibollzados, Por isso, na simbdlice, on diz_que o simbol Spo ante, enquanto, Sor ua ve eae icy eat sso €plisinitcgve~ A olisaimiboli 44 Noerdade, por extmplo, pode ser simbolizads por tam passaro veando, ou por alyemas partiaas, ete. Pode, ‘stim, ser referida ‘por wiios lmbolos. ‘Deuta forma, tOda arto é também simbolica. O ar ‘ista nig a6 extetioiaa etitcamenta suas emogees © Sous ‘pensamentos, como também constr simbolos. ‘esses simbolos podem ser {4 Conhecidas,¢ neste caso 9 valor do artista nao 6, aqui 80 tanos, o mals elevado (quando 0 artista cla smbeas revela wn valor superior 10) Ge intl os aaa ato etaag am ratte de ss tse silos deve ser tot _poodtaicso Stet seo an yore alee sterica s ‘Aye é-calado, que est oeulto) cam: Thlerpretalos. “Sho os simbalos esotérieoy (do a8 “HG, anda, os simbolos erptens, que estio orultos, de tal forma qo 96.0 autor sabe 0 qh significa (quaddo ‘be, pols bd artistes que usam una smboliea abeoluta ‘ents epics, para impreasio da profundidade, due nem s 1mcruo PERRIEMA bos susTOS consciente. 0 espectador, © contemplador da obra de ar ‘nila abe muitas veees Por quo be emocions, por quo O fascna @ obra, por sun sente sublime, por que sents celovado por ela. as sente tats emogien, No entanto, ‘Salinguagem sabéliea da Obra do rts que 0 empolgn. Tatas o multas outras si as reaSos que tornam to ‘importante 0 estudo ds simbotca 05 VALORES ESTETICOS CComecemos por estudiar entre os valores de ums obra do arte, os vallzes extelcos. Posteriormeate falaromos Sobre os valores subjetivos, os objetivos, os valores re- {lonais, 08 técnlcos, 0s decorative, os esttions, os ius. tratvos, 8 valores éicos, ee. £0 valor um tema do Ficsofs, © hé uma discipina especial quo ‘0 estuds, que é a Axiologia. Por exomplo, digo que éste livo 6 bom ou mau, fou se nto Ine dou nenhum disses vsl0%es, 0 livro nto Ssotre, enquanto tal, nenhuma moaiieaglo, ‘Mas a cor ‘marela de sua capa dele nio a posso Uirar, pois 8 of ‘esse, Gi tetzara do sor amarelo. ‘Se aquela érvore 6 considerada bela 04 no, em nada la 6 mocificada, mas so Ibe trdasemos 0 & il Os valores sio polares; isto 6, » um valor correspon- e sempre um valor contrario, polar. AD belo, © hore: velva ordem, @ decordam, ete. Além disso os valbres tam gradotvidade, ito é graus, pols uma obra pods set mais ou menos bela, mais ou ‘anos harmnica, et, (0s valores caracterizamse, pois, por serem: 1) potares; 2) escalares (de eseala, escada; gradatividade) 3) lerdrguicos. Hlerarquia ¢ a ordem de subordinagto. Quando © homem valoriza apenas os val6res posit vos, dle marcha para 0 valor dlvine, como supremo valor, ‘quando ralorizn os opostivos, marcha pars 0 demonis’ 0, ou para 0 satnioo, come valor opositiva hierbrqulca ‘mente maton ‘Assim temos, segundo @ polarlagio, ¢ graus hlerd. cqieos, na arte, 6s seguintes YalOres: Divino Satanic Sento Demonisco Retigioso aio (eigo) ‘lero (forma exterior do santo) Secular Sagrado Profana [No se pode deixar de reconnecer 0 grande papel da relighio sObre a arte, como desta sObre aquela. Se hole ‘travessamos uma. époce de franca irreligiosidade, 1nio ato uma novidade na histéria humana, que j6 conheoes ‘muitos perfodos semethantes, que sto. sucedidos por ou tos de profunda reigiosidade, . (0s temas religiosos deram i arte seus momentos mais @ eARt0 FERREIRA DOs Ss5TOS 8 demoniace t0da arto que valorisa 0 mérbido, 0 ‘dointio, em vex do atvalizar ee valores. posltivos, Ine. ivelmeate, nossa época ¢ predominentemente demoniaca ba ate. sidticamente, o demontaco pode aloangar também tums’ beless, embers munca tena alcangado 9 quo’ a Yin oferos. 2 taribém, satanismo na arte, © quo ain 4a taremos ocaslio de estates 1H outros valores ainda: Sedio Doentio (mérbido) Profundo ‘Superticia! culto Primitivo 1g valOres estétions que podem valoriaar a expresso ‘a obra ao ar, os unis cominados com outros tomar. ‘a maior. Entre ease, tems: teu, © acamaticn, © Dodtico, © muses, 0 arquitatural, 0 escuitural, et. 1mm capftulos posteriores, teremos ocasito de anal sar asin ombinago, eofetoar un qundro sinttco de fprecoio geral da cbra de arte, Para que, ao com ‘Fidla, possamos ver o grau désses valdres” combinados Som outros, © harmenizagio que éles oferecam, 0 que perme, dfese modo, uma sprectagto Justa, Alen dio o este sian pi re a © FATO ESTETICO ‘Astes de estudarmes 0 fato etético, vamos spor algumas concepotes pelooldeicas Linprescindtvels. ‘© espirito humeno funciona num corpo que entra em contato tem.¢ raundo exteror através doe sentidos. Es fs sealdoe formam o que se Gana a senstiliaade. A sensiidade 6 compost de todos 08 eactemss do seastriomotri do corpo, humane. "B0.comtato dito ios setidos com o maundo exterior 6 reals pela in ‘Blpeeata a ar centre dn ee ie ‘elo nowon snide, que nos tranatem dle ‘na imager, as o noo epito nko funciona apenas com a sen stuttate, "Na, oo seats es alos Go, undo ex For, otamen, estes, sepecioe semetanion ou derentes ‘Sire aot eaplamon semelbangas ¢ elena, -B5so ato de captar somelhangas @ diferencas entre os fatos € 0 que so casts intuigao anteteetyal. (A palavra {ntelecto vam do inter ¢ lee, entre € eapla isto ¢,captar entre, O intelecio funciona por eaptagio de semeihangas diferengas entre 2s fates. ‘Do radial Wo tomos as pa. Navras eloger, de elec, trar para fora, dal tambem eotee- ‘a, weleegao e Hog). Mas os fatos 0 mundo exterior tatthin nos prove. cam estaos de atracdo ou da repulsa; sentimos simpata 0 antpatia pelos davon. Vivemoe, mas em nos, estadoe Simpatdicas ou antipatticos, Ninguém ira dizer que a stmpatia ou a antipatia ‘esta na colan peredbida, Como estd cor ou outra qua. {dade qualquer. o MARIO FERREIRA. DOS SANTOS assim funciona 60 sfeiade. poran amu te rnla ‘af tneemo estas pathloos (de pathos, em ego, seasa- (io, de sents, soften). quanto ‘eo entre sul Sbilg PO o- que lsngD na col etd Teh, 6 0 ‘Sujet distinguose do objeto, como procede a intslectus. Iidade, ‘Mas, na afectividade, 0 sujeito sente 0 objeto afeivo em si mesmo, Suelto & objeto s0 confundem mals ov ‘menos. Hid aqui abentuacto da fuso, diminuisto eres. ‘ents da separacto, enquanto a intelechulidade suments 2 separagio entre sujet © objeto. ‘Temos, assim, uma funcionslidsde tripartida do nos 0 espirto: Sensbiidade [ atectiviaaae Inlelectuatidade ‘Tanto a afetividade como & inteloctuaidade thm wane ‘aires na sensiblldade, sas dela se dstinguem. ‘A sensibiidade manifest-se em polarizagses de pra er ou desprazer que 0s fatos nos provocam. A. als. dade disnos ume dgradxbiidade ou desagredablidade pe latices (simpatéticas ou antipetéteas). A intlectuslda. fe v6 noe fatos 0 verdadeizo ou 0 leo, 0 certo Ot © ado. ° Com ésses elementos ts mos, podamos agora est dar ae civersns concepgies da arte @ fassr a critica COP. espondente 1m que consite 0 fato estéico na arte? ‘Vejamos a resposta da ‘Escola sensualsta Para este, tudo quanto nos agrada aos sentidos & belo, Por isco escola seasualisa fundese fos julsos fe gost, que nos Tevelam epenis a agradabilaade ou convire A patetica 6 Aesagradabilidade, que as colsas nos oferecem, A dasa. ‘so ‘pontos de Tigagto ‘Ora, nem todos os prazeres so exttions. i prave res que Sto anestéicos (isto , nioestticos). © prazer nto pode servir de base para um julgamen to extlioo na arte, pols hd prazeres que nos dio até an ‘isting, “O raver, que a arte oferece, ¢ sem sofrimento, £E'um praver afetivo'e nfo sensivel apenas. © érro da concepgio sensualista esté em confundir & sensinilidads com a afetvidade "A patora” do pnter Miler Na aetividade, somos intérpretes, slém ds especte ores, contempladores. [Na sunsibilidade, somos epenas espectadores. Podemos distingur of Juios de gsto em. juiso de ‘gosto com base sensual, ¢ julzo da gosto com Base ale tive, ejuleo de gosto com ace estes Neste, uma captagso de valor esttico, eno deve see confurdido com tum simples julzo de gisto com base ‘ena suo 3282 genes un profsto do tne, mas do tivo edo Intlosnin, por faro.0 sensualieno pecs por deficiéneia. a ‘CONCEPGAO MISTICA DA ANTE Esta concepgio nio considera © papel da, sensi. dade nem da nislectiaitande, mas spenas oda. eet ‘ad. (Como 0 racional pertence & intelectuslidade, esta ‘eoncepeio funda-se a0 irracional, no que no € razio. © ‘elo, des forme, nto pode ser‘criteado, Considerar os defensores desta concepgio que 0 T%. clonal mata arte © belo ¢ vivéncia, évivdo, # algo misterioso, supra: -sensivel. "Por liso of que aceiam a mistica na arte sto ‘mtinteictualistag e aprovam apenas um intuiclonismo pathleo. (0s estetas latinos (os franceses especialmente) ten dem ema geral pata uma eoncepedo intaiectualista da are, ‘enquanto os esiclas slemiee tendem para umn concep ho misticn nly éstes, devamos saliontar & ‘conceped estétea de Elnguhtung intuhiung ¢ uma patavra quase intraduzivel para o ‘nosso idioma. Signtica uma penetragio pathles, atetiva, Intulcionalmente viveneat do fato, no qual hé urna fusto, lum sentir com... Alguns trecazema pela pala? en: fdopathia, sentir endo, dentro, no fundo’da coisa, Uma fusto simpatetien com 0 objeto AA Binflhlong é um eaminho para 0 mistico. ‘Todo 020 esidico repousa, em cefinitivo, na mpatia’ Lipps os diz que “a emogio semua! ¢ egolsta, mas o estado \estetco produa uma identieapio Go sujelto e do objeto (enoagotsta)” oo MARIO FERREIRA DO8 saxTO# Hi, assim, uma fusto, malor ou menor, entre o com templador e a obra de arte Goot, Neumann, Vischer, Meroman, Lipps, Volkalt, “Herder, se, so eststas 6a Elfin, uma projegio do nosso eu no objeto; ‘ABintiniung ¢ | ume intulgao simpatatica. extn: Srafetiva que se objetiva no objeto, Mt t Digem os defensores da concepoto mistica da Ein: ‘unung, que e Fazio no ros pode dato mlnimo da cap. tagio do belo, o qual ¢ captado trracionalmente através ‘de uma vivéneia emocional; paths, portant, Para of defensores desta conceprio, as cats sto ‘gus, aparéneiss, que nos escondem @ realicade tina, ‘Atrates da arte, mistion do simbolo, o artista fundesch com o belo, 9 espectador, pela Einfhlung, connece tar bem tm extado identico de tusk to se dé a Bintihlung apenas com objetos de arte, vas, com cutros também. Assim temos tree fases it ‘bra de arte 1) Coneepede — quando 0 srtista, funaindose com, fs emoete, que ine provooe 0 motivo, es no estado Bat {hico de cear a obra de erte, estado em que © eoncebe a wie emocionalmente, 2) ‘Reullzsgio — quando o artista procura, pelos meios de expressio @ pel0 auxiio da téeniea, revello, 5} Comunieagio — que se dé quando 0 espectador, 6 contempledor da obra, consegue entrar om Eanfahling com sobre, sentiia, vivéla, nela fundirse, ela comune ‘ar (Gonmunhéo), Os graus Ge uma fase para outra variam, + post vel ao espoctedor penetra, através da contempiagho a ‘obra, num cominhio mals profunda do que consclento- ‘mente poderla considerar 0 sutor, ou Wein. POF 180, ‘muitos sentem mals profuntamente 0 que um artisia ex ‘presea, quo é muta vlzesatg suboonecient, Ou melhor, © artista diz mais do que julga dizer. neste caso, 6 ‘Spreciador capta além do due‘o artista fulge expresstr Nietzsche die que sempre que nés vivemos com in- tensidde, praticames um ato estétion, Hd um a0 ar Ustlco quando Gece eto estteg ¢ expressio através dos rmelos espectics, sons, core, shan messes, et. Nunca deveres confundir estética com arte, como 0 ftesem muitos, E se tivermoy 9 cuidado de evitar tis onfusbes, podemos perfetamente compresndsr 0. fheado da'concepeio da Kinfng da etétiea sled Diz Lipps que “todo gOsto astéico repousa em deti- nitive, inleamente, sobre Elnfuhlung™. Sinlenoble, de Corer A concepeto da Kinflhiung pesa também por deft cena, Bete rsa 0 aia © bape du aad fa te, ndo.o lain eo pensar gue 9 por melo ca Ei flung penetramos no eteico™ Po 0 MARIO FERREIRA. DOS SANTOS © estético pote no provocéa, sem deixar de set ‘pols nio so harmoniza com os outros ‘allres, como ve: Femot quando estudarmos 0 "Quadro de ApreciagSes” Por outro lado, pode haver Kinfiblung sem haver es: tetice.” Podemos fundinnos simpartticamente com un {ato anestateo, ‘£ ume visio verdadeira, a de, Einfalung, enquanto 4 considerarmos do campo da afetividade, mas deficien te por despresar © papel da inteletualidade na obra de ane, ‘Além disto, esta conceppfo forna dtc usa andlise cobjeliva oa obra de arte. Tem ola valor na capiagio da Date subjtira; isto €, dos valves subjetives, mas 6 fre Bit noe objetives ‘Serve extraordinarlamente pera uma apreciagio, co ‘mo elemento cooperador, mas Por si 36 ¢ defleent, ‘Vese claramente a conveniincia da explanscio que ‘igemoe sdbre 0 funcionamento do nosso expiito eda Gistingaa entre senaibiidade, afeividade ¢ intelectuaiien fe, que nio se tae mals separadamente nos séres hums ‘fos, embors. poseamos eivtegulias. Por iss, para. ha Wer lima epreciagdo conorets, ela eeve ser englobante como #0 espfrto humane ‘Temos de considerar os tre aspectos se quisermor spreciar com justesa uma obra de art. xaminemos a conoepgio vitalista, a evolucionista © 1 intelectalista, © VITALISMO, NA ARTE ‘A concepeio vitelista 6 a de Guyau, que defend 8 arte pala arte 9 arte desintaressada, Para Guyau da vida tem beless, 0 onsinico na arte que da que oferece a belewa. © mecanico, por st 55, no € belo “Toda beleza esté na proporeio da intensidade da vida expressa na obra de arte.” A vida, para Guyau, ¢ vida concentrada. & viva a cobra do arie quando a técnica 6 viva, Para Guyai 880 hi arte mectinics, mas apenas arte organics CCetlea: Propriamente Guyau vi na arte um aspocto ‘importante: 0 da. vida. Realmente, una obra de arte nos revela uma unida de em que us partes funcionam em relaiio & um todo, 4 qual so subordinam, e Glo emprestam uma coeréncia, como, por su vez, 0 todo (unidade) inf sCbre a parte. Hid, ne obre do arto, um aspecto. qe se ascemelha a0 orgie e p40 20 mecinico, pois nfo ¢ apenas uma con- ‘fagio de elementos expressivos, mas um todo, como 0 Gvum arganismo vivo, cujo prootsso ¢ diferente de um ‘conjunto. pursmente mectnico, {As partes, num todo orginico, fuscionam com uma ‘inelidade: ae servirem ao todo, enquano fxm todo ‘mecinico elas sio separcrls, CGuyau retimente capiou uma verdade da arte, nio toda, porém. Poca por isso, por deficléncie, embora sua cconcepgt tenhe um grande'valor e lo possa deixar de Ser considereda. 2 exmio FERREIRA Dos SANTOS ‘8 CONCEPCAO EVOLUCIONISTA [A corrente estéticn Aefendida pelos ovolucinistas firma ques Beleza é uma das condigies que fevorece levoligso das espéses. Para Spencer, hé ums evolugio gerat ascendent, pro- sgressiva, a qual consiste em partir do tals simples para mals complexe Ha duas formas de processarse selegio na natu ean para os evolutonlstas 2) a natural >) 8 sexual A estética surge da competigio soxial. Por exemplo, ts penas Vistosas dos passaros, 8 pintura doe indigenas, ete ‘A arte tom um eardeter estimulante para os evolu lonistas, pols 9 entetico tem un curdeer eaimulante ‘para a sole, para a vida Critica — A concepoto evlucionits eapta alguns das flementos de estes, mas peca pelo set Uniateralismo; e"portanto, delicimte tambem, Als dasa, funda se ‘Bum teoris sujelta h refutagio, como € a evoluclonists ‘Que hoje, para a cléveia, no tem mats nguela segurans ‘Que oferécla no séeulo passado e no inicio deste, Até aqui, vemos que thdas as conceptes spresentam aspectos verdndelros, mas, por esquecerem Outros, sio ‘eticentes A CONCEPCAG INTELECTUALISES A concopgio intelectulista caracteriza.se por valor tar 6 inielecto. SO este nos pode dar un conbeclmento solo ‘Em geral os clissicos, om todas as artes, do profe réncia a0 intelectualisno, apesar de io desvaloriarem Templo grego de esl dtrice % MARIO FERREIRA OS sAWTOS 42 parte afectiva, Mas so earacterisam por subertinarem 1 tmogeo a0 Intalecto, © penstmento da escola intelectualista 6 este: “sd ‘zations pode dar anuela order noceosria 8 ws obra rte” Fechner. por exemplo, chega a aflrmar apenas 0 as- peoto raconad ta obra’ de arte Critica — f desde logo, compreensiveh gie'0 inteles tuallsme peca por deticiéncia também, "© inelecto no 00 tnio criador de harmonias, pois inelectuaimente hi ‘armonits ns arte de uma culture que no #80 a8 mos ‘mas port outras ealturas, © inteleto no ¢ wa érmio, genuinamente eriar, ‘as wh eaptador da ordem. Alem diss, arte no @ Luma crispio exclusive Qn inteleoto, como ease 0 tales, tulsa, “O smpulso esttico-6 de oxigen aleve, embo. 8 aintelectualidade poss actua® pare evita seus desten ‘dumpentos, sous enceaeos. Nao se poderia compreender urn Moss na miisice, ‘apenas intelectusimente, ¢ ulto menos um Beethoven, A CONCEPCAO DE KANT Kant acoite a presenca, na Estétics, da posiglo inte- vectuaista'© da atta, ‘A posigtio intolectualista fundase em Juisos de exis: {aca a posigao altiva, em os Julsor de gosto, mas fun. dais ‘om valores. ‘Pars Kant, 0 julzo estético ¢ um juito de gtsto, que ‘emul le Oe datas ota 0 ennai ualidade). 1 eleza, quando estes tes taca. dades, que sio profundaryente diferentes, chepam a on cOrdar sdbre os ebletes, em que tata aodrdo sea, con ‘do, uma necessidade mistrial ou legion, Em sums, ¢ possivel/harmonl2ar os julzos estticos om 08 jutzes de gosto conviTE A BeTaTICA e ‘So éstes os jutans, que Kant ofrece: 3) "A satistegio que determina um juizo de gbsto ‘¢sem nenhum interbae CChamamos belo o objeto desss satistacio, Ex: Om intor admira uma trata; enquanto artista, ele nao’ d@se- Ja nem ‘coméia nem vendéia 2)“ belo o que agrada universelmente sem con exit." conoato sempre una univerelade. Os cot tog ade tes ort tow Teen ei tis tas aur oe clan aca obo seein fc as'o tio coment, sense! emore peace ‘Shvetah por tr coma tan" wer ana fe tigre lu af agri; sas ua frat, sie ttires ‘Bot hoes de ett. Foran dis Ra at 9 ‘iodo aie agrde ivereimente sem cont. 3) “A belezs é a forma da finetidade de wm objeto, enquante ea @ pereabida nesse cbjeto, sem representa (ge de um fim." ‘Um agricultor, um bottnico véem uma Irate como tum fim; mas 0 artiste nao & ¥6 assim, nao visualiza 0 aim, 44) "# belo o que 6 reconhecido sem concelto camo ‘bjt de uma satisagso necessris.” Pars {ulgar bela wna fruts, no hd necessidade de um naxo iogieo ot como exigem, por exer. la, Uma proposigéo matomties ou Asi, CONCEPCAO LDICA DA ARTE A concepgioIaice detende a tee de que arte nas do varincia — © as infuénclas histricoso- ‘iat quo nela mareamn c6 espoctos heterogenees (cisren- tes) ‘Se tomermos ume manifestagia da arte, num perio- do da historia, numa cultura, por exemplo, como © fo. urn a egipela, @ Grega, a hindu, a chines, a oaldental, @heontramas qualto perfodes principals, com analogia Ste perlodos da prépeia vida humane: 1) periodo de formagio embrionéria, andlogo in fncla, Perlodo de halbuciamento, de buscas, de enssioe, 2) Perlodo de ascengio (pr6clssicn), andloge & ju Neste periodo, @ arte, quo jé enstiou suas formas, ‘tinge momentos nai als, nos quals tinda ha munifes {agdes desmesuradas, exagetos prdprios de um periodo cde joventude, com seus grfebatamentos juvenls 8) Perfodo de equilibria (elssico), andiogo & mats viaade. Neste periodo, as formas eminentes (mals altas © me shores) ‘so preferldas, eos emigeros Juvenis Ja esto compengados nia se apresentam mais com o mesmo fale. 324-0 equlllrio tipico dos homens Toaduros, pon Grados, que posam 0s dois lados, equiltram os ‘pos ‘8 4) Perlodo de decinte (postelissico), andloge & ve ties Neste periodo, 0 arrebatamento crisdor da juventude ‘cessotl tottimente: © egulforo @ jé impossieal, porque Srpoder erlador diminulu. Entio a arte aproveie as for. tas exterones mais elevadas e eatabelece nomnas, prin los de edpia do periogo clssieo. ‘Surge, entio, 0 ac emismo, €, como reaqao, 0 anttacedenisto, as tents tivas renovacoras, zeus, busca em outras culate fativas de encontrar novos melos, “do fall, porae ‘2 possiblidade 6 cada Yer menor, ate cetsar, © a atte ‘orre num grande fnal como" desmesuramentO. quant convitm A Estates a tativo, isto ¢, reaisam-e obras, quentitairamente ran Ades nfo qlslltaivamente grams, como eram as 0 pe Modo jivenil €-d2 primetra fase do perfodo do mabe. ede ‘Sete 6 0 momento que vivemas, em parte, no Ociden te, embore também sejamos conterpordaeos de Uns a5. emsio na arte, que no ¢ propriamente e que mais se ‘lareela do moderna, "A andlise dBests periogos send na. furalmente melhor exposta, 0 estudarmor especttion ‘mente as alverses ates. Que £ A ARTE? Propriamente a arte é um pensamento estticn, gus se empressa por simbolos e por sinals. mais ou menos fconjugados com o imitatvo, coz: malor ou menor poder dgice, que se realize Ceenicamente, através do sons OU {ormas’ ou idélas ou sentimentos, conjunta ow separade © Partenon reer, de Atenas AS BELASARTES Comp palavra arte, que vem do letim ars, arts, ‘correspando ao greto tekad, © referose ‘Siatas dastas, camo o ballet, © arto de Fepreeentar, ete. 2 verdade que hoje, entze muitos grtistas modernos, fstes tdrmos slo pou00 usados, sobretudo porque mul tos estoias, pela incapacidade do penetrar e andilsar 0 tema do Belo, preferem escamotetio, desligandoo da Arte, rojeltando, conseqlentamants, a expressao Balas. CLASSIFICACAD DAS ARTES ‘Um dos grandes problems para os estetas ¢ a cass Hieagho dan ates, Surge multe, mas entre tOdas, a ‘Que melhor corresponde & realidade é 4 que vamos expo, (Os dois sentidos sobre os quats se fundam primor ‘iatmente as artes @ 8 vsko © © ouido- © ouvide oferecencs mulher 9 sosessta dus vibra. 0es tonoras, rasio por gue ¢ um Grgio mals temporal ‘Guo viedo, quo nos da mats a caplapo do expago ‘Daf so classifcarem as artes em artes do Tempo ¢ artes do Espago, ‘am tongseeso Se Esttica, que se Fou Iisou titimamente a" Europa, fo! essa classifica Jul ada a roelhor, em face do das eg outtas apreventodas, a duanto Punmmna Des SANTOS 14, assim, artes predominartemente do Tempo, © ar tes predeminantamente do Esbao0. ‘Tal nio quer der que nas artos do Espqo no haje tempo, mas em proporgao menor, como, por sa Ye, TH hhaja nas artes do tempo 0 espaso, embora proporciocal ‘mente em grau menor Poderfamos assim dvidir as artes: ARTES DO TEMPO ‘sion Literature ——— pana (Poesia e prosa) intra —————arqultetura— ARTES DO ESPAGO {Vina simples anélise logo nos mostra que a mica arte mais temporal © a erguitetura a mals espacial Por sua vez a esculture, também espacial, se sp70 ima mals da danga, enqeanto plntura se aproxina mals a literatura, que temporal ‘As tris primelras slo artes temporais, porque nio 2 ofarece para nds como um todo, mas ta mucess00, QUE a carecteristica do tempo. Cusmos a5 nots sucessinamente, a aps ora ‘A danca se manifesta nme sueeesio de movimentos Hit nlcos expressvos. "Na iterture apreciamos suocsiva: mente a leitura dos singis ou na atalodo dos snals, que fe referem aos conoeitos, ides, ete, que desejam expres. 434 um quadro (pintura) oa uma escultura apresen: tamse como um todo no espago. Uo nos sto orerect os eiraves do uma sucessio esta forma, as primairas srtas slo artes da mice: sto, as tegundas aio artes da skmultaneldade. ‘Tul nio tmpede que so apreciarmos uma escultura, corram foscos olhos pelas formas © tal 92 dé sucesslva. mente, © que as artes do Espago tém também tempo, como as artes do Tempo tém fambem espago, A clas Fogo considera apenas prepondertncla numas © OU tras, do uma descas grandes categorias. ‘Estas artes slo interpenetrantes, [Na midses, nd poesia, como na poesia, bé mxisic, ‘Na dang, hé tsa, como a musica, ha dang, Hitmo. ‘Uma descrgto lteraria pode ser uma pintara fie e pode le dela Ci, de Pris, com a famota Catedral de Nowe Dame ser erquitetinica. Como uma obra da arquitetira pode Ser musa, podtica, pitcrion, prosaica, “Numa eseultare ode aver isis, poesla, ee [Neste caso, no hd propriamente a presenga da outra stg as ales dhs tes, ole mur etre odie, ou mus frniogt sopra ry ows, valores dessas artes, 86 SeaRI0 PRRILEIRA DoS BANOS Usa, assim, a arte simbolos do tempo e do. esparo. \wibragoes sondres ou coloridas, massas, ett. Nelas em tram as tls dianstes do eepago ou nao (altura, largurs ‘¢ profundidada) 0 tempo. Apaliseros a soguir os aspectos gerais dessas sels artes, que slo. 25 fundamentals ‘Quando so fala em outras, como sétima arte, oftava au roma, devo consiear i ae outas 840 paras Combusnisee dastas srtes fundamental. © cinema, por exemplo, é ume combinayie, eaocde- nada de movimentos expressivos (danga), arta de Tepe ‘entar literatura, poture, escultur, arguitatura, 2B uma arte de combinagio, por isso & mucesiva (tam v0? © espacial ‘Tom imo, simboios, ee, Ei sums, ¢ a combina as eros que a {denice modems possblitou constrasee Nao" pripriamente uma sétimo arte, como dese fo: ‘ar ver sous cultuadores, Nela, técnica é to impor {anta, que supers, em grande perte, © expresso propria. frente artistca ¢ estticn Chatman ws gral dé artes plisticas es artes do ‘8 Mosica ‘A palavra misiea, que vem de musa, palavra greg tem mesma origem da balavra egipcia moys, que sien! ton agua, dat Motsés,o salvo das @guas. A agua era pera (Os egipelds 0 simbolo da vibragdo e's representovam Ide fgrammicarenia por duas linhas vibratgras ‘A 6gua, por vibrar, indica as vibragies. Pure 06 i= ‘los, todo 0 exist @ vibratsrio, dat dizerem, simbsiice- ‘mente, que tudo surgit da agua (vibragio), prlocipio su ‘remo do todos os res. (Como a misica tyabalhe com sons (vibragées, como Jo atirmavarn og egipeios) ¢ e masa a arte supremo, Borge cron penco Supe tons res 2B vibracio, Do Egito, fol a palavra moys lovada aos gregos-, E a téonies de realizar vibragies € a mulslea (musa e tel kg = mus). ‘Como eurge a msica? Desde © homem mais primitivo, os rhmes & vor ‘humana, o emprog0 da encantagso Cfascinagto pelo can 4a) eramn empreysdos. Conhocaraos entre os. pov0s Br mitvos, ainda existentes na atualidade, o emprégo do can {@, no intulto de encantar, de despertar forges. Vemos 4 eanto unido 2 dance, nas dancas guerrelras, nas man fostagbes de siege Samo do tristeza, © ritmo (em grego rythmés, medida) ¢ dado pein danca, "A vor bumana manifesta graus divereos, altos © Dalxos, fines, aeudos.¢ graves. Vernos 0 conto empre fgado tio trabalho, nos ‘momentos de amor, tistez, nl. ra, ete. ‘A misica € universal em todos 08 pores, 2 DARIO FERREIRA DOB SANTOS [Nao 6 empregou © homem 08 sons que a vor plde produsir, como aproveltou ox sons tos objetos do mundo rterior,e dal grag tdonion,consogullconstrulr, pos: {eriormnte, iitrumentos musicals, "Ne musica, hd vo, ‘altura € timbre dos sons, mas hé também melodia 6 harmonia A palavra melodia vem de melos, em grego, que si nitca Suotidade, dogura, de onde vers a palayra mel. fnclodia saracerionce pelos sepuintes aspertos:€ ea Una. ieetsto de notes, mas suoesiio com a alterndncia do ‘bale (como do embelo de uma Fede), suave, doce. ‘4 melodia 6 revelada ns sucestio dos sons, ¢, portan. to, fonzontal, A Harmonia revelase no equlibrig simul tase dae notes; vertical ‘A melodia 6 mais subjetive, mals humans; represen ‘a, on musica, expresso do\humano. A harmon 6 ‘mals Intlectul, 6 mals estética, A LITERATURA A iteratura ¢ mais complexs ¢ variaida que a mist cca. Quindo os homens gravaram, por melo de ideogre- ‘us, em inserigdes, os fatos de sua vida OW as Stas Ideas fou 6 seus anselos ¢ terrores (como as gravagies de di ‘versos sinnis para indicarem o que desejam iver) teve 2 lteratura a sua euron. ‘A palavra iteratura vern de ttera Cem lati, letra), 26 entre os nomens mals primitivs, como ainda ve- mos nas tribos primitives que ainda existe, contavamn 6s mals velhos 0s mais mogos os fatos sucediaos, os onhectmentos adguitidos € a sabedoria conguistads, 0 ‘Que preparava os primelros elementos da lteratura. Para express, n0 mundo social, suas opiniges, 0s tates sucedidos, usou o bomen diversos sinais verbal. ‘Mas uns individuos revelaram ter mais habllidade para Yelatar tals fatos ou conhectmentos do que outros. ‘A palavra escrta 6 uma conquista posterior da hu- rmaniaade cult, No entanto, nessa palavra, havia 0 MATIO FERREIRA BOS SANTOS ies, 6 com 0 ue Ble realiza 8 sua emo. ges corpo at descarga ‘A danga caracterizase ptlas expressies ritmicas do ‘corpo, pela mina, pelos gests, ec ‘Todos os povas conkecem a dana como conocer ‘a misica,embora ‘nem todas taaham & Ueratute escrito, ‘crbora ainda falada, No "Curso és Apreviaglo do Ballet” é 2 daniga estu: dada especticerente, bem como & sua diferenca’ com © Dallet,e-com os bales popular, 2 inephvelmente a dance a arte mais primitive: Po de dizerse que, da danca, surglu @ musica e que thes ‘So dificients separavels, pols por tar elementos rts 0s, tem sempre um ponto de encontro com a mision, AS ARTES PLASTICAS So como j6 vimos, a pintura, a escaltura tetura.” Gomo trabelnam no espago e usam elementon es Daclale, pistons, sto chamadss, por iso, de artes pldstt (0s elementos sio linhas, cdres, mass. ‘A pintura tem suas origens nas mats primdtias mani fetagdes dos homens primitivos, no uso de tntas e 1 ‘has Para s expressio Ge suas emogoes Ou do seu mundo, ‘A eeoultura surge desde os primeiras maniestagse de oxpressio de forma corpéres de ceuses, homens, ant ‘ae, que encontramet how povos mals Primitives. ‘A arquitetura surge, om suss origens, na construcio dos primeiros trmulos, emplos © moradlas. (05 VALORES DA ARTE. Como prometemos, antas de penetrarmos no estudo o “Quadro de Aprecingio ca Arte", precaamow ester alguns valdres quo nao pertenoem propriamente arte, ‘mas 8 Mistica, que, naquete se revelam de tal forms, que Yalorizam as grandes obras artistas 4 vimos 0 sentido de Mistioa, ¢ nfo precisamos mals mostrar a contusio que se fez, quando do emprégo dés. fe tro, Enire os valores mistions, que tm sua presenga na obra do arte, Podamos sllentar'o6 Sefulntes! © sublime — J tivemes oportunidade de estudar &s- te valor que aparece ne Estetce, as que nfo ¢ genuina. ‘mente estético, Em face da sublimidade do mar, da si- Blimidade de uma montenha, da sublimidde Ge ta oe ‘a. grandiosa da vida humana, fodos sentinos uma stra (foe uma repulsa simultane. Os abismos © o mar nos atrasm © nos repeiem. © estado emotive, que em née scompana © visko st Blime, ¢a de una atragio e uma repulst, © Moisés de Miguel Angelo € sublime, como 0 6 wma catedral gotica. Ante des, sentimos um terror, um espeato, ¢ também © mistéro, ‘es nos humilhem @ exaltem. Sentimos o temor ¢ ‘a bestitude, neste estado contraditerio que permane: femes anto’o sublime. ‘ama obre do erte conse fue alcanger este ponto, ela atinge um maximo de valor © tremendo — 0 mysterium tremendum de que fa Jam os mistcos provoca em nds una onda epraztve, uma zor interior, em que 6 respeto se apossa de nés, de tal forma, que ‘ertdtcos na edmirapio do que Ultrapasse, do quo val além do quo aparece nas linha, Estas nos falam uma inguagem profunda, dizemnos mul. to mais do que a simples expressto dos sons ou as figu- ‘i. O incamatis est da Missa em 46 menor de Bach 30s ‘feivee tm momento como e556 © tascinante — A solenidade de uma obra nos fase na, Fascnar é-engiobar, envolver, dominar, uma ale- (ia, umn deticin Inexpressvel, que nos enleva, nos arre ‘Satz nos domina, Sensimomnes dominados, rapiades, sem gue nada fagamos para impedir, porque, na fescinagto, ‘Bd slogria © delcia nesce entregarse. "SO Os grandes ar: tistas aleangam ‘um valor tao alto. ‘Muitos outros valores misticos, que penetram nas obras de arte OU nelas sho revelados, capaats de produit emogies extraordinirias, como o suusto, o enorme, 0 ‘santo, 0 solene, nio’ podem ser expressados por mics ‘coming, ols eget dim estudo aprofundado da ralstica, [No entanto, conheoer: todos esses momentos extra- ‘oraindrics, estas emogies imensas,fnexpressavels, qu Una ‘obra do arte grandiosa ¢ capex de produ. ‘io encontram ésses valresexpressio clara nas for- mas eteriores. ‘Sto. valores ooultes, por isso mistoos, ‘gue nko sabemos onde esto, mas revelam-e na atmos. {era da obra, no seu conjunto, e no podemos dizer que ‘estio aqul ot a, Com esses valores compreandidos, estamos babilta- os 8 compreenar 0 "Qusaro de go", que nos di lum método pratico eapaz de nos permis" uma apreciagho Justa das obras de arte ESQUEMA DE APRECIAGAO ESTETICA'E ARTISTICA Para procoder a apreciago jut de uma obra de ar- te, impte'e desde infeto considerar: 1) objetiamente -— © Obra reslizada; 2) subjetiramente — 0 papel que desempenha 0 au- tor da mesma ‘86 depots de considerar os valores com base matarial ‘na obra-e 08 valdres do origem subjetiva (do artists), P- ‘emos considerar 0s outros valores. ‘Uma obra de arte tem sempre um motivo, um asst to, um tems, que Feceber um fratamento do artist, ‘Bate tems, realizado polo artist, chamaremoe objeto a cra do erie, © pode Ser considerado: 1) como 6... (ou soja uma reprodugio siel do te ‘ma ou mote, por exemplo, na pintare, ume Palsagers, {Que ¢ reprodusida com # méxima fidelidage, como 0 pro: ‘Sedo‘o realism, erp qualquer das artes jf esbiadas); 2) como 6 sentido. (Neste caso, o artista aprovei- tao tema €.0 tnterpreis simbolicamente, No 0 Tepro- ‘Gur fleiente, mas déthe aspectos novos que the empres- ‘am, alam do’ significado que tem, ao repfoduzir o tema, ‘atfor alada que o modifica. Neste caso, 0 artista ¢ {tm dsscobrider de simbolos, como no simbollame, ou un Imtérorete, como no expressionismo (abstracionismo, em para ete) 3). como.é visto... (Neste caso ni ums tradupio do ‘motivo pelo artista, pols éle eapta a impresséo que the io motivo e.0 tradi, como suede no impressonismo). [Na reprodugio objetiva do imctiv, o artiste nfo po- de fupir totalmente As influénelas histérieas, embora, se fies diferentes ante o motivo, podem redlaar uma obra 4e arte do grando velor. As preferencas que o expecta. ‘dor posea tar quanto 20 modo de expresar 0 motivo, eo- ‘mo Ge € ou como le ¢ sentido, ou como tle ¢ visto, ape" ‘hag revelam julaos de g0st0 © ido da valor. ‘O verdade! Yo gpreciador de urea. obra. de arte deve contemplas, Siperando as suas referencias de gosto, as, o que val dar valor & parte objetiva 6 a mania e trattia, que pessaremos a expor Primeira repro de apreciagio: ‘Verticar coma 0 autor expe objetivamente sus obrs. (So reatista, se simbétca ou interpretative, se trad. tira), Objetivamente, o valor de uma obra de arte estd na sun expressvidade, \ A expressvidade 6 0 modo subjetivo de tratamento 4p gale auer Gir a errands revea © Suet (Grlata). (© artiste dove ser considerado como rnembro de uma culture e de‘uma do suas fases 08 periodos. (Um artista Go Renasctmento ttallano, um artista veneziano, um ar {see moderno, um artista ldsseo, ete) ‘nile tomos como se deve considérar © artista: 1) eulturakmente — como $ vimos: 2) individualmente — isto é, segundo as inftuencias wcebidas por mestes, pela education, condigces psicolé- Beas. ‘Estes estudos se nio sio suflcientes para mostrar 0 valor de uma obra de arto, servem, ao menos, para con Deender 0 porgué das prefereacias que o artista revel, ‘dando malor saléncia a um valor Ou a outro, 6 MARIO FERREIRA DOS SANTOS © artista ¢ um ser que tem: 2) sensibiidade — esta, tundada nos seus sentidos, pode revelarse como sentualidade, em sensido grossa, 6 como sensfbllidage, em sontide mate fino; 2) infelectualidade — quo é a parte racional ¢ in- tuitiva o que sovela im grau malor do raclonalidade (oe: ebrallsm, como se diz cotmisaente), oa mals Intuit, 3) afetividade — que se revela pola Rinfitung, 36 ‘studada, pela qa 0 artista no #0 se fusions oom 0 fno- tivo, cama favorece a Maeema fundo entre o contempladar fobs Assim um artiste pode revelar, na expressvidnde de sua Obra, maior sensibidade ou, indlor inolocualidade (ou malor afetividade is thdas estfo sempre presentes na expressividade, ‘mas er graus diferentes, malores Ov menores, 05 sual combinagoes sio miltiplas. ‘Assim, na afetividede, além da Blaguhlung, bi tam: am uma ‘catharsis, 0 attists, purticnse, extovertendo © seu subcanselente. ‘Temos, acim, uma cauharsy ont, fc (de sono), eomo 0 vanes Ho surreaismo, OW Tera mente subconselente, como vemos no expressionism0, também em todas obres de arte, ex grav naturalments malores ou menores, CChamamse os valores do sufeito de valores subjetl vos ou do expresstvidade Em sum, 0 artista, a0 realizar objetivamente a sua obra de arte, expressa © se exprossa, Bessa expressivis Gade ele Teves 8). orlginaliaade — quando expressa algo que néle tem origem, isto, uma forme nova do expressay »b)_Simaginago — que 6 a agio de combinar imagens tvotsas, dandodnes uni nove Grdem, com Unidad; ©) espontaneitade — quando a expressiviaade surge ‘como niuete, fel, sem entraves, como be brotasse de Un £6 Jorr0: Pale Rais Pane, omorepintor tienes (2188), emonce mo das que tem come my poronsdete ya se bts made, aero 6 ew fee dee dio dense gue so Sato 4 ir nba eer wegnn ei net gus prpnon wna rondo ojends ane existe gue ve irri ae tne awe 1 tl yc teri convire A earatica ” 4) inspiragio — quando revela um grau superior, ristica (vejamse os valores mistions) que Gao 20 artista ‘0 papel de um inspiredo, én go norma Entio podemos esbocar a segunda regra de apreciasio _Anulisar ee a expressividede do autor corresponde rnarmdnicamenta 80 objeto Expliquemos: Se o artista quer reproduzir 0 objeto (como 6.-., fealista) exterior @ le, uma palsagem, DOT exemple, 08 valdres de originalldade, de imaginagao’(oo- ‘atriz ou erladora), espontancidada ea insplraglo © Tornam valloso, dandothe maior grau de valor. Mas, 20 Yelerente & sentbiicade, & intlestualldade e 8 sfetiviae. 4, estas podem inervi? pare gumentar » sow ralor ou ‘ininulle Seo arvsta, quando trala. realisticamenta, ‘conseyue intundir una Biafthlung, se ele consegue dar um ‘pathos isto 6, afeiidade) 2 pelsagem, humanizando, Bora unde com © espeddr, de enpresta um valor Bator ba obra ‘le pode darthe ainda maior sensualldade ou tom 4s meramente sensvel YVemos, portanto, aqui, que o papel da expressividade 4 tal que pode tornas a mers reproduoio num como € stentlay (abolo ou iterpretacto). Asst, Dor Ser Wa ‘tutor realista, nfo impede que seja, em greu menor em ‘bore, um intérprete da propria Obra, Por isso of val0res objetives podem ser combinados entre i pela egdo da expressividade, ‘or que 0 do artista que consepue dospertar no conten ‘lado, no apenas o estado de quem ve como TepTodu ‘Bl, mas do Quem vive ums reprodugto. ‘Desea forma, entre os realstas hd graus do realisno, desde 0 teramente mecinico sté o mais eilidamente ex: ressiv. Para realizar com plenitude a segunda regra, s com rparapio aie 0 espectador pode fazer entre 0 objetivo © 0 ‘Bubjetivo (expressividede) permite reconecer un eqtlk brio entre ambos, equilorio éste que é @ sua harmonis, € que, por sua vez, € ja um grande valor Rainas de Groner — Greta Assim, uma cena da vida real (ume crlatira humeoa que satre) se expressada apents com intelctustidade se {omaria fia, ‘Um motivo Teliioso, expressado apenas ‘com sensualidade, se tornaria inerpressivo como religi fo." O equlloo ‘desseswoldres permitem uma aprecia. ‘Go fasta pelo contempiador, desde que tena o maximo Enidado de no deixar snfuir sObre h sua sprecagao es tetion os fugos de gosto, que tem sua grigem e conteddo ft sta maneira de sensr e viver uma obre de se, Podemos gostar multo do uma obra de srte, mis quand fazomos a apreciagto estéica devemos consigerar convine Amsretica % sobretudo os valores que nela esto presentes ¢ no os ‘Que a ela emprestames. "Todo euidado aqut € pouco. (Cada arte tem os sous valores correspondentes, AS: sim temos! 8) na misica — valores musiais; b} na pintura — valores pitéricos; ©) a literatura — val6ses teres; 4) nm danga — valores coreogréticos: ©) a escultura — valores escultsrios; 1) na arquitetura — valores arquitténicos ‘Besos valores, que so pecullares @ cada arto, slo por sua ver valorlados pelo artist, Isto ¢, so surmentados, fereseidos de valor pelo tratamento que 0 artista Ines dd Assim, ne pintura, um valor pletérico, como a pro porgto ou a cansirugdo, ou valores Iitersnio, como 0 e& Uo! ete. podem recober um trataminto especial, ida soo. ‘Eases valores, combinados com os da expressividade, chamamse valdres irativos, porgue lusram, do Tus fre, brilno, luz # obra, Ea harmonia entre tise e 8 ex pressiidade dio tm valor flor b obra de arte, 1) Os vallres ténicos — tdenicamente o artista pode ‘uae mator belem, pela felis esoolha os Slemmentos, @ ‘hos 0 ealstenie (ao kalos, em greyo, belo), ou endo, 0 ‘heotinieo (lakes, em greg®, fio), quando ‘asa uma téo- hen que emproge mais Tolos, como cores sujas, exiaiso de distondncies Ou desarmonias, na musica, 6, ‘Tals valores devem, no entanto, corresponder 80 ob to, “A expresaividade ligada no objeto “(otivo) pode ‘rigir Cacoteenas, quando elas ajuda a dar malo? ex Dressividade, por ex, o emprogo do matizes sujos ¢ deta radls pin exprinar algo do enegraahel, do Topp 2) Valores decorativos — seas valies decorativos também peeullares & to gspecen, como as eOres, It 100 [MARIO FERREIRA. DOS SANTOS ‘hus ¢ formas'na pintura, por exemplo, com tratamento Simétrco ou scximétrioo ou dssimerico, como 0 empré- 0 do laroescuro, na pinura também, ou do certas spog- ‘Haturas ou enfelies ha mites, quo sarvam para decord ‘ia, aujo tratemento permite valoriatlo de tal modo que atiliam a exprescvidade do"objeto. Certos florelos na {sen slo spenas dacoratvos, mas Alo malo expressi idade a0 que o artiste dosoja dlr. CConstitiem Stes vallres os iustratives de um obra e arte e que se harmonizam om expressidade, | VALORES ESTETICOS E ARTISTICOS como nfo so as aries totalmente seperadas, pols ‘umas influom sGbre as outras com seus valores, sa on fdorados como valores esttioose artstons, aquélos que Sto cos pel eda, proplamente dls, od elas versus arts Vamos examinsios: Beleza, sublime, trgico, dramitio, cdmico, graga, es lilo, silico, nermnéieo, migleo, mtstico, divine, eri. 1uco,seito,s06 valores de malor ou menor grau dé Inten- ida, que emprectam malor valor a uma Obra de arto © Stu Harmoninados com expressviade, arma. mais ‘vein ume obra. ‘Assim, uma oan religios, onde 1 ses mints, ordco, sos’ em foalor expecatidade, ‘A grace valorize ume casinhs de campo exposta, numa ‘paleagem pletcrica. ‘Uma cena de guerra pode reoeber maior relévo se st ‘be o artista expresear 0 trigion,o dramatic, ete, ‘Na musica, uma missa do Requiem exigo 0 sublime, © ristcn, 0 dramatic, © posto, 0 prosalce, © musial, 0 arguiteténico, 0 pletériea, 0 escultural, ef, so valdres de oltras aries fque contzibuer para exaitar una Obra ‘Seses val6res se harmonize com o8 anteriores © 76 vyelam © equilbrio de uma obra do arte ‘Terecira regra de apreciagio eritioar se 08 valdres espectticos de uma arte so cequilibram, pelo tratamento, com os valores ténlcos, de- corativos © esteticos, com os valbres de expressvidade © 02 ARIO FERREIRA Doe BANTOS fs objectivos. Se hi fase equilbrio (narmonia), a obva ae grande valor; $8 alo, mio! Uma obra de arte pode preter, na sua fetura, a agradabilidade Ou @ destgradabilldade, -Estamas agul em face dos valores esttices. © tratemento pode provocar no contemplador uma sgredabilidade ou uma’ desagradablldade, come ainda, 0 ‘mals importante, uma eraltagdo. ‘Uma obra de arte pode exoriaesnos ou depriminnos. © excesso de cacotecnia, de desegradabilidade, pode ‘ealsar tse efeito no contempindor, Hi artistas, um tanto neursticos, mérbldos, doentios, que se excedem no emprégo déssey valores positives. ‘Fodem ter outros valores, mas a presenge extremada des. tog utimos tende a desronrecer & sua obra [Nao se alegue em favor de tals artistas que hé quem sinta beleea ec monstriveidades. Ge monstrunsos. se fem belesa sn monstruosidade. Para o'sapo Mads mals belo que a8... Mas tes exomplos ho server send pa 74 provar guitito deformagao da eles, pela aga do ines em frangalhos © de neurétices pode inflult sobre a fpreciagio, aut € aqul meramente fundada em Juizos do absto (ede mau sto). (© monstruoso ¢ uma negagdo da harmonis © da esté ‘uca.” Por isso, na obra de arte, devem ser considerados ‘ainda os valores tieos, Uma obra de arte deve ser uma ‘altagio humana e ter, uma presenga eésmica (de or fem) ¢ nio actmioa, destraidara da ordem. O\priiia ‘pode’ combinar elementos imaginatives e dar ine uma oF fem fora da ratsrera, mas Quando 0 fax contra 8 matures, Glo acdemico. ‘Um emntaure ¢ fora da naturezs, embors combinado ‘com slementos Malurais. Mag separar © organico fm Par. {as fora da sun Onder césmica ¢expressir @ acdsmicoE lum dasejo destrutiva de quetn nso podendo stacar ow des ttulr a ordem socal, por exemplo, quer destrulr & order ecosmiea, O poder etiador de imagens a9 bomem @ usedo | | | -E=-- ht tell ne fo, fn 08 Mamo-PERREMA Dos SANTOS pera revelar“@ sia nipotincla ao fazer @ obra. Quer des- fut ‘ue nko pode destrair em fatos wet (nme sage a senate. ieee ee eee gee Ere oe ‘psipopdticos entre os artistas. 1B wpreclapio de uma obra de arte, dever-se combi nar ses vabres e observar 0 equilrio ou nfo que Hes Fovelam, S6ussim estes epto a ter uma apreciagio Jus- ‘a, fundada om julzos de valor @ de exisncla, sem det arse arrastar polas aproclagdes merament, sibietives (Gulaos de gosto) Na obra de arte, o santo ¢ 0 que equiibra harmént ‘amente as proporotes valorativas, elevandoas 40 mist ‘0. 0 resto 6 talento, e naa mais ‘Um gtnlo vence esses excessos ou essas deficiincias, roatlgando vitérias sObre: seus prOpsios excess0s OU suas Fraquecas, (© talento pode ser grande nos exiessos @ nas defi ancl poréat nfo e8 iguala 80. Reno, (© no eria com equipo; 0 talento eria com dese quits. ‘Toda arte @ abstrats, porque ttda arte nio ¢ sento uma reprodugio fel ow interpretada ou traduaita, as 6 abstracioista a forma viciose de tender pera ‘guns valores que sto considerados ¢ expressados com ‘exelusto do outros, © maximo de abstracioniamo sera hegar ao emprégo da um unico valor. © gnlo 6 0 que equilib, harménicamente, as pro- ‘porgSet valorativas (Intenslstas ¢ extensistes), elovand ‘2s a0 maximo — O resio é talento (quando 6), «nada mais! convire A zaratica 105 Hid valores de desequilforio, quando hé exaltegio, levagéo. Toda arte 6 abstrata; mas 0 abstractonismo 6 lum tender considerar os. valores como variantes Spe ‘nas, O maximo de abstrapio seria a austnela de todes ‘alézes: pinture sem plntra, Actualzagtes @ virtuallzagées dos valores, Sexton do -ompost jo dos valores | 0588 éDoca (@eeomposito nace dos vas nome om (particularismo) tes Formas viclosa: (seus gras) 1 fase; actualizagio de um ox mais ‘aldres, predominando sobre o¢ outros com presengeatual (a simion vital) 2 fase: exageragdo do valor stual Ccaracteristice Iigado, enfraquecimento de outros ‘sa arte go ello 7 i r ( susineia ce muitos (dina tndendo pare accsmia) 2 tage: esgotamento pela. exager=: (fo do valor stualizad, ane Per Ge suns raises simbolcas’ (acoe. ‘le total. ‘Ate pictiea pura: seria a de equllbro totel (ideal) ————— srt itrn rne [SESS ~ nm et Método ce julgar: procurar reduatr os simbolos de uma ‘aro em outra; logo nos surgiré a sua qualidade su. perlor ou inferior. Considerar os valores ainda, como variantes © ines. riantes imprescindives). ‘Let da economia esética: expressio méxima com o mint fo de elementos 105 MARIO FERREIRA DOS SANTOS 1A do bom gésto: evtar todo exagtro e toda deformacio que desequiibr, toda ‘exagerada dos va: ire. Abandonaram a arte “moderna”: Breton, Chirio, ‘Matisse, Rouault, Dall, Max Weber ete COMO SURGEM 0S “ISMOS. .." 0 ismos sio sempre formas vicious. O excesso de Jidelkiade co objeto cra O reallsmo; 2 impressao, © im pressionismo: & sxpressio, 0 expressionismo, Masa formas vclosa canhecem gravy fo mals ou "menos vilesas, Como atravessasone, no Ocidente, una fase historica que se caractetza pelas espocalizagoes, 0 esprito do ee Decilisa, que 6 sempre um espirto abstrato, penetzou no Dropria ate, que conhece espeializagtes, que se seciariza, ‘gue se sepats Podemos distinguir ts graus de sectarizagSo, de par Uoularismo, de especialismo. 1) Quando se af mits valor, isto 6, quando se dé 8 feniase de valor & um valor, que predomina sObre 08 Ou {fos, que continuam, no entanto, endo presenge atta Por exemplo, no realismo, hd presonga de um valor objetivo mais acentuado que ‘es outros, us continiam Dresentes na obra de arte. Wo simboliame, o valor sim: Batico 6 predominante, mas outros continuasa ainde pre 2). Bxagorapio do valor atuallzado, a0 qual se én tase, com enfraquecimento crescents dos oultes weldres © ‘com auséneia de alguns inverintes. ‘Temos © exemplo do. expressonismo, que valortza exageracamente a expresséo, e reds Outfos valves 80 ‘minim, usentand ate multoe outros. coving 2 Earatica mn 3) Exageragéo msisima do valor atualizado (éntase total, com ausencia de quase todos os outros valores. Hx no thstracignime, que afasia outros valores para ‘2centuar exageradamenta um OU figuns 1 natural que of cultores destas ts505 justiiquem ‘com palavras a tua atitide. Ura revisto do’ pensamen: fo'humano nos mostra que, com palavras, & ineligéacis ‘humans ¢ capar Ge justear tau ge detormagdes. Bee 2 que examiners 0 paitioo para que voje- ‘og eom que evidenca re verificn a datormagio dos taco. Cinios para serve aoe ineresses caste ow cagule gr Do, desta ou daqula atizide, Na arte se veitica © thes ‘Veres, por exemple, belas exposigdes tedrieas, argu ‘mentos eloguentes pera justficar ‘me. situde artistes @uando ex face dos Tatos, permanectmos espantados, & ‘que os trutos nso correspondem & awore, ult reatizates artistices so meros partos da men. anna ridleuos ratos, ‘io seria possivel aqui mostrar ax discussses quo se ‘440 entro as diversas correntes,escolas atitudes artis tices, pois utrapassarm os mites desta obra. ‘No ena th duet toca’ se censiceram a vercaaeira, ¢ fore. dy ‘sl nde is slvagto,eaindo nium dopmntismo ridicule © ‘erbalista: Pretendemos spents dar ao leitor uma capectdade cri teriosa do apreciagso, que o capacite a penstrer com ‘tir xa cnteplato de a chr de anes ae f'lmpega de cat nas exageros (Uo. comune, proprios rosea gpoce de confusia, e que desaparecerio com ela ‘TEMAS ESTerIcos ee QUANDO A ARTE SUBSISTE AS INTERPRETAGOES compreendiam 0s seus homens representatives, 0 com. Susmos dat que a morte, um dia, possa aniaular o ult tno retrato de Rembrandt, ou uma particure de Mozart, como pensava Spengler lat armaenr me (© homem nao eiplica o mundo, 6 hotem interpreta, toda interpresagio € simbolo, simbolo nko a Clin fla, « Fllosotla Pratcs, © propria Are 4.2 — Dizerse_que ume arte é taferior.aoutre 6 manifestar incompremnsio,talta. de perspectira ow ‘egsso- CE parspective’. ‘Acusar Leonardo de ni seguir a concepedo tempos pecial da arte moderna, geria 9 mesmao que Leonardo res Suscltsse para acusar 6 "erro" da posse maneira de "yer" mundo, © fentmano estético ¢ um fendmeno de vide, ¢ exige também uma lgiea exstencal the simente ¢ inteporalismo das f6rmulas essendialistas seria observido po um ingulo no vivo. ‘ste 6 vida, © como vide, superior, invisive, que se transite, quo se forma contmuamente up sumo FERREIRA DOS SANTOS ‘A arte continua uma cadela, assim como © homem, pa humanidade, [io nos afirmamos por refutar nossos antepassados, ‘mas not afrmamos a0 afirmélos, porque somos 08 los a cadets. Nosse justifieagto esté precisamente em jusificos. Daf por que é ingémua e antivital refutasso pura e szyple passa. Somos o preamia © dover Mas o presente ¢ sfirmagio do passado. Nao proce. o, portant, a attude dos que procuram ebrir ablsmos nize "as aries” ‘A ste nll nasce por geragio espontines. $3 — Arte nio 6 sistema, Arte 6 vida. ‘Acredttar nos limites da arte 6 4 mesma ingenuidade os que julgam haver um limite entre a consciszaia © 8 ‘Suboonselinela, simplesmenta a lusto de uma eviden- cla quo prova a ilusto 0 lo e evidéncla ng Seige te en pet La ae ‘Aqui termine uma fendéncta, ll comer extra. ‘Assim também na art, tragar separagées 6 simpli ‘mo. Onde termina interloriaade ea exterioridade? nde termina o objetivo e-0 subseivo? ‘Onde termina © plastica e 0 misical? Onde termina a prosa e a poesia? Gs limites edo erbitrrios, como 6 arbltrario limiter uma firvore ante 0 todo easmica. ‘Onde terminam as raizos de uma érvore, onde s@ 80 para esta do eoatomo oosmico? ‘Sto arbitrariedades puramente priticas, mas, no fo- rnomeno eso, ingénuss. ‘Nao hi Misice piste, sons pastosos? [Nao ha prosas postioss, poss prossioas?” Onde ter mina a colorasio interior © a colorapio exteriox? convirm 4 esraTica ma EA misia interior ¢ 8 exterior? 0 exomplo de Boe oven surdo ¢ impressionante, i a interioridade de tua musica de olmara? ‘A vida de uma arte ¢ também etemidade, Polo me os, na arte, sabemos, hi 8 etemidade da vida ou scaso 0 mandarinismo por desapateoeram 08 Tan. ans? “Acaso 0 egipcismo morreu por ine faliater ctl ores? Wao renasoem tOdas aa artes, inferpenetrandose lumas nas ouiras? Quando precisames do magico io bas. ‘tos 0 magico? Poraue precisamos sempre do Oriente quando dese. James Imaginar pases de riquesa, do sonho o de fantasia? ‘Se om determinads cultures provalocam certas tan éncias, @ noutras ni, isso explica a predominincia de ‘uma tendéneta, o que, porén, nlo nega ae outa. Em tOdas as artes hd sempre arte, em todas as cul- turas hé impressionists, cubistas, expressinisia, ete, 85, — cade époce histéren tm Ligsa. Meta ain Gu: cade epoca histérica tem seu varfodd earn to ges”, Vara os prone, o posilados ¢ os at emis na atta, assim como variant np rim, 0. poraus 8 obra do um artista dove ser procurido nesses squats em sine ctegoras, seins valor et 6 assim se compreenders por que nascem,desspare- ‘2m, morzem ou ressuslam modos do expresso reno esto, ‘Srpresar 0 fend 5,8 #9 detintivo que marca o fm do artis. = 4 eli sober quate conharo@ lite no sabe Sono ‘ltrapasebio ow quando, a angi 0 linia, co ‘hooe a satstagto de sua obra sel rods mabor ‘Fiz tudo quanto me cabia fazer!” » smethort us MARIO PERERA DOS SANTOS © esgotamento, a, 6 0 limite, ¢ 0 tim, & a morte Considerar quo sua cova etinglu 0 limite ¢-o maior mal ‘gus pode sobrevir e um artista. Ora, flees mais cla. Fumento’ dace mal sobrevem somente'aos maus artistas, ‘6 éstes conocer & plena sallsfoquo do sun Obra 7 — Atingir o trégio ¢ uma possibilidade do artis- ta alé pare o duotdians, ats para 0 terraterra, ‘A maisica na arte $6 ¢ uma vitrla s0bre 0 espago. [Nio o reftla; spenss 0 completa, 48 — Nossa arte 6 uma arte para conguistar, Na rte grema nto hi © que congustar. Al a emoeio nos 6 ‘ada no todo ‘So nos eabem descobertas, porque ela se entrega ‘som transeendénclas, cara, exprossive. A tendincia mo ema ¢ precisamente manifestar sompre © mals posse, Por isto a srte moderna exige, para a sua plena fru io, 0 eepoctador como interprete. i uma arte para In. erpretes § 9 — Na togio, o que nos admira ¢ a mentira que se toma verdad. -O'harrador eontamos o que nem sequer Sisstu, © que apenas imaginow. E mentenos cam esse eallsmo que queremos acreditar. Conhecese st o ver Gadeiro artiste, qua nos relate una historia como se fora fo'seu espectador sObrefumeno, invisive Essa flogdo 6 pare o espectador uma verdade, porque na arte, conver diverse mate de uma Yer, no exte so. Deragic entry a sverdade” ¢ a "aparenci, porguo, ela, ‘ido quanto nos convence 6 verdace, Id, ho espectadar, {também uma entrege, porque a obradearte nos conquista, § 10 — Nao 6 grande o artista que so entroga o uma ewcravidao, F essa escravidio pode ser muito bem a de ‘uma ideia, Pelo menos conhece a fraquera de pequanes ‘de quem se dirge dentro de um esquema. O artista deve ‘estar sempre apto para os grandes voos, embora nessos fimputsos nogue alge quo jd fez. 0 artista tem dirlto do ser mulias vezes incoerente. convite A merarrea us fat = Se pao ato ‘uma arte, manitestarse ‘de_pormenores, ow Thule fade srotite-lgrguer der que thaa-stipicdade s8 ‘plenitude, ‘A-decadéneis também se manifesta no simple, § 12 — 0 artista ¢ sinda o grande comunicador da fama, ‘fie ée que melhor fale do que seja 0 espnito do homem. ‘Quem sabe, talver todo 0 proctsto do conhecimento pslgulco, na arte, nada tenha de ver com 0 processo en ‘lnico e objetivo que usa a oléncia. ‘A arte comunicannes, uma linguagem que nfo é a da clencis, verdades pique profundas, Por que niio admitirmos que # linguagem da estétice ‘ela ainda a que melhor se eoadina & psicoiogia? For ‘aso fala ua Tinguager istante da esttien a Obra de ‘un Freud, de um June? 4 0 que so observa na historia da pslcologa? For ‘aso uma lel que parece enqnadrar dentro dala a tote f psteologia. sta transoende em mullo 0 julgado cert, © 0 investigador, no decorrer do tempe, apés anos e anos 5 gbsrvties,encontras no tere gue palmiact no 0, ‘Uma grande interogagio, a mesma, permanece ainda de pé._ AS ulimas pelavras do tam Freud enoerracn um [pouco dessa decepio. no fin de sua carrera que 0 [nwestgndor se encontra ante tna realidede inesperada, Quem sabe estejam seguindo outro caminho, Que 08 piodlogos busquem na arte 0 caminho que os levark 8 46 AnI0 FERREIRA DOS SANTOS [io se conlua, da, qe consideremos 6 psiguic fo- a da marca, como ss @ esta Toss dado Ut rstodo do onhecimento aaturst © Aquela un metoco fora da nalie Seen Taso svi interpretar mis sassas alata (© que queremos exprestar aqul 6 8 nossa conacio sperms fe ua 0 melodo entco da clénta usual uo € ou ‘Rica pes un conectmentointgre Cada cnc ext ff seu metado proprio. Um olnsr possi ume slog Ex ‘Soucas wines alcangaca poles palaras. "Urn echo ‘nual demos mito mais que aqielas, © poesia enst unos mito mais que a pros. © “10” es rm conldrar 0 costo uml de na varena com oii. que podemos emiprestar& natures, ‘Bom como 0 de considera que o conceit, que formas Gs cisnls sje o nico que possamnos tar desta. Seria Sneamn ingens, ante files moderna, dau cue Julgasce que apenas fxite o mundo tridimensional, que cnneoemos atraves dos nosso sentido. (© nimero des encerra ago e mistio, como 0 19 dos pltagdrios, e-o nosso sistem decimal tem Tass tlves Fycttomals protundas do que aquelas puraments priticas {que muitos apenas perceberem. (0s picslogos atuaisfalam da sime como se fata de sum objeto que pertenga b cldnciafisico-quimioa, Use ‘para aime os inecmon trios ca eloctrodnaraa. ‘as 0 concelto primitivista de objeto © de waiéria tras dh elecrodimamice eonecet um alrgarsento © tim aul insuspetado (© que hoje consigeramos matéria esté muito dist te do gue aid entio ern Jule, ‘So era simplisia lnguagem primitive da cinta pa 1a fentaenos do empnto as Qoordanadas da electro ‘Gindmice tambem 60 simplistas hoje. pars/expressar o ‘paologs. ‘A chninada peicologia experimental tomotse ingéau, primitive, inxprossiva, néscla até para tsarmos ‘a OX ressio de saber spengleiano. \ convire A BaTestca ut '§ 13 — No seré perigoso para # arte, ou para uma arte, quando busea produsir efeltos com elementos do outa? Pinter, por exemplo, com a possi, como 0 tentou ‘Hugo; exctar sentiments posticos pela’ musica, como 0 fentou Wagner; provocar sentimentos floseficas com ‘pintura, come f@z Cornelius, tratar de peiquiatria atrawds 4a novela, ox pelclogia através do. romance? Esta pergunta no a tormulou Nietasche, apenas 2 esbogou- ‘Mas a resposta pode dare ao sceitermas que essa & precisamente @ tendéncia da arte moderna deste limos ois seculce [No 6 um defeito, & uma carecteristica, que a distin sve ae outa Na arte, Bole, coordenamss as artes, alargam se os ‘norizontes, "Tals atos permitisio que @ conoepeao do fe rnémeno eiséioo, em pouco tempo, no seje apenas una ‘Balavra, mas que postamos convencernes de que a emo fo estétea 6 2 mesma emogta, ehors varie de homem Dara homem, de instante para instante EE talver este bem préima 9 época em que no sai ‘vamos mals delimitar o-que separa. misica da poesia, ‘como, hoje fa no sabomos bem delimitar o quo sepers ‘sta da Drosa, "Volve assim a estética a0 campo da Plo Sofia, se verdadelzo e proprio terreno § 1 — Desprezar a si mesino para buscar a natureza, os desprezar a naturesn para buscar a si mesino, nao & fem ser fid a st proprio nem & naburesa, "Precieament® ‘Bio exste tum ‘ntagoneme tfeconcliavel entre a nat Tema eo artista Copia ndo bast, trassforméia no tudo. ast, sais tine en, as polariaagés extemadas, quango eS Has, fo fsa 1 para deeriso no sats, Néo ¢0 meio tra ou deatjvel maa, pretoemante,"a-conjungso dos xtemos, "Een conjistio. reals oe mies, melhor ste 0 meio timo

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