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Editvelefotocplavel © Texto | Mensagens 30." ano Solugdes FICHAS DE TRABALHO Ficha 1 Grupo! 4. As duas primeiras estrofes relatam & amiga um sonho que deslumbrow a donzela, dado que 0 amigo Ihe confessava 0 amor sentido por ela. As duastitimas estrafes referem-se ao mundo ‘eal, depots de acordada, temendo que o seu sont no passara disso mesmo e rogando a Deus para que se cumpra 0 sonhado. 2, Neste conterto, 2 revelacio das palavras do amigo em sonho pode simbolizar a manifestacio do desejo mais profundo da donzela ~ ouvir uma declaragdo de amor por parte do seu amigo, 3. As aspas justificam-se uma vez que marcam, em termos de ppontuacio, a reproducio das palavras do seu amigo no sonho. Introduz-seo discurse direto na cantiga, narraglo de sono, 4, Duas marcas de género da cantiga de amigo podem ser a jresenga de um enunciador feminino, a referéncia a0 xamigo» {eainda a presenca de uma confidente, «amigay). 5.a) apéstrofe. b) comparagio. 5.1 A comparag3o enfatiza 0 amor que o amigo nutre por ela—é ‘maior do que aquele que sente por s prépric. Grupo 4.1(A):1.2 (8); 1.3 (0);1.4(0) 2.) protese de m; b) sincope de, singrese ae>ai)crase dee, Ficha2 Grupo! 1.0 objetivo desta cantiga & denuncar a wfalsidade» da soldadeira Maria Peres, uma senhora de reputasio duvidosa, que fl a Terra Santa pedir perd3o pelos seus pecados, No entanto ter vltado ‘ecar, logo, no he valendo de nada a sua indulgénci, 2. Esta 6 uma cantiga de maldizer, porque apresenta uma critica dlireta, indicando © nome do destinataro, 20 contrario das de ‘escirio que no revelam o nome da pessoa que satirizam. 3. Apesar de Maria Peres se ter purficado através das Indulgéncias concedidas na Terra Santa, debiou-as roubar do ‘bai; ito € 0 sujeito poéticoinsinua que de nada Ihe serviu ter sido absolvida, pois continua a prevaricar, em cada lado em que se hospeda, aludindo a vérios encontros amorosos 4, Por exemplo: «Ca, o logar u eles am poder, / nom & pardom ‘que #1 passa asconder» (wv, 16-17), 0 sujeita postico culpabiliza, lronicamente, os «rapazes» que tudo conseguem roubar, nada deles se esconde; quando, na reaidade, sugere ao longo do ‘poema, que é Maria Peres quem os sedur 5. 0 sujeito poético opina sobre o facto de Maria Peres ter perdido 0 perdio atribuldo: para ele & consequéncia de ela ‘nunca o ter merecido, logo € justo que o perca Grupo it 41.8) «E>, b) emus. e) ques. d) «ems. e)eferradas, f) «ca» 2.a) epéntese de jb) paragoge de e;c)protese deo. 3. watal perdom bem se deva perder» oracio subordinante;, ‘ca muito foi cousa ma! gaa{nbjda» oracéo subordinada adverbial causal Ficha 3 Grupo! 1.0 povo, 2.0 boato espalhado pelo pajem e por Alvaro Pas dizendo que matavam o Mestre nos Paros da rainha 3. Segundo 0 povo, o Mestre de Avis era a escolha mais vdvel para assegurar a independéncia do Reino, 20 contrério da herdeira de D. Fernando casada com o rei de Castela ou os filhos de D. Pedro com D. Inés de Caste. 4. Pela primeira vez, assistimos 8 unigo do povo numa causa ‘comum e, mais importante ainda, «ouvimos a sua vor» e vontade expressa na defesa das fronteias do reino: pegam em ‘armas para ajudar e apoiar aquele que ele (povo) considera ser ‘0 seu salvador. Esta defesa em torno de um ideal comum, que ‘congrega a classe mais bala da sociedade e até ento «sem vor» & sinal de mudanca daquilo que a sociedade em geral, © ‘io s6 0: nobres recanhecem como eseur o terttério a que pertencem e conseguem ver mais além do que 0 pedaco de terra onde nascem e morrem. Desta forma, € embrionéria- mente, comega a surgir um sentimento nacional de apego & terra e uma cansciéncia nacional 5. a) enumeracdo ~ reforca 0 alvo dos revoltosos, indicando-os ‘través de referéncias pejorativas b) apéstrofe ~ destaca a proximidade do Mestre com o pove de LUsboa a0 chamarthe «amigos Grupo tt er, ay. )F. Conjungio coordenativa explicativa, ‘FA palavra sublinhada é um pronome relat. 4) F, Relativamente a0 seu process de formacio, as palavras ‘SMS e INTERPOL so, respetivamente sgla€ acrénimo. av 3. a) epoderiam quebrar as portas» ~ oracio coordenada, «cou The poer fogo» ~ oragdo coordenada disuntiva. b) «ede» — oracSo subordinante que maldade tom grande» ~ ora¢io subordinada substantiva ‘completiva, « ubeento seja Deas» — oragio subordinante «que vos guardou desse treedor'» ~ oragdo subordinada relativa restitva, 4a) Preicativo do complemento direto. b) Precicativo do sujeto €) Mosifcador restrtivo do nome. 4) Sujelto composto / Complemento abliquo. Ficha 4 Grupo! 1. € uma apreciago erica, pols apresenta-se um livre tece-se sobre ele um comentario critico, com a apresentagio de _argumentos. 2. A expressio significa que a autora apresenta, em simultaneo, histérias individuais/pessoals das personagens e a histéria da cidade de Estremoz, no Alontsj. 3. Introdugdo (1." pardgrafo): apresentaco do objeto ‘apreciar~0 romance Uma outra vor ~e a sua autora. Desenvolvimento (2.° a0 5.° pardgrafos): apresentacso de ‘argumentas positives, fundamentados com exemplos, por alguns elementos do ji CConclusdo (Jltimo parigrafo}: sintese do que foi dito anteriormente e reforgo do ponto de vista pessoa (através das palavras de José Castell). Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano 173 4. Valor postive, Exemplos: «£ uma escrta polifénica. Uma escrita que mistura fotografo, érvore geneolégica, é uma escritainquietav; xE esse livro, mol vocé comeca a ler, comeca a descobrir que esté fentrando num terreno que nunca pisou.»; ‘essa aposta numa escita muito original, num olhar original sobre 0 mundo», stem “um entrelagamento de histéros”, mas “0 principal sao as vozes"s. eVacé nunco sabe direitos limites de fantasia e de realidade. & um lvro muito interessante, sé endo mesmo para poder entender», 5. Léxico valorativo (apreciativo) através do uso do nome (coriginalidades, «modernidade», «criatvidades), do adjtivo {efortesy, sfarte», uboar), do advérbio («muito») e do verbo (emorcou), Grupo tt 1.2) Modifcador apositivo do nome; 1b) Predicativo do sueito; «) Predicativo do complemento direto; 4) Complemento obliquo. 2.0 poeta Nuno hidice disse: ‘ Destacarel em primeiro lugar “a qualidade da escrta” na obra da premiada». 3. comunicousha por telefone. 4.2) ef um romance» ~ oragio subordinante; ‘onde se cruzam histérias Individuals com a histério coletiva.» ~ ‘oragdo subordinada reativaresrtiva by «Vé-se»~ oracso subordinate; ‘aque num perioda de crise destes as pessoas est8o a procurar solugdes» oracSo subordinada substantiva completiva, «) «0 romance tem “um entrelagamento de historias", ~ orag3o coordenada; ‘amos “ principal sbo as vozes"» ~oragao coordenada adversatva. 5. Empréstimo etruncacao. Ficha 5 Grupo! 4. Quanto & estrutura interna, 0 excertoinsere-se no confit. ‘Apés a breve vida de casada com Bris da Mata, este parte para ‘raila, deando ins fechada em casa e 2 guarda do Moyo. Inds recebe, com alegra, a noticia da morte do seu marido, 2. 0 verso que se refere ao tempo cronoligico é «Ha trés meses ‘que é passodo> (v. 903). 3. A carta anuncia a morte de Bris da Mata e refere as cireunstincias do seu falecimento. Trata-se de um momento Importante no conflto da aco, uma ver que liberta Inés do seu \i8 nde desejado) casamento, proporcionando novas perspetvas de vida personagem, agora viva, 4. 0 comportamento do Escudeiro no seu lar e em Arla S80 completamente dispares, facto que 6 referido por Inés. Na sua asa, junto de Inés, & prepotente e fanfarrio, mantendo-a cenclausurada. 18 em Arzila, mostra-se cobarde, foge da guerra e acaba por ser morto por um simples pastor. 5. 0s versos explcitam a nova condi¢do de inés Pereira ~0 «nd» {compromisso matrimonial) debxou de existir, fol udesotadon, Nibertando-a da prisio a que tinha sido condenada por Bris da Mata, 6. Inés Pereira nao chora 2 morte do seu esposo, como era de esperar de uma vidva. Contrariamente, logo pensa num segundo casamento, mas agora com um marido que possa ‘manipular. Ela propria refere que aprendeu com a experiéncia do. seu primeiro casamento e os ctitérios de selec3o do pretendente mudaram: «igara quero tomar / pera boa vido ‘gozar | um muito manso marido | nam no quero jé sabido, / pols tom coro hé de custar» (w. 935-933). 7. a) Interrogagsoretérica, b) Metifora 7.1 A metafora sublinha o facto de Inés no ter pena de que Seu maridotivesse morrido, nem ter femorsos por iso. Grupo tt 1a. complemento do nome; b. modificador apostivo do nome; ‘© modificador restritivo do nome; d. complemento do nome: ‘2, complemento do nome; f. modificador restritivo do nome: { madificador apositivo do nome; h. complemento do nome; I: modificador restrtivo do nome; j. modificador apositivo do nome; k. complemento do nome; . complemento do nome. 1a) A morte do marido e a sua nova condicio permitiro a construc de uma vida diferente. b) Inés, que é passou um mau bocado, est livre, € Trouxeram uma carta breve 4d) A certeza da morte do marido colocou Inés numa nova situacio. Ficha 6 Grupo! 1, © excerto insere-se no fim do confito © contempla 0 ‘desfecho. Apés 0 encontro com 0 Ermitdo, Inés pede a0 marido paraa levar 8 ermida, o que ele, prontamente, concede. A farsa termina com o percurso até essa ermida e com uma cantiga 2. 0s versos «Corregé vis esses véus / e ponde-vos em feigdion {o. 1098-1099) insinuam que houve alguma intimidade entre Inés eo Ermitdo, pois ela ver desalinhada. Quando a vé assim, ‘© marido em vez de a questionar, pede-the, ingenuamente, para {que se recomponha, 3. Dols versos que © comprovam sio, por exemplo, «Seja logo, sem deter» (v. 1104) e «Bofé que me praz mothers (v. 1107). 4, Ines € tansportada as costas de Pero Marques, 0 «asno do mote que deu origem a farsa umais quero asno que me leve que ‘covala que me derrubes. Para Inés, mais vale um marido simplério, que Ihe faca todas as vontades e goste dela, do que ‘outro, «avisado» e bemfalante, mas que a maltrate, como fez Brés da Mata, © meio como Inés é transportada acaba por iustrar o mote 5. Enquant atravessam o rio, cantam uma cantiga, na qual Inés diz, sem pudor, que © marido € enganado (chama-he game, acucor). Pero Marques segue 0 refrio da canclo, repatindo: «Pols assim se fazem as cousos». Com esta cantiga, sublinha-se a infidelidade de Inés e a credulidade e sujeicso do marido, 6. ois tipos de cémico presentes neste excerto so 0 cémico de linguagem, se tivermas em conta as palavras insultuosas e em ‘aldo da cantiga. Por outro lado, cémico de situagSo: Pero Marques, carregando Inés 8s costa, ainda consegue transportar ‘duas lousas Ines) ~ todo esse esforgocria uma stuagio eémica ‘em palo, 2 {8} Comparacio, b) Metatora 7.1 Esta metéfora enfatiza 0 facto de Pero Marques ser um maride enganado, gamo é metéfora de maridotraido, 174 Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano Grupo 1. Por exemplo: 2) As costas de Pero Marques vlo ficar dorida 'b) Aida para a ermida val er longa para Pero Marques. )Abeleza de Inés atordoa Pero Maraues. 4) O debate sobre a infdelidade fol interessante, 1.1 Preposicées. 1.2 Complementos do nome. 2.1 (A); 2.2 (Ch; 2.3 (C); 2.4 (8); 2.5 (A): 2.6 (0), 3.a) complemento obliquo; b) predicativo do sujelto; )complemento direto;d) complemento agente da passva 3.1. a) de Inds; b) de inés Pereira; c) entre Brés da Mata Pero Marques) pela imagem de homem «avisado», Ficha7 Grupo! 4. Ao longo dos verso, 0 poeta manifesta-se sobre o seu proprio estado de espirit, colocando-se assim no centro da mensagem postica, como comprovam os deticos/ formas de primeira pessoa {verbos, pronomes e determinantes): «Eu conte jé e agora vou ‘chorandos; Eto triste este meu presente estado». 2.0 sujelto posticareflete sobre a sua vida passada e presente, (0s sentimentos relativamente ao passado slo de saudade e de {aparente} contentamento («Eu cantel 3 e agora vou chorando 1/0 tempo que cantei téo confiado»), que contrastam com 0 festado presente de tristeza (xé to triste este mev presente estado») e de revolta, pols considera que, mesmo, anteriormente, fot enganado, que nunca foi verdadeiramente feliz («Fizeram-me cantar, manhosamente, [ Cantave, mas jé era ao som dos feros»). 3.0 recurso expressivo éa antitese ~ realga 0 contraste entre o passado feliz eo presente de tristeza 4. A dikima estrafe encerra duas interrogagées retéricas que ‘em em causa se vale a pena queixar-se ou culpar-se pelo seu Infortini, dado que apenas pode controlar parte dele, sendo a Fortuna» / Destino a forea inexorsvel que © conduziu a tal estado de infelicidade, mais do que os proprios eros («Onde a Fortuna injusta é mais que os errs?) 5. Esta composicSo pottica é um soneto porque & consttuida por duas quadras © dois tercetos. Relativamente 2 rima, presenta 0 seguinte esquema rimético: abba/abba/cde/cde — ‘ima interpolada e emparelhada, Quanto & métrica, temos versos decassilébicos, como se pode ver pelo seguinte exemplo ~ «Eu/ canjtei/|6/ e a/g0/ra/ vou/ cho/ran/do». Insere-se na ‘medida nova, pela sua estrutura, Grupo it 1210) 1.2(0) 1318) 1418) 2. A Fortuna castigou-me por ter sido incorreta, (destino); O Pedro fez fortuna na América (ganhou muito dinheiro) 3. wParece ~ subordinante; «que no canto jd passado» ~ oracio subordinada substantiva completiva; «Se estavam minhas \grimas crando» ~ subordinada adverbial condicional. Ficha 8 Grupo! 4. A temitica comum aos dois poemas & experiéncia amorosa © 8 reflexdo sobre © amor, como se pode constatar pelos seguintes versos: «Quem ora soubesse / onde amor nasce, / ‘que 0 semeassen (Texto A, aBusque Amor novas artes, nove ‘engenho, / para matar-mes (Texto 8). 2. 0 sentimento amoroso 6 personificado, como se pode ver através do uso da mailscula «Amor», enfatiza-se 0 poder deste sentimento na vida do sujeito poético, 3. Nos dois poemas, © Amor tem efeitos negativas no sujeito poético, que se sente enganado,ludibiado e magoado (Texto A = «De Amor e seus danos / me fz lavrader; | semeava amor / ¢ colhia enganosr; «Amor nunca vi / que muito durasse, / que nfo ‘magoasses). No Texto 8 mostra-se sem esperanga («que ndo ppode tirar-me as esperancas, / que mal me tirard 0 que eu nd0 tenho»), desconfiando de um sentimento que no se v8, mas ‘que consegue matar (6 me esconde / Amor um mal, que mata ‘endo se ve), 4,1 No Texto A, apresenta-se como lavrador («De Amor e seus danos/ me fiz lavrador}; no Texto B, como marinheico (randando em bravo mar, perdido o lenho.»). 42 Embora trabalhe arduamente a terra, ndo obtém a recompensa desejada pelo seu trabalho («semeava amor / e calhia enganoss); na mar, sentese perdido, desesperado, no fentanto, ainda desafia, corajosamente, o Amor para mais ‘embustes («ondando em bravo mar, perdido o lenhow; «Busque ‘Amor novas artes, nove engenko, | para matar-me, e novas ‘esquivancass) 5. Texto A ~ Esta composigio pottica é um vilancete, uma vez {que tem um mote de trés versos e duas glosassétimas. Quanto 2 métrica, apresenta versos de cinco silabas ~ redondilha menor. Tem o seguinte esquema rimatico: mote ~ abb;glosas ~ ‘eddecbb (rima emparelhada e interpolada), repetindo-se as ‘duas titimas rimas do mote no fim de cada glosa Testo B - Esta composiclo postica é um soneto, uma vez que tem duas quadras @ dois tercetos, sendo o ultimo terceto a schave de ouro» do poema. Quanto a métrca, apresenta versos de dezslabas ~ decassilabos. Tem o seguinte esquema rimstico: ‘abba / abba / ede / ede (rima emparelhada e interpolada nas ‘quadrase interpolada nos tercetos) 5.1 Texto A~ Este poems pertence 8 medida velha de Camées, na estera da lirica tradicional portuguesa, Testo B ~ Este poema pertence 3 medida nova de Camdes, tipica da corrente renascentsta, Grupo tt 1A) 1218) 1314) 2. emotorme»; ema; eperdido»; edesgosto», por exemple. 3. a) Ele € aluno de Belas-Artes. (Area do. conhecimento ‘antstico); Os pescadores usam as suas artes para pescar. (instrumentos para a pesca) Ficha 9 Grupo! 1. Este texto classfica-se como um artigo de divulgacio entfica, porque aborda uma temética na drea da ciéncia, relacionada com 0 estudo do conectoma humano. Quanto 3 ‘estrutura extern, apresenta antetituloe titulo, um resumo do ‘assunto (ll 1-3) @ 0 desenvolvimento do tema estudado, com introdugio, corpo do trabalho e conclusio. Nate-se que nio ‘apresenta a bibliografia consultada, prépria de um texto desta natureva, Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano 175, 24 A descoberta jé comprovada pelos cientistas reside na verdade de que os pensamentos © a5 emosdes dos seres hhumanos resultam da atvidade das céllas nervosas: «A cigncia 16 confirmou que a atividode neuronal & @ base fisica dos ppensamentos e das emogdes. 3.1 0s vocabulos e expressbes que sugerem que ainda no é possvel aceder informaticamente a essa descoberta sS0 «Em busca do» (no antettulo), «dentro de poucos anos (|. 6), simagina» (I, 11) e «um dian (12-13) 42a) 4210) 5. Ao nivel da linguagem, temos a presenca de um registo de ingua técnico-cientiico («conectoma humano», «atvidade heuronals, ugenomar..J, 9 uso da terceira pessoa {econsequems, «confirmou, «fol criaday... e 0 predominio da denotacio (ecientista, ucérebro», watvidede celular»... Grupo 1.1(c) 1.210) 2.1 wtermo» ~ nome comum; aque» ~ pronome relative; ‘caglutina» ~ verbo. principal transitivo direto; «os» — determinante artigo definido; «milhes» - quantificador ‘numeral; ede» ~ preposicéo; sligacdes» ~ nome comum. 2.2 Oraco subordinada adjetiva relativa explicativa, 23 Uma iniiativa para reunir fundos j3 fol langada por Hayworth, Ficha 10 Grupo! 1. Estas estancias enquadram-se no plano das reflexdes do poeta, pois Camées apresenta consideracées sobre como atingir a imortalidade, 2.1 Nos quatro primes versos, Camées afirma que fol a Fama que concedeu a alguns homens a imortaidade e, consequentemente, a atribui¢do de nomes como «Deuses» € «Semideuses», com o intento de, nos versos seguintes, apelar 20 ser humano a rejitar 0 6cio e esforcar-se para também ele atingr essa mesma imortalidade. 3. Para atingir a imortalidade, os homens deverdo evitar a cobiga (x ponde na cobica um freio duro»), a ambicao («£ na ambigéo também») e a tirania (ve no torpe e escuro / Viele de trenton) 4, De forma a atingir essa mesma Imortalidade, 0 Homem ddevers pratcar a justca («dai na paz as les iguais, constantes, / {Que 0s grandes néo déem 0 des pequenosn); defender a fé de Cristo, combatendo os Mouros («vos vest nas armas rutilantes, 1 Contra a lei dos imigos Sarracenos:s; e ilustar 0 rei, através de conselhos ou da luta em guerras (fares claro o Rel que tanto amais, / Agora cos conselhos bem cuidados,/ Agora co as espados, 5. 0 acesso & llha dos Amores a recompensa que esté a0 sleance daqueles que adotam os comportamentos sugeridos, ou seja, serdo amados eternamente e ganhario um estatuto hheroico e sobrenatural: «e numerados / Sereis entre os Herdis esclarecds / E nesta “ha de Vénus” recebidos» 6. Nestas estancias, Camdes critica 05 portugueses que praticavam uma vida ocioss, procurando apenas alcancar a iqueza fécile imerecida e desprezando os valores da época. 7.a) metfora by andstrofe Grupo tt 1.4/8) 1210) 13(0) 14(¢) 2.1 Paragoge. 2.2) nomes comuns. b) pronames pessoas. €)conjungGes subordinativas. 3. Presente do mado conjuntivo (com valor imperativo) Ficha 11 Grupo! 1, 0 texto é um relato de viagem que tem como caracteristicas: variedade de temas (descoberta do Outro, diferente do Eu; ‘comparagio de culturas;reflexSo sobre a sua prépria cultura); ‘encadeamento légco dos assuntos abordados;discurso pessoal (prevaléncia da 1.* pessoa); dimensBes narrativa (predomi- nncia de nomes) e desritiva (predominéncia de adjetivos) 2.0 titulo relaciona-se com o conteide do texto na sentido em ‘que remete para um lugar onde reina duplamente o som. Por tum lado, dominam sons postivos resultantes de uma «alegria ‘espontineax do povo tradurida em cantos e dangas, mas também do cantar de um ehuenas» pelo fiscal da alfandega a0 estrangeiro que chega a Cuba e da sonoridade do carimbo nos passaportes. Por outro, testemunham-se sons negatives rovenientes de uma sjuventude rebelde que pede as barbas e ‘0 pescogo rugoso de Fidel no cepo» e de protestos, na rua, a favor do fim do regime. 3. 0 narrador apresenta em primeira lugar as suposicdes para ‘depois as rebater, introduzindo a realidade diferente do que se pensa através de conjung30 coordenativa adversativa («mas») ‘ou de advérbio conectva («porém). 4. 0 povo cubano € digno/ resistente («dignidade inque- brantvely),alegre/ simpdtico (salegria espontaneas), afével, ‘acolhedor (portas destrancadas eo wforasteiro € convidado ‘entrar coma se fosse um da casa) eletrado, 5. Literaci absoluta, 6. A expressio final do texto remete para uma identificario do narrador com 0 povo cubano que anseia pela liberdade, livre do regime Castista, dos embargos americanos. 7. a) enumeracdo ~ destaca aqueles que oprimem ou causaram sofrimento 20s cubanos. ») Ironia ~reforga a opcio tomada pela falta de combustvel ea forigem das bicicletas, a China (outro pais com regime semelhante ~ comunisa). Grupo tt 1. Truncagio. 2.a) complemento do nome; b} modifcador restritivo do nome; €)predicatve do sujet; «) modificador (do GV) 3. a) «A eletrcidade © 05 combustivels s80 0s bens mais penalzados .}» ~ oracdo subordinante; desde que acabaram as benesses soviéticasy ~ oracio subordinada adverbial temporal b) «A ha & dos poucos lugares do mundo ~ oracio subordinante; onde as portas das casas nunca estio no trinco» ~ oracio subordinada relativarestritva 176 Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano «) «0s cubanos ja habituaram os olhos a viver na penumbra» — coragdo coordenada. ‘ke as pernas a dar 20 pedals ~ oracSo coordenada copulativa 4) «Quando cheguel,»—oracSo subordinada adverbial temporal; 435 vas estavam repletas de manifestantes» — orac3o subordinante. 4. «© embargo americano penaliza mais a eletricidade e os combustiveiss 5. Introduz uma enumeracso, Ficha 12 Grupo! 41. Revela que o ser humano é contraditério e que, apesar de se ‘mostrar corajoso e determinado, Jorge de Albuquerque Coelho std consciente das dificuldades e da sua possvel morte, 2. Comer os caddveres dos companheiros ou afundar a fembarcacio. 3. Prova a forte religlosidade da époce, igualmente referida outros excertos, ¢ devolve a esperanca de salvacio jé posta ‘em causa pea stuag3o em que se encontravam. 4. 0 estado da embarca¢io e dos marinheiros 8 chegada a Lisboa confirma a visio mais negativa do empreendimento dos Descobrimentos. Acresce anda as vidas perdidas nesta travessia arasil-Portugal 5. a) andstrofe ~ destaca 0 estado da embarcacio © nio a ‘eagio dos marinhelros da outra embarcacao. 'b) enumeracio - realga a comida que fol dada 20s marinhelros cesfomeados, Grupo 4.2) sito fez em tdo grande segredo» ~ orag3o subordinante; ‘aque nenhum dos outros por entiio 0 souben ~ oracio subordinada adverbial consecutiv, 'b) endo o consentiria» - oracao subordinante; ‘tenquanto vivesse» ~ ora¢3o subordinada adverbial temporal 6) simpediu» ~ oragio subordinante; ‘aque 0 flzessem» ~oragio subordinada substantia completiva. 4) xavistaram uma barca pequenina,» - oragao subordinante; ‘aque navegave pora a Atouguias ~ oragio subordinada relative cexplicativa, 2. a) complemento do nome; 'b) modificador; «)complemento direto; 4) complemento obliquo. 3. Campo semantico,Extensio seméntica, 4. Sonorizagao e apscope. 5.2) «Depos, és escondidas,féfo.» 'b) «quando 0 visse chegado.» TESTES DE COMPREENSAO DO ORAL Teste de compreensao do oral 1 41.2 (C),1.2 (6); 1.3 (C); 1.4.0). 21a. uA Centelha»; b. 18:00 horas; ¢. «A Reconquista de Alcacers; d, 23:15 horas; e, «0 Testamento»; 22:00 horas 2.2 a. textos; b.cendrios;.trabuco d, anca bolas de chamas 150m 2.3.2, wBanhos Publicos»; b. Quinta do Castelo;e. termalismo, 2.4 a. Servcos de interpretacéo em lingua gestual portuguesa; b. Tomar o evento mais inclusvo 25 a, social; b. econémica. (No necessariamente por esta ‘ordem; acetar, também, turstco como solugdo correta) Teste de compreensao do oral 2 Cenétios de resposta (0u outros que se considerarem pertinentes ~ 0 professor s6 ‘deve contemplar o ndmera de tens pedidas no enunciado.) La, Usbos; b. arredores de Lisboa; €. espacos tnicos com animais © aves; d. convento e Tapada de Mafra; e. observar animais e aves; f.dnica capital europeia localizada junto a uma rea protegida de observacio de aves. 2a. Pico do Areeiro; b. Pica Ruivo; «. Floresta Laurissiay 4. levadas (canals de gua); e. mergulhar, f. descansar 8. Patriménio Natural da Humanidade, pela UNESCO (Floresta Lurissiva)h fora do mundo, 3.a. tha Tercera; b, Angra do Heroism; ¢. Grutas; d. Vulebes; {@. Malor & mais importante (galedes dos Descobrimentos); 4. Mergulhar g percorrer os «Mistérios Negros»; h.Patriménio “Mundial, pela UNESCO (Angra do Heroismo}; i. Reencontra 0 Seu equilbrio;-Sente-se no paraiso. ‘4a. Alentejo; b. Cidades marcadas pela Histéria;c. Explorar os ‘caminhos subterréneos, mergulhar, desfrutar da vida, 5.a. Coimbra; b. Universidade com 700 anos; c. Vontade de vottar. G.a. Costa Vicentina; b. Carrapateira; ¢. Praias; d. Mar; €@. Castelo de Aljezurf.Viver 0 mar eas praia; £&- Entrar na Histéria desta regio; h. Pratcara arte de ndo fazer nada; I. Mais bem preservada zona costera da Europa; |. Bem- 7a. Miradouro da Serra do Pilar; b. Vila Nova de Gaia; e. Douro; 4d. Mosteiro da Serra do Pilar; e. Caves do vinho do Porto; {. Fazer caminhadas; g. Apanhar 0 teleférco; h. Patriménio ‘Cultural da Humanidade, ‘ia. escolha Portugal!» Teste de compreensao do oral 3 1.(8),(0) (6 2. (Fh, (8) (0), (0, (A ( 3.1 (8),3.2(C); 3.3 (8); 34 (0); 3.5 (A) 4 a) ‘retébulos. b) divulgacio. ¢) interpela. d) marulhar €)sublinha Teste de compreensio do oral 4 1. a) «foram passados de geracdo em geracdo (com muitos anos). ).. pessoas de baixa condigao socal.) socal, pessoal € profissional dos portugueses ) .reolhia 0 encanto/fascinio ‘de todos aqueles com quem convivae gravava, 2.) percorreu o pas recolhendo gravagbes dudio de misicas e ‘antares. b) parecia pouco diferente daquele que exista desde ‘05 tempos medievais. «) 0 desaparecimento das trades e do modo de vida do pais rural. d) como figura mitica (entre peregrino e herd). e) 0 modo de viver das gentes que gravou. Aregistos audio e fotografia 3. a) crstalizadas; b) iminente; e) cumplicidade; d) empreendi- mento; e)fascinio. Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano a7 4, restrita ~ ampla / social - cultural. / prado ~ gado. / falas ~ alfaias. / fendas ~ lendas. / parar ~ curar. / complementos ~ elementos. / fonogrsficas ~fotograficos. Teste de compreensao do oral 5 seta 2) FO reino encontrava-se préspero, by. ) F. Nao hi a certeza sobre o local de nascimento de Vicente (Guimaraes, Guimardes de Tavares ou Evora). 4) Branca Bezerra €)F Médico, néo. av. 8) F. Monéiogo do Vaqueir. hy. |) FTia do principe e ima do ri Dy. Kv. INF. Floresta de Enganas. mv. Teste de compreensao do oral 6 La. Maria José Palla e Ricardo Aradjo Perera; b. Museu de Arte [Antiga;e.Séc. XVI, «Primitivas Portuguesesm;e, Gil Vicente 2.1 (A); 2.2 (8); 2.3 (O}; 2.4 (A); 25 (C); 2.6 (8), 2.7 (C Beal Vib) e) Fa) Vie) AF 1b) A capacidade de nos rirmos de nés préprios torna-nos superiores. ) A sitica tende 3 ideia de aniquilaio. €@) No «mundo &s avessasy, 0 Parvo éa vor da sensater. {) Astra em Gil Vicente € corrosiva mas jovial/ festva Teste de compreensao do oral 7 1.2. Suporta até 136 quils. b. Abateria€ suficente para 7 minutos de uso. « Funciona com base em campos magnéticos d. Afasta-se do chio 2,5 centimetros. €. No ar, dsliza rapidamente em viras drecBes. 2 (C); 22 (0); 2.3 (A); 2.4 (0);25 (8) 3. Ordenagdo:2, 7,4, 1,5, 3,6. Teste de compreensio do oral 8 1. (A) A obra de Camées tem sido, a0 longo dos tempos, alvo de leituras diversiticadas, desde mitologicas a nacionalistas. (8) A primeira publicacdo da obra Camées e a viagem iniiética fo em 1980. (€)A obra apresentada classfica-se como um ensaio, pois & um estudo da poesia de Camées. (0) Na expresso «€ um ivro jd com mutas vidas», 0 locutor utilza uma personificag3o para sugerir que a obra ja fol publicada dezasseis vezes e que agora conta com mais uma (6) No contexto, a expressio xaté se jubllar» &sindnima de wate se aposentary {F) CamBes é visto como um poeta que recusa uma visio tradicionalstae retrograda do mundo. (G) Na sua poesia, Camées valoriza muito mais a experiéneia do ‘que até {H) 0 poeta lirco e épico mostra ser mals um poeta de duvidas ddo.que de convieeses (0) Para Camées, € possivel associar a sexualidade a0 amor ‘spiritual U) & obra camoniana constitui uma cutura com a poesia tradicional, a0 nivel da percedo do mundo, 2 2 (C),2.2(0);2.3(C);2.4(8);25 (0). Teste de compreensao do oral 9 1 ‘4. Quibdd, na costa do Pacifico clombiano b.46 anos 4. cCartagena de Indias <.Promover letura em parques epracas de Cartagena e-Parque Bolivar fcarreta 8.120 h.Biblioteca pessoa, ofertas pessoas e doacées iconto Jntegral 2.1 (A) metafora, 2.2 (C) um desafio e uma missBo. 2.3 (0) por quase toda a Colémbia. 2.4 (B) pessoal ¢ emacionalmente contda. 25 (8) promover a importancia da lltura Teste de compreensao do oral 10 2. (BD; (EN (HD; (UY (Pl (RY (1; (VO. 2. a. caravela; . rampas;c proa; d.hisércas e. Descobrimentos; {. paredo; g armas; h.portuguesas; I. espada;j. AVS 3 1. a. A grandeza de Portugal; b. A grandeza de todos os portugueses que se tornaram herd 2. a. A forca das armas: b. AE crstd cA dinastia dos reis que souberam entender e incentvar as conquistas dos mares, 3. a. 0 povo portuguts, Teste de compreensao do oral 11 aaay, by. QF. 1859 ¢ 2004, 4) F que carregam em muito pouco tempo. ay. 1 F... produzr ografeno em grandes quantidades e a um prego acessivel 2.1 (8); 2.2(0},23(A), 3.1 (4), (C),(E, (F132, (C), (0) (F; 3:3 (A), (8), (0, (ED Teste de compreensao do oral 12 1.12) F( .exercicio de evasto..); bys av: 4) F (visio global eda prtica em grupo); ay: 1 (divalgar, mostrar o que é}; 8)F [pretende atestar; hy; nV; J) (praticado em todo o lado e por todos. NSo & condicdo para ‘a prtica viver num centro mals urbane), 2.2. (01/2218) 3.3.4 (8), (Ch, (0), (F/3.2(A), (0), (FL 178 Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano TESTES DE AVALIACAO POR UNIDADE Teste 1 Grupo! Texto 1. Esta cantiga difere das outras cantigas de amigo, ‘elativamente a0 sujeito rico, uma vee que no é a donzela que fala (ou a mael, mas uma outra pessoa que narta as suas apbes, Tal facto comprova-se pelo uso da terceira pessoa ~ «Vai lavar cabelas, na fontana fray 2. A personagem que nos aparece no poema apresenta dois ‘rages caracterizadores marcantes, a0 nivel da caracterizagSo fisica€ formosa (elousana»,«velidan) e 20 nivel da caracterizagSo psicoldgica est feliz e apaixonada («Lede dos amores, dos amores ledas) 3. Com estes versos associa-se 0 «amigo» a0 «cervo», simbolo da virlldade e amor ardente, Na fonte, quando encontra 0 amigo, a donzela fica emocionada, desassossegada, mas feliz {metaforicamente expresso em «0 cervo do monte volvia a ‘ugua / Leda dos amores, dos amores edo» - w. 17-18). Acaba ‘or patihar a sua tarefa de lavar 0 eabelo com o amigo, o que sugere alguma intimidade entre os dois, 4, Trata-se de uma cantiga composta por seis coblas em disticos ‘eum refrdo mondstico. Esquema rimatico:2aR/ BbR/ 2aR/ bbR/ aR/ BR (rma emparelhada}, uma paraleistica perteita, porque o nimero de coblas € par; 0 primero distico emparelha com 0 segundo, mudando a palavra rimante; no terceiro disco, o primeiro verso repete o segundo verso do primeiro clstico (leixa:prem, acrescentando um verso ‘novo; no quarto distico,repete-se o segundo verso do segundo dlstico(leixa-prem) e retoma-se com variagao 0 segundo verso do texcelr distico; no quinto dstco, prime verso retoma segundo verso do terceiro distico, com variagio do tempo verbal, eintraduz-se um verso novo; no sexto disco, o primeiro verso repete 0 segundo verso do quarto distico (eixa-prem) e retoma-se, com variagdo, 0 segundo verso do quinto distico, Texto8 5. Cendrios de resposta: [Aparentemente muito simples, as catigas de amigo apresentar, ‘no entanto, temsticas complexas, que s6 podem ser verda- deiramente apreendidas, desvendando © simbolsmo que elas Alguns simbolos mais frequentes e exempios de cantigas em {que aparecem: ‘= Aves~ Com a beleza do seu canto, representam a sedugdo e 0 fenamoramento que podem surgir em qualquer momento, {«Leved!, amigo, que dormides as manhanas friass) ‘+ Ramos ~ Lagos amorosos. («Levod, amigo, que dormides as ‘manhanas friasy) ‘ Flores/Avelaneias frolidas — Podem remeter-nos para a delicadeza e feminildade. Simbolizam também a fertlidade/ fecundidade. (eBoilemos nds i todas tres, ol amigas; «Ai flores, i floes do verde pion), ‘Balle ~ Local de encontro amoroso, 8 semelhanca da fonte. {«Boilemos nés 6 todas trés, ai amigas, ‘+ Mar ~ A tempestuosidade do mar ¢ subjetiva, logo podemos liar este elemento a uma ideia host, dado que foi pelo mar {que © amigo partiu a0 servco de ele, originando a separacio entre 0s amantes.(«Ondas do mar de Vigor). * Ondas ~ Traduzem 0 tumulto interior. Por outro lado, s50 ‘amigas e préximas opondo-se ao mar [el] hostl e distant («Ondas do mar de Vigo») Grupo tt 2. (A); 1.2 (8); 1.3 (2); 1.5 (0); 1.2 (8); 1.4 (C); 1.6 (0), 1.7 (0) 2.a) sincope de n ecrase deo; b) sincope de v 3, Insergdo no texto de um empréstimo (do Latim) e titulo de lvro,respetivamente Grupo tt Resposta pessoal Teste 2 Grupo! Texto 1. 0s efeitos do Amor sobre o sujet postico so positives — fazem-no trovar, andar feliz © com esperanga de ser correspondide (ue faz-m’ alegre faz-me trobador» ~ v. 3; «@ fozme toda via em bem cuidars ~ v.6; ee dé-m'esforc’e ‘asperancan — v8). Peo contrério, os outros trovadores sentem ‘0 Amor como algo negatvo, que causa desespero e sofrimento, logo no poderso nunca obter os favores deste sentimento (xe (0s que del desosperados som / nunca poderam nem du bem ‘ver, / mais over mals w. 11-13) 2. Estes versos dlrigem-se aos leitores, mas também aos trovadores que o censuram. Ironicamente, 0 sujeito postico sugere que eles & que deveriam ser censurados por no perceberem que o Amor éalegria endo cota (sofrimento), 3. 0 recurso expressivo é a comparacéo, enfatiza os dotes da Sua senhora: a sua formosura, o seu saber estar em sociedade; ‘alguém a quem no se pode apontar defeitos, enaltecendo-a perante todas as outras Texto8 4. Temas do texto: hstérla, defini cientificae benefcios do belo. 5. a) acerca de 90 por cento do espécie humana comunica ‘através do bejon (I. 4-5}; b) «Sabe-sen (I. 30); €) arefere Morgarida Bragar (I $0); d) «ase (5), spor exemplow (7), «Além disso» 35), Grupo tt 1.1 (8), 1.2 (A); 1.3 (Ch; 1.4 (C); 1.5 (D}; 1.6 (A) €1.7 (C). 2. 0ra¢S0 coordenada e oragdo coordenada copultiva, 3. Sujet. Grupo tt Resposta pessoal Teste 3 Grupo! Texto 1. 0 objetive do estratagema concertede entre © pejem © ‘Alvaro Pais 6 sublevar 0 povo de Lisboa de maneira a conduzio {205 pags da rainha, onde © mestre matava o Conde Andeiro, dizendo-the que o Mestre estava em perigo (xO Page do Mestre que estava ao porta, como Ihe disserom que fosse pelo vila segundo ja era percebidon =|. 1-2 -, «= Matom 0 Meestre! ‘matom 0 Mestre nos Poacos da Rainhal Acorree oo Meestre ‘que mataml» ~ |. 4 ~ e «alvoracavom-se nas voontades, Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano 179 comecavom de tomar armas cada uil como melhor ¢ mais asinha podia.»~I.7-3) 2. Pegar em armas edirgi-se aos pacos da rainha para socorrer fo mestre (Il 6-9) 3. eAcorramos ao Mestre, amigos, acorramos ao Meestre, ca filho é det-ei dom Pedro.» (1), 4, Hipérbole que reforga a idela que toda a cidade de Lisboa ‘ouviu 0 prego e por iss0 toda 2 populagso se mobilizou em socorro do Mestre. Texto8 5. Topicos de resposta: = introdugo de falas de personagens (« Acorramos ao -Meestre, amigas, acorramas ao Meestre que matom sem por ‘quél» e « U matom 0 Meestre? que é do Meestre? Quem sarrou estos portas?» cap. 11}; = descrgso pormenorizada de agdes das _personagens {«comesou dir rjamente a golope em cima do cavalo em que estavan, «As gentes que esto ouviam, salam aa rua veer que cousa era; e comesando de folar uits com os outrosn, «Nom cabiam pelas ruas principaes, e atrevessavom logares escusos® cap. 11; «e forom descubertos per ui homem natural a'Almado,e tomados per os Costeld0s; ¢e fol depols comodo e presoe arrastado, edecepado e enforcador cap. 148.) = descrigio pormencrizada dos sentimentos das personagens («Desfoleia o lite aaquelas que tinham criancas a seus peitos peer mingua de montimento; e veendo lazeror seus fos @ que ‘acorrer nom podiam, choravom ameuide sobreles « morte ante que 0s 2 morte os privasse do video cap. 148) Grupo tt 4.4(C) 1.2 (0) 1.3 (C) 1.4(D) 1.5 (C) 1.6 (8) 2.7 (A) 2. «A mitologia politica ¢ 0 franciscanismo acusam a presenca de um messionismo associodo @ figura do rei» ~ oracio subordinante; ‘aque se criou em torno de D. Jo80 I» ~ oragdo subordinada relativa restrtva; aque esté na sue origems ~ oragko subordinada relative cexplicativa, 3. Predicativo do complementodireto. 4. Amélgama Grupo it Sugestdo de t6picos =a importancia da aco coletiva vs. a ago individual; ~a mobilizacdo social em torno de um ideal/causa comum; = a luta por mais direitos e melhores condigBes de vida/ trabalho; Teste 4 Grupo! Texto 4. 0 titulo do capitulo aponta para as tribulagdes vividas pela populeriia de Usboe, nomeadamente © extrema pobrece do classe mais baia caracterizada pela fome, falta de mantimentos €e motes daf resultantes. Tals tribulagdes foram motivadas pelo cerca de Lisboa, evado a cabo pelos Castelhanos, liderados por D. JoBo de Castela em 1388, 2. Apesar de famintos e extenuados, eram soldirios uns com os ‘outros e valentes contra os castelhanos, apresentando uma Identidade coletiva que os unia num propésito comum. 3. 0 natrador tem como objetivo trazer 0 leitor para aquele pasado doloroso sEsguardae..» e fazer notar que quem nasceu depois daquela provacdo, tal como el, teve sort. Texto8 4.0 tema dominante é a coita (sofrimento) de amor, sendo esta uma cantiga de amor. Osujeto postico queixa-se que nunca viu ninguém sofrer como ele esté a sofrer por amor, embora estela sagradecido» pois a sua esenhor» merece que ele passe por ‘este sofrimento desmedido, 5. A cantiga é consttuida por quatro coblas (ts quadras e um distca) e um refrdo em distico. Esquema rimético: abbaRR/ CcddcRA/ effeRR (rma interpolada e emparelhada)/ RR (cima ‘emparelhada) Grupo tt 2.4 (C)/1.2 (8)/ 1.3 (A)/ 1.4 (8)/1.5 (A)/2.6 (CV/ 1.7 (0) 2. ea questio parece drigio ao trobar medieval a0 passado, 0 uma sociedade» - oracao subordinante; ‘conde a literatura ndo se define como um compo separado do {festa e do quotidiano» ~ oragao subordinads adjetiva relativa restitva, 3. Predicativo do complemento direto, 4 Extensio semantic Grupo tt ‘Sugestio de tdpicos: ~vverisolado ou em comunidade —vantagens e desvantagens; — construgio da personalidade (influéncia dos outros ~ vantagens ‘edesvantagens: a experiéncia pessoal: benefciads ou prejudicada pelo contacto ‘com os outros; Teste 5 Grupo! Texto 1, Este excerto pertence 8 exposigso, € 0 inicio da farsa [Apresenta-nos a personagem principal, Inés Pereira, © 2 sua Mie. Também localiza a a¢do no espaco, a casa de Inés, lugar ‘ental da ago, Resumidamente, 0 excerto expe o conflte de Ings ~ esté fechada em casa, mas ansela a sua libertacso, através do casamento, 2. Inds Pereira estd saturada e revoltada com a sua situacio, Sente-se presa em casa, sem poder sai. Por outro lado, mastra~ se desinteressada pelos afazeres domésticos que a aborrecem («0h Jesu que enfodamento /e que raiva e que tormento / que ‘cequeiro e que canseira.» wv 7-9~e wColtado oss hel d'estor | ‘encerrada nesta casa / como panela sem asa / que sempre estd ‘num lugar.» ~ wv. 12-15). Anseiacasar de modo alvrar-se deste cativeiro» (aProwvesse a Deos que jé é rexdo / de nam estar tam singela.»~w. 50-51) 3..0 recurso expressivo que esté presente na primeira fala da mie éa ionia ~_ mie diz & filha que ja adivinhava que ela no ‘staria @ wlavrars como era suposto estar. Esta Ironia tem um tom acusatério~a Mie considera-a preguigosa TextoB 4.0 tema é uma apreciacdo ciitica 20 filme Uma entrevista Jouca. 0 autor procede, em todo 0 texto, a uma apreciagio critica sobre o filme, apontando aspetos postivas © negatives, sobressaindo estes tims 180 Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano 5. Duas caracterstcas s30, por exemplo:linguagem valortiva («0 resultado é uma desastrosa cranologia de ideiasn- 7); uso da terceira pessoa gramatical e 0 presente do indicativo («The Interview ainda possui outra grande froqueza» I. 14). Grupo it 41.1 (B); 1.2 (8); 1.3 (0); 1.4 (C};15 (8); 1.6 (A) 1.7(A 2.2) sincope de de sinérese;b)assimilaio; € prétese Grupo it Resposta pessoal Teste 6 Grupo! Texto 4. Ha duas cenas presentes no excerto: uma em que esto presentes Inés Pereira, a Mie e Pero Marques (até «Nam {u’elas vinham chentadas / ed no fundo no mais quente» ~ wi 284-235) e outra em que Inés e Pero se encontram a s6s (desde ‘aVossa mae fois, oro bem até ao final do excerto ~ w. 296: 351). A primeira cena apresenta uma nova personagem, Pero Marques, pretendente de Inés, que se mostra pouco & vontade ‘no convivio socal. Na segunda cena, Inds e Pero conversam sozinhos, ou melhor, desconversam e ins acaba por rejelt-i0, 2. Podemos observar comportamentos dispares nestas duas ppersonagens. Enquanto que Pero se mostra simpitico, ‘espeitador e preocupado com Inés ~ oferece-he peras (que, no tentanto, acabam por ndo aparece inquieta-se com o facto de ppoderem pensar mal de Inés, por estar a sés com ele © as fescuras, Inés comporta-se de forma oposta. Goze com 0 pretendente por este no saber estar em sociedade, ‘idiculariza-o com o episédio das peras e dececiona-se quando Pero no avanca no relacionamento, estando 2 sds com ela 3. Esté presente 0 cémico de linguagem: Inés Ironza, dizendo {que as peras deviam estar mesmo apresentdvels(afresquinhas»), estando no fundo do seu capuz. Pero leva as suas palavras 3 letra, retorquindo que elas estavam bem aconchegadas #cé no {fundo mais quente. 4, Por exemplo, na fala de Inés Pereira ~ «Quam desviado este std, Todos andam por cagar/ suas damas sem casar/ e este ‘tomade-o[6» (w. 306-308). Um efeito teatral poderd ser jogo teatral, cumplicidade com os espectadores, fazendo de conta ue Pero Marques néo owe 0 que Inés diz. Por outro lado, usa- Se a técnica do cémico de situacSo ~ hé uma personagem em paleo que esti a ser gozado, finge no se aperceber, 0 que causa so a quem assiste 8 representacSo. Texto8 5. Cendtio de resposta Ins deseja um marido avisado,rejetando, numa primeira fase, © ristico Pero Marques (simbolizando © «burro» do mote, ‘manifestando a sua preferéncia por um Escudeiro bem-falante ¢ ardiloso, que, 3 partida, se enquadrava no seu ideal de marido (correspondendo ao “cavalo” do mote). ApSaa experiénei matrimoriol com a Escudero, na qval 9e vis luibriada nos seus intentos de liberdade, sendo até maltratada ppelo marido, Inés “cresce” enquanto mulher e revé o seu rojeto de vida ‘Quando fica viva, ndo hesita em acetar Pero Marques que, pesar da sua simplicidade, nutre carinho por ela e, sobretudo, permite-the tera liberdade que tanto anseia, Assim, conclu-se que a farsa cumpre o desafo lancado, provando ‘omote-desafio, Grupo tt L(A) 1.2 (C); 1.3 8); 14 (8); 1.5 (0}; 1.6 (0):1.7 (A). 2a) protese de eb) sincope de de sinérese; ¢) epéntese de Grupo tt Resposta pessoal Teste 7 Grupo! Texto 1. 0 poema, quanto & organizagio interna, dvide-se em trés partes: na 1” parte (2.° a0 3° verso) 0 sujelto lirica refere 0 pranta da amada no momento da sua partida; na 2. parte (4° 30 11. verso), questona-se sobre a possibilidade da amada ainda se lembrar dele; na 3. parte (12.° a0 14” verso), o eu lirico conforta-se com a hipétese da amada ainda nio o ter esquecido, 2. A utilizagio da forma verbal sficavam (v. 2) demonstra que rio era a primeira ver que o casal se separava; jé acontecera ‘outras veres, 3. Quanto ao estado de espirito, 0 sujeito lirco mostrase ‘apaixonado, demonstra estar triste, saudoso e melancélico pela separacio da amada e angustiade por nfo saber se ela ainda 0 ‘ama ou se js 0 esqueceu, 4. As interrogacbes (acentuadas pela utilizacSo da ansfora que Serve, neste caso, para reforcar as retéricas através da constante repetiglo de #Se», em inicio de verso) © as ‘exclamagGes utiizadas a0 longo do discurso do sujeito poético traduzem uma vatiedade de sentimentos. As primeiras ‘expressam divida, incerteza, angistia, ansiedade e ilusdo; as segundas (presentes no segundo terceto) a consciencializagdo, a confianga. Texto8 5. © aluno deverd desenvolver, entre outros considerados pertinentes, os seguintestépicos: Medida Velha: Donzela humilde © simples que é descrita ‘objetivamente em quadros do quotidiano (Fonte, natureza); 0 poder transformador da amada Pema; «Leva na cabeca 0 poten. Medida Nova: Mulher inalcancivel, divina, etérea... Retrato petrarquista da mulher idea: pele ava, cabelos e olhos claros (retvato cléssico da mulher); descrigdo subjetiva e indefinida; ‘aracteristcas fsicase psicl6gicas em equilrio Poema: «Um mover d‘lhos, brando e pladaso», Grupo tt 4.4 (0); 1.2 (A), 1.3 (6), 1.4 (C}; 1.5 (0); 1.6 (8); 1.7 (8). 2.1 OracSo subordinada adjetivarelativa explictiva, 2.2 Complemento do adjetivo. 2.3 Campo lexical: coriginalidade», ximitac3o>, ‘petrarquismon, «amor», «neoplatonismar. Grupo tt Resposta pessoal Teste 8 Grupo! Texto 1 Dirigindo-se as lembrancas felzes do seu passado, 0 sujeito poético pede que elas se afastem do seu pensamento para que Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano 181 'p05saviver mals intensamente 0 mal que define o seu presente, No entanto, na segunda estrofe e através da conjuncao coordenativa adversativa «Mas», manifesta a preferéncia de ‘morrer, caso as lembrancas nio 0 debsem viver em paz, pois vE {8 morte come o Ginico fim para as memeérias que o atormentam («Que muito milhor & perder a vida, | perdendo-se as Iembrangas» — wv. 9-10} 2. Este poema tem um cariz autoblogrético, pois apresenta-nos 2 visd0 das memorias do sujeito poético. Presentemente, ele Vive num continuo tormento devido as lembrangas felizes do seu passado (sLembrancas, que lembrais bem 0 meu bem ppassado / para que sinta mois o mal presente» ~ w. 1-2). De facto, a vida de Camdes & também tradutida pelo bindmio ppassado/presente que corresponde 20 polo felicidade/ felicidade. 3. Ao longo do poema, 0 sujeito poético afirma aviver {1 to descontente» (v. 6). Desta forma, através do articulador wAssi, conclui que © melhor seré a morte, antecipando jé que a sua vida futura sera, também, marcada pelo sofrimento presente (whé-de ser sempre um tormento» ~. 18), caso ela nfo 0 venha ‘buscar. Texto8 4, Anteriormente, j8 Pero Marques estivera em casa. de Inés fazendothe a corte, mas o mesma foi rejeitado pela protagonista, seguindo-se um didlogo entre a mora casadoira e 2 sua mde que a rectimina por tal atitude, Neste excerto, os judeus casamenteiros, Vidal © Lato, contam a Inés que percorreram muitos lugares para encontrar um pretendente para Inés, mas que ndo encontraram ninguém com o perfil pretendido: adiscreto © de viola», No entanto, acabam por lnunciar 2 chegada de um Escudeiro galante. De seguida, aparece Brés da Mata que, ap6s elogar Inés, se casa com ela. 5. Através destes versos,Latdo pretende afirmar que ele eo seu ompanhelro Vidal tudo fardo para bem servir Inés, ou sea, enfrentardo os maiores obstéculos para encontrar © homem Idealzado por ela Grupo tt 1.1 (A}; 1.2 (C); 1.3 (O}; 1.4 (8); 1.5 (C); 1.6 (A) 1.7 (0) 2.1 eTrata-se[..] de uma motivarto limitada pela “Fortuna”» ~ ‘oragdo subordinante. ‘ja que “o gosto de um suave pensamento” cedo se transforma €em “tormento”» ~oracio subordinada adverbial causal 2.2 Complemento do adjetivo. 2.3 Campo semantico da palavra «canto»: «Coloquel o vaso no ‘canto da sala»; «Todos os ssbados canto no coro.; «0 canto lino de Camdes &fabuloso.»; «Ronald provocou uma situagSo de canto.» (utebol), Grupo il Resposta pessoal Teste 9 Grupo! Texto 4. A conjunglo «Mas» marca claramente a introdugio de uma ‘oposi¢do no discurso, Nos dois primeiros versos, Camdes afirma que Portugal tem herbis t5o corajosos e ilistres como os clssicas que ele refere (#CipiSes, / Césares, Alexondres e dé Augustosn ~ w. 1-2, est. 95), no entanto a falta de certas ‘qualdades (0 culto das letras eda cultura) félosinsensivels, 2. Em ambos os textos, Camées critica © pouco valor que os portugueses atribuem ao cult da poesia. No entanto, essa critica particulariza-se nos dois textos, No Texto A, o poeta ‘desabafa dizendo que, ao contririo dos herdis da Antiguidade, (05 herdis portugueses contemporaneos (no geal) nao aliam a valentia 20 culto das letras e por isso mesmo alguns no sf0 ‘eantados em verso come ilustres: uque a ra260 / De algum néo ser por versos excelente / £ do se ver prezodo o verso e rima» (ww. 5-7, est. 97). A um nivel mais pessoal, no Texto 8 Cambes denuncia as Ninfas os grandes senhores («valerosos») de Portugal que no reconhecem o seu talento e apenas mostram Ingatidao pelos versos que hes dedicou. 3. Através da apéstrofe «Ninfas minhasy (v1, est. 81), 0 poeta Interpela as ninfas do Tejo e do Mondego e demonstra através {do pronome possessvo, 0 sentimento de pertenga e de amor & sua patria, 4. Nestes versos @ através da ironia, CamBes arma que 0 facto ‘de maltratarem os que cantam os feitosiustres dos portugueses ‘desmotivard eventuais futuros poetas. Texto 8 Entre outros considerados pertinentes,o aluno devers abordar ‘05 seguintes topics: Ie Introdusso 11° pardgrafo ~ Luis de Cam&es publica a sua obra em 1572, um texto narraivo escrito em verso que canta feltos granciosos (reais e imaginsrios) de heréis que representam valores, sonhos ‘ capacidades do povo a que pertencem. = Estrutura interna: Proposigao, Invocagdo, Dedicatéria Narracao. Desenvolvimento 2. pardgrafo Proposisao: apresentacio do objetivo do poeta ‘que é glorificar os feitos passados dos herbis portugueses (rls, ‘guereeros, navegadores — herdi coletiv); imortalidade dos lusos é ja anunciada: «Se vao dale! da morte libertandos (canto | est. 2, v. 6}; 0 povo portugues & superior aos deuses: «A quem [Neptuno e Morte abedeceram» (canto |, est. 3, v. 6); © povo ortugués € superior a0s herdis da Antiguidade, reais ou lendérios: Ulises, Eneias, Alexandre Magno eTrajano. 3. pardgrafo ~ InvoracSo: 0 heroismo dos portugueses ¢ sobre- human, por isso © poeta pede 3s Tagides uma ajuda sobrenatural para o cantar; pede um estilo pico, como épico & ‘© povo que vai cantar 44° pardgrafo ~ Dedicatria:afirma novamente a grandiosidade {do povo luso que conduziré 0 rei D. Sebastiio 3 imortalidade; a aco do povo portugues é verdadeira e ndo fingida/fasa, como {35 cantadas por outras epopelas: «As verdadeiras vossas 80 tamanhas / Que excedem as sonhadas,fobulosas» (canto |, est 11, ww. 56) Cconclusso 5. pardgrafo ~ a obra reflete a necessidade de imortalzacio dos n0ss0s herds. Grupo tt 4.4 (C), 1.2 (A); 1.3 (0) 1.4 (8) 3.5 (8); 1.6 (C); 1.7 (8), 2.1 Mosificador. 2.2 Sujeito subentendido. 2.3 Derivacio por sufxacéo. Grupo tt Resposta pessoal 182 Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano Teste 10 Grupo! Texto 1 Nestasestdncias, os nautas encontram-se na tha dos Amores. Depois do delete de um banquete oferecido pelasninfas, Vasco da Gama é conduzido, por Téts, 0 cimo de um monte (estancia 7) onde the mostra a Maquina do mundo, isto é, a representagio do Universo (estincia 73). Este globo é ‘minuciosamente descrito nas estancias 77, 78 e nos dois primeiros versos da estincia 79. 2. Neste episddio, € possvel verfcar a interdependéncia de ‘és planos: os portugueses encontram-se na Iha dos Amores, {qual encontraram durante a sua viagem de regresso 2 patria. (Plano da Viagem), enela confraternizam com seres mitologicos como, por exemplo, Téts (Plano da Mitologia), deusa do mar {que se prepara para revelar a Gama as futuras conquistas dos hherdis lusos (Plano da Historia de Portugal): «Em pequeno volume, aqui te dou | Do Mundo aos olhasteus, pera que vejas / Por onde vis e rds e 0 que desejas.» est. 79, w. 6-8). 3. Nestas estancias 0 heréi portugu@s é mitifcado, imortalizado, luma vez que € dado a Gama o prémio de ver com 0s olhos aquilo que s6 aos deuses & dado a ver: a constituigSe do Universo e o futuro do povo portugues. Texto8 4. No poema, 0 mote contém o tema que vai ser desenvolvido ras yoltas. Nele, e através de uma interragagio retérica, o sujelto podtico arma implictamente que nunca conseguiré ser feliz, visto ser ele préprio a fonte do seu sofrimento («se me eu evo comigo?» - v. 3). Seguidamente, nas voltas apresenta 05 ‘motives que o justficam. O primeiro & 0 facto de ter nascido, sugerindo que o sofrimento Ihe & inerente por natureza («pois ‘que pude ser nacido» - v. 7), constituindo ele préprio para si ‘mesmo um perigo constante («que eu mesmo sou meu perigo» =v. 10) Por fim, 0 segundo motivo aduzido & que ndo vale a ‘pena por termo 8 sua vida, porque, embora iso 0 lvrasse do tormento, como ele deinaria de exstr,jé no poderia gozar fesse bem. Assim, chega & conclusio que é impossvel atingie 0 contentamento (ou com desgosto comigo, / ou sem gosto € sem perigo» — wv. 16-17) 5. Esta composicéo pottica classfca-se como um vilancete, uma ver que 6 constitudo por um mate de trés versos (terceto) € voltas de sete versos(sétima). Apresenta o esquema rimatico abb/ cddccbb/etfeebb, com rima emparelhada e interpolada, e 2 repeticSo da rima dos dois iltimos versos do mote, nos dois ‘times versos das voltas. Quanto & métriea, é constituida por versos de sete sllabas métricas (redondilha maior), tipica da ‘medida velha de Camées. Grupo it 2.1 (A}; 2.2 (8); 1.3 (8) 2.4 (0); 1.5 (8); 1.6 (C) 1.7 (C) 2.1 Oragio subordinada adverbial final 2.2 complemento do adjetvo. 2.3 Relaglo de hiperonimia ehiponiia, Grupo it Resposta pessoal Teste 11 Grupo! Texto 1.0 ataque da nau portuguesa por corsiros, ato frequente na {ép0ca. A nau viria tdo despreparada para a guerra, pots vinha mals cartegada de efazendas do que material de defesa 2, Psicologicamente, & corajoso, determinado, quando nfo ‘desiste do combate contra os corsirios; defensor da patria (= barco); quando mantém o dnimo durante a adversidade. 3. Relagio de semethanga, pois ambos consideram-na uma atitude de traigdo e rendigdo (I 21); além disso, 0 protagonista, mostra resignacio perante a traigio sofrida (revela a sua nobreza de cardter~ I 31-33) 4. Enumera¢ao ~ destaca o forte armamento dos corsérios com ‘0 qual invadiram a nau portuguesa, TextoB 5. Relato de viagem, que apresenta caracteristicas como reflexdo sobre a sua prépria cultura (foi na For que 0 narrador assou a sua inféncia), dscurso na primeira pessoa, coexisténcia dda descrgso e narracio, ainda que a primeira predomine no ‘excerto. Relagdo de semelhanca, porque ha uma selegio dos ‘acontecimentos considerados mais marcantes; os relatos no S80 objetvos (embora o segundo seja mais do que o primeiro)€ tentam transmit a experiéncia vivida ao letor,centrando-se na ‘expicagdo, orientag3o e opiniio, sempre com base na realidade. Como em relatos de viagem tiicos, estes narradores registam as suas impressGes pessoals sobre lugares, pessoas © situagSes com of quais se depara durante a viagem, ‘aracterizando-0s, Grupo tt 1.1 (A); 1.2 (C); 2.3 (0), 2.4 (8), 15 (0); 1.6 (8), 1.7 (A. 2. alevado para Bruges» ~ oracio subordinante; wonde se ‘encontra detido & espera de julgamento» — oragdo subordinada adjetivarelativa expicativa, 3. Abdi Hassan anunciou: «= Quero retirarme da piratario ¢ dedicar-me é politica.» 4. 0s assaltos 20 Faina, um navio de transporte militar Uucraniano, libertado ao fim de 134 dias atribuem-se também a Abs Hassan, Grupo tt Resposta pessoal Teste 12 Grupo! Texto 1. 0s viajantes enfrentaram ventos fortes, trovoada,risco de naufraglo devido 8 carga excessiva,avstamento de uma nau de corsériose falta de alimentos, As dificuldades prendiam-se com ‘excesso de carga que difcutava a navegac3o da nau. 2. Relagdo de oposicio/cantraste, pois 0 excerto iniia-se com ventos fortes e termina com a indicagSo que soprava «uma ‘risa larga animadora e présperam (I. 19-23), 3. Estas narrativas constituem um documento importante para apurar 2 realidade do conhecimento maritime da 4época, pols os seus narradores fornecem indicagdes diretas (vividas na 1 pessoa) ou através dos seus relatos do Cconhecimento existente na época, Neste excerto o narrador afirma que «(Nesse tempo, ainda sé se calculava a latitude, Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano 183 pela oltura da estrela polar ou pela altura meridiana do Sol; 2 longitude no se colculava, e apenas se estimava pelo caminho andado, imperfeitissimamente)». Note-se que esta Indicagdo surge entre parénteses, como uma anotacio lateral que se faz a um texto Texto® 4, Plano das reflexes do poeta. 0 assunto dominante & a corrups3o do dinheiroe as suas consequencias «Fr trédoros falsos 05 amigos» (est. 98, v. 2}; «Os juitos cegando © os consciénciasy (est. 98, v. 8); «Ste cous 0s perjirios entre a ‘gente/ Emil vezes trans torna os Reis.» (est. 99, v.34) 5. Este excerto de Os Lusiados relaciona-se com 0 primeiro pardgrafo do texto 1, uma ver que devido & ganancia e & vontade de lucro que a nau ver excessivamente carregada Grupo 4.4 (A); 1.2 (C); 1.3 (0); 1.4 (8) 3.5 (C); 1.6 (0); 1.7 (A) 2. «0 realizador Poul Greengrass traz-nos uma pelicula estilo documentérion ~oracko subordinante; ‘aque produzlu dois dos filmes da emocionante saga Bourne» ~ oragdo subordinada adjetiva relativa explicaiva; xque s6 podia ser feta por um grande cineasta» ~ oracio subordinada adjetiva ‘elativa restrtva 3. Modifcador. 4, Piratas somalis tomaram um navio de carga americano 20 largo da costa da Africa Ocidental Grupo i Sugestao de topicos = a ambigdo humana (tenativa de defini); ~ consequénclas positivas da ambigio, utilizando exemplos: ~ consequéncias negativas da ambiclo,utiizando exemplos; ~ presente vs. futuro ~ dependéncia da ambicdo; ~comentirio pessoal AUTO DA FEIRA CENA | (wv. 1-181) EDUCAGAO LITERARIA 4. D, Jodo Il -Usboa ~ 1527 —celebragio do Natal 2..A verdadeira fungi do prélogo, a enunciago do assunto da pera, 56 ocorre a partir do verso 160, com a identificagdo da personagem e a ordem de realizagdo de uma feira no dia de Natal 3.1 Ro nio revelar quem é, nem a que vem, dando pequenas pistas (westrela do céum), 2 personagem pretende captar a atenco do espectador para 0 seu discurso, como se pode veriticar pelo pedido presente nos versos 3 e 4: wtodos quontos ‘aqui estas /afinal bem os sentidosy. 44. Considera que a westranomia» (a astrologia), apesar de estar muito em voga, ¢ apresentada consoante os interesses Individuals. pelo que decide registar a verdadelra visdo acerca dda mesma, 4.2 Crencas correntes no tempo: a astrologia perma saber as causas futuras da morte; 0 que ira acontecer 20s Anjos e a Deus; 0 futuro de cada um, consoante a sua conveniéncia, que (0s astro presidiam a morte, a vida e aos desastres naturals. 4.3 Tom satiricoe irdnico: sterdo um cBo polo rabo», w. 26-30 {ironiza a auséncia de capacidade de fazer contas daqueles que se julgam capazes de desvendar os mistérios); w. 38-45 (expicarzo simplista, quase infant, 4.4.1 Versos que reforcam a veracidade do seu discurso: «pois ‘no céu maci com elass (v.35) e «& se Francisco de Melo» v. 36) = astrologo (astrénomo) conceituado do século XV. ‘5.1 Metafora: «A la tem est jeito / vé que clévigose frades / 8 ‘nam ter ao céu respeito» (w. 82-84); Antitese: «mingua-thes as sontidades / © creceshes 0 proveito» (w. 85-86). Valor ‘expresso: associagio critica do clero 8 Lus, como se 0 seu comportamento fosse causado pela Lua, ou Sea, critica-se 0 procedimento materalista de clérigos e de frades ~ tém cada ‘vex menos santidade e mais proveito, 6. Critica cerrada aos reis que se acupavam com a guerra quando ‘se deviam reger pelos valores cristos da simplcidade e da paz (w. 87-91); critea a aplicaglo morosa da justia (w. 92-96) 7 A conclusdo apresentada é a de que a falta de dinheiro conduz & fome do pove, classe na base da hierarquia social, sendo obrigacdo do rei (associado a Jupiter, como forma de €elogio} manter a moeda solida («que tanto val um cruzado / de noite como de diay; enau veleira [..] / nam preste sem pregaduran ~ Ww. 125-126, 127, 13). 7.2 Metifora: rforca-se acrtca a situag30 econémica do pals, ‘com 0 agravamento de défice comercial, muito devida a politica ‘centralizadora e absolutista ~ uma nau pode ser muito forte © feita dos melhores materials, contudo no resists as Intempéties se ndo tver as suas maderas pregadas. B.A A personagem encerra o seu discurso da mesma forma ‘como 0 inicio, apresentando a sua visso sobre a astrologia, sob 2 forma de verdade universal (os astros no tém infiuéncia na vida terrena},e solicitando, tal como no inicio, a atengd0 dos cespectadores. 19.1 A identifcaco da personagem com Mercirio, mensageiro ‘dos deuses, justfca a sua escolha para trazer a mensagem acerca da astronomia. Para além desta funcio, é também deus ‘das moedas, das mercadorias, o que justiica a sua ordem de se fazer uma feira naquele local. 10.1 A escolha de Mercirio esta relacionads, para além das raxbes apresentadas na resposta anterior, com os gosts lteréios dda época pela presenca pagl, podendo o autor criticar, través ‘desta presenca, figuras proeminentes como ado rel GRAMATICA 1, a) dissimilagSo; b) assimilagd0; e) epéntese; A) sincope © tase; e) paragoge. 2.) predieativo do sujelto;b)sujeito;e) complemente obliques 4) modificador. CENAS II-1V (ww. 182-351) EDUCAGAO LITERARIA LA Representa a caducidade da vida: tudo esté dentro do ‘tempo, nada Ihe escapa, dal ser o mercador-mor desta fra, 2.1 € uma fetra de troca aireta onde nso aparece a moeda ‘Trocar-se- 0 que cada um trouxer por vrtudes, bons conselhos, temor de Deus, isto 6 0 abstrato (espiitual) em ver do material. Destina-se a colocar & disposicSo de todos «amor & rexdo / justia e verdode, 0 paz desejadan, a salvacdo (wchaves ‘dos céusy, v. 202). [o professor poder’ apresentar virtudes fenguanto hiperénimo e omor, razdo, jusica, verdade e paz ‘enquanto hipénimos} 184 Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano 2.2 As mercadorias citadas estio a tomarse necessirias especialmente por a Cristandade gastar as suas energias e 0 seu tempo em disputas sobre doutrina (4a crstondade é toda gastada / 6 em servico da opiniéo», w. 198-199). Alude-se 3 pperda generaizada do temor de Deus: todos os estados desinteressaram-se pela conquista do Céu, que s6 nesta feira se pode conseguir; e apresenta-se um mundo as avessas, uma ver {que as vitudes se foram perdendo a0 longo do tempo e Roma faz, inclusive, as suas compras na feira do diabo, sendo os prépris diabos os ecorretores» (economia capitalist). 3.1 Serafim apregoa a modéstia, a humildade, o temar de Deus €¢2 paz, simbolizando, assim, o Bem, o caminho da salvaco. 3.2 Antitese/metifora: reforca-se a necessidade de 0 clero retomar os valores iniciais da igre, pois encontra-se afastado dos seus deveres © esquecido da sua miss30. («papas ‘adormidoss). € necessério mudar esta postura («mudal os vestidese, v. 220), © apego 20s bens materais(eferai o cardio que trazes dourado, v. 225), e procurar a modéstia, a humldade de outrora (ebuscol as somarras dos outros primeiros / os antecessoress, v. 221-222). 4.1 0 diabo gabase, pois esté seguro do seu sucesso naquela feira, sendo utiizado 0 complemento dlreto com um duplo sentido: encontra sempre quem adquira as suas mercadorias (0 Mall; quem as adquire € como se 0 levasse consigo, uma ver que evendeu a sua alma, 4.2 Contrariamente s mercadorias relacionadas com 0 Bem, apresentadas pelo Tempo e pelo Serafim, o Diabo tem para foferecr falta de honra (w. 256-263), gandncia (vw, 301-305), corrupgio (Ww. 316-320) e fasidade (w. 331-340), porque o ‘sages mercador | hé de levar a0 mercado / 0 que Ihe compram ‘milpors (vv. 291-23) 5.0 Diabo argumenta, ironicamente, no ser mau rapaz {v. 326) e no obrigar ninguém a comprar as suas mercadorias {wv. 327-330}, alegando, em suma, 0 live arbitrio: @ Homem & live para escalher entre 0 Bem e @ Mal, sendo @ Homem quem ‘o procura, nomeadamente o cero. 6.1 Merctrio dirige-se a0 Tempo-Serafim, ordenando que se prepare para receber Roma. Indicia-se, deste modo, ser esta luma personagem de extrema importincia. © Diabo firma, Jgualmente, querer preparar-se, pols jé fizera anteriormente rnegécio com Roma, criticando-se, deste modo, dura e corajosamente a simonia praticada pela Corte Pontificia. O espectador & preparado para um confronto entre os principio ddo Bem e os do Mal (um dos prinipais contrastes do sistema alegorico vicentino. 7A caracterizagio do Diabo & essencialmente direta, ppredominando a autocaracterizagdo: 0 Diabo impie 3s outras ppersonagens a caracterizag3o que faz de sl, e isto pela ‘manipulacio da palavra, através de assergies, de justificagBes © de atos persuasivos, O resultado & 0 Diabo como Imagem do ‘bom senso humano que governa o mundo as avessas e particularmente como imagem de bom mercador que nada consegue vender. Assim, 0 Diabo apresenta-se como um pobre vendedor ambulante («bofoliaheiro»), trazendo consigo uma ‘tendinha» (diminutive com valor depreciativo}; € fanfarao, pois esté plenamente convencido do sucesso das suas vendas (w.236-240); ofensivo na ridicularizagio da deicadeza de Serafim (v. 256); constantemente irénico (wv. 258-263); confltuoso (w. 264-265}; competitive provocador 20 relatar fs suas vendas de bens terrenos; enganador, tentador e ‘maléficopelas mercadorias que vende (w. 286-290; 331-344), GRAMATICA AA¢);1.29);134);1.4a) cENAV (w. 352-510) EDUCACAO LITERARIA 1.1 Roma representa a Santa Sé, cua autoridade era contestada, na época, na Alemanha, em Inglaterra e em Franga («Trés amigas ‘que eu hava / sobre mi armam prefay, w.. 354-355). 11.2 Roma procura ajuda na felra por se ver atacada, por um lado, pelos préprios cristdos: aSe os meus me desbaratam», «Se (05 cristdos mesmas me matann» (wv. 362, 364) (referéncia 20 saque pelas tcopas de Carlos V, em 1527}; e, por outro lado, ‘destespeltada por aqueles que se afastam dela: «que todos me ‘desacatom» |v. 366). 113 Fortuna, por um lado, significa © destino, declarando-se Roma vitima da ma sorte, e, por outro lado, representa a sobrecarga de materialidades, que the provocam «canseira», por néo separar os bens espirituais dos bens materias. 2.1 Para o Diabo, a verdade no serve para nada («Couso que ‘nam oproveito»,v. 385), a bondade nunca trouxe nada a quem ‘2 tem e Roma no tem nada para dar em troca daquilo que ‘quer, mas sim para o que ele tem para oferecer (wNa trozeis 'bds fundamentos / pera 0 que haveis mister», w. 387-388). CConsidera que ela nio se apresenta devidamente informada sobre © que Ihe convém e explicate que, para viver bem, 0 mals sensato & proceder de acordo com os costumes dos tempos que passam, ou seja, aconselha-a a pagar a quem a torne ruim, ou melhor, prudente (Ke aviso @ roindade / petal a ‘quem vo-la ponhas, wy. 394-395). Propiehe, assim, uma Infinidade de mentiras produtivas que cobrem toda 2 realidade £30 proveitosas, porque com elas se conseguem favores 2.24E como formos avindos / nas precos disto que digo» (w. 412-413), 3. Roma confessa jd ter negociado com 0 Diabo, tendorthe ‘comprado tudo aquilo e de o ter, inclusivamente, feirado. ‘Assume ter inten¢do de o continuar a fazer, pois tem mais do ‘que © mercado oferece, tendo, no entanto, consciéncia de ter sido a sua perdigdo 0s negécios feltos com o Diabo («que por ‘meu mal te compreim, v. 421). Atente-se na anteposiglo do ‘adjetivo «sujasy em’ esujas mercanciasy: a esséncia da mercadoria éasulidade 4.1 € feita uma enumerag3o por contrastes das mercadorias ‘compradas ao Diabo, os pecados cometidos, eas consequeéncias ‘dessa compra: mentras a aco do amor por Deus, 0 desamor {de Deus a troco do temor & ira de Deus, infamias a troco da fama e da prosperidade e maldades a troco das virtues. Critica- se, essencialmente, a simonia de Roma e consequentes poder, proveltoe traigdo da sua missio, ‘5A Serafim no lhe exige a moeda que esté habituada rmanusear (valores materiais), mas pede-Ihe em troca da paz tio ‘desejada uma esanto vidao (valores esprituais) 5.2.1 Roma insiste em usar como toca 9 mesma mocds (valores materias), confessando, uma vez mais, a venda de sgragasa que se entrega (w. 457-46). 5.3 Mercirio acusa Roma de no se recanhecer como pecadora, ‘consequéncia da aplieacio das indulgéncias (w. 475 e 478-479) come tl, ndo se aperceber da sua perdigSo (wv. 481-482). 5.3.1 «6 Mercirio valei-me agoro / que vejo maus oparethos» (ww. 482-483} Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano 185, 5.41 Deus dé a sua graga sem receber nada em troca (climinago do comercial, do transacional) 5.4.2.0 core oferecide 3 Roma contém um espelho, simbolo da Introspecio necesséria para se ser absolvdo, uma vez que ela ‘mio tem consciéncia do seu estado. Contém também os conselhos de Mercirio: deve mudar 0 seu comportamento, pois ‘se continuar a air daquele modo s6 encontrar a sua perdiclo; 2 sua atual condigdo € consequéncia da sua atuagio, da sua traigso a Deus, e no de fatores externos; quem estiver bem consigo, no procurando a guerra contra os seus, nada deve temer, pois terd sempre a paz com Deus. Roma deverd levar ‘uma vida pautada pelo Bem, pelos valores esprituais GRAMATICA 41. a} complemento do nome; b) complement do nome; «) mosificador apositve do nome, CENAS VI- IX (w. 511-782) 41. 0s dots lavradores pretendem trocar as suas esposas, por se encontrarem profundamente descontentes com as mesmas, 2. Amancio Vaz queixa-se do temperamento instavel e violento dda sua mulher: «6 muito destemperada» (v. 524); «e ferme /hétego a mim» (v. $36); parece demaninhoda» (v. 65); «logo ‘me salta nas grenhas» (v. 578); ame chimpa nestes focinhos» (v. 580). Contrariamente 20 compadre, Denis Lourenco considera @ sua mulher demasiado mansa e indbil:wé tom mole @ desatado» (v. $43}; aque nunca dé peneirada / que nam derrame a forinha» (w. 544-545); «E ndo pée cousa a guardar / {que a topo quando a cata» (w. 546-547). 3. Amancio sugere a troca das respetivas esposas: «Pardeos tanto me fords / que fee a minha contego» (w. 595-596} 4, Paralelismo: Branca Anes, a brava, queba-se do marido, ‘Amancio Vaz, pondo em evidéncia © seu mau génia, e Marta bias, a mansa, ndo se quelka, indo ao encontro do referido pelo seu marido, Denis Lourenco. Tal como na cena VI, cada ppersonagem julga melhor © que coube na sorte 2 out, ‘explorando-se a imagem, fortemente enraizada no pensamento tradicional, do marido que diz mal da mulher e da casada que lamenta 0 estado em que vive, 5.1 0: dois lavradores decidem nio trocar de esposas, atitude ‘em consondincia com a mentalidade da época perante a indsso> lubilidade do matriménio, segundo as convencées religosas. 6.1 Marta fica furiosa perante a pergunta disparatada do Diabo €, como 6 crente, langa um apelo piadoso: «No, Jesu nome de Jesu | Deos e homem piedoson (wv. 684-695). Esta reacio & reyeladora da religisidade da personagem que, em contrast, se encontra interessada em bugigangas 7. Serafim oferece uconsciéncias, wvirtudess e eamor de Deos» {bens espirtuas) © as duas mulheres procuram «sombreires de palma», abure», xpatosy, acevada», esopatos» (bens materia), 8. 0 conflto discusivo existe pelo facto de Serafim falar por alegoriase as mulheres falarem literalmente, ou sea, s6 ouvem ‘aqulo que tem a ver com a realidade que conhecem. De ambas 1 partes hi uma recusa total do diseurso do outro, por nio poder ser descodiicado, 9.1 Branca Anes quebra os limites da verosimithanca da sua definigdo 20 produzir verdades universals todos somos (>), ‘assumindo-se como porta-voz do autor, da sua intengo critica ‘© Homem nio se encontra interessado nos bens espirituals, ‘numa época pautada pelo materialismo (w. 756-763), no se Vslumbrando uma salda para essa situacio que se estendeu pelo mundo (w 764-768). 10. Metonimia: veicula-se a visio de que a feira & a corte de Portugal, ctcando-se a auséncia do povo na feira, que se ‘encontrava na base da hierarquia social (dscriminagao socal), GRAMATICA 1.a) reducio vocslica; b) paragoge; ¢) protese; d) epéntose; e)assimiagio, 2. a) sujeito; b) complemento obliquo; &) modificador; &)com- plemento do nome; e) madificador restritiva do nome. ‘ORALIDADE 2 + Homensvitimas de viléneia domestica +H Vitor Cliudio, psiedloga e docente no SPA oH a8 + H Aveiro, Braga e Porto + H Aveiro, Porto Santarém + H 0s namerosofcaisndo correspondem 3 realidade: a maioria ‘das vtimas no tem coragem para denunciar, 0 sistema esta inteiramente preparado para defender as mulheres © os preconceitos socials so muitos. 3. a) F:nada poder fazer, ser agredido e continuar com 0 agressor. bv )F:A violencia psicol6gica extremada consiste na desvalrizagio continuada do outro, na critica continuada, na negagio dos ‘desejos mais pequenos, na impossbilidade do outro se relacionar com 0 mundo a sua volta, entre outros. 4) F: A submissio a0 outro é a questio nuclear em todo 0 processo de violencia, fe) F: Agressor e agredido no se juntam aleatoriamente, seguindo padrbes relacionas. av 4.1 Sensibilizaglo e consciencializacio da opinigo publica. 42 Informacio seletiva sobre o tema; dscurso direto; recursos verbais: 0 tom de voz, a articulagéo, 0 ritmo e 2 entoacio; ‘desenvolvimento de um tem (ainda) atual eespectfico. 443 A imagem de fundo & adequada ao tema tratado, tentando lustrar © desespero completo de uma vitima de violéncia ‘doméstica, A cor vermelha realga a gravidade da situagdo. CENASX eX! (ww. 783-947) 11 0 contrato estabelecido por Serafim & no se poder Vigarizar, pois quem vem 3 feira tem de se reger pelas leis de Deus. Criticase a exploragdo desonesta por meio de precos Indevides, sobretudo quando o fregués ndo & conhecido. 2.1 As mocas pretendem divertrse e merendar, representando a simplicidade e a rusticidade da gente humilde do campo que, apesar das privacdes, apresenta-se sempre com boa disposi. 3.1 0 dlidlogo, apesar de se afastar a nivel do conteddo, ‘aproxima-se a nivel do entendimento, uma ver que as linguagens s30 traduaivess. Seratim utiliza imagens para se referir 20 Céu entendiveis pelo moso, por se tratar de uma Fealidade que ele conhece: o pastoreio. Gil Vicente pretende louvar a simplicidade dos simples que idealizam o Céu a partir das suas vivéncias agraddves 4. Vicente e Mateus apresentam-se como compradores, no lentanto, a sua verdadeira intengio € cialogare fazer corte as rapariga. 186 Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano 5. 0s dois compradores dirigem-se a raparigas com uma galanteria maliciosa (w. 840-844; 858-859; 895-896; 940-941), revelando-se divertidos e atrevidos (w. 837; 886-887; 919-921; 1920-931). As mocas rejetam-nos,respondendo-thes com humor agressivo e irdnico (w.838-839; 860-862; 892-894; 938-930), pols, apesar da sua simplicidade, elas so ajizadas, conseguindo ‘expulsar da fea os dois namoradores, que nio esperavam tSo ‘mau acothimento (ww, 945-949). 6. Gil Vicente pretendeu terminar o seu auto com a alegria fresca da juventude, @ qual apresenta uma religosidade simples misturada com um materialismo de circunstancia, bastante ingénuo. Apos a mensagem dura e séria da parte roligiosa da peca, 0 autor, na parte profana, disraie recria os fespectadores com um humor singelo, préprio de gente simples, no afastando, no entanto, a intengio moralizante GRAMATICA 1. a) divertir-se; b) talver; e) em mé hora; d) em verdade, francamente. CENA Xi (wv. 947-992) 4, Segundo a mentalidade da época, 0s dotesfsicos e materials so essenciais para se arranjar um bom partido, colocando-se o cardter em segundo plano («Quem tiver muito de seu / ¢ téo ‘bons olhos como eu / sem isso [as vitudes] / casord bem», wi: 954-958), 2. Apersonagem demonstra que a feira esta programada para no funcionar, pos as virudes vendias por Serafim so dadas pela virgem 2 quem é bom. No reino espirtual nada deve ser ‘associado ao comérclo, a troca, uma ver que uma vida santa e simples condu2 2 felicdade e a0 Céu. Por esta 13230, 0 autor jnga com o vocabulo wgragay,simbolizando este as vrtudes que Serafim pretendeu trocar a0 longo do auto (xf as gracas que dizeisn), 0 que se recebe sem pagamento(«a virgem a5 dé de sgragav) e @ bondade divina, a benco do nascimento de Cristo (XE porque a graca e alegria / a madre consolacéo / dev a0 ‘mundo neste dia»), 3.1 A pega termina com uma manifestagio de fé e de alegria, ‘em honra da Virgem por ter dado Cristo 20 mundo, com uma ‘antiga paralelistica semelhante as cantigas de amigo: se ‘excluirmos © mondstic inicial, vrificamos que 0 2.° verso da 1? estrofe € retomado no 1° verso da 3. estrofe, ao mesmo tempo que 0 2.” verso da 2” estrofe & repetida no 1.” da 4." ‘estrofe, e assim sucessivamente, mantendo invaridvelo reftio, a0 mesmo tempo que cada par de dsticos realiza um paralelismo semantico, apresentando um tema jovial efestivo. Eaitavol efotocoplvel © Texto | Mensagens 10° ano 187 Transcrigdes dos textos do Manual Falxa 1: UNIDADE 0(p. 17) «Vayorken», Capicua ‘Quando for grande, vou ser prof. de windsurf Enquanto dango, doe fago wbrinc-dance» ‘Que como a Jane Fonda é de Vayorken em Vayorken a gente diverte-se imenso! Era para ser Arturenasci Ana ‘Ana qué?» «Ana sé» «Ana 5?» «Sim, 8 Anal» Era percentil 90 nos anos 80, E entre colheradas chorava sempre faminta Sempre vestida como ur mini comunista ‘Com roupas que a mie fazia com modelos da revista eu queria ser prosa, vestir-me de cor-de-rosa Vestr Jane Fonda na gindstica da moda ‘Com sabrina prateada,leracolante Crina de pequeno pénei bem escovads, espampanante Tinha a mania de pér as cores aconcizer ‘no meu entender, rosa com vermelho no podia set! Uma notivaga que no dormia a sesta E, de manh3, sempre quis menos conversa, Uma covinna s6 de um lado da bochecha ‘Adormecia com 0 pai ea mesma cangio do Zeca! «Dorme, meu menino, a estrelac'alvan Era sempre mais Mafalda do que Susaninha A de quem dissesse mal do Sérgio Godinho ‘Anda tenho alguns postaispré «gentil menina» Enviados pelos pais de um qualquer destino. E se alguém me perguntar pelo pale pela mie? Eu sell Se, foram para Vayorken, Vayorken Foram para Vayorken, Vayorken, Vayorken! ‘Quando for grande, vou ser prof. de windsurf E quando dango, rodo efaco wbrine-dance» ‘Que como a Jane Fonda, é de Vayorken em Vayorken a gente diverte-se imensot ‘Com dois anos, o primeiro palavrio CCheia de medo em cima do escorregio Mau feltio bravo, vicio de gelado Todo sabado sagrado, mesmo durante o inverno ‘Acabava com a arca do café 20 pé do prédio E aindo com os gclados que eram do meu primo Pedro ‘Ana da bronca, sempre do contra E coragem de fechar duas miidas na arecadacio As escuras, pobres crituras! Por me serem impingidas como amigas pressio 40 Ano, onde & que esté a Rta ea Joana?» Sei f6! NBo sel.» No infantario dei o meu primeiro beljo Ainda me lembro como sefosse hoje Contel a minha avé que tanto se iu ‘Que até debaixo da mesa com vergonha me escondi O tal espigueirae o gato amarelo No meu poema no novo caderno, Muito elogio pela redaro E muita paciéncia pré poder de argumentacéo! ‘Quando for grande, vou ser prof. de windsurf E quando dango, redo e face whrine-dance» ‘Que como a Jane Fonda, é de Vayorken Eem Vayorken a gente diverte-se imenso! (© wbrine-dance» ver de Vayorken © graffiti vem de Vayorken ( hip-hop vem de Vayorken Vayorken, Vayorken, Vayarken (© wbrine-dance» vem de Vayorken ‘Alane Fonda vem de Vayorken windsurf no, (© windsurf no vem de Vayorken ‘Quando for grande, vou ser prof. de windsurf E quando dango, rade e face whrine-dance» ‘Que como a Jane Fonda, é de Vayorken em Vayorken a gente diverte-e imenso! Faixa 2: UNIDADE 1 (texto na p. 30 do Manual) ‘«Ondas do mar de Vigo», Martim Codax ~cantiga de amigo Faixa 3: UNIDADE 1 ~ Portugal Passado, TSF (26 Jun 05) (p. 34) Rainho Santo eos rosos de janeiro ‘A Marta esté a ler um iro que ie dei ‘Maria die équela cotovia que fale mais devagar, néo vi ‘Marta ecordar de um sonho.» Marta: ‘fra uma ver um rel, 0 nosso rei D. Dinis, com vinte anos ‘apenas casou-se com uma senhora que veio do outro lado da frontera, D. Isabel de Aragéo. O Rei gostava muito dela e ela também gostava muito de sua Majestade. (0 tempo fo! passando e tiveram trés filhos: duas meninas e um ‘menino, chamado Afonso, que velo a ser mals tarde o rei Afonso No Do historia que estames @ ouvir, constaIgualmente que 0 nes:0 121. Dinis, também poeto, «Ai fiores, ai floes de verde pinho», granjeou 0 nome de Lavrador pelo tanto que se dedicou aos problemas da lavoura,e, sobretudo, pelo projeto oportunissimo de mondor plantor 0 pinhal de Leiria, 0 que é que livo ale sobre isto, Marta? Eatavel efotocoplivel © Texto | Mensogens 10 ano 189 Mara 40 rei D Dins vvia muito contente com arainha Isabel, porque todos gostavam muito dela, Passava 0 tempo a disteibuir esmolas pelos mais pobres, para {quem tinha sempre uma palavra de conforto, Mas, certo dia, houve um nobre que se foi quelxar ao re.» ~ Akera, nlo cuidais vés de ver bem que sua Altera, a rainha D. Isabel, gastaré demais nas obras das igrejas. ~ Que diveis? ~ Digo-vos, Majestade, que, além daqueles gastos, sua Alteza esbanja, ~Esbanja? ~ Esbanja quantias vultuosas em doapGes a conventos econstantes agbes de caridade. —Delxalo asunto comigo, Marta: suAvisado com muita maldade por aquele nobre, o rel D.Dins foi Investigar por onde © como que a rainha andava 2 gastar os dinheiros do Estado.» Teria 0 rei D. Dinis algumas razdes para saber em quanto Jimportavam os atos caritativos da esposa. Ora, rei Lavrador fordenara, entretanto, estimulos para 0 desenvolvimento da Indistria, de par com as da agricultura, a saber: a pesco, 0 salga €. secagem do peite, a extracdo do sal, 0s tecidos de linho, 0s curtumes e até a explorasso mineira ~ ferro, chumbo, ouro, protae cobre. Mara Sabe-se que tinha acabado de nascer um novo ano, era janeiro, € rel D. Dins resolveu surpreender a rainha quando la ia outra ver tratar dos pobres.» As preocupagées culturais de D. Dinis eram também visivels, basta reter que em moro de 1290 fundaro ele @ Universidade de Lisboa, onde era inclusivamente professor de Gramética, Medicina, Dieito, Artes e ainda do Estudo dos Cénones, para ‘olém do obra poetic que jorrava sem cessor. ‘AMarta foe-me um sina. Conta a lenda que certo dia a rainha atravessava o patio do castelo para ir a0 Convento de Santa Clara elevava po, muito 30, enfiado nas saias.» ~ Senhora, aonde ides? Que vos vejo aperreada, parece com receio de mim... apertando vossas mos sobre 0 que levais esse regaco. = Oh, Senor. ~Podels mostrar-me o que levals escondido? ~ So rosas, meu Senhor. Rosas acabadas de colher. = Rosas? Em janeiro? Els algo nunca visto, senhoral Oh que contente eu ficaria e que prazer me darias em vé-s! Marta 440 re sorria, mas arainha Isabel bem sabia que ele no estava a brincar e que 0 caso era muito sério, e, por isso, a0 dizer que gostava de ver as tals rosas de janeiro ela logo tentou ver seo = Prazer em ver as r0sas de janeiro, meu Senhor. € achais estranho haver rosas em janeiro? Mas no 6 tanto como julgals. Em 1233, Portugal é atingido por uma vaga serissima de fore. 0 trigo escosseia, vende-se por toda a Europa a precas muito dts, énecessirio importé-o. ‘A eainho Isabel destaca-se, entretonto, na crise como peersonagem de uma importéncia politica impar. 14 havia ‘ojudado a reconstruir 0 Convento de Santa Claro, em Colmbro, ‘mondaro erguer em Santarém 0 Hospital dos Meninos Inocentes, pora enfermos e enjitados. Fundara o Hospital de Leiria e, acima de tudo, muito contrbuira para epaziguar as terivelslutas entre o marido eo filo Afonso, ‘Que me dlzes a isto? Marta 4A tainha era t3o boa, t30 bos, que quando foi da fone que hove em Portugal até mandou vir trigo do estrangeiro. 0 trigo cestava caro. Dir-se que chegou a vender joias para poder pagar cereal e tudo.» Estamos pois no ponto da histria em que a Marta lé para nés, ‘no ponto em que, pensondo que podia apanhar a rainha em falso, 0 rei D. Dinisinsiste em ver com os préprios olhos as ‘anunciadas eestranhas flores vermelhas fora de estacdo, ~ Delxal que vela ent3o essas rosas de janeito, Senhora, Marta ‘e€ quando 2 rainhs Santa Isabel abriu o regago em ver de pio {eram rosas, muitas r0sas, que sio flores muito bonitas quando sho vermethas, € 0 re D. Dini ficou sem palavras e acabou por pedir perdio & rainha.» Faixa 4: UNIDADE 3 (texto na p. 34 do Manual) -AAiflores, a flores do verde pinoy, D. Dinis~cantiga de amigo Faixa 5: UNIDADE 1 (texto na p. 36 do Manual) ‘Levad!, amigo que dormides as manhanas fras», D. Dinis — cantiga de amigo Faixa 6: UNIDADE 1 (texto na p. 40 do Manual). «Ballers n6sja todas tes, ai amigas», Aira Nunes —cantiga de amigo Faixa 7: UNIDADE 2 (p. 48) Balada do desajetado», DAMA Euniosei Oqueé que te hel de dar Nem te sei lnventar frases bonitas 190 Ealtavel eftocoplavel © Texto | Mensagens 10° ano Mas aprendi uma onter $6 que jd me esqueci Entio olha gosto muito de Sei de alguem Por demais envergonhado ‘Que por ser tdo desajeitado Nunca foi capaz de falar $6 que hoje Vivo tempo que perdeu Sabes que esse alguém sou eu E agora eu vou-te contar Sabes a (O que é que eu tenho passado Estou sempre a fazer-tesinals Etundo me tens ligado E aqui estou eu Aver o tempo a passar [Aver se chega 0 tempo tempo de te falar Eu nfo sei O que é que te hel de dar Nem te sei lnwentar frases bonitas Mas aprendi uma onter 6 que jd me esqueci Entéo olha sé te quero ati Podes crer ‘Que a noite 0 sone élgeiro Fico d espera o dia inteiro Para poder desabafar Mas como sempre Chega a hora da verdade Efalta-me o d-vontade ‘Acabo por me calar Falta-me ojeto Ponho-mea escrever erasgo Cada ver a tremer mais. Eas veres até me engasgo Nada afazer E por sso que eu te conto due € tarde para ndo dizer Digo como sel e pronto Eu nio sei que é que te hel de dar Nem te sei Inwentar frases bonitas Mas aprendi uma onter $6 que jd me esqueci Entdo otha s6 te quero at Eu nto sei (O que é que te hei de dar Nem te sei lnventar frases bonitas Mas aprendi uma ontem 6 que jd me esqueci Entio olha s6 te quero at Faixa 8: UNIDADE 1 (texto na p. 48 do Manual) ‘eProencaes soem mui bem trobar, D.Dinis~cantiga de amor Falxa 9: UNIDADE 1 (texto na p. 48 do Manual) “«Quer‘eu em maneira de proengay, D. Dini ~cantiga de amor Faixa 10; UNIDADE 1 (texto na p, 50 do Manual) Se eu podesse desamar, Pero da Ponte ~cantiga de amor Falxa 11: UNIDADE 1 (p. 56) Crénica de Mafalda Lopes da Costa, Lugares comuns, sobre a ‘expresso «Dizer cobras e lagartosn Antena 2 «cDizer cobras e lagartos de alguémm é dizer muito mal de uma pessoa, na pritica édifamé-a. Esta 6 uma daquelas expressBes para as quais hd uma auténtica ;pandplia cle expicagdes quanto &origem, sendo que pelo _menostrés surgem com mais frequéncia nos dicionéris. AA primeira defende que na expressio «cobras ¢lagartos» em ver de «cobra» a palavra correta seria wcopla», no sentido de versos, ou sea fazer escirnio através de versos, stirizar alguém ceserevendo versos sobre essa pessoa ‘A segunda explcacio, mais dfundida, aponta para uma passagem da Biblia, o salmo 91/13 que hoje reza: eobre seqpente e vibora andarés, clears aos pés 0 leo e 0 dragiion, sendo que na frase a palavra «dragio» fol durante séculos «tbaslsco» em ver de dragio, eo baslsco é um animal ‘mitolégico, um lagarto alado que matava com o bafo E, por fim, hé quem defenda que a expressio «cobras e lagartos» remete para o imaginério medieval em que se acreditava que alguém possuido pelo deménio quando era ‘exorcizado expelia pela boca cobras e lagartos. “dizer cobras elagartos» dizer muita mal de algo ou de alguém. Faixa 12; UNIDADE 1 (texto na p, 56.do Manual) «hi, dona fea, fostes-vos queixarn, Joo Garcia de Gullhade ~ cantiga de escrnio e maldizer Faixa 13: UNIDADE 1 (texto na p, 58.do Maral) “Rol Queimado morreu com amor», Pero Garcia Burgas — cantiga de escirnio e maldizer Faixa 14: UNIDADE 1 (texto na p, 60 do Marval) ‘Quen a sesta quiser dormir, Pero da Ponte ~ cantiga de cescirnioe maldizer Faixa 15: UNIDADE 2 (9. 100 do Manual) «Sexta-eira(emprego bom ja)», Boss AC Ealtavel eftocoplavel © Texto | Mensagens 10° ano 191 Tantos anos a estudar para acabar desempregado (Ounum emprego da treta, mal pago E receber uma gorjeta que chamam salirio Eu no irl o Curso Superior de Otério no é falta de empenho ‘Querem que aperte ocinto mas nem calgas tenho Anda 0 més vaia meio jeu ‘tou ato ‘Oh mae fazias-me era rico em ver de bonito E sexta-feira Sueia semana inteira No bolsondo trago um tostio Alguém me aranje emprego fom Bor Bom Bom wa18 ss Eles enterram 0 Pais 0 povo aguenta Mas qualquer cia a bolha rebenta De boca em boca nas redes sociais (Ouvem-se verdades que no vem nos jornals Ter carro é impossive! Tive que o vender para ter combustivel Tenho o passe da Caris mas hoje esto em greve Precis de bole, alguém que me leve € sexta-feira Sue a semana inteira No bolso no trago um tostio Alguém me aranje emprego fom Bom Bom Bom walla € sexta-feira ‘Quero ir pra brincadeira Mas eu no tenho um tostio Alguém me arranje emprego fom Bom Bor Bom wis Basta ser honesto e eu aceito propostas (0s cotas dé me querem ver pela costas Onde vou arcanjar dinheiro para uma renda? No tenno condig6es nem para alugar uma tenda Eos bancos sé emprestam a quem no precisa [Armim nem me emprestam pa mudar de camisa Vou jogar Euromilhdes aver se acaba o enguigo Hoje € sexta-feira vou jatratar disso € sexta-fera ‘uel a semana intlra No bolso no trago um tostéo Alguém me aranje emprego Som Bom Bom Bom walavala € sexta-feira ‘Quero ir pra brincadeira ‘Mas eu no tenho um tostio Alguém me arranje emprego Bom Bom Bor Bom valada om Bom Bom Bom parry Tem que ser 80M a Faixa 16: UNIDADE 3 (texto nap, 120 do Manual) Farsa de inés Pereira Gil Vicente Pretendente apresentado e logo rejeitado, Faixa 17: UNIDADE 3 (p. 126) Lugares-comuns, «Fazer judiariasy,Crénica de Mafalda Lopes da Costa, Antena 1 ‘Fazer judaras e 0 preconceito» - Quando alguém faz pequenas -maldades,travessuras,diabruras ou ainda pequenos logros ize {que faz judiarias. A expressio tem obviamente um cunho antissemita e nasce de um velhissimo preconceito contra o povo judaico. ‘inda hoje, infelizmente, judeu € sinérimo de avarento, ‘materalista e, em geral, de individuo de mé-fé ou indole. As Juiarias, no entanto, no eram apenas as travessuras que se associavam aos judeus, eram sobretudo os bairros em que os judeus passaram a viver quando, a partir do século XIV, e de forma a difcutar 0 convivio entre judeus e crstdos, os judeus forma obrigados a viver em baleros prOprios. Eram 05 n0ss0s {guetos, sendo as judiarias mais importantes as de Lisboa, Porto, Santardm e Evora ‘Fazer juiariasy: fazer patifarias, maldades, Faixa 18: UNIDADE 3 (p. 154) ‘40s maridas das outras», Miguel Araijo Toda a gente sabe que os homens s30 brutos ‘Que deixam camas por fazer E coisas por dizer. ‘S80 muito pouco astutos, muito pouco astutos. Toda a gente sabe que os homens so brutos. Toda a gente sabe que os homens s30feios Deixam conversas por acabar E roupa por apanhar. E vim com rodeios, vim com rodeos. Toda a gente sabe que os homens so feios Mas 0s maridos das outras nfo Porque os maridos das outras so © arquétipo da perteicso © pinacule da cracao. Déces criaturas, de outra espécie qualquer ‘Que servem para fazer felzes as amigas da mulher. E tudo os que os homens ndo. Tudo que os homens nao. Tudo que os homens néo. (05 maridos das outras sto (0s maridos das outas so. Toda a gente sabe que os homens s80 lito GGostam de misicas que ninguém gosta Nunca deixam a mesa posta, Abaixo de bicho, abaixo de bicho. Toda a gente sabe que os homens si0lxo. Toda a gente sabe que os homens so animais, ‘Que cheiram muito a vinho Ennunca sabem o caminho 192 Ealtavel eftocoplavel © Texto | Mensagens 10° ano Na na nana nana, nanana na na Toda a gente sabe que os homens s30 animals. ‘Mas 0s maridos das outras no Porque 0s maridos das outras S80 0 arquétipo da perfeicéo 0 pinculo da cracéo. ‘Amaveis criaturas, de outra espécie qualquer ‘Que servem para fazer felzes as amigas da mulher. E tudo 0s que os homens no. ‘Tudo que os homens nio. Tudo que os homens no... (0s maridos das outrassfo (05 maridos das outras si0 (0s maridos das outras so. Faixa 19: UNIDADE 4 (p. 170) «Pema da autoestrada, de Antonio Gede5o Voando val para a praia Leonor na estrada preta Vai na brasa de lambreta. Leva cales de pata, Vermelho de alizarina smodelando a coxa fina de impaciente nervura Como guache lustroso, amarelo de indantreno blusinha de terileno desfraldad na cintura, Fuge, fuge, Leonoreta Vai na brasa de lambreta, ‘Agarrada a0 companheiro ‘na volipia da escapada pincha no banco traseiro fem cada volta da estrada Gita de medo fingido, que 0 receio nao é com ela, ‘mas por amor ecautela abraca-o pelo cintura. Vai dtosa,e bem segura. Como rasgio na palsagem corta a lambreta afiada, lengole 2s bermas da estrada ea rumorosa folhagem. LUrrando, estremece a tera, bbramir de rinoceronte, enfia pelo horizonte como um punhal que enterra Tudo foge'a sua volta, fe com os bramidos que sata lembra um deménia com asa. Na confusio dos sentidos |inem percebe, Leonor, s@ 0 que Ihe chega 20s ouvidos s20 e¢os de amor perdidos s@ 05 rugides do motor. Fuge, fuge, Leonoreta Vai na brasa de lambreta, Faixa 20: UNIDADE 4 (texto nap. 170 do Manual) ‘Leva na cabeca o poter, Luis de Camées Faixa 21: UNIDADE 4 (texto na p, 171 do Manual) Posto 0 pensamento nele», Luis de Camées Falxa 22; UNIDADE 4 (texto na p, 173 do Manual) {uA verdura amen, Luis de Camées Faixa 23: UNIDADE 4 (p. 174) «45¢ eu fosse um dia o teu olhar», Pedro Abrunhosa (musica) Frio, o mar Por entre 0 corpo Fraco de lutar. ‘uente, 0 cho Onde te estendo Etelevo arazio Longa a noite Esb0s0l ‘uebra o silencio, Madrugada de cristal Leve, lento, nu, fie! Eeste vento ‘Que te navega na pele, Pede-me a paz Dou-teo mundo Louco live assim sou eu (Um pouco mais.) Solta-te a vor li do fundo, Grita, mostra-me a cor do cu Se eu fosse um dia o teu olhar, E tu.as minhas mos também, Se eu fosse um diaorespirar E tu perfume de ninguém. Se eu fosse um da o teu olhar, E tu as minhas mos também, Se eu fosse um dia 0 respirar E tu perfume de ninguém. Sengue, Ardente, Fermenta etorna 208 Dedos de papel Luz, Dormente, Suaverente pintao teu rosto 2 pincel Largo aespers, E sigo osu, Perco a quimera Meu ano azul Fica, forte, sé amada, Quero que saibas ‘Que ainda ndo te disse nada Pede-me a paz Doute o mundo Louco ee assim sou eu (Um pouco mais.) Solta-te a voz Id do fundo, Ealtavel eftocoplavel © Texto | Mensagens 10° ano 193 Grita, mostra-me a cor do cu Se eu fosse um dia o teu olhar, E tu.as minhas mos também, Se eu fosse um da 0 respirar E tu perfume de ninguém. Se eu fosse um dia o teu olhar, tu as minhas mos também, Se eu fosse um dia orespirar E tu perfume de ninguém. Faixa 24: UNIDADE 4 (texto a p. 176 do Manual) scaquela cativan Faixa 25: UNIDADE 4 (texto a p. 178 do Manual) ‘«Um mover d'othos, brando e piadoso» Faixa 26: UNIDADE 4 (texto na p. 182 do Manual) “Tanto de meu estado me acho incerto» Faixa 27: UNIDADE 4 (texto na p. 182 do Manual) «ede o desejo, Dama, que vos velan Faixa 28: UNIDADE 4 (texto na p, 183 do Manual) «Amor é», Plo Norte Faixa 29: UNIDADE 4 (texto na p. 185 do Manual) «cAlegres campos, verdes arvoredosm, Luis de CamGes Falxa 30: UNIDADE 4 (p. 186) ‘

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