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2eri2r2022 2048 TERMODINAMICA ESTUDO DA ENERGIA EM SISTEMAS FECHADOS nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 2eri2r2022 2048 E-book Introdu¢ao ld, estudante! Nesta unidade, falaremos um pouco mais sobre o conceito de energia . Vocé sabe que a energia pode se manifestar de diversas formas em nosso dia a dia, mas, aqui, iremos tratar de duas formas de transferéncia de energia classicas e demasiadamente importantes em nossas_ discussdes. Abordaremos também os conceitos de variagaéo da energia, bem como demonstraremos uma importante relagdo — que sera nosso leme em diante — conhecida como primeira lei da termodinamica. Além disso, analisaremos todos os parametros de energia importantes para a caracterizagéo dos processos em sistemas fechados , nos quais veremos as principais equagées de estado em cada caso. Vocé aprender, ainda, a analisar e identificar as propriedades de uma substancia a partir de tabelas e diagramas de propriedades, o que sera de extrema utilidade para os assuntos seguintes. Pronto(a) para comegar? Bons estudos! nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 2148 2eri2r2022 2048 E-book Estudante, 0 conceito de energia é fundamental em termodinamica, além de ser um dos aspectos mais significativos nas andlises em diversas areas da engenharia . Sendo assim, a nogdo de energia nos soa bastante familiar, e provavelmente vocé ja conhece bastante sobre ela a partir do seu convivio. Uma ideia basica para compreendermos 0 que é energia é a de que esta pode ser armazenada no interior de um sistema de varias maneiras. A energia também pode ser convertida de uma forma em outra e transferida entre sistemas, sejam eles um volume de controle ou sistemas fechados , como uma sala bem isolada e com janelas e portas hermeticamente fechadas. Neste Ultimo caso, a energia pode ser transferida por meio de duas. formas principais: trabalho e transferéncia de calor. Uma vez que ja possuimos o conhecimento dos mecanismos de conservagao de energia , anteriormente estudados na mecanica, sabemos de modo bastante familiar que, em sistemas adiabaticos (fechados), a quantidade total de energia € sempre conservada em todas as transformagées e transferéncias. Sendo assim, o principio de conservagéo de energia nos permite afirmar que, caso vocé deixe um refrigerador ligado e de portas abertas em uma cozinha fechada, a quantidade de energia da cozinha devera aumentar na mesma proporgéo que a quantidade de energia elétrica consumida pelo refrigerador. Isso contradiz inicialmente 0 nosso senso comum, que tenderia a nos fazer considerar que, estando o ar que sai do refrigerador mais denso e com menor temperatura, virtualmente haveria uma redugao na temperatura média do ar no entorno, Contudo, ao tomarmos a cozinha como o sistema a ser analisado, incluindo o ar e o calor gerado por meio do refrigerador, o Unico mecanismo de interagado sera a propria energia elétrica, que alimenta o nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 3148 2eri2r2022 2048 E-book refrigerador ao cruzar a fronteira do sistema e entrar na sala, fazendo com que a energia liquida se conserve (CENGEL; BOLES, 2013). Assim, € possivel percebermos que a energia pode existir de diversas formas, podendo ser térmica, mecanica, cinética, potencial, elétrica, magnética, quimica e nuclear, e a soma de todas elas constitui o que chamamos de energia total de um sistema. REFLITA Estudante, a energia mecanica pode ser definida como a forma de energia que pode ser convertida completa e diretamente em trabalho mecanico por um dispositivo mecanico ideal, como uma turbina ideal. As energias cinética e potencial sao as formas conhecidas de energia mecanica. Fonte: Adaptado de Gengel e Boles (2013). De acordo com Moran et al. (2018), na termodinamica aplicada a engenharia, normalmente consideramos que a variagao da energia total de um sistema é composta por trés contribuigées macroscépicas. As duas principais sao a variagéo da energia cinética, relacionada ao movimento do sistema, e a variagao da energia potencial gravitacional, que deriva da posigao do sistema em relagéio ao campo gravitacional terrestre. Todas as outras variagdes de energia (relacionadas ao potencial elétrico ou a energia de reagdo dos nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 4148 2eri2r2022 2048 E-book nucleos atémicos, por exemplo) sdo reunidas no que chamamos de energia interna do sistema. Segundo Gengel e Boles (2013), os tipos de energia ndo armazenados internamente em um sistema, identificados na fronteira do sistema ao atravessé-la, podem ser interpretados como interagdes de energia. Nos sistemas fechados ou adiabaticos, as duas tnicas formas de interagao de energia associadas s4o transferéncia por calor e trabalho . O trabalho possui unidade de forga multiplicada pela distancia . Por ser também uma forma de transferéncia de energia, as unidades da energia cinética e da energia potencial séo as mesmas do trabalho. No sistema internacional de unidade, a unidade para as medidas de energia é 0 joule (J), assim chamada em reconhecimento pelo trabalho de James P. Joule (1818- 1889), quem primeiro comprovou experimentalmente que o calor nao se comportava como uma substancia, e sim como uma forma de energia em transito. Outras unidades titeis em engenharia e frequentemente encontradas em nosso cotidiano incluem o multiplo da unidade internacional, quilojoule (kJ), a unidade de energia calorias e seu multiplo, quilocalorias (kcal), e a unidade térmica britanica (Btu). Diversos sistemas em engenharia sdo projetados de modo a produzir trabalho mecanico, como uma turbina de uma instalagado industrial, ou consumir trabalho pelo funcionamento de uma bomba durante o processo. Esses sistemas nao envolvem conversao de energia nuclear, quimica ou térmica em energia mecanica , e, por operarem em_ temperatura aproximadamente constante, néo apresentam transferéncia de calor em quantidades significativas. Dessa forma, podemos enunciar a variagdo total de energia de um sistema por meio da relagado mostrada na Eq. 1: 1 (4 - u) +(EC,- BC) + (zP2 ~EP}) E,- (Eq. 1) nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 5148 2eri2r2022 2048 E-book Podemos também reescrever essa relagao de modo mais simplificado, em forma de variagao, ficando: AE = AU + AEC + AEP (Eq. 2) em que U, EC e EP representam, respectivamente, a energia interna do sistema e as energias cinética e potencial, que fazem parte das trés contribuigées de energia citadas anteriormente. Se considerarmos como exemplo uma instalagdo de conversao energética, como uma usina de poténcia, temos que a bomba transfere energia mecanica para um fluido elevando sua pressdo, assim como uma turbina extrai energia mecanica de um fluido diminuindo sua pressdo. Na Figura 2.1, ilustramos 0 rotor interno de uma turbina movida a vapor, componente essencial de uma usina térmica de poténcia, que tem por fungdo a realizagao de trabalho mecanico (e consequente gerac&o de poténcia) por meio do movimento rotacional das pas da turbina induzido pelo vapor aquecido recebido do gerador de vapor. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 eae 2511212022 20:48 E-book Figura 2.1 - A turbina movida a vapor é um dos principais componentes de uma usina térmica industrial Fonte: arogant / 123RF. #PraCegoVer : na figura, temos uma fotografia colorida de uma turbina movida a vapor. Ela 6 composta por varios discos e hastes ou pas na cor laranja. Essas hastes se movimentam pelo fluxo de um fluido aquecido em uma caldeira e tem por fungao a geracgao de poténcia em sistemas de produgao de energia. Dessa forma, é possivel afirmar que a pressao de um fluido em escoamento também esta associada a sua energia mecanica. Repare que esses sistemas dos quais estamos tratando podem ser analisados de forma conveniente, considerando apenas as formas mecanicas de energia e os efeitos de atrito responsaveis pela perda de energia mecanica (CENGEL; BOLES, 2013). Vejamos a seguir os processos de conversdo energética por transferéncia de calor e trabalho. Transferéncia de energia por calor Antes de definirmos como ocorrem os processos de transferéncia de energia por calor, devemos pensar em como a energia pode passar de um meio para https:fcodely-fmu-contents3.amazonaws. conv Moodle/EAD/ConteudolENG_TERMOD_21Vunidade_2lebooklindex html ?radirect=1 788 2eri2r2022 2048 E-book © outro, desde que a energia total do sistema se conserve. Esse é um dos principios basicos da lei zero da termodinamica que enuncia os mecanismos pelos quais um corpo, deixado em um meio de temperatura diferente da sua, sempre buscara interagir com seu entorno, de modo a promover o equilibrio térmico, ou seja, de forma que a transferéncia de energia ocorra até que ambos atinjam a mesma temperatura. Nesse caso, seguindo os preceitos dessa regra, podemos dizer simplesmente que a energia é transferida sob a forma de calor na qual o sentido natural ou espontaneo da transferéncia de energia sera do corpo com temperatura mais alta (mais energético) para aquele com temperatura mais baixa (de menor energia). Desse modo, o calor pode ser corretamente descrito como uma forma de energia que transita entre dois sistemas devido a uma diferenca térmica ou variagdéo de temperatura entre esses sistemas, ocorrendo somente no sentido decrescente de temperatura. REFLITA Atengao, caro(a) estudante, devemos prestar atengdo no fato de que o calor ndéo é uma propriedade do sistema! O calor, da mesma forma que o trabalho, é reconhecido como um fenémeno de fronteira, no qual a quantidade de calor transferida para o sistema ou a partir do sistema depende apenas dos estados inicial e final, e nao da histéria como o processo de deu, podendo ser identificado, ainda, como uma fungao da trajetdria. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 aie 2eri2r2022 2048 E-book Por se tratar de uma unidade de energia, a quantidade de calor transferida durante um processo entre dois estados pode ser representada por 0 e tera a mesma unidade das interagdes de energia definidas previamente, ou seja, 0 quilojoule (kJ). De acordo com Cengel e Boles (2013), ao considerarmos uma quantidade de energia transferida por meio da fronteira de um sistema, precisamos definir em que sentido essa interagdo se da, ou seja, se o sistema recebe ou doa energia. Por esse motivo, utilizaremos uma convengao de sinais em que a transferéncia de calor para um sistema é considerada positiva (ou seja, Q > 0 ) e a transferéncia de calor a partir de um sistema é considerada negativa (isto é, Q < 0). Em alguns calculos mais usuais de engenharia, é desejavel obtermos a quantidade de calor transferida por unidade de tempo, em vez de somente calor total transferido ao longo de um intervalo. Essa taxa, simbolizada como Q;, representa a taxa de transferéncia de calor que pode variar com o tempo e pode ser relacionada com o calor total transferido durante um processo pela integral definida da Eq. 3: (Eq. 3) Vale lembrar que, como a taxa de transferéncia de calor se refere a uma medida realizada por unidade de tempo , ela pode ser expressa em termos de quaisquer unidades de energia e tempo. No sistema internacional de unidades, a unidade de taxa de calor é designada pela unidade joule por segundo (J/s), sendo também chamada mais usualmente de watt. Conforme ja fizemos anteriormente com outras unidades, normalmente convenciona-se utilizar 0 quilowatt (kW), um dos possiveis mtltiplos dessa medida. No caso das interagées por trabalho ao longo do tempo, essa taxa é chamada de poténci nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 oie 2eri2r2022 2048 E-book De acordo com Moran et al. (2018), o calor pode ser transferido essencialmente por meio de trés mecanismos: conducgdo, conveccao e radiagao. Veja no infografico abaixo a descrigéo de cada um desses mecanismos de transferéncia de calor. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 0148 2eri2r2022 2048 E-book Mecanismos de transferéncia de calor Cee eee etree Se ee ers Parone tenner et trettan cone eva ate eat on ict aorta peace te eae Fonte: Adaptada de udaix / 123RF. #PraCegoVer : o infografico apresenta, ao lado esquerdo, o titulo “Mecanismos de transferéncia de calor”. Logo abaixo, ha o texto “Condugao: pode ocorrer em s6lidos, liquidos e gases, sendo frequentemente imaginada como um processo de transferéncia de energia das particulas mais energéticas de uma substancia para as particulas menos energéticas, como resultado da interag4o entre elas. Convecgao: transferéncia de energia que ocorre entre fluidos (gas ou liquido). A transferéncia de calor por convec¢4o pode ocorrer, por exemplo, em um processo de aquecimento de um liquido em uma panela, apés a transferéncia de calor por condugaio ceder energia para o sistema. Radiagdo: a energia ¢ transferida ou transportada pela emissao de ondas eletromagnéticas (fétons) e, diferentemente da condugao, nao requer nenhum meio para se propagar, ocorrendo, inclusive, no vacuo”. Ao lado direito, é apresentada a imagem ilustrativa de uma mao. segurando uma panela sobre o fogo. Dentro dessa panela, ha agua, e ela esta borbulhando, com flechas que apontam para cima e para baixo. A imagem apresenta trés pontos: o primeiro é a “condugdo", marcado pelo cabo da panela; o segundo é a “convec¢ao’, representado pela agua; e 0 terceiro é a “radiacao”, representado pelas ondas que circulam ao lado de fora da panela. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 118 2eri2r2022 2048 E-book Transferéncia de energia por trabalho Na mecanica, sabemos que trabalho representa a energia transferida quando uma forga age sobre um sistema ao longo de uma distancia. Em termodinamica, 0 conceito de trabalho é uma extensao natural do conceito de trabalho na mec4nica , sendo representado na Eq. 4 pela integral da forca atuante ao longo da distancia do estado 1 a um estado 2: (Eq. 4) Em termodinamica, essa relagdo é fundamental para descrevermos os processos na expansdo ou compressdo de um gas, por exemplo, ou o alongamento, sob efeito da transferéncia de calor, na deformagao de uma barra ou viga metalica . Mais adiante, veremos a extensao dessa integral para incluir as relagdes de trabalho com a pressao e a variagao de volume. Assim, temos que o trabalho termodinamico se refere a um fendmeno de fronteira, ou seja, que passa a existir ao cruzar as fronteiras de um sistema, padronizado internacionalmente com a unidade de energia quilojoule (kJ), a mesma que usamos para 0 calor. Podemos ampliar as definigdes sobre trabalho no escopo da termodinamica ao considerar que, assim como 0 calor, o trabalho representa uma interagao de energia entre um sistema e sua vizinhanga. Dessa forma, por um critério de exclusao, podemos dizer que, se a energia que cruza a fronteira de um sistema fechado nao é calor, logo ela deve estar na forma de trabalho (MORAN et al ., 2018). Assim como no caso do calor, podemos utilizar uma convengao de sinais para descrever em que direcdo é dada a interacdo de energia por trabalho. Neste caso, convencionamos que 0 trabalho realizado pelo sistema sobre as vizinhangas € positivo W> 0 e o trabalho realizado sobre o sistema pelas nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 12148 2eri2r2022 2048 E-book vizinhangas é negativo W < 0. Cabe observar que a convengao de sinais para a transferéncia de calor é justamente o inverso daquela adotada para o trabalho. Indicaremos esses sentidos de entrada ou saida de energia por setas, indicando as diregdes da transferéncia de energia no sistema, conforme ilustrado na Figura 2.2. Vizinhanga Sistema Figura 2.2 - Convengao formal de sinais para os sentidos de entrada e saida de calor e trabalho Fonte: Adaptada de Cengel e Boles (2013). #PraCegoVer : a imagem ilustra um sistema, representado por um retangulo, com interior pontilhado na cor rosa, escrito no centro do retangulo “Sistema”. Acima, do lado de fora do retangulo, esta escrito “Vizinhanga”. No lado esquerdo, ha duas retas, uma apontando para dentro do sistema e indicando “Calor de entrada” e outra que aponta para fora e indica “Calor de saida”. Abaixo, outras duas setas indicam “Trabalho de entrada” e “Trabalho de saida”, apontando para dentro e para fora do sistema, respectivamente. Perceba que, enquanto a transferéncia de calor para um sistema é tida como. positivo, o trabalho sé sera positivo quando realizado por um sistema, ao passo que a transferéncia de calor a partir de um sistema e o trabalho realizado sobre um sistema sao negativos. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 948 2eri2r2022 2048 E-book Na termodinamica aplicada aos problemas de engenharia, uma das preocupagées frequentes é a forma como dispositivos — dentre os quais podemos citar os motores de combustao interna e turbinas — convertem energia em trabalho util. Segundo Moran et al . (2018), existem varias maneiras diferentes de realizar trabalho, contudo, em diversos problemas praticos, o trabalho mecanico acaba por ser a Unica forma de trabalho envolvida, sendo associado ao movimento do sistema (de fronteira ou como um todo). Teste seus Conhecimentos (Atividade nado pontuada) Leia o trecho a seguir: “As formas de energia que constituem a energia total de um sistema podem estar contidas ou armazenadas em um sistema e, portanto, podem ser vistas como formas estaticas de energia. Os tipos de energia nao armazenados em um sistema podem ser visualizados como formas dinamicas de energia ou como interacées de energia. As formas dinamicas de energia sao identificadas na fronteira do sistema 4 medida que a atravessam e representam a energia ganha ou perdida por um sistema durante um processo”. CENGEL, Y. A.; BOLES, M. Termodinamica . 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. p.13. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 4140 2511212022 20:48 E-book Considerando as informagées sobre as interagdes de energia em sistemas termodinamicos, é correto afirmar que: O a) O trabalho nao constitui uma forma de interacado de energia em um sistema fechado, mas somente em sistemas isolados. O b) As duas unicas formas de interacao de energia associadas a um sistema fechado sao por transferéncia de calor e de trabalho. O c)Atransferéncia de calor é uma interacao de energia que somente pode ser visualizada em sistemas abertos. O d) As energias cinética e elétrica sao duas formas de interagdo de energia associadas a um sistema fechado. © e)Aenergia pode cruzar as fronteiras de um sistema fechado por interagdes como energia potencial e energia mecanica. Variagdo da energia e calor especifico htlps:fcodely-tmu-contents3.amazonaws.conMoodle/EAD/ConteudolENG_TERMOD_21Vunidade_2lebooklindex html ?radirect=1 15108 2eri2r2022 2048 E-book Prezado(a) estudante, podemos expressar o principio de conservagao da energia de uma maneira bem genérica e pratica, em que a variagao liquida da quantidade de energia contida no sistema durante um processo é igual a diferenga entre a quantidade de energia transferida para dentro do sistema por calor e a quantidade de energia transferida para fora do sistema por trabalho durante o intervalo de tempo considerado. Dessa forma, o balango de energia se aplica a todo tipo de sistema que passa por qualquer tipo de processo e pode ser descrito pela Eq. 5: AE = Ey EF, = Boy sai (Eq. 5) ou, de forma equivalente: AE=Q0-W (Eq. 6) Como a energia 6 uma propriedade do sistema, s omente haverd variagao da energia de um sistema se houver mudanga no estado do sistema . Na auséncia de outros efeitos de natureza nao mecanica, que relacione outras formas de energia (nuclear, elétrica e magnética, por exemplo), a variagdo de energia total de um sistema durante um processo sera dada pela soma das variagdes de uma ou mais formas macroscépicas de energia, como a energia interna, cinética e potencial gravitacional, ou seja: AE = AU+ AEC+ AEP = O- W (Eq. 7) Em situagdes praticas, a maioria dos sistemas serio tratados como estaciondrios. Dessa forma, nao consideramos, nesses sistemas, qualquer variagao de velocidade ou de altura durante um processo, ou seja, nao existirao contribuig6es por variagdo das energias cinética e potencial gravitacional. Assim, a relagao proposta na Eq. 7 torna-se: nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 648 2eri2r2022 2048 E-book AE = E,~ E, = AU (Eq. 8) ou, de modo similar: AU=0-W (Eq. 9) Nesse ponto, é crucial relembrarmos a importancia das convengées de sinais definidas anteriormente para a transferéncia de energia por calor ou trabalho. Fonte: weltreisendertj / 123RF. De acordo com Moran et al . (2018), um sinal negative aparece antes do trabalho W porque a transferéncia de energia por meio de trabalho para as vizinhangas ¢ considerada negativa, enquanto um sinal positivo aparece antes de Q pois a transferéncia de energia por calor ocorre da vizinhanga para o sistema. A partir daqui, estamos aptos para analisar o conceito da variagao de energia aplicada a sistemas fechados. Vejamos, a seguir, a primeira lei da termodinamica aplicada aos sistemas fechados, na qual discutiremos um pouco as equagées do balanco de energia em sistemas ciclicos. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 Tie 2511212022 20:48 E-book A primeira lei da termodinadmica para para sistemas fechados Caro(a) estudante, conforme jé discutimos aqui, os processos pelos quais um sistema passa de um estado de equilibrio a outro foram estudados e analisados inicialmente por Joule no inicio do século XIX, e as conclusées foram interessantissimas para este nosso debate. Com isso, foi possivel deduzir que o trabalho liquido realizado em um sistema fechado, passando por um processo adiabatico entre dois estados dados, depende somente dos estados inicial e final, e ndo dos detalhes do processo ou da natureza do sistema fechado. https:fcodely-fmu-contents3.amazonaws. conv Moodle/EAD/ConteudolENG_TERMOD_21Vunidade_2lebooklindex html ?radirect=1 18148 2eri2r2022 2048 E-book ndo, entao, um 1a adiabatico, o valor do tr ) liquido deve de tados inicial e istema e, portanto, IS 2 €, portanto, Esse é 0 preceito que anunciamos como principio de conservagao da energia, © qual iremos interpretar aqui como o conceito-chave da primeira lei da termodinamica. Mudangas de estado em um sistema Para ilustrar esse método, vamos imaginar, por exemplo, que estamos aquecendo certa quantidade de agua para fazer um café. Ao fornecermos energia — por meio de um fogao, por exemplo — para 0 recipiente no qual a Agua esta, certamente a energia média das moléculas de agua aumentara como resultado dessa transferéncia de energia. Se desprezarmos qualquer transferéncia de massa decorrente da evaporacao do liquido, o aumento da energia total da agua certamente sera igual 4 quantidade de calor transferido. Dessa forma, se 10 kJ de calor forem transferidos do queimador do fogao para a agua durante o processo de aquecimento, logo o aumento de energia do sistema também sera igual a 10 kJ. Agora, se cerca de 20 kJ de calor forem transferidos para a agua durante esse processo, e 5 kJ se perderem para o ar ambiente (o que de fato ocorre em processos de aquecimento nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 s948 2eri2r2022 2048 E-book reais), logo o aumento de energia sera igual ao calor liquido transferido para a agua - neste caso, 15 kJ. Perceba que todos esses processos tém a ver com o balanco energético a partir das formas de energia que agem no sistema. Algo similar acontece com 0 ar quando ele 6 comprimido, fazendo com que a temperatura do ar se eleve devido a energia transferida na forma de trabalho de fronteira. Assim, podemos afirmar que, quando nao hé transferéncia de calor (Q = 0), a totalidade do trabalho de fronteira fica armazenado no ar como parte de sua energia total. Para isso, conforme afirmam Cengel e Boles (2013), o principio de conservagdo da energia demanda que o aumento da energia do sistema seja igual ao trabalho de fronteira realizado sobre o sistema. Andlise da energia em sistemas fechados A partir desse ponto, j4 estamos aptos a discutir alguns aspectos da aplicagao da equagao de conservagao de energia para os sistemas fechados , que ndo envolvem fluxo de massa por meio das suas fronteiras. De acordo com o que definimos anteriormente, sabemos que o trabalho é uma funcao da trajetoria do processo e, para a sua determinagao, dependemos apenas do conhecimento prévio dos estados inicial e final do processo. Para ilustrar essa situagao, podemos citar uma forma de trabalho mecanico frequentemente encontrada em situa¢ées praticas, como nos processos de admissao que ocorrem em motores de automéveis, associada a expans4o ou compressao de um gas em um arranjo cilindro-pistdo (Figura 2.3). Esse € 0 preceito que anunciamos como principio de conservagao da energia, © qual iremos interpretar aqui como o conceito-chave da primeira lei da termodinamica. Mudangas de estado em um sistema nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 20148 2eri2r2022 2048 E-book Para ilustrar esse método, vamos imaginar, por exemplo, que estamos aquecendo certa quantidade de agua para fazer um café. Ao fornecermos energia — por meio de um fogao, por exemplo — para 0 recipiente no qual a agua esta, certamente a energia média das moléculas de agua aumentara como resultado dessa transferéncia de energia. Se desprezarmos qualquer transferéncia de massa decorrente da evaporagao do liquido, o aumento da energia total da Agua certamente sera igual 4 quantidade de calor transferido. Dessa forma, se 10 kJ de calor forem transferidos do queimador do fogao para a agua durante o processo de aquecimento, logo o aumento de energia do sistema também sera igual a 10 kJ. Agora, se cerca de 20 kJ de calor forem transferidos para a agua durante esse processo, e 5 kJ se perderem para o ar ambiente (0 que de fato ocorre em processos de aquecimento reais), logo o aumento de energia sera igual ao calor liquido transferido para a gua - neste caso, 15 kJ. Perceba que todos esses processos tém a ver com o balango energético a partir das formas de energia que agem no sistema. Algo similar acontece com o ar quando ele é comprimido, fazendo com que a temperatura do ar se eleve devido a energia transferida na forma de trabalho de fronteira. Assim, podemos afirmar que, quando nao ha transferéncia de calor (0 = 0), a totalidade do trabalho de fronteira fica armazenado no ar como parte de sua energia total. Para isso, conforme afirmam Gengel e Boles (2013), o principio de conservagao da energia demanda que o aumento da energia do sistema seja igual ao trabalho de fronteira realizado sobre o sistema. Andlise da energia em sistemas fechados A partir desse ponto, ja4 estamos aptos a discutir alguns aspectos da aplicagao da equagao de conservagao de energia para os sistemas fechados , que nao envolvem fluxo de massa por meio das suas fronteiras. De acordo com o que definimos anteriormente, sabemos que o trabalho é uma fungao nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 248 2eri2r2022 2048 E-book da trajetoria do processo e, para a sua determinagao, dependemos apenas do conhecimento prévio dos estados inicial e final do processo. Para ilustrar essa situa¢&o, podemos citar uma forma de trabalho mecanico frequentemente encontrada em situagées praticas, como nos processos de admissdo que ocorrem em motores de automéveis, associada a expansdo ou compress&o de um gas em um arranjo cilindro-pistao (Figura 2.3). Figura 2.3 - Ilustragao de um sistema pistao-cilindro (vista lateral) em um motor automotivo Fonte: Teerawut Masawat / 123RF. #PraCegoVer : a imagem apresenta uma fotografia colorida em que ha quatro pist6es metalicos na cor cinza, com fundo de cor acobreada, em um corte lateral de um motor automotivo, durante um processo de expansdo e compressdo do fluido de trabalho. Repare que, durante esse processo, parte da fronteira (a superficie interna do pistao) se movimenta para cima ou para baixo, realizando um trabalho de expansdo e compressao, geralmente chamado de trabalho de fronteira movel ou, simplesmente, trabalho de fronteira. Ocorre que, em processos reais de motores ou compressores, os estados pelos quais 0 sistema passa durante o processo nao podem ser especificados por uma andlise direta, uma vez que 0 nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 248 2eri2r2022 2048 E-book pistao se movimenta muito rapidamente devido aos processos pelos quais passam os gases de combustao, dificultando a manutengdo em equilibrio do gas confinado ao sistema. Devido a essa dificuldade, muitas vezes, é util analisarmos o trabalho de fronteira em um processo no qual o sistema tende a permanecer aproximadamente em equilibrio durante todo o tempo, o que chamamos de processo quase estatico ou processo de quase equilibrio. Para isso, vamos considerar 0 gas do arranjo pistao-cilindro confinado, quando este se desloca por uma distancia infinitesimal ds em quase-equilibrio por agdo de uma forga F. Dessa forma, o trabalho diferencial realizado durante o processo sera proporcional a pressdo sobre o gas: OW = Fds = pAds > 6W= pdV (Eq. 10) em que p representa a press&o inicial do gas, A é a area da seco transversal do pistao e dV é a variagao infinitesimal no volume do sistema Como consequéncia da relagdo mostrada na Eq. 10, 0 trabalho de fronteira total realizado é obtido pela soma dos incrementos diferenciais de trabalho do estado inicial até o final, isto é: 2 W=|pav 1 (Eq. 11) Para um sistema fechado executando um ciclo, os estados inicial e final sao idénticos, como podemos observar no ciclo de um refrigerador, ilustrado na Figura 2.4. As setas indicam o percurso dos processos de expansao ou compressao do gas refrigerante no interior do cilindro. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 28 2eri2r2022 2048 E-book Ve We we we Descarga Figura 2.4 - Ciclo termodinamico ocorrendo no interior de um compressor de refrigerador Fonte: Aguiar e Ribatski (2015, p. 32). #PraCegoVer : na ilustragdo, temos um diagrama de pressdo em fungao do volume em um compressor de refrigerador. No diagrama, setas nas cores vermelha, azul e verde indicam o sentido do processo de expansdo e compressao do fluido refrigerante. Abaixo do grafico, uma ilustragdo de um pistao-cilindro indica “aspiragao” e “descarga” para os dois processos. Observando que em um sistema fechado nao existe fluxo de massa por meio de suas fronteiras, o balanco de energia em um ciclo pode ser expresso pela relagéo AE = E,—£, = 0, uma vez que toda energia que entra em um ciclo deve ser igual a porgao de energia produzida no ciclo. Adicionalmente, podemos avaliar que havendo interagées entre calor e trabalho , o trabalho liquido produzido pelo ciclo é igual ao calor liquido que entra, ou seja: Wsai ~ Qenr nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 2448 2eri2r2022 2048 E-book Para saber mais sobre o desenvolvimento de um modelo numérico para simulagaio de ciclos de compressao a vapor em refrigeradores domésticos, leia o material a seguir, produzido por Gustavo Matana Aguiar e Gherhardt Ribatski: https:/bit.ly/3fXx7D2 Eficiéncia térmica A andlise do desempenho de sistemas, sobretudo em sistemas que percorrem ciclos , é fundamental para fornecer estimativas em diversos aspectos praticos de geracao de energia, como na propulsdo de veiculos e nos sistemas de refrigeragado. Sabemos que, em todo ciclo, as propriedades do inicio do processo devem ser as mesmas do inicio, ou seja, apos percorrer um ciclo, o sistema esta apto a realizar novamente todos os processos de forma continua: realizar novamente todos os processos de forma continua. Dessa forma, em processos de ciclos utilizados para produgao energética (chamados de ciclos de poténcia), 0 desempenho do sistema pode ser descrito com base em uma parte da energia adicionada por calor, o que chamamos aqui de Q,,,, que € utilizada na produgao de trabalho liquido na saida, e que podemos chamar de W,,, 0U Wejeiy- energia de calor para trabalho é chamada de eficiéncia térmica 7 e relacionada por meio da Eq. 12: Essa taxa de conversdo de W. ciclo Qen ” nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 2548 2eri2r2022 2048 E-book (Eq. 12) em que o trabalho liquido sera sempre igual a transferéncia liquida de calor para o ciclo, ou seja: W cicto = Qem ~ Qsai (Eq. 13) Relacionando a Eq. 13 na Eq. 12, temos que: Gon Qoai_— Qa n (Eq. 14) Como a energia se conserva, observamos que a eficiéncia térmica jamais pode ser maior do que a unidade, que representa a conversao energética total de calor em trabalho. No entanto, da experiéncia com ciclos de poténcia reais, é facil perceber que o valor da eficiéncia térmica nunca chega a 100%, sendo sempre menor do que a unidade, o que nos permite afirmar que nem toda a energia adicionada ao sistema por transferéncia de calor é convertida em trabalh sempre é rejeitada para o meio de menor temperatura por transferéncia de calor. Como exemplo, tomemos um ar-condicionado que indique em seu rétulo uma eficiéncia mecanica de 95% . Essa informagao acusa que 5% da energia mecanica fornecida para o dispositivo foi perdida para o meio de alguma forma, podendo, por exemplo, ter sido convertida em energia térmica como resultado de um processo de aquecimento por atrito dos seus componentes. ; uma parte Vamos considerar agora um tipo de ciclo bastante Util em termodinamica: o ciclo de refrigeragao. De modo geral, 0 objetivo de um ciclo de refrigeragao é reduzir a temperatura de um espago refrigerado ou manter a temperatura do interior de uma residéncia, por exemplo, abaixo da temperatura ambiente. Nesse tipo de ciclo, as quantidades de energia transferida por calor do corpo nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 26148 2eri2r2022 2048 E-book frio para o sistema que percorre o ciclo (Q,,,) € a energia descarregada por transferéncia de calor do sistema para o corpo quente (Qi estio relacionadas entre si pelo balango de energia, no qual o trabalho liquido do ciclo é sempre positivo e descrito por: W cicto = Qsai~ Qenp COM Ogi > Qent (Eq. 15) Sendo assim, o desempenho de um ciclo de refrigeragéo pode ser descrito como a razéo entre a quantidade de energia (Q,,,) recebida pelo sistema e 0 trabalho liquido W,;,,, realizado sobre o sistema. Dessa forma, 0 coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeragao é calculado como: Sent Sent Won ot? = Dra Oom (Eq. 16) De acordo com Moran et al. (2018), para um refrigerador doméstico , por exemplo, 0 compartimento interno age como o corpo frio e o ar ambiente em torno do refrigerador como o corpo quente. Desse modo, a energia de entrada (Gens) Passa dos alimentos e demais itens do compartimento interno para 0 fluido de refrigeragao circulante. A parcela de energia (2 6 descarregada a partir do fluido de refrigeragao para o ambiente no qual o refrigerador esta localizado. Dessa forma, o trabalho W.,,.;, € normalmente fornecido sob a forma de eletricidade para alimentar o motor que aciona o refrigerador. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 2748 2eri2r2022 2048 E-book Teste seus Conhecimentos (Atividade ndo pontuada) O rendimento de um processo é um dos termos mais utilizados na termodinamica e indica 0 grau de sucesso com o qual uma transferéncia ou conversdo de energia é realizada. Em geral, a eficiéncia de sistemas de aquecimento de prédios residenciais e comerciais é expressa com base na eficiéncia da utilizaco anual de combustivel, que leva em conta os pardmetros de combustdo, bem como perdas de calor para areas nao aquecidas, perdas de partida e parada dos sistemas. GENGEL, Y. A.; BOLES, M. Termodinamica . 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. Considerando as informacées sobre eficiéncia térmica e energética, assinale a afirmativa correta. O a) O limite minimo de 20% corresponde a conversdo de toda a energia elétrica ou mecanica fornecida em energia térmica. O b) Aeficiéncia de um refrigerador é definida como a razéo entre o aumento de energia mecanica do fluido e a entrada de energia pelo trabalho de refrigeragao. O c) Uma eficiéncia de conversdo maior que 100% indica que parte da energia mecanica foi convertida em energia térmica. O d) Aeficiéncia mecanica de um dispositivo ou processo é definida como a razao entre a energia mecanica de saida e a energia mecanica de entrada. © e) Para dispositivos ideais que operam entre dois estados de um ciclo, o rendimento mecAnico resulta em valores entre 1 e 2. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 a8 2eri2r2022 2048 E-book Prezado(a) estudante, neste tdpico, falaremos sobre algumas propriedades e formas de descrever interagdes de substancias puras . Conforme abordamos anteriormente, uma substancia é chamada de pura se apresentar a mesma composi¢ao quimica em toda extensdo de seu volume, independente dessa substancia ser monofdsica ou multifasica. Nesse sentido, os gases ideais podem ser tomados como substancias puras, uma vez que exibem, em geral, © mesmo comportamento durante transigées de fase ou processos de transferéncia de energia. Como discutimos, existem essencialmente trés estados globais que uma substancia pura pode experimentar em determinadas condigdes de temperatura e pressao: os estados solido, liquido e gasoso. Contudo, dentre esses processos transitérios, essas substancias passam por alguns eventos que ocorrem no limiar da mudanga de fase de uma substancia pura. Estudaremos, a partir daqui, esses estados. Equagées de estado nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 20148 2eri2r2022 2048 E-book Estudamos anteriormente que o trabalho termodinamico é diretamente dependente da variagao do volume em um processo de expansdéo ou compressao de um fluido em um sistema fechado. Dessa forma, podemos avaliar que, em um processo isométrico (a volume constante), o trabalho de fronteira sera: w= [pav=9(V)- vy, 1 (Eq. 17) uma vez que em um processo a volume constante AV = V,— V, Isso indica que, em um processo isométrico , nenhum trabalho é produzido nas fronteiras do sistema, ou seja, o trabalho de fronteira realizado durante um processo a volume constante é sempre zero. Se considerarmos agora um processo isobarico de expansao em um sistema pistao-cilindro , a pressdo deve ser mantida constante em um valor inicial e o trabalho podera ser calculado pela variagao dos volumes entre os dois estados. Isso nos fornece como resultado a integral da Eq. 18: ) 2 2 y= |p av = Jpg aV pf Y2- 1 1 (Eq. 18) Agora discutiremos a relagdo para um processo isotérmico, no qual podemos considerar um arranjo em que um gas esteja sendo comprimido em um processo quase-estatico. Sendo o gas ideal, o comportamento desse fluido pode ser modelado segundo a equagiio de estado do gas ideal a temperatura constante, representado por: m1 7 pV = mRT, ou p = — (Eq. 19) nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 30148 2eri2r2022 2048 E-book em que m representa a massa molar da substancia e R é a constante universal dos gases perfeitos. Substituindo a relagao da Eq. 19 na integral do trabalho, temos que: 2 2mRT, Lay W= [pay = [av = mRrg[ = mar, >W=p,V, | 1 1 1 Na relagdo da Eq. 20, 0 produto p,V, pode ser substituido por pV, ou mRTy De forma semelhante, a razao V,/V, pode também ser substituida por p,/p>, ja que, para um gas ideal, vale a relagéo p, V\/T,=p,V,/T, entre as (Eq. 20) propriedades em dois estados diferentes. Embora os processos idealizados sejam mais faceis de analisar em um regime quase-estatico, em processos reais de expansdo e compressdo de gases, a pressdo e o volume costumam ser relacionados por meio da equacéo de um processo politrépico, em que p/”=C, sendo n e C constantes. Associando essa equagao do processo politrépico de quase-equilibrio para calcular o trabalho de fronteira de um gas ideal, temos 2 Vy—pV mR(T, - T, we-fey-nqy= 2 PU ae oy me) a ) 1 (Eq. 21) Aqui cabe fazer a restri¢ao de que n # | ao retratarmos um processo real, ja que no caso em que n=1 nos processos envolvendo gases ideais, 0 resultado da integral é equivalente a relagao do processo isotérmico discutido na Eq. 19. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 3148 2eri2r2022 2048 E-book VAMOS PRATICAR Vamos analisar agora um processo quase- estatico de compressfo de um gas num dispositivo confinado, por meio da andlise da relagdo linear de variagéo da pressdo com o volume. Considere, entéo, um gas com volume inicial de 0,45 m? sendo comprimido até alcangar um volume final de 0,15 m°. Sabe-se que, durante o processo de quase-equilibrio, a pressdo varia com o volume de acordo com a relagao p = aV + b em que a= -1500 kPa/m? e b= 730 kPa. Agora precisamos calcular o trabalho realizado durante esse processo. Como poderemos fazer isso? Utilizando as tabelas de propriedades termodindmicas Segundo Gengel e Boles (2013), existem diversas situagdes prdticas nas quais duas fases de uma substancia pura podem coexistir em equilibrio. A Agua, por exemplo, pode existir como uma mistura de liquido e vapor na caldeira de uma usina termoelétrica, enquanto um fluido refrigerante passa de liquido para vapor no congelador de um refrigerador. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 248 2eri2r2022 2048 E-book Vamos ilustrar esses processos na Figura 2.5 entre os estados de liquido e vapor da agua. | Vapor d'agua Agua liquida (eer (a) (b) (c) Vapor d'égua Figura 2.5 - llustragao de uma transformagao liquido-vapor para a dgua a pressdo constante Fonte: Adaptada de Moran et al. (2078). #PraCegoVer : a figura ilustra trés sistemas cilindro-émbolo. Na primeira figura, indicada pela letra a, o émbolo esta em uma posi¢ao inferior, na qual, confinado ao cilindro, indica-se “Agua liquida”. Na segunda figura, indicada pela letra b, o émbolo encontra-se em uma posi¢ao acima da primeira, na qual, no seu interior, lé-se duas fases separadas: vapor d’dgua e Agua liquida. Na terceira figura, indicada pela letra c, o émbolo se encontra na maior posi¢ao possivel e, no interior do cilindro, lé-se vapor d’agua. Agora, vamos conhecer mais sobre os processos de mudanga de fase para substancias puras. Vem comigo! Leia atentamente as informagées apresentadas na sequéncia. Clique no (+) das abas a seguir para visualizar o contetido: 1. Liquido comprii ido: vamos considerar um arranjo pistao-cilindro contendo agua no estado liquido a uma presso local de 1 atm. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 a4 2eri2r2022 2048 E-book Dizemos que a agua, nessas condic¢ées, esta na fase liquida e é chamada de liquido comprimido ou liquido sub-resfriado, devido ao fato dessa substancia nao estar pronta ou nao apta para se converter em vapor. . Liquido saturado: a medida que continuamos cedendo calor ao sistema, a agua liquida se expande e seu volume especifico aumenta. De acordo com Gengel e Boles (2013), quando a temperatura da substancia liquida alcanga o ponto de ebuli¢ao, qualquer adi¢ao de calor fara com que o liquido se torne vapor. Nesse ponto, a transformagao de fase esta prestes a ocorrer e chamamos 0 liquido pronto para se vaporizar de liquido saturado. . Vapor saturado: apos 0 inicio da ebuli¢ao, a temperatura para de subir até que o liquido se converta inteiramente em vapor. Neste ponto, todo o cilindro esta cheio de vapor no limite com a fase N o liquida — chamado de vapor saturado —, 0 que indica que qualquer perda de calor por parte desse vapor fara com que parte dele se condense. 4. Vapor superaquecido: apdés a conclusdo do processo de mudanga de fase, voltamos novamente a uma regido de Unica fase (vapor), e qualquer transferéncia de calor para o vapor resulta em um aumento tanto de temperatura quanto de volume especifico (MORAN et al ., 2018). Neste ponto, a temperatura do vapor esta acima do valor de saturagao (100 °C a 1 atm), de modo que, se removermos parte do calor do vapor, a temperatura poderd cair um pouco, mas nenhuma condensagao ocorrera desde que a temperatura seja mantida acima dos 100 °C. Podemos dizer entao que um vapor que nao esta pronto para se condensar é chamado de vapor superaquecido. As misturas bifasicas liquido-vapor intermediarias podem ser distinguidas entre si pelo titulo x, uma propriedade que relaciona, por meio de uma raz4o, a nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 348 2eri2r2022 2048 E-book massa de vapor presente e a massa total da mistura. Matematicamente, temos que: ™ vapor x ™ liquido * ™ vapor O valor do titulo varia de zero até a unidade, mas pode ser escrito também em porcentagem. Veja que, para estados de liquido saturado, em que nado ha fase vapor presente, o valor do titulo deve ser igual a zero (x = 0), e, para estados de vapor saturado, em que nao hé fase liquida presente, este valor tende a ser igual a um (x = 1, 0). Diagramas de propriedades Na maioria dos casos praticos, é muito mais facil estudar e entender as variagdes das propriedades durante os processos de mudanga de fase com 0 auxilio dos diagramas de propriedades. Nas secdes a seguir, buscaremos desenvolver e analisar os diagramas temperatura-volume especifico (T- v) e pressdo-volume especifico (p — v) das substancias puras. 2.4.3.1. Superficie p-v-T Iniciemos o estudo das substancias puras compressiveis e suas relagdes com as propriedades basicas, como pressdo, temperatura e volume especifico. Vamos analisar, aqui, 0 grafico resultante da fungdo p = p(T, v), uma vez que temperatura e volume especifico podem ser considerados como. propriedades independentes. Na Figura 2.6, ilustramos o grafico dessa fungaéo, chamado de superficie p-v-—T, de uma substancia compressivel comum que contrai durante o processo de solidificagao. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 36148 2eri2r2022 2048 E-book Linha de presse Pressio Figura 2.6 - Superficie p-v-T de uma substancia que contrai durante solidificagao Fonte: Adaptada de Moran et al. (2018) #PraCegoVer : a figura ilustra uma representacao de uma superficie pressao versus volume especifico versus temperatura. Duas regides de uma Unica fase, mostradas na esquerda e direita, respectivamente, sao os estados sdlido e vapor. A fase liquida é mostrada um pouco acima. Entre as fases sdlida e liquida, ha uma faixa em que se esta escrito “Sdlido-liquido”, assim como entre os estados s6lido e vapor, ha uma regiao chamada “Sdlido-vapor”. O ponto critico é mostrado acima da linha de pressdo constante, separando 0 limiar dos estagios liquido e vapor. Perceba que as coordenadas de um ponto qualquer na superficie p-v-T representam os valores que a press&o, 0 volume especifico e a temperatura assumem quando a substancia se encontra em equilibrio. No grafico, podemos ver claramente as trés regides principais: sdlida, liquida e vapor, em que, no interior dessas regides o estado pode ser determinado por qualquer das trés propriedades. De modo intermediario, temos as regides bifasicas, em que observamos duas fases coexistindo em pleno equilibrio: as regiées s6lido-liquido, liquido-vapor e s6lido-liqui nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 3648 2eri2r2022 2048 E-book Diferente das regides monofasicas, nas quais todas as propriedades sao independentes, nessas regides mistas, pressdo e temperatura nao sao independentes, ou seja, nao é possivel que se conhega 0 estado apenas pela temperatura e pressao. Neste diagrama tridimensional , os pontos em que as trés fases coexistem em equilibrio podem ser interligados pela linha chamada de linha tripla. Sabemos que toda mudanga de fase inicia em um estado chamado de estado de saturagdo, separado pelos estados de liquido saturado e vapor saturado. O ponto no qual essas linhas limites se encontram é chamado de ponto critico, que, associado a temperatura correspondente (temperatura critica), nos dé a informagao da maxima temperatura, na qual as fases liquida e de vapor podem coexistir em equilibrio. As projegdes bidimensionais da superficie p-v- T que ilustram as regides de linha tripla e ponto critico podem ser vistas na Figura 2.7. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 748 2eri2r2022 2048 E-book Ponto ertieo Liquide Sélido Ponto ritico : eau ‘ease v it = TT, en 7 5 a . ome ee 7 = Temperatura Volume especifico Pressdo Pressao. Figura 2.7 - Diagrama de fases pressao-temperatura e diagrama pressao- volume especifico Fonte: Adaptada de Moran et al. (2018 #PraCegoVer : na ilustragado, sao colocados lado a lado os graficos pressao versus temperatura e pressao versus volume especifico. No grafico p-T, sao destacadas as regides sdlido, liquido e vapor, que se encontram em um ponto. chamado “Ponto triplo”. No grafico p-v, sao mostradas as regides sélido, sdlido- liquido, s6lido vapor, liquido-vapor e vapor. Acima da regiao liquido-vapor, é mostrado o ponto critico. Vamos, agora, fazer as duas projecdes mais importantes do diagrama p-v-T para estudar a dependéncia das propriedades press4o-volume e temperatura- volume. Diagrama T-v Vamos verificar 0 comportamento da temperatura e do volume de uma substancia pura em um processo isobarico de aquecimento , supondo que a substancia seja a agua, e que, confinada num sistema do tipo cilindro-pistao, esteja sob presséo de 1 MPa. Conforme afirmam Cengel e Boles (2013), nessa pressdo, a 4gua tem um volume especifico menor do que a pressao local de 1 atm (equivalente a 0,1 MPa), entao, 4 medida que mais calor for nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 38 2eri2r2022 2048 E-book transferido para a agua nessa pressdo, 0 processo tende a seguir uma trajetoria bastante similar com a trajetoria do processo a pressao local. Contudo, algumas diferengas em T e v podem ser facilmente notadas para pressdes mais elevadas, conforme é possivel avaliar pelo diagrama da Figura 2.8. Observamos, ainda, que “os estados de liquido saturado podem ser ligados por uma linha chamada linha de liquido saturado, e os estados de vapor saturado podem ser ligados por outra linha chamada linha de vapor saturado” (CENGEL; BOLES, 2013, p. 119). Quando unimos essas duas linhas a partir do seu encontro no ponto critico, damos origem ao perfil da curva mostrada no diagrama T-v. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 30148 2eri2r2022 2048 E-book [-— Linha de liquide saturado Lina de vapor saturado~ Volume Figura 2.8 - Diagrama T-v de uma substéncia pura que experimenta compressao ao solidificar Fonte: Adaptada de Borgnakke e Sonntag (2010). #PraCegoVer : na figura, temos um diagrama temperatura versus volume mostrando a linha de liquido saturado e linha de vapor saturado. O ponto BC corresponde a pressao de 0,1 MPa na temperatura de 99,6 °C. O ponto FG corresponde a pressao de 1 MPa na temperatura de 179,9 °C. O ponto JK corresponde a pressdo de 10 MPa na temperatura de 311 °C. Acima, temos a temperatura critica de 374 °C na pressao de 22,09 MPa, ilustrando o ponto critico N. Acima deste, temos o ponto Q, para temperaturas acima da critica a pressdo de 40 MPa. Note ainda que, a medida que a pressdo continua a aumentar, essa linha de saturacdo FG, que conecta os estados de liquido saturado e vapor saturado, continua a encolher, convergindo para o ponto critico em N, no qual os estados de liquido saturado e vapor saturado sao idénticos , quando a pressdo da agua atinge 22,09 MPa. Nesse ponto, temos os valores criticos de temperatura, pressdo e volume especifico, que, para a Agua, sdo iguais a 374,14 °C, 22,09 MPa e 0,003+155 m?/kg, respectivamente. Acima da pressao critica, como na presséo de 40 MPa da linha Q, nao existe um processo identificavel de mudanga de fase e o volume especifico da nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 40148 2eri2r2022 2048 E-book substancia aumenta continuamente. Isso nos faz concluir que a linha divisoria entre os estados liquido e vapor ndo se mantém acima do estado critico, e assim podemos chamar a substancia acima dessa temperatura critica de vapor superaquecido. Diagrama p-v Agora, imaginemos os processos nos quais a pressao varia sob compressao ou extenséo do trabalho mecanico de mudanga no estado de uma substancia. Por isso, vamos avaliar os processos de alteracéo das propriedades da propria 4gua. E do nosso conhecimento que, a medida que a pressdo diminui, 0 volume da agua aumenta ligeiramente. Quando essa pressao atinge o valor de saturacgado a temperatura especificada de 100 °C (0,4762 MPa), a Agua comega a ferver. Observando o diagrama jé demonstrado na Figura 2.8, é possivel notar que, para qualquer temperatura especificada inferior a temperatura critica, a pressdo se mantém constante ao longo de uma transformagio liquido-vapor. Entretanto, de acordo com Moran et al. (2018), para as regides monofasicas de liquido e de vapor, a pressdo diminui em dada temperatura 4 medida que o volume especifico aumenta. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 a4 2511212022 20:48 E-book Material Complementar FILME © menino que descobriu o vento Ano: 2019 Comentario: Neste drama biografico, acompanhamos a histéria de William Kamkwamba, morador de uma aldeia no Malauf, que, com seus conhecimentos praticos no conserto de eletrénicos e pecas antigas, consegue construir um moinho de vento capaz de suprir a necessidade no bombeamento de 4gua para sua vila apés uma terrivel seca que assolou a regiao em meados dos anos 2000. Para conhecer mais sobre o filme, acesse 0 trailer disponivel TRAILER https:fcodely-fmu-contents3.amazonaws. conv Moodle/EAD/ConteudolENG_TERMOD_21Vunidade_2lebooklindex html ?radirect=1 as 2511212022 20:48 E-book LivRo Principios da teoria térmica Leandro Bertoldo Editora: Clube de Autores ISBN: BO8TM7X1NF Comentario: Neste livro, o autor discute algumas das principais relagdes entre calor, trabalho e fluxo de energia, debatendo com diversos exemplos as consequéncias das interagdes de energia e identificando as regras ¢ leis que permitirao ao leitor uma completa compreensao dos fenémenos térmicos. htlps:fcodely-tmu-contents3.amazonaws.conMoodle/EAD/ConteudolENG_TERMOD_21Vunidade_2lebooklindex html ?radirect=1 asia, 2eri2r2022 2048 E-book nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 448 2eri2r2022 2048 E-book Conclusao Caro(a) estudante, neste estudo, conhecemos as duas formas de transferéncia de energia em sistemas fechados: o calor e o trabalho. Vimos que calor e trabalho atuam em conjunto em todo sistema termodinamico, e nao ha como desassocia- los completamente. Nesse sentido, estudamos as equagées que regem o comportamento de sistemas em equilibrio e definimos, por meio da lei de conservacao de energia, a primeira lei da termodinamica aplicada a sistemas adiabaticos. Descrevemos, ainda, o comportamento de sistemas que percorrem processos ciclicos, chegando na importante relagdo entre o trabalho de saida eo calor de entrada no ciclo. Analisamos os parametros de eficiéncia de ciclos ideais € para sistemas mais complexos, como os refrigeradores. Por fim, definimos as principais propriedades das substancias puras ao analisar as principais equagées de estado que descrevem os processos a temperatura, pressdo ou volume constantes. Demonstramos como analisar diagramas de propriedades a partir do estado de uma substancia, abordando as regides particulares entre os estados intermedidrios de liquido-vapor. Referéncias AGUIAR, G. M.; RIBATSKI, G. Desenvolvimento de um modelo numérico para simulagdo de ciclos de compressio a vapor em refrigeradores domésticos operando com R134ae R600a. 2015. Trabalho de Conclusdo de nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 4548 2eri2r2022 2048 E-book Curso (Graduagdo em Engenharia MecAnica) - Universidade de Sao Paulo, S4o Carlos, SP, 2015. Disponivel em: https://bit.ly/3ppafiA . Acesso em: 27 abr. 2021. BERTOLDO, L. Principios da teoria térmica. Joinville: Clube de Autores, 2013. BORGNAKKE, C., SONNTAG, R. E. Fundamentos da termodit Paulo: Bliicher, 2010. mica. 7. ed. Sao GENGEL, Y. A.; BOLES, M. Termodinamica . 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. MORAN, M. J. et al. Principios de termodinamica para engenharia . 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. © MENINO que descobriu o vento. Diregdo de Chiwetel Ejiofor. Reino Unido: Netflix, 2019. (1h 53min). © MENINO que descobriu o vento - Trailer legendado. [S. I: s. n J], 2019. 1 video (2m24s). Publicado pelo canal TrailersBR. Disponivel em: https://youtu.be/OBprnlpM744.. Acesso em: 24 maio 2021. nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 4648 2eri2r2022 2048 E-book nitpsilcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindex himI7rediact=1 4748 2eri2r2022 2048 E-book nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_2/ebooklindox himI7rediract=1 448

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