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TERMODINAMICA ENTROPIA E SEGUNDA LEI DA TERMODINAMICA nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 2/12/2022 20:51 E-book Introdu¢ao Old, prezado(a) estudante! Como vai? Neste material, abordaremos os conceitos por tras da segunda lei da termodinamica e de um importante e fundamental conceito em termodinamica: a entropia . Para isso, comegaremos estudando as irreversibilidades inerentes a todo sistema termodinamico real , de forma a entender como esses parametros se relacionam com a eficiéncia e rendimento de ciclos reais . Definiremos, entdo, a segunda lei a partir de duas importantes interpretagoes: os enunciados de Clausius e de Kelvin-Planck , que analisam o principio de variagao positiva da entropia para dispositivos e mdquinas térmicas. Estudaremos, ainda, as maquinas térmicas , como os refrigeradores e bombas de calor, estudando seus parametros de eficiéncia e suas relagdes com o ciclo de poténcia de Carnot . Faremos, ademais, uma breve comparagao entre ciclos ideais e reais, em que apresentaremos os aspectos que conduzem os ciclos reais a desvios da idealidade. Vamos |4? Bons estudos! nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 2146 2/12/2022 20:51 E-book Caro(a) estudante, a primeira lei da termodinémica evoca o principio de conservagao da energia envolvendo diversos tipos de sistema (fechado ou volume de controle), em que a energia 6 sempre conservada para que o processo possa ocorrer. Concentramos as atengées nos volumes de controle, que so sistemas abertos que permitem fluxo de massa e energia pelas suas fronteiras. Contudo, seré que somente 0 requisito de conservagao da energia € suficiente para garantir a ocorréncia do processo? A resposta que esperamos dar ao longo deste material é: “N&o, nem todo o processo que for consistente com as leis de conservagao energética pode ocorrer”. Para tanto, precisamos entender melhor os sistemas. De acordo com o balango de energia, sabemos que é possivel entender as quantidades de energia efetiva e total trocadas entre dois corpos ou entre um corpo e suas vizinhangas por meio das relagées de calor e trabalho. Estudamos isso desenvolvendo essas relagées para 0 caso dos gases ideais, por exemplo. Ocorre que, caro(a) estudante, embora o balanco de energia seja importante na determinacao das caracteristicas térmicas do sistema , essa ferramenta, por si s6, nado permite indicar o sentido preferencial de um processo ou, até mesmo, diferenciar os processos possiveis daqueles impossiveis de ocorrer. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 3146 2/12/2022 20:51 E-book Dessa forma, precisamos verificar quando a migragao entre dois estados em um processo termodinamico é (ou tende a ser) natural e espontanea ou se, dadas as condigées do problema, determinado processo somente ocorrera de modo forgado. Introdugdo e Aspectos da Segunda Lei A partir desse ponto, prezado(a) estudante, é importante refletirmos sobre o conceito de espontaneidade de um processo. Quando um processo sera ou nao espontaneo? Vocé ja parou para pensar nisso? REFLITA Vocé, certamente, jd se deparou com esse questionamento sobre espontaneidade antes, mesmo que n4o se recorde. Dormir e acordar no dia seguinte, por exemplo, é um processo que ocorre espontaneamente apds uma noite de sono satisfatéria. Por outro lado, acordar em um hordrio predefinido para um compromisso de trabalho, por exemplo, nem sempre ocorre de forma natural, tanto que necessitamos do auxilio de despertadores. £, termodinamicamente falando, vocé consegue imaginar um processo espontaneo atrelado ao nosso dia a dia? nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 4186 2/12/2022 20:51 E-book Prezado(a) estudante, em termodinamica , a espontaneidade de processos pode estar relacionada a transferéncia de energia entre corpos ou entre sistemas. O aquecimento de uma fatia de pao durante o preparo de um sanduiche é um exemplo de processo que envolve transferéncia de energia de um corpo mais aquecido (a frigideira apds ter cessado 0 contato com a chama do fogao, por exemplo) para um corpo menos energético, a fim de se atingir o equilibrio térmico Agora, se quiséssemos executar 0 processo inverso , isso seria possivel? Pode ser um pouco estranho imaginar esse processo no exemplo anterior, mas, se pensarmos em uma instalagao de produgao de energia, veremos que existem dispositivos especificos capazes de restabelecer o ciclo de um sistema ao seu estado inicial, condensando 0 fluido de trabalho que passa pela turbina, de modo a realimentar o sistema. Para isso, sera necessario que © mecanismo tente “forgar” o sistema a voltar as suas caracteristicas anteriores - contra o sentido preferencial do processo espontaneo. De acordo com Moran et al . (2018), alguns processos levam o sistema ao equilibrio em poucos minutos, como um cubo de gelo sobre uma superficie em temperatura ambiente; ja outros podem levar anos, tal qual a corrosao de uma barra de ferro ao se enferrujar completamente. Esses casos simples que discutimos ja deixam claro que processos ocorrem espontaneamente em uma determinada diregdo e precisam ser “forgados” para ocorrerem na direcdo oposta. Essa inadequagao da primeira lei, que nao identifica se um processo pode ou nao ocorrer, é remediada pela introdugao de outro principio geral, denominado segunda lei da termodinamica (CENGEL; BOLES, 2013). Ao utilizar os principios definidos a partir da segunda lei, podemos definir uma série de aplicagées e ferramentas importantes. Uma dessas estratégias é a corregao de um dos aspectos mais limitantes da primeira lei: a previséo do sentido dos processos . Enquanto a primeira lei, geralmente, diz muito mais respeito a quantidade de energia e as transformagées de energia de uma forma para outra, sem levar em consideragao sua qualidade, a segunda lei nos permite avaliar 0 sentido dos nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 5146 2/12/2022 20:51 E-book processos, estabelecer condigées para o equilibrio térmico, além de analisar, quantitativamente, os limites tedricos de desempenho dos ciclos, motores, maquinas térmicas e demais dispositivos de interesse pratico. Os Enunciados de Clausius e de Kelvin- Planck Agora, caro(a) estudante, estudaremos dois enunciados equivalentes da segunda lei, de modo a conferir um “ponto de partida” para as andlises que virao na sequéncia. O enunciado de Kelvin-Planck, relacionado as maquinas térmicas, e o enunciado de Clausius, relacionado a refrigeradores e as bombas de calor , constituem as formulagées tradicionais da segunda lei como as estudamos. Segundo Moran et al . (2018), embora o enunciado de Clausius seja mais proximo a experiéncia cotidiana, a formulagao de Kelvin-Planck confere um modo mais eficaz de apresentar conceitos da segunda lei relacionados aos ciclos termodinamicos. Vejamos, no elemento a seguir, os dois enunciados basicos da segunda lei: 1. Enunciado de Clausius : é impossivel a construgao de um dispositivo que, por si s6, isto é, sem intervengao do meio exterior, consiga transferir calor de um corpo para outro de temperatura mais elevada. 2. Enunciado de Kelvin-Planck : é impossivel para qualquer sistema operar em um ciclo termodinamico e fornecer uma quantidade liquida de trabalho para a sua vizinhanga enquanto recebe energia por transferéncia de calor de uma Unica fonte. Repare que o enunciado de Clausius remete a um ciclo que pode funcionar no sentido inverso da espontaneidade de um processo termodinamico , ou seja, estabelece a possibilidade da criagéo de um dispositivo que transfere nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 6146 2/12/2022 20:51 E-book calor de um meio mais frio para um meio mais quente, procedimento executado pelos refrigeradores e pelas bombas de calor. Por sua vez, no enunciado de Kelvin-Planck , surge a ideia de uma fonte térmica , que aqui podemos chamar de reservatério térmico, sendo um tipo especial de sistema idealizado que sempre permanece a temperatura constante, mesmo que seja adicionada ou removida energia por meio de uma transferéncia de calor. REFLITA Percebeu, caro(a) estudante, a principal diferenga entre os enunciados de Clausius e de Kelvin-Planck? Repare, entéo, que o enunciado de Kelvin-Planck, segundo Moran et al. (2018), nao exclui a possibilidade de um sistema desenvolver trabalho a partir de uma transferéncia de calor extraida de um Unico reservatorio. Ele apenas nega essa possibilidade se o sistema percorrer um ciclo termodinamico. Fonte: Adaptado de Moran et al . (2018). O enunciado de Kelvin-Planck também se liga ao conceito de eficiéncia de uma maquina térmica, seja 0 critério decisivo para se definir os limites de eficiéncia de um dispositivo termodinamico. Uma vez que, mesmo sob condigées ideais, nenhuma maquina térmica pode converter em trabalho util a totalidade de calor que recebe, o enunciado de Kelvin-Planck estabelece nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 7146 2/12/2022 20:51 E-book que nenhuma maquina térmica pode operar de modo a ter uma eficiéncia de 100%. Reversibilidade de Processos Prezado(a) estudante, j4 compreendemos, intuitivamente, 0 conceito de espontaneidade em sistemas , observando os dois enunciados da segunda lei que conferem as bases para o entendimento de mecanismos de interesse pratico. Veremos, agora, como distinguir os processos idealizados dos processos reais por meio de fatores denominados irreversibilidades . De acordo com Gengel e Boles (2013), a existéncia em um sistema de efeitos, como o atrito derivado do contato com uma superficie, tensao de cisalhamento no escoamento de fluidos, expans&o nAo resistida de um gas confinado, reagdes nucleares e termoquimicas, leva a um processo irreversivel. Dessa forma, um processo podera ser chamado de reversivel se tanto o sistema quanto sua vizinhanga estiverem aptos a retornarem aos seus estados iniciais, sem deixar qualquer vestigio no ambiente. Devemos ter o cuidado de ressaltar que se trata de um processo idealizado, que nao ocorre na natureza, servindo como uma mera idealizagdo de um processo real para fins de comparagGes. Por sua vez, um processo irreversivel ocorre se o sistema e todas as partes que compéem sua vizinhanga nao puderem ser restabelecidos exatamente aos seus respectivos estados iniciais apés 0 processo ter ocorrido. Vemos, aqui, que irreversibilidades sao inerentes a qualquer sistema termodinamico real e que todos os processos reais, sejam por ocorréncia natural ou a partir de um dispositivo desenvolvido para um fim especifico, sao, de fato, irreversiveis. nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 2146 2/12/2022 20:51 E-book SAIBA MAIS Agora, caro(a) estudante, vocé se pergunta: mas como podemos entender a segunda lei da termodinamica a partir do conceito de irreversibilidades? Simples: é so pensarmos que manter as coisas organizadas confere mais trabalho do que deixar tudo bagungado e aleatoriamente distribuido. Esse conceito de desordem, aplicado tao vivamente em nosso cotidiano, é o que define as bases da segunda lei e, junto a ela, o termo que da origem a essas irreversibilidades: a entropia. Entéo, para entender a entropia, devemos considerar o caos tedrico, consultando o seguinte link: Essas irreversibilidades em sistemas podem aparecer dentro do sistema, chamadas de irreversibilidades internas, ou em suas vizinhangas, as quais denominamos irreversibilidades externas. Essas irreversibilidades, prezado(a) estudante, sao normalmente toleradas nos projetos de engenharia, em algum grau em todo 0 tipo de sistema, muito devido a otimizagao do custo e do tempo que poderia ocorrer nas modificagées do projeto para reduzi-las. nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 9146 2/12/2022 20:51 E-book Teste seus Conhecimentos (Atividade nado pontuada) Enquanto o enunciado de Kelvin-Planck da segunda lei fornece a base tedrica para as aplicagées em engenharia, as implicagées da segunda lei relacionadas a ciclos termodinamicos nao estado limitadas ao caso da transferéncia de calor com um Unico reservatério térmico, Sistemas que percorrem ciclos enquanto interagem termicamente com dois reservatérios térmicos podem, também, ser considerados a partir do ponto de vista da segunda lei, fornecendo alguns resultados com importantes aplicacoes. MORAN, M. J. et a/ . Principios de termodinamica para engenharia . 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. Sobre as aplicagdes da segunda lei para os ciclos, assinale a alternativa correta. O a) O trabalho pode ser convertido em calor de forma direta e completa, mas a conversdo de calor em trabalho depende de dispositivos especiais. O b) As maquinas térmicas permitem a conversdo de trabalho em calor de forma automatica, em qualquer temperatura para um ciclo termodinadmico. O ¢) Uma caracteristica das maquinas térmicas é 0 recebimento de calor normalmente a temperaturas de trabalho muito baixas. O d) Os dispositivos especiais de conversdo de trabalho absorvem o calor excedente dos reservatdrios térmicos e operam em ciclos. nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 10146 2/12/2022 20:51 E-book O e) As maquinas térmicas utilizam 0 fluido de trabalho de onde o calor é absorvido para o interior do sistema durante a operacao do ciclo. Agora, prezado(a) estudante, ja podemos entender a segunda lei da termodinamica sob a otica das desigualdades nos processos, isto é, sabemos que entender um sistema com irreversibilidades é 0 principal degrau para definir suas caracteristicas, aplicando-as em ciclos e dispositivos de interesse. Como nos lembra Braga Filho (2020), nao precisamos, até entdo, definir nenhuma nova propriedade para estudar os ciclos termodinamicos, visto que a variagao de toda e qualquer propriedade termodinamica em um ciclo, qualquer ciclo, 6 nula. Contudo, para processos, a situagdo é um pouco diferente, j4 que nem sempre as leis de conservagado podem ser aplicadas. Precisamos definir, assim, uma nova propriedade extensiva que nos ajudara nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 1146 2/12/2022 20:51 E-book no desenvolvimento de relacdes a partir da segunda lei, quando os sistemas Passam por processos que nao sao, necessariamente, ciclos. Para essa importante propriedade, atribuimos a designa¢ao entropia , a qual se pode interpretar como uma medida da desordem molecular ou da aleatoriedade molecular (CENGEL; BOLES, 2013). Essa andlise microscopica de entropia nos ajuda a perceber que a entropia de uma substancia tendera a ser mais alta na fase gasosa, em que as moléculas da substancia nao possuem uma ordem atémica de longo alcance definida, e mais baixa na fase solida, em que as moléculas nado se movem relativamente entre si, considerando que suas posigdes podem ser definidas com maior precisao. O conceito de entropia pode, também, ser observado em outras areas do conhecimento, sempre sendo interpretado como uma medida da desordem (ou desorganiza¢gao) de um sistema. Embora a entropia seja uma propriedade do sistema, a principal diferenga para as propriedades, como massa e energia, esta no fato de que a entropia depende da existéncia de condigdes de irreversibilidades no interior do sistema. Nesse contexto, todavia, a entropia pode ser transferida da mesma maneira que a massa e a energia, por intermédio das fronteiras do sistema. As particularidades incluem os sistemas fechados, em que ha somente uma forma para a transferéncia de entropia, também acompanhando a transferéncia de calor, e os volumes de controle, nos quais a entropia é transferida para dentro e para fora por fluxos de matéria. Uma das consequéncias da segunda lei, a desigualdade de Clausius , fornece-nos outra abordagem centrada na entropia, enunciando que a produgao ou geragao de entropia indica a possibilidade (ou impossibilidade) de um processo existir, podendo ser positiva ou nula, mas nunca negativa. Ao expressar matematicamente, temos: 2 30 $F <0 ou $F = ~ aici (1) nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 12146 2/12/2022 20:51 E-book 6Q representa a quantidade de calor transferido em uma parcela da fronteira do sistema durante uma parte do ciclo; T é a temperatura absoluta nessa parcela da fronteira; e a,,,,, Pode ser associado 4 magnitude da desigualdade. ‘ciclo Podemos avaliar que o valor de o, internas estiverem presentes, nulo quando o sistema nao apresentar irreversibilidades internas e nunca pode ser negativo. ‘ciclo Se positive quando irreversibilidades No caso de um processo internamente reversivel de sistemas que executam 02 . dois ciclos fechados, o termo | apresentara 0 mesmo valor para processos que ocorram entre os estados-limite do sistema. A integral que define ambos os estados representa a variagdo da entropia AS de um sistema durante um processo, ou seja: §(Q)-s-5-50 Como a variagao AS = S,— 5, depende apenas dos estados inicial e final, mas nao do processo, a integral da direita independe da transformagao reversivel seguida, quando o sistema vai do estado 1 ao estado 2. Assim, a variagdo AS € positiva se o calor é absorvido pelo sistema e negativa se for cedido, ja que T>0. Observe, caro(a) estudante, que buscamos relacionar nas equagdes a variagao da entropia em vez da entropia propriamente dita, de forma similar ao que ocorre com a energia quando se pretende definir o balango energético na primeira lei da termodinamica. No contexto dos problemas de engenharia, estaremos muito mais interessados nessas variagées, j4 que dizem respeito a situagao dos sistemas e das possibilidades de os processos existirem ou nao. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 13146 2/12/2022 20:51 E-book lamente, no qual Os dade nos ionando o (em queS 0) como fer ) estado 2 como le no qual a entropia deve No sistema internacional de unidades ; a unidade padrao para a entropia é 0 joule por kelvin (J/K), mas-podemos tliZa? (aitiplos de unidades, como o quilojoule por kelvin (kJ/K). A entropia especifica (por unidade de massa) sera designada por s e sua unidade comum utilizada aqui sera 0 quilojoule por quilograma-kelvin (kJ/kg:K). No sistema inglés, a unidade comum para a entropia é o Btu/°R. Como a entropia é uma propriedade que registra a medida da aleatoriedade de um sistema, a segunda lei estabelece as bases para a criacéo da entropia em um processo. Para isso, precisamos investigar algumas consequéncias das medidas de entropia em processos, analisando a variagaio de entropia em um sistema fechado. Balango de Entropia para Sistemas Fechados Assim como ocorre com a primeira lei da termodinamica , em que definimos © balango de energia nos volumes de controle para incluir os aspectos de transferéncia de energia por fluxo de massa, precisamos, agora, criar uma relagao para a segunda lei que inclua a entropia. Dessa forma, o balango de nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 1486 2/12/2022 20:51 E-book entropia registra a variagdo de entropia que um sistema esta sujeito durante qualquer processo, podendo ser descrito matematicamente por meio da seguinte equacao: Sent ~ Ssai + 8) Ssist = Sent © Soqi S40 OS termos de entrada e saida totais de entropia; « é a entropia total gerada; e AS,,,, € a variacdo total da entropia no sistema. Repare, caro(a) estudante, que, pelos termos dessa equacao, a variagao da entropia de um sistema durante um processo é igual a transferéncia efetiva de entropia por meio da fronteira do sistema mais a entropia gerada dentro do sistema. Observe, ainda, que a variagado da entropia de um sistema sera igual a zero se o estado do sistema nao variar durante o processo. Para um sistema fechado, o balango de entropia descrito na equagao anterior sera: AS yy = Sp Sy 1G) Perceba que essa equac4o ilustra uma forma explicita do balango de entropia, em que os dois termos no lado direito dependem diretamente da natureza do processo e nao podem ser determinados unicamente a partir do conhecimento dos estados-limite do processo (CENGEL; BOLES, 2013). Nesse caso, caro(a) estudante, 0 primeiro termo se refere a transferéncia de entropia associada a transferéncia de calor para o sistema ou a partir do sistema , por meio da integral definida entre os estados inicial e final; o sentido da transferéncia de entropia segue a mesma regra de convengao de sinais aplicada a transferéncia de calor. JA 0 termo o possui relagéo com a produgao ou geragao da entropia no interior do sistema devido a agao das irreversibilidades e ndo depende da natureza do processo, podendo ser positivo, quando existirem irreversibilidades internas no sistema, ou nulo, quando estas nao esto presentes. nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 16146 2/12/2022 20:51 E-book Conforme alertam Moran et al. (2018), ao trabalharmos com o balango de entropia em um sistema fechado, é essencial lembrarmos das restrigdes impostas pela segunda lei, a qual determina que a geragao de entropia tenha valores positivos ou nulos, mas nunca negativos. Portanto, em termos gerais, € possivel afirmar que a entropia de um sistema isolado durante um processo tende sempre a aumentar ou, no caso de um processo reversivel, permanece constante. Ao ter em vista os argumentos similares utilizados no principio de conservagdo da energia, para que um processo ocorra em um sistema isolado, é preciso que a soma da energia do sistema com a da vizinhanga permaneca constante . Nessas condigdes, podemos afirmar que os processos com maior probabilidade de ocorrer em um sistema isolado sao aqueles para os quais AS > 0. Assim: ASisoiado 20 OU ASisotado = Fisotado (5) As duas formas da equagao apresentada estabelece que os processos em um sistema isolado tendem a ocorrer apenas no sentido em que o somatério da entropia do sistema com a da vizinhanga aumenta (MORAN et al ., 2018). Para essa regra , denominamos principio de aumento da entropia , que estabelece o sentido no qual um processo pode evoluir. Ademais, podemos escrever 0 termo de geragao de entropia como a soma das variagdes da entropia do sistema e de sua vizinhanga , ja que, em um sistema isolado, nao ha transferéncia de entropia. Dessa forma, ficamos com: a= AS, Srotal = AS sist + ASyic 20 (6) SAIBA MAIS nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 16146 2/12/2022 20:51 E-book De acordo com Gengel e Boles (2013), podemos concluir que alguma quantidade de entropia é sempre gerada durante um processo, uma vez que nenhum processo real é verdadeiramente reversivel. Assim, cabe lembrar que a desigualdade se aplica aos processos irreversiveis, ou seja, a entropia gerada é, de fato, uma leitura da irreversibilidade de um processo: quanto mais irreversivel for um processo, maior sera a entropia produzida internamente ao sistema. Para entender melhor esse contexto aplicado ao principio de aumento da entropia, consulte 0 seguinte link : Fonte: Adaptado de Gengel e Boles (2013). Pelo que nos informa o principio discutido, caro(a) estudante, em um sistema isolado, a entropia aumenta até atingir um valor maximo e, nesse ponto, define-se um estado de equilibrio do sistema. Isso ocorre em consequéncia, uma vez que “o principio do aumento da entropia proibe o sistema de passar por qualquer mudanga de estado que resulte em uma diminuigao da entropia” (CENGEL; BOLES, 2013, p. 338). Variagdo da Entropia em Substdancias Puras Veremos agora, prezado(a) estudante, como vamos definir as relagdes entre entropia e temperatura , conhecidas como equagées 7dS. Essas relagdes nos nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 746 2ert212022 20351 E-book permitem avaliar aspectos que envolvam a variagao de entropia entre dois estados, a partir de dados de outras propriedades mais facilmente obtidas. Para isso, consideremos um sistema estaciondrio fechado contendo uma substancia pura compressivel. Ao utilizar a relagao da variagao do calor no sistema com a energia interna e trabalho, podemos escrever o balango de energia para 0 processo internamente reversivel como: 6Q = dU+ Ww (7) Mas sabemos que, em um sistema compressivel simples, o trabalho é: OW = pdV (8) Usando a forma diferencial da equagdo 2, apresentada anteriormente, temos: 50 = TdS (9) Ao efetuar substituigdes, obtemos a equagao de Gibbs TdS = dU + pdV (10) Vocé sabia, caro(a) estudante, que, a partir da combinagao das propriedades entalpia 4 e da relagdo Tds, podemos descrever a propriedade chamada de energia livre de Gibbs, que pode ser demonstrada nas substancias puras pela fungao: dG = Vdp + SdT. Para uma mistura, a fungao de Gibbs total é uma fungao de duas propriedades independentes intensivas e uma funcdo da composigao (CENGEL; BOLES, 2013). A segunda relagao envolvendo 7dS requer que eliminemos 0 termo de energia interna dU, 0 que podemos fazer utilizando a relagdo da entalpia H+ pV. Organizando de forma diferencial, verificamos o seguinte: dH = dU + d(pV) = dU + pdV + Vdp ou dU + paV = dH - Vdp (11) Substituindo a equagao 11 na relagdo da equagao 10, temos: TaS = dH - Vdp (12) nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 10146 2/12/2022 20:51 E-book Conforme alertam Gengel e Boles (2013), cabe ressaltar que, embora essas relagdes tenham sido desenvolvidas observando um processo internamente reversivel, os resultados obtidos sao validos para processos reversiveis e irreversiveis. Isso é possivel, porque a entropia é uma propriedade e, portanto, uma vez estabelecido o estado do sistema, o seu valor permanece fixo justamente no sistema. Podemos, ainda, encontrar valores de entropia utilizando as tabelas de propriedades , j4 que, dependendo da complexidade do sistema, torna-se extremamente trabalhoso aplicar as equacgdes de balango, de modo a calcular a entropia de uma substancia a partir de outras propriedades. Assim, os valores da entropia especifica para cada substancia, fornecidos nas tabelas de propriedades termodinamicas, s4o relativos a estados e valores de referéncia ja obtidos empiricamente e devidamente organizados em termos de temperatura e pressdo. Na Figura 4.1, é ilustrado um diagrama de temperatura versus entropia especifica ( Ts ) para o vapor d’dgua, tratado, aqui, como substancia pura. Vejamos: nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 19146 2/12/2022 20:51 E-book 400) 300] Figura 4.1 - Diagrama temperatura-entropia para o vapor d’gua Fonte: Borgnakke e Sonntag (2010, p. 246). #PraCegoVer : a figura ilustra um diagrama temperatura-entropia para a agua, em que os valores de referéncia para liquido saturado e vapor saturado sao estabelecidos a pressdo de 1,55 MPa. Se recorrermos as tabelas de propriedades para a agua liquida, podemos observar que, a 0,01 °C e pressdo de 0,6113 kPa, o fluido saturado apresenta entropia especifica na regidio de liquido saturado s; = 0 e, na regio de vapor saturado, s, = 9, 1562 k//kg-K. Na temperatura de saturagéo 100 °C a pressdo atmosférica de 101,3 kPa, as propriedades de entropia da agua saturada sdo s; = 1,3068 k//kg - K e s, = 7,3548 kJ/kg -K. JA na temperatura critica de 374,1 °C e pressao de 22 MPa, os valores de entropia especifica sao 1 = 5,= 4.4297 kiikg-K. Isso faz com que a entropia de iguais, logo, evaporacdo s,, nesse ponto seja igual a zero, indicando que, acima desse ponto, sé havera fase de vapor superaquecido. Desse modo, caro(a) estudante, é facil verificar que os valores de entropia em um dado estado sao determinados assim como qualquer outra propriedade . Como observamos, nas regides de liquido comprimido e vapor superaquecido, esse valor pode ser facilmente obtido a partir das tabelas de nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 20146 2/12/2022 20:51 E-book propriedades para aquele estado. Particularmente nas regides de saturacao, respectivas 4 mistura saturada liquido-vapor, a entropia especifica s pode ser determinada por: 1 ¥ Sy (13) s indica a entropia especifica da regiao bifdsica; s, representa a entropia referente a linha de liquido saturado; e s,, indica a variagao de entropia entre as regides de vapor e liquido saturados. Como ja trabalhamos com relagées 5) @ que 0 valor x indica o equivalentes anteriormente, sabemos que s,, = s titulo da substancia, podendo ser determinado ao se utilizar de qualquer propriedade para uma dada temperatura e pressao. Processos Isentrépicos Em nossa anilise anterior, prezado(a) estudante, relacionamos duas causas primordiais que podem causar variagado na entropia de uma massa fixa: a transferéncia de calor e a presenga de irreversibilidades . Dessa forma, se 0 processo for internamente reversivel e adiabatico (isolado), a massa nao deve variar e, com isso, sua entropia permanecera constante (CENGEL; BOLES, 2013). Todo processo desse tipo, em que a entropia nado muda em relacéo a outra propriedade, é denominado processo isentrépico . Nesses casos, conforme afirmam Moran et al . (2018), ao final de um processo, uma substancia tera 0 mesmo valor de entropia inicial se o processo for realizado de forma isentrépica. Para reconhecer processos isentrépicos, devemos tragar um diagrama temperatura-entropia (T-s) ou entalpia-entropia (h-s), como apresentado na Figura 4.2. Nessa circunstancia, os processos isentrépicos sao facilmente identificados tragando um segmento de reta vertical unindo as coordenadas ( p, T), em que os estados possuem o mesmo valor de entropia especifica. Observemos: nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 2146 2/12/2022 20:51 E-book Figura 4.2 - Diagramas T-s e h-s mostrando os processos isentrépicos Fonte: Adaptada de Moran et al. (2018). #PraCegoVer : a figura ilustra dois diagramas, sendo o primeiro 0 diagrama temperatura-entropia, e o segundo o diagrama entalpia-entropia; ha uma linha vertical que indica o processo isentrdpico a partir de trés pontos de coordenadas dados pelos valores de pressao e temperatura. Caro(a) estudante, os processos isentrépicos sao faceis de serem reconhecidos, uma vez que nao envolvem transferéncia de calor e, portanto, a area sob a trajetoria do processo deve ser igual a zero. Segundo Moran et al. (2018), um processo isentrdpico pode servir de modelo para os processos reais, como na operacao de turbinas, bocais e difusores. Como esses dispositivos operam de forma essencialmente adiabatica, tendem a apresentar um maior desempenho quando as irreversibilidades, por exemplo, 0 atrito associado ao processo, sao minimizadas. nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 2246 2/12/2022 20:51 E-book Vamos Praticar Como estudamos, a entropia é uma quantidade termodinamica fundamental na andlise de sistemas incompressfveis, uma vez que indica o grau de aleatoriedade molecular durante as transicdes de fase que um fluido de trabalho passa ao percorrer um ciclo. Em geral, nao necessario que determinemos os valores de entropia especifica quando s4o conhecidos os estados e valores de referéncia de temperatura e pressdo, pois esses dados s&o fornecidos, empiricamente, nas tabelas de dados termodinamicos para 0 fluido em questao. Para estados intermedidrios, como nas misturas bifasicas, a entropia pode ser obtida ao relacionar outras propriedades, como energia interna especifica, volume especifico e entalpia especifica. Agora, vamos I! Suponha que vocé esté analisando o comportamento termodinamico do Refrigerante 134-a em um estado no qual a temperatura 6 igual a 0 °C ea energia interna especifica w é igual a 138,43 kj/kg. Observe que esse valor de ua 0 °C se encontra entre u, = 49, 79 ki/ke e u, = 227, 06 kJ/kg, 0 que caracteriza o sistema como uma mistura bifasica liquido-vapor. No estado em que se encontra, como poderiamos calcular a entropia especifica para esse fluido? Lembre-se de consultar a tabela de propriedades de liquido saturado para o fluido R134-a. nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 248 25/12/2022 20:51 E-book Introdugdo ao Estudo das Maquinas Térmicas Caro(a) estudante, ao discutirmos os aspectos da segunda lei da termodinamica , notamos que a conversao de trabalho em outras formas de energia, como 0 calor, 6 um processo razoavelmente simples e, normalmente, espontaneo. Contudo, o oposto nao é necessariamente uma verdade, ja que a conversdo de calor em trabalho nao é imediata, tampouco espontanea. Nesse caso, para que se execute esse processo inverso, é necessério que utilizemos alguns dispositivos especiais, denominados, aqui, maq Vamos entender melhor esses dispositivos? De modo a assegurar que o calor que devera ser convertido em trabalho nao se dissipe por completo, normalmente, esses dispositivos utilizam um fluido de trabalho por meio do qual o calor é transferido enquanto percorre 0 ciclo. Porém, caro(a) estudante, conforme alertam Gengel e Boles (2013), nem todas as maquinas térmicas operam segundo um ciclo termodinamico, tais como as maquinas de combustao interna, as turbinas a gas e os motores automotivos. Esses dispositivos operam em um ciclo mecdnico, mas nao em um ciclo termodinamico, uma vez que 0 fluido de trabalho https:fcodely-fmu-contents3.amazonaws. con Moodle/EAD/ConteudolENG_TERMOD_21Vunidade_A/ebookfindex html ?radirect=1 244s 2/12/2022 20:51 E-book Vejamos, a seguir, as relagdes da segunda lei da termodinamica aplicadas, primeiramente, ao que denominamos ciclo de poténcia. Vamos la? A Segunda Lei Aplicada a Ciclos de Poténcia Prezado(a) estudante, para ilustrar 0 processo que denominamos ciclo de poténcia ou ciclo de Rankine , uma instalacdo tipica nesse caso é a usina de poténcia a vapor, caracterizada por quatro subsistemas _principais. Esquematicamente, a situagdo é mostrada na Figura 4.3: nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 25146 2/12/2022 20:51 E-book Figura 4.3 - llustragdo de um sistema de poténcia a vapor Fonte: Adaptada de Moran et al. (2018). #PraCegoVer : a figura ilustra uma instalagdo de poténcia a vapor, mostrando os quatro subsistemas: caldeira, turbina, condensador e bomba. Repare que as grandezas W,, W,, O.,; € Q.,, S40 apresentadas em forma de taxa para ilustrar, respectivamente, o trabalho de saida realizado pelo vapor. Assim, a medida que se expande na turbina a quantidade de trabalho que deve ser executada sobre a bomba, nota-se que isso se faz necessdrio para comprimir a agua até a pressao da caldeira, bem como a quantidade de calor rejeitada pelo vapor no condensador para um reservatério a menor temperatura e a quantidade de calor fornecida ao fluido (vapor) na caldeira, por intermédio de uma fonte de alta temperatura, como resultado de um processo de conibuaadi Orlane Ca stica de um ciclo de poténcia a vapor simples, também designado ciclo ideal de Rankine , 6 que o lido de trabalho passa pelos varios componentes do ciclo nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 2646 2/12/2022 20:51 E-book Para calcularmos a taxa liquida ou efetiva de trabalho no ciclo (W,;,,,), em kJ/s, para uma instalagdo de poténcia, basta relacionarmos as taxas de entrada e saida do trabalho, respectivamente na bomba e turbina, de modo que: WwW i Hens (14) ciclo ~ sa Podemos calcular o trabalho também pelas informagées das transferéncias de calor, uma vez que se trata de um sistema fechado. Dessa forma, 0 trabalho liquido do sistema percorrendo um ciclo sera igual a transferéncia efetiva de calor para o sistema: cielo ~ Qent~ Qnui (18) Como sabemos, nenhum dispositivo termodinamico real consegue converter integralmente todo o calor de entrada em trabalho; portanto, 0 trabalho liquido do ciclo sempre sera menor que a quantidade de calor fornecida ao sistema. Se quisermos medir 0 desempenho de uma maquina térmica que opera entre dois reservatérios, devemos relacionar a porgdo do calor fornecido ao sistema que sera convertido em trabalho efetivo. Para essa tarefa, denominamos eficiéncia térmica do ciclo , que pode ser calculada por: nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 2748 2/12/2022 20:51 E-book Weieto Qeai Bg Te Nesse ponto, prezado(a) estudante, cabe uma consideragao importante: repare que, se o valor de Q,,; fosse zero, o sistema retiraria energia Q,,, do reservatorio de alta temperatura e produziria uma quantidade de trabalho igual, enquanto percorre um ciclo. Nesse caso, a eficiéncia térmica do ciclo corresponderia a 100% , o que violaria o enunciado de Kelvin-Planck da segunda lei, que limita a eficiéncia de qualquer maquina térmica a qualquer valor inferior a unidade. Conforme indicam Gengel e Boles (2013), normalmente, as eficiéncias térmicas de dispositivos, como motores de automéveis e turbinas, tendem a ser razoavelmente baixas, em torno de 25%, enquanto, nas grandes usinas de poténcia, esse valor pode atingir cerca de 60%. Aspectos da Segunda Lei para Refrigeradores e Bomba de Calor Prezado(a) estudante, os refrigeradores sao dispositivos especiais que trabalham para possibilitar a transferéncia de calor de um meio a baixa temperatura para outro de temperaturas mais altas, operando em ciclos ao utilizar um fluido de trabalho denominado refrigerante . De acordo com Cengel e Boles (2013), 0 ciclo de refrigeragdo usado com mais frequéncia é 0 ciclo de refrigeragao por compress&o de vapor, que tem quatro componentes principais: um compressor, um condensador, uma valvula de expansao e um evaporador, como os refrigeradores domésticos convencionais. Da mesma forma que ocorre com os ciclos de poténcia , a segunda lei da termodinamica impée limites ao desempenho de ciclos de refrigeragao e bombas de calor . Para Moran et al . (2018), 0 principio da conservagaio de energia estabelece que, em um sistema que percorre um ciclo se comunicando termicamente com dois reservatorios a temperaturas distintas, o ciclo descarrega a energia da fonte quente (Q,) por transferéncia de calor nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 2048 2/12/2022 20:51 E-book para 0 reservatério quente, sendo que esse valor deve ser igual 4a soma da energia recebida por transferéncia de calor do reservatério frio (Q) com a entrada efetiva de trabalho no ciclo (W, temos: ie) AO relacionar essas quantidades, Qq = 24+ Weicto (7) Dentro desse mesmo conceito, caro(a) estudante, 0 ciclo pode ser encarado como de refrigeragao, caso o objetivo seja remover energia do reservatdrio frio, ou um ciclo de bomba de calor, se a fungdo é fornecer energia para o reservatério quente. Um parametro importante para medir a eficacia de refrigeradores e bombas de calor é 0 coeficiente de desempenho ou coeficiente de performance. Para um ciclo de refrigeragdo, essa medida pode ser escrita por: Qa Q Oy ou B=>— = Wain YP 9-0; 2, B 1(18) Repare, aqui, que a raz Q,/Q, corresponde a um valor maior que a unidade, ja que, em um ciclo de refrigeragéo, o calor extraido da fonte a baixa temperatura sempre sera maior que o calor transferido para o reservatorio de alta temperatura. Para uma bomba de calor, 0 coeficiente de desempenho sera: 24 24 1 Waa 8 89, No caso das bombas de calor (,/Q, seré sempre menor que um, por motivo analogo ao caso dos refrigeradores. Uma relagaéo entre os coeficientes de performance desses dispositivos permite afirmar que, para valores fixos de temperatura: y=f+1(20) nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 20146 2/12/2022 20:51 E-book Dessa relagao, vemos que 0 coeficiente de desempenho » de uma bomba de calor sempre sera maior que a unidade, uma vez que, como vimos, £ corresponde a uma quantidade positiva. Teste seus Conhecimentos (Atividade nado pontuada) Sabemos que os parametros de eficiéncia térmica tém por objetivo medir a eficiéncia da conversao do calor recebido por uma maquina térmica em trabalho. Assim, as maquinas térmicas so projetadas para converter calor em trabalho, ficando sob trabalho dos engenheiros as constantes melhorias que resultam na melhor eficiéncia desses dispositivos. Nesse sentido, mais eficiéncia significa menos consumo de combustivel e, consequentemente, menores tendem a ser as despesas com combustivel e melhor controle no despejo de gases poluentes. CENGEL, Y. A.; BOLES, M. Termodinamica . 7. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2013. Considerando os principais aspectos da segunda lei na eficiéncia dos ciclos de refrigeragao e bomba de calor, assinale a alternativa correta. © a) O coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeragao irreversivel é maior do que 0 coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeracao reversivel. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 3046 25/12/2022 20:51 E-book O b) A performance de uma bomba de calor mede a capacidade de extracdo de calor a partir de um meio externo aquecido, tendo como valor maximo a unidade. O ¢) Todos os ciclos de refrigeragao reversiveis que operam entre os mesmos dois reservatérios térmicos possuem coeficientes de desempenho diferentes. O d) O coeficiente de performance de um refrigerador pode ser maior que a unidade, diferentemente da eficiéncia térmica, que nunca pode ser maior que 100%. © e) O desempenho de uma bomba de calor tende sempre a ser igual ao desempenho de um ciclo de refrigeragdo sob as mesmas condicées de temperatura. O Ciclo de Poténcia de Carnot Caro(a) estudante, vamos admitir que uma maquina térmica que opera entre os dois reservatérios térmicos dados perfaz um ciclo no qual todos os processos sdo reversiveis. Podemos assumir que, se cada processo é https:fcodely-fmu-contents3.amazonaws. con Moodle/EAD/ConteudolENG_TERMOD_21Vunidade_A/ebookfindex html ?radirect=1 3114s, 2/12/2022 20:51 E-book reversivel, o ciclo é, também, reversivel e, se o ciclo for revertido, o motor térmico se torna um refrigerador. De acordo com Borgnakke e Sonntag (2010), um ciclo que opera, segundo esses principios de reversibilidade de processos, é chamado de ciclo de Carnot em homenagem ao engenheiro francés Nicolas Leonard Sadi Carnot (1796-1832), que estabeleceu os fundamentos da segunda lei da termodinamica, em 1824. Um diagrama que exemplifica os processos pelos quais um gas confinado passa ao executar um ciclo de Carnot esta ilustrado na Figura 4.4. Vejamos: ® Figura 4.4 - Diagrama pressao versus volume especifico para um ciclo de poténcia de Carnot Fonte: Adaptada de Moran et al. (2078). #PraCegoVer : a figura ilustra um ciclo de poténcia de Carnot, com os estados numerados de 1 a 4 em fungao depev. Em um ciclo de Carnot , o sistema que esta executando o ciclo passa por uma série de quatro processos internamente reversiveis: dois processos adiabaticos alternados com dois processos isotérmicos. No processo 1-2, 0 gas a baixa temperatura 7. € comprimido adiabaticamente até o estado 2, em que a temperatura é igual a T;,. No processo 2-3, o gas recebe energia do nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 2246 2/12/2022 20:51 E-book reservatorio quente por transferéncia de calor, expandindo-se isotermicamente. No processo 3-4, 0 gas, ainda com temperatura 7), continua a se expandir adiabaticamente até alcangar a temperatura 7,. O processo 4-1 devolve o gas ao estado inicial, fazendo com que seja comprimido isotermicamente enquanto transfere energia para o reservatério frio por transferéncia de calor. Para cada um dos quatro processos internamente reversiveis do ciclo de Carnot , o trabalho pode ser representado como uma 4rea sob a curva do processo , na Figura 4.4. As areas sob as linhas dos processos 2-3 e 3-4 representam 0 trabalho realizado pelo gas A medida que ele se expande nesses processos. Vemos, entdo, que a area sob a curva 2-3-4 representa 0 trabalho realizado pelo gas durante a parte de expanso do ciclo. As areas sob as linhas do processo isotérmico 4-1 e adiabatico 1-2 correspondem ao trabalho realizado para comprimir 0 gas nesses processos, cuja area sob a curva total 4-1-2 indica 0 trabalho realizado sobre o gas durante a parte de compressao do ciclo. Eficiéncia em um Ciclo de Carnot E possivel estabelecermos uma relagdo para a eficiéncia térmica de um sistema ou maquina térmica que percorre um ciclo de poténcia reversivel, enquanto opera entre reservatérios térmicos a duas temperaturas: a fonte quente a uma alta temperatura (7) e uma fonte fria a baixa temperatura (7;). Esse sistema que opera segundo o ciclo reversivel de Carnot é chamado de maquina térmica de Carnot, na qual podemos medir sua eficiéncia maxima relacionando as temperaturas: Nmax Como o ciclo de Carnot é hipotético, todas as maquinas térmicas irreversiveis que operam entre esses limites de temperatura superior e inferior apresentam uma eficiéncia menor que a eficiéncia de Carnot, uma vez que se torna nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 sas 2/12/2022 20:51 E-book impossivel eliminar completamente todas as irreversibilidades relacionadas ao ciclo real. Conforme afirmam Moran et al . (2018), os ciclos convencionais de produgéo de poténcia apresentam eficiéncia térmica variando até cerca de 40%, bem distantes da idealidade que seria 0 desempenho maximo de um ciclo real Contudo, de acordo com Cengel e Boles (2013), ao avaliar maquinas térmicas, devemos comparar sua eficiéncia 4 de uma maquina térmica reversivel que operaria entre os mesmos limites de temperatura, uma vez que esse é 0 verdadeiro limite tedrico superior da eficiéncia. nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 348 25/12/2022 20:51 E-book Conon eee cIcLo DE CARNOT PraCegoVer : 0 infografico traz uma imagem dividida ao meio, em que, na primeira parte, da esquerda para direita, em fundo azul-escuro, temos 0 titulo: “Os principios ou corolarios de Carnot” e, logo abaixo, um texto: “Principio 1: a eficiéncia térmica de um ciclo de poténcia irreversivel é sempre menor do que a eficiéncia térmica de um ciclo de poténcia reversivel, operando entre os mesmos. reservatérios térmicos. Primeira conclusao: a ideia basica do primeiro principio de Carnot segue as conclusGes obtidas, com base na discuss4o da segunda lei, em que a presenga de irreversibilidades, durante a execugao de um ciclo, normalmente altera o seu desempenho. Principio 2: a eficiéncia de todos os ciclos de poténcia reversiveis ou maquinas térmicas reversiveis, operando entre os reservatorios térmicos, sera igual. Segunda conclusdo: o segundo principio indica que os ciclos ou maquinas térmicas reversiveis, operando entre os mesmos reservatorios, precisam ter a mesma eficiéncia, independentemente de como 0 ciclo é executado ou do tipo de fluido de trabalho utilizado”. Na outra metade da imagem, temos 0 titulo: “Ciclo de Carnot" e, ao lado, temos um grafico, com um eixo na vertical designado como “Press&o" e outro, na horizontal, designado como “Volume” e, na ponte de cada um, ha uma seta. Entre os dois eixos, temos quatro pontos: o primeiro esta localizado mais acima em rela¢ao ao eixo da pressdo e mais proximo do ponto de encontro dos eixos em relagao ao eixo do volume; 0 segundo ponto esta mais adiantado em relacdo ao eixo do volume e é intermedidrio em relagao ao eixo da pressao. O terceiro ponto esta ainda mais a frente do segundo ponto em relagao ao eixo do volume e um pouco htlps:fcodely-fmu-contents3.amazonaws. con Moodle/EAD/ConteudolENG_TERMOD_21Vunidade_A/ebooklindex html ?radirect=1 35148 2/12/2022 20:51 E-book mais abaixo do segundo ponto no eixo da pressao. Por fim, o quarto ponto esta intermediario em relagdo aos dois eixos. Ha uma linha azul curva com uma seta, propondo uma relacao de fluxo, que liga o primeiro ponto ao segundo, chamada de “Expansao isotérmica’. Ha uma mesma linha, agora na cor vermelha, que vai em dire¢ao ao terceiro ponto. Nessa parte, a linha chama-se “Expansdo adiabatica” e vai mudando para a cor azul novamente, até se ligar do terceiro ao quarto ponto, quando é denominada “Compressao isotérmica”. Dessa forma, a linha, agora vermelha, gera um ciclo, e liga o quarto ponto ao primeiro ponto, sendo denominada “Compressao adiabatica’. Logo abaixo do grafico, temos quatro tubos cilindricos. Dentro de cada um, ha um contetdo amarelo em diferentes niveis. Acima desse contetdo, em cada tubo, ha também uma placa circular cinza com um pino em cima. 0 primeiro tubo apresenta uma seta apontando para cima e um nivel baixo do contetdo amarelo. Abaixo dele, temos o numero 1 em um circulo e abaixo do 1, 0 texto: “Expansao isotérmica". Ao lado do primeiro cilindro, ha um segundo cilindro com uma seta apontando para cima e um nivel médio do conteuido amarelo. Abaixo, ha o numero 2 num circulo e, abaixo do 2, 0 texto: “Expansdo adiabatica”. Ao lado, ha um terceiro cilindro com uma seta apontando para baixo e um nivel alto do contetido amarelo. Abaixo dele, ha um 3 em um circulo e, em seguida, o texto: “Compressao isotérmica”. Por fim, ha um quarto cilindro com uma seta apontando para baixo e um nivel um pouco abaixo do meio. Abaixo dele, ha um numero 4 em um circulo com o text “Compressao adiabatica”. Assim, a eficiéncia térmica de maquinas reais pode ser maximizada com o fornecimento de calor a temperatura mais alta possivel (obviamente limitada pelos valores de resisténcia térmica do material) e com a rejeigao de calor da maquina a temperatura mais baixa possivel (limitada pela temperatura de resfriamento do meio, como nos rios, lagos ou a propria atmosfera). Ciclos de Refrigeragdo e Bomba de Calor de Carnot nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 3646 2/12/2022 20:51 E-book Vamos agora, prezado(a) estudante, desenvolver as equagées que nos permitirao estabelecer os parametros de desempenho nos ciclos de refrigera¢ao e bomba de calor reversiveis , operando conforme um ciclo de Carnot. A diferenga principal em relagao ao que fizemos anteriormente é que, agora, 0, representa o calor adicionado ao ciclo por meio do reservatério frio a temperatura Ty, e 0, sera o calor descarregado para o reservatorio quente a temperatura T,. Essas conclusées resultam na expressao para 0 coeficiente de desempenho de qualquer sistema que percorre um ciclo de refrigeragao reversivel, que apresentamos como uma variagaio da equacao 18: Ts 1 (22) Ty-Ty Th Bmax De forma andloga, usando a equacao 19, podemos estabelecer a relagao para © coeficiente de desempenho de qualquer sistema que percorre um ciclo de bomba de calor reversivel operando entre os dois reservatorios: T, T,4 Vmax ~ FT Ty Essas duas expressées relacionam, portanto, os coeficientes de desempenho maximos do que quaisquer ciclos de refrigeragado e bomba de calor podem possuir enquanto operarem entre os reservatorios a duas temperaturas. A exemplo do que fizemos no caso do ciclo de Carnot, esses parametros de desempenho podem ser usados como padraéo de comparacgéo para refrigeradores e bombas de calor reais. Comparacdo entre Ciclos Reais e Ideais Caro(a) estudante, os ciclos reais de poténcia a vapor diferem dos ciclos ideais , principalmente devido 4 presenga de irreversibilidades em varios componentes, como 0 atrito do fluido e a perda de calor para a vizinhanga. Como exemplo, Gengel e Boles (2013) indicam que o atrito no fluido causa nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 3748 2/12/2022 20:51 E-book queda de pressao na caldeira, no condensador e nas tubulagdes entre os diversos componentes, levando o vapor a sair da caldeira a uma presséo um pouco mais baixa. De modo a estabelecer uma espécie de compensacgdo dessas quedas de pressdo, o fluido de trabalho deve ser bombeado até uma pressdo suficientemente mais alta do que aquela que o ciclo ideal pede, o que exige uma bomba maior, requerendo, portanto, um maior trabalho de entrada. Se compararmos um sistema de poténcia a vapor real, como o ciclo de Rankine, com o ciclo ideal de Carnot, a despeito da maior eficiéncia térmica do ciclo de Carnot , este apresenta deficiéncias como modelo para 0 ciclo de poténcia a vapor simples. Segundo Moran et al . (2018), esses desvios ocorrem, porque a transferéncia de calor para o fluido de trabalho de uma planta de poténcia a vapor é obtida a partir de produtos quentes do resfriamento da combustdo a uma pressdo aproximadamente constante. Na Figura 4.5, é ilustrada uma comparagao entre os ciclos de Rankine e Carnot em fungao da temperatura e entropia. Vejamos: nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 384 2/12/2022 20:51 E-book Figura 4.5 - Diagrama temperatura versus entropia comparando os ciclos de Rankine e Carnot Fonte: Adaptada de Moran et al. (2018) #PraCegoVer : a figura ilustra uma comparagao entre 0 ciclo de poténcia de Carnot e o ciclo de Rankine, com os estados numerados de 1 a 4 em fungao de T es. Assim, para se utilizar plenamente a energia liberada na combustao, os produtos de combustdo deveriam ser resfriados tanto quanto possivel, abaixo de uma temperatura maxima 7,, enquanto, no ciclo de Carnot, os produtos de combustao poderiam ser resfriados no maximo até T,. Isso causa uma condi¢ao limitante, j4 que uma pequena parte da energia liberada na combustao seria utilizada. Outra deficiéncia do ciclo de poténcia a vapor de Carnot envolve o processo de bombeamento, como pode ser observado no estado 3' (na regido da mistura bifasica liquido-vapor) do diagrama temperatura-entropia. Demais problemas significativos de ordem pratica sao encontrados no desenvolvimento de bombas que operem com misturas bifadsicas, como seria necessério para o ciclo de Carnot 1-2-3'-4'-1. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 3046 2/12/2022 20:51 E-book nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 40146 25/12/2022 20:51 E-book Material Complementar FILME Tenet Ano : 2020 Comentario : um agente secreto, recrutado por uma organizacao misteriosa para participar de uma missao em escala global, aprende a manipular a flecha do tempo para prevenir ataques vindos do futuro que ameagam aniquilar © mundo atual. O protagonista é apresentado, por uma cientista, a uma bala com “entropia invertida’, que acredita ser feita no futuro. No filme, podemos ver o conceito de entropia sendo usado para pessoas e coisas, resultando na reversibilidade do tempo. Para conhecer mais sobre essa histéria, consulte o trailer disponivel em: TRAILER https:fcodely-fmu-contents3.amazonaws. con Moodle/EAD/ConteudolENG_TERMOD_21Vunidade_A/ebookfindex html ?radirect=1 arias. 25/12/2022 20:51 E-book Antologia “Nove amanhas” / Conto “A Gltima pergunta” Editora : Expressao e Cultura Autor : Isaac Asimov Ano: 1975 ISBN : 9789726991366 Comentario : a histéria comega com o desenvolvimento de uma série de supercomputadores, Multivac, e seu relacionamento com a humanidade. Em seis cenarios, diferentes personagens apresentam ao computador a mesma pergunta: como a vida humana pode ser poupada diante da morte térmica do universo? Com saltos de até bilhdes de anos na historia, o conto mostra como a humanidade sempre se depara com o fim iminente a respeito da reversao e diminuigao da entropia. htlps:fcodely-fmu-contents3.amazonaws. con Moodle/EAD/ConteudolENG_TERMOD_21Vunidade_A/ebooklindex html ?radirect=1 as 2/12/2022 20:51 E-book nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 4a 2/12/2022 20:51 E-book Conclusao Neste material, prezado(a) estudante, concentramos esforgos na definigao da segunda lei da termodinamica , a partir dos enunciados de Kelvin-Planck e Clausius . Estudamos a nova propriedade entropia , associada ao conceito de desordem ou aleatoriedade em um sistema. Analisamos aspectos da entropia para sistemas termodinamicos em termos da reversibilidade dos processos, desenvolvendo os balancos de entropia nos sistemas fechados. Ademais, definimos as bases para entender os ciclos reais a partir de dispositivos , como as maquinas térmicas , em que estabelecemos as relagdes da segunda lei para refrigeradores e bombas de calor. Por fim, analisamos os ciclos de poténcia de Carnot , definindo os parametros de eficiéncia e a comparagao com ciclos reais. Foi muito bom compartilhar todo esse conhecimento contigo, caro(a) estudante! Referéncias ASIMOV, |. A dltima pergunta. In : ASIMOV, |. (org.). Nove amanhis . Rio de Janeiro: Expresso e Cultura, 1975. BORGNAKKE, C.; SONNTAG, R. E. Fundamentos da termodinamica . 7. ed. S&o Paulo: Bliicher, 2010. BRAGA FILHO, W. Termodinamica para engenheiros . Rio de Janeiro: LTC, 2020. nitpsiIcodely-fmu-cantent s3.amazonaws.com/Maodle/EADIConteudc/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex himI?rediact=1 a4, 2/12/2022 20:51 E-book CENGEL, Y. A.; BOLES, M. Termodinamica . 7. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2013. ENTROPIA: Abrace o caos. [S. |.:s. n. ], 2017. 1 video (12 min 36 s). Publicado pelo canal Khan Academy Brasil. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch? v=ouDzzvFbhDw . Acesso em: 3 jun. 2021. MORAN, M. J. et al . Principios de termodinamica para engenharia . 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. SEGUNDA lei da termodinamica e entropia. [ S. I: s. n. ], 2016. 1 video (9 min 14 s). Publicado pelo canal Khan Academy Brasil. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=Ekb3venPXxQ_. Acesso em: 3 jun. 2021. TENET ~ Trailer Final Legendado. [S. I: s. n. ], 2020. 1 video (3 min 31 s) Publicado pelo canal Ingresso.com. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=VvqqrbaMKtk.. Acesso em: 3 jun. 2021. nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 4546 2/12/2022 20:51 E-book nitpsiIcodely-fmu-content s3.amazonaws.com/MaodleEADIConteudo/ENG_TERMOD_2/unidade_A/ebooklindex him\7rediact=1 4646

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